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EXPOSIÇÃO DIDÁTICA DE SOLOS

Dicas para manutenção e uso na popularização


científica
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Reitor
Zaki Akel Sobrinho

Diretor do Setor de Ciências Agrárias


Amadeu Bona Filho

Chefe do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola


Nerilde Favaretto

Coordenador do Programa de Extensão Universitária Solo na Escola


Marcelo Ricardo de Lima

Vice Coordenadora do Programa de Extensão Universitária Solo na Escola


Coordenadora do Projeto Exposição Didática de Solos
Fabiane Machado Vezzani

Vice Coordenadora do Projeto Exposição Didática de Solos


Eloana Janice Bonfleur
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
SETOR DE CIENCIAS AGRARIAS
DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRICOLA
PROGRAMA DE EXTENSAO UNIVERSITARIA SOLO NA ESCOLA
PROJETO EXPOSIÇÃO DIDÁTICA DE SOLOS

EXPOSIÇÃO DIDÁTICA DE SOLOS


Dicas para manutenção e uso na popularização
científica

Organizadores
Marcelo Ricardo de Lima
Elen Alvarenga Silva
Fabiane Machado Vezzani

Curitiba – PR
2016
Copyright©2016 – Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do
Paraná
Os conceitos e opiniões emitidos pelos autores dos capítulos são de responsabilidade dos
mesmos. É permitida a citação desde que indicada a fonte. É proibida a reprodução parcial ou
total desta obra sem a autorização prévia, e por escrito, dos respectivos autores.

Programa de Extensão Universitária Solo na Escola/UFPR


Departamento de Solos e Engenharia Agrícola
Universidade Federal do Paraná
Rua dos Funcionários, 1540 – 80035-050 – Curitiba – PR
Telefone: (41)3350-5603
E-mail: projetosolonaescola@gmail.com
Home page: www.escola.agrarias.ufpr.br

2016 – 1a Edição
AUTORES

Marcelo Ricardo de Lima


Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia
Coordenador do Programa de Extensão Universitária Solo na Escola
Professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR
E-mail: mrlima@ufpr.br

Elen Alvarenga Silva


Licenciada em Química, Doutora em Ciência do Solo
Vice Coordenadora do Programa de Extensão Universitária Solo na Escola
Coordenadora do Projeto de Extensão Universitária Exposição Didática de Solos
Professora do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR
E-mail: elenalvarenga@yahoo.com.br

Fabiane Machado Vezzani


Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo
Vice Coordenadora do Projeto de Extensão Universitária Exposição Didática de Solos
Professora do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR
E-mail: vezzani@ufpr.br

Ainá Sant’Anna Fernandes


Estudante de Artes Visuais. Bolsista do Programa Solo na Escola
E-mail: aina.sfe@gmail.com

Bruna Ohana da Silva


Estudante de Agronomia. Bolsista do Programa Solo na Escola
E-mail: ohana.bru@gmail.com

Gabriela Nicolau Maia


Estudante de Engenharia Florestal. Bolsista do Programa Solo na Escola
E-mail: gabiih_-@hotmail.com

Leiken Lauria Weber


Estudante de Agronomia. Bolsista do Programa Solo na Escola
E-mail: leikenweber2@hotmail.com

Renata Moreira da Silva


Estudante de Agronomia. Bolsista do Programa Solo na Escola
E-mail: renata_020@yahoo.com.br

Thatiane Calixto Buba


Estudante de Agronomia. Bolsista do Programa Solo na Escola
E-mail: ohana.bru@gmail.com
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................1
2. INICIANDO A VISITA .................................................................................................................2
3. PERFIL DO SOLO .......................................................................................................................3
4. MATERIAL DE ORIGEM ............................................................................................................5
5. MAQUETE DA FORMAÇÃO DO SOLO ......................................................................................6
6. MAQUETE DO SOLO NA PAISAGEM ........................................................................................7
7. COLEÇÃO DE PERFIS DE SOLO..................................................................................................8
8. CICLO DO CÁLCIO .....................................................................................................................9
9. VIDA NO SOLO .......................................................................................................................11
10. MINHOCAS ..........................................................................................................................12
11. DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO .........................................................13
12. PINGÔMETRO .....................................................................................................................14
13. EROSÃO DO SOLO ...............................................................................................................16
14. VASOS COM OS HORIZONTES .............................................................................................18
15. ADUBAÇÃO DO SOLO .........................................................................................................19
16. CARGAS NO SOLO ...............................................................................................................20
17. ATRAÇÃO DO SOLO PELO IMÃ ............................................................................................21
18. GRANULOMETRIA DO SOLO ...............................................................................................22
19. DENSIDADE DO SOLO .........................................................................................................23
20. TERRÁRIO ............................................................................................................................24
21. AR DO SOLO ........................................................................................................................25
22. COMPACTAÇÃO DO SOLO ..................................................................................................26
23. SOLO COMO FILTRO ...........................................................................................................27
24. OBJETOS DO SOLO ..............................................................................................................28
25. ARTE COM SOLO .................................................................................................................29
26. CORES DO SOLO ..................................................................................................................30
27. TINTAS COM SOLO ..............................................................................................................31
28. ENCERRAMENTO DA VISITA ...............................................................................................32
1

