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FREDERICK W. BABBEL
TRADUZIDO DO ORIGINAL EM INGLÊS:
To Him That Believeth
POR SAINT-CLAIR C. LIMA
Uma Palavra Inicial
“Tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23).Os desafios aos quais se refere Ao Que
Crê podem parecer incríveis a alguns. Contudo, quando você compreende os princípios
envolvidos e suas implicações relativas ao seu destino eterno você descobrirá que
realmente você determina o seu sucesso na vida ou sua falha em alcançar realizações!
Desde que escrevi On Wings of Faith, tem sido um privilégio discursar e palestrar
para centenas de audiências por todos os Estados Unidos. Repetidamente pessoas têm
expressado preocupação sobre como ativar o poder da Deus em suas vidas. Os oito
tópicos abordados neste livro lidam com as necessidades mais freqüentemente
expressas.
Tem sido perturbador descobrir quantas poucas pessoas têm experimentado o
profundo impacto que esses conceitos têm no desenvolvimento da vida mais abundante
da qual o Salvador falou.
Há mais poder disponível para você determinar seu próprio curso bem sucedido na
vida do que você jamais pode ter pensado. Alguns poucos princípios e chaves simples
constituem a solução fundamental de nossos problemas. Aqui estão esses princípios
destilados das escrituras e da sabedoria de líderes inspirados. Eles, então são aplicados a
essas preocupações maiores em nossas vidas. A incorporação dessas verdades em sua
vida lhe permitirão achegar-se aos próprios poderes do céu.
Quer seja jovem, quer esteja no primor da idade ou no crepúsculo de sua vida,
nenhuma das oportunidades e bênção resultantes que estão descritas nesse livro está fora
do seu alcance. Você tem o poder de fazer hoje, e em todos os dias que se seguirem,
uma nova vida para si, a despeito do que aconteceu no passado.
Eu os desafio a aplicar esses princípios em sua vida. Com a ajuda de Deus você terá
sucesso. Muitas vidas foram profundamente elevadas por eles, e a sua também pode.
-- Frederick W. Babbel
Reconhecimentos
Expresso minha sincera gratidão às numerosas pessoas, incluindo oficiantes,
membros da organização, visitantes e líderes do Templo de Washington, que
ofereceram sugestões significativas e encorajamento contínuo na escrita deste livro.
Também agradeço a amigos seletos e companheiros que leram e revisaram meus
escritos. Assistência especial me foi dada por meu caro amigo, Dr. Brendan Stack, que
disponibilizou a mim e minha esposa o uso de seu gabinete, onde muito desse
manuscrito foi preparado.
Em todos os meus esforços desfrutei de completo apoio, encorajamento e assistência
de Marvin W. Wallin, Ann St. Clair, e outros membros da equipe da Bookcraft, e aqui
expresso minha apreciação a eles.
Ofereço agradecimento especial à minha devotada esposa, June, cuja constante
assistência e valioso companheirismo muito contribuíram para esse livro. Descobrimos
estarem nossas vidas profundamente estimuladas pelo espírito e mensagem desse livro.
Porque a fé é desejo, os frutos existem.
Desde que o mundo existe ninguém teve 1
fé sem ter algo além dela...Um homem
que não tem dom algum não tem fé; e
ele se engana a si mesmo se a supõe ter.
(Joseph Smith, History of the Church
5:218.Doravante referida como DHC.)
Edificando a Fé Poderosa
Aprendi uma lição valiosa alguns anos atrás quando minha esposa e eu visitamos o
Grand Canyon no Arizona. Estávamos no borda norte o guia naturalista nos mostrou
um velho junípero contorcido e tosco que estava literalmente crescendo no lado da
parede rochosa do cânion junto ao mirante. Nós nos perguntamos como ela poderia
continuar a crescer. Nosso guia, então contou-nos um interessante pedaço da história
relacionada àquela árvore.
Uma semente junípero tem a forma semelhante a uma semente cantalupo. Uma
dessas pequenas sementes caiu em uma fenda junto à borda da parede do cânion. Tudo
era rocha sólida. Parecia que a semente não poderia germinar, uma vez que não havia
solo, talvez pouca água e quase nenhuma luz solar naquela fenda. Contudo essa
sementinha não tinha preocupação com esses limites. Tinha tão somente um ardente
desejo, que era cumprir a medida de sua criação!
De uma forma que não podemos compreender, aquela sementinha germinou, e
implantou suas raízes naquela rocha sólida e começou a crescer. Gradualmente ela
rebentou um ramo através da fenda onde poderia buscar luz solar e um pouco de chuva.
À medida que continuou a crescer e a expandir-se em uma perfeita, embora
deformada, árvore seu tronco e suas raízes começaram a exercer uma pressão contínua
na borda exterior da rocha. Finalmente a pressão se tornou tão grande que uma grande
seção inteira da parede do cânion soltou-se e despedaçou-se em um massivo monte
perto da base do cânion aproximadamente uma milha [1,5 km] abaixo.
O guia disse que se estimou que quarenta milhões de toneladas de rocha jazem à base
desse tremendo cânion por que aquela sementinha não sabia que não podia crescer. Ela
simplesmente não desistiria.
