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Ciências da Natureza

e suas Tecnologias
1º Bimestre
SUMÁRIO

BIOLOGIA ..................................................................................................... pág 01


Planejamento 1: Origem da vida na Terra ...........................................pág 01
Planejamento 2: DNA – A molécula da vida ................................... pág 08

FÍSICA ...............................................................................................pág 15
Planejamento 1: Processos de eletrização de um corpo .................... pág 15
Planejamento 2: A carga elétrica e a Lei de Coulomb ....................... pág 20
Planejamento 3: Campo Elétrico.................................................... pág 25
Planejamento 4: Potencial elétrico e Diferença de Potencial ............. pág 30

QUÍMICA ...................................................................................................... pág 34


Planejamento 1: Reações químicas ..................................................... pág 34
Planejamento 2: Variações dos números de oxidação entre
os participantes de uma reação química .........................................pág 38
Planejamento 3: Transformações que envolvem produção
de energia: pilhas e baterias ......................................................... pág 42
Planejamento 4: Transformações que envolvem consumo
de energia: eletrólise ................................................................... pág 46

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVA S
REFERÊNCIA
3º ano Ensino Médio 2023

COMPONENTE CURRICULAR
Biologia Ciências da Natureza e suas Tecnologias

TÓPICO
Origem da vida na Terra.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Origem da Vida na Terra. Identificar diferentes explicações sobre a origem dos seres vivos,
confrontando concepções religiosas, mitológicas e científicas, elaboradas
em diferentes momentos.
Construir argumentos, favoráveis ou contrários, às diferentes formas de
explicar as origens dos seres vivos.
Analisar experiências e argumentos utilizados por cientistas como F. Redi
(1626-1697), L. Pasteur (1822-1895) para derrubar a teoria da geração
espontânea.
Analisar textos que descrevem os experimentos de Redi e Pasteur e
identificar as diferenças entre as ideias de cada um.
Avaliar as ideias de Oparin sobre a origem da vida na Terra.
Analisar textos históricos que descrevem o ambiente da Terra primitiva
(composição de gases, radiação e reações químicas) identificando os
argumentos que corroboram com a hipótese de Oparin sobre a origem da
vida na Terra.
Associar o surgimento da vida como um processo lento e relacionado às
condições físico-químicas da Terra há bilhões de anos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Origem da vida na Terra
DURAÇÃO: 06 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Olá, professor(a),
Como material de apoio às suas aulas sobre a origem da vida na Terra, elaboramos este instrumento, para
que você possa utilizá-lo em sala de aula.
Neste instrumento, serão abordados, os conceitos relacionados à origem da vida, de modo que o
estudante, ao final destas 06 aulas, compreenda as diferentes explicações propostas para explicar tal
fenômeno.

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1ª AULA: COMO SURGIU A VIDA NA TERRA?
Nesta etapa é proposta uma discussão inicial com os estudantes, tendo como referência a
problemática: Como surgiu a vida na Terra? Durante o desenvolvimento desta atividade é essencial,
professor(a), que você faça pequenas intervenções de modo a fomentar a participação dos estudantes.
É importante deixar que os estudantes compartilhem suas opiniões sobre o tema e levantem hipóteses
sobre o assunto. Não se preocupe em responder seus questionamentos ou até mesmo corrigir, caso
alguma informação ou conceito seja levantado de forma errônea pelos estudantes, nesse momento,
mas sim, estimule-os a pensar sobre o tema. Propomos, também, que o estudante faça uma
investigação, em casa, sobre as hipóteses para explicar a origem da vida, de modo que os estudantes
adquiram um conhecimento prévio do assunto a ser trabalhado na próxima aula.

2ª E 3ª AULA: CONSTRUINDO O PLANETA TERRA


Para este momento sugerimos que utilizem o documentário “Construindo o Planeta Terra - National
Geographic”. No documentário o estudante poderá correlacionar as hipóteses levantadas na aula
anterior.

4ª AULA: ABIOGÊNESE E BIOGÊNESE


Para esta aula, professor(a), sugerimos que trabalhe de maneira expositiva os conceitos relacionados
às teorias que explicam o surgimento da vida, para isto pode-se analisar experimentos e argumentos
utilizados por cientistas como F. Redi (1626-1697), L. Pasteur (1822-1895) para derrubar a teoria da
geração espontânea. Analisar textos que descrevem os experimentos de Redi e Pasteur e identificar
as diferenças entre as ideias de cada um e avaliar as ideias de Oparin sobre a origem da vida na
Terra.

5ª E 6ª AULA: CONSTRUINDO COLETIVAMENTE UMA LINHA DO TEMPO


Professor(a), entendemos que, para continuar os trabalhos, é fundamental que os estudantes
estabeleçam relações entre os conceitos apresentados nas aulas anteriores. Para cumprir esse
objetivo, sugerimos que os estudantes reúnam em uma Linha do Tempo Geobiológica, construída
coletivamente, todos os conceitos construídos por eles e avaliem se o método utilizando a História do
desenvolvimento da Terra para o ensino da origem e evolução dos seres vivos foi eficaz.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA: COMO SURGIU A VIDA NA TERRA?
Na sala de aula, oriente a turma a refletir sobre o surgimento da vida na Terra, este é um momento
inicial de levantamento de conhecimentos prévios, onde conceitos já apreendidos poderão ser
ativados. Para alcançar este objetivo, sugerimos alguns tópicos para a retomada, que estão
representados abaixo.
Sabemos que o surgimento da vida na Terra é um processo complexo e ainda não completamente
compreendido pela ciência. No entanto, existem algumas teorias e evidências que nos ajudam a
entender melhor esse processo. A teoria mais aceita atualmente é a de que a vida surgiu a partir de
reações químicas que ocorreram na Terra primitiva, há cerca de 4 bilhões de anos. Nessa época, a
Terra era muito diferente do que é hoje, com uma atmosfera redutora, composta principalmente por
metano, amônia e dióxido de carbono, e sem a presença de oxigênio.
As condições ambientais da Terra primitiva eram extremas, com altas temperaturas, descargas
elétricas, radiação ultravioleta, erupções vulcânicas e frequentes impactos de asteroides. No entanto,
apesar dessas condições adversas, os cientistas acreditam que as moléculas orgânicas, como
aminoácidos e nucleotídeos, puderam se formar a partir de reações químicas simples. Não se sabe ao
certo como a primeira forma de vida na Terra possa ter surgido ou até mesmo descrevê-la, mas
acredita-se esta forma de vida seja um ser com uma organização simples, a partir da combinação de
moléculas orgânicas em uma membrana celular.
Com o tempo, esses organismos evoluíram e se diversificaram, dando origem a diferentes formas de
vida que povoam o planeta até os dias de hoje.

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No entanto, vale ressaltar que ainda há muitas perguntas sem resposta em relação ao surgimento da
vida na Terra, e os cientistas continuam pesquisando e buscando respostas para essas questões.
Dando continuidade, organize os estudantes em duplas ou pequenos grupos, para que dialoguem a
respeito da problemática inicial de como surgiu a vida na Terra.
Para finalizar a aula, e de modo a estabelecer uma ligação entre a próxima aula, onde continuaremos
os estudos sobre hereditariedade e variabilidade genética, sugerimos solicitar aos estudantes que
realizem uma investigação sobre as hipóteses sobre o surgimento da vida na Terra.
Recomendamos que, no final da aula, sejam compartilhadas as definições dos conceitos entre os
estudantes.

2ª E 3ª AULA: CONSTRUINDO O PLANETA TERRA


Para este momento sugerimos que utilizem o documentário
“Construindo o Planeta Terra – National Geographic”.
Disponibilizamos o QR Code ao lado (aponte a câmera do celular
para acessar). É importante que os estudantes entendam que os
dispositivos digitais são ferramentas poderosas que podem ajudá-los
a acessar informações, aprender de maneira mais eficaz e colaborar
com colegas e professores. No entanto, também é importante
estabelecer limites claros sobre o uso desses dispositivos durante as
atividades de aprendizagem para evitar distrações e desvios de
atenção.

4ª AULA: TEORIAS DA ABIOGÊNESE E BIOGÊNESE


Dando continuidade, para aprofundar o conhecimento dos estudantes sobre as questões relacionadas
às teorias para o surgimento da vida na Terra. Professor(a), sugerimos para esta atividade a utilização
do livro didático ou outro material de apoio fornecido por você, faça uma aula expositiva trabalhando
os conceitos abaixo.
Existem diversas teorias e hipóteses sobre o surgimento da vida na Terra, algumas mais aceitas do que
outras. Aqui estão algumas das principais:
Abiogênese: também conhecida como geração espontânea, essa teoria afirmava que seres vivos
poderiam surgir a partir de matéria inanimada. Conforme ilustrado na figura abaixo:

Fonte: BRAZ, 2023.

Essa teoria foi amplamente aceita até o século XVII, quando experimentos realizados por cientistas
como Francesco Redi e Louis Pasteur demonstraram que isso não era possível. O experimento de Redi
é conhecido como um dos primeiros experimentos científicos a desafiar a teoria da geração
espontânea, que afirmava que seres vivos poderiam surgir a partir de matéria inanimada. Através do
seu experimento, Redi foi capaz de demonstrar que as larvas só surgiram nos frascos abertos porque
moscas fêmeas colocam seus ovos na carne, enquanto nos frascos fechados, as moscas não tiveram
acesso à carne para depositar seus ovos. Portanto, o experimento de Redi forneceu uma evidência
experimental sólida de que organismos vivos só podem surgir a partir de outros organismos vivos
preexistentes, uma ideia conhecida como biogênese.

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Fonte: BRAZ, 2023.

John Needham realizou um experimento em 1745 que foi um dos principais argumentos em favor da
teoria da geração espontânea. Ele aqueceu caldos nutritivos em tubos de ensaio para matar qualquer
forma de vida presente e, em seguida, fechou os tubos para evitar a entrada de ar e, teoricamente,
impedir o surgimento de microrganismos.
No entanto, após alguns dias, ele observou o surgimento de microrganismos nos tubos, o que ele
interpretou como evidência de que a vida poderia surgir espontaneamente a partir de matéria
inanimada. Needham acreditava que a força vital presente nos alimentos era responsável pelo
surgimento dos microrganismos.
Embora o experimento de Needham tenha sido um importante argumento em favor da teoria da
geração espontânea na época, mais tarde, outros cientistas como Lazzaro Spallanzani e Louis Pasteur
refutaram essa teoria com seus próprios experimentos. Eles demonstraram que microrganismos só
surgem a partir de outras formas de vida preexistentes, o que apoiou a teoria da biogênese.
Experimentos de Needham e Spallanzani.

Fonte: BRAZ, 2023.

Panspermia: essa hipótese sugere que a vida na Terra foi trazida por organismos que se originaram
em outros planetas ou em cometas. Essa ideia ainda é discutida e não há evidências suficientes para
confirmá-la ou refutá-la.
Evolução química: essa teoria sugere que a vida surgiu a partir de reações químicas que ocorreram na
Terra primitiva, em condições favoráveis à formação de moléculas orgânicas, como aminoácidos e
nucleotídeos.
Hipótese do mundo de RNA: essa teoria sugere que as primeiras formas de vida na Terra eram
baseadas em RNA, em vez de DNA. O RNA seria capaz de agir como catalisador químico e também
seria capaz de replicar-se, permitindo a evolução e o desenvolvimento de formas mais complexas de
vida.

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Hipótese do mundo de ferro-sulfeto: essa teoria sugere que a vida teria surgido em sistemas
hidrotermais submarinos, onde a atividade vulcânica produziu fluxos de água quente ricos em ferro e
sulfeto, que forneceriam as condições ideais para a formação de moléculas orgânicas.
Hipótese da panspermia dirigida: essa hipótese sugere que a vida na Terra foi intencionalmente trazida
por seres inteligentes de outros planetas. No entanto, essa ideia é considerada pouco provável e não
possui evidências científicas que a sustentem.
Vale ressaltar que todas essas teorias e hipóteses continuam sendo estudadas e debatidas pelos
cientistas, e ainda há muitas questões em aberto sobre o surgimento da vida na Terra.

5ª 6ª AULA: CONSTRUINDO COLETIVAMENTE UMA LINHA DO TEMPO


Professor(a), para finalizar a nossa sequência de aulas sobre a origem da vida na Terra, sugerimos que
seja construída, de maneira coletiva, uma linha do Tempo Geológico da história da vida na Terra.
Apresentamos, abaixo, um exemplo de linha do tempo, do período das principais teorias sobre a
origem da vida (Abiogênese e Biogênese).

Fonte: BRAZ, 2023.

