Você está na página 1de 8

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO
CAMPUS AÇAILÂNDIA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

MARCOS ANTONIO OLIVEIRA DA SILVA.

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Anelídeos

AÇAILÂNDIA
2023
MARCOS ANTONIO OLIVEIRA DA SILVA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Anelídeos

Relatório de aula prática apresentado à disciplina de


Zoologia dos invertebrados, do Curso Licenciatura em
Ciências Biológicas, do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
Campus Açailândia, para obtenção de nota na
referida disciplina.
Orientador: Prof. Me. Dailson Coelho Abreu.

AÇAILÂNDIA
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................3
2 OBJETIVOS .........................................................................................................4
3 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................4
4 RESULTADOS E DISCURSÃO. ..........................................................................6
REFERÊNCIAS .............................................................................................................7
3

1 INTRODUÇÃO

O filo Annelida, também conhecidos como vermes segmentados, possui cerca


de 16.500 espécies descritas. E inclui animais como as sanguessugas e minhocas.
Eles se adaptaram com sucesso a todos os ambientes onde há a presença de água
(Brusca; Brusca, 2007). Esses animais possuem uma diversidade de tamanhos alguns
podem ser minúsculos com menos de 1 mm de comprimento, contudo algumas
minhocas terrestres e alguns poliquetas marinhos podem ter mais de 3 metros de
comprimento. E a maioria das espécies dos anelídeos é de vida livre, podendo ser de
hábitos errantes ou sedentários, porém existem espécies comensais, mutualistas e
até mesmo parasitárias (Steiner; Nogueira; Amaral, 2017).
Os anelídeos em sua maioria são caracterizados por ter uma cabeça
acompanhada de um corpo segmentado, onde a maior parte dos componentes
internos e externos é repetida em cada segmento, essa situação é conhecida como
homologia seriada (Brusca; Moore; Shuster, 2018). Além disso, “estes vermes
celomados triploblásticos possuem um trato digestivo completo, um sistema
circulatório fechado, um sistema nervoso bem desenvolvido e estruturas excretoras
na forma de protonefrídios ou, mais comumente, metanefrídios” (Brusca; Brusca,
2007, p.401).
Ademais, os anelídeos em dois grandes grupos, Polychaeta e Clitellata, sendo
que este último é subdividido em Oligochaeta e Hirudinomorpha. Os poliquetas são
em sua maioria animais marinhos, extremamente números e diversos com uma
diversa variedade de formas e hábitos de vida. E os Clitellata grupo que representa
as minhocas (Oligochaeta) e as sanguessugas (Hirudinomorpha), fazem parte desse
grupo por apresentarem clitelo, uma região do corpo que está relacionada com a
reprodução. Suas formas corporais são bem homogêneas, dentro de cada um desses
grupos, com exceção do clitelo a segmentação é bastante harmônica não possuindo
qualquer outra regionalização ao longo de seus corpos (Steiner; Nogueira; Amaral,
2017).
4

2 OBJETIVOS

Observar as estruturas anatômicas e morfológicas dos Anelídeos.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais
Para a realização da prática usou-se bisturi, pinças, alfinetes, bandeja de
isopor, algodão, acetona, potes de vidro, papel filtro e minhocas.

Métodos
Inicialmente, a coleta de anelídeos foi realizada previamente em uma
residência localizada na rua Nove de Julho, no bairro do Jacu em Açailândia-MA.
Posteriormente, já no laboratório do Instituto Federal do Maranhão - Campus
Açailândia, e seguindo o roteiro disponibilizado pelo professor de Zoologia dos
Invertebrados, Dailson Coelho Abreu, foi realizada a caracterização de uma minhoca.
Para isso, o roteiro disponibilizou algumas perguntas para a caracterização.
Além disso, realizou-se a observação da morfologia externa e locomoção dos
anelídeos. Para esse propósito com um papel filtro e com a bancada molhada
observou-se a locomoção das minhocas (Figuras 1A e 1B). Também foi realizada a
dissecação da minhoca. Para esse fim, colocou-se um algodão embebido com
acetona em um pote de vidro e adicionou-se a minhoca, induzindo a morte por asfixia
(Figura 1C). Com a minhoca já morta, depositou-se ela em uma bandeja de isopor e,
com o auxílio de alfinetes fixou-se a minhoca. Com um, bisturi realizou-se a abertura
da mesma para a visualização das suas estruturas internas (Figura 2).
5

Figura 1 – A. Locomoção da minhoca no papél filtro. B. Locomoção da minhoca no na bancada


molhada. C. Minhoca no pote de vidro com algodão e acetona.