Ninguém fracassa até que pare de tentar. Ninguém.
Componentes Essenciais da Fé
Fé e obras andam juntas. É impossível ter fé sem ter também obras e ação.
A fé não é um substituto para as obras. Não é um substituto para preparação. Mas sim uma parte
necessária destas. Não existe nada que pode ser demonstrado e indicado como fé sem estar
relacionado com as obras. O homem que diz que tem fé que pode fazer alguma coisa, mas nada faz,
nunca conheceu a fé, pois ela só passa a existir com a ação. Se tivesse fé ele teria feito alguma coisa
(...). Fé é uma atitude afirmativa que é demonstrada. (The Wealth Within You, p. 65).
Note que estes três diferentes fatores aplicam-se à busca de qualquer coisa na vida:
fama, fortuna e posses materiais. Elas são, também, essenciais para construir força
espiritual.
Um tipo diferente de obras ou ação pode ser requerido para alcançar uma meta
espiritual. Suas “obras” podem consistir de oração ou gratidão contínuas. Ou de se estar
continuamente “sintonizado” o suficiente para poder saber a vontade de Deus e seguir
sua orientação. (Se você tem fé suficiente para mover uma montanha, pegue uma pá. Se
você tem fé no Senhor suficiente para mover uma montanha, sai da frente!).
Devemos lembrar que as bênçãos eternas vêm apenas quando estamos em harmonia
com os poderes do céu e nos achegamos a eles. Como alcançar tal harmonia é o que será
discutido nos capítulos subseqüentes.
Quando manifestamos fé no Senhor Jesus Cristo, colocamos em ação todas as forças
que abrirão as portas para as bênçãos do céu. Pois, “Eis que vos digo que todo aquele
que crer em Cristo, sem de nada duvidar, tudo o que pedir ao Pai em nome de Cristo
ser-lhe-á concedido; e esta promessa estende-se a todos, até os confins da Terra”.
(Mórmon 9:21; ver também vv. 25, 28).
Isso estabelece o fato de que é uma lei eterna que aquele que se achega a Deus, em
nada duvidando, terá tudo o que pedir. Exercer grande e vigorosa fé fará com que a
energia divina, pela mente ou pelo desejo, entre em ação.
Frutos da Fé Extraordinária
A Fé Sobrepuja o Câncer
Poucas semanas depois, o filho de Irmão Fritz, Reinhold, foi à casa da missão Berlim
para entregar uma bela réplica, feita à mão, da catedral de Ulm, a mais alta catedral
espiralada da Alemanha. Foi enviada como um presente de despedida para o Presidente
Kelly, presidente da missão, que logo estaria partindo em retorno à sua casa.
Presidente Kelly, sendo um médico e cirurgião, inquiriu Reinhold quanto à presente
condição de sua mãe. Ele estava a par de que ela estava lidando com câncer terminal.
Reinhold relatou que o médico enviara sua mãe para casa, para que morresse, sentindo
que ela tinha apenas mais alguns dias de vida.
“Presidente Kelly, nós não estamos desanimados. Papai e eu estamos jejuando. Nos
domingos, papai dará uma bênção à mamãe para ser curada deste câncer. Com essa
bênção ele fará, também, um convênio com o Senhor de me enviar em missão quando
ela estiver curada”.
Cerca de duas semanas depois, Irmão Fritz Lehnig avisou o Presidente Kelly, pelo
telefone, de que Reinhold estava pronto para ser enviado à missão. Irmã Lehnig fora
completamente curada de seu câncer.
Senti que essa seria a última experiência que ouviria concernente à fé do Irmão
Lehnig, uma vez que estava sendo transferido para outra missão. Alguns anos depois,
contudo, me achei de volta na Alemanha com o Élder Ezra Taft Benson, bem depois
que a Segunda Guerra Mundial terminou. Nessa ocasião o Élder Benson convidara
todos os presidentes de distrito da Missão Alemanha Oriental para reuniram-se com ele
em Berlim.
Três de nossos irmãos, um dos quais era Irmão Lehnig, estavam embarcando em um
trem de vagões na fronteira polonesa. Depois que a guerra terminou, quase nenhum
carro de passageiros restou e as pessoas tinham que embarcar em toscos vagões ou
carros de gado para chegarem ao seu destino por trilhos. Eles se aglomerariam dentro
desses vagões como muitas ovelhas. Quando o interior dos vagões estava cheio, as
pessoas se penduravam do lado de fora ou escalavam e faziam a viagem no topo.
Enquanto esses três homens procuravam espaço, perceberam que seria necessário
escalar para o topo de um dos vagões. Aparentemente, o espaço já estava abarrotado de
pessoas e um deles foi empurrado do vagão. Quando ele caiu na plataforma da estação e
ficou estendido, um grande caminhão, que vinha sobre os seus aros (pneus não eram
disponíveis), passou por cima de sua mão e de seu pulso, estraçalhando-os seriamente.
Nessa dolorosa condição ele pediu por ajuda. Seus dois companheiros desceram e o
levaram à estação de primeiros-socorros mais próxima. Enquanto o faziam o irmão
ferido pediu-lhes: “Irmãos, eu vim aqui para ir com vocês para a nossa reunião em
Berlim. Quero que me dêem uma bênção para que eu possa estar lá também”.