A avaliação da eficácia do método utilizando a História do desenvolvimento da Terra para o ensino da


origem e evolução dos seres vivos pode ser feita a partir da análise do nível de compreensão dos
alunos sobre os conceitos apresentados na Linha do Tempo. Se os alunos conseguiram construir a
Linha do Tempo de forma coletiva e compreenderam a sequência lógica dos eventos apresentados, é
possível considerar que o método foi eficaz.
Além disso, é importante avaliar se os alunos conseguiram estabelecer relações entre os eventos
apresentados na Linha do Tempo e as características dos seres vivos que surgiram ao longo da história
geobiológica. Se os alunos conseguiram estabelecer essas relações e compreenderam a evolução dos
seres vivos de acordo com as mudanças ambientais que ocorreram ao longo do tempo, é possível
afirmar que o método foi bem-sucedido.
Por fim, é importante ressaltar que a avaliação da eficácia do método deve ser realizada de forma
contínua, observando o desempenho dos alunos ao longo do processo de ensino e aprendizagem.

RECURSOS:
Papel sulfite A4; papel EVA, caneta hidrocor,
Livro didático ou material de consulta fornecido pelo(a) professor(a).

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PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O sistema avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as
atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES
1– Qual a ideia mais aceita atualmente para a origem dos seres vivos?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

2 – (UECE) Relacione, corretamente, as teorias sobre a origem da vida com suas respectivas
características, numerando os parênteses abaixo de acordo com a seguinte indicação:
1) Abiogênese
2) Biogênese
3) Panspermia
4) Evolução molecular
I. ( ) Afirma que a vida na Terra teve origem a partir de seres vivos ou de substâncias precursoras da
vida provenientes de outros locais do cosmo.
II. ( ) Surgiu a partir de evidências irrefutáveis de testes rigorosos realizados por Redi, Spallanzani,
Pasteur e outros que chegaram à conclusão de que seres vivos surgem somente pela reprodução de
seres da sua própria espécie.
III. ( ) Considera que a vida surgiu por mecanismos diversos como, por exemplo, a partir da lama de
lagos e rios, além da reprodução.
IV. ( ) A vida é resultado de um processo de evolução química em que compostos inorgânicos se
combinam, originando moléculas orgânicas simples que se combinam produzindo moléculas mais
complexas, até o surgimento dos primeiros seres vivos.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) 4, 1, 3, 2.
b) 3, 2, 1, 4.
c) 1, 4, 2, 3.
d) 2, 3, 4, 1.

3 – (Unicentro) São muitas as discussões sobre a origem da vida no planeta Terra. Os estudos sobre o
assunto evidenciam a importância dos avanços tecnológicos e das pesquisas para o aprimoramento das
hipóteses sobre a origem da vida. Porém, após alguns séculos de estudos, apesar de consideráveis
avanços, ainda existem muitas perguntas sem respostas. Sobre as principais teorias da origem da vida,
pode-se afirmar:
a) Haldane e Oparin admitiam que moléculas inorgânicas, encontradas na atmosfera primitiva, se
combinariam originando moléculas orgânicas simples, que, posteriormente, adquiriram a
capacidade de autoduplicação e metabolismo.
b) A teoria da abiogênese foi confirmada com as pesquisas realizadas por Pasteur, em que micro-
organismos foram encontrados em frascos com “pescoço de cisne”, após o processo de fervura.
c) Os avanços tecnológicos e as pesquisas atuais permitiram definir a descoberta da vida como
sendo através da evolução de componentes inorgânicos originados no próprio planeta Terra.
d) Segundo a panspermia, os primeiros seres vivos teriam vindo do cosmos e seriam pluricelulares
e autótrofos.
e) As pesquisas realizadas puderam comprovar a hipótese autotrófica, pois não existiam nutrientes
suficientes na Terra primitiva para suprir os seres vivos.

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4 – A pasteurização é uma técnica aplicada em alimentos (inclusive para sua posterior
comercialização). Trata-se de processo de conservação, baseado na experiência proposta por Pasteur.
De que forma esse processo permite a conservação dos alimentos?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2020.
160 p. v. 6 volumes.
BRAZ, Vinicius. Imagens sobre a Origem da Vida. Acervo pessoal. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20d
o%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
REECE, Jane et al. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SADAVA, David et al. Vida: A Ciência da Biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed.
São Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.

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TÓPICO
DNA - A molécula da vida.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Revisão de Citologia. Identificar a natureza do material hereditário em todos seres vivos,


analisando sua estrutura química para avaliar a universalidade
Síntese de Proteínas.
dessa molécula no mundo vivo.
Conhecer o modelo da molécula do DNA, de modo a explicar como
se dá o processo de auto duplicação desta molécula e o significado
desse processo na transmissão de caracteres.
Interpretar a tabela do código genético com a ocorrência dos
mesmos aminoácidos em proteínas de diferentes seres vivos.
Estabelecer relação entre DNA, código genético, fabricação de
proteínas e determinação das características dos organismos.
Reconhecer que todos os seres vivos são constituídos por células;
as células possuem estrutura tridimensional; toda célula se origina
de outra célula; todas as células são constituídas das mesmas
substâncias químicas; todas as células possuem metabolismo
semelhante; as células contêm as informações genéticas dos seres
vivos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: DNA - A molécula da vida
DURAÇÃO: 03 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Olá, professor(a),
A proposta deste instrumento, é oferecer estratégias pedagógicas para que você possa desenvolver em
sala de aula o tema DNA - A molécula da Vida, com uma abordagem contextualizada em sua aplicação
prática, visando o desenvolvimento de um ensino investigativo. É de extrema importância a valorização
das vivências do estudante, para que seja dado sentido ao que se aprende e o incentivo ao
“protagonismo em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de vida”. Desse modo,
entendemos que este material de apoio poderá servir como inspiração para enriquecer seu
planejamento e seus planos de aula.

1ª AULA: RELEMBRANDO CONCEITOS


Para esta aula, professor(a), sugerimos que trabalhe os conceitos relacionados ao DNA. Como
estratégia para a retomada de alguns conceitos aprendidos em séries anteriores, propomos uma roda
de conversa a partir da palavra DNA. Após retomar de maneira expositiva para ampliação do
conhecimento dos estudantes sobre a estrutura da molécula de DNA.

2ª E 3ª AULA: CONSTRUINDO UM MODELO DE SÍNTESE PROTEICA


Para dar continuidade aos estudos, propomos retomar o processo de Síntese de Proteínas, que
será útil nas próximas aulas, através de uma Atividade Prática. Sugerimos que esta atividade seja
realizada em pequenos grupos, de até 4 pessoas, de modo a garantir a interação e o
compartilhamento de informações entre os estudantes. Além disso, é importante que você, durante a
execução da atividade, esclareça as possíveis dúvidas e ao final, organize uma roda de conversa com a
turma, de modo a compartilhar os resultados obtidos entre os grupos.

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B) DESENVOLVIMENTO:
1ª AULA: RELEMBRANDO CONCEITOS
Professor(a), para aprofundar o conhecimento e expor os conceitos sobre a molécula de DNA.
Sugerimos para esta atividade a utilização do livro didático ou outro material de apoio fornecido por
você, faça uma aula expositiva trabalhando os conceitos abaixo.
A célula é a unidade básica da vida, e é composta por diferentes estruturas e organelas que
desempenham funções específicas. O DNA, por sua vez, é a molécula que carrega a informação
genética dos seres vivos.
A informação genética é armazenada no DNA na forma de sequências de nucleotídeos, que são
compostos por uma base nitrogenada (adenina, timina, guanina ou citosina), um açúcar
(desoxirribose) e um grupo fosfato. Essas sequências de nucleotídeos são organizadas em genes, que
contêm as instruções para a síntese de proteínas e outras moléculas importantes para o funcionamento
celular.
A síntese de proteínas ocorre em uma estrutura celular chamada ribossomo, que lê as sequências de
nucleotídeos do RNA mensageiro (mRNA) e sintetiza a proteína correspondente. O mRNA é sintetizado
a partir do DNA em um processo chamado transcrição, que envolve a produção de uma molécula de
RNA complementar à sequência de nucleotídeos do DNA. A transcrição é regulada por proteínas
específicas, que se ligam ao DNA em locais chamados de promotores e iniciam o processo de
transcrição.
Antes da transcrição, o DNA precisa ser descompactado de sua forma de dupla hélice e exposto para
que as proteínas reguladoras possam acessá-lo. Isso ocorre por meio de processos de modificação
epigenética, como a metilação do DNA e a modificação de histonas, que alteram a estrutura da
cromatina (a estrutura em que o DNA é armazenado na célula) e regulam a expressão gênica.
Uma vez sintetizado o mRNA, ele é transportado para os ribossomos, que iniciam o processo de
tradução, ou síntese de proteínas. Esse processo envolve a leitura do código genético contido no
mRNA e a adição dos aminoácidos correspondentes para formar a proteína.
Em resumo, o DNA contém a informação genética dos seres vivos, e essa informação é expressa por
meio da síntese de proteínas. A transcrição é o processo de síntese de RNA a partir do DNA, enquanto
a tradução é o processo de síntese de proteínas a partir do RNA. Ambos os processos são regulados
por proteínas específicas e modificações epigenéticas que controlam a expressão gênica.

2ª E 3ª AULA: CONSTRUINDO UM MODELO DE SÍNTESE PROTEICA


Para iniciar a atividade, sugerimos que a turma seja organizada em grupos de até 4 pessoas. Explique
para os estudantes sobre o objetivo da atividade. Para a execução da Atividade Prática (ANEXO I).
Acompanhe o processo, disponibilizando-se a tirar dúvidas e orientar os grupos em relação a execução
da atividade.

RECURSOS:
Quadro, pincel, roteiro de Atividade (ANEXO I).

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O sistema avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as
atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

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ATIVIDADES
01 – Pareando as Bases Nitrogenadas. De acordo com as anotações e observações feitas nas
atividades anteriores e seus conhecimentos sobre a molécula de DNA, complete o esquema a seguir de
modo a obter-se a fita complementar da molécula de DNA.

02 – (Mack) Assinale a alternativa correta a respeito do processo de síntese proteica.


a) Para sintetizar moléculas de diferentes proteínas é necessário que diferentes ribossomos
percorrem a mesma fita de RNAm.
b) Se todo o processo de transição for impedido em uma célula, a tradução não será afetada.
c) É a sequência de bases no RNAt que determina a sequência de aminoácidos em uma proteína.
d) Se houver a substituição de uma base nitrogenada no DNA, nem sempre a proteína resultante
será diferente.
e) A sequência de aminoácidos determina a função de uma proteína, mas não tem relação com
sua forma.

03 – (Ufam) A produção de uma proteína é processada basicamente em duas fases. Observando o


esquema abaixo, encontre a alternativa correspondente:
Gene (DNA) → RNA → Proteínas
a) Transmissão; Tradução.
b) Transcrição; Tradução.
c) Tradução; Transcrição.
d) Transcrição; Transcrição.
e) Tradução; Tradução.

04 – (PUC-MG) O maior projeto do final do século é, sem dúvida, o Projeto Genoma Humano, que tem
por objetivo sequenciar todos os genes dos 23 cromossomos que compõem a espécie humana.
Uma reportagem recente mostrou um gene totalmente sequenciado com o seguinte trecho: AAA AAT
CAA GTA.
Baseado em seus conhecimentos, identifique o segmento de RNA mensageiro formado a partir desse
filamento.
a) UUU UUA GUU CAU
b) UUU UUT GUU CTU
c) AAA AAU CAA GUA
d) TTT TTA GTT CAT
e) TTT UUA GUU CAT

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REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2020.
160 p. v. 6 volumes.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20d
o%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
REECE, Jane et al. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SADAVA, David et al. Vida: A Ciência da Biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1.
SM EDUCAÇÃO et al, (org.). Ser Protagonista: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 1. ed.
São Paulo: Editora SM, 2020. 160 p. v. 6 volumes.

ANEXO I

ATIVIDADE PRÁTICA: Trabalhando com um modelo para a síntese de proteínas

O objetivo desta atividade é facilitar a compreensão do mecanismo da síntese de proteínas pela


utilização de modelos de papel. Estes representam os principais participantes da síntese de proteínas:
RNA mensageiro (RNAm), ribossomo, diversos tipos de RNA transportador (RNAt), fator de terminação e
aminoácidos. A atividade consiste em simular, passo a passo, os mecanismos que levam ao
encadeamento dos aminoácidos da proteína sob o comando do RNA mensageiro.

Materiais Necessários:
✓ Tesoura e/ou estilete
✓ Cola (de preferência em bastão)
✓ 11 mini clips
✓ Folhas para recortar com desenhos do mRNA, do ribossomo, dos aminoácidos, dos tRNA e do
fator de terminação (xerox)
✓ Painel de isopor ou de cortiça (opcional)
✓ Alfinetes de mapa ou percevejos (opcional)
✓ Lápis ou canetas hidrográficas coloridos (opcional)

Orientações Gerais
Com tesoura ou estilete recorte, das folhas de desenhos, os modelos do RNAm, do ribossomo, dos
aminoácidos, dos RNAt e do fator de terminação. Note que o RNAm está dividido em dois pedaços, que
precisam ser unidos. Para isso, siga as instruções da folha de desenhos e una os dois pedaços com cola.
Pode-se também colorir os modelos para que sejam mais facilmente reconhecidos. A montagem do
modelo pode ser feita sobre uma superfície plana ou fixando-se as peças em um painel de isopor ou
cortiça por meio de alfinetes de mapa ou percevejos.

