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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS GIL VICENTE

FICHA DE TRABALHO BIOLOGIA E GEOLOGIA – OBTENÇÃO DE MATÉRIA PELOS


SERES HETEROTRÓFICOS
10º ANO | ANO LETIVO 2021-2022

GRUPO I - AS MINHOCAS IMPEDEM A ACUMULAÇÃO DE DETRITOS FOLIARES NA TERRA


Todas as plantas superiores produzem polifenóis* para defesa contra a herbivoria, acumulando estes
compostos nas suas folhas, as quais, por isso, se tornam muitas vezes indigestas para os herbívoros. Os
polifenóis influenciam a micro e a macrofauna do solo que decompõe os detritos foliares. Portanto, os
polifenóis afetam indiretamente os fluxos de nutrientes do solo e, em última análise, a renovação do carbono
e o funcionamento do ecossistema.
Os compostos polifenólicos são uma família de compostos antioxidantes e que também contribuem para a
cor das folhas. Os polifenóis ligam-se e precipitam as proteínas solúveis, impedindo a sua digestão ao inibir
a atividade de enzimas digestivas. Esta função dos polifenóis afasta os herbívoros de grande parte das
plantas.
Mas as minhocas encontraram uma forma de bloquear a função dos polifenóis. As minhocas constituem o
principal componente da biomassa animal em muitos solos e são consideradas «engenheiros do
ecossistema» devido ao seu papel fundamental na renovação da matéria orgânica.
No tubo digestivo destes anelídeos, os cientistas encontraram uma nova classe de moléculas orgânicas que
designaram drilodefensinas (inspirados no nome da superordem Megadrilacea, que inclui as minhocas).
Estas moléculas encontram-se sobretudo logo a seguir ao esófago e a sua concentração diminui ao longo
do tubo digestivo.
As drilodefensinas apoiam o papel das minhocas como «engenheiras dos ecossistemas» dentro do ciclo de
carbono, uma explicação do investigador David Spurgeon, do Centro de Ecologia e de Hidrologia do Imperial
College.
Em laboratório, os cientistas demonstraram que as drilodefensinas, além de impedirem que as proteínas
precipitem, evitam a inativação de uma enzima que é importante para a digestão das proteínas nas
minhocas. Na presença de polifenóis, os cientistas mediram um aumento da produção de drilodefensinas, o
que revela uma relação entre ambos os compostos.
Sabe-se que nenhum outro grupo de anelídeos possui drilodefensinas, o que permite supor que estas
moléculas tenham estado na génese do sucesso destes anelídeos detritivoros - as minhocas.
Por cada uma das mais de 7000 milhões de pessoas na Terra, há um quilograma de drilodefensinas
presentes em minhocas nos solos. A inexistência destas substâncias traduzir-se-ia numa catástrofe
ecológica: «sem as drilodefensinas, as folhas caídas manter-se-iam no solo durante muito tempo,
constituindo uma camada espessa. As paisagens tornar-se-iam irreconhecíveis, e todo o sistema de
reciclagem de carbono entraria em rutura.»
*Os polifenóis são polímeros orgânicos sintetizados pelas plantas e são constituídos por monómeros que
contêm um anel fenólico (anel de carbono ligado a um grupo hidroxilo).
Adaptado de www.publico.pt/2015/08/os/ciencia/noticia/as-minhocas-tem-moleculas-que-impedem-a-terra-de-se-atulhar-em-tolhas-de-arvores-170411:
www.nature.com/aracies/ncomms&60 (consultados em 32/13 2020)

1. Os polifenóis são moléculas que :


A. Permitem a digestão das folhas, para que os herbívoros utilizam as proteínas.
B. Funcionam como antioxidantes e promovem a degradação das folhas.
C. Existem no tubo digestivo das minhocas.
D. Impedem que as proteínas seja hidrolisadas por enzimas, dificultando a digestão das folhas.
2. As drilodefensinas
A. Estão concentradas após o papo e a sua concentração diminui ao longo do tubo digestivo.
B. São exclusivas da moela e contribuem para evitar a precipitação das proteínas.
C. Estão concentradas após o esófago e a sua concentração diminui ao longo do tubo digestivo.
D. Existem em todos os grupos de anelídeos e permitem a digestão das folhas.

3. Contrariamente à minhoca, a hidra possui


A. Um tubo digestivo incompleto.
B. Uma digestão extracorporal e extracelular.
C. Uma cavidade gastrovascular muito ramificada.
D. Um processo digestivo sequencial.