Seus companheiros impuseram suas mãos sobre sua cabeça. Irmão Lehnig proferiu a
bênção. Ao tirarem suas mãos da cabeça dele, viram que sua mão e seu pulso estavam
restaurados e estavam tão sãos quanto tinham visto antes do acidente.
Regozijando-se, chegaram algumas horas depois na reunião designada. Relataram o
incidente aos que estavam presentes e não podíamos ver sinal algum de machucadura
em sua mão e em seu pulso. Aquela fé simples tinha novamente movido os poderes do
céu.
Quando o Elder Ezra Taft Benson foi escolhido pelo Presidente Eisenhower para
servir como o Secretário da Agricultura, foi-me pedido que trabalhasse como Assistente
da Secretaria. Três semanas depois de nos mudarmos para Washington, D.C., e de
nossos filhos sofressem com catapora, nosso quarto filho nasceu.
Na ocasião, nossa filha mais velha tinha contraído uma séria infecção no ouvido. O
pediatra lhe aplicou uma injeção e aconselhou lavar o ouvido freqüentemente para
expurgar a infecção. Prescreveu, também, gotas de remédio no nariz e no ouvido, assim
como medicação oral a cada quatro horas. Com o bebê recém nascido, isso tornou nossa
rotina bem agitada.
Vários dias depois nossa segunda filha foi acometida com uma alta febre e reclamava
de dores nos ouvidos. O médico disse que parecia ser a mesma coisa, só que pior, e
prescreveu o mesmo tratamento.
Pouco tempo depois, nossa filha estava deitada no sofá da sala de estar. Nós
acabáramos de encerrar uma oração ao seu lado quando ouvimos a porta bater. Que
alegria foi me deparar com o Secretário Benson vindo nos visitar e dar uma olhada em
nosso bebê recém nascido!
Orgulhosamente lhe mostramos nossa menininha. Enquanto conversávamos, nossa
filha no sofá, que tinha somente quatro anos de idade na ocasião, falou: “Papai, O Irmão
Benson e você poderiam me dar uma bênção para que eu fique bem?”.
Ajoelhamo-nos ao lado do sofá e lhe demos uma bênção. Dentro de uma hora, a
febre cedeu, e não mais houve problemas.
Minha esposa descreve o que aconteceu depois que saí com o Irmão Benson:
“Não pude ouvir a bênção, e quando eles terminaram, puxei meu marido de lado e
lhe perguntei se ela seria curada, se a infecção no ouvido tinha sido repreendida. Ele
assegurou-me de que ela ficaria bem e disse para não me preocupar sobre isso. Nossa
filha ainda estava muito quente e muito quieta. Com o passar do tempo, me perguntava
se deveria lhe dar alguns dos remédios que compráramos no caminho para casa. Afinal,
já estava tudo pago. Eu sabia que ela ficaria curada. Não havia dúvida disso, mas
tínhamos o remédio em mãos e poderíamos usá-lo também. Ao menos não lhe faria mal.
Então pensei: O Senhor não precisa de remédio algum, e ele a está curando. Assim que
me decidi nisso, a febre caiu dramaticamente. Antes disso, mesmo depois da bênção,
não houvera mudança alguma. Pareceu-me que deveria ter a minha mente totalmente
dependente do Senhor antes que ela pudesse ser curada”.
Naquela noite, eu pude ouvir a nossa filha mais velha chorando. Quando cheguei em
sua cama, ela pediu: “Papai, meu ouvido está doendo muito. Não quer me dar uma
bênção, como a que deu em Julene, pra que eu fique boa?” Na quietude daquela noite,
atendi ao seu pedido e ela foi curada.
Sob condições normais, sempre fizéramos das bênçãos nos nossos filhos um hábito,
quando a doença estava presente. Porque não administrar bênçãos a nossos filhos antes
de tudo? Nós nem mesmo pensamos nisso. Talvez a mudança, a catapora e o novo bebê
que nos fatigava, ou nosso esquecimento tencionavam fazer da experiência uma lição de
fé – como realmente foi!
Cerca de duas semanas depois Julene ligou e disse: “Pai, dessa vez eu realmente
extrapolei. Na noite passada depois de um baile nós nos amontoávamos dentro do carro
quando meu joelho acertou a estrutura da porta e se deslocou. O médico colocou um
gesso flexível. Provavelmente se passarão umas oito semanas até o gesso poder ser
removido, então eu não poderei ir para casa no verão coma Bonnie no verão, como
tínhamos planejado”.
Eu repliquei: “Julene, você já se esqueceu da lição que acabou de aprender com
relação ao programa de Ed Sullivan?”. Houve um longo silêncio.
“Entendi a mensagem, pai”, veio a resposta.
Na manhã que se seguiu Julene nos ligou de novo. “Pai, eu tirei o gesso. Estarei em
casa com a Bonnie, como tínhamos planejado!”.
