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ROTEIRO DO PROFESSOR

Prezado(a) Professor(a) de Sala de Aula:

Este plano de aula foi elaborado pela Equipe do Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP)
para apoiar as ações neste momento de ensino híbrido.

Temos como proposta ampliar os horizontes da sala de aula, com um conteúdo pensado
diretamente para o professor da Rede Estadual de Educação de São Paulo. Com esse objetivo,
tentamos apoiar e criar um material que o(a) ajude na composição de suas aulas.

Uma aula que funciona como ponto de partida, previamente organizada com orientações e
sugestões que possam auxiliar o trabalho com os estudantes.

O planejamento da aula e do plano tiveram como base os materiais pedagógicos previstos nas
diretrizes curriculares atuais.

Título da Aula

Do solo à célula: At. 1 – Sist. 2 – Relembrar é viver – PARTE 2

Ano/série

2ª SÉRIE (EM)

Aprofundamento

A cultura do solo: do campo à cidade

Unidade Curricular

O indivíduo e o ambiente

Eixo Estruturante

[EMIFCNT03] – Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,


exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos
fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados
na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

Componente

Do solo à célula
Habilidade

(EM13CNT303) – Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências
da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na
forma de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a
coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de
informações.

Professora

Priscila Ortega

Objetivo da aula

 Discutir, por meio de uma rotação por estação, a evolução da nossa alimentação.

A seguir, detalharemos como ocorrerá a aula, oferecendo sugestões para que você possa realizar a
atividade em sala de aula.

Momento 1 – Explicação com o Professor do Estúdio CMSP


Nos primeiros 15 minutos da aula, o(a) professor(a) do CMSP vai iniciar a explicação do conteúdo e
propor a realização de uma atividade de fixação.

Segue um resumo do que será apresentado no Momento 1

Insira aqui um breve resumo do que será trabalhado nos primeiros 15 minutos da aula.

ABERTURA/ACOLHIDA –

Olá, alunos e professores da rede, sejam todos bem-vindos a mais uma aula de Biologia.
Também gostaria de dar as boas-vindas a você e aos responsáveis que possam estar
assistindo. Hoje, vamos trabalhar e abordar um pouquinho a respeito da composição do
nosso corpo. Assim, o título da nossa aula é: “Relembrar é viver – PARTE 2”. Eu sou a
professora Priscila Ortega, e a nossa aula faz parte do Aprofundamento Curricular “A
cultura do solo: do campo à cidade”. Esse Aprofundamento contém a Unidade Curricular
“O indivíduo e o ambiente”, que apresenta o Componente Curricular “Do solo à célula”
(slide 2). A habilidade do Eixo Estruturante que será trabalhada nesta aula é: “Selecionar
e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos
fenômenos da natureza e/ou de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos
de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de
diferentes mídias” (slide 3). E a habilidade do Currículo Paulista é: “Interpretar textos de
divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em
diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos
como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência
das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de
informações”. O objetivo da nossa aula é: “Discutir, por meio de uma rotação por estação,
a evolução da nossa alimentação” (slide 4).
Antes de começarmos a nossa aula, vamos fazer uma retrospectiva da nossa última aula.
Na aula passada, vimos uma forma diferente de abordagem de um tema central: a
composição do nosso corpo. Assim, por meio da rotação por estação, abordamos
determinado conteúdo, no caso a composição do nosso corpo, por meio de diferentes
formas. Para isso, utilizamos um vídeo, como o documentário “Evolução pela
Alimentação”, e analisamos o texto “A fórmula do corpo” (slide 5).