4. As vilosidades intestinais do ser humano têm uma função idêntica


A. À da tiflosole da minhoca.
B. À da cavidade gastrovascular da hidra
C. À do papo da minhoca
D. À da faringe da planária.

5. As proteínas digeridas nas folhas das árvoes são inequivocamente


A. Compostos ternários.
B. Compostos quaternários.
C. Moléculas com função de reserva energética
D. Constituídas por polímeros.

6. Faça corresponder cada uma das descrições relativas aos tipos de digestão, expressas na coluna A, ao respetivo
exemplo de um ser vivo, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(1) Bactéria
(a) Digestão intracelular
(2) Minhoca
(b) Digestão intracorporal
(3) Amiba
(c) Digestão intracorporal, extracelular
(4) Planária
e intracelular
(5) Cogumelo

7. Explique de que forma as minhocas impedem que se acumulem folhas das árvores na natureza.
GRUPO II – ABSORÇÃO RADICULAR

O sistema radicular contribui de um modo


especial para a fixação da planta,
desempenhando também outras importantes
funções, como a absorção de água e a captação
seletiva de nutrientes do solo.
A maior parte da água e dos solutos necessários
às actividadas das plantas são absorvidos pelo
sistema radicular.
A eficiência da captação de água pela raiz é
devida à presença de pêlos radiculares,
extensões de células epidérmicas que
aumentam muito a área da superfície da raiz em
contacto com a solução do solo, que é uma
solução mais ou menos rica em iões presente
entre as partículas do solo. Figura 1 - Raiz e pêlos radiculares

A água e os solutos, constituídos principalmente por iões minerais, uma vez chegados ao xilema da raiz,
vão ascender, constituindo a seiva xilémica, com cerca de 99% de água e numerosos iões dissolvidos.

1. Os iões minerais que estão presentes na solução do solo em concentração mais elevada do que no interior das
células epidérmicas da raiz podem _____ nestas células, através da sua membrana, por difusão _____.
A. entrar ... simples
B. entrar ... facilitada
C. sair ... simples
D. sair ... facilitada

2. A solução do solo é usualmente muito diluída e verifica-se que as raízes podem acumular iões minerais em
concentrações que são centenas de vezes maiores – nestas condições, o movimento destes iões _____ gradiente de
concentração _____ energia, entrando nas células da raiz por _____.
A. a favor do ... requer ... transporte ativo
B. a favor do ... não requer ... difusão simples
C. contra o ... requer ... transporte ativo
D. contra o ... não requer ... difusão facilitada

3. Em regra, a concentração de soluto é maior dentro das células da raiz do que no exterior, pelo que...
A. ...a água tende a entrar na planta por osmose.
B. ...a água tende a sair da planta por osmose.
C. ...o soluto tende a entrar na planta por difusão.
D. ...o soluto tende a sair da planta por transporte activo.

4. Quando, por exemplo, uma dose excessiva de adubo torna a solução do solo hipertónica relativamente às células
epidérmicas da raiz, o movimento da água leva _____ do volume vacuolar, ficando as células _____.

A. ao aumento ... plasmolisadas C. à redução ... plasmolisadas


B. ao aumento ... túrgidas D. à redução ... túrgidas
5. A acumulação de sais nos vacúolos de células vegetais provoca _______ da pressão osmótica nos vacúolos e,
consequentemente, a _______.
A. o aumento ... saída de água da célula
B. o aumento ... entrada de água na célula
C. a diminuição ... entrada de água na célula
D. a diminuição ... saída de água da célula

6. Faz corresponder a cada uma das letras das afirmações de A a E, a designação do respetivo processo de transporte
transmembranar, indicado na chave.
Afirmações
A. Expulsão de substâncias para o exterior da célula por um processo inverso da endocitose.
B. Processo endocítico em que as substâncias entram em solução através de invaginações da membrana.
C. Transporte passivo de substâncias a favor do gradiente de concentração, com intervenção de proteínas
transportadoras (permeases) da membrana.
D. Deslocação de gases e pequenas moléculas lipossolúveis, a favor do gradiente de concentração e sem
intervenção de transportadores.
E. Inclusão de macromoléculas ou agregados moleculares em que a célula emite pseudópodes que rodeiam o
material.
Chave
I. Osmose V. Transporte activo
II. Difusão simples através da bicamada fosfolipídica VI. Fagocitose
III. Difusão simples através de canais proteicos VII. Pinocitose
IV. Difusão facilitada VIII. Exocitose

7. Explica a afirmação: “Existe uma analogia estrutural e funcional entre os pêlos radiculares das raízes das plantas e
as microvilosidades intestinais dos animais, estruturas que conferem vantagens aos organismos que as possuem”.
GRUPO III – CORONAVIRUS DA SINDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE 2 (SARS-COV-2*) - COMO
ENTRA NAS CÉLULAS?

