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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - AS PLANTAS - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - - 05
A Importância das Plantas
Tendência evolutiva dos vegetais
Grandes Grupos de Plantas: A sistemática Vegetal
Briófitas
Pteridófitas
Gimnospermas
Angiospermas
Fisiologia Vegetal
Aplicação de conteúdo: Simulado
Assim, a conquista da terra firme pelas plantas tornou esse ambiente convidativo para os animais que
podiam utilizar plantas como alimento. Possivelmente, os primeiros a empreender essa conquista foram
os artrópodes primitivos, ancestrais dos insetos e dos aracnídeos atuais. Logo depois outros grupos de
animais invadiram a terra firme entre eles o grupo dos vertebrados.
Se as plantas não tivessem ocupado os continentes, não estaríamos aqui hoje. Se elas
desaparecessem, nossa sobrevivência e a de milhões de outros animais ficariam seriamente
ameaçadas, pois nos alimentamos direta ou indiretamente dos vegetais. Ao comermos pão, arroz e
batata, por exemplo, os mais tradicionais alimentos da humanidade, estamos ingerindo substâncias
orgânicas que as plantas produzem por meio da fotossíntese. Mesmo quando comemos um ovo ou um
bife, estamos ingerindo energia que as plantas captaram originalmente da luz solar: as substâncias
orgânicas que compõem as estruturas dos animais são produzidas a partir de vegetais que eles
ingeriram como alimento. Além da função de grau alimentício as plantas desenvolvem uma função de
suma importância para toda a humanidade e para todos os outros seres vivos, em relação a liberação
de gás oxigênio para a atmosfera, que é usado pelos seres aeróbicos como comburente para
substâncias orgânicas ingeridas na alimentação, sendo utilizadas pelas mitocôndrias no processo de
respiração celular promovendo a liberação de energia para o organismo, mantendo os processos vitais
dos seres vivos em geral.
No ambiente aquático, as plantas absorvem água diretamente do meio que as circunda, não existindo
células ou tecidos especializados na absorção e condução da água. No ambiente terrestre, a
quantidade de água sob forma liquida é bem menor, estando a maior parte acumulada no interior do
solo. Estruturas como rizóides e raízes, exercendo funções de absorção de água e fixação da planta ao
solo, foram positivamente selecionadas propiciando a expansão das plantas para o ambiente terrestre.
Além do problema de obtenção de água, as plantas, enfrentam o problema da perda de água devido a
transpiração. O surgimento de cutículas impermeáveis e de estruturas denominadas de estômatos,
dotadas de poros que podem abrir e fechar de modo a controlar a saída de água das plantas, também
contribui para o sucesso das plantas no meio terrestre.
Outra modificação que se mostrou altamente vantajosa foi o desenvolvimento dos tecidos de
sustentação e de transporte, ausentes nas algas e nas briófitas. Os tecidos de sustentação permitiram
que as plantas se mantivessem eretas, buscando melhores condições de luminosidade. Os tecidos
condutores permitiram a condução de água e dos sais minerais, retirados dos solo pelas raízes (seiva
bruta), para as partes superiores das plantas até as folhas, onde, através da fotossíntese, são
produzidas substancias orgânicas. Estas, juntamente com a água (seiva elaborada), são transportadas
pelos tecidos condutores, das folhas ate às raízes, distribuindo alimentos às demais células da planta.
Os tecidos de sustentação e de transporte propiciaram o surgimento de plantas de grande porte. Os
vasos condutores de seiva surgiam inicialmente nas pteridófitas, plantas consideradas as primeiras
entre as tipicamente terrestres.
Ao longo da evolução dos seres vivos, os processos reprodutivos envolvendo fenômenos sexuais, que
são aqueles em que se verifica mistura do material hereditário entre indivíduos da mesma espécie,
foram positivamente selecionados, pois mostraram-se altamente vantajosos, propiciando novas
combinações genéticas que podem dar aos indivíduos maior adaptabilidade ao meio onde vivem.
Quanto a reprodução sexuada, o grande passo que favoreceu a exploração do ambiente terrestre pelas
plantas foi a diminuição da dependência da água para a reprodução.
Nas gimnospermas e angiospermas, já não há mais essa dependência da água para a reprodução. Os
elementos reprodutores masculinos são imóveis, sendo levados até os elementos femininos através de
diferentes agentes de polinização, como vento, os pássaros e os insetos.
As plantas vasculares são geralmente divididas em dois grandes grupos informais, tendo como
critério a presença ou não de sementes, unidade reprodutiva que contém o embrião. As plantas
vasculares sem sementes são chamadas de Pteridófitas, das quais as mais conhecidas são as
samambaias e as avencas, pertencentes ao filo Pterophyta. Entre as
plantas vasculares com sementes há aquelas em que as sementes ficam
expostas externamente ao órgão reprodutivo, o que lhes valeu a
denominação de Gimnospermas (do grego gymnos, nu, e sperma,
semente), e as que têm as sementes abrigadas no interior do fruto,
sendo, por isso, chamadas de Angiospermas (do grego angion, vaso, e
sperma, semente).
Eichler dividiu o Reino Vegetal em dois grande grupos, com base nas estruturas reprodutoras:
Criptógamas (não produzem flores nem sementes – Briófitas e Pteridófitas) e as Fanerógamas
(apresentam flores e sementes – gimnospermas e angiospermas). Inclui ainda as Talófitas
(organismos cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada em raiz, caule e folhas – algas).
Briófitas
Pteridófitas
As Pteridófitas (do grego pteras, asa) são assim chamadas por apresentarem folhas recortadas que
lembram penas ou asas. Os representantes mais conhecidos desse grupo são as samambaias e as
avencas. Apesar das Pteridófitas mais conhecidas são de pequeno e médio porte, algumas espécies
chegam a alcançar grandes tamanhos, num passado evolutivo atingiam mais de 30 metros de altura.
Este grupo compreende uma variedade de plantas que habitam desde regiões úmidas até regiões semi-
desérticas.
As Pteridófitas são vegetais vasculares, isto é, portadoras de vasos condutores de seiva. Graças a esse
mecanismo eficiente de distribuição de água e alimento, essas plantas puderam espalhar-se pelos mais
diversos tipos de ambientes, diversificaram muito e há cerca de 300 milhões de anos, foram os
constituintes principais das grandes florestas que cobriam o planeta.
Atualmente, as Pteridófitas são restritas a certos tipos de ambientes, e existe cerca de 11.000 espécies
descritas.
Gimnospermas
As gimnospermas são as primeiras plantas que apresentam semente durante o processo de evolução
biológica dos vegetais. A origem do nome está relacionada com a presença destas sementes que estão
desprotegidas de frutos, isto é, sementes nuas.
Esse grupo marca evolutivamente o aparecimento das sementes como conseqüência da heterosporia,
que é a produção de dois tipos de esporos, um masculino - micrósporo, e outro feminino - megásporo.
Os elementos reprodutivos estão reunidos em estróbilos, que correspondem às flores das
gimnospermas. São plantas traqueófitas, pelo fato de possuírem vasos condutores do tipo xilema e
floema, que apareceram, pela primeira vez, durante a evolução das pteridófitas.
A partir das gimnospermas ocorre a independência da água para a reprodução, deixando de ser por
oogamia, passando a ser por sifonogamia, com o desenvolvimento de um tubo polínico, que carrega o
gameta masculino até a oosfera.
São plantas predominantemente de regiões temperadas, localizadas em grandes florestas nos Estados
Unidos e Europa. No Brasil estão localizadas principalmente na mata das Araucárias no sul do país
(pinheiro-do-paraná) e são muito utilizadas como plantas ornamentais em jardins de casas e em praças
públicas. A floresta de pinheiros do sul do Brasil é uma das grandes formações vegetais ameaçadas de
extinção. A produção de pinho na região representa 75% da produção de madeira no Brasil. Só no
Paraná, 5 milhões de hectares foram devastados em 20 anos. Não há possibilidade de recomposição,
pois as áreas são utilizadas para pastoreio ou culturas economicamente importantes. Da semente da
Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná), obtém-se o pinhão.
Os representantes mais comuns das gimnospermas são os pinheiros, pinnus, cycas, tuias, sequóias
entre outras.
As gimnospermas do grupo das coníferas são muito utilizadas na extração de madeira, papel, gomas e
resinas que são usadas como substâncias anti-sépticas. A importância prática da manutenção das
florestas é a proteção que elas representam para as bacias hidrográficas. A erosão acelerada, assim
como os desflorestamentos e as práticas agrícolas irracionais, repercutem no regime das águas, como
a diminuição das precipitações atmosféricas, tornando a região mais seca, algumas vezes até o limite
da desertificação; a deposição incontrolável de sedimentos arrastados das bacias hidrográficas por
perturbações no regime dos rios; as inundações, como as que ocorrem em vários vales de rios
brasileiros: Mearim (MA), Capibaribe (PE), Jaguaribe (CE), Sapucaí (MG), entre outros.
Angiospermas
2. Germinação do pólen
Uma vez depositado sobre o estigma, o grão de pólen germina, isto é, emite um
prolongamento-tubo polínico-que cresce através do estilete, que cresce em direção ao óvulo.
Na frente do tubo, orientando o crescimento, situa-se o núcleo vegetativo; logo atrás encontra-
se o núcleo reprodutivo. Antes de atingir o ovulo, o núcleo reprodutivo divide-se e origina dois
núcleos espermáticos haplóides, considerados os gametas masculinos. Por isso, o tubo polínico
constitui o gametófito masculino.
3. Fertilização
O tubo polínico penetra no óvulo pela micrópila e atinge o saco embrionário. A essa altura o
núcleo vegetativo degenerou e os dois núcleos espermáticos (gametas masculinos) iniciam o
processo de fertilização. Um núcleo espermático formará o zigoto ao se juntar com a oosfera, o
outro funde-se com os núcleos polares, formando um núcleo triplóide.
