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SUMÁRIO
Página
I. O ESTUDO DA ZOOLOGIA............................................................................ 03
II. POSIÇÃO SISTEMÁTICA DOS INSETOS, DEFINIÇÕES E DIVISÃO DA
ENTOMOLOGIA............................................................................................... 11
III. RELAÇÕES ENTRE OS INSETOS E O HOMEM............................................ 14
IV. ESTRUTURA GERAL DE UM INSETO.......................................................... 20
V. MORFOLOGIA DA CABEÇA DE UM INSETO................................................ 24
VI. APARELHO BUCAL DOS INSETOS............................................................... 29
VII. AS ANTENAS................................................................................................... 36
VIII. MORFOLOGIA DO TORAX............................................................................. 40
IX. AS PERNAS DOS INSETOS........................................................................... 42
X. AS ASAS DOS INSETOS................................................................................ 46
XI. MORFOLOGIA DO ABDOME.......................................................................... 53
XII. BASES DA BIOLOGIA DE INSETOS.............................................................. 60
XIII. REPRODUÇÃO DOS INSETOS...................................................................... 66
XIV. ALIMENTAÇÃO DOS INSETOS...................................................................... 68
XV. ANATOMIA INTERNA DOS INSETOS............................................................ 70
XVI. TAXONOMIA E REGRAS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA APLICADA
A ENTOMOLOGIA........................................................................................... 90
XVII. ORDEM ORTHOPTERA................................................................................. 96
XVIII. ORDEM HEMIPTERA..................................................................................... 97
XIX. ORDEM COLEOPTERA.................................................................................. 98
XX. ORDEM LEPIDOPTERA.................................................................................. 99
XXI. ORDEM DIPTERA........................................................................................... 100
XXII. ORDEM HYMENOPTERA............................................................................... 101
XXIII. ORDEM ISOPTERA......................................................................................... 102
XXIV. ORDEM TYSANOPTERA................................................................................ 103
XXV. INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA A COLETA, MATANÇA, MONTAGEM E 104
CONSERVAÇÃO DE INSETOS.....................................................................
XXVI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................................... 108
AGR02 _Zoologia e Entomologia Geral 3
O ESTUDO DA ZOOLOGIA
PRATT em 1911
Atualmente (?)
2. CAMPOS ESPECIALIZADOS
3. AS PUBLICAÇÕES CIÊNTÍFICAS
Estrutura
Órgãos formam-se Órgãos em sua maioria
externamente; células internos; células
limitadas por uma parede delicadas; líquido do
rígida de celulose. corpo contem NaCl.
MONERA Procariótica Sem membrana; Absortiva ou Unicelular Assexual por Móveis Algas azuis;
plastos ausentes; Fotossintética e/ou colonial fissão usando Bactérias
mitocôndrias flagelos
ausentes
5.1. Simetria
Refere-se a distribuição das partes do corpo de um animal, em relação a um
determinado plano. É, portanto, a divisão imaginária do corpo em metades semelhantes.
a) Simetria bilateral – tipo de simetria em que um corpo ou uma parte pode ser
dividido por plano mediano em parte equivalentes, direita e esquerda, sendo cada
uma a imagem especular da outra;
b) Simetria radial ou radiata – tipo de simetria em que um corpo pode ser dividido
em partes similares arranjas ao redor de um eixo central comum;
c) Assimetria – ocorre quando não existe simetria, neste caso o organismo tem
forma bastante irregular.
Exemplo:
Filo Chordata
Exemplo:
5.3. Apêndices
São partes salientes do corpo de um animal, que servem na locomoção,
alimentação e outras finalidades (ex. sentido tátil).
5.4. Esqueleto
Estrutura que serve para a sustentação ou proteção do corpo dos animais.
interno
Pode ser
Externo
5.5. Sexo
Relativo a presença de órgãos genitais masculinos e/ou femininos, em um
organismo;
a) Monóico
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b) Dióico
Celomado Acelomado
Pesudocelomado
Exemplo:
embrionários.
1. INTRODUÇÃO
REINO:
RAMO:
DIVISÃO:
SEÇÃO:
FILO:
SUBFILO:
CLASSE:
2. CLASSE INSECTA
a) Heteronomia
b) Hexapodas
c) Díceros
d) Tetrápteros
e) Olhos Compostos
f) Olhos Simples
g) Simetria
h) Esqueleto
i) Respiração
j) Desenvolvimento
]
k) Sexos
2.3 . Diversidade
Vertebrado
Insecta
3.1. Entomologia
a) Científica
b) Aplicada
c) Industrial
1. INTRODUÇÃO
Segundo PANIZZI & PARRA (1991), não seria exagero sugerir que os insetos são os
maiores competidores do homem pela hegemonia na terra, pois historicamente o homem
sempre conseguiu dominar a maioria e, mesmo, extinguir alguns dos animais terrestres.
Porém os insetos como grupo, permanecem como a única barreira biótica ao domínio total do
homem, visto que a capacidade adaptativa dos insetos e amplamente conhecida. Além disso,
os insetos ao longo dos milênios passaram por várias transformações que permitem a sua
adaptação aos mais variados ambientes, entre elas podemos destacar as seguintes:
Exoesqueleto permite aos insetos uma grande área de inserção muscular, facilita o
controle da evaporação e protege os órgãos internos.
Tamanho pequeno faz com que os insetos necessitem de pouco alimento, facilita a
fuga, porém o fato de serem pequenos faz com a superfície total do corpo seja muito
maior que o volume, aumentando a evaporação do corpo o que consiste numa
desvantagem.
Metamorfose completa, o fato de passarem por vários estágios faz com que os insetos
possam viver em diferentes hábitats, permite a larva e ao adulto viverem em condições
totalmente diferentes.
Importância dos Insetos como Grupo de Animais e suas relações com o Homem
2. INSETOS ÚTEIS
Os benefícios mais óbvios dos insetos provêm de suas atividades: abelha - mel,
própolis, geléia real, cera; bicho da seda – seda; cochonilhas - laca e tintas.
MEL:
1Kg de mel → 80 a 169 mil viagens → grande quantidade de flores (≈ 1.500.000)
Cera: 1Kg de cera → 6 Kg de mel
Os produtos mais importantes, de uma colônia de Apis mellifera são: mel; cera;
propólis; e geleia real. Como subprodutos têm-se ainda o pólen e o veneno das abelhas que é
empregado para combater artrite e reumatismo.
As atividades dentro de uma colmeia são intensas. Uma colmeia pode ter mais de
sessenta mil abelhas, sendo que para a produção de um Kg de mel são necessárias entre
oitenta e cento sessenta mil viagens a uma infinidade de flores. Para a produção de cera são
necessários cerca de 6 Kg de mel para a produção de um Kg de cera, que é utilizada para a
fabricação de velas, sabonetes, cremes, polidores, papel carbono, produtos elétricos e outros.
SEDA:
1 Kg de seda → 6 mil casulos de Bombyx mori (Linn.)
O fio da seda provém da saliva da larva de Bombyx mori, o bicho da seda, que vem
trabalhando para o homem a mais de 35 séculos, sendo que por mais de 2.000 anos apenas
os chineses conheciam o bicho-da-seda, impedindo a sua saída da China, com penas severas
quem tentasse contrabandea-los, até que em 555 d.C. dois monges levaram alguns casulos
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LACA:
TINTAS:
b) Insetos na Medicina
- Alantoina
- Veneno de abelhas e vespas
- cantaridina
Quando o transporte de pólen da flor masculina para a flor feminina é feita pelos
insetos, o fenômeno é denominado entomofilia.
