Você está na página 1de 21

CURSO

FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

PREPARATÓRIO
PREPARA-TE E ESTEJA AO NÍVEL DAS OPORTUNIDADES
1

MATERIAL DE APOIO DE BIOLOGIA

7
A ORIGEM DA VIDA NA TERRA
DIVERSIDADE E ORIGEM DAS ESPÉCIES

Luanda, 2021

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo
FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

A BIOLOGIA COMO CIÊNCIA

Biologia amplamente divulgada no século XIX tornou-se independente dentro das ciências naturais.

O termo de grego (bio = vida, logos = estudo), literalmente significa estudo da vida. Foi introduzido
2
pela primeira vez na Alemanha em 1800 e popularizado no mundo da ciência pelo naturalista Jean Baptiste
de Lamarck. Por definição biologia é a ciência que estuda os seres vivos, tudo com que eles se relacionam e
os principio que regem seu desenvolvimento.

A biologia abrange as diferentes áreas de estudo, consideradas independentes, mas que, no seu
conjunto, estuda a vida nas suas mais variadas formas: Bioquímica, Citologia, Histologia, Anatomia,
Fisiologia, Genética, Embriologia, Evolução, Ecologia, Sistemática, Botânica e Zoologia.

O procedimento hipotético-dedutivo em ciências

Objectivo da ciência é fornecer explicações para os fenómenos da natureza. Albert Einstein (1879 -
1955) comparou o trabalho de um cientista ao de um detective.

1 - O conhecimento científico começa com uma pergunta: Porque tal fenómeno ocorre? Ou Que
relação tem um fenómeno com o outro?

2 - Formulação de hipótese: A formular a pergunta os cientistas já têm um palpite – A hipótese-


Apoiasse em informações já existentes sobre o assunto. Para formular a hipótese o cientista analisa,
interpreta e reúne todas as informações disponíveis no momento.

3 - Teste da hipótese: É feito imaginando uma situação nova em que determinados factos e
consequências só ocorrem se a hipótese for verdadeira. Fazendo a partir da hipótese uma dedução.

Após experimentos para testar a hipótese, confirmando ou refutando as deduções. Se a dedução se


confirma, a hipótese ganha credibilidade.

Teoria: Hipótese / Teoria

Teoria: é um conjunto de conhecimentos que procura explicar fenómenos abrangentes da natureza.


Ex.: T. Celular, T. Gravitacional Universal...

Em visão simplificada, o procedimento básico adoptados pelos cientistas para investigar a natureza
geralmente segue estes passos lógicos:

1.Proposição de uma pergunta com base em uma teoria;


2.Formulação de uma hipótese;
3.Levantamento de deduções a partir da hipótese;
4.Teste das deduções, por meio de novas observações ou experimentos;
5.Conclusões sobre a validade ou não da hipótese.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

TEMA-1- A ORIGEM DA VIDA NA TERRA


Universo: É uma imensidão formada por espaço Galáxia: conjunto de elevadíssimo número de estrelas, outros
tempo, matéria, e energia. astros, poeira cósmica e gás, com forma espiralada, elíptica ou
Via Láctea: É uma galáxia espiralada constituída por irregular, animado de movimento e expansão, que constitui um
100 bilhões de estrelas, do qual se formou o sistema astral.
sistema solar. Estrelas: São corpos celestes de grande tamanho que passam parte
3 Sistema Solar: É o conjunto formado pelo sol e os de sua existência emitindo energia na forma de luz e calor
demais astros que orbitam ao seu redor. Nebulosa: Imensas nuvens constituídas principalmente por gás H2
e grãos de poeira, originários de estrelas que explodiram.

1. ORIGEM DO UNIVERSO, DO SISTEMA SOLAR E DA TERRA

Foram várias as tentativas de explicar a origem do universo, do sistema solar e da terra, consideremos duas: 1- TEORIA
SOBRE A ORIGEM DO UNIVERSO (Big bang) e 2- HIPÓTESE NEBULAR

Contribuições da:

Física: Abert Einsten (1879-1953) – Com equações matemáticas na teoria da relatividade.

Astronomia: Vesto M. Slipher (1875-1969) e Edwin P. Hubble (1889-1953) –observações telescópicas ao Céu.

1.1. TEORIA BIG BANG (sobre a origem do Universo e do Sistema Solar )

De George Lemaître (1894-1966) e George Gamow (1904-1968)

Mais aceite actualmente para a origem do universo é a Grande Explosão

O universo começou como um grão primordial ultra denso que por razões,
desconhecidas teria explodido e dado origem ao espaço, ao tempo, a toda
matéria e energia existentes no universo.

Calcula-se que esse evento, que Gamow chamou de Big Bang, tenha ocorrido
cerca de 13,5 bilhões de ano atrás. Os cientistas calculam que após a explosão,
a temperatura era tão alta que impossibilitava existência de elementos químicos. Passadas algumas centenas de milhares
de anos, a temperatura diminuiu o suficiente os átomos dos elementos mais simples, o Hidrogénio (H).

A formação da Terra

Evidências – 4,6 Bilhões aglomerações de poeiras, rochas e gases um dos restos da nebulosa girando – sol
aumento calor- fusão erupções vulcânicas- lavas incandescentes- bola de fogo. Segundo alguns cientistas a origem da vida
na terra talvez se relacione com a origem e evolução do planeta.

1.2. HIPÓTESE NEBULAR

Sugerida em 1755 pelo filósofo alemão Immanuel Kant e desenvolvida em 1796 pelo matemático francês Pierre-
Simon Laplace no livro Exposition du Systéme du Monde. Segundo essa teoria, o Sistema Solar ter-se-ia originado há cerca
de 4,6 bilhões de anos a partir de uma vasta nuvem de gás e poeira - a nebulosa.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

Esse processo teria evoluído na seguinte sequência:

1. Contracção da nebulosa graças à existência de uma força de atracção gravitacional gerada pelo aumento
da massa em sua região central. Esta contracção teria provocado um aumento da velocidade de rotação.
2. Achatamento até à forma de disco, com uma massa densa e luminosa de gás em posição central, o proto-
sol, correspondente a cerca de 99% da massa da nebulosa;
3. Durante o arrefecimento do disco nebular em torno do proto-sol houve condensação dos materiais da
4
nébula em grão sólidos.
4. Em cada uma das zonas do disco assim formadas, a força da gravidade provocaria a aglutinação de
poeiras, que formariam pequenos corpos chamados planetesimais, com diâmetro de cerca de 100 metros.
Os maiores desses corpos atraíram os menores, verificando-se a colisão e o aumento progressivo das
dimensões dos planetesimais. Todo este processo, denominado acreção, conduziu à formação de corpos
de maiores dimensões, os protoplanetas e posteriormente, aos planetas.
Dados geofísicos e da Astrogeologia apoiam o modelo estrutural da terra em camadas concêntricas. Em 1953
Mair Patterson, baseando-se na análise de isótopos de chumbo resultantes na análise de isótopos de chumbo, determinou
a Terra e os meteoritos tinham a mesma idade, cerca de 4550 M. a. Mas, embora a Terra se tenha começado a formar
nessa altura, continuou a crescer durante cerca de 120 a 150 M. a., até atingir as dimensões actuais.