Após a fertilização, ocorre intenso desenvolvimento do óvulo, que origina a semente. Acompanhado o
desenvolvimento do óvulo, o ovário também cresce e transforma-se no fruto. Então,
normalmente com significativa participação do fruto, as sementes já podem ser propagadas e,
em condições favoráveis, o embrião se desenvolve e organiza uma nova planta, fechando o
ciclo reprodutivo.
Monocotiledôneas
Apresentam apenas um cotilédone (folhas embrionárias que compõem o corpo do embrião e
podem armazenar nutrientes que serão fornecidos a ele durante os estágios iniciais do seu
desenvolvimento). Seus representantes são: gramas, milho, arroz, trigo, centeio, aveia, cana-
de-açúcar, alho, cebola, abacaxi, etc.
Dicotiledôneas
Apresentam dois cotilédones. São as árvores, com exceção das coníferas, arbustos e plantas
de pequeno porte.
FISIOLOGIA VEGETAL
Conceito: É o ramo da botânica que estuda os processos e as
funções do vegetal, bem como as respostas das plantas às
variações do meio ambiente.
Absorção - Forma pela qual as plantas absorvem água e sais minerais, principalmente através da zona
pilífera podendo envolver processos sem gasto de energia (absorção passiva por meio de osmose) e
com gasto de energia (absorção ativa)
Os minerais que estão dissolvidos na água são absorvidos pela planta através da zona pilosa da raiz.
Uma vez dentro da planta passamos a denominar essa mistura de seiva bruta.
Seiva Bruta - É o conjunto da água e sais minerais (nela dissolvidos) que a planta absorve pela zona
pilosa da raiz. Circula em vasos condutores em sentido ascendente pela parte mais interna do caule.
A seiva bruta sobe desde a raiz até às folha devido, principalmente, à transpiração. A transpiração é
feita pelas folhas da planta e aspira a água pelos vasos condutores fazendo-a entrar pela zona pilosa.
As folhas têm umas estruturas minúsculas que se chamam estomas que permitem as trocas gasosas
com o meio.
As plantas possuem um pigmento verde que é responsável pela sua cor e pela absorção da energia
luminosa que se chama clorofila (encontra-se nos cloroplastos). Através da clorofila, as plantas captam
energia da luz solar que é usada, juntamente com o dióxido para transformar a seiva bruta (matéria
inorgânica) em seiva elaborada (matéria orgânica) e oxigénio (que é libertado.)
Seiva Elaborada - É um líquido xaroposo, constituído por substâncias orgânicas, como o amido,
produzidas pelas plantas e que constituem o seu alimento. Circula em sentido ascendente e
descendente, pela parte mais externa do caule.
Fotossíntese - Processo que as plantas realizam que lhes permite fabricar matérias que lhes servem
de alimento, como o amido, a partir da absorção de água e sais minerais e na presença de dióxido de
carbono e luz solar.
Muitas vezes os alimentos produzidos pelas plantas, durante a fotossíntese, não são utilizados na
totalidade e muitas delas armazenam substâncias de reserva (geralmente amido) em órgãos de
reserva, como a raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes. As substâncias de reserva servem para
que a planta consiga sobreviver a períodos de escassez e no caso das sementes para o
desenvolvimento de novas plantas uma vez que ainda não conseguem realizar a fotossíntese.
SIMULADO
Instruções
01. (UC-PE) Existem certos insetos (pulgões) que se alimentam de substâncias elaboradas pelos
vegetais. Para obtê-las, introduzem uma tromba sugadora em órgãos vegetais, principalmente nas
folhas. Para sugar as substâncias de que necessitam, devem atingir com a tromba:
A. O esclerênquima
B. O xilema
C. O floema
D. O meristema
E. O colênquima
02. (PUC-SP) O ponto de compensação fótica de uma planta é a intensidade de luz em que o volume
de CO2 produzido na respiração é exatamente igual àquele consumido pela fotossíntese. Assim, pode-
se dizer que a planta:
A. Morre quando exposta a intensidade luminosa inferior à de seu ponto de compensação fótica, ainda
que por pouco tempo.
B. Só consegue sobreviver com intensidades luminosas iguais ao seu ponto de compensação fótica.
C. Só consegue sobreviver com intensidades luminosas iguais e superiores ao seu ponto de
compensação fótica.
D. Morre quando exposta a intensidade luminosas acima de seu ponto de compensação fótica, ainda
que por pouco tempo.
E. Só consegue sobreviver com intensidade luminosa igual ou inferior ao seu ponto de compensação
fótica.
a) 1 e 4 b) 2 e 3 c) 2 e 4 d) 1 e 3
e) 1 e 2
A. IV B. III C. l e II D. II e III E. l, II e IV
08. A respeito da condução de seiva bruta nas angiospermas é correto afirmar que:
A. a seiva bruta é transportada por meio de elementos traqueais do xilema das raízes até as folhas.
B. a seiva bruta é conduzida por uma corrente descendente por meio do floema, ao longo da planta.
C. a seiva bruta é transportada da raiz até as folhas, pelos elementos crivados do xilema.
D. a transpiração nas folhas estimula o transporte de seiva bruta, que é conduzida por meio de
elementos traqueais do floema.
E. a seiva bruta é transportada das folhas até as raízes pelos elementos traqueais do xilema.
I. As algas verdes podem ser unicelulares, filamentosas ou membranosas, mas todas podem realizar
fotossíntese.
II. As algas verdes possuem, além de clorofila a e b, pigmentos outros, tais como carotenos e
xantofilas.
III. As algas podem-se reproduzir tanto sexuadamente como assexuadamente.
Estão corretas:
a) apenas I e II
b) apenas II e III
c) apenas I e III
d) todas
e) nenhuma
10. (Vunesp) A uma pessoa que comprasse um vaso de samambaia em uma floricultura e
pretendesse devolvê-lo por ter Verificado a presença de pequenas estruturas escuras, dispostas
regularmente na face inferior das folhas, você diria que:
11. (PUC-RS) Nas regiões dos manguezais é comum se encontrar raízes que crescem verticalmente do
solo e vão atingir o nível da maré alta. Elas desenvolvem estruturas para permitir a vida nestes locais e
se relacionam com:
A. melhor flutuação.
B. trocas gasosas.
C. o acúmulo de reservas nutritivas.
D. a fixação das folhas.
E. o aproveitamento do sal marinho.
12. (UFPE) O Reino Vegetal foi dividido informalmente em dois grandes grupos: Criptógamos e
Fanerógamos, considerando-se principalmente os aspectos reprodutivos. Abaixo, há uma série de
exemplos de vegetais, identificados por algarismos e algumas de suas principais características:
1) Plantas vasculares, com sementes, porém sem frutos.
2) Plantas com sistema condutor de seiva, com flores, sementes e frutos.
3) Plantas com sistema condutor, com raízes e sem sementes.
4) Plantas avasculares, com rizóides e sem sementes.
13. (FUVEST) A presença de sementes é uma adaptação importante de certos grupos vegetais ao
ambiente terrestre.
Caracterizam por apresentar sementes:
A. pinheiros e leguminosas
B. gramíneas e avencas
C. samambaias e pinheiros
D. musgos e samambaias
E. gramíneas e musgos
14. (UFGO) Na fotossíntese, ocorrem vários fenômenos importantes, com exceção de:
15. (FUVEST) O gás carbônico e o oxigênio estão envolvidos no metabolismo energético das plantas.
Acerca desses gases pode-se dizer que:
17. (FUVEST) Um pesquisador forneceu a uma cultura de algas, gás carbônico marcado com o isótopo
18
O do oxigênio. A uma segunda cultura de algas foi fornecida água com esse mesmo isótopo. As
culturas foram mantidas iluminadas por certo tempo, após o que as substâncias químicas presentes no
meio e nas células das algas foram analisadas. Além de gás carbônico, que outras substâncias
apresentarão o isótopo 18O na primeira cultura e na segunda cultura?Respectivamente:
A. Glicose e oxigênio.
B. Glicose e CO2
C. Água e glicose
D. Água, oxigênio e glicose.
E. Oxigênio.
I. Depende da temperatura.
II. Não depende da concentração de CO2
III.Em altas intensidades luminosas pode ser afetada por baixas concentrações de CO2.
Nesta questão responda:
Nome:
Data: / / Aula:
Água - É 70% do volume celular; dissolve e transporta materiais na célula; participa de inúmeras
reações bioquímicas.
Lipídios - Compostos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio; insolúveis em água e solúveis em
éter, acetona e clorofórmio. Exemplos: lipídios simples (óleos, gorduras e cera) e lipídios complexos
(fosfolipídios). Tem participação celular e fornecimento de energia através de oxidação.
Proteínas - Compostos formados por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que constituem
polipeptídios (cadeias de aminoácidos). Exemplo: Albumina, globulina, hemoglobina etc. Sua função, é
na participação da estrutura celular, na defesa (anticorpos), no transporte de íons e moléculas e na
catalisação de reações químicas.
Ácidos Nucléicos - Compostos constituídos por cadeias de nucleotídeos; cada nucleotídeo é formado
por uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina e uracila), um açúcar (ribose e
desoxirribose) e um ácido fosfórico.
Ácido Desoxirribonucléico (DNA) - Molécula em forma de hélice formada por duas cadeias
complementares de nucleotídeos. O DNA é responsável pela transmissão hereditária das
características.
Ácido Ribonucléico (RNA) - Molécula formada por cadeia simples de nucleotídeos. O RNA controla a
síntese de proteínas.
Trifosfato de Adenosina (ATP) - Tipo especial de nucleotídeo, formado por adenina, ribose e três
fosfatos. Tem a função de armazenar energia nas ligações fosfato.