Em Julho eu era responsável pelo Veraneio Anual da Estaca para nossos Escoteiros e
Meninas Moças. Eu estava carregando o carro sozinho na casa de um amigo, colocando
na carroceria do carro duas enormes churrasqueiras cobertas com gordura. Eu
conseguira colocar dentro a primeira sem qualquer incidente. Enquanto colocava a
segunda para dentro, ela começou a escorregar de uma de minhas mãos. Instintivamente
me movi para frente para tentar outro agarro. Com isso, desloquei minha coluna. Com
grande dificuldade, me arrastei para dentro do carro e dirigi para casa. Lá chegando,
abri a porta do carro e literalmente tombei na direção da entrada da garagem. Meus
filhos me levantaram e me ajudaram a entrar na casa.
Eu estava deitado no chão da sala da frente com uma dor intensa quando minha filha,
Julene, veio e disse: “Certo, pai, o que vai fazer com relação a isso?”.
Rangendo os dentes com dor, lhe respondi: “Você está realmente me pondo contra a
parede, não é?”.
Ela deu um grande sorriso e respondeu: “Pretendo fazê-lo!”.
Depois de alguns momentos eu sabia o que eu tinha que fazer. Eu respondi: “Já que
você me coloca nessa situação, vou levantar em alguns minutos e tomar um banho
quente de banheira. Então vou lá fora e dou uma longa caminhada para me pôr em
forma. Amanhã de manhã vou para a igreja e subirei a escadaria para onde ensinarei
nosso grupo de sumo-sacerdotes. O que acha disso?”.
“É bom, pai”, veio a resposta.
Bem isso era exatamente o que eu tinha que fazer. E eu o fiz! Mas eu tive que
manifestar aquele poder de fé que eu tentara instilar em meus filhos. Eu mesmo tinha
que me achegar aos poderes do céu.
Fé Poderosa Confirmada
Essas e muitas outras experiências foram relatadas para assegurar que através de uma
fé viva, podemos nos achegar aos poderes do céu. Aqui parece apropriado considerar a
promessa do Senhor em Doutrina e Convênios.
... aquele que tiver fé em mim para ser curado e não estiver designado para morrer, será curado.
Aquele que tiver fé para ver verá.
Aquele que tiver fé para ouvir, ouvirá.
O coxo que tiver fé para saltar saltará. (D&C 42:28-51).
Elder Orson F. Whitney interagiu com essa “mola mestra do poder” e compartilhou
conosco um pensamento desafiador:
Deus interage com os homens de acordo com sua fé. O Salvador realizou muitos milagres
poderosos através de sua própria fé, mas a maior parte deles ocorreu onde havia fé abundante nos
corações das pessoas. Em outros lugares ele não fez tantas obras poderosas “devido a sua
incredulidade”. A fé é um dom de Deus, e aqueles que melhor o servem têm mais dela. A fé é o solo
de onde brotam os milagres. “Tudo é possível aos que crêem”. (Saturday Night Thoughts, Salt Lake
City: Deseret News, 1921, p. 283).
Não deveríamos sempre dizer: “não seja como eu quero, mas como tu queres”?
(Mateus 26:39).
A vontade de Deus é bem clara. Deus ministra na terra para nos abençoar e não para
nos amaldiçoar ou afligir. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”
(João 10:10) Foi o clamor do Salvador. Seu desafio para nós era: “sede vós perfeitos,
como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:48). Se Cristo quer que
sejamos perfeitos, não é isto a mente e vontade de Deus?
Cessemos de buscar justificar nossas dúvidas, medos, temores, fraquezas e aflições.
Estes não vêm de Deus. Raramente estamos justificados em tentar racionalizar nossos
pensamentos negativos quando consideramos a escritura: “Não seja feita a minha
vontade, mas a tua”.
Um dos discursos de rádio do Élder Talmage, intitulado “Ó Vós de Pouca Fé” nos
oferece um conselho prático:
A fé inclui uma ativa, vital e inspiradora confiança em Deus, e a aceitação de sua vontade como
uma lei e de suas palavras como nosso guia na vida. Fé em Deus é um princípio de poder, pois, por
meio de seu exercício, forças espirituais se tornam operativas; e pelo seu poder fenômenos que
parecem sobrenaturais, como chamamos os milagres, são realizados.
...
Está fora de questão que a fé no Senhor Jesus Cristo como Salvador e Redentor é essencial para a
salvação. Mas esse tipo de fé é possível apenas àquele que a busca sinceramente e é receptivo às suas
influências; pois, saiba-se que a fé é um dom de Deus. (v. Ef. 2:8). O dom é grátis a todos os que o
desejam. Peça por ele, esforce-se por ele, e ele lhe será dado! Busque-o e não falharás em encontrá-lo!
A prova de que o recebeu será manifesta no que você faz com ele. (Sunday Night talks by Radio, Salt
Lake City, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 1931, pp121, 125. Doravante chamado de
Sunday Night Talks).
Precisamos acender uma fé poderosa. Precisamos manifestar uma fé viva.
Precisamos aceitar as coisas que pedimos a Deus como estando/sendo cumpridas. Se
uma pessoa pede a seu Pai por pão, ele lhe dará uma pedra? Se nós, como mortais.
Somos capazes de dar boas dádivas àqueles que pedem, quão maior não é o amor que
move Deus a cumprir sua promessa divina! “Todas as coisas que pedirdes, orando,
crede receber e tê-las-eis” (Marcos 11:14).