Na actualidade só pequenas porções da crosta terrestre guardam vestígios da infância da Terra, visto que a sua
superfície está continuamente a ser destruída pelos: movimentos de convecção do manto, erosão e o metamorfismo.
Ex.: As mais antigas rochas conhecidas situam-se em Acasta, NE do Canadá (gnaisses de Acasta), e têm 3960 M.a.
Na Gronelândia também foram encontradas rochas muito antigas, com cerca de 3800 M.a.

1.2. EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA INTERNA DA TERRA


A terra originou-se por acreção de materiais da nébula solar por acção
da força gravítica. Esta matéria seria constituída por material similar aos
conditos carbonáceos.
Muitos investigadores aceitam que a Terra inicialmente teria uma estrutura
homogénea, com uma distribuição regular do ferro, dos silicatos e da água.
A estrutura da terra em camadas concêntricas, com um núcleo central muito
denso rodeado por um manto e este pela crosta terrestre menos densos, a
existência à superfície de uma atmosfera gasosa e de uma hidrosfera levou a
procurar uma explicação para essa diferenciação estrutural e química.
Durante a acreção, a Terra poderia ter começado a aquecer devidos ao efeito
de três fontes caloríficas diferentes que são: Impacto dos planetesimais,
Compressão e a Desintegração radioactiva.
RESUMO: calor resultante do impacto dos planetesimais, da compressão dos materiais constituintes e
da desintegração radiactiva foi o causador da diferenciação. A terra passou a ser um corpo mais ou
menos homogéneo para um corpo zonado, com um núcleo denso constituído essencialmente por ferro
liquido no centro, uma crosta terrestre, composta de materiais pouco densos, e o manto, formado por
materiais de densidade intermédia, compreendido entre o núcleo e a crosta.

2- FORMAÇÃO DOS CONTINENTES, DOS OCEANOS E DA ATMOSFERA

Na Terra actual os oceanos ocupam 75% da superfície, enquanto os continentes apenas 25%. As suas
configurações têm vari
ado no decorrer dos tempos. Existe ainda a atmosfera que permite o desenvolvimento de vida.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

2.1. Formação dos continentes: Supõe-se que a lava, fluindo da parte fundida interna da Terra, se espalharia a
superfície e, solidificando-se, formaria uma fina crosta. Esta crosta primitiva, fundindo e solidificando repetidas vezes,
permitiu a separação gradual dos componentes menos densos, que distribuíram à superfície. Expostos posteriormente à
acção das águas das e de outros agentes seriam fragmentados e alterados. O produto final de tal processo foi a formação
de áreas continentais primitivas que cresceram com a continuação do processo.

2.2. Origem dos oceanos: segundo alguns astrofísicos a água que forma os oceanos poderia ter tido a sua
origem nos cometas, pois que a riqueza dos cometas em água é de cerca 95% da totalidade dos meus
componentes. Estudos mais recentes apoiam a hipótese da origem interna da água dos oceanos a partir de
desgaseificação do manto ocorrido durante a intensa actividade vulcânica. O vapor de libertado durante os fenómenos

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

vulcânicos ter-se-ia condensado por arrefecimento, originando abundantes chuvas que, caindo sobre o planeta já
arrefecido, se acumularam constituindo os oceanos primitivos.

2.3.Formação da atmosfera: em simultâneo com a génese dos oceanos, durante os fenómenos de magmatismo
generalizado que ocorreram, ter-se-ia formado a atmosfera primitiva.

2.3.1. Evolução da atmosfera terrestre


6
O modelo actualmente aceite diz que a atmosfera primitiva correspondia a uma mistura de metano (CH4), amoníaco
(NH3), vapor e água(HO2) e hidrogénio (H2) e pequeníssimas proporções de monóxido de carbono ou mesmo algum
dióxido, azoto sulfureto de hidrogénio e mesmo dióxido sulfuroso em proporções ainda indeterminada.
Esta atmosfera primitiva teria sido a próxima da mistura gasosa emitida pelos vulcões actuais, mais com menor
oxidação e maior grau de hidrogenação por com carácter redutor ou neutro. Provavelmente essa atmosfera primitiva teria
evoluído até chegarmos a atmosfera actual que é oxidante. O vapor de água dissociar-se-ia em hidrogénio e oxigénio. O
hidrogénio, por ser pouco denso, escapar-se-ia para o espaço e o oxigénio combinar-se-ia com vários componentes.
Combinando-se com NH3 poderia formar N2 e H2O; reagindo com o CH4 teria originado CO2 e H2O. Podia ainda
combinar-se com diversos minerais da crosta terrestre, originando óxidos.
Assim, as quantidades de metano e de amoníaco iriam diminuir até deixarem de existir e a quantidade de compostos
de carbono, como o CO2 e N2 aumentaria acumulando-se na atmosfera e também nos oceanos.

A evolução da atmosfera primitiva continua, a ser um objecto de controvérsia devido, aos poucos conhecimentos de
que dispomos reactivamente a quantidade de energia irradiada pelo Sol, durante o período de formação dessa atmosfera.
Os cientistas actualmente concordam em 2 aspectos:

 O papel primordial desempenhado pelo CO2.


 A existência provável de uma certa quantidade de CH4 e NH3 que permitiram a formação de material
orgânico.

A temperatura da superfície terrestre resulta do equilíbrio entre a radiação solar absorvida e a emissão de radiações
infravermelhas emitidas pelo nosso planeta. Uma grande parte da emissão é bloqueada por gases como dióxido de carbono
e o vapor de água, que absorvem radiação infravermelho impedindo que ela abandone o planeta. Em consequência verifica-
se o aquecimento a superfície terrestre, pois as radiações são retidas pala atmosfera. Este processo denomina-se efeito
estufa.

Na Terra primitiva a presença de CO2 teria condicionado uma temperatura tal que permitiu a formação e a
persistência da água no estado liquido. A Terra teria escapado das glaciações devido à elevada quantidade de CO2
existente nessa altura, que teria desempenhado um papel de protecção através do efeito estufa.