1. INTRODUÇÃO
Este roteiro procura apresentar alguns detalhes práticos sobre os experimentos que
estão montados na Exposição Didática de Solos, que foi criada no Programa Solo na
Escola/UFPR em 2002.
Embora tenha sido elaborado com a intenção de padronizar as ações e explicações no
âmbito deste espaço de popularização da ciência do solo, também pode ser servir de referência
a outros espaços semelhantes, existentes em diversas Instituições de Ensino Superior (IES) no
país.
Deve ser destacado que há diferentes situações de uso de experimentos nos projetos ou
programas de popularização da ciência do solo nas diferentes IES:
a) Os experimentos localizam-se em um espaço permanente e exclusivo, como é o caso
do Programa Solo na Escola/UFPR;
b) Os experimentos localizam-se em um espaço de um laboratório didático ou sala de
aula da graduação, o qual é ocupado provisoriamente com os experimentos, que são guardados
entre uma visita e outra;
c) Os experimentos são levados até as escolas públicas ou privadas, nas quais as
atividades ocorrem no laboratório de ciências ou sala de aula.
No Programa Solo na Escola/UFPR há a clara percepção de que o espaço expositivo
existente não visa substituir o professor em sala de aula, mas apenas servir como um apoio
pedagógico. Ainda, devido ao grande número de escolas existentes, o alcance da Exposição
Didática de Solos é limitado e, portanto, jamais poderia atingir todas as escolas do município.
Assim, o papel da Exposição Didática é principalmente servir como irradiador do uso da
experimentação como ferramenta para a educação em solos.
Na Exposição Didática de Solos da UFPR os experimentos são continuamente adaptados
ao público alvo (professores e alunos da educação básica). Quando há uma percepção de que o
experimento já está devidamente testado com este público, são gerados os roteiros que ficam
disponíveis no site1 do Programa Solo na Escola/UFPR. Alguns destes experimentos também
têm disponíveis banners2 que auxiliam na explicação do fenômeno.
Recentemente estes experimentos também estão gerando uma coleção de programas
televisivos3, em parceria com a UFPR TV, que mostram em detalhes a elaboração dos mesmos.
O número e variedade de experimentos utilizados também variam em cada uma das IES
que possuem projetos ou programas de popularização da ciência do solo.
Independente da estratégia utilizada, alguns princípios são comuns e podem ser
utilizados por diversas destas iniciativas de popularização da ciência do solo.
A presente publicação visa colaborar principalmente com aquelas instituições de ensino
superior que estão começando a montar seu próprio “Solo na Escola”, mostrando aspectos do
cotidiano do uso destes experimentos na popularização da ciência do solo.

1
Os roteiros estão disponíveis no link http://www.escola.agrarias.ufpr.br/index_arquivos/experimentoteca.htm
2
Os banners estão disponíveis no link http://www.escola.agrarias.ufpr.br/index_arquivos/banners.htm
3
Os vídeos estão disponíveis no link https://vimeo.com/user8999548/videos/
2

2. INICIANDO A VISITA
a) Procure chegar, no mínimo, meia hora antes do horário previsto para a visita;
b) Por medida de segurança, abra as portas e as mantenha abertas durante toda a visita;
c) Limpe as mesas com pano e produto de limpeza;
d) Ligue o bebedouro na tomada e limpe o bebedouro;
e) Regue todos os experimentos que tem plantas (erosão, crescimento nos horizontes,
adubação, ciclo do cálcio, etc.);
f) Verifique se não há nada fora do lugar ou estragado. Não deixe lixo, restos de
experimentos, panos, vassouras, e outras coisas espalhadas pela Exposição Didática de
Solos;
g) Antes de começar a visita, sempre se apresente, deseje boas vindas, informe aos
visitantes que eles estão em uma Instituição de Ensino Superior, quais cursos de
graduação existem no campus, e deixe os visitantes à vontade para perguntar e
questionar quando desejarem;
h) Divida a turma, conforme o número de monitores presentes;
i) Sempre se lembre de pedir para os visitantes abrirem a roda para permitir que todos os
visitantes possam visualizar o que está sendo mostrado. Fique sempre atrás da mesa
para apresentar os experimentos;
j) Quando houver qualquer problema de saúde, acidente, etc. busque imediatamente
auxílio. Sempre priorize a segurança dos visitantes antes de qualquer coisa;
k) Caso seja necessário, muito cuidado ao atravessar a rua com os visitantes. Procure
sinalizar aos carros para reduzirem a velocidade, e sempre preste atenção se todos os
visitantes atravessaram a rua de modo seguro. Procure atravessar a rua próximo às
lombadas existentes na via. Lembre que um segundo de descuido pode causar um grave
acidente;
3

3. PERFIL DO SOLO
ANTES DA VISITA:
- Verificar se os horizontes do solo (A, B, C) estão expostos no barranco. Se não estiver, utilizar a
pá e enxadão para limpar;
- Caso esteja represando água dentro do perfil é necessário limpar a saída da água que deve
ficar no canto da trincheira;
- Deixar uma faca ou martelo de pedreiro no perfil para retirar as amostras na hora da visita.
Não deixar as crianças manusearem a faca. Preferencialmente devem ser deixados baldes com
amostras de cada horizonte previamente coletados, para economizar tempo durante as visitas.

Figura 1 Perfil didático de solos.

DURANTE A VISITA:
- Convide todos os visitantes (inclusive os professores) a entrar no perfil, se houver
disponibilidade de espaço para todos.
- Primeiramente comente com os visitantes que o solo não é igual em profundidade. Que para
conhecermos o solo temos que vê-lo por dentro.
- Pegue amostras do horizonte A e distribua na mão para TODOS os visitantes (até mesmo os
professores). Comente com os visitantes que esta camada do solo é chamada de horizonte A.
Diga para observarem a presença das raízes, alguns pequenos organismos (fauna do solo)
também podem ser observados a olho nú. Pergunte aos visitantes se este amostra de solo é
orgânica ou mineral. Provavelmente a maioria irá lhe responder que esta amostra de solo é
orgânica, o que é incorreto. Comente que o teor de matéria orgânica neste solo é baixo.
Também comente que solos escuros não significam solos orgânicos. Bem como, solos orgânicos
não indicam solos férteis. Diga que os solos com maior teor de matéria orgânica no Brasil
(Organossolos) são geralmente pouco férteis. Mais matéria orgânica significa que o solo tem
4