Metabolismo celular
As principais vias catabólicas que permitem obter ATP a partir da degradação de matéria orgânica são:
1) Diferenças:
- Na fermentação formam-se menos moléculas de ATP do que na respiração.
- A fermentação ocorre na ausência de O2, enquanto que a respiração celular ocorre na
presença de O2.
- Os produtos formados na fermentação têm um potencial de energia elevado (álcool etílico e
ácido láctico). Em contrapartida a água e o CO2 formados na respiração têm um potencial de energia
baixo.
- A fermentação ocorre toda no hialoplasma. A respiração ocorre maioritariamente na
mitocôndria.
2) Semelhanças:
- Em ambos os processos se obtém energia sob a forma de ATP.
- Em ambos existe uma 1ª fase comum, a glicólise.
- Em ambos ocorrem de uma forma contínua várias reacções de oxirredução.
- Ambos são processos catabólicos.
Tipos de Células
Para ser considerado um ser vivo, esse tem que apresentar certas características como: ser constituído
de célula; buscar energia para sobreviver; responder a estímulos do meio; se reproduzir e evoluir.
De acordo com a organização estrutural, as células são divididas em: Células Procariontes e Células
Eucariontes.
Células Procariontes
Estas células são desprovidas de mitocôndrias, plastídios, complexo de Golgi, retículo endoplasmático
e, sobretudo cariomembrana o que faz com que o DNA fique disperso no citoplasma.
Células Eucariontes
As células eucariontes ou eucarióticas, também chamadas de eucélulas, são mais complexas que
as procariontes. Possuem membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. A maioria dos
animais e plantas a que estamos habituados são dotados deste tipo de células.
É altamente provável que estas células tenham surgido por um processo de aperfeiçoamento contínuo
das células procariontes.
Não é possível avaliar com precisão quanto tempo a célula "primitiva" levou para sofrer
aperfeiçoamentos na sua estrutura até originar o modelo que hoje se repete na imensa maioria das
células, mas é provável que tenha demorado muitos milhões de anos. Acredita-se que a célula
"primitiva" tivesse sido bem pequena e para que sua fisiologia estivesse melhor adequada à relação
tamanho × funcionamento era necessário que crescesse.
Quanto aos cloroplastos (e outros plastídeos) e mitocôndrias, atualmente há uma corrente de cientistas
que acreditam que a melhor teoria que explica a existência destes orgânulos é a Teoria da
Endossimbiose, segundo a qual um ser com uma célula maior possuía dentro de si uma célula menor
mas com melhores características, fornecendo um refúgio à menor e esta a capacidade de
fotossintetizar ou de sintetizar proteínas com interesse para a outra.
Células Vegetais (com cloroplastos e com parede celular; normalmente, apenas, um grande
vacúolo central)
Células Animais (sem cloroplastos e sem parede celular; vários pequenos vacúolos)
CÉLULA ANIMAL
Célula animal é uma célula que se pode encontrar nos
animais e que se distingue da célula vegetal pela
ausência de parede celular e de plastos. Possui flagelo,
o que não é comum nas células vegetais. Vamos ver os
principais componentes (de fora para dentro) de uma
célula animal:
Glicocalix (Glicoproteínas)
Associação de proteínas com glicídios (açúcares)
presentes nas células animais em geral. A primeira
estrutura que encontramos, sem precisar penetrar na
célula, é conhecida como glicocalix. Ele pode ser
comparado a uma "malha de lã", que protege a célula
das agressões físicas e químicas do meio externo. Mas
também mantém um microambiente adequado ao
redor de cada célula, pois retêm nutrientes e enzimas
importantes para a célula. O glicocalix é formado,
basicamente, por carboidratos e está presente na
maioria das células animais.
Membrana Plasmática
Formada por uma dupla camada de fosfolipídios, bem como por proteínas espaçadas e que
podem atravessar de um lado a outro da membrana. Algumas proteínas estão associadas a
glicídios, formando as glicoproteínas. Controla a entrada e a saída de substâncias.
Fosfolipídios
Fosfato associado a lipídios. São os principais componentes das membranas celulares. A região
do fosfato ("cabeça") se encontra eletricamente carregada (região polar) enquanto que as duas
cadeias de ácidos graxos (de mesmo lipídio) não apresentam carga elétrica.
Citoesqueleto
Citoesqueleto é complexa rede de finos tubos interligados. Estes tubos, que são formados por
uma proteina chamada tubolina, estão continuamente se formando e se desfazendo. Outros
componentes do citoesqueleto são fios formados por queratina, formando os chamados
filamentos intermediários. Finalmente existem os chamados microfilamentos, formados por
actina. Suas funções são: organizar internamente, dar forma e realizar movimentos da célula.
Citoplasma
Após atravessar a Membrana Plasmática, mergulhamos na parte mais volumosa da célula: o
Citoplasma. Ele é o espaço entre a membrana e o núcleo. Sua forma não é definida e é nele que
se encontram bolsas, canais membranosos, organelas citoplasmáticas que desempenham
funções específicas nas células e um fluído gelatinoso chamado Hialoplasma.
Atua como transportador de substâncias. Há duas formas: O Retículo Endoplasmático liso, onde há a
produção de lipídios, e o Retículo Endoplasmático rugoso, onde se encontram aderidos a sua superfície
externa os ribossomos, sendo local de produção de proteínas, as quais serão transportadas
internamente para o Complexo de Golgi.
Mitocôndria
Organela formada por duas membranas lipoprotéicas. Dentro delas se realiza o
processo de extração de energia dos alimentos que será armazenada em
moléculas de ATP (adenosina trifosfato). É o ATP que fornece energia necessária
para as reações químicas celulares. Toda a atividade celular requer energia, é
através da mitocôndria que esta energia necessária às atividades das células será
gerada. Está sempre relacionada à geração de energia para as células.
Lisossomos
Estrutura que apresenta enzimas digestivas capazes de digerir um grande número de
produtos orgânicos. Realiza a digestão intracelular. É importante nos glóbulos brancos e de
modo geral para a célula já que digere as partes desta (autofagia) que serão substituídas por
outras mais novas, o que ocorre com freqüência em nossas células.
Peroxissomos
São pequenas vesículas que contêm peroxidase. Tem a função de decomposição de peróxido de
hidrogênio (H2O2), subproduto de reações bioquímicas, altamente tóxico para a célula.
Vacúolos
São cavidades limitadas por membrana lipoprotéica. Os vacúolos podem ser digestivos, autofágicos ou
pulsáteis.
Vacúolo Digestivo - As partículas englobadas são atacadas pelas enzimas lisossômicas, formando um
fagossomo.
Vacúolo Autofágico - Digere partes da própria célula.
Vacúolo Pulsátil - Controla o excesso de água da célula; comum nos protozoários de água doce.
Complexo de Golgi
São bolsas membranosas e achatadas, que podem armazenar e transformar
substâncias que chegam via retículo endoplasmático; podem também eliminar
substâncias produzidas pela célula, mas que irão atuar fora dela (enzimas, por
exemplo). Produzem ainda os lisossomos.
Centríolos
São estruturas cilíndricas, geralmente encontradas aos pares. Dão origem a cílios e flagelos
(menos os das bactérias), estando também relacionados com a formação do fuso acromático.
O Núcleo
O núcleo é um compartimento essencial da célula eucarionte, pois é onde se localiza o material
genético, responsável pelas características que o organismo possui. Ele é delimitado pela carioteca ou
envoltório nuclear, que é composto de uma membrana nuclear externa, que é contínua com a
membrana do retículo endoplasmático, e uma membrana interna, que é contínua com o lúmen do RE.
O envoltório nuclear é cheio de poros que comunicam o interior do núcleo com o citosol, e são
estruturas complexas conhecidas como complexo de poro nuclear. O complexo de poro nuclear possui
uma parede cilíndrica constituída por proteínas que formam um canal central com arranjo octogonal,
que regula a troca de metabólitos, macromoléculas e subunidades ribossômicas entre o núcleo e o
citosol. Associada a superfície interna da carioteca encontra-se a lâmina nuclear, que constitui uma
rede fibrosa de subunidades protéicas interconectadas, sendo responsável por dar forma e estabilidade
ao envoltório nuclear, e liga este envoltório as fibras cromatínicas. A lâmina nuclear se despolimeriza
durante a mitose, mas associam-se novamente ao seu final.
O nucleoplasma é constituído por uma solução aquosa de proteínas, RNAs, nucleosídeos, nucleotídeos e
íons, onde se encontram os nucléolos e a cromatina. A maioria das proteínas da matriz nuclear são
enzimas envolvidas com a transcrição e com a duplicação do DNA. O nucléolo é geralmente esférico,
pode ser único ou múltiplo, é onde há transcrição de RNA ribossômico e a montagem das subunidades
ribossomais.
Ao microscópio óptico o núcleo tem contorno nítido, sendo o seu interior preenchido por elementos
figurados. Dentre os elementos distinguem-se o nucléolo e a cromatina. Quando uma célula se divide,
seu material nuclear (cromatina) perde a aparência relativamente homogênea típica das células que
não estão em divisão e condensa-se numa serie de organelas em forma de bastão, denominadas
cromossomos. Nas células somáticas humanas são encontrados 46 cromosssomos. Há dois tipos de
divisão celular: mitose e meiose.
CÉLULA VEGETAL
A estrutura microscópica da maioria
das células vegetais é formada por uma
parede celular rígida composta
basicamente de celulose, e um
carboidrato com propriedades físico-
químicas tais como plasticidade,
elasticidade, resistência a tensão e
decomposição por microorganismos,
higrofilia, transparência e etc.
As células que estão em contato direto com o ar, podem formar uma camada externa a parede
primária, denominada de cutícula, formada por cutina e cêra. A cêra da carnaúba, por exemplo, vem da
cutícula da epiderme das folhas desta planta.