Muitas plantas dependem dos insetos, este tipo de polinização (feita pelos insetos) é
conhecido como entomofilia, sendo que os principais polinizadores são os Himenópteros do
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grupo Apoidea, conhecidos genericamente por abelhas. Além deles existem outros insetos
como moscas, mariposas e alguns besouros.
Insetos como alimento, muitos animais tem nos insetos uma importante fonte de
alimento, não se excluindo o homem que em muitos lugares mata sua fome consumindo
insetos. Existindo inclusive algumas receitas como a do doce de gafanhoto, que tem como
ingredientes: 2 xícaras de açúcar; 2/3 de xícara de nata; 1 pitada de sal; 1 colher de sopa de
manteiga; 1 colher de chá de baunilha; 60 gramas de chocolate amargo; meia xícara de
gafanhoto torrado
f) Os Insetos e as Plantas
Controle de plantas, o controle que os insetos exercem sobre as plantas é muito
grande. Certas plantas certamente iriam competir e dominar determinados ambientes se não
fosse a ação de uma série de insetos que controlam o crescimento destes vegetais muitas
vezes sem que o homem perceba.
Insetos e seu valor estético, as borboletas certamente são os insetos mais apreciados
pelo homem. Despertando a imaginação de vários artistas, que criam pinturas, poemas,
fábulas e músicas utilizando os insetos como enredo.
2. INSETOS NOCIVOS
d) Insetos Venenosos
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Tetocuticula
Epicuticula Ceras
Polifenóis
Cutículina
A. CUTÍCULA Exocuticula
Procutícula
Endocuticula
B. EPIDERME
C. MEMBRANA BASAL
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1.2. CUTÍCULA
a) Epicutícula
b) Exocutícula
c) Endocutícula
1.3. EPIDERME
É a parte celular do tegumento, portanto VIVA, cuja função precípua é a formação da
cutícula; produz a QUITINA.
Esclérito
3. HETERONOMIA
1. INTRODUÇÃO
A cabeça é a primeira região do corpo de um inseto e seu centro sensorial, uma vez que
apresenta as ANTENAS, as peças do APARELHO BUCAL e os OLHOS COMPOSTOS e
SIMPLES, além de conter os GLÂNGLIOS CEREBRAIS.
OBS.: No ímago ou inseto adulto, a cabeça se apresenta como uma caixa craneana
rígida, de forma variável, oriunda da fusão de 6 (seis) metâmeros, que de acordo com
COMSTOCK são:
a) Ocular ou Protocerebral
b) Antenal ou Deutocerebral
c) Segundo Antenal ou Tritocerebral
d) Mandibular
e) Maxilar
f) Labial ou Segundo Maxilar
2. FORMAS DA CABEÇA
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a) Cônica
b) Triangular
Bastante variável, podendo ser c) Alongada
d) Globular
e) Linear
3. TIPOS DE CABEÇA
Eixo do Corpo
3.1. Prognata
3.2. Hipoganata
3.3. Opistognata
4. SUTURAS DA CABEÇA
São linhas, cristas ou sulcos existentes, que servem de limite entre as várias áreas ou
regiões em que se divide a cabeça de um inseto.
Metópica
a) Epicraneal
Frontais
b) Clipeal ou Epistomal
c) Labro-clipeal
d) Oculares
e) Antenais
f) Sub-oculares
g) Sub-antenais
a) Fronte
b) Clipeal
c) Parietais
d) Têmporas
e) Genas
f) Vértex
g) Epicrânio
5.
6. OLHOS DOS INSETOS
Princípios de Entomologia Agrícola 27
Exemplos:
Ocelos
Ocelos Dorsais
Laterais
7. APÊNDICES CEFÁLICOS
OBS.: Extremidade – é todo apêndice do corpo do inseto, que seja consagrado ao serviço
das seguintes funções:
a) Locomoção
b) Sentido Táctil
c) Apreensão de Alimento
a) As Antenas
1. CONCEITO
As peças bucais, apesar de diferirem bastante em forma, arranjo, tamanho e função, entre
os vários grupos taxonômicos, apresentam certas estruturas, que estando quase sempre
presentes, podem ser tomadas como básicas para o seu estudo.
Tomando-se como TÍPICO, o aparelho bucal de um indivíduo ORTOPTERÓIDE,
podemos estudar as seguintes peças:
Cardo
Estipe
UM PAR DE MAXILAS (Mx) Lacínia
Gálea
Palpo Maxilar
Submento
Mento
LABIUM ou LABIO INFERIOR (LI) Palpo Labial
Glossas
Paraglossas
HIPOFARINGE (Hpf)
EPIFARINGE
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2.1. LABRO
Clípeo
Labro
2.2. MANDÍBULAS
* Modelar cera
* Transportar
* Perfurar
* Defesa
2.3. MAXILAS
Apêndice formado pela fusão de um par de maxilas (por isso chamado também
as
de 2 MAXILAS). E a peça mais ventral e posterior da cabeça e sofre modificações profundas,
produzidas pela especialização da maneira de vida e de alimentação.
2.5. HIPOFARINGE
que a EPIFARINGE.
2.6. EPIFARINGE
Moedor
MASTIGADOR OU TRITURADOR Preensório
Sugador
Espatulado
Hemipteróide
Dipteróide
PUNGITIVO Dipteróide especial
Sifonapteróide
Anopluróide
LABIAL * Tysanopteróide
SUGADOR
NÃO PUNGITIVO
MAXI LAR
LAMBEDOR
RASPADOR SUGADOR
ABORTADO
Pode ser:
Levando em conta a persistência ou não do mesmo tipo de aparelho bucal nas formas
imaturas (larvas e ninfas) e nos adultos. Brauer dividiu os insetos em três grupos:
4.1. MENORRÍNCOS
São os que apresentam aparelho bucal sugador labial pungitivo, tanto na forma
jovem como na adulta.
4.2. MENOGNATOS
São os que apresentam aparelho bucal mastigador, tanto na forma jovem como na
adulta.
4.3. METAGNATOS
AS ANTENAS
1. CONCEITO
É formada por três partes, sendo as duas primeiras únicas e articuladas, e a terceiras
compreendendo um número variável de ANTENOMEROS, por isso multiarticulada, e que são
respectivamente: ESCAPO, PEDICELO e FLAGELO ou CLÁVULA.
2.1. ESCAPO
2.2. PEDICELO
2.3. FLAGELO
Sua função é tipicamente sensorial, podendo ser também táctil, olfativa e auditiva.
4. TIPOS DE ANTENAS
As antenas apresentam uma grande variedade e formas, de acordo com o aspecto dos
antenômeros do flagelo, fazendo com que as mesmas recebam denominações bastante
adequadas e sejam facilmente caracterizadas e reconhecidas.