Posteriormente a quantidade de CO2 na


atmosfera primitiva começaria a diminuir devido
actividade de seres vivos.
Acredita-se que foram seres vivos
aquáticos que desempenharam uma actividade
importante na fixação do CO2 atmosférico
utilizando-o juntamente com o cálcio para produzir
peças esqueléticas.
Ao longo do tempo a concentração de CO2
na atmosfera teria baixado para os valores actuais,
que são cerca de 20 000 vezes inferiores aos da
concentração desse gás, na atmosfera primitiva.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

A diminuição da quantidade de CO2 teria como resultado o aumento da concentração relativa do Azoto, que deste
modo se tornou maioritário.
2.1.2. Aumento da quantidade de oxigénio na atmosfera
A produção de quantidade significativa de oxigénio livre na sua conservação na atmosfera, provavelmente, só
ocorreu após a vida ter evoluído até ao aparecimento dos seres fotossintéticos. O primeiro oxigénio biológico gerado na
Terra ficou possivelmente retido nos segmentos.
Só á cerca de 2000 M.a. o oxigénio começou a acumular-se na atmosfera. Deste modo ir-se-ia passado para uma
7 atmosfera oxidante, tal como existe actualmente.

3- CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DO PLANETA TERRA

A existência e a manutenção da vida na terra é consequência das condições excepcionais existentes na e Terra.
A vida na terra pôde desenvolver-se porque é um planeta com condições muito particulares no que se refere á
massa e à distância a que se encontra do Sol.

Massa da Terra influencia:


 A energia interna do planeta;
 A força gravítica que permite a conservação da atmosfera terrestre.

Distância a que se encontra ao Sol:


 Estabelecimento de uma temperatura equilibrada.
 Formação e manutenção da água no estado liquido, permitindo uma continua reciclagem do CO2.

4- AMBIENTE PRÉ-BIÓTICO NA TERRA PRIMITIVA

Existem actualmente dados convincentes para se poder afirmar que a vida existia na terra a cerca de 3800 M.a.
Não se conhecem materiais terrestres com a idade que é atribuída para a origem da Terra.
1. Os sedimentos de Isua (Na Gronelândia) contêm grafite semelhante à que deriva da incarbonização de
seres vivos e alguns investigadores referem a existências, nessas rochas, de fósseis de bactérias. Estas
evidencias levaram a admitir que a vida era já abundante nos sedimentos de Isua, a 3800 M.a.
2. Estromatólitos: (Na Austrália e na África do Sul) densas massas de células procariotas e depósitos
minerais encontrados em rochas da Austrália e da África do sul e datam cerca de 3500 M.a. Estruturas
análogas aos estromatólitos ocorrem actualmente em mares tropicais produzidas por cianobactérias.
3. Flora do sílex de Gunflint: (nos EUA) É-lhe atribuída a idade de 2000 M.a. Inclui fósseis de organismos
semelhantes a bactérias, cianobácterias, e fungos.
4. Fauna de Ediacara: os organismos são achatados, (no sul da Austrália) com cerca de 670 M.a. É relativo
aos fósseis animais mais antigos.
A fauna do Ediacara é o conjunto de todas as espécies de animais que viveram no período Ediacariano
entre 635 a 542 milhões de anos. Nesta época não havia qualquer tipo de criaturas perigosas e incríveis
como o T-rex ou o Megalodon. Nesta época nenhum animal vivia em terra ou no ar, mas a água era um
paraíso. A atmosfera estava rica em dióxido de carbono e as criaturas aquáticas eram primitivas e
gelatinosas, muitos destes sem olhos, ossos ou cérebro. Mas estes foram os primeiros antepassados de
muitas espécies que hoje existem, onde pode encontrar o antepassado comum entre tu e os polvos, ou
entre tu e as aranhas ou até mesmo entre tu e todos os outros animais. A fauna do Ediacara mostra uma
incrível época onde os nossos antepassados mais antigos viviam. (Imagem em anexo PPT)

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

5- ORIGEM DOS SERES VIVOS

Desde a antiguidade, o homem se preocupa em desvendar a forma como a vida surgiu no nosso planeta.
8 Diversas teorias se apresentaram na tentativa de explicar a origem dos seres vivos tais como:

 Criacionismo,

 Abiogênese ou geração espontânea,

 Hipótese cosmozóica ou hipótese da panspermia cósmica,

 Evolução química, síntese abiótica, teoria quimio-sintética ou Modelo de Oparin e Haldane

 E outras.

5.1. CRIACIONISMO

Até meados do século XVII, a maioria das pessoas acreditava que uma entidade divina havia criado
intencionalmente os seres humanos e os animais mamíferos.

Essa é a mais antiga de todas as ideias sobre a origem da vida e tem um forte cunho religioso, sendo até hoje
aceite por fiéis de várias religiões. Essa corrente afirma que os seres vivos foram criados individualmente por uma
divindade e que desde então possuem a mesma forma com que foram criados. Elas não mudam ao longo do tempo,
é o que se chama imutabilidade da espécie ou Fixismo.

5.2. HIPÓTESE DA ABIOGÊNESE OU GERAÇÃO ESPONTÂNEA

A ideia de que seres vivos podiam surgir por outros mecanismos além da reprodução foi muito difundida na
Antiguidade e ficou conhecida como teoria da geração espontânea ou teoria da abiogênese. Essa teoria admitia, por
exemplo, que cobras, rãs e crocodilos podiam formar-se espontaneamente da lama de lagos e rios. A geração
espontânea foi aceita e defendida, entre outros, pelo filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C).

Para Aristóteles existiriam dois princípios, um passivo, que é a matéria, e


outro activo, que é a força vital. No momento em que as condições
fossem favoráveis, esses princípios se
conjugariam, originando.

Exemplo que ilustra a teoria da geração espontânea que perdurou até o século XIX, segundo o qual os
seres vivos podiam surgir espontaneamente de matéria não viva.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

Apoiada pelo francês René Descartes (1596 – 1650), o inglês Isaac Newton (1642 – 1727), século XVIII, o
biólogo, inglês John Needham.

Jan Baptista van Helmont (1577 – 1644) chegou mesmo a elaborar uma ‘’receita’’ para produzir ratos por
geração espontânea. Dizia ele: “[…] colocam-se, num canto sossegado e pouco iluminado, camisas sujas.
Sobre elas espalham-se grãos de trigo e o resultado será que, em vinte e um dias, surgirão ratos […]”.
9
ABIOGÊNESE vs BIOGÊNESE

Esta hipótese sofreu sérias críticas de inúmeros cientistas que contestaram a sua veracidade. Dentre estes
cientistas distinguiram-se Lázzaro Spallanzani, John Tyndal, Francesco Redi e Louis Pasteur.

Experiências de Francesco Redi: em meados do século XVII, o


biólogo e medico italiano Francesco Redi colocou pedaços de carne no interior
de alguns frascos, deixando determinados frascos abertos e fechando outros
com uma gaze. Nos frascos abertos, apareciam larvas de moscas, o que não
acontecia nos frasco cobertos pela gaze. Redi afirmava a partir do seu
experimento, que as moscas não são geradas espontaneamente pela
carne mais sim por ovos depositados por outras moscas que só
penetravam nos frascos abertos.

A experiência de Redi favoreceu a biogênese, teoria segundo a qual a


vida se origina de outra preexistente.