O interior de uma célula adulta é composto por uma fina camada que reveste a parede celular
internamente, o citoplasma. Imerso no citoplasma encontramos o núcleo, e os cloroplastos (que contém
a clorofila, pigmento verde) responsáveis pela fotossíntese.
Em alguns casos podemos encontrar, no lugar dos cloroplastos, outras organelas com pigmentos
diferentes, carotenos e xantofilas. Interligando os conteúdos de células contíguas, encontramos
filamentos de citoplasma, denominados de plasmodesma, os quais estabelecem uma continuidade
protoplasmática entre as células.
Estas estruturas dão, de certa maneira, uma continuidade entre toda a parte viva de uma planta,
formando, o que chamamos de simplasto. Tal continuidade, também pode ocorrer entre as paredes
celulares de toda a planta; o esqueleto de celulose, denominado de apoplasto.
Outra estrutura presente nas células vegetais, que ocupa uma parte considerável do centro da célula
adulta é o vacúolo, formado por uma solução aquosa de substâncias minerais e orgânicas. Existem
duas outras membranas denominadas de plasmalema e tonoplasto. A primeira delimita todo o
citoplasma, e está situada logo abaixo da parede celular. A segunda, o tonoplasto, delimita o vacúolo
do citoplasma.
Além destas organelas típicas da célula vegetal, encontramos também todas as outras organelas como,
ribossomos, retículos endoplasmáticos, mitocôndrias (relacionadas a respiração), dictiossomos, ou
complexo de Golgi.
A Estrutura do Cloroplasto
O cloroplasto é composto internamente por várias estruturas de aspecto circular que se agrupam como
uma pilha de moedas. Cada uma dessas formações é conhecida como granum (plural, grana). Entre
estas estruturas, aparecem delicadas membranas ou lamelas que percorrem o cloroplasto de extremo
à extremo. Existe, também, uma matriz (estroma) que envolve todo este sistema. A clorofila, pigmento
verde das plantas, está distribuída entre as lamelas dos granas.
A fotossíntese (absorção e conversão da energia luminosa em energia química, daí levando a formação
de carboidratos), ocorre neste sistema de membranas.
O citoplasma das células vegetais contém, além dos plastos e vacúolos, as mesmas organelas da
célula animal. Aparentemente tanto o retículo endoplasmático liso quanto o granular e os ribossomos
exercem funções semelhantes nas células animais e vegetais.
Logo abaixo da membrana plasmática observam-se sistemas de microtúbulos que correm paralelos à
membrana. Provavelmente estão relacionados à formação da parede ou à manutenção da forma das
células.
O aparelho de Golgi aparece na célula vegetal sob a forma de corpos dispersos pelo citoplasma, que,
de um modo geral, são de tamanho menor do que os da célula animal, embora apresentem morfologia
semelhante.
A célula vegetal está circundada por uma estrutura semi-rígida denominada parede celular, a qual
confere proteção e apoio mecânico à célula, que deforma-se a medida que a célula cresce e se
diferencia.
Os plastos são organelas ligadas aos processos de fotossíntese. Há diversos tipos de plastos e sua
classificação se faz de acordo com o material encontrado no seu interior. Os cloroplastos são os mais
comuns e são verdes devido aos pigmentos de clorofila.
DIVISÃO CELULAR
A divisão das células é um processo
importantíssimo, relacionado com o crescimento
do organismo, reparo de lesões e manutenção da
estrutura do indivíduo, além de ser fundamental
na reprodução e perpetuação da espécie.
MEIOSE
A meiose é o processo de divisão celular que
ocorre nos órgãos reprodutores masculinos e
femininos de plantas e de animais, e que leva a
formação de esporos e gametas.
MITOSE
A mitose é a divisão celular que ocorre nas células somáticas (células não sexuais) onde são
produzidas inúmeras células a partir de uma só célula genitora. Este tipo de divisão, entretanto,
pode ocorrer também em células germinativas (aquelas que levam a formação dos gametas).
Transporte ativo - O transporte de moléculas feito por uma membrana e contra o fluxo
natural dela; mediado por proteínas e requerendo energia externa.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
(UEM-PR) Os itens de I a VII, abaixo, referem-se a componentes da célula.
I — Retículo endoplasmático
II — Membrana plasmática
III — Mitocôndrias
IV — Parede celular
V — Plastos
VI — Centríolos
VII — Aparelho de Golgi
A - produção de ATP.
B - produção de NADPH2.
C - produção de O2.
D - fotólise da água.
E - redução do CO2.
SIMULADO
Instruções
02. Galinhas poedeiras de granja são mantidas em confinamento e sob condições ambientais que
estimulam a postura de ovos para a comercialização. Nas granjas, os machos são descartados, pois não
têm valor comercial. Porém, no sítio, galos e galinhas caipiras são mantidos soltos no terreno, e os
ovos, quando chocados, eclodem em novos pintinhos. Sabendo-se que nas células somáticas de uma
galinha (Gallus gallus) há 76 cromossomos e que na superfície da gema do ovo há uma região chamada
blastodisco, a partir da qual se desenvolve o embrião, os números de cromossomos no blastodisco de
ovos de galinhas de granja e de ovos fertilizados de galinhas caipiras são, respectivamente,
A - 38 e 76.
B - 38 e 152.
C - 76 e 76.
D - 76 e 152.
E - 152 e 76
03. Numa célula especializada na produção de energia espera-se encontrar grande número de:
A - cílios
B - mitocôndrias
C - nucléolos
D - ribossomos
E - corpos de Golgi
04. (UFPI) Que processo provavelmente estaria ocorrendo, em grande extensão, em células com
grande quantidade de retículo endoplásmico granular (rugoso)?
05. Suponha que você esteja trabalhando com uma suspensão de células animais, a partir da qual você
deseje isolar uma proteína. Durante a preparação, vários lisossomas sofrem ruptura. Como
conseqüência disso, ocorreria:
A - liberação de ácidos nucléicos, que dificultariam o isolamento da macromolécula que você está
tentando obter.
B - liberação de ATP, que facilitaria o processo de isolamento da macromolécula de seu interesse.
C - liberação de enzimas, que poderiam digerir a macromolécula que você está tentando isolar.
D - liberação de macromoléculas protéicas recém-sintetizadas nos lisossomas, o que aumentaria a
quantidade da proteína a ser obtida.
E - interrupção da síntese de proteínas enzimáticas nos lisossomas, diminuindo a quantidade da
proteína a ser obtida.
06. (UFRS) Tanto em uma célula eucarionte quanto em uma procarionte podemos encontrar:
07. Que processo, provavelmente, estaria ocorrendo em grande extensão, em células cuja membrana
celular apresentasse microvilosidades?
A - Detoxificação de drogas.
B - Secreção de esteróides.
C - Síntese de proteínas.
D - Catabolismo.
E - Absorção.
08. Na maioria das células vegetais, encontram-se pontes citoplasmáticas que estabelecem
continuidade entre células adjacentes. Estas pontes são denominadas:
A - microtúbulos.
B - polissomos.
C - desmossomos.
D - microvilosidades.
E - plasmodesmos.
09. Em artigo publicado no suplemento Mais!, do jornal Folha de S. Paulo, de 6 de agosto de 2000, José
Reis relata que pesquisadores canadenses demonstraram que a alga unicelular Cryptomonas resulta da
fusão de dois organismos, um dos quais englobou o outro ao longo da evolução. Isso não é novidade no
mundo vivo. Como relata José Reis: “[...] É hoje corrente em Biologia, após haver sido muito contestada
inicialmente, a noção de que certas organelas [...] são remanescentes de células que em tempos idos
foram ingeridas por célula mais desenvolvida. Dá-se a esta o nome de hospedeira e o de
endossimbiontes às organelas que outrora teriam sido livres.”. São exemplos de endossimbiontes em
células animais e em células de plantas, respectivamente:
11. As bactérias não apresentam organelas citoplasmáticas, tais como complexo de Golgi,
mitocôndrias, etc., geralmente encontradas em células de seres eucariontes. Entretanto, as bactérias
possuem uma invaginação da membrana plasmática chamada MESOSSOMO que apresenta uma função
análoga à da organela:
A - lisossomo
B - mitocôndria
C - complexo de Golgi
D - plasto
E - centríolo
12. Ao microscópio óptico, ao ser observado um certo tecido, em corte transversal, foi possível
identificar as seguintes características citológicas:
13. O citoplasma celular é composto por organelas dispersas numa solução aquosa denominada
citosol. A água, portanto, tem um papel fundamental na célula. Das funções que a água desempenha
no citosol, qual NÃO está correta?
14. (PUCCamp-SP) Uma célula secretora apresenta, como organela mais desenvolvida, o retículo
endoplasmático liso. Pode-se concluir que está célula produz:
a) aminoácidos.
b) proteínas.
c) muco.
d) glicoproteínas.
e) lipídios.
16. (UNIPAC-2000) "A vida biológica atravessa o tempo e, é o resultante da reprodução das células".
Esta frase pode ser confirmada por todas as afirmativas abaixo, EXCETO:
18. (Fuvest-SP) As mitocôndrias são consideradas as “casas de força” das células vivas. Tal analogia
refere-se ao fato de as mitocôndrias:
Nome:
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Fungos
Durante muitos anos, os fungos foram considerados como vegetais, porém, a partir de 1969, passaram
a ser classificados em um reino à parte. Por apresentarem características próprias, tais como: não
sintetizar clorofila, não possuir celulose, e não armazenar amido como substância de reserva, eles
foram diferenciados das plantas.
Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo. Em geral, eles apresentam filamentos, as
chamadas hifas, com paredes rijas, ricas em quitina, o mesmo material que reveste insetos como
besouros; têm características heterotróficas, isto é, não possuem clorofila e, portanto, necessitam de
material orgânico para viver, sendo sua nutrição feita por absorção de nutrientes graças à presença de
enzimas que são por eles produzidas e que degradam produtos como, por exemplo, celulose e amido.
Por outro lado, os fungos são eucarióticos, isto é, possuem um núcleo típico no interior de suas células,
comparável ao das plantas e animais. Reproduzem-se por via sexual ou assexual e assim possuem
divisões celulares do tipo mitose e meiose, tendo sempre como produto final os esporos que são órgãos
de reprodução, resistência e disseminação. Na verdade, o reino dos fungos é um dos mais numerosos.
Estima-se que existam pelo menos um milhão e quinhentas mil espécies de fungos espalhadas pelo
mundo. Isso é muito mais do que todas as espécies vegetais e animais somadas, excluindo-se os
insetos. E por incrível que pareça, apenas cerca de 70.000 espécies de fungos foram até hoje descritas,
ou seja, menos de 5% das possivelmente existentes. Se entre esses cinco por cento de espécies, já
existem muitas de grande importância, como as que entram na fabricação de alimentos, incluindo
bebidas, de ácidos orgânicos, de fármacos e inúmeros outros produtos, pode-se imaginar o que se
espera com a descoberta de novas espécies com distintas propriedades potencialmente de valor
biotecnológico.
Em particular no Brasil, que é o país que possui a maior biodiversidade do mundo, a busca de novas
espécies de fungos deverá produzir resultados extremamente interessantes do ponto de vista
biotecnológico. Mas para o leigo, o que fazem os fungos? Na maioria dos casos, eles são vistos pela
população como prejudiciais, uma imagem que é dada pelas poucas espécies dentro do reino que
causam as micoses do homem e animais ou as que são responsáveis por doenças em plantas
cultivadas. Outras pessoas associam os fungos
com os bolores ou mofos que
Importâncias invadem paredes úmidas das
residências, artigos de couro ou ainda
Aspectos ecológicos: decompositores (reciclagem de matériacobrem
orgânica)
os. alimentos, como frutas e
Médica: Ora causadores de doenças, ora farmacológicos. grãos armazenados. De uma forma
Indústria: Produção de alimentos. mais favorável, eles podem ser
Agrícola: associação com plantas, adubos, doenças. associados à culinária, como é o caso
Genética: biotecnologia. dos cogumelos de chapéu usados em
sopas, pizzas e nos strogonoffs.
Os fungos têm contribuído com enorme soma de conhecimentos para um melhor entendimento dos
processos genéticos. Como se sabe, a genética é a ciência da hereditariedade ou transmissão de
características de pais para filhos ou de ascendentes para descendentes. Como já mencionado, sendo
eucarióticos, além de reproduzirem-se rapidamente, eles puderam ser usados, com eficiência, na
resolução de problemas genéticos. Foi utilizando fungos filamentosos e leveduras que se descobriu em
1941 que genes produziam enzimas e outras proteínas. Veio a seguir uma avalanche de conhecimentos
derivados do uso de fungos, como sistemas genéticos que não só confirmaram as regras da ciência da
hereditariedade, mas também contribuíram para a consolidação da biotecnologia como um todo. Foi
por meio de técnicas genéticas clássicas, como busca da variabilidade natural, selecionando-se
linhagens mais apropriadas, e pelo uso de mutantes e de cruzamentos entre linhagens, que se
conseguiu realizar o melhoramento genético de muitos fungos de valor industrial. O exemplo mais
típico e de maior sucesso foi o do melhoramento genético do fungo produtor de penicilina, como será
visto mais adiante. Apesar dessa enorme contribuição, a moderna biotecnologia, com as novas
tecnologias, como a fusão de protoplastos e a tecnologia do DNA recombinante ou engenharia
genética, só foi usada de forma mais rotineira, em fungos, a partir de meados dos anos 70 e início dos
anos 80. Com os processos de fusão de protoplastos e de transformação genética, foi possível a
manipulação genética dos fungos, permitindo com que novas características de valor biotecnológico
fossem adicionadas a espécies já utilizadas comercialmente, aumentando assim o seu potencial
biotecnológico. Alguns fungos, principalmente leveduras, que são aqueles que se reproduzem por
brotamento, como Saccharomyces cerevisiae, já vêm sendo usados desde a Antiguidade na fabricação
de produtos alimentícios, como o pão; outros fungos vêm sendo também empregados na fabricação de
produtos de uso diário, como é o caso do ácido cítrico produzido por Aspergillus niger.
Sabe-se assim que esses fungos não causam qualquer problema, sendo eles próprios, ou seus
produtos, ingeridos pela espécie humana e outros mamíferos. Desta forma, esses fungos constituem-se
em hospedeiros ideais para albergar genes provenientes de outros organismos. A produção de
hormônios, como a insulina ou o hormônio de crescimento humano, ou, ainda, a produção de outros
tipos de fármacos, como o interferon, usado contra alguns vírus, pode ser levada a cabo tendo fungos
como hospedeiros de genes responsáveis pela produção dessas substâncias. Em bactérias, hospedeiros
tradicionais de genes clonados, as proteínas não são modificadas de maneira apropriada, como ocorre
em seres eucarióticos, como os fungos. Além do mais, há um maior conhecimento no uso de fungos em
fermentações industriais devido a sua grande utilização na produção de antibióticos e etanol.
Finalmente, o rendimento em peso por litro do produto desejado é, em geral, maior, quando fungos são
utilizados como hospedeiros de genes clonados. De tudo isso, pode-se concluir que cada vez mais eles
tendem a ocupar um papel de destaque na biotecnologia. Fica difícil descrever aqui todas as aplicações
biotecnológicas que os fungos apresentam. No entanto, alguns exemplos serão dados para que o leitor
tenha ciência da importância dos fungos em biotecnologia. No presente artigo, alguns exemplos foram
escolhidos pelo seu valor econômico ou histórico ou por serem derivados de trabalhos realizados no
Brasil.
A produção de antibióticos
Um dos exemplos mais impressionantes de melhoramento genético, utilizando técnicas de genética
clássica, incluindo seleção e mutação, ocorreu no fungo filamentoso Penicillium chrysogenum. Quando
Fleming relatou, pela primeira vez, em 1929, o grande valor potencial desse fungo produtor da
penicilina no combate a doenças infecciosas causadas por bactérias, estava longe de imaginar que sua
linhagem, que produzia menos de 2mg do antibiótico por litro de meio de cultivo, teria sua produção
melhorada em milhares de vezes. Por seleção natural, foram obtidas linhagens com produção de
60mg/litro. Graças a técnicas de indução de mutações e seleção de mutantes, além da melhoria das
condições de cultivo, os aumentos foram constantes até atingir o valor de 7g/litro. Atualmente, estima-
se que existam linhagens industriais de Penicillium capazes de produzir mais de 50g/litro, ou seja, um
aumento de 25.000 vezes em relação à linhagem original de Fleming. Esse exemplo demonstra a
importância das técnicas clássicas no melhoramento genético de microrganismos de valor industrial.
A produção de etanol
O Brasil tem larga experiência na produção de álcool combustível. O Programa Nacional do Álcool
desencadeado no final dos anos 70, decorrente da crise do petróleo, gerou uma série de tecnologias
próprias, tornando o nosso país líder mundial nesse sentido. Não poderia deixar de ocorrer, portanto, o
desenvolvimento de processos visando à produção de linhagens melhoradas da levedura
Saccharomyces cerevisiae, responsável pela produção de etanol. Linhagens mais produtivas, com
características desejáveis para produção de etanol e com monitoramento na indústria por técnicas de
marcação molecular, foram desenvolvidas em vários laboratórios, salientando-se mais uma vez os da
ESALQ/USP, em Piracicaba. Por tecnologia do DNA recombinante, os laboratórios de pesquisa das
universidades de Brasília e da USP desenvolveram em conjunto linhagens de leveduras contendo genes
de amilases capazes de utilizar o amido, por exemplo de mandioca ou batata-doce, na produção de
etanol. Essas leveduras manipuladas geneticamente estão sendo aperfeiçoadas e poderão
desempenhar um importante papel na produção de etanol. A tecnologia do DNA recombinante tem sido
também usada por esses e outros laboratórios brasileiros e do exterior na clonagem e seqüenciamento
de genes de interesse industrial em fungos.
A biotecnologia na enologia
Outro exemplo, também brasileiro, é o do melhoramento via fusão de protoplastos com
produção de híbridos, empregando-se espécies diferentes de leveduras utilizadas na fabricação
do vinho. Por fusão de protoplastos, foi obtido um híbrido entre as leveduras Saccharomyces
cerevisiae e Schizossaccharomyces pombe reunindo características favoráveis dos dois gêneros
de fungos em uma só célula. Esta, multiplicada e retrocruzada com a linhagem original de
Saccharomyces cerevisiae, resultou em linhagem capaz de utilizar uvas ácidas, como as que
ocorrem em certas safras na região Sul do país, na produção de vinhos finos, sem necessidade
de utilização de fermentações mistas (duas espécies de leveduras) ou, o que seria pior, adição
de açúcar. Esse trabalho resultou em patente que está em vigor, e a levedura melhorada
desenvolvida na Universidade de Caxias do Sul (UCS), no Rio Grande do Sul, já está sendo
utilizada com sucesso na produção de vinhos de alta qualidade.