4.1. FILIFORME
4.3. MONILIFORME
4.5. BISERREADA
4.6. PECTINADA OU PECTIFORME
4.7. BIPECTINADA
4.9. CAPITADA
4.11. PLUMOSA
4.12. ARISTADA
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4.13. GENICULADA
4.14. FUSIFORME
4.16. BIDENTEADA
4.18. FLABELADA
4.19. IMBRICADA
4.20. IRREGULAR
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MORFOLOGIA DO TÓRAX
1. INTRODUÇÃO
2.1. PROTÓRAX
2.2. MESOTÓRAX
2.3. METATÓRAX
4. ESCLÉRITOS DO TÓRAX
São as áreas de quitinização bem definidas encima das regiões dos segmentos torácicos,
separadas por linhas de suturas.
Episterno
4.2. PLEURAS
Prescuto Epímeros
4.1. NOTO Escuto
Escutelo
Pós-escutelo 4.3. ESTERNO Esternitos
5. APENDICES DO TÓRAX
1. INTRODUÇÃO
2. ESTRUTURA DA PERNA
Uma perna típica compõe-se das seguintes partes: COXA, TROCANTER, FÊMUR, TÍBIA
e TARSO.
2.1. COXA ou ANCA ou QUADRIL: Primeiro segmento da perna. Articula-se ao tórax por
meio de um côndilo que se encaixa na cavidade coxal.
2.3. FÊMUR: Terceiro segmento da perna. Geralmente o mais longo, mais robusto e sempre
uni-segmentado. Sua extremidade proximal, sempre articula-se com o trocânter.
2.4. TIBIA: Quarto segmento da perna. Geralmente mais delgado que o fêmur, embora, via
de regra tenha aproximadamente o mesmo comprimento que este. É também uni-
segmentado.
2.5. TARSO: É a ultima porção da perna e, sobre a qual o inseto se apoia. Tem, portanto a
função de pé. É uma porção nitidamente segmentada, que nos insetos adultos possuí
um número de segmentos que varia de um a cinco. Os segmentos que constituem o
tarso, são denominados TARSÔMEROS.
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3.1. HOMOMEROS: Quando possuem o mesmo número de tarsômeros nos tarso de todas
as pernas. Assim poderão ser:
a) Monomeros
b) Dimeros
c) Trimeros
d) Tetrameros
e) Pentameros
OBS.: Criptotetrâmero
Criptopentâmero
Princípios de Entomologia Agrícola 44
4. TIPOS DE PERNAS
De acordo com a função que têm à executar, as pernas dos insetos são modificadas de
várias formas atendendo à uma especialização na maneira de vida.
As modificações das pernas dos insetos são, portanto, resultado de uma adaptação
funcional, partindo do tipo primitivo, que é o AMBULATÓRIO.
4.1. AMBULATÓRIA
4.2. SALTATÓRIA
4.3. NATATÓRIA
4.4. PREENSORA
4.4. PREENSORA
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4.5. RAPTATÓRIA
4.6. FOSSORIAL
4.7. ESCANSORIAL
4.8. COLETORA
4.9. ADESIVA
C
x T
r
F
m D
i
s
c
o
s
T
s
d
e
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2. CONCEITO
Primitiva ou Originária
A Condição Áptera
Aquisitiva ou Adquirida
O problema da origem das asas tem sido muito discutido, havendo várias teorias que
apontam sua explicação. A mais aceita, é atribuída a Fritz-Müller, o qual, diz que as asas são
projeções das margens laterais do tergo e da pleura correspondente. A porção tergal originando
a lâmina superior e, a porção pleural dando origem à lâmina inferior.
Entre as duas lâminas, ficam as nervuras, que são filetes quitinizados. As nervuras podem
ser consideradas como ramos traqueais que perderam a função respiratória e foram
quitinizados.
Na maioria dos insetos as asas são mais ou menos triangulares no seu contorno,
apresentando então três margens ou bordos que são:
ma
a) Anterior ou Costal
b) Lateral ou Externo
c) Anal ou Interno ml
5. ÂNGULOS DA ASA mi
Podem ser caracterizados nas interseções das margens ou bordos. Assim, temos:
Ai
6. REGIÕES DA ASA
7. NERVURAS
Nervura é uma espécie de “cordão” saliente, que percorre toda a superfície da asa,
partindo da base para os bordos.
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NERVAÇÃO ou VENAÇÃO DAS ASAS constitui o estudo do arranjo das nervuras na asa.
Este estudo tem mostrado que existe uma venação fundamental, o qual é a mesma em todas
as ordens de insetos alados. A nervação arquétipo, teórica e completa, segundo o sistema
de nomenclatura de COMSTOCK-NEEDHAM, é a seguinte:
a) Pré-costal (Pc)
b) Costal (C)
c) Subcostal (Sc)
d) Radial (R)
e) Média (M)
f) Cubital (Cu)
g) Anal (A)
Longitudinais (nl)
As NERVURAS podem ser
Transversais (nt)
nt
8. CÉLULAS nl
9. ÓRGÃO DE ACOPLAMENTO
São órgãos que dão EFICIÊNCIA AO VÔO DOS INSETOS, pois promovem a ligação das
duas asas, fazendo que as mesmas batam juntas, em movimentos sincronizados. Desta forma,
temos:
7.1. Frênulo
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7.2. Jugo
7.3. Fíbula
7.4. Hâmulo
8.1. MEMBRANOSA
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8.2. TÉGMINAS
8.3. ÉLITROS
8.4. HEMI-ÉLITROS
8.5. FRANJADAS
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8.7. PSEUDO-HALTERES
MORFOLOGIA DO ABDOME
1. INTRODUÇÃO
Terceira região do corpo do inseto. Esta difere caracteristicamente da cabeça e do tórax,
pela simplicidade de sua estrutura, nitidez da segmentação e ausência geral de apêndices
locomotores.
A metameria do abdome é perfeitamente observada e seus somitos, bem definidos, podem
também ser chamados de URÔMEROS.
O abdome, em geral, é a parte mais volumosa do corpo do inseto, em virtude de portar os
órgãos do APARELHO DIGESTIVO e do APARELHO REPRODUTOR, daí dizermos, ser o
mesmo, o CENTRO DA NUTRIÇÃO e da REPRODUÇÃO. Ademais, esta é a principal parte do
corpo que produz os movimentos respiratórios.
6. SEGMENTOS ABDOMINAIS
Figura 1. Estrutura geral do abdome de um Orthoptera, Acrididae (De DuPorte, 1961 citado por
Romoser, 1970).
Princípios de Entomologia Agrícola 54
Figura 3. Estrutura do abdome de uma formiga. A, Formiga (estraída de Frost, 1959). B, gênero
Atta, vista lateral. C, gênero Atta, vista dorsal.
b) Segmentos Genitais
Figura 5. Genitália do macho do cicadelídeo, Draeculacephala ártica (Walker). A, vista lateral; B, vista
ventral. Estruturas externas – linhas pontilhadas; Estruturas internas – linhas contínuas.
(Borror & DeLong, 1969).
NOTA: Situações excepcionais quanto à localização da abertura genital em insetos, podem ser
observadas, em fêmeas de Ephemeroptera e Dermaptera, cujo gonóporo encontra-se atrás do
sétimo segmento abdominal. Em Odonata, semelhantemente ao que ocorre em outros insetos,
o gonóporo apresenta-se no nono segmento abdominal, enquanto o pênis, destes indivíduos
está localizado na parte ventral do segundo e terceiro segmentos abdominais. Em machos de
Ephemeroptera o gonóporo e o pênis estão pareados.