Fonte: Do autor, 2023.

Figura 2 – Minhoca dissecada.

Fonte: Do autor, 2023.


6

4 RESULTADOS E DISCURSÃO.

Com a prática pode-se chegar a alguns resultados. Com relação a morfologia


externa da minhoca, ela possui uma textura do corpo lisa e úmida, isso ocorre porque
o corpo dela é coberto por uma fina cutícula formada por fibras de escleroproteína e
as microvilosidade das células epidérmicas liberam um mucopolissacarídeo (Brusca;
Moore; Shuster, 2018). Possuem cerdas formadas por quitina, contudo são pouco
numerosas, variando de uma até 25 cerdas por feixe. E também há um clitelo que é
uma região do corpo da minhoca que atua na reprodução (Brusca; Brusca, 2007).
Com relação a locomoção, a minhoca apresentou maior dificuldade em se
locomover no papel filtro do que na bancada molhada. E o seu mecanismo de
locomoção é semelhante ao movimento de cavar, onde cada segmento do corpo dos
oligoquetas funciona de forma mais ou menos independente, cada segmento tem
volume constante, de forma que a diminuição do diâmetro de um segmento deve ser
acompanhada por um aumento de seu comprimento, ou seja, durante o movimento
de locomoção, o corpo da minhoca alterna regiões grossas e finas (Brusca; Brusca,
2007).
Além disso, no processo de locomoção das minhocas o celoma atua como
esqueleto hidrostático de sustentação do corpo (Brusca; Moore; Shuster, 2018), e
quando se tem o encolhimento do músculo circular da parede do corpo das minhocas
ao redor da câmara celomática, por sincronia oposta, leva o alongamento do músculo
longitudinal (Steiner; Nogueira; Amaral, 2017).
No que tange a dissecação da minhoca para a visualização da anatomia interna
observou-se algumas estruturas. No sistema circulatório foi possível observar o vaso
dorsal sendo esse um dos principais vasos sanguíneos do corpo dos anelídeos, e ele
é um dos principais responsáveis por bombear o sangue pelo movimento peristáltico
(Ruppert; Fox; Barnes, 2005). E também observou-se algumas estruturas do sistema
digestivo, o peristômio que é o primeiro segmento que se situa após o protostômio e
envolve a boca. A moela é uma estrutura que tritura mecanicamente os materiais
ingeridos. E o intestino, também denominado de região média, produz uma
diversidade de enzimas digestivas que são liberadas no trato digestivo, sendo
responsável por fazer a digestão química (Brusca; Brusca, 2007). Contudo, com a
dissecação não se conseguiu visualizar nenhuma estrutura do sistema nervoso e do
aparelho reprodutor.
7

REFERÊNCIAS

BRUSCA, Richard C.; MOORE, Wendy; SHUSTER, Stephen M. Invertebrados. 3.


ed. Tradução de Carlos Henrique de Araújo Cosendey. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2018.

BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2007. Ilustrações de Nancy Haver; coordenador da tradução Fábio Lang da
Silveira; tradução de Alvaro Esteves Migotto et al.

STEINER, Tatiana Menchini; NOGUEIRA, João Miguel de Matos; AMARAL, Antônia


Cecília Zacagnin. Annelida. In: FRANSOZO, Adilson; NEGREIROS-FRANSOZO,
Maria Lucia. Zoologia dos Invertebrados. 1. ed. [Reimpr.]. Rio de Janeiro: Roca,
2017.

RUPPERT, Edward E.; FOX, Richard S.; BARNES, Robert D. Zoologia dos
invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. Revisão científica de Antonio
Carlos Marques, coordenador e revisor da tradução. São Paulo: Roca, 2005.

Você também pode gostar