Passo a passo da síntese de proteínas


1- Sua primeira tarefa, antes de iniciar a síntese de proteína, consiste em ligar, por meio de um
miniclipe, cada RNAt à extremidade carboxila (cinza) do aminoácido correspondente. Para isso, consulte
uma tabela de codificação genética, lembrando, porém, que geralmente as tabelas se referem aos
códons (trincas de bases no RNAm) dos aminoácidos. É necessário "traduzir" os códons para os
anticódons do RNAt. Por exemplo, se o códon para a metionina é AUG, a trinca do RNAt correspondente
é UAC.

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2- Alinhe o RNAm na subunidade menor do ribossomo, de maneira que o códon de início fique
exatamente embaixo do sítio P, na subunidade maior do ribossomo. Posicione o RNAt da metionina no
sítio P do ribossomo de modo que seu anticódon se encaixe ao códon de início. É esse encaixe que
marca o começo da síntese de proteína.

3- Encaixe o RNAt que corresponde ao códon localizado sob o sítio A. O aminoácido transportado por
esse RNAt será o segundo da cadeia polipeptídica. Solte a metionina de seu RNAt e cole sua
extremidade carboxila (cinza) à extremidade amina (branca) do segundo aminoácido.

4- Deslize com cuidado o ribossomo para a direita. Percorra uma distância correspondente a três bases,
mantendo encaixados os códons e os anticódons. O RNAt da metionina fica fora do ribossomo; o
segundo RNAt, com os dois aminoácidos unidos, passa a ocupar o sítio P; o sítio A fica vazio. Encaixe o
RNAt que corresponde ao códon localizado sob o sítio A. Solte a dupla de aminoácidos (dipeptídio) do
RNAt localizado no sítio P e cole a extremidade carboxila livre à extremidade amina do terceiro
aminoácido.

5- Repita o procedimento anterior até que o códon de término passe a ocupar o sítio A do ribossomo. O
encaixe do fator de terminação determina o fim da mensagem genética para a proteína, que se desliga
do último RNAt e está pronta para atuar.

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVA S
REFERÊNCIA
3º ano Ensino Médio 2023

COMPONENTE CURRICULAR
Física Ciências da Natureza e suas Tecnologias

TÓPICO
Processos de Eletrização.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Processos de eletrizaçãode Compreender os fenômenos eletrostáticos e suas aplicações.


um corpo.
Compreender as diferenças entre condutores e isolantes.
Compreender o conceito de carga elétrica e sua unidade de medida no SI.
Compreender como os isolantes podem ser carregados por atrito.
Compreender como os metais podem ser carregados por indução.
Compreender o processo de polarização nos isolantes.
Compreender as aplicações da eletrização no cotidiano.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Processos de eletrização de um corpo
DURAÇÃO: 5 Aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Olá professor(a).
Este material foi elaborado como forma de auxiliá-lo(a) durante as suas aulas do bimestre. Utilizaremos a
abordagem metodológica CTS (Ciências, Tecnologia e Sociedade) descrita por Bazzo (2003), Santos e
Mortimer (2002) e Delizoicov (2002), entre outros, que apontam para a necessidade de uma proposta de
trabalho que que possa contribuir para um maior significado ao aprendizado das disciplinas do núcleo das
ciências naturais. Desse modo, a CTS foi norteadora para trabalhar os objetos de conhecimento: Processos
de eletrização de um corpo que, neste primeiro bimestre, será discutida a eletrostática que permite ao
estudante o estudo dos processos de eletrização, da carga elétrica e da diferenciação entre condutores e
isolantes. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda os fenômenos eletrostáticos e suas aplicações.
Será interessante ainda que os estudantes consigam reconhecer a eletrização no cotidiano e seus riscos.

B) DESENVOLVIMENTO:
Esta sequência didática (SD) que, na prática, são conteúdos seriados com o intuito de levar às finalidades
almejadas, sendo metodicamente estruturadas e organizadas, foi pensada para ser aplicada no ensino
médio nas modalidades regular e EJA. No decorrer dessa SD será abordado o conceito de carga elétrica,
condutores e isolantes para auxiliar na compreensão dos processos de eletrização.

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→ 1º Momento: Sensibilização
Sensibilize os estudantes para aproximar da teoria científica, contida nos livros de ciência, com o
cotidiano.
Destaque a importância das Ciências para o desenvolvimento tecnológico da nossa sociedade.
Desmistifique a visão de que cientistas são pessoas muito inteligentes, sempre vestidas de jaleco
branco, fechados nos laboratórios e muito distante do contexto dos estudantes.

Contexto histórico

É importante que o professor inicie o tema com uma abordagem histórica sobre os átomos, a evolução
dos modelos atômicos, de que os corpos possuem cargas elétricas. Explique o conceito de corpo
neutro, corpo eletrizado positivamente, corpo eletrizado negativamente, para levar o estudante ao
entendimento de que a matéria é constituída por átomos e consequentemente cargas elétricas.

Imagem 1: corpos eletrizados e neutro

Fonte: AMABIS (2020, p.51)

2º MOMENTO: DIÁLOGO SOBRE CARGAS ELÉTRICAS E O COTIDIANO

Contextualize o tema estimulando os estudantes para um diálogo aberto sobre os seus conhecimentos
prévios a respeito de algum tipo de eletrização que possa ter ocorrido com ele no cotidiano. Faça
alguns questionamentos que possam ter ocorrido com os estudantes como, por exemplo:
1. Algum estudante já “levou” um choque ao encostar em algum objeto e ou uma outra pessoa?
2. Algum estudante ao retirar uma blusa, principalmente quando usamos colete na prática de
atividades físicas, camisa de futebol, já ouviu alguns “estalos”?
3. Já ouviram alguma coisa sobre energia estática? Comente a respeito da carga estática no
transporte de substâncias inflamáveis e o uso de correntes metálicas que servem como
aterramento.
Feito esse diálogo, o estudante estará preparado para compreender o estudo da eletrostática, bem
como as propriedades das cargas elétricas e os processos de eletrização.

3º MOMENTO: FORMALIZAÇÃO DO TEMA


Explique detalhadamente para os estudantes o conceito de carga elétrica, sua unidade no SI, as
contribuições do cientista Charles Coulomb para a ciência, o conceito de carga puntiforme e a
conservação da carga elétrica nos processos de equilíbrio eletrostático, destacando o fato de que, no
contato entre condutores de mesma forma e mesmas dimensões, por exemplo em esferas de mesmo
raio, os condutores apresentam no final cargas elétricas iguais.
Incentive-os a refletir a respeito de que a matéria é composta de átomos. E, que os corpos possuem
cargas elétricas e estas tendem ao equilíbrio. O docente deve elucidar também, os diferentes
processos de eletrização por atrito, contato e indução.

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4º MOMENTO: ATIVIDADE PRÁTICA: PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO – ELETRIZAÇÃO POR
ATRITO

1- Proponha uma atividade prática para os estudantes.

→ Materiais: régua plástica ou canudo descartável, folha de papel, tesoura, balão de festa,
pedaço de flanela ou seda.
→ Procedimento 1: divida a turma em grupos de quatro ou seis integrantes e distribua uma
régua, metade de uma folha de papel, a tesoura, o balão de festa e pano de flanela e ou seda.
Oriente-os a recortar o papel e pedaços bem pequenos e fazer um “montinho”. Pegar a régua
ou canudo descartável, esfregá-la (atritá-la) em uma das pontas com o pedaço de pano e
aproximá-la do montinho de papel.

Discussão 1:
1. Qual é o processo de eletrização do experimento?
2. A régua/canudo atraiu os pedacinhos de papel? Por que?
3. O experimento seria possível trocando a régua plástica/canudo (isolante) por um bastão de
metal (condutor)? Explique o motivo.

→ Procedimento 2: Solicite aos estudantes para inflar o balão de festa, friccionar o pano nele e
aproximá-lo do montinho de papel picado. Peça para os estudantes repetirem o procedimento
e, dessa vez, colocar o balão em contato com a parede da sala de aula.

Discussão 2:
1. O balão é isolante ou condutor?
2. O balão atraiu os pedacinhos de papel? Explique.
3. O balão “grudou” na parede? Explique.

Tanto o procedimento 1, quanto o procedimento 2 podem ser realizados atritando a régua ou o balão
no cabelo seco de algum estudante. Enfatize o conceito de eletrização de condutores por contato e por
indução. Explique a respeito de aterramento e sua finalidade e importância na proteção dos aparelhos
elétricos de nossas casas e indústrias. Evidencie o aterramento do padrão de energia elétrica e o para
raio.

2- Proponha uma atividade de simulação para os alunos.

Imagem 2: Simulador Phet - Balões e Eletricidade Estática

Fonte: (PHET, 2023)

→ Materiais: computador conectado à internet.


→ Procedimento: Se possível dividir a turma em grupos de três ou quatro integrantes, oriente-
os a acessarem o simulador PHET na simulação Balões e Eletricidade Estática. Incentive os
alunos a experimentarem o simulador inicialmente atritando um balão com a camisa de lã,
depois com dois balões atritando na camisa de lã. Em seguida, solicite que reiniciem o
simulador e teste atritar um balão com o outro e depois na parede.
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Discussão 1:
1. Inicialmente os objetos (camisa, balão e parede) estão eletrizados ou neutros? Eles se atraem
ou repelem?
2. O que acontece com as cargas do balão e da camisa quando são atritados um ao outro?
Explique.
3. O que acontece após o atrito do balão com a camisa se o balão se aproxima da parede?
Explique.

RECURSOS:
Livro didático; computador com acesso à internet; quadro; giz; projetor; tesoura; régua plástica;
canudo descartável; balão de festa; tecido de flanela ou seda.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais e de simulação), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES
1 – Explique detalhadamente, os três processos de eletrização.

2 – Calcule a quantidade de elétrons contidos em um corpo cuja carga elétrica total é de 1 coulomb
(1 C).

3 – No contato entre um condutor eletrônico A, eletrizado positivamente, e outro B, neutro, haverá


passagem de:
a) prótons de A para B.
b) elétrons de A para B.
c) elétrons de B para A.
d) prótons de B para A.
e) elétrons de A para B e de B para A.

4 – A superfície de uma esfera isolante é carregada com carga elétrica positiva, concentrada em um
dos seus hemisférios. Uma esfera condutora descarregada é, então, aproximada da esfera isolante.
Faça um esquema que melhor representa a distribuição final de cargas nas duas esferas.

5 – Uma esfera metálica, positivamente carregada, é aproximada, sem encostar, da esfera do


eletroscópio. Em qual das seguintes alternativas melhor se representa a configuração das folhas do
eletroscópio, e suas cargas, enquanto a esfera positiva estiver perto de sua esfera?

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REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. v 5, 1. ed. São Paulo. Moderna,
2020.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso
em: 10 fev. 2023.
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DO PARANÁ. Disponível em:
https://www.esocite.org.br/eventos/tecsoc2011/cd-anais/arquivos/pdfs/artigos/gt005-
aabordagemcts.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20d
o%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
MORTIMER. E.F. SANTOS. W.L.P. A abordagem metodológica CTS (Ciência – Tecnologia – Sociedade)
no contexto da educação brasileira. Ensaio, v. 2, n. 2, p. 110 -132. 2000.
PHET INTERACTIVE SIMULATIONS. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/balloons-and-static-electricity. Acesso em: 09 fev. 2023.
ROEHRIGS; S. A. G., ASSIS; K. K., CZELUSNIAKI; S. M. A Abordagem CTS no Ensino de Ciências:
Reflexões sobre as Sistema de Educação da Educação Básica.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ministério da Educação. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referencia
_versao_1.0.pdf . Acesso em: 10 fev. 2023.

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TÓPICO
Força Elétrica.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
A carga elétrica e a Lei de Compreender o conceito de força eletrostática.
Coulomb.
Compreender as forças elétricas como uma manifestação da ação a
distância entre cargas elétricas.
Saber explicar as forças de atração e repulsão.
Compreender e saber explicar as forças de atração entre corpos
eletricamente neutros e corpos eletrizados.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A carga elétrica e a Lei de Coulomb
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Dando prosseguimento as habilidades contidas no Plano de Curso, será utilizada a abordagem CTS,
que será norteadora para trabalhar os objetos de conhecimento: Força elétrica, neste primeiro
bimestre, será discutida a lei de Coulomb que permite ao estudante o estudo das forças de ação à
distância entre cargas elétricas. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda os fenômenos de
equilíbrio eletrostáticos e suas aplicações. Será interessante ainda que os estudantes consigam
reconhecer o caráter vetorial da força elétrica.