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c) Segmentos Pós-Genitais
Tergo
Placa
Esternal
8. TIPOS DE ABDOME
De acordo com a largura do abdome, em seu ponto de inserção com o tórax, podemos
classificá-los em:
a) SÉSSIL
b) LIVRE
c) PEDUNCULADO
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9. FORMAS DE ABDOME
a) FUSIFORME
b) GLOBULOSA
c) ACHATADA
d) OVÓIDE
e) BASILIFORME
10.1. GONÓPODOS
10.2. PIGOPODOS
10.3. UROGONFOS
10.4. TRAQUEO-BRÂNQUIAS
10.6. STYLI
10.7. CERCOS
2. CICLO EVOLUTIVO
Conjunto de fases porque passa um indivíduo, desde o OVO até a MORTE, passando por
metamorfoses e interagindo com o ambiente que o cerca. Compreende, portanto fase de
desenvolvimento (ovo – adulto) mais o estado de adulto propriamente dito.
3. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
a. OVO
b. Estrutura
4. DESENVOLVIMENTO PÓS-EMBRIONÁRIO
a. ECDISES
b. EXÚVIA
Do latim EXUVIAE = Pele largada por alguns animais; despojos. Portanto, nos insetos, é
a cutícula velha que o mesmo abandona.
c. ESTÁDIO
d. INSTAR
Diz respeito a idade, a forma e a cor, assumidas por um inseto, durante um estádio
particular.
5. METAMORFOSE
a. TIPOS DE METAMORFOSE
i. AMETABOLIA
ii. PAUROMETABOLIA
iii. BATMEDOMETABOLIA
iv. HIPOMETABOLIA
v. HOLOMETABOLIA
1. TIPOS DE LARVAS
a) CAMPODEIFORME
b) CARABIFORME
c) ELATERIFORME
d) CURCULIONIFORME
e) ESCARABEIFORME OU MELOLONTÓIDE
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f) CERAMBIFORME
g) BUPRESTIFORME
h) VERMIFORME
i) ERUCIFORME
2. TIPOS DE PUPAS
a) OBTECTA
b) EXARATA
c) COARTATA
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6. TIPOS DE REPRODUÇÃO
a. Oviparidade
A maioria dos insetos apresenta esse tipo de reprodução; após a união dos sexos e
fecundação dos óvulos pelos espermatozóides, a fêmea põe os ovos em algum substrato.
Pode ainda ser assexuada ou partenogenética.
b. Viviparidade
Tipo de reprodução em que os ovos são mantidos no trato genital da mãe até seu
desenvolvimento bem avançado, de tal sorte que essas fêmeas colocam larvas ou ninfas, e
não ovos.
Ovoviviparidade
c. Partenogênese
a) Partenogênese Constante
b) Partenogênese Esporádica
c) Partenogênese Cíclica
d) Partenogênese Larvária
d. Poliembrionia
e. Hermafroditismo
É a condição dos seres vivos que têm órgãos genitais dos dois sexos e pode
comporta-se como macho ou fêmea, no decurso da reprodução sexuada. É de ocorrência
rara entre os insetos. Neste caso a fecundação é cruzada, contudo em algumas espécies
pode ocorrer autofecundação.
Princípios de Entomologia Agrícola 68
O alimento ingerido pelos insetos pode ser de origem animal, vegetal, fungos ou de matéria
morta. Alguns insetos são onívoros, entretanto a maioria apresenta certa especificidade para
determinados tipos de alimentos.
1. Hábitos Alimentares
1.1. Fitófagos
São aqueles se alimentam de vegetais, e conforme a parte da planta que eles comem,
recebem denominações diferentes.
Xilófagos
Cleotrófagos
Antófagos
Micetófagos
Radífagos
Micrófagos
Filófagos
Orthoptera
Thysanoptera
Lepidoptera
Phasmida
Homoptera
Isoptera
Coleoptera
Hemiptera
OBS.: Alguns representantes das ordens:
Diptera
Hymenoptera
a) Predadores
São insetos que apresentam vida livre durante todo o seu ciclo de vida. Geralmente, o
predador é maior que a presa, generalista e requer mais de um indivíduo para completar
seu ciclo. Exemplos de algumas ordens/famílias de insetos predadores são:
Coleoptera: Coccinellidae, Carabidae;
Diptera: Syrphidae;
Hemiptera: Coreidae, Nabidae, Anthocoridae;
Neuroptera: Chrysopidae
Odonata
Mantodea
Princípios de Entomologia Agrícola 69
b) Parasitos ou Parasitóides
1.3. Saprófagos
São insetos que se alimentam de material morto animal ou vegetal em decomposição.
Algumas ordens/famílias de insetos saprófagos são:
Coleoptera: Staphilinidae.
Diptera: Sarcophagidae, Calliforidae;
Hymenoptera: Formicidae
1.4. Parasita
São insetos que vivem à custa de um hospedeiro, sem, no entanto matá-lo.
Geralmente são ectoparasitas. Exemplos de algumas ordens de insetos parasitas são:
Siphonaptera
Anoplura
Mallophaga
Hemiptera (alguns)
Diptera
2.1. Polífagos
São aqueles que se alimentam de muitas espécies, principalmente de diferentes
famílias de plantas (fitófagos) ou animais (predadores/parasitos).
2.2. Oligófagos
São aqueles que se alimentam somente de algumas espécies de plantas (fitófagos) ou
animais (predadores/parasitos), usualmente pertencentes a uma ou poucas famílias
aparentadas.
2.3. Monófagos
São aqueles que se alimentam restritamente de uma só espécie de planta (fitófagos)
ou animal (predadores/parasitos).
Princípios de Entomologia Agrícola 70
1. ENDOESQUELETO
1.1. TENTÓRIOS
1.2. ENDOTÓRAX
Compreende o endoesqueleto do tórax, que é formado por invaginações das regiões
tergais, pleurais e esternais de um segmento torácico, podendo esses apódemas serem
chamados:
1.3. ABDOME
APARELHO DIGESTIVO
1. INTRODUÇÃO
* Estomodéu
Tubo Digestivo * Mesêntero
* Proctodéu
* Glândulas salivares
Órgãos Acessórios * Cecos gástricos
* Túbulos de Malpighi
OBS.: Entre esse tubo e a parede do corpo encontra-se um espaço ocupado pela hemofinfa
(sangue do inseto), que recebe o nome de hemocele.
2. ESTEMODÉU
OBS.: Cavidade Pré-Oral ou Cibário – é o espaço formado pela disposição das peças bucais.
Não pertence ao T.D., não devendo ser confundida com a boca.
Princípios de Entomologia Agrícola 72
3. MESÊNTERO
OBS.: Câmara-Filtro – estrutura existente nos homópteros, com função de desviar o excesso
de líquido do alimento (água e carboidratos solúveis), jogando-o diretamente do
estomodéu para a porção final do mesêntero ou para o proctodéu, enquanto a parte
sólida segue seu caminho normal da digestão no mesêntero.
OBS.: Válvula Pilórica – região de constrição localizada entre o mesêntero e o proctodéu, que
tem função reguladora da passagem do alimento, entre estas duas porções do T.D.
4. PROCTODÉU
É a região posterior do T.D., a qual tem início no local de inserção dos Túbulos
de Malpighi ou interna no piloro, onde existe a válvula pilórica.