Esquema do esperimento de Redi

JOHN NEEDHAM vs LÁZZARO SPALLANZANI

Experiências de Needham: no século XVIII, o biólogo, inglês John Needham colocou sucos nutritivos,
como caldo de galinha e sucos vegetais, em tubos de ensaio que foram aquecidos e, a seguir, fechar para impedir a
entrada do ar. Alguns dias depois, Needham constatou que os sucos nutritivos continham microrganismos, fazendo
vir novamente a tona à tona à idéia da abiogênese.

Experiências de Lázzaro Spallanzani: alguns anos mais tarde, o Spallanzani refez as experiências de
Needham. No entanto Spallanzani ferveu os sucos nutritivos contidos nos tubos de ensaio, que foram posteriormente
fechados. Analisando o conteúdo dos tubos, Spallanzani constatou, mesmo depois de vários dias, que os sucos
nutritivos não apresentavam nenhuma forma de vida, descartando, assim, a idéia da abiogênese. Segundo
Spallanzani, Needham não aqueceu suficientemente os tubos, permitindo a sobrevivência de alguns
microrganismos que se reproduziram assim que os sucos nutritivos esfriaram. No entanto, Needham criticou
Spallanzani afirmando que a fervura teria destruído o principio ativo, isto é, a força capaz de gerar vida. A teoria da
abiogênese ainda não havia sido derrubada.

Queda definitiva da abiogénese ou geração espontânea

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

Louis Pasteur: somente em meados do século XIX, o cientista francês Pasteur elaborou de uma forma
conclusiva experimentos que deixaram por terra a teoria da geração espontânea. Pasteur realizou uma serie de
experimentos, entre os quais o experimento do frasco com “pescoço de cisne”. Através do trabalho, foi demonstrado
que uma solução nutritiva, previamente esterilizada, mantém-se estéril indefinidamente na de ar, desde que a
entrada de germes seja impedida. Observe o esquema abaixo que ilustra este experimento de Pasteur.

10

Representação da sequência de etapas do celebre experimento realizado por Pasteur em suas pesquisas sobre
geração espontânea. Nesse experimento ficou demonstrado que os microrganismos em caldos previamente
esterilizados eram provenientes do ar.
Como se via a teoria da geração espontânea não teve argumentos suficientes convincentes para explicar a
origem da vida e, por conseguinte Pasteur através de experimentos demonstrou e convenceu que os apologistas da
geração espontânea estavam errados. E de realçar também que a teoria da abiogênese não explica a origem da
vida.

Deste modo ficou por terra a teoria da geração espontânea segundo o qual os seres vivos originavam-se a partir da
matéria bruta e prevaleceu a ideia de que ser vivo origina- de outro pré-existente.

5.3. HIPÓTESE COSMOZÓICA OU HIPÓTESE DA PANSPERMIA CÓSMICA

Liebig - Richter - Helmholtz

Teoria Cosmozóica: tentaram explicar o aparecimento da Vida na Terra com a hipótese de que esta tivesse
sido trazida de outro ponto do Universo sob a forma de esporos resistentes, nos meteoritos. A presença de

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

matéria orgânica em meteoritos encontrados na Terra tem sido usada como argumento a favor desta teoria, o
que não invalida a possibilidade de contaminação terrestre, após a queda do meteorito.

11

Arrhenius

Svante Arrhenius, químico sueco 1908 propôs em seu livro intitulado “a criação dos mundos” lançou a
Teoria de Panspermia: segundo a qual a vida teria originado em esporos impelidos por energia luminosa,
vindos numa “onda” do espaço exterior. È difícil aceitar que qualquer esporo resista á radiação do espaço, ao
aquecimento da entrada da atmosfera. Esta hipótese teve serias rejeições devido às seguintes indagações:

 Nenhum esporo conhecido resiste às radiações cósmicas.


 No espaço não existe atmosfera.
 As temperaturas que se produzem ao entrar na atmosfera terrestre são tão elevadas que impossível que
qualquer forma de vida a resista.

Crick e Orgel

Teoria de Panspermia dirigida: o agente inicial da Vida na Terra passaria a ser colónias de
microrganismos, transportadas numa nave espacial não tripulada, lançada por uma qualquer civilização muito
avançada. A Vida na Terra teria surgido a partir da multiplicação desses organismos no oceano primitivo.

5.4. MODELO DE OPARIN-HALDANE – SÍNTESE ABIÓTICA OU TEORIA QUIMIO-SINTÉTICA

Esta teoria é conhecida como de Oparim-Haldane porque foi publicado em (1924), por um investigador
russo Alexander I. Oparin, cujos resultados coincidiram com os do biólogo inglês John D. S. Haldane, que publicou
suas experiências 4 anos depois (1928). Esta teoria foi e tem sido amplamente aceite pelos cientistas
modernos não só de área biológica, sino também por químicos astrónomos, geólogos etc. Esta teoria tentou
explicar a origem da Vida na Terra, sem recorrer a fenómenos sobrenaturais ou extraterrestres.

Segundo esta teoria a vida na terra teria surgido de forma lenta e ocasional nos oceanos primitivos através
dos seguintes mecanismos:

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

1. O metano, amónia, hidrogénio e vapor de água presentes na atmosfera, sob altas temperaturas, unidos a
centelhas eléctricas e raios ultravioletas, teriam-se combinado, originando aminoácidos, que ficavam
flutuando na atmosfera.
2. Os aminoácidos eram arrastados com as chuvas para o solo, aquecendo-se, os aminoácidos combinavam-
se uns com os outros, formando proteínas.
3. As chuvas lavavam as proteínas para os mares. Formando uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos
mares primitivos. As proteínas dissolvidas em água formavam colóides.
12 4. Organizaram-se em gotículas surgindo as primeiras células simples, ainda não dispunham de um
equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as
células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o
aparecimento dos seres de respiração aeróbia.
Experimento de
Miller
Experimentos que apoiaram a hipótese de Oparim-Haldane

1- Experimento de Miller: Em 1954, o cientista norte-americano Stanley Miller testou


em laboratório a viabilidade da hipótese de Oparin. Miller construiu um aparelho onde
reuniu o metano, amónia, vapor de água e hidrogénio, fazendo circular tais
substâncias. A mistura foi aquecida e submetida a descargas eléctricas simulando as
condições presentes na atmosfera primitiva. Ao final do experimento, a água analisada continha alguns
aminoácidos e outras substâncias orgânicas. Provou assim que na atmosfera primitiva se poderia produzir
compostos ou substância orgânica. Reforçando as ideias de Oparin e Haldane.

2- Experimento Fox: Em 1957, o cientista norte-americano Sidney Fox aqueceu uma mistura de aminoácidos e
observou a formação de moléculas muito semelhantes a proteínas, reforçando a ideia proposta por Oparin.

“Os aminoácidos trazidos pelas chuvas ao entrarem em contacto com as rochas ainda quentes da superfície
terrestre teriam formado moléculas de proteínas que foram arrastadas aos oceanos primitivos pelas chuvas.