maior capacidade de reter água e nutrientes para as plantas, mas não significa que o solo tem
nutrientes. É como uma geladeira grande e vazia.
- Agora pegue amostras do horizonte B e também distribua na mão de TODOS os visitantes.
Comente que esta camada do solo é chamada de horizonte B. Agora pergunte se tem matéria
orgânica no horizonte B. Estimule os visitantes a perceber que também tem raízes no horizonte
B (embora menos) e quando estas raízes morrem também adicionam matéria orgânica. No
horizonte B deste solo o teor de matéria orgânica é bem menor. Agora pergunte se tem mais
argila no horizonte B. Provavelmente irão lhe responder que tem mais argila no B. Comente,
porém, que o teor de argila, tanto no A quanto no B é semelhante na maioria dos solos
brasileiros, e o A parece menos pegajoso, pois tem mais matéria orgânica, e esta reduz a
pegajosidade do solo. Diga que apesar de ter argila, este solo também tem grãos de areia e silte
que foram (ou serão visto) na Exposição Didática de Solos. Também diga que há solos sem
horizonte B, enquanto outros solos tem horizonte B muito espesso, às vezes com vários metros
de espessura.
- Para finalizar pegue amostras do horizonte C e também distribua na mão de TODOS os
visitantes. Peça para os visitantes não amassarem a amostra e perceberem que geralmente há
várias cores no horizonte C, apresentando um padrão mesclado. Pergunte agora qual é o
horizonte mais jovem do solo. Talvez alguns digam que o horizonte mais jovem é o A. Se alguns
responderem que é o A, pergunte novamente se o solo é originário do ar ou da rocha. Talvez aí
os visitantes percebam (ou você tenha que ajuda-los a deduzir) que o mais jovem é o C, pois é
aquele que está mais perto da rocha, que é o material de origem deste solo. Discuta que o
horizonte C é transição entre a rocha e o solo propriamente dito, e por isso a cor deste
geralmente é mesclada, pois há alguns minerais da rocha e outros formados no solo. O
horizonte C deste solo tem praticamente os mesmos teores de argila e matéria orgânica que o
horizonte B.
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4. MATERIAL DE ORIGEM
ANTES DA VISITA:
- Verificar se todas as rochas e sedimentos estão sobre a mesa e com seus respectivos nomes
(Figura 1).

DURANTE A VISITA:
- Mostrar que existem diferentes rochas e sedimentos no estado, e que cada uma delas vai
originar um solo diferente.
- Discutir que os solos são formados a partir da transformação (intemperismo) destas rochas.

Figura 2 Mesa dos materiais de origem do solo.


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5. MAQUETE DA FORMAÇÃO DO SOLO


ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Manter o quadro sempre limpo, e com as etiquetas que mostram os respectivos horizontes
(Figura 2).

Figura 3 Maquete da formação do solo.

DURANTE A VISITA:
- Mostrar que a rocha de origem vai sendo intemperizada.
- Mostrar a ordem de formação dos horizontes A-R, A-C-R e na sequência A-B-C-R.
- Relacionar a maturidade do solo com a profundidade do horizonte B.
- Mostrar no banner que além da rocha, outros fatores também contribuem na formação do
solo: clima, relevo, organismos vivos e tempo cronológico.
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6. MAQUETE DO SOLO NA PAISAGEM


ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Cuidar da maquete (Figura 3) e fazer reparos sempre que necessário.

Figura 4 Maquete da ocorrência dos solos na paisagem.

DURANTE A VISITA:
- Diferenciar os solos quanto à posição do relevo e profundidade dos solos:
Latossolo: parte superior da maquete, área plana favorece o intemperismo formando
solos profundos
Neossolo/Cambissolo: encosta da maquete, maior erosão solos menos profundos
Gleissolo/Organossolo: parte baixa da maquete local de acúmulo de sedimento e água
(Lençol freático em superfície).
- Ressaltar que em lugares planos a água infiltra e favorece a formação de solos mais
profundos. Em lugares declivosos, parte da água infiltra, mas outra parte da água escorre por
cima do solo, transportando junto com ela o horizonte superficial. Por isso nas áreas mais
declivosas os solos geralmente são menos profundos. O material erodido das partes mais
declivosas é depositado nas partes mais baixas do terreno. Na beira do rio os solos são
acinzentados e com muita matéria orgânica, devido ao excesso de água.
- Mostrar horizonte A, B e C, destacando a profundidade de cada um em cada parte do relevo.
- Mostrar o banner que está localizado atrás da maquete.
- Introduzir o conhecimento de matéria orgânica e a vida no solo no horizonte A para fazer
ligação com os experimentos posteriores.
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7. COLEÇÃO DE PERFIS DE SOLO


ANTES DA VISITA:
- Verificar se os perfis de solo (Figura 5) estão em ordem e se o local está limpo.

Figura 5 Mostruário de perfis de solos representativos.

DURANTE A VISITA:
- Mostrar os diferentes solos que podem ser formados, principalmente quanto a cor e
profundidade.
- Procurar relacionar os perfis com a maquete vista na mesa anterior. Mostrar o solo profundo
que ocorre nos locais mais planos. O solo raso que ocorre nos locais mais declivosos. O solo
acinzentado e o orgânico que ocorrem próximos ao rio.
- Mostrar o banner das principais classes de solos que ocorrem na região.
- Mostrar que existe o mapa de solos do estado. Informar ao professor onde encontrar este
mapa4.