B) DESENVOLVIMENTO:
Esta sequência didática (SD) que, na prática, são conteúdos seriados com o intuito de levar às
finalidades almejadas, sendo metodicamente estruturadas e organizadas, foi pensada para ser aplicada
no ensino médio nas modalidades regular e EJA. No decorrer dessa SD será abordado o conceito de
força elétrica para auxiliar na compreensão da Lei de Coulomb.

→ 1º Momento: Sensibilização
Sensibilize os estudantes para se aproximarem da teoria científica, contida nos livros de ciência, com o
cotidiano.
Destaque a importância das Ciências para o desenvolvimento tecnológico da nossa sociedade.
Desmistifique a visão de que cientistas são pessoas muito inteligentes, sempre vestidas de jaleco
branco, fechados nos laboratórios e muito distante do contexto dos estudantes.

Contexto histórico

É importante que o professor inicie o tema com uma abordagem histórica sobre cargas positivas e
cargas negativas e as contribuições de Charles Coulomb para a física. Explique que a atração elétrica
se dá através de cargas elétricas de mesmo sinal e a repulsão elétrica se dá entre cargas elétricas de
sinais contrários.
Imagem 1: Interação entre cargas elétricas

Fonte: (SOBRE FÍSICA, 09 fev. 2023)


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→ 2º momento: Estudo da força elétrica

Explique para os estudantes que a grandeza que aparece entre Imagem 2: Experimento Coulomb
as cargas elétricas é a força eletrostática (força elétrica).
Evidencie que esta grandeza possui uma característica de agir à
distância. Comente que a força elétrica foi proposta por Charles
Augustin de Coulomb, através de um experimento com uma
balança de torção, como na figura e que, o SI o homenageia
com a unidade de carga elétrica.

Fonte: (HELERBROCK, 09 Fev. 2023)

3º Momento: A lei de Coulomb


Apresente para os estudantes o seguinte esquema:

Imagem 3: força elétrica entre cargas elétricas

Fonte: AMABIS (2020, p.55)

Explique que a força eletrostática é uma grandeza vetorial e proporcional ao produto das cargas
elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre as cargas elétricas,
denominando-se assim, a lei de Coulomb. Apresente a equação da que traduz a lei de Coulomb.

É importante que o professor comente a respeito da constante eletrostática como uma característica
física e que no vácuo, seu valor é K0=9x109 Nm2/C2. Evidencie para os estudantes que a força elétrica
é uma força natural e que esta obedece a terceira lei de Newton – o princípio da ação e reação – a
força elétrica é uma grandeza vetorial com módulo, direção e sentido.

Construa com os estudantes o gráfico F versus d, solicitando aos estudantes para preencherem o
seguinte quadro:

Imagem 4: Tabela e gráfico Força x distância

Fonte: (HELERBROCK, 09 Fev. 2023)

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Sugerimos também, caso o professor disponha de estrutura física, como computadores com internet, a
utilização de simuladores educacionais como o Phet Simulations,
(https://phet.colorado.edu/pt/simulations/waves-intro) e o Vascak - Phisics at schooll,
(https://www.vascak.cz/physicsanimations.php). Tais simuladores, embora apresentem textos em
inglês, são de fácil manipulação por professores e estudantes.

→ 4º Momento: Atividade Prática - simulador PHET (Lei de Coulomb)

Proponha uma atividade de simulação para os alunos.


Imagem 5: Simulador Phet - Lei de Coulomb

Fonte: (PHET, 2023)

→ Materiais: computador conectado à internet.


→ Procedimento: Se possível dividir a turma em grupos de três ou quatro integrantes, oriente-
os a acessarem o simulador PHET na simulação Lei de Coulomb, escala macro. Incentive os
alunos a experimentarem o simulador.

Discussão 1:
1. No Simulador “Lei de Coulomb”, selecionar as opções: “valores de força” e “notação científica”.
Em seguida, altera o valor da carga 1(q1) para 0 μC e mantenha a carga 2 (q2) com 8 μC. Qual
o valor da força entre as cargas? E se você manter o valor da carga 1 (q1) em -4μC e alterar a
carga 2 (q2) para 0 μC, ocorre o mesmo? Explique.
2. No Simulador “Lei de Coulomb”, selecionar as opções “valores de força” e “notação científica”.
Na sequência, coloque a carga 1 (q1) na origem (posição 0) e a carga 2 (q2) na posição 3 cm.
O que ocorre com o valor da Força Elétrica se você aumentar (duplicar) o valor da carga 1 (q1)
para – 8 μC? A força elétrica aumentará ou diminuirá? Quanto? Você percebeu mais alguma
coisa diferente no fenômeno?
3. No Simulador “Lei de Coulomb”, selecionar as opções “valores de força” e “notação científica”.
Na sequência, coloque a carga 1 (q1) na origem (posição 0) e a carga 2 (q2) na posição 3 cm.
O que ocorre com o valor da Força Elétrica se você duplicar a distância entre elas, ou seja,
levar a carga 2 (q2) até a posição 6 cm, alinhando o seu centro com a posição 6 cm? A força
elétrica aumentou ou diminuiu nesse caso? Quanto?

RECURSOS:
Quadro; giz; pincel; projetor; simulador educacional.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais e da simulação), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho
durante as atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

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ATIVIDADES

1 – Duas cargas elétricas iguais de 2x10–6 C se repelem no vácuo com uma força de 0,1 N. Sabendo
que a constante elétrica do vácuo é de 9x109 N.m2 /C2, qual a distância entre essas cargas? Qual será
o valor da força entre elas se a distância dobrar?

2 – Charles Coulomb, físico francês do século XVIII, fez um estudo experimental sobre as forças que se
manifestam entre cargas elétricas e concluiu que
I. Duas cargas fixas exercem entre si forças de natureza eletrostática de igual intensidade;
II. As forças eletrostáticas são de natureza atrativa, se as cargas forem de sinais contrários, e de
natureza repulsiva, se forem do mesmo sinal;
III. A intensidade da força eletrostática é inversamente proporcional às cargas e diretamente
proporcional ao quadrado da distância que as separa.
Pode-se afirmar que está correto o contido em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

3 – São dados dois corpúsculos eletrizados, com cargas elétricas q1 e q2, que se atraem com uma
força F, quando imersos no vácuo. Se forem imersos em óleo, mantida constante a distância entre as
cargas, a força de atração entre eles:
a) aumenta.
b) diminui.
c) não se altera.
d) se anula.
e) inicialmente aumenta para depois diminuir.

4 – Dois pequenos corpos, idênticos, estão eletrizados com cargas de 1,00 nC cada um. Quando estão
à distância de 1,00 mm um do outro, a intensidade da força de interação eletrostática entre eles é F.
Fazendo-se variar a distância entre esses corpos, a intensidade da força de interação eletrostática
também varia. O gráfico que melhor representa a intensidade dessa força, em função da distância
entre os corpos, é:

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REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. v 5, 1. ed. São Paulo. Moderna,
2020.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
Acesso em: 10 fev. 2023.
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DO PARANÁ. Disponível em:
https://www.esocite.org.br/eventos/tecsoc2011/cd-anais/arquivos/pdfs/artigos/gt005-
aabordagemcts.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.
HELERBROCK, Rafael. "Lei de Coulomb"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-coulomb.htm. Acesso em 09 Fev. 2023.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
MORTIMER. E.F. SANTOS. W.L.P. A abordagem metodológica CTS (Ciência – Tecnologia – Sociedade)
no contexto da educação brasileira. Ensaio, v. 2, n. 2, p. 110 -132. 2000.
PHET INTERACTIVE SIMULATIONS. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/coulombs-law. Acesso em: 09 fev. 2023.
ROEHRIGS; S. A. G., ASSIS; K. K., CZELUSNIAKI; S. M. A Abordagem CTS no Ensino de Ciências:
Reflexões sobre as Sistema de Educação da Educação Básica.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ministério da Educação. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf . Acesso em: 10 fev. 2023.
SOBRE FÍSICA. Os opostos realmente se atraem. Disponível em:
https://sobrefisica.wordpress.com/2011/03/04/3%C2%BA-os-opostos-realmente-se-atraem-por-leticia-
guarnieri/. Acesso em 09 Fev. 2023.

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TÓPICO
Eletrostática.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Campo Elétrico. Compreender o conceito de campo elétrico.


Compreender o conceito de campo elétrico de uma carga puntiforme.
Saber que o campo elétrico é definido como sendo a força por unidade de
carga e sua unidade no SI.
Saber representar as linhas de força do campo elétrico de cargas isoladas e
sistema de cargas.
Entender os fenômenos eletrostáticos com base na noção de campo elétrico.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Campo Elétrico
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Nesta SD, utilizando a abordagem CTS, iremos trabalhar os objetos de conhecimento: processos de
eletrização de um corpo que, neste primeiro bimestre, será discutida a eletrostática que permite ao
estudante o estudo dos processos de eletrização, da carga elétrica e da diferenciação entre condutores
e isolantes. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda os fenômenos eletrostáticos e suas
aplicações. Será interessante ainda que os estudantes consigam reconhecer a eletrização no cotidiano
e seus riscos.

B) DESENVOLVIMENTO:
Esta sequência didática (SD) que, na prática, são conteúdos seriados com o intuito de levar às
finalidades almejadas, sendo metodicamente estruturadas e organizadas, foi pensada para ser aplicada
no ensino médio nas modalidades regular e EJA. No decorrer dessa SD será abordado o conceito de
linhas de força, vetor campo elétrico resultante, para auxiliar na compreensão dos processos de
caracterização do campo elétrico.

→ 1º Momento: Sensibilização
Sensibilize os estudantes para se aproximarem da Ciência que está nos livros para o seu dia a dia.
Destaque a importância das Ciências para o desenvolvimento tecnológico da nossa sociedade.
Desmistifique a visão de que cientistas são pessoas muito inteligentes, sempre vestidas de jaleco
branco, fechados nos laboratórios e muito distante do contexto dos estudantes.

→ 2º momento: Campo Elétrico: uma ação à distância


Inicie o tema evidenciando que o campo elétrico é uma grandeza física vetorial situada em todos os
pontos na região em torno de uma carga elétrica. Evidencie que o campo elétrico é análogo ao campo
gravitacional. Portanto, são grandezas naturais que agem à distância. Sugerimos este vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=57mk2LsEa_s onde o autor apresenta de forma objetiva tal
comparação.
Explique que o campo elétrico, no caso de uma carga puntiforme, aponta para a carga se esta for
negativa ou aponta para fora da carga se esta for positiva.

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Imagem 1: Linhas de campo

Fonte: (HALLIDAY, 2009. Cap.22. Adaptada)

É importante explicar que o campo elétrico é proporcional à força elétrica quando se coloca uma carga
de prova como teste em um ponto próximo de uma carga fixa Q (carga puntiforme). Espera-se, assim,
que o estudante compreenda que o campo elétrico e a força elétrica possuem a mesma direção e o
mesmo sentido se a carga fixa e a carga de teste tiverem o mesmo sinal. O campo e a força elétrica
terão a mesma direção e sentidos opostos se a carga fixa e a carga de teste tiverem sinais contrários.
Explicite a unidade de campo elétrico como N/C e que mais adiante o SI define 1N/C como sendo 1V/m
(volt por metro).

Imagem 2: Representação força elétrica e carga de prova no campo elétrico

Fonte: (AMABIS, 2020. p 57)

→ 3º momento: Linhas de força


Apresente as linhas de força do campo elétrico, seu conceito e suas configurações. Sugerimos projetar
as linhas de força para uma melhor compreensão. Evidencie que o vetor campo elétrico é tangente à
linha de força. Caracterize o campo elétrico variável (linhas de força com deflexões) e campo elétrico
uniforme (linhas de força paralelas).

Imagem 3: linhas de campo elétrico variado e uniforme.

Fonte: (HALLIDAY, 2009. Cap.22. Adaptada)

26
Com auxílio deste vídeo https://www.youtube.com/watch?v=2Pbw_Ma7QRQ, proponha como revisão
do conteúdo, um mapa conceitual relacionando carga elétrica, força elétrica e campo elétrico, linhas
de força ou linhas de campo. Explore o vídeo e debata com seus estudantes o conceito de blindagem
eletrostática, gaiola de Faraday e o porquê do carro ser um local seguro contra raios durante uma
tempestade. Com o auxílio deste simulador http://falstad.com/vector3de/, proponha uma análise das
cargas elétricas e as linhas de força que a envolve e a interação entre mais de uma carga elétrica.