Como no caso do controle biológico de insetos por fungos, existem também exemplos de fungos
que atuam como controladores de doenças de plantas. Novamente o emprego racional dos
mesmos pode prevenir doenças causadas por microrganismos fitopatogênicos. A utilização
desses controladores naturais restringe também a aplicação abusiva de fungicidas. As técnicas
de produção massal desses controladores biológicos, a otimização dos processos de aplicação e
o melhoramento genético dos fungos empregados, tornando-os mais eficientes, vêm sendo
desenvolvidos em laboratórios do Brasil e exterior. Recentemente tem sido verificado que
fungos e bactérias encontrados internamente em vegetais, particularmente em suas partes
aéreas como folhas e ramos, têm enorme importância no controle de doenças de plantas e
também de insetos. Uma boa quantidade da população de microrganismos que existe no interior
de plantas é constituída por fungos que são denominados de fungos endofíticos. Eles, além de
controlarem doenças e pragas, podem possuir outras propriedades, como alterar o metabolismo
das plantas, impedindo formação de sementes ou produzindo hormônios que causam
modificações no desenvolvimento dos vegetais. Existem, também, casos de incremento de
produção em plantas, graças à presença desses endofíticos.
Os protozoários são seres unicelulares, portanto, não possuem tecidos verdadeiros, e muito menos
aparelhos. Além do mais, eles são heterotróficos que fazem fagocitose, enquanto os animais são
heterotróficos por ingestão. A classificação dos protozoários segundo o sistema locomotor, sua
reprodução e Forma de captura de alimentos:
Filo Ciliophora → movimentação mantida por curtas e numerosas estruturas ciliares (Paramécium);
Filo Sporozoa → não possui apêndices locomotores, sua dispersão é realizada através de esporos
(Plasmodium vivax, causador da malária).
Reprodução
A reprodução na maioria dos protozoários é assexuada e faz-se por simples divisão da célula mãe em
duas células filhas, ao longo de um plano longitudinal ou transversal, ou ainda, por gemação. Outros
sofrem múltiplas divisões e alguns apresentam reprodução sexuada que pode ser por singamia ou por
conjunção. No primeiro caso os dois indivíduos fundem-se completamente um com o outro e
comportam-se como se fossem gametas; no segundo os dois indivíduos participantes, que então se
chamam conjugantes, unem-se transitoriamente, estabelecem uma ponte citoplasmática entre ambos
e através dela trocam material do núcleo. Os protozoários encontram-se presentes na maioria dos
meios do planeta desde que disponha de uma quantidade mínima de líquido através do qual possam
deslocar-se. Constituem o elemento primário do plâncton (zooplâncton) o qual, juntamente com o
formado pelos organismos vegetais (fitoplâncton) é a base das cadeias tróficas oceânicas. Sendo o
primeiro passo da pirâmide ecológica, é deles que depende a existência de todos os outros animais
marinhos. A sistemática desses organismos é complexa, dado que há muitas dúvidas sobre as suas
origens e relações, e além disso, nos grupos mais primitivos, os limites que o separam de outros reinos
não são bem definidos. No entanto, admitem-se, de uma maneira geral, quatro grandes grupos de
protozoários: os zooflagelados, os rizópodes, os esporozoários e os ciliados, mantendo os dois primeiros
estreitas relações de parentesco.
Doenças causadas por protozoários
Muitos protozoários causam doenças nos seres humanos. Entre elas, estão a amebíase ou disenteria
amebiana, a doença de Chagas, a úlcera de Bauru, a giardíase e a malária.
O homem adquire a amebíase ou disenteria amebiana ao ingerir água ou alimentos contaminados por
uma ameba, a Entamoeba histolytica. Esta ameba parasita principalmente o intestino grosso dos seres
humanos, onde provoca ulcerações e se alimenta de glóbulos vermelhos do sangue. No intestino, essa
ameba se reproduz assexuadamente por cissiparidade e, algumas delas, formam cistos, estruturas que
possuem uma membrana resistente e que contêm alguns núcleos celulares. Eliminados com as fezes,
os cistos podem contaminar a água e alimentos diversos, como as verduras. Se forem ingeridos, esses
cistos se rompem no tubo digestivo, libertando novas amebas, que recomeçam um novo ciclo. As
pessoas com amebíase eliminam fezes líquidas, às vezes com sangue e quase sempre acompanhadas
de fortes dores abdominais. Para evitar essa doença é necessário ferver a água que se vai beber e
lavar muito bem as verduras e frutas, além de cuidados higiênicos, como a lavagem de mãos,
principalmente antes das refeições
A doença de Chagas é causada pelo tripanossomo (Trypanosoma cruzi), protozoário que vive no
intestino de um percevejo sugador de sangue, conhecido popularmente como barbeiro. Esse percevejo
vive em frestas de paredes, chiqueiros e paióis. À noite, saem de seus esconderijos e vão sugar o
sangue das pessoas que dormem. Quando alguém é picado pelo percevejo pode contrair a doença da
seguinte forma: durante a picada, o barbeiro infestado elimina fezes contendo o tripanossomo.
Coçando o local da picada, a pessoa espalha as fezes do barbeiro e introduz o parasita em seu
organismo, através do pequeno orifício feito pela picada. Uma vez na corrente sangüínea, o
tripanossomo atinge o coração. Ali ele se fixa, podendo causar a morte da vítima. As principais medidas
para evitar a doença de Chagas consistem em substituir moradias de barro e de madeira por outras de
tijolos, que não tenham frestas onde o barbeiro possa se esconder; e exigir, em transfusões de sangue,
a garantia de que o sangue doado não esteja contaminado com tripanossomos.
Leishmaniose é uma doença que ataca a pele e as mucosas dos lábios e do nariz produzindo muitas
feridas, a úlcera de Bauru é provocada pela Leishmania brasiliensis, um protozoário parecido com o
tripanossomo. Transmitida pela picada do mosquito flebótomo, a doença é conhecida com esse nome,
porque foi muito comum na cidade de Bauru, em anos passados
A malária é provocada por protozoários do gênero Plasmodium e é transmitida ao homem por meio da
picada do mosquito, anófele, ao sugar-lhe o sangue para se alimentar. Durante a picada, o mosquito
libera saliva, que contém o protozoário plasmódio. Então o parasita entra no sangue da pessoa e se
instala em órgãos diversos, como o fígado e o baço, onde se multiplica. Após um certo período, os
parasitas retornam ao sangue e penetram nos glóbulos vermelhos, onde voltam a se multiplicar. Os
glóbulos parasitados se rompem liberando novos protozoários que passam a infectar outros glóbulos
vermelhos. A malária provoca febre muito alta, que coincide com os períodos em que os parasitas
arrebentam os glóbulos vermelhos, liberando toxinas na corrente sangüínea. Se não for combatida
pode causar a morte do doente. A pulverização de córregos, lagoas e poças de água parada, com
inseticida, é uma das maneiras de combater os mosquitos transmissores da malária. É na água que os
mosquitos põem seus ovos para se reproduzirem.
A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. A transmissão se dá por
contato com animais domésticos - principalmente gatos - ou por suas fezes. As fezes dos gatos podem
conter cistos (formas resistentes) do parasita, que são disseminados por animais, como moscas e
baratas. O homem adquire a doença quando ingere diretamente o cisto ou carne mal cozida que o
contenha.Os sintomas da doença são, na maioria das vezes, muito semelhantes aos de várias outras
doenças: mal-estar, febre, dores de cabeça e musculares, prostração e febre que pode durar semanas
ou meses. Após alguns dias há também aumento dos gânglios linfáticos em todo o corpo.
Normalmente, a doença evolui de forma benigna e desaparece sem deixar seqüelas no organismo. Às
vezes, porém, pode causar lesões oculares, com perda parcial ou quase total da visão. Daí sua
gravidade. Em mulheres grávidas, o protozoário pode atingir o feto, provocando-lhe cegueira,
deficiência mental e até mesmo a morte.
Reino Monera – As Bactérias
As células dos organismos do Reino Monera carecem de membrana nuclear e dentre outras
características podemos destacar que:
- Estes seres não apresentam cromossomos complexos;
- Estes seres não se reproduzem sexuadamente, mas há processos de recombinação genética;
- Apresentam paredes celulares rígidas. Tais paredes celulares, diferentemente dos fungos e dos
animais superiores, não apresentem parede constituídas de quitina e sílica;
- Todos os seres são unicelulares
- O citoplasma desses organismos são desprovidos de organelas citoplasmáticas. Por exemplo, nas
bactérias não há mitocôndrias (organela responsável pela respiração celular, em uma célula animal),
mas há mesossomos (que seria mais ou menos equivalente a uma organela);
- Possuem membrana plasmática, DNA, ribossomos, clorofila, etc.
Nutrição
As bactérias em geral ficam impossibilitadas
de produzir seu próprio alimento, ou seja, a
maioria é heterótrofa. Isso implica o
saprofitismo. Outras, são levadas à
associações (simbiose) à outros seres e, há
ainda bactérias que são parasitas, mas a
grande maioria é saprófita.
Há bactérias autotróficas (mas estas são em
número reduzido). Elas produzem matéria
orgânica a partir de matéria inorgânica e luz,
Todas as bactérias são ou seja, realizam fotossíntese. São poucas as
patológicas? bactérias que realizam fotossíntese.
Entretanto, todas as bactérias autotróficas, realizam a
Não. Igualmente aos fungos, as quimiossíntese, ou seja, produzem matéria orgânica não a
bactérias realizam a decomposição de partir de clorofila, como na fotossíntese, mas utilizam para
matérias, devolvendo ao meio tal compostos nitrogenados.
ambiente o material antes vivo. Mas,
há muitas bactérias que causam Célula Bacteriana
doenças no ser humano. Dentre as
doenças causadas por bactérias,
podemos citar: cólera, tétano, difteria,
etc. As bactérias ainda são muito
- A estrutura interna só é possível ser visualizada por microscópios eletrônicos, pois, como você sabe,
estes são possuem capacidade bem maior de visualização do que os microscópios ópticos.
- As bactérias são unicelulares (mas podem constituir colônias).