4
No caso do Paraná informar que o Mapa Simplificado de Solos do Paraná foi distribuído para todas as escolas
estaduais, e também está disponível no site do Programa Solo na Escola/UFPR (www.escola.agrarias.ufpr.br).
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8. CICLO DO CÁLCIO
ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Regar o vaso com a planta sempre que necessário. Quando as plantas em uso estiverem
senescentes, semear novas para realizar a renovação quando as plantas em uso vierem a
morrer.
- Verificar se todos os demais itens da mesa estão limpos e organizados na mesa (Figura 6).

Figura 6 Mesa do ciclo do cálcio.

VISITA:
- Iniciar a conversa perguntando se os visitantes já ouviram falar que o cálcio é importante para
o ser humano. Pergunte se sabem onde tem bastante cálcio (Ca) no nosso corpo. Se
responderem os ossos, pergunte de onde veio este cálcio, e comece a discussão.
- O cálcio fica armazenado nas plantas e nos dentes e ossos dos animais e seres humanos.
Mostrar os ossos da mesa.
- Pergunte de onde veio o cálcio dos ossos. Estimule o visitantes a lembrarem do leite.
- O leite que é embalado em caixinha ou saquinho e é consumido pelos seres humanos. Mostrar
a caixa de leite e indicar na composição nutricional que tem cálcio. Agora pergunte de onde
veio o cálcio do leite. Caso tenha algum aluno com intolerância à lactose também pode ser
citado o leite de soja, que também é uma fonte de cálcio.
- Discuta que o cálcio do leite veio da vaca. Mostre a vaquinha. Pergunte de onde veio o cálcio
da vaca.
- Discuta que o cálcio da vaca veio das plantas que ela comeu. Mostre o vaso com grama.
Pergunte de onde veio o cálcio da grama. Discuta que o cálcio da grama veio do solo.
- Abordar que o Ca chega na água do solo (solução do solo) para, então, ser absorvido pelas
raízes e translocado até a parte aérea das plantas. Pergunte de onde veio o cálcio do solo.
- Discuta que o agricultor colocou calcário no solo (mostre o calcário em pó) e que este tem
cálcio. Pergunte de onde veio o calcário em pó.
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- Explique onde existe muito calcário no seu estado5, onde esta rocha é minerada e moída.
- Discuta que o cálcio retorna ao solo e fecha esse ciclo quando as plantas e os animais morrem,
inclusive a vaca.
- Para fixar o conteúdo repita o ciclo mais rapidamente perguntando aos visitantes: de onde
veio o cálcio do osso? De onde veio o cálcio do leite? De onde veio o cálcio da grama? De onde
veio o cálcio do solo? De onde veio o calcário moído?

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No caso do Paraná é encontrado principalmente na região do vale do rio Ribeira, como em Almirante Tamandaré,
Rio Branco do Sul, Tunas do Paraná, entre outros municípios.
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9. VIDA NO SOLO
ANTES DA VISITA:
- Verificar se as placas com os fungos e bactérias estão em ordem. Uma vez ao mês
providenciar novas placas.
- Ligue as lupas nas tomadas e o computador para passar as imagens dos organismos do solo.

DURANTE A VISITA:
- Começar perguntando se o solo é vivo ou morto?
- Abordar que diferentes organismos de diferentes tamanhos e forma vivem no solo.
- Nascem, comem, crescem e se reproduzem no solo e permanecem nele até a morte.
- Por isso, formam galerias (poros), consomem / quebram os resíduos das plantas, deixam seus
próprios resíduos (excrementos), e seus corpos viram matéria orgânica.
- Por isso, o solo é um sistema vivo.
- Mostre a fauna do solo (insetos, aracnídeos, miriápodos, larvas, etc.)
- Mostre as placas com as bactérias e os fungos do solo;
- Mostre a amostra de um pedaço de cupinzeiro, indicando a ação “construtora” da fauna do
solo.

DEPOIS DA VISITA:
- Deixar a mesa sempre limpa e organizada.

Figura 8 Mesa da vida no solo


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10. MINHOCAS
ANTES DA VISITA:
- Retirar CUIDADOSAMENTE uma porção de vermicomposto da caixa que contenha algumas
minhocas e colocá-las em um prato que fica sobre a mesa.

VISITA:
- Abordar o que é vermicomposto: produto da digestão das minhocas e dos microorganismos
existentes no solo.
- Informar que as minhocas usam um pouco dos nutrientes, que estavam nos resíduos
orgânicos, e o restante fica no vermicomposto.
- Quando se adiciona vermicomposto ao solo, esses nutrientes servem de alimento para as
plantas, como um adubo.
- Ressaltar a produção de chorume, quando se produz vermicomposto, e que também pode ser
utilizado em fertirrigação.
- Abordar o aspecto físico que as minhocas contribuem para o solo: formação de galerias
(macroporos) que servem para drenagem de água e nutrientes (“leva nutrientes para mais
longe”), e fornecer ar para as raízes.

DEPOIS DA VISITA:
- Devolver CUIDADOSAMENTE as minhocas que foram retiradas da caixa. Cobrir as minhocas
com cuidado para não machucá-las, nem deixá-las expostas ao ar.
- Colocar alimento na caixa de minhocas semanalmente. Evitar alimentos ácidos e que
produzam muito líquido, como tomate, laranja, limão, abacaxi, entre outros. Também não
colocar resíduos de origem animal e gordura. Sempre observar se não está muito úmido, ou
seco, ou se há feito fétido, que pode indicar que algo está errado.
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11. DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA


ORGÂNICA DO SOLO
ANTES DA VISITA:
- Coletar matéria vegetal verde e colocar no pote da esquerda (Figura 8).