→ 4º momento: Campo elétrico de carga puntiforme

Formalize o campo elétrico com sua equação para uma carga puntiforme, sua relação com a força
elétrica e que o campo elétrico não depende da carga elétrica de prova, de tal modo que:

Defina campo elétrico resultante, revisando os conceitos de soma vetorial, se necessário. Compare o
movimento de cargas elétricas no interior de um campo elétrico uniforme com o movimento
uniformemente variado.

→ 5º Momento: Atividade Prática - simulador PHET (Cargas e Campos)

Proponha uma atividade de simulação para os alunos.

Imagem 4: Simulador Phet - Cargas e Campos

Fonte: (PHET, 2023)

→ Materiais: computador conectado à internet.


→ Procedimento: Se possível dividir a turma em grupos de três ou quatro integrantes, oriente-
os a acessarem o simulador PHET na simulação Cargas e Campos. Incentive os alunos a
experimentarem o simulador.

Discussão 1:
1. Para que servem as linhas de campo?
2. O que acontece com as linhas de força quando a carga é deslocada?
3. O que é o sensor e como ele se comporta próximo a carga geradora de campo?

RECURSOS:
Quadro; giz; pincel; projetor; simulador educacional.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa, etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as
atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

27
ATIVIDADES
1 – (UFF) Estão representadas, a seguir, as linhas de força do campo elétrico criado por um dipolo.

Considerando-se o dipolo, afirma-se:


I. A representação das linhas de campo elétrico resulta da superposição dos campos criados pelas
cargas puntiformes.
II. O dipolo é composto por duas cargas de mesma intensidade e sinais contrários.
III. O campo elétrico criado por uma das cargas modifica o campo elétrico criado pela outra.

Com relação a estas afirmativas, conclui-se:


a) Apenas a I é correta.
b) Apenas a II é correta.
c) Apenas a III é correta.
d) Apenas a I e a II são corretas.
e) Apenas a II e a III são corretas.

2 – (UFPA) Numa certa experiência, verificou-se que a carga de 5 μC, colocada num certo ponto do
espaço, ficou submetida a uma força de origem elétrica de valor 4x10-3 N. Nesse ponto, a intensidade
do campo elétrico é igual a:
a) 20 kN/C
b) 0,8 μN/C
c) 0,8 kN/C
d) 20 μN/C
e) 0,8 N/C

3 – (Mackenzie–SP) Uma carga elétrica puntiforme com 4,0 μC, que é colocada em um ponto P do
vácuo, fica sujeita a uma força elétrica de intensidade 1,2 N. O campo elétrico nesse ponto P tem
intensidade de:
a) 3,0 · 105 N/C
b) 2,4 · 105 N/C
c) 1,2 · 105 N/C
d) 4,0 · 10–6 N/C
e) 4,8 · 10–6 N/C

4 – Assinale a alternativa verdadeira sobre as propriedades das linhas de força do campo elétrico:

a) O campo elétrico é uma grandeza escalar que pode ser escrita tanto em V/m quanto em N/C.
b) As linhas de força do campo elétrico são fechadas, adentram as cargas positivas e emergem
das cargas negativas.
c) As linhas de força do campo elétrico são abertas, emergem das cargas positivas e adentram as
cargas negativas.
d) O campo elétrico depende exclusivamente do módulo da carga que o produz.
e) O campo elétrico depende exclusivamente da carga de prova que está em sua região.

28
REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. v 5, 1. ed. São Paulo. Moderna,
2020.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
Acesso em: 10 fev. 2023.
COMO VISUALIZAR AS LINHAS DE CAMPO ELÉTRICO - How to View the Electrical Field Lines. Vida
em Silício. [S. l.: s. n.], 2022. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2Pbw_Ma7QRQ.
Acesso em: 3 mar. 2023.
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DO PARANÁ. Disponível em:
https://www.esocite.org.br/eventos/tecsoc2011/cd-anais/arquivos/pdfs/artigos/gt005-
aabordagemcts.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.
HALLIDAY, D. Fundamentos de Física. v3. 9ª ed. Rio de Janeiro. LTC. 2009
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%2
0do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05
fev. 2023.
MORTIMER. E.F. SANTOS. W.L.P. A abordagem metodológica CTS (Ciência – Tecnologia –
Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio, v. 2, n. 2, p. 110 -132. 2000.
PHET INTERACTIVE SIMULATIONS. Disponível em:
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/charges-and-fields. Acesso em: 09 fev. 2023.
ROEHRIGS; S. A. G., ASSIS; K. K., CZELUSNIAKI; S. M. A Abordagem CTS no Ensino de Ciências:
Reflexões sobre as Sistema de Educação da Educação Básica.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ministério da Educação. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_refere
ncia_versao_1.0.pdf . Acesso em: 10 fev. 2023.

29
TÓPICO
Eletrostática.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Potencial Elétrico. Compreender o conceito de potencial elétrico.
Compreender que entre dois pontos de uma linha de força de um
campo elétrico existe uma diferença de potencial elétrico.
Saber que a diferença de potencial elétrico é definida como o trabalho
por unidade de carga e sua unidade no SI.
Entender os fenômenos eletrostáticos com base na noção de diferença
de potencial elétrico.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Potencial elétrico e Diferença de Potencial
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Finalizando o 1º Bimestre, trabalharemos nesta SD com os objetos de conhecimento: potencial elétrico
que, neste primeiro bimestre, será discutida a eletrostática que permite ao estudante o estudo da
energia potencial elétrica. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda os fenômenos eletrostáticos
e suas aplicações. Será interessante ainda que os estudantes consigam reconhecer a relação entre
potencial elétrico no cotidiano e seus riscos e benefícios.

B) DESENVOLVIMENTO:
Esta sequência didática (SD) que, na prática, são conteúdos seriados com o intuito de levar às
finalidades almejadas, sendo metodicamente estruturadas e organizadas, foi pensada para ser aplicada
no ensino médio nas modalidades regular e EJA. No decorrer dessa SD será abordado o conceito de
trabalho de uma carga elétrica, para auxiliar na compreensão do potencial elétrico e da diferença de
potencial elétrico.

→ 1º Momento: Sensibilização
Sensibilize os estudantes para se aproximarem da Ciência que está nos livros para o seu dia a dia.
Destaque a importância das Ciências para o desenvolvimento tecnológico da nossa sociedade.
Desmistifique a visão de que cientistas são pessoas muito inteligentes, sempre vestidas de jaleco
branco, fechados nos laboratórios e muito distantes do contexto dos estudantes.

→ 2º momento: Trabalho de uma carga elétrica


Introduza o tema apresentando o fato de que uma carga ao se deslocar em um campo elétrico, por
exemplo, uniforme, ela realiza trabalho entre os pontos A e B.

Imagem 1: Trabalho de uma carga elétrica

Fonte: (SILVA, 2022)


30
A força elétrica que atua no transporte da carga do ponto A até o ponto B realiza um trabalho que
podemos expressar através de duas equações distintas (I e II).

Igualando as duas equações (I) e (II) e sabendo-se que F= q.E obtém-se que a diferença de potencial
(ddp) U será:
U= E.d
É importante que o professor explore esta relação entre o campo elétrico e a ddp observando e
chamando a atenção para os seguintes assuntos:
• Potencial elétrico é uma grandeza escalar.
• A unidade de campo elétrico como V/m.
• Uma carga elétrica positiva solta nesse campo elétrico se move em direção a um menor
potencial.
• A força elétrica é conservativa e, portanto, o trabalho realizado por ela não depende da
trajetória.
• O menor potencial elétrico possível está no infinito.
• O gráfico Vxd.
• As linhas de força são perpendiculares às superfícies equipotenciais (mesmo potencial).

→ 3º momento: equação do potencial elétrico e da energia potencial elétrica para


cargas puntiformes
Estabeleça que a grandeza potencial elétrica é de ação à distância em relação à carga puntiforme de
tal modo que:

Imagem 2: Diferença de potencial carga de prova.

Fonte: (FERRARO, 2022)

A carga Q positiva cria no ponto P um campo elétrico E e um potencial elétrico Vp. Onde:

𝐾𝑄
Vp= 𝑑

E que, colocando-se uma carga de teste q>0 no ponto P, fica armazenada sobre esta carga uma
energia potencial elétrica Ep que a carga q adquire ao ser colocada em P, dada por:

𝐾.𝑄.𝑞
E p= 𝑑

Chame a atenção do estudante para o fato de que a equação da Ep poder ser escrita da seguinte
forma:
Ep= q.Vp
E que, dessa expressão surge a unidade para o potencial elétrico: De Vp =Ep/q, concluímos que a
unidade de potencial elétrico no SI é joule/coulomb (J/C) que recebe o nome de volt (V).

31
→ 4º momento: mapa conceitual eletrostática
Sugerimos como fechamento do bimestre, que o professor elabore um mapa de conceito abordando
todo o conteúdo de eletrostática evidenciando carga, força, campo, potencial e energia potencial
elétrica e como que uma grandeza se relaciona com a outra.

RECURSOS:
Quadro; giz; pincel; projetor.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
O processo avaliativo deverá ser processual e contínuo, abrangendo todas as atividades. As produções
coletivas e individuais, orais (debates, roda de conversa etc.) e escritas (atividades, avaliação escrita,
relatório das aulas experimentais), deverão ser avaliadas. A participação e o empenho durante as
atividades, também deverão ser considerados no processo avaliativo.

ATIVIDADES
1 – A diferença de potencial pode ser entendida como:
a) Uma grandeza vetorial, medida em Volts por metro, responsável pela movimentação das
cargas.
b) Uma grandeza escalar, medida em Volts, responsável pela movimentação das cargas.
c) Uma grandeza escalar, medida em Coulomb, responsável pela eletrização dos corpos.
d) Uma grandeza escalar, medida em Joules, responsável pela eletrização dos corpos.
e) Uma grandeza escalar, medida em Watts, responsável pelo efeito Joule dos corpos.

2 – Num campo elétrico, uma carga de 2C é levada de um ponto X a um ponto Y muito afastado,
tendo as forças elétricas um trabalho de 100 J. Determine o potencial elétrico no ponto x.

3 – (MACKENZIE) Na determinação do valor de uma carga elétrica puntiforme, observamos que, em


um determinado ponto do campo elétrico por ela gerado, o potencial elétrico é de 18 kV e a
intensidade do vetor campo elétrico é 9,0 kN/C. Se o meio é o vácuo (k0 = 9x109 N.m2 /C2), o valor
dessa carga é
a) 4,0 µC
b) 3,0 µC
c) 2,0 µC
d) 1,0 µC
e) 0,5 µC

4 – (FCM SANTA CASA) Quando se aproximam duas partículas que se repelem, a energia potencial das
duas partículas:
a) aumenta
b) diminui
c) fica constante
d) diminui e, em seguida, aumenta;
e) aumenta e, em seguida, diminui.

5 – (ACAFE) Entende-se que a diferença de potencial (ddp) entre dois pontos de um campo elétrico
corresponde:
a) à capacidade de armazenar carga elétrica
b) à energia consumida por um aparelho elétrico qualquer.
c) ao deslocamento dos elétrons livres entre dois pontos considerados.
d) ao trabalho (energia) realizado pela força elétrica entre dois pontos considerados por unidade
de carga
e) à energia consumida por unidade de tempo.
32
REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano et al. Moderna Plus: Ciências da Natureza. v 5, 1. ed. São Paulo. Moderna,
2020.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
Acesso em: 10 fev. 2023.
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DO PARANÁ. Disponível em:
https://www.esocite.org.br/eventos/tecsoc2011/cd-anais/arquivos/pdfs/artigos/gt005-
aabordagemcts.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.
FERRARO. N.G. Os Fundamentos da Física. Disponível em:
http://osfundamentosdafisica.blogspot.com/2019/04/cursos-do-blog-eletricidade.html. Acesso em 09
Fev. 2023.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 9ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
MORTIMER. E.F. SANTOS. W.L.P. A abordagem metodológica CTS (Ciência – Tecnologia – Sociedade)
no contexto da educação brasileira. Ensaio, v. 2, n. 2, p. 110 -132. 2000.
ROEHRIGS; S. A. G., ASSIS; K. K., CZELUSNIAKI; S. M. A Abordagem CTS no Ensino de Ciências:
Reflexões sobre as Sistema de Educação da Educação Básica.
SILVA, D. C. M. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/trabalho-
forca-eletrica-campos-eletricos-uniformes.htm. Acesso em: 09 fev. 2023.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ministério da Educação. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_referenc
ia_versao_1.0.pdf . Acesso em: 10 fev. 2023.

