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MMT Estudos Complementares

Conteúdo da 1º Parcial – CIÊNCIAS – 20/03

CAPÍTULO 1 - Construindo o conhecimento científico

O estudo das Ciências está presente em nosso cotidiano em diversos


momentos: ao observar o movimento das nuvens, as estrelas e a Lua no céu
noturno; ao perceber uma trilha de formigas carregando folhas ou uma
sequência de árvores posicionadas como se houvesse uma estrada imaginária;
ao preparar uma receita, misturando os ingredientes, que se transformam em
algo cheiroso e saboroso como um bolo de chocolate etc.
A observação de fenômenos cotidianos simples, como o caminho das formigas,
ou grandiosos, como as imagens conseguidas pelos telescópios espaciais,
pode ser objeto de estudo para a elaboração e a execução de experimentos,
determinando o desenvolvimento do conhecimento científico.
Os cientistas estão constantemente desenvolvendo, aprofundando e ampliando
seus estudos em busca de respostas para os mais diversos questionamentos.
Assim, a busca por conhecimento é o motor da Ciência.

 O Estudo Científico

A Ciência é uma das bases do conhecimento. Portanto, a partir do momento


em que o ser humano começa a se questionar sobre os fenômenos ocorridos e
a estudá-los, nasce o pensamento científico.

 As etapas do método científico

Normalmente, para formular uma teoria, os cientistas seguem algumas etapas:


observar e questionar, levantar hipóteses, testar experimentos e formular uma
conclusão. Nem sempre todas as etapas são cumpridas para a conclusão de
uma teoria, mesmo porque, em determinadas situações, a falta de recursos
tecnológicos não permite experimentar certas hipóteses. Em outros casos, com
o propósito de testar alguma hipótese relevante, o cientista pode incluir etapas
e, até mesmo, alterar a sequência das etapas do método utilizado, caso seja
necessário.

Vamos conhecer e estudar a seguir as etapas mais comuns do método


científico.
1. Observar e questionar
2. Propor hipóteses e explicações
3. Testar hipóteses
4. Formular uma conclusão

 Alguns cientistas e seus métodos científicos


Vamos conhecer alguns exemplos de métodos científicos aplicados
por grandes cientistas.

1. Isaac Newton (1643-1727)


Provavelmente, você já ouviu a história da maçã que caiu na cabeça de Isaac
Newton. Algumas pessoas contam que ele descansava sob uma árvore quando
uma maçã caiu em sua cabeça (em alguns casos, diz-se apenas que ele viu
uma maçã cair à sua frente). Após refletir sobre esse episódio, Newton propôs
uma nova teoria a respeito da atuação da gravidade nos corpos. Na época
desse acontecimento, a gravidade já era conhecida; contudo, a grande
inovação de Isaac Newton foi propor que essa mesma força, responsável por
atrair a maçã para o centro da Terra, exerceria uma atração em corpos
maiores, fazendo com que a Lua, por exemplo, girasse em torno da Terra.

2. Charles Darwin (1809-1882)


Ao observar o crescimento de plantas próximas à janela, Darwin percebeu que
elas sempre cresciam em direção à luz. O estudioso propôs a hipótese de que
as pontas dos caules estavam envolvidas nesse movimento das plantas e
decidiu testar sua suposição. Para isso, ele separou três grupos de plantas: no
primeiro, cortou as pontas de alguns caules de plantas; no segundo, cobriu as
pontas com papel preto; e, no terceiro, manteve as pontas intactas. Tempos
depois, as plantas que foram cortadas e as que foram cobertas deixaram de
crescer, enquanto aquelas que permaneceram intactas continuaram a se
desenvolver em direção à luz, comprovando a hipótese formulada por Darwin.

3. Marie Curie (1867-1934)


Marie Curie e seu marido Pierre descobriram a radioatividade, termo que foi
criado pela própria Curie. Essa brilhante pesquisadora estudou as propriedades
de minérios de urânio e outros materiais e percebeu que alguns deles tinham
efeito radioativo. Além disso, descobriu dois novos elementos químicos: rádio e
polônio; esse último foi nomeado em homenagem à sua terra natal, a Polônia.
A cientista recebeu dois prêmios Nobel por suas pesquisas: um de Física, em
1903, e um de Química, em 1911. Seu método científico seguia uma sequência
que incluía a experimentação. Provavelmente, em razão dos efeitos da
radioatividade em seu organismo, os quais ainda eram desconhecidos na
época, ela desenvolveu uma doença no sangue. Na Primeira Guerra Mundial,
foram utilizadas pequenas unidades móveis de radiografia, ou raio X,
mostrando que as descobertas de Marie Curie foram rapidamente aproveitadas
pela Medicina.