6 - NOVAS PERSPECTIVAS SOBRE A ORIGEM DA VIDA

Hoje os investigadores não rejeitam a possibilidade da origem extraterrestre da vida ou da matéria orgânica a partir
da qual a vida se originou:

Meteoritos de Orgueil: Caiu em Orgueil perto de Tolouse, em 1864. Neste meteorito foram detectadas estruturas
microscópicas perfeitamente organizadas contendo numerosos compostos orgânicos.

Meteorito de Murchison: Caiu na Austrália em 1969. Neste meteorito encontraram-se mais de 400 compostos
orgânicos, entre os quais ácidos gordos complexos e aminoácidos, alguns semelhantes aos que se encontram nas
proteínas biológicas.

Cometa de Halley: dados obtidos pelas sondas de Giotto e Vega, a análise feita em 1986, permitiram admitir que
cerca de um terço da massa deste cometa é de matéria orgânica.

Cometa de Halle-Bopp: Este cometa muito rico matérias orgânicas pode ter semeado o nosso planeta com
materiais essenciais ao aparecimento de vida há muitos milhares de milhões de anos.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

Ainda há perspectivas actuais que admitem que a matéria orgânica precursora a vida ter-se-ia originado nas
profundidades dos oceanos.

7 – EVOLUÇÃO DOS PRIMEIROS SERES VIVOS

13 Evolução dos processos energéticos

Embora não se tenha um retrato exacto dos seres vivos mais antigos, pode-se imaginar que eles eram
microscópicos e delimitados por uma membrana. Em seu interior, reacções químicas ordenadas e controladas pelas
informações genéticas, transformavam moléculas energéticas de alimento em componentes de seu próprio corpo, o
que permitia o crescimento e a reprodução.

Os seres vivos têm duas estratégias principais para obter alimento por isso são agrupados em: seres
autotróficos e seres heterotróficos

1. Seres autotróficos (do grego autós, próprio, e trophos, alimento), capazes de produzir as substâncias orgânicas que
lhes servem de alimento, a partir de gás carbónico (CO2) e de energia obtidos do ambiente. Ex.: cianobactérias,
bactérias nitrificantes, algas e plantas.

2. Seres heterotróficos (do grego hétero, diferente) incapaz de produzir seu próprio alimento, tendo de obtê-lo do meio
extremo na forma de moléculas orgânicas. Ex.: os fungos, certas bactérias, a quase totalidade dos protozoários e
todos os animais.

De onde vinha o alimento utilizado pelos primeiros seres vivos?

Para responder a esta questão surgiram as HIPÓTESE AUTOTRÓFICA e HIPÓTESE HETEROTRÓFICA.

HIPÓTESE AUTOTRÓFICA: diz que os primeiros seres vivos eram autotróficos é a mais aceita actualmente. Seus
defensores argumentam que na terra primitiva não havia moléculas orgânicas em quantidade suficiente para
sustentar a multiplicação dos primeiros seres vivos até o aparecimento da fotossíntese. Segundo eles, os primeiros
seres vivos eram quimiolitoautotróficos (do grego litós, rocha), isto é, produziam suas próprias substâncias
alimentares a partir da energia liberada por reacções químicas entre componentes inorgânicos da crosta terrestre.

HIPÓTESE HETEROTRÓFICA: Muitos cientistas defendem a hipótese heterotrófica da origem da vida, segundo a
qual os primeiros seres vivos seriam heterotróficos simples e possivelmente resultaram de um longo período de
evolução pré-biológica. A base desta teoria foi formada na década vinte por Alexandre Oparin e John Haldane.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

TEMA-2- DIVERSIDADE E ORIGEM DAS ESPÉCIES

TEORIAS FIXISTAS

FIXISMO: As espécies foram criadas independentemente umas das outras e mantiveram-se fixas e
14 imutáveis ao longo do tempo, não existindo evolução.

CRIACIONISMO: Até o século XVIII, havia consolidação da ideia que todos os seres vivos presentes no
planeta Terra foram produtos de criação divina e que as espécies não passavam por nenhum processo de
transformação. Essa teoria que afirma que as espécies são fixas e imutáveis recebe o nome de Fixismo.

HIPÓTESE DA ABIOGÊNESE OU GERAÇÃO ESPONTÂNEA: Platão (427-347 a.C) (Scala Naturae) que
também apoiou esta teoria, segundo os seres vivos é eterno e imutável, cada um com um lugar fixo numa escala
natural.

Aristóteles (384-322 a.C): Influenciado por Platão (427-347 a.C).

Ex.: Alguns cientistas admitiam que os carneiros surgiam de um fruto semelhante ao melão e que certas
árvores podia dar origem a gansos. Outros sugeriram algumas receitas de geração espontânea: Paracelso (séc. XVI)
propôs como obter homúnculos, Van Helmont em 1648 propôs como obter escorpiões e em 1648 propôs como obter
ratos…

TEORIAS EVOLUCIONISTAS

EVOLUCIONISMO: As espécies actuais são resultado de lentas e sucessivas transformações, sofridas


pelas espécies do passado ao longo do tempo.

São duas áreas que fundamentalmente contribuíram para a transição do Fixismo ao Evolucionismo:

1. Analise das espécies actuais: Sistemática com Carlos Lineu que era fixista, acabou por reunir
dados que favorecem o evolucionismo.

(Catalogou morfologicamente os seres vivos para compreender os desígnios de Deus. Os seus


estudos permitiram conhecer semelhanças e diferenças entre os seres sugerindo relações de
parentesco e uma possível origem comum. Apesar de fixista (criacionista) acabou por dar ideias ao
desenvolvimento das ideias de evolução)

2. Análise de fósseis: George Cuvier acérrimo fixista, propôs, 1799, a teoria do Catastrofismo ou
Teoria das Criações Sucessivas. Por incrível que pareça mas os estudos dos fósseis feitos por
Cuvier acabaram por abalar o fixismo favorecendo o evolucionismo.

(Fósseis encontrados em algumas camadas geológicas apresentavam características diferentes


das formas encontradas em camadas anteriores – fauna e flora nem sempre foram iguais
(contraria o fixismo). Cuvier propõe o CATASTROFISMO: na história da Terra teria havido uma
sucessão de catástrofes geológicas, que teriam destruído as espécies existentes, surgindo
posteriormente novas espécies vindas de outras regiões (migrações). Alguns dos seguidores de
Cuvier admitiram que as catástrofes eram globais, destruindo por completo a fauna e a flora do
planeta. Posteriormente dava-se o repovoamento da Terra em novos actos de criação divina -
“teoria das criações sucessivas”.)