33
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVA S
REFERÊNCIA
3º ano Ensino Médio 2023

COMPONENTE CURRICULAR
Química Ciências da Natureza e suas Tecnologias

TÓPICO
Materiais: Propriedades.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Reconhecer e representar TQ por meio de equações.
Reação Química. Reconhecer uma TQ como uma transformação que envolve o
rearranjo de átomos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Reações químicas
DURAÇÃO: 02 aulas
ROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Olá, Professor (a),
Iniciamos essa proposta com uma revisão do conceito de transformação química previamente estudado.
Retomar esse assunto é essencial para que possamos propiciar uma construção conceitual das próximas
temáticas envolvendo a Eletroquímica e a Química Orgânica.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01 – INVESTIGANDO O CONCEITO DE TRANSFORMAÇÃO QUÍMICA: CONCEPÇÕES
ALTERNATIVAS
Indicamos iniciar a aula com uma conversa sobre algumas transformações químicas específicas. O objetivo
desse momento é retomar o assunto, levantar as concepções dos estudantes e reforçar os conceitos
previamente aprendidos sobre transformações químicas. Para tanto, três problemas envolvendo reações
químicas serão propostos e em cada problema deve-se instigar que os estudantes expliquem o fenômeno
observado.
→ Problema 1: Um carro pesa 1000 kg. Ele é abastecido com 50 kg de combustível. O carro é dirigido até
que o tanque de combustível fique vazio. O carro volta a pesar 1000 kg. Aproximadamente, qual é a
massa dos gases de escape expelidos durante a perda de peso do carro?

→ Problema 2: Ferrugem é uma espécie de química. Ela surge na umidade e fica no ar todo o tempo, e
quando algum metal é umedecido, ela se propaga e o ataca. É uma espécie de fungo. Essa afirmação
está correta do ponto de vista científico?

→ Problema 3: Quando o álcool queima, há vapor de álcool... quando você aquece água em um prato, há
vapor de água. Do ponto de vista químico, discutam as diferenças entre as duas situações.

34
Retomando o conceito de transformação química e uso dos símbolos: Estudo sistemático
detalhado de uma reação de combustão.

Indicamos iniciar a aula relembrando a discussão da aula anterior. A proposta é fazer um experimento
no qual se queima uma vela seguido de uma atividade em que se detalham os principais aspectos
envolvidos em uma transformação química.
O fenômeno da combustão é bastante presente na vivência das pessoas (gás de cozinha, gasolina,
etanol etc. A reação de combustão permitiria discutir facilmente algumas questões cruciais para se
entender a reação química, como por exemplo: as condições para uma reação química ser iniciada,
manutenção da transformação, consumo de substâncias na reação enquanto se formam novas
substâncias, término da reação química com o consumo de uma das substâncias reagentes.
Sendo a vela composta por parafina, sugere-se então fazer a apresentação da fórmula química das
substâncias envolvidas, ao lado das palavras com as quais se costuma designá-las. Essa tarefa será
feita no quadro, pelo (a) professor (a). Nesse momento, relembrar quais são os símbolos próprios da
química, tais como a seta, o conceito de reagentes, produtos e estados físicos das substâncias.
As substâncias parafina, (C25H52) e gás oxigênio, (O2) em contato, reagem entre si ao se iniciar a
combustão com uma chama (fósforo aceso). Essas substâncias são consumidas e a reação continua
até que um dos reagentes termina. À medida que os reagentes são consumidos há a formação de
água (H2O) e gás carbônico (CO2).

C25H52 (s) + 38 O2 (g) → 25 CO2 (g) + 26 H2O (l)


parafina Oxigênio Gás carbônico água

Quadro relatório conclusivo

Na formação do pensamento químico usa-se conceitos cotidianos para avançar em direção à abstração
necessária na formação dos conceitos químicos.
Em seguida, mediar a Atividade 01, na qual, com a ajuda do (o) professor(a), os estudantes deverão
completar o quadro abaixo, observando cada uma das questões básicas a se entender em uma
transformação química.

Questões básicas a serem


compreendidas em uma Conclusões esperadas
transformação química
Essa reação precisa da parafina e do oxigênio para se processar.
Condições para uma
Por mais que estas duas substâncias estivessem em contato, a
transformação química ser
reação não se iniciou, pois é necessária uma chama (fósforo)
iniciada.
sendo essa a condição para início da reação.
Manutenção da transformação. Enquanto houver oxigênio ou parafina a reação se sustentará.
Formação de gás carbônico e água. A seta “→”, indica as
Consumo de substâncias na
substâncias existentes antes da reação química que deixam de
transformação enquanto se
existir (ou pelo menos parte delas) para dar lugar a novas
formam novas substâncias.
substâncias
Término da transformação A reação termina quando toda a parafina é consumida.
química com o consumo de uma Ou pode ocorrer de alguém apagar a vela, cessando assim uma
das substâncias reagentes. condição crucial para a transformação química em estudo.

Caro(a) professor(a), para o desenvolvimento da Atividade 01, sugerimos a leitura do texto base
para reforçar os conceitos intrínsecos à linguagem química no que diz respeito às transformações
químicas e formas de representação.

35
AULA 02 - RETOMADA DOS CONCEITOS DA AULA 01 E DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
02
Neste momento inicial da aula indicamos uma breve retomada dos conceitos abordados na aula
anterior, essa retomada pode ser feita por meio de uma breve aula expositiva. Dando prosseguimento,
indicamos a Atividade 02, que consiste na elaboração de uma representação para as reações
químicas a partir de materiais de fácil acesso, sugerimos aqui, clipes coloridos.
Ambas as atividades deverão preferencialmente serem desenvolvidas em Grupos de Estudos. A
quantidade de integrantes destes grupos ficará a critério do docente. Porém, sugerimos grupos com
até 5 integrantes. Nestas duas atividades os estudantes irão recorrer à abordagem própria das
ciências, utilizando procedimentos e linguagem científica, além de terem de interpretar os comandos
da atividade para elaborarem suas conclusões.
→ Atividade 01 – O objetivo desta questão é reconhecer o fenômeno ocorrido e representá-lo
empregando a linguagem química envolvida nas transformações químicas. O(a) professor(a) poderá
ajudar os estudantes na compreensão de alguns nomes das substâncias envolvidas.

→ Atividade 02 – Durante o desenvolvimento, auxilie os estudantes na compreensão de que o


fenômeno estudado é a transformação de uma ou mais substâncias (os reagentes) em novas
substâncias (produtos) que adquirem um novo arranjo de seus átomos.

RECURSOS:
Atividade 01: Folha de Ofício, caneta ou lápis.
Atividade 02: Folha de Ofício, caneta ou lápis.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita seja gradativa e formativa, ou seja, as
estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o intuito
de contribuir para a aquisição da habilidade proposta na atividade. Sugerimos aqui, avaliar a interação
intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos estudantes visando a identificação de
características de circulação de uma linguagem química por parte dos discentes.

ATIVIDADES
1 – (Adaptada) Na indústria, o uso de água com altos teores de íons Ca2+, HCO3- e CO32- não é
recomendável, uma vez que o CaCO3 que vai sendo formado se incrusta nas tubulações das caldeiras e
de outros equipamentos. Tais incrustações podem ser removidas pela lavagem das tubulações com
ácido clorídrico. Assim sendo, escreva a equação química que representa reação do ácido clorídrico com
o carbonato de cálcio.

(Atividade adaptada de: Química: ensino médio. 3Ed. São Paulo, Editora Scipione, 2016.)

2 – (Adaptada) Uma mistura de hidrogênio, H2(g), e oxigênio, O2(g) reage, num recipiente
hermeticamente fechado, em alta temperatura e em presença de um catalisador, produzindo vapor de
água, H2O(g). A figura I, abaixo, representa a mistura antes da reação. Supondo que a reação seja
completa, qual seria a representação correta do estado final do sistema dentro do recipiente,
considerando a quantidade de moléculas representadas no estado inicial?
Figura I Figura II

(Atividade adaptada de: Química: ensino médio. 3Ed. São Paulo, Editora Scipione, 2016.)

36
REFERÊNCIAS
MALDANER, O. A.; PIEDADE, M. C. T. Repensando a Química: A FORMAÇÃO DE EQUIPES DE
PROFESSORES/ PESQUISADORES COMO FORMA EFICAZ DE MUDANÇA DA SALA DE AULA DE
QUÍMICA. Química Nova na Escola, [s. l.], ed. 1, mai 1995.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007. 72 p.Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso
em: 17 fev 2023.
MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andrea Horta. Química: Ensino Médio. 3Ed. São Paulo,
Scipione, 2016.
ROSA, M. I. F. P. S.; SCHNETLER, R. P. Sobre a importância do conceito transformação química no
processo de aquisição do conhecimento químico. Química Nova na Escola, [s. l.], ed. 8, nov 1998.

37
TÓPICO
Energia: Movimento de elétrons.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Reação química de Reconhecer processos de oxidação e redução.
oxirredução. Classificar os processos químicos como oxidação ou redução de
acordo com a variação de carga elétrica das espécies.
Relacionar a formação de íons à relação entre o número de prótons e
elétrons.
Relacionar o movimento de elétrons e de íons com a condução de
corrente elétrica.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Variações dos números de oxidação entre os participantes de uma reação
química
DURAÇÃO: 04 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a),
Neste momento indicamos o desenvolvimento do tema NOX e Reações REDOX em 04 aulas.
Nas aulas 01 e 02 consideramos importante iniciarmos o assunto com uma atividade prática e lúdica.
Essa atividade pode ser encontrada no artigo “Oxidação de Metais” da revista Química Nova na Escola.
Essa é uma atividade simples de ser realizada em sala de aula com emprego de materiais facilmente
encontrados em casa. Acreditamos ser uma forma dinâmica de abordar uma temática por vezes
entendida como um tanto complicada.
Sugerimos que as aulas 03 e 04 sejam dedicadas à teoria com exposição dos símbolos apropriados na
discussão do saber químico fechando assim o assunto.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01 E 02 – AULA EXPERIMENTAL: OXIRREDUÇÃO E CRIAÇÃO DE QUADROS
Nesta atividade os estudantes produzirão quadros com as cores obtidas no processo de oxidação de
alguns metais. Sugerimos que seja trabalhada em grupos. O(a) professor(a) deverá apresentar o
roteiro da aula explicando o passo a passo do que deverá ser feito no experimento. Previamente
deverá ser solicitado aos estudantes de cada grupo que tragam uma folha para aquarela, papel cartão
ou uma cartolina branca. O papel utilizado deverá ter 15x20 cm. Uma unidade de cartolina branca
poderá ser reduzida às dimensões apropriadas e dividida entre outros grupos. Os estudantes também
deverão trazer os materiais metálicos a serem utilizados no experimento. O professor deverá
providenciar a solução de cloreto de sódio em vinagre.
Antes de iniciar o experimento, solicite aos estudantes que registrem a composição química e
observem as características iniciais dos metais e anotem o que descobrirem.
Considerando-se os diferentes potenciais de redução, é possível observar, experimentalmente, que
metais com potenciais de redução menores têm maior tendência a transferirem seus elétrons em
presença de água e oxigênio, formando, portanto, seus respectivos óxidos. A oxidação de diferentes
metais gera diferentes óxidos, muitos dos quais são caracterizados por cores particulares. O óxido de
ferro, por exemplo, apresenta uma cor castanha avermelhada, enquanto o hidroxicarbonato de
cobre(II) apresenta uma coloração azul esverdeada. Por outro lado, é possível também que a oxidação
leve à formação de uma camada superficial de óxido, aderente e protetora, que impede a oxidação do
metal subjacente, como é o caso do alumínio.

38
Roteiro:

A solução de vinagre é vertida


lentamente sobre os metais e a
Coloca-se a tela de 15 cm
tela é deixada em repouso por um
x 20 cm dentro de um
recipiente plástico. Os metais são dispostos sobre período de três dias. Em seguida,
a tela, de acordo com a os metais são retirados e a tela é
Observação: a tela não criatividade dos estudantes. mantida à temperatura ambiente,
deve conter impermeabili- por um
zante.
período de dois dias, para
secagem.
(Roteiro adaptado de: Oxidação de Metais. Química Nova na Escola, [s. l.], ed. 18, nov 2003.)

Ao final do experimento, faça aos estudantes algumas perguntas que introduzirão os assuntos a
serem discutidos nas aulas 03 e 04.
a) Procure justificar por que é comum a utilização de janelas de alumínio ou de madeira nas
construções.
b) Cite exemplos de oxirredução que você observa no seu cotidiano.
c) Por que as joias são confeccionadas com ouro, prata ou platina?
d) “O alumínio, por ser menos nobre do que o ferro, tem sua oxidação mais rápida.” Esta
frase parece contradizer situações que vivenciamos diariamente em relação ao uso do
alumínio. Se o alumínio oxida mais rápido, explique por que motivo usa-se normalmente
panelas de alumínio em vez de ferro.

AULAS 03 E 04 - AULA EXPOSITIVA SOBRE NOX E REAÇÕES REDOX


O objetivo desta aula é a sedimentação dos conceitos tratados anteriormente. Ao final desta aula,
será importante o desenvolvimento das atividades de balanceamento de reações redox e a
classificação dos participantes da reação. Sugerimos a utilização do livro texto adotado em sala.