4. Jane Goodall (nascida em 1934)


Jane Goodall é uma importante pesquisadora inglesa, que passou anos de sua
vida estudando o comportamento de chimpanzés nas selvas do Gombe, na
Tanzânia, África. A partir de observações e registros, Goodall trouxe novos
conhecimentos dos hábitos e comportamentos da espécie, descobrindo,
inclusive, que esses animais comem carne (acreditava-se que eram
vegetarianos) e fabricam ferramentas simples. Embora esse reconhecido
trabalho científico não tenha passado por etapas de experimentação nem por
cálculos, ele se mostrou uma maneira séria de se fazer pesquisa científica.

5. Ester Cerdeira Sabino (nascida em 1960)


A médica Ester Cerdeira Sabino é uma pesquisadora brasileira responsável por
grandes contribuições relacionadas ao estudo de microrganismos, como vírus e
bactérias. Atualmente ela também atua como professora na Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo – USP, participando de projetos
relacionados ao zika vírus e ao novo coronavírus. Ester liderou o grupo de
pesquisa que desvendou as instruções genéticas que orientam o
desenvolvimento e o funcionamento do novo coronavírus. O grupo de
pesquisa, ao estudar o vírus, realizou inúmeros experimentos, seguidos da
análise dos resultados obtidos. As contribuições do grupo foram fundamentais
para a formulação da vacina contra a Covid-19.

6. Stephen Hawking (1942-2018)


Stephen Hawking nasceu em Oxford, na Inglaterra, e consagrou-se um dos
maiores cientistas da atualidade. Ele questionou e invalidou suas próprias
teorias anteriormente formuladas sobre os buracos negros. Seus estudos se
baseiam em cálculos e levaram Hawking a propor que buracos negros emitem
radiação, o que possibilitou uma nova concepção sobre como teria surgido o
Universo.

 Galileu Galilei e o modelo astronômico

Galileu Galilei foi o precursor da metodologia científica moderna, pois seus


estudos se baseavam em experimentos e observações, introduzindo o conceito
de método científico.
Com o aperfeiçoamento de um telescópio, Galileu observou as fases de Vênus
e as luas de Júpiter, identificando um padrão que condiz com um movimento ao
redor do Sol, e não ao redor da Terra, como acreditava Ptolomeu. Dessa
maneira, Galileu passou a defender o modelo heliocêntrico.
• Modelo heliocêntrico: o Sol é considerado o centro do Universo, e todos os
astros, inclusive a Terra, giram ao seu redor.
• Modelo geocêntrico: a Terra é considerada o centro do Universo, e todos os
demais astros giram ao seu redor.
• Modelo atual: o Sol é considerado o centro do Sistema Solar (não do
Universo) e também realiza um movimento de translação em torno do centro de
uma galáxia.

CAPÍTULO 2 - O Universo que nos rodeia

 O Big Bang e a origem do Universo


Após muito estudo e observação, formulou-se a teoria mais aceita sobre a
origem do Universo, a teoria do Big Bang (“Grande Explosão”).
 A expansão do Universo e a formação da matéria
Segundo a teoria do Big Bang, toda a matéria do Universo (desde aquela que
constitui o corpo humano até a que forma a mais distante das galáxias) estava
concentrada em uma região muito quente e pequena, algo ainda menor do que
uma minúscula formiga. Como tudo o que existe hoje estava concentrado em
tão pouco espaço, matéria e energia se confundiam em tais condições
especiais. Essa concentração única é conhecida como singularidade. Toda
aquela matéria comprimida passou a se expandir muito rapidamente.
Essa expansão teria ocorrido há pouco mais de 13 bilhões de anos. Na
sequência, a temperatura da matéria foi diminuindo e ela passou a formar
átomos, pequenas partículas que se juntaram e se transformaram muitas
vezes, formaram moléculas que também se juntaram em outras estruturas
maiores até se tornarem o Universo como o conhecemos hoje.

