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Formulário de Inscrição

Edital: Substituição de Bolsa de Iniciação Científica (IC) - 2022


Solicitante: Felipe Ferraz Figueiredo Moreira
Pedido: 274836

Instituição: Fundação Oswaldo Cruz


Unidade: Instituto Oswaldo Cruz
Departamento: Laboratório de Biodiversidade Entomológica

CEP: 21040-360
Endereço: Avenida Brasil Número: 4365
Complemento: Mourisco 214 Bairro: Manguinhos
Município: Rio de Janeiro UF: RJ País: Brasil
Telefone: 21 25621221 Ramal:

Área
Grande Área Área Sub Área
Ciências Biológicas Zoologia Taxonomia dos Grupos Recentes
Área/Setor Principal
Taxonomia dos Grupos Recentes

Matrícula do Bolsista Nome do Bolsista Email do Bolsista


2022006245 Matheus de Souza Leite Alexandre matheusslalex@gmail.com

Tema Principal
Faixa:

Cronograma
Nome do cronograma anexado
Cronograma_Padrao.xlsx

Documentos
Nome do documento anexado
CV LATTES Bolsista PDF
Declaração de Responsabilidade
Histórico da graduação com C.R.
Declaração de Comitê (se houver)
Formulário de CANCELAMENTO da bolsa substituída
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Dados Gerais
Dados Gerais