RECURSOS:
Aula 01 e 02 (experimental): folha para aquarela, papel cartão ou cartolina branca; pedaços de
metais (esponja de aço, chave, fio de cobre, lacre de alumínio, anéis de prata e/ou ouro etc.),
vinagre e cloreto de sódio.
Aula 03 e 04: Pincéis Coloridos, Data Show, Livro didático.
Atividades: Folha de Ofício, caneta ou lápis.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita de modo processual e formativa, ou
seja, as estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e
com o intuito de contribuir positivamente para a aquisição da habilidade proposta na atividade.
Sugerimos aqui, avaliar a interação intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos
estudantes visando a identificação de características de circulação de uma linguagem específica
das ciências por parte deles.

39
ATIVIDADES
1 – (Adaptada) O minério pirolusita é a mais importante fonte de manganês, sendo constituído
predominantemente por óxido de manganês (IV), o qual reage com iodeto de potássio em meio
contendo ácido sulfúrico, formando sulfeto de manganês (II), iodo, sulfato de potássio e água.
a) Escreva a equação química que representa o processo.
b) Determine o Nox dos elementos envolvidos no processo de oxirredução.
(Atividade adaptada de: Ser Protagonista: Química 2. 3. ed. São Paulo: Edições SM, 2016.)

2 – (Adaptada) O etanol pode ser oxidado pelo oxigênio a ácido acético em um processo conhecido
como fermentação acético em um processo conhecido como fermentação acética. É assim que é
produzido o vinagre, através de fermentação aeróbica, realizada por bactérias, a partir de bebidas
alcoólicas. Dependendo das condições, o etanol pode sofrer combustão incompleta, gerando o
monóxido de carbono. Com excesso de gás oxigênio, a oxidação completa do etanol resulta em gás
carbônico.
a) Sabendo que nos três processos também se gera água, equacione as reações de oxidação do
etanol descritas.
b) Determine o número de oxidação médio do elemento carbono, em cada um dos compostos
citados.
(Atividade adaptada de: Ser Protagonista: Química 2. 3. ed. São Paulo: Edições SM, 2016.)

3 – (Adaptada) Após a leitura do texto, discutam as questões:

Estresse oxidativo e envelhecimento

Radicais livres são átomos ou moléculas contendo um ou mais elétrons desemparelhados. Dentre os
diferentes tipos de radicais livres, os que têm maior relevância biológica são os radicais livres de
oxigênio, assim chamados por terem o elétron desemparelhado localizado no átomo de oxigênio. Estes
são formados em todas as células aeróbicas, isto é que dependem de oxigênio para sua sobrevivência.
Como os elétrons possuem a tendência de se organizar em pares, a existência de elétrons
desemparelhados confere uma alta reatividade à qualquer tipo de radical livre.
Na busca do elétron que lhe falta, o radical livre ataca qualquer molécula orgânica que encontra, para
roubar um elétron, ou átomo de hidrogênio.
A teoria do envelhecimento cientificamente mais aceita é a teoria do envelhecimento pelos radicais
livres, que propõe que reações desencadeadas por radicais livres são responsáveis pelos danos
moleculares subjacentes ao processo de envelhecimento. Sob essa perspectiva, o envelhecimento
seria, em última análise, consequência de um processo de oxidação celular generalizado; por isso
costuma-se dizer que "o homem não envelhece, mas oxida".
Radicais livres são produzidos continuamente nas células, tanto através de processos patológicos como
de mecanismos fisiológicos. A principal via de produção de radicais livres nas células, em condições
normais, é através da própria respiração celular.
A exposição à radiação ultravioleta do sol, gera tanto radicais livres de oxigênio causando o
envelhecimento cutâneo. Estudos epidemiológicos revelam que pessoas que trabalham sob exposição
solar apresentam uma maior incidência de problemas de pele, desde a formação de rugas até o
desenvolvimento de câncer de pele, caracterizando o envelhecimento acelerado pelo sol.
As células, por outro lado, possuem mecanismos de defesa contra os radicais livres, representados por
enzimas e compostos antioxidantes. As enzimas antioxidantes são proteínas capazes de promover a
transformação dos radicais livres gerados nas células em produtos mais estáveis e menos tóxicos.
A questão crítica para a vida celular é o equilíbrio entre os processos de produção e de eliminação dos
radicais livres. Os radicais livres não são sempre prejudiciais à vida da célula. Nas pequenas
quantidades em que são produzidos normalmente (concentrações micromolares), eles funcionam como
sinalizadores químicos de vários processos, como a divisão celular e o relaxamento vascular.
40
Entretanto, quando ocorre um desequilíbrio entre os processos de produção e eliminação dos radicais
livres nas células, cria-se uma condição de estresse oxidativo, em que predomina a formação de lesões
oxidativas nos constituintes celulares.

(Texto adaptado de HOFFMAN, M. E. Estresse oxidativo e envelhecimento. Disponível em


<https://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/envelhecimento/texto/env10_pop.htm>. Acesso em 24 fev 2023.)

a) Por que radicais livres são espécies químicas tão reativas? Os radicais livres atuam como
oxidantes ou redutores? Explique.
b) Explique como ocorrem os dados que a radiação violeta proveniente do Sol causa à pele. Qual é
o papel dos protetores solares para evitar esses danos?
c) O cigarro está relacionado a uma série de doenças cardiovasculares e ao desenvolvimento de
vários tipos de câncer. Que relação há entre as doenças ocasionadas pelo fumo e os radicais
livres?

(Atividade adaptada de: Ser Protagonista: Química 2. 3. ed. São Paulo: Edições SM, 2016.)

REFERÊNCIAS
BEZERRA, L. M. et al. Ser Protagonista: Química 2. 3. ed. São Paulo: Edições SM, 2016. 368 p. v. 2.
ISBN 978-85-418-1392-1.
HOFFMAN, M. E. Estresse oxidativo e envelhecimento. Disponível em
<https://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/envelhecimento/texto/env10_pop.htm>.
Acesso em 24 fev 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007. 72 p.Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso
em: 17 fev 2023.
PALMA, M. H. C.; TIERA, V. A. O. Oxidação de Metais. Química Nova na Escola, [s. l.], ed. 18, nov
2003.

41
TÓPICO
Energia: Movimento de cargas elétricas.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Pilha e eletrólise. Compreender o princípio básico de funcionamento de uma pilha
eletroquímica.
Representar as TQ por meio de semirreações.
Consultar tabelas de potencial eletroquímico para fazer previsões da
ocorrência das transformações.
Conhecer os constituintes e o funcionamento básico das pilhas e das
baterias mais comuns.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Transformações que envolvem produção de energia: pilhas e baterias
DURAÇÃO: 05 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a),
Neste momento iniciamos os estudos das pilhas e baterias. Sugerimos iniciar a aula 01 mediando a
leitura do texto “Bicentenário da pilha elétrica” disponível na Revista Química Nova na Escola. Em
seguida, os estudantes deverão fazer a Atividade 1, que se trata de um estudo dirigido sobre o texto
lido.
As aulas 02 e 03 sugerimos dedicar ao conteúdo expositivo com base no livro texto adotado na escola.
Finalmente, recomendamos dois experimentos simples de fazer nas aulas 04 e 05.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01 – MEDIAÇÃO DE LEITURA
Professor(a), sugerimos a leitura, “O Bicentenário da Invenção da pilha elétrica”, que está disponível
no periódico Química Nova na Escola, que pode ser baixado e enviado para os estudantes por meio
eletrônico ou impresso, conforme a preferência do(a) professor(a). A leitura de textos em sala de aula
deve propiciar ao estudante mais que um entendimento conceitual, também deve possibilitar uma
releitura do mundo, um entendimento maior do que uma simples contextualização. O texto
mencionado pode ser encontrado no link < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc11/v11a08.pdf >
Essa mediação deve se dar de forma a promover situações em que o aluno possa expressar-se sobre
seu diálogo com o texto, auxiliando o professor mediador na condução da leitura e nas resoluções de
dúvidas emergidas durante a interpretação do texto lido.
Sugerimos as seguintes questões de reflexão que poderão ajudar na leitura e compreensão do texto no
momento da mediação:

− Atualmente as pilhas elétricas são largamente empregadas no nosso dia a dia. No passado,
qual era a principal importância de seu uso?
− De acordo com o texto, como surgiu a palavra “eletricidade”?
− Explique o funcionamento de uma máquina eletrostática, tal como a inventada por Otto von
Guericke.
− Luigi Galvani, médico e filósofo, era um professor de anatomia da Universidade de Bolonha, na
Itália. Em qual área médica ele usava a eletricidade?
− Descreva o fenômeno observado por Luigi Galvani e seus auxiliares quando dissecavam rãs no
laboratório.

42
− Qual foi a conclusão de Luigi Galvani sobre os experimentos feitos por ele com os nervos e
músculos da rã?
− Como a conclusão de Alesandro Volta sobre o fenômeno da eletricidade na musculatura da rã
contrasta com a conclusão prévia de Luigi Galvani?
− Descreva resumidamente como Alessandro Volta montou a primeira pilha.

AULAS 02 E 03 – AULA EXPOSITIVA


O objetivo destas aulas é a exposição dos conteúdos essenciais para o desenvolvimento das
habilidades, relacionadas com a temática abordada nesta sequência.
Como material de apoio, sugerimos, além da utilização do livro texto adotado em sala de aula, vídeo
aulas do Se Liga ofertadas pela secretaria de educação. O link a seguir contém vídeo aulas expositivas
sobre o tema a ser abordado. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/16bCmiSBhz4NZSmyRArdsERqzbsPfr2-9/view.
Para iniciar a exposição do tema, sugerimos iniciar a aula recordando uma interessante questão
apresentada ao final do texto “O Bicentenário da Invenção da pilha elétrica”. Segue o recorte do
texto:
“Efetivamente, a invenção da pilha elétrica despertou grande interesse, tanto do público leigo como
dos cientistas, tanto que, em 1810, Davy escreveu: A pilha de Volta retinira como uma campainha de
alarme para os experimentadores de toda a Europa. Estava assegurada a posição de destaque de
Alessandro Volta no mundo da ciência e da tecnologia, apesar de sua interpretação errada de como
sua invenção funcionava.”
Com base na leitura do parágrafo final do texto, pode-se começar a explicação propriamente do
assunto “pilhas” e ao final, perguntar aos estudantes a explicação correta sobre o funcionamento da
pilha e onde exatamente residiu o erro de Alessandro Volta na explicação de seu invento.

AULA 04 E 05 - ATIVIDADE 01 - CONSTRUÇÃO DE UMA PILHA COM MATERIAIS DE FÁCIL


ACESSO
Nesta atividade propomos aos estudantes que construam um modelo de pilha. Sugere-se o roteiro
descrito no artigo “Pilhas de Cu/Mg” da revista Química Nova na Escola. Esse é um roteiro bastante
simples de executar e emprega materiais de uso cotidiano. Os estudantes deverão seguir o roteiro
proposto pelo professor e responder algumas perguntas ao término do experimento.

RECURSOS:
Atividades: Folha de Ofício, caneta ou lápis.
Aula expositiva: Pincéis Coloridos, Data Show, TV com acesso ao computador.
Aula prática: Materiais diversos, de fácil acesso, descritos na atividade.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita de modo processual e formativa, ou
seja, as estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o
intuito de contribuir positivamente para a aquisição da habilidade proposta na atividade.
Sugerimos aqui, avaliar a interação intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos
estudantes visando a identificação de características de circulação de uma linguagem específica das
ciências por parte deles.

43
ATIVIDADES
1 – Roteiro para aula experimental.

Pilha de Cu/Mg

→ Materiais utilizados
• Barras de magnésio (liga) que podem ser adquiridas em casas de soldagem ou oficinas de
conserto de rodas. As barras são vendidas por quilo, o que redunda num preço de cerca de
R$1,50 o metro; eventualmente, pedaços podem ser obtidos por doação, pois para os
experimentos são suficientes fragmentos de 25 cm de comprimento. As barras utilizadas neste
trabalho apresentavam diâmetro entre 0,4 cm e 0,5 cm.
• Fio de cobre para aterramento residencial, de espessura não inferior a 0,4 cm, facilmente
encontrável em lojas de materiais elétricos ou de construção, cortado em tamanho similar ao
do da liga de magnésio.
• Fio fino de cobre (tamanho de no entre 20 e 26), para conexão dos eletrodos aos aparelhos.
• Proveta de 100 mL.
• Frasco de vidro de Nescafé® ou maionese, com tampa plástica (não pode ser metal) provida
de rosca (recomenda-se um frasco estreito e alto).
• Na produção dos meios eletrolíticos sugere-se o uso de: Frutas in natura e em quantidade
suficiente para a produção de pelo menos 300 mL de suco. As frutas cítricas são mais
adequadas (laranja, limão, abacaxi) ou Refrigerantes (em especial Coca-Cola®) ou Solução de
sal de fruta (tipo Eno® ou similar) ou Vinagre ou Solução de NaCl 0,1 mol/L ou Solução de HCl
1,0 mol/L.