Pode ser também denominado de Intestino. Na sua estrutura mais simples é um
canal em forma de duto reto que se estende até o ânus. Todavia, a divisão mais comum
do proctodéu é em um intestino anterior, compreendendo ao ílio e ao cólon e em um
intestino posterior, formado pela ampola ou saco retal e o reto, o qual em sua
extremidade abre-se o ânus.
Função – principalmente carregar o bolo fecal para o exterior, não tendo, portanto
função digestiva. No entanto, em muitos insetos, antes da egestão do bolo fecal, ocorre uma
reabsorção de sais, aminoácidos e água, o que promove a dissecação do conteúdo fecal.
Princípios de Entomologia Agrícola 74
APARELHO RESPIRATÓRIO
1. INTRODUÇÃO
OBS.: Portanto, os insetos basicamente respiram com o abdome. Fazendo esforço para
expiração (expirar) e sendo passiva para inspirar.
Princípios de Entomologia Agrícola 75
b) Brânquias Hemolínficas
c) Osmose
Estimas Traqueiolas
Traquéias Sacos de ar
a) Estimas ou espiráculos
Quantidade Máxima - varia desde 20 no máximo (10 pares), até a não existência
(indivíduos apneusticos).
b) Traquéias
Obs.: Cada tronco-traqueial que parte dos estigmas, ramifica-se várias vezes a ponto de
existirem ramificações traqueais em todas as partes do corpo.
c) Traqueíolos
d) Sacos de ar
São expansões ou alargamentos das traquéias, destas deferindo por não apresentarem
taenídeas.
Sua função é comparável a um fole, facilitando a ventilação das taquéias durante os
movimentos de respiração rápida.
Exemplo:
São mais desenvolvidas em alguns dipteros, nos afídeos e nas abelhas.
São ausentes na sub-classe APTERYGOTA e larvas de insetos
holometábolicos.
Princípios de Entomologia Agrícola 77
Exemplo: Pragas tetrófagas - Combate com gases (expurgo) numa faixa de temperatura
mais elevada, fazendo com que os insetos aumente seu metabolismo e
consequentemente sua taxa respiratória.
4. BIOLUMINOSIDADE
A REAÇÃO:
LUCIFERASE
Luciferina (gordura) + O2 Oxi-luciferina + LUZ
APARELHO CIRCULATÓRIO
1. INTRODUÇÃO
3. VASO DORSAL
Uma anterior – a AORTA - não pulsátil, que se inicia no tórax e termina abaixo ou atrás
do cérebro;
4. HEMOLINFA - É o líquido circulante do corpo dos insetos (sangue). Conta de uma parte
líquida, chamada plasma ou hemolinfa e outra figurada formada pelos
hemócitos, também denominados leucócitos ou amebócitos, que são
inclusões celulares.
Ele irriga livremente todos os tecidos internos do corpo destes indivíduos,
penetrando nas pernas, asas, antenas, genitálias externas e outros
apêndices.
5. DIAFRAGMAS
6. SEIOS
OBS.: Nos insetos em que os órgãos pulsáteis estão ausentes, a circulação nos apêndices
pode se realizar de diversas maneiras:
8. HEMOLINFA
a) Água
b) Sais Inorgânicos – Na, K, Ca, S, Mg, Cl, P, Cb, Fe, Al, Zn, Mn, etc...
c) Materiais Nitrogenados Residuais – ácido úrico (principal), uréia, amônia (insetos
aquáticos).
d) Ácidos orgânicos – sucinato, malato, fumarato, citrato, lactato, piruvirato e alfa-
ketoglutarato.
e) Carboidratos – em forma de glicoproteínas (quando combinados com proteínas); em
forma de açucares – trehalose, glicose, frutose, ribose, etc...;
glicogênio; glicerol (insetos de clima frio)
f) Lipídeos – em forma de lipoproteínas ou em partículas de gorduras;
g) Aminoácidos – na forma livre em grande concentração, obtidos dos alimentos ou
sintetizados pelos próprios insetos;
h) Proteínas – lipoproteínas e glicoproteínas; enzimas – lipase, sacarase, protease,
amilase.
i) Pigmentos – hemoglobina, kathemoglobina (insetos hematófagos); carotenos e
xantofilas (insetos fitófagos); riboflavina e fluorcianina; clorofila.
j) Gases – CO2 e O2, em baixa concentração.
8.2. Funções
a) Regulação da pressão interna do corpo; expansão das asas, espiritromba, etc..
b) Reserva de água
c) Distribuição e transporte de nutrientes, aminoácidos, hormônios, etc...
d) Proteção – desintoxicação, através da metabolização de produtos tóxicos em não
tóxicos.
e) Excreção
f) Respiração – transporte de O2 e CO2
g) Lubrificação – facilitando os movimentos de várias estruturas.
Princípios de Entomologia Agrícola 82
SISTEMA NERVOSO
1. INTRODUÇÃO
O sistema nervoso dos insetos tem origem ectodermal, e pode ser dividido e estudado
anatomicamente, de acordo com as divisões a seguir, correspondentes às suas partes gerais.
Contudo, vale salientar que estas partes estão interligadas e formam um conjunto harmonioso e
indiviso.
É um gânglio ventral e central da cabeça, e consta pelo menos dos seguintes gânglios:
É uma série de gânglios dispostos aos pares, e seus conectivos, situados no seio
perineural. Inclui os gânglios torácicos e abdominais.
OBS.: Os nervos da cadeia ventral são constituídos de 2 tipos de fibras, as fibras sensóriais
e fibras motoras.
Compreende todos os nervos que saem dos gânglios do sistema nervo central e do
sistema nervoso visceral, formando uma delicada trama de fibras e células nervosas situadas
sob a epiderme.
5. ÓRGÃOS SENSÓRIAIS
SISTEMA MUSCULAR
1. INTRODUÇÃO
2. CLASSIFICAÇÃO
Quanto à estrutura os músculos nos vertebrados podem ser lisos, estriados e cardíacos.
Nos insetos todos os músculos são estriados, e tais estrias são normalmente nítidas e bem
visíveis. Contudo, pode acontecer das estrias não serem tão visíveis.
Nos insetos os músculos podem ser divididos em 2 grupos:
São aqueles que atuam sobre os órgãos internos. Não exibem geralmente simetria
e sua arrumação no corpo não obedece à segmentação (simetria bilateral do corpo). Exemplos:
1. INTRODUÇÃO
3.2. DUCTOS GENITAIS. Geralmente as fêmeas têm dois ovidutos que se ligam
medianamente, formando um oviduto ímpar, que se abre na vagina, através do gonóporo. Na
vagina também desemboca a espermateca e a bolsa copuladora.
3.5. BOLSA COPULADORA. É uma bolsa para recepção do esperma antes de passar
para a espermateca (Lepidoptera).
Princípios de Entomologia Agrícola 89
4. GONADOSSOMA DO MACHO
a. Um par de testículos;
b. Ductos;
c. Armazenadores de esperma.
1. INTRODUÇÃO
Para facilitar o estudo dos animais e para que se possa falar a seu respeito foi
necessário denomina-los e descreve-los, reconhecendo suas similaridades e diferenças.
As relações entre os seres podem ser por associação por contigüidade e por
semelhança.
Uma associação por contigüidade é, por exemplo, a existente entre:
Planta e solo onde vive;
O coelho e a raposa que o persegue;
Os órgãos de um indivíduo, etc...