Esta é a vontade de Deus. Deixe-a ser manifesta em você. Pois os milagres não
cessaram, nem cessarão. Quando cessarem é por que racionalizamos e nos colocamos
fora do alcance desses poderes pelos quais essas dádivas maravilhosas podem-se fazer
manifestas.
Como explicou o profeta Joseph Smith, podemos sentir que temos certos dons
divinos. Se os frutos desses dons nos estão faltando, nos enganamos. Dons vêm e
permanecem conosco por meio da fé. Quando há falta de fé há falta de dons e dos frutos
desses dons.
O profeta Morôni nos dá um desafio e sábio conselho perto do fim de seu registro.
Portanto, meus amados irmãos, cessaram os milagres porque Cristo subiu aos céus...
E por ele ter feito isso, meus amados irmãos, cessaram os milagres? Eis que vos digo que não;
tampouco os anjos cessaram de ministrar entre os filhos dos homens.
Pois eis que a eles estão sujeitos para ministrarem de acordo com a palavra de sua ordem,
manifestando-se aos que têm uma fé vigorosa e uma mente firme em toda forma de santidade...
Ou deixaram os homens de aparecer aos filhos dos homens? Ou negou-lhes ele o poder do Espírito
Santo? Ou fará ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um
homem para ser salvo?
Eis que vos digo: Não; porque é pela fé que os milagres são realizados; e é pela fé que os anjos
aparecem e ministram entre os homens; portanto, ai dos filhos dos homens se essas coisas tiverem
cessado, porque é por causa da descrença; e tudo é vão. (Morôni 7:27, 29-30, 36-37).
Lembre-se, com fé, todas as coisas são possíveis. É por isso que precisamos estar
ativamente engajados na edificação de uma fé poderosa. Nisso, não devemos falhar.
O que aprendemos até agora sobre desenvolver uma fé poderosa?
1. Seja persistente.
2. Aja “como se”.
3. Trabalhe por ela.
4. Não duvide.
5. A fé é um dom de Deus.
Um filho de Deus, em como Deus ser
Não rouba a divindade 2
E aquele que dentro de si tem essa
esperança
Purificar-se-á de todo o pecado.
(Lorenzo Snow, Improvement Era, Junho de 1919, 22:160).
Deus trabalha segundo princípios eternos. A sua ajuda está disponível a todos os que
têm necessidade, que desejam e que confiam a despeito de filiação a igreja. Às vezes
uma pessoa terá uma experiência que mudará completamente sua perspectiva sobre a
vida. Meu antigo companheiro de trabalho é um bom exemplo.
Em 1920 ele experimentou a morte enquanto jazia na mesa de operação. O médico
lhe prometera tentar remover um grande tumor de sua veia jugular. Meu companheiro
presenciou toda a operação enquanto seu espírito pairava sobre seu corpo e ele ouviu a
conversa entre o médico e a enfermeira. A certa altura, o médico disse: “Não posso
prosseguir. Se eu o fizer, ele morrerá.”
“Mas você lhe prometeu que tentaria,” disse a enfermeira, “mesmo que lhe custasse a
vida. Você deve cumprir a sua promessa.”
Durante a operação, como temia o médico, a veia jugular se rompeu e o sangue
começou a jorrar do ferimento.
O espírito de meu companheiro partiu da sala nesse momento, e descobriu-se
entrando no mundo espiritual, onde encontrou pessoas amadas que haviam partido antes
dele. Ele foi, de uma só vez, envolvido por uma luz branca brilhante.
“Eu te trouxe de volta à minha presença,” disse a voz no meio da luz cegante,
“porque tanto temeste a transição a que chamas morte. Tu agora percebes que nada há a
se temer, mas, ao invés disso, há a oportunidade de desfrutar um ilimitado futuro muito
mais glorioso do que aquilo que tu conheceste.”
Então esse glorioso personagem continuou: “Tu deves retornar à Terra. Tua missão
na vida ainda não está terminada. Tu perderás tudo o que amas e prezas. Não obstante,
se tu confiares em mim, tu ainda realizarás muitas grandes coisas e experimentarás
algumas das mais doces bênçãos que, na Terra, estão disponíveis aos filhos de meu
Pai.”
Ao retornar para o seu corpo, que então estava coberto com um lençol, ele viu a
enfermeira se preparando para sair da sala. Quando o seu espírito entrou em seu corpo, a
enfermeira percebeu movimento e respiração. Ela chamou o médico agitadamente:
“Doutor! Volte! Ele está vivo e respirando novamente!” Então o meu parceiro caiu na
inconsciência.
Quando deixou o hospital, a Madre Superior lhe disse: “nós não tínhamos qualquer
esperança de que partisse daqui vivo. Você esteve morto por vários minutos!”
Tudo o que lhe foi dito durante a sua breve conversa no mundo espiritual aconteceu.
Ele perdeu quase tudo o que amava, incluindo a sua esposa, que se divorciou dele e lhe
tomou metade de suas posses terrenas. Pouco depois dos infames eventos em Pearl
Harbor, em 1941, ele se tornou um membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias e logo depois se casou com uma bela missionária retornada. Abundantes
bênçãos continuam a ser desfrutadas por aquele casal e família.