Figura 9 Mesa da decomposição da matéria orgânica do solo

DURANTE A VISITA:
- Destacar que ao longo dos potes, as folhas vão perdendo água e nutrientes, que vão ser
incorporados ao solo. Ressaltar que no último pote a matéria orgânica está humificada e faz
parte do solo.
- Explicar que não somente as folhas depositadas no solo geram húmus, mas também, resto de
flores, frutos, estercos e animais mortos.
- Falar sobre a importância da matéria orgânica para o desenvolvimento e crescimento das
plantas, bem como associar ao horizonte A.
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12. PINGÔMETRO
ANTES DA VISITA:
- Verificar a quantidade e o estado da superfície do solo (não deve ter selamento superficial) no
pote sem cobertura vegetal.
- Verificar no pote com a vegetação se as plantas estão verdes e vivas.
- Verificar se as garrafas estão com água.

Figura 10 Mesa do pingômetro (impacto da gota da chuva no solo).

DURANTE A VISITA:
- Começar pelo pote de solo com cobertura viva.
- Destacar a importância da vegetação (quebra da energia cinética da gota, diminuindo o
impacto no solo e evitando a perda).
- A seguir mostrar o impacto da gota da chuva no solo descoberto. Mostrar aos visitantes que a
gota da água cai diretamente sobre o solo, quebra a estrutura do solo e lança os grãos do solo
para todo lado. Pergunte se os visitantes já viram uma parede branca ao lado de um solo
descoberto, como fica toda suja a parede.
- Dependendo do público: falar sobre esse tipo de erosão, que é pelo impacto da gota da água,
que aí já começa a erosão.
- Também destacar sobre a perda de solo e seu destino.
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DEPOIS DA VISITA:
- Limpar os compartimentos.
- Verificar se as garrafas estão com água
- Manter a cobertura vegetal adequada (irrigação e replantio sempre que necessário).
- É preciso atentar para que as plantas sempre estejam com boa apresentação. Para isso,
quando as plantas em uso estiverem morrendo, cortar outro pedaço de grama e colocar no
lugar.
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13. EROSÃO DO SOLO


ANTES DA VISITA:
- Verificar se a garrafa com grama está com boa cobertura vegetal, e se não precisa ser
substituída a touceira de grama.
- Verificar se a quantidade de resíduo vegetal na garrafa plástica é suficiente para cobrir toda a
superfície do pote.
- Se necessário repor o solo na garrafa plástica correspondente ao tratamento descoberto para
que fique com a mesma quantidade de solo que os demais potes (com resíduo vegetal e com
cobertura viva).

Figura 11 Experimento da erosão do solo, com as amostras com cobertura viva (esquerda),
morta (centro) e solo descoberto (direita).

DURANTE A VISITA:
- Começar sempre pela garrafa com cobertura, deixar a garrafa com o solo descoberto por
último, para não estragar a “surpresa”.
- Abra a torneira do solo coberto com plantas e mostre que apesar da cobertura é perdido solo
por erosão.
- Abra a segunda torneira, do solo coberto com resíduos vegetais, e também mostre que apesar
da cobertura é perdido solo por erosão.
- Abra a torneira do solo descoberto e mostre que é perdido muito mais solo, e que este solo
vai parar dentro dos rios, prejudicando os peixes, diminuindo a qualidade do solo para as
pessoas, animais e indústrias, e “entupindo” os rios e causando enchentes.
- Destacar a importância de manter o solo coberto, para evitar a perda de solo, bem como o
destino do solo erodido (assoreamento dos rios).
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- Falar sobre a erosão em sulcos e também sobre as voçorocas. Mostrar o banner que está ao
lado, mostrando erosões e voçorocas, que são etapas mais avançadas da erosão hídrica.

DEPOIS DA VISITA:
- Ao terminar de usar o experimento, limpar os potes com água, para ser usado pelo próximo
grupo.
- Verter o excesso de água da garrafa com grama, para não encharcar o solo e prejudicar a
aeração das raízes.
- Nunca deixe os potes cheios de água, pois pode servir para o desenvolvimento de vetores.
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14. VASOS COM OS HORIZONTES


ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Cuidar das plantas em cada vaso (horizontes A, B, C) (Figura 11).
- Regar os vasos uma vez por semana ou sempre que necessário, principalmente nos dias mais
quentes.
- É preciso atentar para que as plantas sempre estejam com boa apresentação. Para isso,
quando as plantas em uso estiverem no ápice, semear em novos vasos, para realizar a
renovação quando as plantas em uso entrarem em senescência.

Figura 12 Experimento do crescimento vegetal em diferentes horizontes do solo (A, B, C).

DURANTE A VISITA:
- Explicar porque a planta se desenvolve mais no horizonte A usando os temas abordados nos
experimentos anteriores: Formação do Solo; Vida no Solo; e Matéria Orgânica.
- Dar ênfase na importância da preservação de solos, citando os experimentos anteriores
(Pingomêtro e Erosão do solo) como exemplo de perda do horizonte A.
- Comentar que nas cidades, geralmente o horizonte A é removido antes da construção de
casas, prédios, ruas e escolas. Por isso, é mais difícil o crescimento de árvores e outras plantas
nas cidades. Nas escolas, em particular, comentar que provavelmente não há mais horizonte A,
pois este foi removido durante a construção e, em função disto os jardins e hortas escolares
podem estar assentados sobre o horizonte B ou C, que são menos favoráveis ao
desenvolvimento vegetal.
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15. ADUBAÇÃO DO SOLO


ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Regar os vasos uma vez por semana ou sempre que necessário.
- Cuidar das plantas em cada vaso.
- É preciso atentar para que as plantas sempre estejam com boa apresentação. Para isso,
quando as plantas em uso estiverem no ápice, semear novos vasos para realizar a renovação
quando as plantas em uso entrarem em senescência. Ao renovar o experimento sempre se
lembre de misturar o adubo orgânico ou mineral em todo o volume de solo no vaso, para
promover o crescimento do sistema radicular. Não basta colocar o adubo só na superfície.