- O núcleo não chega a ser um núcleo verdadeiro, pois não apresenta carioteca. Esse "falso" núcleo é
conhecido como nucleóide.
- Apresenta uma região conhecida como mesossomo, que é uma invaginação da membrana plasmática
bacteriana, onde, nessa invaginação, encontram-se enzimas respiratórias, pois as bactérias não
possuem mitocôndrias, como em uma célula animal.
Cianofíceas
- Reprodução assexuada.
- Autotrófica fotossintetizante. (endomembrana)
- Endomembranas: também relacionadas a fixação de nitrogênio .
Formação de colônias
As cianofíceas possuem grande capacidade de adaptação por possuírem pequena exigência de
nutrientes, proliferando em qualquer ambiente, onde haja apenas CO2, N2, água , alguns minerais e luz .
Bactérias x Cianofíceas
Vírus
Definição: Os vírus são seres acelulares, não têm metabolismo (utilização mecanismos de obtenção de
energia e síntese protéica), são acelulares (não possuem organização celular), e são parasitas celulares
obrigatórios. Possuem apenas um tipo de material genético, DNA ou RNA. Os vírus são extremamente
importantes por causarem doenças tanto na espécie humana quanto em animais.
Estrutura: Os vírus são extremamente simples. Formados basicamente por um capsídeo (uma
cápsula lipo-proteica) que envolve o capsômero e o seu ácido nucléico (DNA ou RNA). O conjunto de
capsídeo + ácido nucléico recebe o nome de nucleocapsídeo ou virion. Existem vírus, como o vírus
da gripe, ou o HIV que possuem envelope viral ou envoltório, constituído de lipídios,
mucopolissacarídeos e proteínas estruturais. São também extremamente pequenos - de 10 a 30
nanômetros, o que os tornam imperceptíveis a microscópios comuns.
Vida de um vírus
Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da
matriz. Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura
da mesma para seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas (de animais, fungos,
vegetais) e células procarióticas (de bactérias).
A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucléico que possuem, as características
do sistema que os envolvem e os tipos de células que infectam. De acordo com este sistema de
classificação, existem aproximadamente, trinta grupos de vírus.
1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em
seguida a penetração através da membrana celular.
2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua
presença ou atividade.
3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os
ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas
de vírus.
4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.
Grande parte das doenças infecciosas e parasitárias é causada por vírus, como a AIDS , a catapora, a
dengue, a rubéola e o sarampo. A transmissão pode ser feita pelo ar, por contato direto (gotículas de
saliva ou muco, sangue e/ou produtos sanguíneos) e indireto (utensílios, água e alimentos
contaminados ou picada de animais). O tratamento de uma infecção viral geralmente é restrito apenas
ao alívio dos sintomas, com o uso de analgésicos e antitérmicos para diminuir a dor de cabeça e reduzir
a febre. Há poucas drogas que podem ser usadas no combate de uma infecção viral, pois ao destruírem
o vírus acabam por destruir também a célula. Algumas doenças causadas por vírus podem ser
prevenidas com vacinas.
A febre é um sintoma comum a todas as infecções virais. Outros sinais característicos presentes na
maioria das infecções são dor de garganta, fadiga, calafrio, dor de cabeça e perda de apetite. Mas
grande parte das doenças apresenta uma sintomatologia própria. Por exemplo, a manifestação de
pequenas elevações eruptivas avermelhadas na pele caracteriza a rubéola e a catapora ou varicela. No
sarampo, são comuns erupções na mucosa bucal e o surgimento de manchas avermelhadas na pele. A
inflamação e o inchaço das glândulas salivares são sintomas específicos da caxumba. Na poliomielite
ocorre rigidez da nuca e perturbações físicas que podem causar paralisia e atrofia de certas partes do
corpo. Na febre amarela e na hepatite infecciosa viral há náuseas e vômitos.
Reprodução
A reprodução envolve dois aspectos: a duplicação do material genético viral e a síntese das
proteínas do capsídio. O vírus entra na célula hospedeira, inibe o funcionamento do material
genético da célula infectada e passa a comandar as sínteses de proteína.
VÍRUS
Doença Parasita Vetor / Ciclo de Vida Profilaxia
Contágio
Gripes e Gotículas de São viroses que A gripe espanhola(começo do
Resfriados saliva no ar atacam as vias século) e asiática(anos 50), são
ou pelas respiratórias casos de gripes que mataram
roupas e superiores milhões de pessoas. Em casos
objetos (raramente de epidemias devem ser feitas
contaminados atingem os vacinações em massa como
. pulmões). medida preventiva.
Causam dores de
cabeça.
DENGUE Picada do Virose que NÃO HÁ TRATAMENTO NEM
mosquito provoca febres, VACINA CONTRA A DENGUE.
dores musculares Único combate é a destruição
Aedes aegipt e hemorragias das larvas do mosquito que se
generalizas desenvolvem em água parada
podendo ser em pneus velhos, latas e caixas
fatal. d'água destampadas.
FEBRE Picada do Virose grave que VACINAÇÃO e combates aos
AMARELA mosquito entra no corpo focos que favorecem o
AEDES com a saliva do desenvolvimento das larvas do
AEGIPT mosquito. O vírus mosquito(água parada).
entra no sangue
e vai até o
fígado, rins ou
baço causando
erupção na pele,
náuseas e
hemorragias nos
órgãos.
POLIOMIELIT Vírus Os vírus chegam A vacinação está acabando com
E (Paralisia penetram ao sistema essa doença no mundo inteiro.
Infantil) pela boca e nervoso pela
se corrente
reproduzem sangüínea
no intestino. afetando as
células nervosas
causando
PARALISIA E
ATROFIA DA
MUSCULATURA
geralmente nos
membros
inferiores.
CAXUMBA Gotículas de Os vírus atacam VACINAÇÃO é o melhor meio de
saliva no ar principalmente se evitar a doença.
expelidas as glândulas
pelo salivares que
doente,ou ficam inchadas.
pelas roupas Pode haver
e objetos agravamento da
contaminados caxumba se os
. vírus atingirem
os testículos, os
ovários ou o
cérebro.
AIDS HIV Retrovírus O HIV ataca o NÃO HÁ VACINA CONTRA A
(Síndrome (Vírus que tem uma LINFÓCITO AIDS. O mais novo tratamento
da da enzima T4(general de da doença é o COQUETEL
Imunodeficiê Imunodeficiê especial divisão). O vírus TRÍPLICE. Os doentes
ncia ncia chamada se liga á proteína medicados obtiveram uma
Adquirida) Humana) transcriptase CD4 presente no diminuição em 98,9% da
reversa que linfócito. quantidade de HIV no
permite a organismo. O coquetel é
produção de formado por AZT e 3TC
DNA a partir (inibidores da enzima
de RNA. O trascriptase reversa), e uma
contágio se droga conhecida com inibidora
dá por da protease.
relações
sexuais,
transfusões
de sangue e
uso de
seringas e
agulhas
compartilhad
as.
Informações adicionais:
EXERCÍCIO SUGERIDO
(Fatec-SP) Um organismo unicelular, sem núcleo diferenciado, causador de infecção em ratos
provavelmente será:
a) uma bactéria.
b) uma alga.
c) um vírus.
d) um fungo.
e) um protozoário.
SIMULADO
Instruções
02. (MACK-SP) A meningite meningocócica, cuja profilaxia, principalmente entre escolares, se fez com
vacinas conhecidas como ‘tipo A’ e ‘tipo C’, é uma infecção causado:
03. (UFES) Bactérias causadoras de infecção e que são vistas ao microscópio como grupamento de
glóbulos em cacho certamente são:
04. (UFMG) Em que alternativa as duas características são comuns a todos os indivíduos do reino
Monera?
06. (Fuvest) Uma dificuldade enfrentada pelos pesquisadores que buscam uma vacina contra o vírus
da AIDS deve-se ao fato de ele:
07. (PUC-RJ) Muitas doenças humanas são produzidas por vírus. Marque da relação seguinte a única
de origem bacteriana:
08. (Vunesp) Os itens de I a VI apresentam, não necessariamente na seqüência, os passos pelos quais
um vírus é replicado.
I. Síndrome das proteínas do vírus.
II. Adesão da capa do vírus com a membrana celular.
III. Produção de proteína.
IV. Abandono da cápsula.
V. Liberação do vírus da célula.
VI. Replicação do RNA
I. Considerando o nível de organização dos protozoários, pode-se afirmar corretamente que são seres
acelulares como os vírus.
II. Pode-se afirmar corretamente que os protozoários só se reproduzem assexuadamente.
III. O citoplasma dos protozoários amebóides é dividido em dois tipos: ectoplasma e endoplasma.
11. Compare um protozoário, por exemplo, um paramécio, com uma célula epidérmica de metazoário
(animal multicelular) quanto à complexidade, ao número de organelas e à especialização, ou seja, o
quanto é capaz de desempenhar uma função específica. A relação CORRETA é que a célula:
13. Conforme tem sido noticiado na imprensa mineira, a incidência de Calazar ou Leishmaniose
visceral, nos cães de áreas urbanas tem aumentado significamente:
14. (UFPR) Os trechos a seguir, indicados por I e II, foram extraídos da "Folha de S. Paulo”
I
EPIDEMIOLOGIA
II
EXTRATO VEGETAL ATACA LEISHMANIOSE
Uma planta utilizada pela medicina popular pode se tornar a mais nova arma contra a leishmaniose
tegumentar, uma das doenças parasitárias mais aterrorizantes a afetar o Brasil e outros países pobres
do planeta. O extrato do vegetal, conhecido como saião ('Kalanchoe pinnata'), estimula o sistema de
defesa do organismo a combater o causador da doença.