A maior parte de nós não tem experiências tão dramáticas para nos forçar a avaliar e
assumir o controle de nossas vidas. Contudo quer estejamos alertas ou não, consciente
ou inconscientemente, moldamos o nosso destino. O nosso desafio é aprender os
princípios que nos ajudarão. Mas primeiro, precisamos responder à pergunta: “Quem
sou eu?”
Você é Alguém!
Você não é um ninguém. Você é alguém – uma pessoa real com potencial ilimitado!
“Quem, eu?” você pode perguntar. Sim, você. Você é literalmente um filho ou filha
de Deus. Ele é de fato o Pai do divino espírito que habita em seu corpo mortal e lhe dá
vida. Quando esse espírito deixa o seu corpo, estamos pronunciadamente mortos.
Ainda mais significante, sendo a progênie da Deidade – Deus – é exatamente a razão
pela qual Deus declarou, uma vez no Velho Testamento e novamente no Novo
Testamento: “Vós sois deuses” (Salmos 82:6; João 10:34).
Você é da família de nosso Pai Celestial. E você é investido com o potencial, se você
escolher usá-lo, de se tornar com o seu divino Pai.
“Parece inacreditável!” você pode exclamar. “Temos alguma prova de que isso é
verdade?”
“Prova genuína e inspiradora,” é a resposta, “através de profetas de nossos dias, bem
como dos registros sagrados que chamamos de escrituras. Isso é parte do nosso legado
de Deus.”
Talvez a mais conhecida expressão relevante sobre este assunto tenha sido escrita
pelo Presidente Lorenzo Snow em 1840: “Como o homem agora é, Deus um dia já foi:
Como Deus é agora, o homem pode ser” (Biography and Family Records of Lorenzo
Snow, Salt Lake City: Zion’s Book Store, 1975, p. 46).
Consideraremos três declarações inspiradas para confirmar e ampliar as declarações
já feitas.
Em seu memorável Sermão de King Follet, o Profeta Joseph Smith identificou
claramente a gênese do homem:
A alma – a mente do homem – o espírito imortal – de onde ela veio? Todos os homens instruídos e
doutores no que é divino dizem que Deus a criou no princípio; mas não o foi: a própria idéia diminui o
homem em minha estima. Eu não creio nessa doutrina. Eu sei mais.
Ouvi-a, todos vós, confins do mundo, pois Deus ma falou. Se vós não acreditardes em mim, isso
não fará sem efeito a verdade...
Nós dizemos que o próprio Deus é um ser auto-existente. Quem vo-lo disse? È suficientemente
correto, mas como isso chegou às vossas cabeças? Quem vos disse que o homem não existe de igual
maneira, sob os mesmos princípios? O homem existe sob os mesmos princípios, sim... A mente, ou
inteligência que o homem possui é co-existente [co-eterna] com o próprio Deus! Sei que meu
testemunho é verdadeiro. A inteligência dos espíritos não teve início, tampouco terá um fim... Os
primeiros princípios do homem são co-existentes com Deus (DHC 6:310).
E com relação à fase seguinte da existência do homem? Como ele se tornou progênie
da deidade? Parley P. Pratt clarifica esse assunto:
Este corpo individual e espiritual foi gerado pelo Pai Celestial, em sua própria semelhança e
imagem, e pelas leis de procriação. Ele nasceu e foi nutrido nas mansões celestiais, treinado na escola
do amor em um círculo familiar, e em meio aos mais ternos abraços de afeição parental e fraterna.
Nesta provação primária, em seu lar celestial, ele viveu e se portou como uma inteligência livre e
racional, agindo por sua própria escolha, e como toda inteligência, independente em sua própria
esfera.
Ele foi colocado sob certas leis e era responsável perante o seu Cabeça Patriarcal (Key to the
Science of Theology, Salt Lake City: Deseret Book Co., 1938, p.56. Doravante, referida como Key to
Theology).
Ponhamos o nosso estado de existência e presente e futura no devido foco. Para esta
informação, tornaremos ao Élder James E. Talmage:
O homem, como um indivíduo, é eterno, pois ele é literalmente o filho do eterno Pai dos
espíritos, verossimilmente nascido na linhagem dos Deuses!
Antes do nascimento, agora e depois da morte, cada um de nós foi, é e será um personagem
distinto – absolutamente o mesmo ser, de identidade imutável e, portanto, eterna.
Você era você e eu era eu antes de nascermos nesses corpos de carne. Você será você e eu serei
eu no além-túmulo. Esse nosso corpo é a veste terrena do espírito imortal...
Há no homem um espírito imortal que viveu como um ser inteligente antes de o corpo ser
formado, e que continuará a existir como o mesmo indivíduo imortal depois que o corpo houver
decaído...
A revelação divina atesta essa verdade superior, de que o homem é de natureza eterna. (Sunday
Night Talks, n° 21, p. 230).
Eis aí. Por meio destas inspiradas declarações, começamos a perceber quem nós
somos e o que podemos nos tornar. Está desvendada a resposta à admoestação de
Sócrates: “Homem, conhece-te a ti mesmo.”