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

Outras contribuições ao evolucionismo


 Concepção transformista de Buffon: (uns seres mantêm-se e outros degeneram formando espécies próximas sendo
esta transformação lenta e progressiva e devida a condições ambientais)

 Maupertuis: (os seres vivos podem sofrer adaptação ao meio – variações espontâneas – existindo depois uma selecção
15 sendo eliminados os indivíduos com características mais aberrantes e permanecendo os que apresentavam apenas
ligeiras alterações em relação aos progenitores)

 Hutton e Lyell propuseram o Uniformitarismo ou Princípio das Causas Actuais: que apesar da terra ser antiga as
leis naturais são constantes no espaço e no tempo; as causas que provocaram determinadas alterações geológicas no
passado são iguais às que provocam os mesmos fenómenos no presente (princípio das causas actuais); a maioria das
alterações geológicas ocorrem de forma lenta e gradual.

De acordo com a teoria da evolução, certas formas de vida descendem de outras, modificações nos seres
vivos ocorreram e ainda ocorrem continuamente. A partir da segunda metade do século XIX, a ideia da evolução
biológica começou a dominar o meio científico. Dados fornecem as evidências em favor da evolução e podemos
considerar: Argumentos da anatomia comparada (Estruturas homólogas, estruturas análogas e os órgãos
Vestigiais), Argumentos paleontológicos, Argumentos embriológicos, Argumentos biogeográficos,
Argumentos citológicos, Argumentos bioquímicos (análise de proteínas, comparações entre moléculas de DNA
e testes serológicos ).

1. Argumentos da Anatomia Comparada (Estruturas Homólogas, Análogas e os Órgãos Vestigiais)

a) Estruturas Homólogas: São órgãos que têm a mesma origem, a mesma estrutura
básica e posição idêntica no organismo, podendo desempenhar funções diferentes.
Eles surgem por divergência evolutiva, podendo traduzir adaptações de um grupo de
organismos com a mesma origem evolutiva a ambientes variados. O conjunto
ordenado de órgãos homólogos em diferentes organismos constitui uma Série
Filogenética. Ex.: membros anteriores dos Vertebrados.

b) Estruturas Análogas: têm diferente padrão anatómico básico, diferente origem


embrionária, desempenhando em diferentes seres vivos a mesma função. Estes
órgãos têm, em diferentes organismos, diferente organização estrutural, diferentes
posições relativas, o que reflecte que evoluíram de antepassados diferentes, sendo órgãos puramente
adaptativos, acomodando-se aos mesmos nichos ecológicos. Reflectem, por isso, uma evolução
convergente . Ex.: as asas dos insectos e das aves).

c) Órgãos Vestigiais: São órgãos que tiveram significados morfofuncional num antepassado, mas que no
presente têm uma função reduzida ou não evidente. Nestas situações, o ambiente actuou no sentido regressivo,
privilegiando os indivíduos que iam surgindo com esses órgãos cada vez mais reduzidos. Ao longo de milhões de
anos tornam-se rudimentares, vestigiais, isto é, não funcionais. Ex.: o apêndice no homem e os dentes do ciso.

2. Argumentos Paleontológicos: A Paleontologia é a ciência que se encarrega de estudar os seres


orgânicos desaparecidos através da análise dos seus restos fósseis ou de formas vivas.
Consideram-se 3 tipos de fósseis: Fósseis de formas extintas, Fósseis de transição ou formas
sintéticas e Fósseis vivos.
a) Fósseis de Formas Extintas: São fósseis que não têm representantes actuais, contrariando assim a
imutabilidade das espécies, na medida em que levam a admitir que a Terra foi habitada, ao longo do tempo,
por formas diferentes de seres vivos. Ex: dinossauros.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

b) Fósseis de Transição: São documentos que permitem concluir que as espécies não são independentes
quanto á sua origem, contrariando as ideias fixistas. Correspondem a formas que possuíam características
intermédias de grupos actualmente existentes. Ex.:Archaeopteryx-antepassado comum ás aves e répteis
actuais.

c) Fósseis Vivos: Tratam-se de seres vivos que ao longo de


milhões de anos permaneceram inalterados, como representantes
de um grupo que viveu no seu tempo. Na realidade, houve fixistas
16 que usaram esses fósseis como argumentos fixistas. Exemplos: Está é a Ginkgo Biloba.

Fóssil Actualiade
3. Argumentos Embriológicos: Com base na
comparação das diferentes fases do
desenvolvimento embrionário de diferentes
organismos, podem estabelecer-se relações de
parentesco entre os seres vivos. Assim, quanto mais
semelhantes forem as fases do desenvolvimento embrionário, mais aparentados estes são, isto é, menor a
distância filogénica entre eles. Exemplos:

4. Argumentos Biogeográficos: Estes argumentos baseiam-se em dois casos distintos:


*Existência de seres vivos semelhantes em regiões muito afastadas (não houve divergência evolutiva após a sua
separação);

*Ocorrência de grande diversidade de seres vivos em zonas geograficamente próximas (houve divergência evolutiva).

5. Argumentos Citológicos: Consiste na constatação de que todos os organismos são constituídos pelas
mesmas unidades básicas: as células. A uniformidade dos processos e mecanismos celulares pressupõe-
se também uma unidade evolutiva. As semelhanças entre as membranas celulares e os processos de
divisão celular.

6. Argumentos Bioquímicos: Os argumentos bioquímicos são baseados no facto de:

Todos os seres vivos serem constituídos pelos mesmos tipos de biomoléculas (proteínas, lípidos, glícidos,
ácidos nucleicos, aminoácidos, água e sais minerais);

Os mecanismos básicos serem idênticos em todos os seres vivos, a nível molecular (código genético,
síntese proteica, etc.).
a) Análises de proteínas: As proteínas são as moléculas mais numerosas no corpo dos seres vivos,
condicionando, com a sua sequência de aminoácidos específica, as características fenotípicas desses
mesmos seres. Deste modo, é de prever que quanto maior for a semelhança entre as proteínas
de indivíduos de diferentes espécies, maior é também o seu grau de parentesco. Exemplo: A molécula de
insulina dos Mamíferos considerados (homem, boi, porco, cavalo e carneiro) é formada por 51 aminoácidos.
A cadeia A desta molécula difere, no máximo 3 aminoácidos de uma animal para outro. Este facto, sugere a
existência de uma molécula ancestral comum. Isto é, se duas espécies apresentam sequências de genes e
de aminoácidos muito próximas, muito provavelmente essas sequências foram copiadas a partir de um
ancestral comum.

b) Análises de comparações entre moléculas de ADN: O grau de hibridação é proporcional ao grau de


parentesco entre as espécies.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

c) Análises de testes serológicos ou Quantificação das reacções imunológicas: Têm a finalidade de


avaliar a taxa de reacção imunológica em diferentes espécies. O sistema imunitário reage à introdução de
substâncias estranhas, produzindo anticorpos. Estes determinam fenómenos de aglutinação, formando
compostos insolúveis (antigene-anticorpos), tomando os antigenes inofensivos. Pode-se determinar o grau
de parentesco entre as espécies através das reacções de aglutinação (precipitação de proteínas) e deduzir
sobre o processo evolutivo. Assim, quanto mais elevada for a precipitação de proteínas, maior é o grau de
parentesco.
17
A teoria da evolução explica como os seres vivos se transformam, adaptando-se ao meio ambiente bem que
vivem, originando novas espécies. Ao integrá-los e relacioná-los entre si e as disciplinas, a teoria evolucionista torna-
se a base que unifica a biologia. À medida que a ideia da evolução desenvolvia – se, surgiam, teorias para explicar
os mecanismos.