 Os astros do Universo
Um fator importante para a formação dos astros que compõem o Universo é a
gravidade, definida como a tendência de um objeto a atrair (puxar) outros
objetos. Dessa maneira, os objetos (corpos) são predispostos a formar
aglomerados. A força que faz com que essa atração mútua entre os corpos
exista é chamada força gravitacional − quanto maior a massa dos corpos,
maior a atração gravitacional entre eles. Assim, devido à gravidade, foram
formadas, por exemplo, as primeiras galáxias e os astros do Universo.

 Estrelas
Estrelas são como enormes bolas de gás, com temperaturas elevadíssimas,
que emitem radiação, uma forma de energia percebida por nós como luz e
calor. A cor das estrelas pode variar do azul ao amarelo avermelhado, o que
serve como indício de sua temperatura: quanto mais azul for o seu brilho, mais
quente ela é. O Sol é a estrela mais próxima do nosso planeta.
 Buracos negros
Podemos dizer que buracos negros foram estrelas muito grandes, que, depois
de longo período de vida, chegaram a seus estágios finais. Por possuírem
enorme concentração de massa em seu interior, os buracos negros têm um
alto poder de atração gravitacional, atraindo para si até mesmo a luz.

 Planetas e planetas-anões

Os planetas-anões, por sua vez, são astros que, além de não serem satélites –
isto é, não girarem ao redor de outro planeta –, apresentam algumas diferenças
em relação aos planetas: são relativamente menores, têm formatos variados e
podem compartilhar sua órbita com outros corpos celestes de diversos
tamanhos.
Atualmente, são reconhecidos oito planetas do Sistema Solar:
• Mercúrio
• Vênus
• Terra
• Marte
• Júpiter
• Saturno
• Urano
• Netuno

 Satélites
De modo simples, podemos definir satélites como astros que orbitam planetas.
A estrutura dos satélites é a mesma dos planetas, porém, como são menores e
não orbitam estrelas, receberam essa denominação.

 Asteroides, meteoroides, meteoros e meteoritos


Asteroides são pequenos corpos celestes rochosos que possuem formato
irregular e que também orbitam o Sol. Concepção artística de um cinturão de
asteroides. Quando um corpo que vaga no espaço se aproxima da Terra, até o
momento anterior à entrada na atmosfera, é chamado de meteoroide.
A partir do momento em que o meteoroide penetra na atmosfera terrestre, ele
causa vários fenômenos conhecidos como meteoro. O atrito com o ar queima
parte dos elementos do meteoroide, produzindo um meteoro iluminado
popularmente conhecido como “estrela cadente”.

 Cometas
Cometas são rochas de tamanho relativamente pequeno (se comparados a
outros astros), envoltas em gelo, que orbitam ou não o Sol. Um cometa que
orbita o Sol e passa por um ponto no espaço, de modo que seja observado da
Terra, pode levar anos até percorrer uma volta completa e passar novamente
por esse ponto. Já os cometas que não orbitam o Sol podem ser vistos apenas
uma vez, ao passar pelo Sistema Solar, seguindo o caminho rumo ao espaço
sideral.
De maneira simplificada, o brilho dos cometas ocorre principalmente quando
eles se aproximam do Sol e parte do gelo que compõe sua estrutura é
transformada em vapor de água. Esse vapor reflete a luz solar, formando uma
cauda luminosa.

 Galáxias
O Sistema Solar é um ponto pequeno dentro de um aglomerado espacial
chamado galáxia. Cada galáxia é formada pelo agrupamento de corpos
celestes, nebulosas e nuvens de gás e poeira girando em torno de um centro
gravitacional que se acredita ser um buraco negro.
As galáxias podem ter formato espiral, elíptico ou irregular.
O nosso Sistema Solar encontra-se em um dos cinco braços de uma galáxia
em espiral. Um deles pode ser observado em locais com pouca poluição
luminosa, assemelhando-se a uma faixa leitosa. Esse aspecto levou os antigos
gregos a nomearem a galáxia Via Láctea, que significa “caminho de leite”.

 Os astros do Sistema Solar


O Sistema Solar, assim como todos os demais sistemas planetários
observados até hoje, foi formado a partir de uma nuvem estelar.