A associação por semelhança é o fato de juntar coisas diferentes devido possuírem uma
ou mais características em comum. Exemplo:
Animais que têm pêlo e mamas, num grupo que denominamos Mamíferos;
Animais que exoesqueleto e apêndices articulados, num grupo que denominamos
Artrópodes;
Animais que 6 pernas e corpo dividido em 3 partes, num chamado Insecta; etc...
2. TAXONOMIA E SISTEMÁTICA
2.1. Taxonomia
É o estudo dos métodos e teorias que agrupam os seres vivos, sua classificação,
identificação, descrição e nomenclatura.
É a ciência que descreve e dá nome as categorias taxonômicas.
É o estudo teórico da classificação, incluindo as respectivas bases, princípios,
normas e regras. Podemos dizer que os organismos são a matéria prima da
classificação e as classificações são a matéria prima da taxonomia.
OBS.: A linha evolutiva é traçada, com base em critérios dos tipos ecológicos,
paleontológicos, etc...
2.2. A Sistemática
É o estudo científico das formas dos organismos, sua diversidade e as relações entre
eles.
Para que o estudo científico dos organismos, sua diversidade e as relações entre
eles seja possível, é necessária uma atividade de classificação e nomenclatura.
OBS.: Taxonomia não sinônimo de Sistemática, pois além da sua classificação, esta ultima
compreende também o estudo da diversidade dos organismos, as relações entre eles,
sua origem e evolução.
Superclasse
CLASSE
Subclasse
Superordem
ORDEM
Subordem
Superfamília
FAMÍLIA
Subfamília
Tribo
Subtribo
GÊNERO
Subgênero
ESPÉCIE
Subespécie
Princípios de Entomologia Agrícola 92
5. NOMENCLATURA ZOOLÓGICA
a) Código de Ética;
b) Transliteração e Latinização de Palavras Gregas;
c) Latinização de Nomes Geográficos e Próprios;
d) Recomendação para Formação de Nomes;
e) Recomendações Gerais
f) Constituição da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica.
OBS.: Lei de Prioridade – nome válido de um táxon é o nome disponível mais antigo aplicado
a ele e que não seja anterior ao ano de 1758, e que não seja invalidado por quaisquer
disposições do CINZ.
6.1. Uninominais
Estes são expressos por uma só palavra, um substantivo, e servem para nominar as
categorias de FILO até SUBTRIBO, ao quais devem ser escritos com inicial maiúscula e não
são “grifados” (i.é, não destacados no texto); já para o táxon Gênero, escrito uninominal,
este deve ser escrito com inicial maiúscula e “grifado”.
Exemplos:
Cosmopolites spn.
Cosmopilites spp.
6.2. Binominais
Estes nomes são utilizados para designar táxons da categoria ESPÉCIE. O nome da
espécie deve ser sempre grifado, isto é, escrito em destaque no texto.
Gênero – deve ser uma palavra única (substantivo), singular, começando com letra
maiúscula;
Espécie – é meramente um aditivo modificador, não tem significado sozinho, uma vez
que muitos gêneros podem ter o mesmo epíteto especifico. É uma palavra única ou composta,
começando com letra minúscula e colocada após o gênero, devendo concordar
gramaticalmente com o mesmo. É um adjetivo.
Exemplos:
- Curculio sordidus
6.3. Trinominais
Exemplos:
6.4. Tetranominais
Estes são formados por 4 termos: gênero, subgênero, espécie, subespécie. Todos
devem ser grifafos.
Exemplo:
Partamona (Partamona) Cupira helleri (abelha Meliponinae)
Exemplos:
Ornithoptera (priamus) priamus
Melicta athalia (nevadensis) nevadensis
7.1. Tipo
7.2. Holótipo
7.3. Sintipos
São todos os espécimens de uma série – tipo e são considerados em conjunto como
“tipo” do grupo-espécie, quando o táxon do grupo espécie não tem holótipo ou lectotipo.
7.4. Neótipos
7.5. Parátipos
São assim nominados os espécimens de uma série tipo, não incluindo o holótipo.
Princípios de Entomologia Agrícola 96
ORDEM ORTHOPTERA
1. INTRODUÇÃO
Orthoptera (Olivier, 1789), do grego: Ortho = Reto; Pteron = Asa, nome alusivo à forma
ou disposição das asas anteriores sobre o corpo, quando o inseto em repouso. Esta odem
compreende mais de 20000 espécies conhecidas.
2. CARACTERÍSTICAS DA ORDEM
OBS.: Embora alguns autores incluam ainda na ordem orthoptera as BARATAS, os LOUVA-A-
DEUS e os BICHOS-PAU, a maioria dos textos hoje consideram tais insetos, como
pertencentes a outras ordens:
BLATTODEA ou BLATTOPTERA –
(do Latim: Blatta = nome genérico da
Barata ou inseto que evita a luz. Alusivo ao
fototropismo eminentemente negativo
desse insetos).
MANTODEA ou MANTOPTERA –
(do grego: Mantis = profeta; Eidos = forma.
Aparência, nome alusivo à aparente atitude
beatifica, de um profeta em oração).
PHASMIDA ou PHASMATODEA –
(do gredo: Phasma = espectro, fantasma.
Nome alusivo ao aspecto bizarro ou
horripilante de algumas espécies, quando
comparadas com os demais insetos).
Princípios de Entomologia Agrícola 97
ORDEM HEMIPTERA
1. INTRODUÇÃO
Hemiptera (Linnaeus, 1758), do grego: Hemi = Metade; Pteron = Asa, nome alusivo à
estrutura das asas anteriores dos percevejos, as quais apresentam aproximadamente a metade
basal endurecida e a metade apical membranosa. As características desta ordem são bastante
variáveis entre seus representantes, de maneira que, em ralação:
ORDEM COLEOPTERA
1. INTRODUÇÃO
COLEOPTERA (Linnaeus, 1758), do grego: Koleos = Bainha, estojo; Pteron = Asa. Nome
alusivo ao primeiro par de asas – os ÉLITROS, os quais foram transformadas num estojo
protetor, do segundo par de asas e do resto do corpo.
Insetos vulgarmente chamados BESOUROS, e largamente conhecidos, através dos seus
representantes mais comuns, tais como vaga-lumes, serra-paus, vaquinhas, joaninhas,
gorgulhos e carunchos, etc.
É a maior ordem de insetos, bem como do reino animal, representando o seu elevado
número de espécies, mais de 40% de toda a classe.
2. CARACTERÍSTICAS DA ORDEM
ORDEM LEPIDOPTERA
1. INTRODUÇÃO
ORDEM DIPTERA
1. INTRODUÇÃO
DIPTERA Linnaeus, 1758, do grego: Di = Dois; Pteron = Asa. Nome alusivo ao número de
asas visíveis nesses insetos.
Insetos grandemente conhecidos, particularmente pelas espécies domésticas comuns – as
moscas e os pernilongos (carapanãs), ou aquelas que atacam as criações de animais, como
o berne e as mutucas, ou ainda por aquelas que importunam o homem em caçadas, pescarias
ou passeios pelas zonas rurais, como os borrachudos, pium, maruins, etc...
A importância econômica sob o ponto de vista agrícola é menor, quando comparado com o
médico ou veterinário. Nos vegetais os Dípteros podem produzir deformações ou galhas; serem
encontrados no interior de frutos e troncos e minando folhas; entretanto, existem espécies úteis
no controle biológico – parasitóides e predadores.