Cada um de nós está agora no processo de tornar-se o tipo de pessoa com quem
devemos viver por toda a eternidade. Contudo, relativamente poucos de nós percebem o
potencial ilimitado que possuímos como filhos e filhas literais do nosso Grande Pai e
Deus. Ainda menos descobriram como se comunicar ativamente com os poderes do céu.
E apenas um número insignificante percebeu em suas vidas o convite e promessa de
Jesus Cristo quando ele disse:
Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e
com ele cearei, e ele comigo.
Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me
assentei com meu Pai no seu trono. (Apocalipse 3: 20-21).
Nesse capítulo, examinaremos dois princípios e duas chaves por meio das quais
podemos aumentar a nossa fé e aplicá-la na moldagem de nosso destino.
A Lei da Colheita
A primeira chave é lembrar que Deus trabalha por meio de pensamentos positivos.
O adversário entra em nossas vidas através de pensamentos, sentimentos e atos
negativos.
Presidente George Albert Smith aprendeu esse princípio enquanto era uma jovem
criança.
Existem duas influências no mundo de hoje, e sempre existiram desde o princípio. Uma delas é
uma influência construtiva, que irradia felicidade e edifica o caráter. A outra influência é uma que
destrói, torna os homens demônios, despedaça e desencoraja. Somos suscetíveis a ambas. Uma vem
do Pai Celestial e a outra vem da fonte do mal que existe no mundo desde o princípio, buscando
efetuar destruição da família humana.
Meu avô costumava dizer à sua família: “Há uma linha de demarcação, bem definida, entre o
território do Senhor e o do diabo. Se você ficar do lado da linha que pertence ao Senhor, você estará
sob sua influência e não terá o desejo de fazer o que é errado; mas se você cruzar a linha para o lado
do diabo, um só centímetro, você estará sob o poder do tentador, e se ele for bem sucedido, não
conseguirá pensar ou raciocinar adequadamente, porque perdeu o espírito do Senhor.
...
Se você quer ser feliz, lembre-se de que toda a felicidade verdadeira está do lado da linha que
pertence ao Senhor e que toda a dor e decepção estão do lado da linha que pertence ao diabo.
(Sharing the Gospel with Others, Salt Lake City: Deseret News Press, 1948, pp. 42-43).
O apóstolo Paulo discute os mesmos princípios em Gálatas. Ele identifica
sentimentos positivos como “os frutos do Espírito” e sentimentos negativos como “as
obras da carne.” (Gálatas 5:19).
Dr. John A. Widtsoe explicou: “O diabo é sujeito a Deus, e tem a permissão de
operar somente se se mantiver dentro de limites bem definidos... (A Rational Theology,
Salt Lake City: General Priesthood Committee, 1915, p. 81).
Deus opera por intermédio de pensamentos, sentimentos e atos positivos. O diabo
opera por intermédio de pensamentos, sentimentos e atos negativos.
As escrituras afirmam esse fato. Percebam ao que elas dizem.
Exemplos de sentimentos que vêm de Deus são encontrados nas seguintes
escrituras: amor – 1 Tessalonicenses 4:9; 1 João 2:10; D&C 76:116 ; D&C 121:41;
humildade – Mateus 18:4; Tiago 4:10; 1 Pedro 5:6; D&C 112:10; gratidão – Salmos
100:4; Efésios 5:17, 20; D&C 46:7; 78:19; perdão – Mateus 6:14-15; Marcos 11:25;
Mosias 26:30; D&C 64:7-11.
Inversamente, os que se seguem são exemplos de escrituras que descrevem os
sentimentos negativos de Satanás: medo – 2 Timóteo 1:7; Josué 1:9; Apocalipse 21:8;
D&C 6:36; raiva – Salmos 37:8; Mateus 5:22; Morôni 9:3; 2 Néfi 33:5; D&C 10:24;
descrença – Apocalipse 21:8; Hebreus 3:12; Mateus 13:58; D&C 58:15; contenda – 3
Néfi 11:29; D&C 10:63; Lucas 6:30 (TJS).
A segunda chave a ser lembrada é que podemos escolher. A maior parte de nós
percebe que podemos escolher nossos pensamentos e palavras. Mas Será que
percebemos que podemos escolher nossos pensamentos bem como nossos sentimentos?
Nós não temos que ser “levados e carregados pelo vento” se nós não o quisermos.
Pensamentos são coisas poderosas. Nossos pensamentos geram os nossos
sentimentos. Nossos sentimentos motivam as nossas ações. Nossas ações levam às
nossas realizações ou falhas. A seguinte escritura certifica esse fato: “... todo aquele que
olhas para uma mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.”
(Mateus 5:28).
Segue-se, daí, que podemos controlar nossos senti=mentos controlando os nossos
pensamentos. E nós podemos controlar nossos pensamentos controlando o foco de
nossa atenção. E a menos que o façamos, nos tornamos vítimas ao invés de mestres
dessas leis.
O problema aparece quando não percebemos que a habilidade de escolher mudar a
nós mesmos é parte da nossa investidura divina do arbítrio. Nós não temos que nos
preocupar ou temer. Ainda assim, gastamos muito de nossas vidas sofrendo, sendo
temerosos e desanimados, bem como nutrindo sentimentos dolorosos.