Um inimigo invisível chegou de rompante às nossas vidas e obrigou-nos a mudar muitos hábitos. Mas como
é que o novo coronavírus, SARS-CoV-2, afeta o ser humano, em caso de infeção? E porque é que pode
afetar as pessoas de forma diferente?

O SARS-CoV-2 penetra no nosso corpo geralmente através de gotículas suspensas que inspiramos pelo
nariz ou pela boca. Sabe-se que o SARS-CoV-2 é uma partícula viral (virião) um milhão de vezes menor do
que as células que infeta. Essa partícula é formada por uma membrana lipídica, uma cadeia de ácido
ribonucleico (RNA) e quatro tipos de proteínas estruturais. A proteína mais proeminente é a proteína S (do
inglès spike, que significa ponta ou estaca), e esta tem a função de detetar uma «fechadura», ou seja, de
reconhecer o recetor nas células-alvo (neste caso, a enzima ACE2) e de «abrir a porta» de entrada do vírus
nas células humanas, promovendo a fusão das membranas da partícula viral e da célula (Fig. 2). Esta fusão
permite a libertação do RNA viral no citoplasma da célula humana, onde encontra condições para se
multiplicar e formar novos vírus. Uma vez no citoplasma, o RNA viral usa os mecanismos de replicação dos
ácidos nucleicos para se replicar (formar cópias do seu RNA)
e para produzir as proteínas que formam o invólucro viral,
utilizando os ribossomas, que transformam uma sequência de
aminoácidos em proteínas. Em pouco tempo, podem ser
formadas 100 mil cópias do vírus que infetou a célula, e estas
fazem então o trajeto inverso e dirigem-se para a membrana
celular. Os novos vírus fundem-se com a própria membrana e
saem envolvidos por uma camada de lípidos com origem na
membrana celular. Podem então infetar células vizinhas e, ao
entrar na corrente sanguínea, podem infetar células de outros
órgãos que também tenham o recetor ACE2.
Figura 2 - Ligação do SARS-CoV-2 a um recetor da
célula do epitélio do sistema respiratório
*Em inglês: Severe Acute Respiratory Syndrome CoronaVirus2
Adaptado de www.publico.pt/2020/12/08/ciencia/noticia/ja-sabe-falta-saber-sarscov2-1941484 e https://national-geographic.sapo.pt/ciencia/actualidade/2396-como-o-coronavirus-
infecta-celulas-humanas-passo-a-passo (consultado em 21/12/2020)

1. Identifique o mecanismo de transporte que permite a entrada do Sars-CoV-2 na célula.

2. Enumere todos os tipos de biomoléculas referidas no texto.

3. O percurso das proteínas virais, desde que são sintetizadas até à sua secreção, é:
A. Complexo de Golgi → novos vírus → RER
B. RER → novos vírus → complexo de Golgi
C. Complexo de Golgi → RER → novos vírus
D. RER → complexo de Golgi → novos vírus

4. O processo de saída do vírus das células é


A. Um transporte em grande quantidade, denominado fagocitose.
B. Precedido pela formação de uma vesícula endocítica.
C. Um transporte em grande quantidade, denominado exocitose
D. Precedido pela ativação de proteínas no REL
5. Caso uma amostra de células humanas seja colocada num meio com ágia deslitada, verifica-se que a pressão
osmótica intracelular
A. É menor do que a pressão osmótica extracelular
B. Provoca a saída de água das células para o meio extracelular
C. Provoca a entrada de água nas células
D. É baixa, o que provoca a entrada de água nas células

6. Faça corresponder cada uma das descrições relativas aos transportes transmembranares, expressas na coluna A,
ao respetivo exemplo de um ser vivo, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Transporte que ocorre sempre com a intervenção de (1) Osmose
permeases (2) Difusão Simples
(b) Transporte que ocorre através da bicamada fosfolípidica (3) Difusão Facilitada
(c) Transporte em que o solvente passa contra o gradiente (4) Transporte ativo
de concentração de soluto (5) Exocitose

7. Explique por que razão é possível haver uma fusão entre as membranas das células humanas e as membranas
virais.
GRUPO IV – COMO É QUE AS CÉLULAS FAZEM A RECICLAGEM?