2. CARACTERÍSTICAS DA ORDEM
ORDEM HYMENOPTERA
1. INTRODUÇÃO
2. CARACTERÍSTICAS DA ORDEM
ORDEM ISOPTERA
1. INTRODUÇÃO
ISOPTERA (Brullé, 1832), do grego: Isos = Igual; Pteron = Asa. Nome alusivo a forma,
estrutura e nervação, muito semelhante, dos dois pares de asas, na quase totalidade desses
insetos.
São insetos bastante conhecidos, mais pelos ninhos, vulgamente chamados de “cupins”, e
pelas formas aladas conhecidas por “aleluias”, do que propriamente pela sua organização
social.
Cupim é um nome genérico e ambíguo, pois denomina tanto os insetos os isópteros alados
e ápteros, quanto os seus ninhos. Outros nomes vulgares, pelos os quais podem ser também
chamados, são: térmitas, formigas brancas, formigas de asas e formigas de natal, estes últimos
menos difundidos em nosso meio.
Do ponto de vista agrícola e doméstico, os cupins são insetos importantes. Desta forma, no
meio rural cupins subterrâneos, podem ocasionar danos consideráveis à agricultura,
danificando as sementeiras, toletes de cana, manivas de mandioca, tubérculos e raízes; mudas
de eucaliptos, café, de plantas frutíferas; raízes de abacaxi, cafeeiro, socas de cana-de-açúcar,
etc.; cupins de montículo e os arborícolas prejudicam as pastagens, dificultando os tratos
culturais, danificando mourões de cercas, cochos de madeiras, cercas de estábulos; além disso,
seus ninhos podem abrigar animais peçonhentos, como cobras e escorpiões; já no ambiente
doméstico, os cupins podem comprometer a segurança dos madeiramentos das construções
(casas), dos postes, danificar móveis, assoalhos, forros, papéis, livros, tecidos, etc...
2. CARACTERÍSTICAS DA ORDEM
ORDEM TYSANOPTERA
1. INTRODUÇÃO
2. CARACTERÍSTICAS DA ORDEM
Cabeça: Hipognata, livre e sem pescoço, geralmente quadrangular, com uma saliência
ventral, cônica, com a extremidade voltada para trás;
Aparelho bucal: sugador labial triqueta (3 estiletes), conhecido como raspador
sugador ou picador sugador – é um transitório entre o mastigador e o
sugador labial; apresenta peças assimétricas;
Olhos compostos e ocelos: Olhos compostos bem desenvolvidos, algumas vezes com
poucas facetas; Ocelos em número ded 2 ou 3 nas formas
aladas, e quase sempre ausentes nas formas ápteras;
Antenas: filiforme ou monoliforme; com 6 a 10 artículos; sensílios circulares e córneos,
cujo número tem importância sistemática;
Asas: Anteriores e posteriores membranosas nuas; estreitas, longas, com poucas
nervuras; pêlos mais ou menos longos em volta das margens das asas, formando
uma franja característica;
Pernas: Ambulatórias ou cursoriais; tarsos monômeros ou dímeros;
Abdome: É séssil, fusiforme ou cilíndróide, com 11 segmentos, sendo 10 visíveis e o
11º muito pequeno e provido de dois pequeninos escleritos, provavelmente
cercos atrofiados;
Tipo de desenvolvimento: Paurometabolia ou por um processo particular conhecido
por remetabolia.
Princípios de Entomologia Agrícola104
1. COLETA DE INSETOS
Coletar, montar e preservar insetos é uma excelente maneira de aprender sobre eles. É
ainda uma atividade que pode se transformar num interessante hobbie. Quase não há restrições
quanto a se coletar insetos; o mesmo não pode ser dito de outros animais, ou de plantas. Você pode
defrontar-se com restrições à coleta apenas em certos parques ou reservas nacionais. Os insetos
constituem um grupo tão abundante e que se reproduz com tanta pujança que ninguém realmente
se importa com o fato de que você irá coletar alguns espécimes.
O habitat dos insetos é o mais variado possível. Você irá encontrá-los nos mais diversos
locais, e não é preciso ir muito longe para achá-los. Comece pelo próprio quintal de sua casa,
colégio, ou nas áreas de laser. Use o tempo que lhe sobra entre as aulas; aproveite as aulas de
campo de outras disciplinas, que muitas vezes criam oportunidades únicas de coleta; esteja sempre
atento e preparado, trazendo consigo um frasco de matança. Você irá encontrar insetos diferentes
em diferentes épocas do ano; os períodos de atividade dessas criaturas variam ao longo das
estações. É verdade que os insetos são mais abundantes na época das chuvas, mas isso não
significa que estejam completamente ausentes durante os meses de estiagem. É preciso saber onde
procurar.
Muitos insetos podem ser encontrados sobre plantas. Eles estão presentes também no
ambiente doméstico, às vezes em grãos alimentícios, ou em livros e papéis, ou ainda sobre os
animais domésticos ou de estimação. Alguns insetos vivem em situações ocultas, como sob pedras,
pedaços de madeira ou cascas de árvores. Frutas caídas do pé e em decomposição contém
verdadeiras comunidades de insetos. Procure no solo, entre folhas caídas, nas copas das árvores e
em pequenos corpos e cursos d'água. Lembre-se que para a sua coleção didática os insetos não
precisam ser grandes ou vistosos; basta que estejam montados corretamente.
O equipamento mais simples que você pode utilizar para coletar insetos são suas próprias
mãos (mas, cuidados com alguns insetos, eles podem causar alergias, queimaduras, injetar
substancias toxinas ou venenosas, etc...). Contudo, outros tipos de equipamentos podem ajudá-lo
nessa tarefa. Considere os seguintes:
REDE ENTOMOLÓGICA. Ótima para se capturar insetos em vôo, como libélulas, borboletas
e mariposas, moscas, abelhas, vespas, cigarras e outros.
ARMADILHA LUMINOSA. Usada para a coleta de insetos noturnos. Existem vários modelos
de armadilhas luminosas
2. MATANÇA DE INSETOS
É desejável que os insetos capturados sejam mortos o mais rápido possível, evitando que se
debatam na rede ou armadilha, e acabem por danificar apêndices como antenas, pernas, asas e
Princípios de Entomologia Agrícola105
outras partes do corpo. Existem muitas técnicas que podem ser empregadas para se matar os
insetos capturados. Podemos citar:
ÁLCOOL 70%. Os insetos são simplesmente colocados no álcool 70%, aí permanecendo.
Entretanto, nem todos os insetos podem ser mortos através desse método, que deve ser usado
principalmente para insetos pequenos a médio, para insetos de corpo mole ou delicado. Exemplos
de algumas ordens de insetos podem ser mortas através de álcool 70%:
Isoptera (cupins)
Coleóptera (Besouros, alguns)
Orthoptera (apenas os espécimes bem pequenos de grilos ou gafanhotos)
Dermaptera (tesourinhas)
Thysanoptera (tripes)
Hymenoptera (apenas as formigas pequenas)
Hemiptera, subordem Homoptera (apenas pulgões, cochonilhas e moscas brancas)
Phthyraptera (piolhos hematófagos e piolhos detritívoros)
Siphonaptera (pulgas)
O álcool 70% ou 70°GL pode ser facilmente preparado a partir do álcool 96°GL (álcool de
uso farmacêutico), ou do álcool 92,8°GL (álcool de uso doméstico) encontrado em qualquer
supermercado.