LAMARCKISMO

Jean Baptiste de Lamarck (1744-1829, naturalista francês, foi o primeiro a propor uma teoria sintética da
evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, no livro Filosofia Zoológica. Ele dizia que formas de vida mais simples
surgem a partir da matéria inanimada por geração espontânea e progridem a um estágio de maior complexidade e
perfeição.

Segundo Lamarck, as modificações ambientais desencadeariam em uma espécie a necessidade de se


modificar de modos a promover a sua adaptação as novas condições ambientais. A adaptação pode ser definida
como sendo o conjunto de características de uma espécie que contribuem para a sua sobrevivência e a reprodução
em determinado ambiente.

Para Lamarck, a evolução estaria baseada em duas leis fundamentais:

1. Lei do uso e desuso – órgãos muito usados iriam hipertrofiar, enquanto órgãos pouco usados iriam atrofiar.

2. Lei da transmissão dos caracteres adquiridos – As características adquiridas pelo uso ou perdidas pelo
desuso seriam transmitidas aos descendentes.

Para Lamarck, a girafa actual, com pescoço comprido, seria resultado do esforço de um ancestral da girafa que
apresentava pescoço curto para alcançar as folhas no alto das árvores. O hábito de esticar o pescoço (Lei do uso e desuso) teria
levado o aumento desta parte do corpo. Com isso, a característica adquirida foi sendo transmitida de geração em geração (Lei
da transmissão dos caracteres adquiridos) resultando nas girafas actuais, de pescoços compridos.

A teoria de Lamarck não é aceite actualmente por dois motivos:


 Somente os órgãos de natureza muscular podem sofrer hipertrofia ou atrofia como resposta ao uso e desuso
frequentes.

 Somente as características adquiridas pelo uso ou perdidas pelo desuso não podem ser transmitidas aos
descendentes. Somente uma modificação nos genes presentes nos gametas poderá ser transmitida as
gerações seguintes
.
Mesmo estando enganado quanto às suas interpretações, Lamarck merece ser respeitado, pois foi o primeiro
cientista a questionar o fixismo e defender ideias sobre evolução. O maior mérito de Lamarck foi o seu
pioneirismo, sua tese permitiu que a evolução se generalizasse. Apesar de não explicar correctamente o
mecanismo evolutivo, o Lamarckismo foi de grande importância para teoria da evolução por ter chamado a atenção
para adaptação como um processo necessário para o sucesso evolutivo de uma espécie no ambiente em que vive.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

DARWINISMO

Darwinismo: O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) desenvolveu uma teoria evolutiva
que é considerada como base da teoria moderna da evolução. Segundo Darwin, os indivíduos
mais bem adaptados ao meio ambiente apresentam maiores chances de sobrevivência,
deixando o maior número de descendentes.

18

A própria natureza selecciona os indivíduos mais bem adaptados ao meio, enquanto os menos adaptados
tendem a morrer e com o tempo levar a extinção da espécie. Essa teoria descrita é chamada selecção natural e é à
base do darwinismo.

Darwin percebeu uma grande variabilidade de espécies que apresentavam graus diferentes de adaptação
ao meio. Percebeu, assim, que os indivíduos com mais oportunidades de sobrevivência apresentam características
mais apropriadas para enfrentar as condições ambientais.

A viagem de Darwin ao redor do mundo


Muitas das observações que levaram Charles Darwin aos 22 anos a elaborar sua teoria evolucionista
ocorreram durante a viagem ao redor do mundo, como naturalista do navio inglês H. S. S. Beagle. Durante os
cinco anos que durou a viagem, iniciada em 1831, Darwin visitou diversos locais da America do Sul (inclusive
o Brasil) e da Austrália, além de vários arquipélagos tropicais.
Darwin se torna adepto do evolucionismo
Darwin acabou concluindo que a flora e a fauna de ilhas próximas são semelhantes porque se originam de
ancestrais comuns, provenientes dos continentes próximos. A diversificação da espécie original, que teria
originado as diferentes espécies atuais, deu-se como resultado às diferentes ilhas do arquipélago.

Ideias e pessoas que influenciaram Darwin


Darwin foi influenciado pelos trabalhos de cientistas famosos, como o astrónomo John Herschel (1792–1871)
e o naturalista e viajante Alexandr Humboldt (1767–1835). Este último foi responsável, segundo o próprio
Darwin, pelo impulso de viajar a terras desconhecidas em expedições científicas. O trabalho do geólogo e
amigo Charles Lyell (1797 – 1875) também marcou o estudo de Darwin. Além de levar uma cópia
do Princípios de Geologia, de Lyell, em sua viagem a bordo de Beagle, as primeiras anotação de viagem de
Darwin eram sobre os temas de geologia.
Darwin também aponta a influência das ideias do vigário inglês Thomas R. Malthus (1766 – 1834) na
elaboração do conceito de selecção natural. Em 1798, Malthus sugeriu que a principal causa da miséria
humana erro o descompasso entre o crescimento das populações e a produção de alimentos. Disse ele: “O
poder da população é infinitamente maior do que poder da terra de produzir os meios de subsistência para o
homem. Segundo Malthus, enquanto o crescimento populacional se dá em progressão geométrica, a
produção de alimentos aumenta em progressão aritmética. Isso seria uma das explicações para a
fome que assola boa parte da humanidade. Essas e outras conclusões constam em seu Ensaio sobre
a lei da população, de 1798.
A teoria selecionista de Wallace
Em Junho de 1858, Darwin recebeu uma carta do naturalista inglês Alfred Russel Wallace (1823 – 1913), que
continha conclusões fundamentalmente semelhantes às suas. Wallace havia estudado as faunas da
Amazónia e das Índias Orientais, chegando à conclusão de que as espécies se modificavam por selecção
natural.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

As principais ideias do Darwinismo são:


 Há inúmeras variações entre indivíduos da mesma espécie tanto na morfologia como na fisiologia.
 O número de individuo de uma mesma espécie e mantido mais ou menos constante ao longo das
gerações.
 Na luta pela vida, os indivíduos com variações favoráveis as condições do ambiente onde vivem
apresentam maiores chances de sobrevivência, já que a selecção natural é actuante.
 Através da selecção natural, as espécies serão representadas por indivíduos cada vez mais bem
19
adaptados.
Segundo Darwin, no passado, os ancestrais das girafas actuais apresentavam pescoços com tamanhos
variáveis. A competição pelo alimento disponível favoreceu os indivíduos de pescoço comprido, que alcançariam as
folhas no alto das árvores. Assim, a selecção natural permitiu que os indivíduos de pescoço comprido fossem
seleccionados em detrimento daqueles de pescoço curto, que foram morrendo até a extinção.