DURANTE A VISITA:
- Explicar porque na adubação orgânica e mineral as plantas crescem mais do que no solo sem
adubação. Também se observa que no vaso com húmus as plantas crescem mais do que no
vaso só com adubação química.
- Mostrar o vermicomposto produzido no minhocário que foi aplicado no vaso, e também os
diferentes tipos de adubos meinerais que foram aplicados no outro vaso.
- Lembre ao visitante que a planta não “come” matéria orgânica, mas a presença desta melhora
a solo, pois este tem maior capacidade de reter água e nutrientes. É como ter uma geladeira
maior dentro de casa.
- Pode usar como exemplo as refeições diárias, que na adubação com vermicomposto é uma
refeição completa com arroz, feijão, salada, carne e suco de laranja. Enquanto isso, a adubação
mineral é uma refeição apenas com carne, que alimenta mas não é completa, pois dificilmente
um adubo mineral terá todos os nutrientes essenciais.
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16. CARGAS NO SOLO

ANTES DA VISITA:
- Verificar se os frascos com solo argiloso e arenoso estão com água e na condição de pasta,
evitar que fique seco ou decantado.

Figura 13 Experimento das cargas no solo

DURANTE A VISITA:
- IMPORTANTE: Verifique se o nível escolar desta turma é adequado para este experimento,
que normalmente é mais indicado para alunos dos últimos anos do ensino fundamental e
ensino médio ou técnico.
- Ressaltar que cargas opostas (positiva versus negativa) se atraem e iguais se repelem.
- Ressaltar que a maioria dos minerais do solo tem carga positiva, logo: no polo negativo da
bateria haverá maior concentração de solo, ao contrário do polo positivo que haverá a
formação de bolhas indicando que o solo está sendo repelido.
- Mostrar que no solo arenoso não há retenção de solo no polo da bateria, pois este
praticamente não tem cargas. Por isso este solo quase não consegue reter nutrientes. Lembre o
experimento da Adubação visto anteriormente.
- Mostre que no solo argiloso há maior retenção de solo no polo da bateria, indicando que este
consegue reter mais nutrientes para as plantas.

DEPOIS DA VISITA:
- Limpar os polos da bateria. Não deixar os polos da bateria em contato um com o outro.
- Fechar dois os frascos com a tampa.
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17. ATRAÇÃO DO SOLO PELO IMÃ


ANTES DA VISITA:
- Verificar se tem solo suficiente para realizar o experimento, e se os solos não estão
misturados.

Figura 14 Experimento da atração magnética do solo

DURANTE A VISITA:
- Abordar que alguns solos tem “magnetismo” (fenômeno relacionado à atração ou repulsão de
determinados objetos materiais pelo imã), principalmente os ricos em minerais
ferrimagnéticos.
- Lembre do basalto, visto na mesa das Rochas. Lembre daquele solo bem vermelho visto nos
perfis.
- Diga que esta rocha tem bastante do mineral chamado magnetita. Mostre a amostra de
magnetita e mostre que ela é atraída pelo ímã.
- Primeiro mostre o solo sem magnetita. Mostre que este solo não é atraído pelo ímã.
- Agora pegue a placa de vidro, jogue solo sobre ela e dê uma pequena batida. Mostre que o
solo grudou e mostre que tem um imã por trás do vidro.
- Discuta que a magnetita que estava no basalto, agora está no solo, e por isso este solo é
atraído pelo ímã.

DEPOIS DA VISITA:
- Retirar o solo atraído ao imã, para que o próximo grupo possa utilizar.
- Deixe a mesa limpa.
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18. GRANULOMETRIA DO SOLO


ANTES DA VISITA:
- Verificar se os frascos com as amostras de solo de diferentes texturas estão úmidas (Figura
14). Não deixar a amostra de solo submersa. Ela tem que ficar parecendo uma pasta, sem água
sobre a amostra.
- Deixe potes com água para os visitantes limparem os dedos entre uma amostra e outra.

Figura 15 Mesa da textura do solo

DURANTE A VISITA:
- Orientar os visitantes esfregar a amostra de solo molhada entre os dedos polegar e o
indicador, para que sintam a diferença das texturas.
- Orientar os visitantes para limpar os dedos entre uma amostra e outra.
- Indicar para os visitantes os solos: argiloso (partículas finas), arenoso (mais áspero e
barulhento), siltoso (mais macio, como talco). Falar que um solo argiloso não tem só argila, mas
que predomina a argila. Do mesmo modo um solo arenoso, não tem só areia, mas predomina a
areia.
- Mostrar o tamanho relativo das frações areia, silte e argila no banner atrás da mesa. Informar
que areia, silte e argila são somente tamanhos de grãos do solo. A areia é visível a olho nú, mas
um único grão de argila não pode ser visto nem com o microscópio.
- Correlacionar com o tamanho da fração do solo (cartões).

DEPOIS DA VISITA:
- Limpar a mesa
- Trocar a água para o próximo grupo limpar os dedos.
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19. DENSIDADE DO SOLO


ANTES DA VISITA:
- Verificar se as a mesa está limpa, e as garrafas totalmente preenchidas com solo arenoso,
argiloso e orgânico (Figura 15).

Figura 16 Amostras do experimento da densidade do solo.