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Título
Ephemeroptera (Insecta) da Ilha da Marambaia, Rio de Janeiro, Brasil: diversidade e ocupação do habitat
Resumo
Ephemeroptera é uma ordem de insetos hemimetábolos, na qual os imaturos possuem hábitos aquáticos e os adultos
são aéreos. Seus representantes tem grande importância ecológica, servindo de alimento para outros invertebrados e
vertebrados. Podem, ainda, ser utilizados como bioindicadores da qualidade da água, por serem muito sensíveis às
variações ambientais. Ocorrem em ambientes aquáticos lênticos e lóticos, sendo a maior diversidade encontrada em
rios de cabeceira. A ordem é composta atualmente por cerca de 4.000 espécies. Na América do Sul, são conhecidas 14
famílias, 117 gêneros e aproximadamente 700 espécies. O presente projeto visa a caracterização e análise da
ocupação do habitat por Ephemeroptera em um trecho do Rio Marambaia, na Ilha da Marambaia, Rio de Janeiro, Brasil.
A Ilha está localizada na Baia de Sepetiba e é uma importante área preservada de Mata Atlântica. Foram realizadas
coletas mensalmente entre julho de 2018 e julho de 2019, em quatro transectos de 100 m separados um por uma
distância de 200 m cada. O material obtido foi fixado em etanol a 96% e será triado em laboratório e identificado em
nível de gênero. Posteriormente, serão analisados a composição, abundância e padrão de distribuição em relação aos
diferentes substratos amostrados e a variáveis abióticas.
Introdução
A ordem Ephemeroptera está composta atualmente por cerca de 4.000 espécies (DOMÍNGUEZ et al. 2006). Na América
do Sul, são conhecidas 14 famílias, 117 gêneros e aproximadamente 700 espécies (SALLES et al., 2011). No Brasil, são
encontradas 166 espécies, distribuídas em 10 famílias: Leptophlebiidae, Baetidae, Leptohyphidae, Polymitarcyidae,
Euthyplociidae, Ephemeridae, Caenidae, Oligoneuriidae, Coryphoridae e Melanemerellidae (SALLES et al., 2011).
Dentre as famílias mais numerosas, Baetidae e Leptophlebiidae se destacam, comportando ao todo mais de 60§ dos
gêneros e 50§ das espécies brasileiras (SALLES, et al. 2004). Das cerca de 166 espécies de Ephemeroptera
registradas para o Brasil a partir da década de 80, 45 pertencem a essas duas famílias (DOMÍNGUEZ et al. 2006).
Atualmente a ordem é dividida em quatro subordens (MCCARFFERTY, 2001): Carapacea, Furcatergalia, Setisura e
Pisciforma. Os efemerópteros constituem um dos mais importantes grupos da entomofauna aquática, ocorrendo em
ambientes lênticos e lóticos, com a maior diversidade encontrada em rios de cabeceira de segunda e terceira ordens
com fundo rochoso e água oligotrófica a mesotrófica (EDMUNDS et al. 1976; ROLDÁN-PÉREZ, 1988; MERRITT &
CUMMINS, 1996). Os representantes da ordem são encontrados em todos os continentes, exceto na Antártida, no
extremo Ártico e em algumas ilhas oceânicas (EDMUNDS et al. 1976). A maior parte das ninfas de Ephemeroptera se
alimenta basicamente de material vegetal (algas unicelulares e coloniais do biofilme), além de detritos, incluindo material
vegetal alóctone (NEEDHAM et al., 1935; EDMUNDS et al., 1976; WILLIAMS & FELTMATE, 1992). Também fazem
parte da dieta, fungos, bactérias e restos animais. As espécies verdadeiramente carnívoras são raras (BRITTAIN, 1982;
CAMPBELL, 1985; MCCAFFERTY & PROVONSHA, 1986). Muitas espécies não se alimentam no primeiro estágio
ninfal, sobrevivendo a partir das células intestinais vitelínicas (BRITTAIN, 1982) e, frequentemente, o hábito alimentar
varia durante o desenvolvimento da ninfa (MERRITT & CUMMINS, 1996). Os efemerópteros passam grande parte do
seu ciclo de vida como ninfas em corpos d’água, geralmente por cerca de três a seis meses, variando de acordo com a
temperatura. Ao contrário das ninfas, os adultos são aéreos e, na maioria das espécies, vivem próximos a corpos
hídricos de poucas horas a alguns dias. São únicos entre os insetos a possuírem um estágio alado intermediário entre
ninfa e adulto, denominado subimago (BRITAIN & SARTORI 2003). Os adultos possuem tempo de vida curto, sendo a
sua única função a reprodução (EDMUNDS et al., 1976). O aparelho bucal é vestigial e parte do sistema digestivo é
modificado em um órgão aerostático repleto de ar, que melhora a flutuabilidade durante o voo (DOMÍNGUEZ, 2001).
Além disso, em algumas espécies, as pernas são vestigiais, exceto as pernas anteriores dos machos, que são
adaptadas para segurar a fêmea durante o voo nupcial (EDMUNDS et al., 1976). Os representantes da ordem
desempenham funções indispensáveis na cadeia trófica, participando da ciclagem de nutrientes, constituindo fonte de
alimento para peixes, aves e outros invertebrados (WALTZ & BURIAN, 2008). Além disso, são amplamente utilizados
como bioindicadores em programas de monitoramento da integridade de ecossistemas aquáticos. O conhecimento a
respeito de Ephemeroptera no Brasil, apesar de ainda incipiente, aumentou consideravelmente nos últimos anos. Um
significativo aumento no número de artigos publicados, tratando da descrição de novos táxons ou acrescentando novos
registros de distribuição de espécies já conhecidas, praticamente dobrou em duas décadas o número de espécies
reportadas para o país. Conhecer a diversidade de espécies é importante para a compreensão da natureza, assim como
para gerenciá-la em relação às atividades de exploração, conservação de recursos naturais e recuperação de
ecossistemas degradados (MELO 2008). Do ponto de vista ambiental, o conhecimento fenológico é fundamental para
qualquer plano de conservação, sendo importante para a compreensão da dinâmica das comunidades florestais, além
de servir como indicador das respostas destes organismos às condições climáticas e edáficas (FOURNIER, 1974).
Justificativa para a substituição
A bolsista Mariana Braga da Rocha irá concluir sua graduação, devendo ser substituída para que o projeto tenha
continuidade.
Desempenho do/a bolsista anterior
A bolsista Mariana Braga da Rocha cumpriu com as atividades necessárias para o andamento do projeto, apesar das
restrições impostas pela atual situação epidemiológica. A necessidade de substituição se dá apenas porque a mesma
irá concluir a graduação.

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Data de início do Projeto
01/04/2022 00:00:00
Data de fim do Projeto
31/10/2022 00:00:00
Palavra Chave1
Biodiversidade
Palavra Chave2
Entomologia
Palavra Chave3
Insetos aquáticos
Palavra Chave4
Mata Atlântica

Data de envio para Faperj: 18/03/2022

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