O prémio Nobel da Medicina de 2016 foi atribuído ao investigador Yoshinori Ohsumi, do Instituto de
Tecnologia de Tóquio (Japão), pelas «descobertas sobre os mecanismos da autofagia». A autofagia (ou
autofagocitose) é um processo estreitamente regulado, que desempenha uma função normal no crescimento
celular, na diferenciação e na homeostasia*, e é um dos principais mecanismos por meio dos quais uma
célula em estado de desnutrição redistribui os nutrientes.

«As descobertas de Ohsumi levaram-nos até um novo paradigma no conhecimento da forma como as
células reciclam o seu conteúdo», refere o comunicado de imprensa, que adianta ainda que os avanços do
investigador japonês revelaram a importância fundamental da autofagia em processos fisiológicos como a
adaptação à fome ou a resposta a infeções.

Na sua investigação, Yoshinori Ohsumi usou células de levedura, um modelo experimental muito utilizado
para estudar células humanas, apesar do desafio colocado por serem células muito pequenas e com
estruturas que não são facilmente visíveis ao microscópio. No laboratório, o cientista cultivou células do
fermento de padeiro sem as enzimas que ajudam o processo de reciclagem em pequenas estruturas (que
equivalem aos lisossomas nas células humanas). Depois, fez com que estas células passassem fome,
sujeitando-as então a uma situação de stress e obrigando-as a reagir. Observou que os reservatórios de
reciclagem eram preenchidos com pequenas vesículas (nas células, estas vesículas - os autofagossomas -
servem para o transporte celular até ao lisossoma)
e estudou como funcionavam. «Com esta
experiência, Yoshinori Ohsumi provou que a
autofagia também existe nas células de leveduras.
Graças a Ohsumi e a outros investigadores que
seguiram os seus passos, hoje sabemos que a
autofagia controla funções fisiológicas importantes
que são necessárias quando há componentes nas
células que é preciso eliminar ou reciclar», nota o
comunicado do comité do Nobel.

*Estado de equilíbrio resultante da autorregulação do Figura 3 - Levedura observadas ao microscópio ótico. As


levedeuras são utilizadas como modelo por serem células
meio interno em resposta as mudanças do meio eucarióticas e poderem ser cultivadas facilmente em laboratório.

externo

Adaptado de www.publico.pt/2016/10/03/ciencia/noticia/nobel-da-medicina-1745973 consultado em 21/133020

1. Indique um grupo de controlo para a experiência de Yoshinori Ohsumi.

2. Uma das variáveis independentes da experiência do Nobel da Medicina foi a

A. Utilização de leveduras.
B. Manipulação de lisossomas
C. Colocação das leveduras em stress
D. Utilização de células humanas
3. Após a autofagia,
A. Ocorre a libertação dos resíduos, para o meio extracelular, por exocitose.
B. Ocorre a libertação dos resíduos, para o meio extracelular, por endocitose.
C. Não há qualquer alteração na área da membrana.
D. Há uma diminuição na fluidez da membrana.

4. Ao contrário da autofagia, durante a heterofagia, os lisossomas ligam-se a ____ e formam ____.

A. Vesículas exocíticas... vacúolos digestivos


B. Vesículas exocíticas ... fagossomas
C. Vesículas endocíticas ... fagossomas
D. Vesículas endocíticas ... vacúolos digestivos

5. As enzimas hidrolíticas são produzidas


A. Pelo REL, passando para o complexo de Golgi, onde são ativadas.
B. Pelo complexo de Golgi e ativadas no RER
C. Pelo RER e são transportadas até ao complexo de Golgi, onde são ativadas e incluídas em lisossomas.
D. Pelo RER e são diretamente englobadas em mebranas, que originam os lisossomas.

6. Ordene as afirmações identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos


que constituem o processo de heterofagia.
A. Ocorre a digestão dentro do vacúolo digestivo.
B. Os resíduos são expulsos por exocitose
C. O lisossoma liga-se à vesícula endocítica
D. Ocorre a endocitose de macromoléculas
E. Forma-se um vacúolo digestivo.

7. Explique porque razão o modelo experimental da levedura permite compreender o mecanismo de autofagia que
ocorre nas células humanas.
GRUPO V – MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS

A bomba de sódio-potássio e os canais associados a estes iões garantem a atividade dos neurónios e a
transmissão do impulso nervoso.