70ml de álcool 96°GL + 26ml de água = 96ml de álcool 70°GL
75ml de álcool 92,8°GL + 25ml de água = 100ml de álcool 70°GL
GASES TÓXICOS. Deve-se construir um frasco de veneno para tal fim. Sua construção é
simples: em um vidro (um frasco de maionese de 500g, vazio e com tampa, servirá muito bem)
coloca-se uma camada de gesso de uns 2 ou 3 cm; o gesso deve secar por completo, o que ocorre
em uns 2 dias. Acrescenta-se então um pouco de veneno, suficiente para umedecer (não encharcar)
o gesso. Exemplo de algumas substâncias que podem ser usadas como veneno, são:
Éter etílico ou sulfúrico - era relativamente fácil de adquirir; como o éter é um ingrediente
usado no refino e preparo de drogas ilegais como a cocaína e os lança-perfumes, sua
aquisição tem-se tornado bastante difícil ultimamente; é muito volátil.
Acetato de etila - pouco menos volátil que o éter, e de fácil aquisição (removedor de
esmalte de unhas, sem acetona).
Deve-se tomar o cuidado de identificar cuidadosamente o frasco com uma etiqueta onde se
leia "VENENO". Uma idéia bastante conveniente é envolver o vidro todo com fita adesiva forte (duct
tape), pois se o mesmo quebrar-se, os cacos não serão esparramados e sua eliminação tornar-se-á
mais fácil.
Os insetos são colocados dentro do frasco mortífero sobre uma folha de papel toalha ou
outro papel absorvente. O frasco deve ser fechado e os insetos devem aí permanecer somente até
que morram. A montagem deve ser feita tão rapidamente quanto possível após a morte dos
exemplares, para que não endureçam. Exemplos de algumas ordens de insetos que podem ser
mortas com gases tóxicos:
Diptera (moscas, mutucas etc.)
Odonata (libélulas)
Neuroptera (formigas-leão, crisopas)
Coleoptera (besouros)
Hemiptera (percevejos, cigarras, cigarrinhas etc.)
Hymenoptera (abelhas, vespas, mamangavas, formigas grandes etc.)
Lepidoptera (borboletas e mariposas)
Orthoptera (gafanhotos, esperanças, grilos, taquarinhas e paquinhas)
Phasmatodea (bichos-pau, exemplares maiores)
Mantodea (louva-a-deuses, benditos, põe-mesas)
Blattodea (baratas)
Princípios de Entomologia Agrícola106
Uma alternativa aos gases tóxicos consiste em colocar-se o exemplar num saco plástico (Zip
Loc) bem fechado e com o mínimo de ar, dentro de um freezer (-18ºC), por tempo suficiente para
que morra. Não se esqueça de identificar o inseto dentro do saquinho com local e data de coleta, e o
nome do coletor. Alguns insetos, como certas vespinhas, possuem uma grande quantidade de
glicerol no corpo, que age como um anti-congelante, e assim esse método não funciona para matar
certos insetos mesmo após dezenas de horas de congelamento.
3. MONTAGEM DE INSETOS
Os insetos que você coletou devem ser montados tão rapidamente quanto possível, para
evitar que seus apêndices e outras partes do corpo endureçam na posição errada. Se o exemplar
ressecar e endurecer, use uma câmara úmida para amolecê-lo. A câmara úmida é feita com um
vidro de ± 5 litros de capacidade, com boca larga (vidros vazios de picles são perfeitos); no fundo do
vidro coloca-se uma camada de areia (± 3cm) misturada com bolinhas de naftalina trituradas (para
prevenir mofo). A areia é umedecida e os insetos secos são colocados no vidro sobre uma folha de
papel toalha; o vidro deve ser bem fechado; os insetos amolecem em cerca de dois dias, por causa
da umidade.
A montagem é feita com alfinetes entomológicos, que variam em espessura de 000 até 10; o
comprimento é em geral de 37 a 38 mm.
Aqui estão algumas regrinhas gerais que você deve observar ao montar seus insetos:
O inseto deve ser espetado em posição rigorosamente perpendicular ao alfinete.
Os apêndices como antenas e pernas devem ficar em posição simétrica.
As antenas, quando longas, devem ser voltadas para trás e circundar o inseto.
As pernas, principalmente P3 em gafanhotos e esperanças, devem ficar distendidas e
baixas, juntas do corpo.
As margens anais das asas anteriores de borboletas e mariposas devem fazer um ângulo
de 90° com o eixo longitudinal do corpo.
As margens costais das asas posteriores de borboletas e mariposas devem fazer um
ângulo de 90° com o eixo longitudinal do corpo.
As asas de um dos lados de gafanhotos, esperanças, grilos, louva-deuses e baratas podem
ser montadas abertas.
Os apêndices são mantidos no lugar durante a fase de secagem do exemplar através de
alfinetes-guia, que JAMAIS deverão traspassar quaisquer estruturas do inseto.
09 – XI – 2006
LIMA, A. C. S.
ETIQUETA
Princípios de Entomologia Agrícola107
Um inseto, ainda que bem montado, terá pouco ou nenhum valor científico se não for
etiquetado de forma correta. Pode-se colocar no alfinete quantas etiquetas forem necessárias.
4. CONSERVAÇÃO DE INSETOS
Os insetos que são mortos com álcool a 70% devem ser conservados dentro do próprio
frasco com álcool. Em coleções desse tipo, é preciso verificar o nível do álcool periodicamente para
evitar que o material se estrague. Os insetos mortos a seco (com gases tóxicos) são guardados em
caixas de madeira com tampa de vidro, ou em gavetas entomológicas construídas especialmente
para esse fim. As caixas ou gavetas têm fundo de isopor para fixar os alfinetes. Para evitar bolor e
ataque de outros insetos usa-se pastilhas de paraformol ou bolinhas de naftalina; a naftalina ataca o
isopor se ficar em contato direto com ele; por isso deve ser colocada dentro de uma caixinha de
papelão (o fundo de uma caixinha de fósforo é um protetor perfeito).
Se os insetos mofarem, podem ser limpos com um pincel molhado no éter ou numa mistura
de éter + xilol. Insetos engordurados podem ser limpos imergindo-se os mesmos em éter por 1 a 2
dias.
Princípios de Entomologia Agrícola108
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BORROR, R. J., DeLONG, D. M. Introdução ao Estudo dos Insetos. São Paulo, Ed. Edgard
Blucher, Editora da USP, 1969, 653p.
FUTUYMA, D.J. Biologia Evolutiva. Ribeirão Preto, Soc. Bras. Gen./CNPq,1992, 646p.
GALLO, D., NAKANO, O., SILVEIRA NETO, S., CARVALHO, R.P.L., BAPTISTA, G.C. de,
BERTI FILHO, E., PARRA, J.R.P., ZUCCHI, R.A., ALVES, S.B., VENDRAMIM, J.D.,
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ROMOSER, W.S. The Science of Entomology. New York, Macmilliam Publishing Co., Inc.
SNOGRASS, R.E., EICKWORT, G.C. Principles of Insect morphology. New York, Cornell
University Press. 1993. 667p.
STORER, T.I., USINGER, R.L., STEBBINS, R.C., NYBAKKEN, J.W. Zoologia Geral. São
Paulo, Ed. Nacional, 1991. 816p.