Porque o fazemos? Vivemos em um ambiente saturado com pensamentos e
sentimentos negativos, e eles são contagiosos! Pense por um momento nos nossos
jornais, revistas, programas de televisão e conversas. A maior parte deles eleva nossos
corações e espíritos?
Uma amostra ocasional de nosso jornal diário nos dará uma pista. Examinamos a
primeira sessão de nosso jornal diário para ver o que podíamos encontrar. De 44
colunas impressas que foram analisadas, 41,8 eram negativas e apenas 2,2 eram
positivas. Isso é aproximadamente 5 por cento de positivo.
Se você gasta sessenta minutos por dia com esse material, significa que cinqüenta e
sete minutos são gastados em um ambiente negativo e apenas três minutos em um
ambiente positivo. Considerando os 786.762 assinantes reconhecidos de nosso jornal,
aproximadamente 39.000 horas foram gastas em leitura positiva e 748.000 horas em
exposição negativa. Isso dá uma razão de 19 para 1 em favor da negatividade.
Que maneira de começar cada novo dia! E lembre-se que todas essas pessoas
estarão compartilhando os seus pensamentos e sentimentos negativamente
influenciados com outros pelo resto do dia.
O exame de outras publicações renderá resultados similares. Pouco se admira que
isso nos ofereça um desafio real para todos nós que queremos ficar do lado da linha que
pertence ao Senhor – o lado positivo.
Nós podemos ficar do lado da linha que pertence ao Senhor! Mas devemos escolher
fazê-lo. Devemos aprender a fazê-lo. Devemos praticar fazê-lo.
É aí que a sintonia com o Espírito é possível. É aí que a fé é exercida. É aí que a
cura ocorre. É aí que a revelação divina pode vir a nós. É aí que o poder de Deus é
manifestado em nossas vidas. É aí que podemos receber inspiração para resolver os
nossos problemas.
Precisamos de pensamentos e sentimos positivos para ter a ajuda do Senhor.
Uma vez que tenhamos aprendido esse princípio e o praticamos, percebemos que
podemos controlar nossos sentimentos; estaremos, então, no caminho para sobrepujar a
negatividade.
Um dos momentos marcantes de sua vida será o dia em que você, estando
desanimado, solitário, deprimido e preocupado, for bem sucedido em voltar-se de forma
que o Espírito do Senhor possa inundar a sua alma.
Quando estamos vivendo do lado negativo da linha – no território do diabo – os
problemas vão se multiplicar. Quer sejam problemas de saúde, problemas financeiros
ou problemas de relacionamento, todos eles são resultados do fato de que estamos
imersos na negação e não percebemos que não temos que nos sentir daquela maneira.
Podemos mudar os nossos sentimentos.
Caso se encontre temeroso, pelo menos está em boa companhia. Como Moisés
lidou com isso? E Joseph Smith? Jó? Néfi?
Moisés continuou clamando ao Senhor por força, até que ele tinha o suficiente para
sua necessidade. (Moisés 1:12-22).
Joseph Smith era um rapaz. Ele usou todas as forças para clamar a Deus que o
livrasse do inimigo, e foi resgatado. (Joseph Smith – História 1:15-17).
Jó se arrependeu. (Jó 42:3-4).
Néfi falou em alta voz sobre os seus temores e seu amor e confiança em Deus. (2
Néfi 4:16-35).
Você pode fazer tudo isso também. Conheço uma irmã que estava tendo sérios
problemas com um filho adolescente. Um dia ela recebeu uma ligação para vir à escola,
devido a mais problemas. No caminho de casa, ela estava preocupada com suas
dificuldades, de forma que teve um pequeno acidente de carro. Então ela ficou
realmente deprimida!
Então ela se lembrou de como Néfi tinha cuidado com uma depressão similar.
Porque estou me sentindo dessa maneira? – ela se perguntou. Não preciso me sentir
dessa maneira. Ela orou para que esses sentimentos fossem tirados dela e para que ela
fosse cheia do Espírito do Senhor. Dentro de poucos minutos ela estava feliz, cheia de
paz em seu coração, e estava em posição de receber inspiração no que dizia respeito a
seus problemas. Ela disse ter sido uma experiência extremamente prazerosa ver como
seus sentimentos mudaram tão rapidamente e perceber que ela era capaz de fazer
alguma coisa com relação a eles.
Nunca mais, enquanto você existir, você deve usar conscientemente o seu poder de
criação para plantar sementes que deformarão ou destruirão a sua vida, sua felicidade e
alegria, e a vida de outros. Seu desafio é edificar. Nas palavras do Salvador:
Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo. (Mateus 5:13-14).
Sempre mantenhamos em exercício o
princípio da misericórdia, e estejamos 3
prontos a perdoar o nosso irmão nas
primeiras intimações de arrependimento;
e sempre perdoássemos nosso irmão ou
mesmo nosso inimigo, antes que ele se
arrependesse ou pedisse perdão, nosso
Pai Celestial seria igualmente
misericordioso conosco.
(DHC 5:41).
Dissolvendo Ressentimentos
e Alcançando o Perdão