Percebe-se que a acção do meio ambiente é diferente para Lamarck e Darwin. Para Lamarck, o meio é
causador das variações, já que características novas são adquiridas por imposição do meio. Para Darwin, o meio
apenas selecciona as características adaptativas mais importantes.

Darwin não conseguiu explicar a origem das variações, já que somente, surgida no século XX,
contém subsídios para esclarecer as causas da variabilidade.

Quadro comparativo das ideias de Lamarck e Darwin


Lamarck Darwin
O meio cria necessidades que induzem mudanças nos O meio exerce uma selecção natural que favorece os
hábitos e nas formas dos indivíduos. indivíduos portadores das características mais apropriadas para
um determinado ambiente e num determinado tempo.

As novas características conseguem-se pelo uso ou No seio de uma população certos indivíduos apresentam
desuso repetido de um órgão ou parte do corpo características que lhes conferem uma melhor adaptação em
relação aos outros.
Características adquiridas são transmitidas aos Os mais aptos vivem mais tempo, reproduzem-se mais e
descendentes. transmitem as suas características aos descendentes.

NEODARWINISMO

Neodarwinismo: Também denominada Teoria Sintética da Evolução, utiliza como base o Darwinismo e
foi proposta por Julian Huxley, em 1942, engloba duas ideias fundamentais: Variabilidade genética e selecção
natural.

A diversidade do mundo vivo é a base sobre a qual actua a selecção natural. Esta diversidade tem como
fonte primária as mutações e como fonte mais próxima a recombinação génica.
a) Mutações: o genoma dos indivíduos pode experimentar alterações, quer a nível dos genes quer a nível dos
genes quer a nível dos cromossomas alterando o património genético dos indivíduos. As mutações são a
fonte primária de variabilidade genética introduzindo a população novos genes.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

b) Recombinação génica: e a fonte mais próxima de diversidade nas populações. Diferentes possibilidades de
combinação dos genes, na sequência da meiose (Crossing-over ou permutação genica e o
emparelhamento ao acaso do cromossomas) e da fecundação.

Os pontos chaves do neodarwinismo são:


 Os indivíduos de uma população (unidade evolutiva) apresentam variabilidade devido a: Mutações
(aparecimento de novos genes a novas características), Recombinação génica (diferentes possibilidades
20 de combinação dos genes, na sequência da meiose e da fecundação).
 A existência de variabilidade intra – especifica possibilita a actuação da selecção natural.
 Os indivíduos com genes que lhes conferem características mais adaptativas para um determinado meio (os
mais aptos) sobrevivem e reproduzem-se (sobrevivência e reprodução diferencial), transmitindo aos
descendentes os seus genes, através das células reprodutoras, estes genes serão mais frequentes nas
gerações futuras.
 A acumulação lenta e gradual destes genes ao longo de muitas gerações leva a alterações do fundo genético
da população e surge então nova espécie.

Mutações e a recombinação génica são as principais causas ou factores que tendem a aumentar a variabilidade genética da
população. A selecção natural apenas direcciona o processo evolutivo, mantendo as variações favoráveis ou adaptativas a
determinado meio. E ainda migração, deriva genética, cruzamento não ao acaso são factores que actuam sobre a variabilidade
genética já estabelecida.

Enquanto mutações e a recombinação génica aumentam a variabilidade genética, a selecção natural diminui, já que os
indivíduos menos adaptados tendem a morrer e, com o tempo, permitir a extinção da espécie.

Em resumo os factores de evolução das populações são: Mutações, migrações (imigração e emigração),
cruzamentos não ao acaso (panmixia), deriva genética e a selecção natural (sobrevivência até a idade de
procriar, tipo de acasamento, reprodução diferencial). (trabalho de investigação)

ESPECIAÇÃO

Especiação: é processo de formação de novas espécies a partir de uma população ancestral. Para entendimento
deste processo, imaginemos que dois grupos de indivíduos de uma mesma população estabelecem-se, por migração
em regiões diferentes, perdendo o contacto com a população original. Com isso, formam-se duas populações
diferentes que chamaremos de A e B, já que, embora pertençam à mesma espécie, ocupam ambientes diferentes.

Uma vez que os ambientes ocupados pelas duas populações são diferentes, podemos supor que ao longo do tempo
ocorram mutações diferenciais e que a selecção natural se processe de maneira a ajustar Cada população ao
ambiente em que vive.

Assim, as populações serão submetidas a pressões de selecção diferentes fixando, em cada grupo, genes
favoráveis ou adaptativos em função do ambiente em que vivem. Com o passar do tempo, o conjunto de genes vai
se modificando e estabelecendo certas divergências genéticas entre as populações A e B, que passam a formar
subespécies. Nesse estágio, se indivíduos da população A forem colocados em contacto com indivíduos da
população B, ainda serão capazes de realizar cruzamento e originar descendentes férteis, o que reforça a ideia de
que os indivíduos da população A e B pertencem a mesma espécie.

Se o isolamento geográfico entre as duas populações prevalecer, as divergências genéticas tornam-se cada vez
maiores até ocorrer uma incompatibilidade reprodutiva entre as populações. Nesse caso, estabelecesse o
isolamento reprodutivo, formando espécies diferentes.

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo


FIQ - CURSO PREPARATÓRIO 2020 a 2021 - O CÉREBRO DO ZANGO

MODOS DE ESPECIAÇÃO

Modos de Novas espécies formadas a


especiação partir de...

Alopátrica Populações isoladas


(alo = outros, pátrica geograficamente
21
= lugar)

Peripátrica Uma pequena população


(peri = perto, pátrica isolada na borda de uma
= lugar) população maior

Parapátrica Uma população


(para = ao lado, continuamente distribuída
pátrica =
lugar)

Simpátrica Dentro da faixa da população


(sim = igual, pátrica ancestral
= lugar)

BIBLIOGRAFIA
1- AMABIS J.M. & MARTHO, G.R. (2004) Biologia das células, 1ª edição. São Paulo Editora Moderna.
2- AMABIS J.M. & MARTHO, G.R. (2010) Fundamento da Biologia Moderna volume único 4ª edição. São
Paulo Editora Moderna.
3- DA SILVA A. DIAS et al. (2008) Biologia Ciência da Vida 11ª Porto editora

Cybergrafia
http://www.sobiologia.com.br
http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/48383888/Argumentos%20Paleontol%C3%B3gicos
https://pt.slideshare.net/catir/argumentos-do-evolucionismo

Elaborado por: Inácio Francisco Aldinha Quipópo

Você também pode gostar