APRESENTAÇÃO DO TEMA CENTRAL

Agora, vamos retomar o que vimos durante as nossas aulas para fazermos mais uma
discussão aprofundada sobre a questão: “Como nossa alimentação evoluiu ao longo do
tempo?”. Para isso, vamos assistir ao vídeo: “Evolução pela Alimentação (Documentário
2009)” (slide 6).
A alimentação está diretamente relacionada com os aspectos nutricionais do organismo.
Consiste na assimilação de alimentos e nutrientes para as funções vitais. Pensando por
outro ângulo, a alimentação também está associadas a hábitos utilizados pelos homens
como elemento da sua cultura, para manter ou melhorar a saúde. Voltando no tempo e
pensando nos ancestrais humanos, podemos verificar grandes mudanças nos aspectos
alimentícios. Os Australopithecus, por exemplo, apresentavam uma alimentação rude e
vegetariana, principalmente de raízes, frutas e, ocasionalmente, carne. Por isso, esses
indivíduos apresentavam uma arcada dentária parabólica, com incisivos pequenos e
densa camada de esmalte nos dentes. Dessa maneira, o rosto era maciço com
mandíbulas fortes. Acredita-se que os Australopithecus mais robustos (com mandíbulas e
dentes bem desenvolvidos) e os Homo habilis (com suas ferramentas e cérebro mais
desenvoltos) disputaram o mesmo ambiente durante um tempo pela aquisição de
alimentos, o que levou à conquista de espaço e comida, propiciando a sobrevivência da
linhagem mais inteligente. Os instrumentos usados pelos Homo habilis eram simples
ossos ou pedras: os primeiros utilizados para escavação como meio para obtenção de
raízes e as segundas para corte da carne e da vegetação, como ervas, e para a quebra
de ossos para o encontro de tutano. A comida era quase toda constituída de alimentos de
origem vegetal, mas complementada com alimentos de origem animal. Os Homo habilis
tinham uma dieta onívora, alimentando-se de raízes, tubérculos, vegetais, tutano (medula
óssea) e carne, podendo, talvez, ter caçado animais pequenos e, também, se aproveitado
de restos de animais mortos por grandes predadores. É possível que não fossem
caçadores, mas, sim, oportunistas carniceiros e coletores de vegetais e frutas. A ingestão
de alimentos de origem animal era maior nos Homo erectus do que as de origem vegetal.
Os Homo erectus foram provavelmente os primeiros a cozinharem os alimentos. As
calorias extras adquiridas com o processo de cozimento poderiam ter possibilitado a
atividade da caça, que tem um custo energético bem alto. Com o fogo, conseguiram
controlar o ambiente, cozinhar os alimentos, expulsar os predadores, fabricar
ferramentas, cercar a caça e obter outras conquistas. A alimentação preponderante de
carne também possibilitava uma melhor digestão e absorção de nutrientes, em
comparação a uma alimentação baseada em vegetais como naquela época (slide 7).
Para analisar mais a fundo a evolução da nossa alimentação e do nosso próprio corpo,
vamos acessar e analisar o texto: “As fascinantes revelações do estudo de bactérias que
povos isolados carregam no corpo” (slide 8).
Para entender a evolução da alimentação, precisamos compreender como a alimentação
interfere no nosso corpo. A professora María Gloria Domínguez, cientista e microbióloga
da Rutgers University (New Jersey), realizou um estudo nutricional muito interessante
com comunidades indígenas isoladas. Os primeiros estudos mostraram que as pessoas
pertencentes a essas comunidades apresentam uma diversidade imensa de parasitas,
protozoários e outros microrganismos fazendo parte da microbiota intestinal. A partir
dessa descoberta, os cientistas se questionaram: “Como é possível que as pessoas
dessas comunidades tenham tantos parasitas e sejam assintomáticas?” (slide 9).
Os cientistas, então, conseguiram estabelecer uma relação entre a alimentação, a
urbanização e a microbiota intestinal. De acordo com os cientistas, a grande urbanização
propiciou um estilo de vida industrializado, o qual promove práticas antimicrobianas, ou
seja, uma destruição progressiva da diversidade microbiana. Essas práticas
antimicrobianas, por sua vez, promovem um aumento das doenças imunológicas e
metabólicas. Isso pode ser observado com a agricultura e a pecuária. Com o
estabelecimento da agricultura e a domesticação de animais, os seres humanos
passaram a entrar em contato com diferentes patógenos presentes nos animais. Como os
seres humanos não apresentavam microbiota intestinal para lidar com esses novos
patógenos, passou-se a perder diversas funções da microbiota até então existente e,
consequentemente, houve um aumento das doenças imunológicas e metabólicas (slide
10). Para comprovar esse feito, um grupo de cientistas, que estavam vivendo nessas
comunidades indígenas isoladas, iniciou um experimento. Eles deixaram de usar produtos
químicos, principalmente produtos de higiene pessoal, como xampu e cremes. Alguns,
inclusive, deixaram de usar sapatos e botas e passaram a andar descalços. Com o
passar do tempo, comprovou-se que esses cientistas não adquiriram a diversidade
microbiana encontrada no corpo das pessoas das comunidades isoladas, contudo as
crianças (filhas dos médicos que também participaram do experimento) se aproximaram
da microbiota presente no corpo dos indígenas de comunidades isoladas. Esse
experimento trouxe à luz uma discussão muito importante: é na infância que a nossa
microbiota intestinal é formada, sendo esta levada até a vida adulta (slide 11).
A aula de hoje também apresentou uma estratégia baseada na rotação por estação.
Nesse caso, o tema central da nossa revisão – a evolução da alimentação – foi abordado
por meio de um documentário e um texto, ressaltando diferentes aspectos e pontos de
vista dentro de um mesmo conteúdo (slide 12).

APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE

Agora que fizemos uma revisão a respeito da composição do nosso corpo, vamos para o
nosso momento de interação! Esse é o momento de discussão e de levantamento de
conhecimentos dos nossos estudantes. Vamos conversar e discutir um pouco a respeito
da evolução da nossa alimentação! Assim, utilizando diferentes meios de informação e de
pesquisa, discuta com seus colegas a respeito da evolução da nossa alimentação e da
nossa microbiota. Aponte as principais modificações que ocorreram na nossa alimentação
e como isso interfere na nossa microbiota (slide 13).

Momento 2 – Sala de aula (presencial)


Este momento é destinado para você, professor(a), finalizar a aula com os estudantes.

Próxima aula

Temas que serão abordados na próxima aula: Introdução 1 – Atividade 2

Links úteis

https://www.youtube.com/watch?v=6jvWAAhGs44&ab_channel=DocumentariosCiencia

https://cutt.ly/PWYD2Cb
Tarefa

Quais fatores interferiram na nossa microbiota intestinal?

A) Alimentação saudável e rica em vegetais.


B) Urbanização e industrialização.
C) Ingestão de água e carnes.

Resposta:
Avaliação

Ao final da atividade, pedimos que acesse o link a seguir para nos informar como transcorreu sua
aula para que possamos entender como as coisas aconteceram na prática e nortear a continuidade
das futuras propostas.

Inserir link para formulário e QRCode.

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