DURANTE A VISITA:
- Se o grupo tiver maior escolaridade, você pode discutir primeiro o conceito de densidade, ou
seja massa/volume. Depois informe que os frascos tem o mesmo volume e, portanto, quem
tiver maior maior massa será aquele com maior densidade. Peça aos visitantes para lançarem
uma hipótese: qual solo terá maior e menor densidade?
- Se o grupo tiver menor escolaridade, simplesmente pergunte o que é mais “pesado”, o solo
argiloso, arenoso ou orgânico?
- A seguir peça para para levantarem os três frascos e dizerem qual é mais pesado (tem maior
massa), qual é intermediário, e qual é mais leve.
- Explique que o solo mais pesado é o mais denso, ou seja o solo arenoso. Explique que o solo
intermediário é o solo argiloso. E, por fim, explique que o solo orgânico é menos denso.
- Se o grupo tiver maior escolaridade, pergunte então para qual é o solo menos poroso, com
base neste experimento. Deixe os visitantes formularem hipóteses. Depois explique que o solo
arenoso é o menos poroso, pois justamente é o mais denso. Se o solo arenoso tem mais massa
sólida neste frasco é porque tem menos espaço poroso e mais grãos sólidos ocupando o
volume.

DEPOIS DA VISITA:
- Limpar a mesa.
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20. TERRÁRIO
ANTES DA VISITA:
- Verificar se está tudo certo com a mesa. Sempre que necessário, fazer a limpeza da mesa ou
adição de água no terrário (Figura 16).

Figura 17 Experimento do terrário em um aquário de vidro com tampa.

DURANTE A VISITA:
- A ideia do terrário é reproduzir o meio ambiente vegetal para checar o ciclo completo da
água.
- Explicar que quando a temperatura sobe, a água que foi utilizada para regar, que ainda está
na terra, evapora e se junta à da transpiração das plantas, formando uma concentração de
vapor. Como o recipiente está coberto, esse vapor se condensa e forma pequenas gotas que
ficam no “teto” do recipiente, que faz o papel das nuvens. É aí que ela retorna para irrigar o
solo novamente.
- Discutir que, para entrar novamente no solo, este não deve estar compactado, caso contrário,
a água ao invés de infiltrar, irá escorrer sobre a superfície do solo e poderá causar erosão.
- Comentar que a escolha das plantas é importante, uma vez que não há como plantas úmidas
sobreviverem no mesmo local que as desérticas. Normalmente para locais úmidos podem ser
usados musgos, bromélias e azaleia e para locais secos podem ser usados cactos.

DEPOIS DA VISITA:
- Deixar a mesa limpa.
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21. AR DO SOLO
ANTES DA VISITA:
- Verificar se há torrões de solo seco no recipiente;
- Colocar água no frasco de maionese (Figura 17).

Figura 18 Experimento que comprova a existência do ar no solo.

DURANTE A VISITA:
- Perguntar para os visitantes se o solo parece mais com uma pedra ou com uma esponja.
- Colocar a pedra dentro da água e mostrar que não saem bolhas.
- Colocar o torrão de solo seco dentro da água. Levante o frasco e mostre para os visitantes as
bolhas de ar saindo do torrão dentro da água.
- Discutir que o solo é poroso, como a esponja, e que nestes poros (buracos) ficam o ar e a água
do solo. A planta precisa da água e também precisa do ar, pois as raízes respiram assim como
os seres humanos.

DEPOIS DA VISITA:
- Verificar se há torrões de solo seco no recipiente;
- Limpar o frasco de maionese e deixar água para a próxima turma.
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22. COMPACTAÇÃO DO SOLO


ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Regar os vasos uma vez por semana ou sempre que necessário, principalmente nos períodos
mais quentes do ano.
- Cuidar das plantas em cada vaso.
- É preciso atentar para que as plantas sempre estejam com boa apresentação. Para isso,
quando as plantas em uso estiverem no ápice, semear novos vasos para realizar a renovação
quando as plantas em uso entrarem em senescência. Ao renovar o experimento sempre se
lembre de compactar bem o solo molhado no vaso do solo compactado, camada a camada
dentro do vaso.

Figura 19 Experimento para comprovar o efeito da compactação no crescimento vegetal.

DURANTE A VISITA:
- O solo do vaso “compactado” foi “apertado” bem forte e que ficou duro igual a rocha que vai
estar ao lado. Perguntar para as crianças se uma planta consegue crescer em uma rocha igual
aquela, e então explicar o porquê não (crescimento radicular, busca por nutrientes e água).
- Mostrar que no vaso “não compactado” o solo é como uma esponja (mostrar a esponja ao
lado), então as raízes e a água conseguem infiltrar nos solos e as plantas se desenvolvem
normalmente.
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23. SOLO COMO FILTRO


ANTES DA VISITA:
- Verificar se os galões estão encaixados corretamente
- Verificar se a garrafa de 2 L com corante (azul de metileno) está cheia.
- Prepare o corante dentro de uma pia mais velha. Cuidado, pois o corante suja tudo. Não dilua
o corante sobre a mesa, e tenha cuidado com sua roupa.

Figura 20 Experimento do solo como filtro com solo argiloso (esquerda) e arenoso (direita).

DURANTE A VISITA:
- Mostrar que em um galão tem um solo arenoso e no outro um solo argiloso.
- Despejar uma quantidade de corante suficiente para passar em ambos os galões. E aguardar o
resultado.
- Explicar que o solo argiloso funciona com um filtro evitando que contaminantes possam
chegar até a água dos rios. O solo arenoso não tem capacidade de reter os poluentes e estes
chegam até a água que vamos captar em poços, por exemplo.
- Associe este resultado com o experimento das Cargas no Solo.

DEPOIS DA VISITA:
- Retirar a água filtrada da parte de baixo do experimento
- Limpar a mesa
- Completar a garrafa com corante. Fazer isto dentro da pia mais velha. Não fazer sobre a mesa.
Lembre que o corante pode sujar tudo, inclusive sua roupa.
- A cada duas semanas retirar o solo que está nos galões, lavar bem ou trocar as peneiras que
ficam no fundo do galão, e montar novamente para que não tenha entupimento.
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24. OBJETOS DO SOLO


ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Manter os objetos limpos e organizados na mesa (Figura 20).