 Sol
O Sol é o centro gravitacional do nosso sistema planetário, ou seja, os corpos
celestes que compõem o Sistema Solar orbitam todos ao seu redor.
Sua importância é indiscutível, e, não fosse essa distância exata que
proporcionou temperatura, água líquida e luminosidade ideais, provavelmente
não existiria vida da forma que conhecemos no planeta Terra.
 Mercúrio
É o planeta mais próximo do Sol, mas não o mais quente. Não possui água, e
sua atmosfera é muito tênue, basicamente composta de gás hélio. Não possui
satélites.
 Vênus
Apesar de não ser uma estrela, ficou conhecido como “estrela-d’alva” por ser o
primeiro ponto luminoso a surgir no céu no início da noite e no início da manhã.
É o planeta mais quente do Sistema Solar por conta de sua atmosfera densa
de gás carbônico. Sua rotação, assim como a de Urano, ocorre em sentido
contrário à dos demais planetas do Sistema Solar. Não possui satélites.
 Marte
Quarto planeta distante do Sol, Marte é constituído basicamente por óxido de
ferro, o que lhe confere uma coloração avermelhada. Nesse planeta, a escassa
atmosfera é composta de 95% de gás carbônico. Seu relevo apresenta
planícies, crateras e um vulcão extinto. Estudos recentes identificaram
evidências de água líquida subterrânea fluindo no planeta; além disso, devido à
presença de algumas substâncias e ao padrão de desgaste das rochas,
acredita-se que já houve água em estado líquido em sua superfície. Possui
dois satélites irregulares, ou seja, não esféricos, chamados Fobos e Deimos.

 Cinturão Principal de Asteroides


Entre Marte e Júpiter existem vários asteroides e outros corpos pequenos
orbitando o Sol. Esse conjunto de corpos é chamado Cinturão Principal de
Asteroides – o nome “Principal” é devido à existência de outro cinturão, o
Cinturão de Kuiper, que está muito mais distante do Sol. Estima-se que esse
cinturão seja uma formação planetária que não se concluiu. No meio do
cinturão de asteroides, encontra-se um planeta-anão chamado Ceres.

 Terra e Lua
A Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol e o primeiro a apresentar um
satélite, a Lua. É também o único astro do Sistema Solar conhecidamente
habitado e que possui, atualmente, água em sua forma líquida, a qual cobre
três quartos da sua superfície. A Lua surgiu na época em que os planetas
estavam terminando sua formação e originou-se a partir do impacto de um
astro, mais ou menos do tamanho de Marte, com a Terra. O impacto gerou
detritos que ficaram orbitando a Terra e, devido à atração gravitacional,
juntaram-se e formaram a Lua tal como a conhecemos hoje.

 Júpiter
É o maior planeta do Sistema Solar. Exibe faixas de diferentes colorações
formadas pelo movimento irregular de sua atmosfera e pela composição
química diversa de cada faixa. Nele, ocorre uma forte tempestade, com
ventosa centenas de km/h, identificada como um círculo avermelhado em sua
superfície. Júpiter possui mais de 60 satélites conhecidos; os maiores e mais
famosos são Io, Europa, Ganimedes e Calixto, observados pela primeira vez
por Galileu Galilei em 1610. Apresenta sistema de anéis pouco visível ao seu
redor.

 Saturno
Possui anéis (compostos de pequenas partículas de rocha, poeira e gelo) que o
orbitam e podem ser vistos até com pequenas lunetas caseiras. Saturno possui
60 satélites confirmados, entre os quais Titã é o mais conhecido − supõe-se
que tenha estrutura muito similar à atmosfera terrestre primitiva, inclusive com
uma substância em forma líquida, como a água.

 Netuno
Foi um planeta previsto com base em cálculos matemáticos antes de ser
observado, fato que se tornou um grande feito para a Ciência. Possui 13
satélites conhecidos e, assim como Júpiter, Saturno e Urano, apresenta um
sistema de anéis. Entre seus satélites, encontramos Tritão, que tem uma
característica muito curiosa: intensa atividade vulcânica; porém, o fluido
expelido é nitrogênio líquido (que é muito gelado).

 Urano
Urano também é cercado por anéis, porém apresenta um eixo de rotação
quase perpendicular em relação aos demais planetas do Sistema Solar e,
assim como Vênus, desenvolve seu movimento de rotação ao contrário dos
outros. Foi o primeiro dos planetas a ser descoberto na era moderna da
Astronomia. Possui 27 satélites registrados.
 Cinturão de Kuiper
É um cinturão de asteroides, assim como o que existe entre Marte e Júpiter, só
que localizado além de Netuno. Existem quatro planetas-anões no Cinturão de
Kuiper. São eles: Plutão, Haumea, Makemake e Éris.

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