• Sequência experimental
A montagem das pilhas consiste unicamente em mergulhar os eletrodos no meio eletrolítico em
questão. Para a solução ácida recomenda-se extremo cuidado. Execute três perfurações (não muito
largas) na tampa do vidro, separadas por cerca de 1,5-2,0 cm. Por duas delas, passe os eletrodos
metálicos, que devem ser mantidos o melhor possível na vertical. A terceira perfuração visa permitir o
escape de gases formados nos eletrodos.
Fixe os bastões com massa de modelar. Ligue as extremidades dos bastões aos terminais dos
aparelhos, via fio de cobre fino. No caso da pilha de HCl, preencha 2/3 do frasco de Nescafé® com a
solução eletrolítica e mergulhe os eletrodos montados na tampa, rosqueando-a com cuidado.
Atenção no transporte e manuseio da pilha. Ocorre, inclusive, forte desprendimento de gás hidrogênio.
Ressalta-se o extremo cuidado necessário no manuseio da solução de ácido clorídrico e a necessidade
da completa ausência de chama nas vizinhanças, uma vez que o gás hidrogênio é altamente inflamável.
Para operar uma pilha diferente, substitua a solução ácida pelos sucos (300 mL) e teste os
equipamentos. Substitua os sucos por vinagre, refrigerante, solução de sal de fruta, NaCl e as demais
soluções eletrolíticas sugeridas acima. Se for usar os mesmos eletrodos, lave-os com água em
abundância, assim como o frasco e a tampa, antes de testar novas soluções; caso contrário, substitua
os metais.
(Roteiro experimental adaptado de: HIOKA, Nobou et al. Pilhas de Cu/Mg construídas com materiais de fácil
obtenção. Química Nova na Escola, 2000.)

a) Após a finalização do experimento, responda às perguntas:


b) Qual dos metais deve sofrer o processo de corrosão?
c) Que reações se processam no cátodo e ânodo dessa pilha?
d) Explique o funcionamento dessa pilha.
e) Consulte uma tabela de potenciais eletrodos-padrão e localize o potencial de oxidação do metal que
está sendo oxidado nesta reação.
f) Consulte uma tabela de potenciais eletrodos-padrão e localize o potencial de Redução do metal que
está sendo reduzido nesta reação.

44
g) Escreva a equação global para esta pilha.
h) Determine a d.d.p. ou f.e.m para esta pilha.
i) Relacione o valor encontrado ao uso dessa pilha em equipamentos do dia a dia, tais como relógios,
controles remoto etc.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, A. C. et al. Mediação de leitura de textos didáticos nas aulas de química: uma abordagem
com foco na matriz de referência do ENEM. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 18, ed. 3, p. 175-198,
set-dez 2016.
HIOKA, Nobou et al. Pilhas de Cu/Mg construídas com materiais de fácil obtenção. Química Nova na
Escola, [s. l.], ed. 11, mai 2000.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais.
Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em: 06 fev 2023.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: Planos de Curso
Ensino Médio 2023. Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em:
06 fev 2022.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007. 72 p.Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso
em: 17 fev 2023.
SE LIGA NA EDUCAÇÃO. Ensino Médio. 3° ano. Química. O mundo das pilhas. Disponível em
<https://drive.google.com/file/d/16bCmiSBhz4NZSmyRArdsERqzbsPfr2-9/view >. Acesso em 02 mar
2023.
TOLENTINO, M.; ROCHA-FILHO, R. C. O bicentenário da invenção da pilha elétrica. Química Nova na
Escola, [s. l.], ed. 11, nov 2000.

45
TÓPICO
Energia: Movimento de cargas elétricas.
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Pilha e eletrólise
Compreender o princípio básico de funcionamento de uma
eletrólise.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Transformações que envolvem consumo de energia: eletrólise
DURAÇÃO: 05 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Caro(a) professor(a),
Neste momento iniciamos os estudos sobre eletrólise, este tema é sequencial aos conceitos de NOX e
Pilhas. Acreditamos que, para este momento, seja necessária uma sequência de 05 aulas. Sugerimos
iniciar a aula 01 mediando a leitura do texto “Michael Faraday rumo às Leis da Eletrólise: alguns
experimentos” disponível na Revista Química Nova na Escola. Nas aulas 02 e 03 sugerimos um
aprofundamento do assunto usando o livro texto adotado como base. Na aula 04 será desenvolvido um
experimento e, finalmente, na aula 05, a leitura de um texto no qual é discutida a utilização da
eletrólise no serviço à sociedade.

B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 01 – LEITURA MEDIADA
O texto sugerido para leitura, “Michael Faraday rumo às Leis da Eletrólise: alguns experimentos”, está
disponível no periódico Química Nova na Escola que pode ser baixado e enviado para os estudantes
por meio eletrônico ou impresso, conforme a preferência do(a) professor(a). Esse texto resume bem
os principais estudos experimentais de Faraday e como o levaram à elaboração daquelas que hoje são
conhecidas como as duas Leis da Eletrólise.

O texto mencionado pode ser encontrado no link: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc42_4/05-HQ-


21-20.pdf.
Sugerimos as seguintes questões de reflexão que poderão ajudar na leitura e compreensão do texto no
momento da mediação:
− Cite algumas notáveis contribuições científicas realizadas pelo cientista inglês Michael Faraday.
− Os estudiosos europeus do século XIX que investigavam os fenômenos elétricos descreviam a
existência de vários tipos de eletricidade. Qual conclusão Faraday chegou sobre a natureza da
eletricidade?
− Um dos experimentos que Faraday realizou para tentar provar a identidade da natureza da
eletricidade foi a eletrodecomposição. Descreva resumidamente o experimento.

AULA 02 E 03 – AULA EXPOSITIVA


O objetivo destas aulas é a exposição dos conteúdos relacionados às habilidades 32.2 e 32.2.1. Como
material de apoio, sugerimos, além da utilização do livro texto adotado em sala de aula, vídeo aulas do
Se Liga ofertadas pela secretaria de educação. O link a seguir contém vídeo aulas expositivas sobre o
tema a ser abordado https://drive.google.com/file/d/14Z5xjrYpNZ8CA6XwsbGVhCQznFe7LLJ6/view
(acesso em 02 mar 2023).
Para iniciar a exposição do tema, sugerimos iniciar a aula fazendo algumas perguntas
problematizadoras sobre o tema em questão. Seguem alguns exemplos:

46
a) Como é feita a produção de latinhas de alumínio?
b) Qual a importância da eletrólise na purificação de metais como o cobre?

AULA 04 – AULA EXPERIMENTAL – ATIVIDADE 01


Nesta aula será desenvolvido um experimento sobre o tema estudado. Os estudantes poderão
investigar a eletrólise de uma solução aquosa de iodeto de potássio (KI) e depois identificar os
produtos formados nos eletrodos. Sugerimos que a atividade seja feita em grupo e, finalizado o
experimento, os estudantes façam uma reflexão respondendo às perguntas ao final do roteiro
experimental.

AULA 05 – LEITURA: ATIVIDADE 02


O objetivo dessa aula, com a ajuda da leitura do texto proposto, é discutir a importância do
conhecimento químico sobre o tema eletrólise do ponto de vista do uso da tecnologia no nosso dia a
dia. Para que o objetivo proposto seja alcançado, sugerimos que essa atividade seja feita em grupos e
a aula dividida em dois momentos. Inicialmente, os estudantes poderão discutir as questões propostas
na atividade e finalmente apresentar suas conclusões para toda a turma. À medida que as discussões
avançarem, sugerimos que as correções, quando e se necessárias, sejam feitas concluindo o assunto.

RECURSOS:
Atividades: Folha de Ofício, caneta ou lápis.
Aula expositiva: Pincéis Coloridos ou Data Show.
Aula prática: Materiais diversos, de fácil acesso, descritos na atividade.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Indicamos que a avaliação das atividades propostas seja feita de modo processual e formativa, ou
seja, as estratégias avaliativas deverão se dar ao longo de todo o processo de formas variadas e com o
intuito de contribuir positivamente para a aquisição da habilidade proposta na atividade.
Sugerimos aqui, avaliar a interação intragrupo e intergrupos, bem como as produções escritas dos
estudantes visando a identificação de características de circulação de uma linguagem específica das
ciências por parte deles.

ATIVIDADES
1 – Roteiro experimental.

Materiais
Béquer de 250 mL; dois eletrodos de grafita (pode ser usado o miolo de um lápis de escrever); uma
fonte de corrente contínua (ou uma bateria de 9 V) e fios para conexão; solução de iodeto de potássio
0,5 mol/L, papel indicador universal, fenolftaleína, um conta-gotas.

Procedimentos
− Montar o dispositivo para a eletrólise utilizando o béquer.
− Utilizando o papel indicador, verificar se a solução é ácida, neutra ou básica e anotar no caderno.
− Encher o béquer até chegar a 2 cm das bordas com a solução de KI e adicionar 10 gotas de
fenolftaleína.
− Colocar os dois eletrodos de grafita no béquer de forma que fiquem em lados opostos.
− Ligue a fonte em 9V e deixe a eletrólise se processar durante aproximadamente 15 minutos.
(importante que o professor faça as ligações)
− Observar o procedimento e anotar no caderno as modificações que forem evidentes para os dois
eletrodos.
− Descrever o aspecto das soluções de KI antes da eletrólise, do eletrodo positivo e do eletrodo
negativo, relacionando com o pH da solução.
47
Perguntas
a) Listem as espécies iônicas presentes na solução antes de o processo de eletrólise ser iniciado.
b) Consultando a Tabela de potenciais de eletrodos-padrão, sugiram as possíveis reações de
oxirredução que envolvem os íons inicialmente.
c) Considerando os resultados obtidos após a eletrólise, escrevam as reações que representem os
processos que ocorrem nos eletrodos positivo e negativo.
d) Verifiquem o número de elétrons envolvido em cada equação e ajustem o coeficiente das
espécies para balancear as cargas e as massas em cada equação.
e) Escrevam a equação que representa o processo completo da eletrólise do iodeto de potássio (KI)
somando as equações obtidas para os processos de redução e de oxidação.
(Adaptado de Química. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2013.)

2 – Leitura do texto e questionário.

Alguns exemplos que envolvem o uso da eletrólise para obtenção de materiais

Todos os dias, direta ou indiretamente, nossas vidas estão relacionadas a produtos de reações de
eletrólise. Na maioria das cidades, em que a água é tratada, utiliza-se cloro para matar as bactérias. O
cloro elementar não existe livre na natureza e é obtido por um processo de eletrólise. Muitos dos metais
que utilizamos são obtidos através da eletrólise. Quantidades comerciais de alumínio são produzidas por
meio da eletrólise de óxido de alumínio (Al2O3). O óxido de alumínio é obtido pelo processamento da
bauxita, um minério de alumínio. Esta reação de obtenção do alumínio pode ser representada pela
seguinte equação:

2 Al2O3 (s) → 4 Al (s) + 3 O2 (g)

Até pouco tempo, na fabricação de automóveis, vários acessórios, como os para-choques de aço, eram
revestidos de cromo. Esse revestimento era feito por eletrodeposição, não só para o embelezamento das
peças, mas também para sua proteção contra a corrosão. As peças cromadas em para-choques de aço
praticamente desapareceram dos automóveis modernos. Foram substituídas por outras feitas de
material plástico. No entanto, a cromagem de peças de aço continua a ser usada para produzir peças
resistentes a corrosão, para uso em móveis, eletrodomésticos etc.
Uma forma muito pura do silício, necessária para a produção de chips de computadores, é também
obtida a partir de uma reação de oxirredução entre triclorosilano (SiHCl3) e hidrogênio de alta pureza, e
pode ser representada pela seguinte equação:
SiHCl3 (l) 1 H2 (g) → Si (s) +3 HCl (l)
Questionário:

a) Qual a variação de nox do alumínio no processo de obtenção desse metal por meio da bauxita?
b) Considerando seus conhecimentos sobre o assunto, pesquise e cite alguns materiais de uso
cotidiano obtidos por meio da eletrólise.
c) Considerando o impacto ambiental causado na produção do alumínio, discuta a importância da
reciclagem de latinhas de alumínio.
(Adaptado de Química. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2013.)

48
REFERÊNCIAS
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.],
2022. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20
do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev.
2023.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007. 72 p.Disponível em: < https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso
em: 17 fev 2023.
MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Química. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2013. 378 p. v. 2. ISBN 978
85262 9115-7.
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