Figura 21 Objetos do cotidiano feitos com o solo

DURANTE A VISITA:
- Destacar que, além da importância do solo para a agricultura e engenharia. Comente que o
solo também apresenta utilidade para a confecção de inúmeros objetos do nosso cotidiano.
- Provavelmente muitos elementos de suas casas foram feitos a partir do solo. Alguém saberia
exemplificar? Tijolos, telhas, etc.
- A partir desses exemplos podemos perceber como o solo está presente em nosso cotidiano, e
como dependemos do mesmo para a nossa habitação. Podemos ver também a versatilidade
que possui (falar de casas feitas de adobe).
- Além de ser utilizado para a habitação, o solo também é matéria-prima para a confecção de
outros objetos como: copos, garrafas, filtros de barro e objetos ornamentais e artesanais,
estando aí ligado diretamente com fatores étnicos e culturais.
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25. ARTE COM SOLO


ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Manter os objetos limpos e organizados na mesa (Figura 21).

Figura 22 Objetos artísticos feitos com o solo

DURANTE A VISITA:
- Explicar que o solo também pode ser utilizado para produções artísticas como material para a
confecção de:
a) Esculturas: essas esculturas foram produzidas a partir de massa cerâmica,
popularmente chamada de “argila”, embora nem sempre possua textura argilosa. A
plasticidade desse material, quando úmido, é o que possibilita sua utilização de forma
tão versátil, passível de ser modelado.
b) Suporte para criação de imagens: nesse caso a massa cerâmica pode ser utilizada
como um “papel” onde você desenha.
c) Matriz de gravura: a gravura é uma linguagem das artes visuais, assim como o
desenho, a pintura e a escultura. Dentro da gravura existem diversas técnicas e
materiais que podem ser utilizados como matriz, como por exemplo, o linóleo, a
madeira, metal, papelão, e também a massa cerâmica. A matriz é onde se cria imagem
através do relevo, e que depois será entintada e “carimbada” sobre o papel ou outro
tipo de superfície. É só imaginar uma bandeja de isopor: se desenharmos sobre ela
com um palito, e depois passarmos tinta com um rolinho e carimbarmos sobre o papel,
a imagem produzida será resultado dos sulcos criados com o palito, onde a tinta não
chegará.
d) Tintas: para serem utilizadas em diversas superfícies.
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26. CORES DO SOLO


ANTES E DEPOIS DA VISITA:
- Manter as amostras limpas e organizadas na mesa (Figura 22).

Figura 23 Mesa das cores do solo

DURANTE A VISITA:
- Correlacione as cores do solo com a composição do mesmo, utilizando o banner para explicar
a origem das mesmas:
a) As cores avermelhadas e amareladas são devido ao ferro (mostre os pregos
enferrujados) e lembre que o basalto visto na mesa das rochas tem bastante ferro;
b) As cores claras estão relacionadas ao quartzo (mostre o mineral quartzo e lembre
que tem muito no arenito, visto na mesa das rochas);
c) Mostre as amostras com cores escuras, e os lembre da mesa da matéria orgânica,
que torna o solo mais escuro.
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27. TINTAS COM SOLO


ANTES DA VISITA:
- Verificar se os potes de tinta não estão secos ou se está faltando tinta (Figura 23). A tinta é
feita com solos de diferentes cores, água e cola branca comum;
- Mexer um pouco na tinta para que ela fique homogênea;
- Verificar se os desenhos para serem pintados estão disponíveis;
- Verificar se a mesa está limpa e os pincéis limpos e prontos para serem usados.

Figura 24 Amostras preparadas das tintas de solo

DURANTE A VISITA:
- Explique que a utilização de solo para a confecção de tintas não é nenhuma novidade. O
homem da pré-história já o utilizava para essa finalidade. Hoje em dia existem os mais variados
tipos de tintas, específicas para cada tipo de superfície, e finalidade. No entanto, a maioria
dessas tintas envolve, em sua constituição, ou no seu processo de produção, o emprego de
materiais poluentes. Dessa forma, o solo representaria a fonte de um pigmento mais
sustentável, e o emprego de matérias-primas naturais para a produção de tintas reduziria, em
certa medida, a degradação ambiental. Por isso a importância em resgatar essas antigas
técnicas de confecção de tintas com solo e adaptá-las às necessidades atuais.
- Explique aos visitantes que as tintas presentes nos potinhos são muito simples de preparar, e
que podem ser preparadas em casa também. Basta triturar bem o solo e peneirá-lo. Em
seguida, basta adicionar um pouco de água e cola e misturar bem.
- Distribuir os desenhos para os visitantes colorirem e, se desejarem, podem levar embora após
secarem no varal.

DEPOIS DA VISITA:
- Verificar se a mesa está limpa e os pincéis limpos e prontos para serem usados;
- Após a visita fechar os potes e manter o ambiente limpo.
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28. ENCERRAMENTO DA VISITA


ANTES DA VISITA:
- Verificar se há lápis/canetas e formulários de avaliação em quantidade suficiente.

NO FINAL DA VISITA:
- Entregar lápis/caneta e ficha de avaliação a cada visitante
- Informar como preencher a ficha de avaliação
- Também entregar as avaliações aos professores acompanhantes, junto com o folder da
exposição didática.
- Explicar ao professor acompanhante que há mais informações e experimentos nos site do
projeto ou programa na Internet, e mostrar ao final do folder.
- Recolher as avaliações.
- Pedir para todos os visitantes (inclusive professores) assinarem o livro de visitantes.
- Despedir-se da turma.

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