Os anestésicos locais (AL) compreendem um grande número de


moléculas apolares capazes de bloquear reversivelmente a
condução do estímulo nervoso. Os mecanismos de ação dos AL
envolvem a interação com a fase lipídica membranar e com ligações
à proteína de canal de sódio (Fig.4). Por um lado, pensa-se que os
AL se ligam a uma ou mais regiões diferentes dessa proteína de
canal, bloqueando o transporte dos iões sódio. Por outro, foi
possível revelar que a distribuição de grandes quantidades de AL
na bicamada fosfolipídica é importante para facilitar o acesso destas
moléculas ao(s) sítio(s) de ligação no canal de sódio, determinando
o bloqueio nervoso. Este mecanismo sugere que os AL produzem
uma alteração na organização dos fosfolípidos - levam a uma Figura 4 - Interação dos anestésicos locais
com a fase lipídica e as possíveis vias de
expansão da área superficial e a uma diminuição da espessura da acesso a(os) sítio(s) de ligação no canal de
sódio.
bicamada -, causando uma modificação conformacional nos canais
de sódio, o que levaria à sua inativação temporária. Assim, prevê-se que a ligação de grandes quantidades
de AL na bicamada fosfolípidica provoca uma alteração na fluidez e na permeabilidade da membrana.
Adaptado de www.sciclo.br/sciclo.php?script=sci_arttext&pi-d=S0100-40422008000700032 consultado em 22/12/2020

1. O sódio difunde-se através do poro formado pelo canal de sódio

A. A favor do gradiente de concentração, por difusão simples.


B. Contra o gradiente de concentração, por transporte ativo.
C. A favor do gradiente de concentração, por difusão facilitada.
D. Contra o gradiente de concentração, por transporte passivo.

2. A atuação dos AL provoca


A. A abertura dos canais de sódio e a consequente entrada destes iões no axónio.
B. A abertura dos canais de sódio e a consequente saída destes iões do axónio.
C. O fecho dos canais de sódio e a consequente despolarização do axónio.
D. O fecho dos canais de sódio e a consequente acumulação de cargas positivas fora do axónio.

3. Como o canal de sódio é uma glicoproteínas, é possível afirmar que


A. A sua componente glicídica está voltadas para o meio intracelular
B. As ligações entre monossacarídeos estabelecem-se por hidrólise
C. Por cada nucleótido ligado é libertada uma molécula de água.
D. Apresenta ligações glicosídicas e ligações peptídicas.
4. Considere as seguintes afirmações, relativas ao mecanismo de atuação dos AL no bloqueio ao sistema nervoso.
I. O facto de os AL serem moléculas lipossolúveis permite a sua introdução na bicamada, facilitando o acesso
ao(s) sítio(s) de ligação nos canais de sódio.
II. O mecanismo de transmissão do impulso nervoso ao longo dos axónio comprova a permeabilidade seletiva da
membrana.
III. A alteração da conformação do canal de sódio pelos AL deve-se à quebra das ligações entre grupo carboxilo
e amina dos aminoácidos.

A. I e II são verdadeiras; III é falsa C. II é verdadeira; I e III são falsas


B. III é verdadeiras; I e II são falsas D. II e III são verdadeiras; I é falsa.

5. Ordene as etapas identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequências de acontecimentos


associados aos mecanismos de transmissão do impulso nervoso. Inicie a sequência pela afirmação A.
A. Estimulação de um neurónio.
B. Queda do potencial da membrana e repolarização.
C. Despolarização
D. Abertura dos canais de sódio
E. Abertura dos canais de potássio.

6. Faça corresponder cada uma das descrições da coluna A, referentes a constituintes da membrana celular, a
respetiva designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Lípido que apresenta mobilidade e é uma molécula (1) Fosfolípido
anfipática. (2) Colesterol
(b) Polímero que reconhece moléculas do meio extracelular. (3) Glicoproteína
(c) Polímero de aminoácidos, que atravessa a bicamada (4) Proteínas Transmembranar
fosfolipídica. (5) Proteína Extrínseca

7. A febre, ou pirexia, corresponde ao aumente da temperatura do corpo acida do valor normal em resposta a uma
doença ou em resultado de uma perturbação orgânica. A febre pode ser classificada como de baixa intensidade (37,8ºC
a 38 ºC), moderada (38 ºC a 39 ºC) ou alta ( mais de 39ºC). A febre pode ser benéfica, constituindo uma parte da
resposta do corpo no combate à infeção. No entando, em situações em que a febre assume valores acima de 41,7 ºC
podem ocorrer danos significativos nos neurónio.

Explique de que forma a febre acima dos 41,7 ºC pode afetar o funcionamento dos neurónios, tendo em conta as
consequências do aumento da temperatura para os canais de sódio.

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