(24 de setembro de 2005)
Você sabe que a doença de Chagas é causada por um protozoário (Tryponosoma cruzi)
transmitido pela picada de insetos hematófagos (barbeiros). Das medidas propostas no texto,
as mais efetivas na prevenção dessa doença são:
a) 1 e 2 b) 3 e 5 c) 4 e 6 d) 1 e 3 e) 2 e 3
16. (Ufc) A Doença de Chagas continua causando muitas mortes no Brasil e em países pobres do
mundo. O texto a seguir sobre esta doença é hipotético. Leia-o com atenção.
"Um paciente residente na periferia de Fortaleza procurou o posto médico, queixando-se, entre outras
coisas, de febre, anemia, cansaço e hipertrofia ganglionar. Após os exames clínico e laboratorial,
diagnosticou-se, corretamente, que ele estava com a Doença de Chagas. Ao tomar conhecimento do
caso, um professor resolveu discutir o caso com seus alunos, solicitando que eles opinassem sobre que
medidas deveriam ser tomadas para controlar a propagação da doença. Os alunos apresentaram cinco
sugestões."
a) Isolamento do paciente, para evitar o contágio com outras pessoas, pois a doença se propaga
também pela inalação do ar contaminado;
b) campanha de vacinação em massa, em Fortaleza e por todo o estado do Ceará, para evitar uma
epidemia na cidade.
c) aplicação de inseticidas em toda a cidade, para eliminação do Aedes aegypti, inseto transmissor do
Trypanosoma cruzi, agente causador da doença;
d) vacinação de cães e eliminação de cães de rua, pois eles são reservatórios naturais de protozoários
do grupo Trypanosoma;
e) a proteção das portas e janelas com telas, a fim de evitar a entrada do barbeiro, inseto transmissor
da doença, nas residências".
18. (Ufc 2008) Dentre a imensa diversidade de organismos presentes no ambiente, são apresentados
a seguir três importantes grupos. Relacione as colunas de acordo com as características e a utilização
dos organismos citados.
COLUNA I
I – Bactérias II – Protistas III – Fungos
COLUNA II
( ) Pluricelulares, eucarióticos, heterotróficos e utilizados em biotecnologia.
( ) Unicelulares, sem separação física entre o material genético e o citoplasma e utilizados na limpeza
de ambientes degradados.
( ) Unicelulares, eucarióticos, heterotróficos e utilizados como indicativos de possível presença de
petróleo.
( ) Unicelulares, eucarióticos, autotróficos e utilizados na produção de abrasivos.
a) III, II, I e II. b) II, I, III e II. c) III, I, II e II. d) II, III, II e I. e) I, II, III e II.
19. (Uflavras) Assinale a opção que marca uma característica comum a todos os fungos.
20. Ao montar a tabela abaixo, para ser impressa em um folheto explicativo sobre doenças, formas de
transmissão e profilaxia, o digitador dos dados acabou suprimindo a primeira coluna.
Agente Causador Doença Transmissão Profilaxia
Malária Picada do mosquito- Controle da proliferação do
prego mosquito-prego
Ascaridíase Via oral, pela ingestão Higiene pessoal e saneamento
de ovos básico
Sarampo Através da mucosa Vacinação com o organismo vivo
das vias respiratórias de linhagem atenuada
Síndrome da Através de sangue Fiscalização em bancos de
Imunodeficiê contaminado e pelo sangue, esterilização de
ncia ato sexual com instrumentos cirúrgicos; uso de
Adquirida pessoas infectadas preservativos no ato sexual
Tétano Contaminação Vacinação e limpeza de ferimentos
acidental de
ferimentos profundos
Para que a tabela fique correta, a primeira coluna deverá ser completada na seguinte ordem:
Nome:
Data: / / Aula:
A origem da vida
Durante a formação do sistema solar a 4,6 bilhões de anos atrás parte da nuvem de poeira cósmica
formou os embriões dos planetas assim que o sol começou a brilhar, entre estes a terra.
O embrião planetário terrestre tinha imenso calor, mas foi se resfriando em milhões de anos
possibilitando a formação da crosta terrestre e de uma atmosfera primitiva.
As erupções vulcânicas vindas do interior da Terra liberavam gases que moldavam tal atmosfera. Esses
gases produziam tempestades inimagináveis para os dias atuais.
Para completar todo este cenário imensos meteoros se chocavam contra o nosso planeta, cujos
impactos evaporavam os oceanos em formação. Para se ter uma idéia da força deste impactos, em um
deles a Terra se partiu formando o nosso satélite único, a Lua.
Sob estas condições que a vida se originou uma representação artística do ambiente terrestre
quando da origem da vida. Os primeiros passos evolutivos se deram em um ambiente bem distinto da
Terra atual. Não havia oxigênio; a radiação solar, por consequência a radiação ultra-violeta eram
intensas; tempestades eram constantes e atividade vulcânica incessante era praxe.
Biogênese x Abiogênese
Hoje esta idéia é amplamente aceita, mas nem sempre foi assim, durante anos se acreditou que a vida
podia ser originada a partir “do nada”. Hoje sabemos que a vida surgiu em condições especiais e
únicas, em ambientes altamente instáveis como os lagos termais(foto ao lado), no entanto nem sempre
foi assim, durante anos se acreditou na idéia de geração espontânea da vida.
Desde os gregos a idéia de geração espontânea da vida era algo visto como óbvio. Aristóteles era
defensor desta idéia. A partir do renascimento, mais especificamente a partir de meados do século XVII,
iniciou-se um intrigante debate entre pesquisadores que passaram a defender a idéia de que vida só
poderia se originar de seres vivos preexistentes e de pesquisadores que defendiam a idéia tradicional
de abiogênese.
Este debate ganhou corpo no século XVIII envolvendo de um lado Louis Joblot e Lazáro Spallanzani e
de outro John Needham. Primeiro Joblot aqueceu infusões de caldo de carne em frascos tampados e
abertos e demonstrou que apenas nos frascos abertos apareciam microorganismos. Needham refez o
experimento de Joblot com todos os frascos fechados aquecendo por apenas meia hora, e depois de
alguns dias obteve microorganismos nos frascos. Spallanzani refez o experimento de Needham
aquecendo os frascos por várias horas e mostrou que mesmo após alguns dias não surgiam
microorganismos. Needham e seus seguidores acusaram Spallanzani de ao aquecer em demasia os
frascos destruir a “força vital“ que gerava os microorganismos.
No final do século a descoberta de que o gás oxigênio era essencial a vida deu novo impulso aos
defensores da abiogênese, segundo eles o oxigênio era a “força vital” que era destruída em
experimentos como o de Spallanzani. A presença de ar fresco segundo eles era de suma importância
para a origem espontânea dos organismos.
O debate cresceu tanto que em meados do século XIX, a academia de ciências da França ofereceu um
prêmio ao pesquisador que apresentasse um experimento que colocasse fim em toda esta querela.
Não satisfeita a Academia Francesa de Ciência pediu mais provas. Assim Pasteur elaborou o clássico
experimento dos vidros em pescoço de Cisne que foi o ponto final no debate. Neste experimeto,
Pasteur amoleceu os gargalos dos frascos no fogo, esticando-os e curvando-os em forma de pescoço de
cisne; em seguida ferveu os caldos até que saísse vapor pela extremidade dos gargalos. À medida que
esfriava, o ar penetrava pelo gargalo, mas as partículas do ar ficavam retidas nas paredes do gargalo
em forma de pescoço; Nenhum frasco se contaminou
TEORIA DE OPARIN
Oparin imaginou que a alta temperatura do planeta, a atuação dos raios ultravioleta e a ocorrência de
descargas elétricas na atmosfera pudessem ter provocado reações químicas entre os elementos que
constituíam a atmosfera primitiva (gás metano, gás hidrogênio e amônia), essas reações dariam origem
aos aminoácidos.
Começavam então a cair as primeiras chuvas sobre o solo, e estas arrastavam moléculas de
aminoácidos que ficavam sobre o solo. Com a alta temperatura do ambiente, a água logo evaporava e
retornava à atmosfera onde novamente era precipitada e novamente evaporava e assim por diante.
Oparin concluiu que aminoácidos que eram depositados pelas chuvas não retornavam à atmosfera com
o vapor de água e assim permaneciam sobre as rochas quentes. Presumiu também que as moléculas
de aminoácidos, sob o estímulo do calor, pudessem combinar-se por ligações peptídicas. Assim
surgiriam moléculas maiores de substâncias albuminóides. Seriam então as primeiras proteínas a
existir.
Para os mares primitivos foram arrastadas, com as chuvas, as proteínas e aminoácidos que
permaneciam sobre as rochas. Durante um tempo incalculável, as proteínas acumularam-se nos mares
de águas mornas do planeta. As moléculas se combinavam e partiam-se e novamente voltavam a
combinar-se em nova disposição. E dessa maneira, as proteínas multiplicavam-se quantitativa e
qualitativamente.
Para responder esta pergunta temos que nos arremeter ao período entre 4 bilhões e 3,5 bilhões de
anos atrás e estudar os estromatólitos.
Um estromatólito é uma rocha formada por tapete de limo produzido por micróbios no fundo de
mares rasos, que se acumula até formar uma espécie de recife. Os estromatólitos, por serem os
primeiros organismos a realizar a fotossíntese, são responsáveis pelo ar respirável que surgiu no
planeta a cerca de 3,5 bilhões de anos.
Há mais de 20 anos é conhecida a presença de estromatólitos no chamado sílex de Strelley Pool, uma
formação rochosa que fica na Austrália e que data do início do Período Arqueano, ou seja, cerca de 3,5
bilhões de anos atrás. Não somente de sílex podem se formar os estromatólitos compõem-se também
estes de carbonatos (calcita e dolomita). É formado a partir de uma sucessão de estágios, partindo de
esteira microbiana, estromatólito estratiforme para finalmente consolidar uma rocha. Os principais
microorganismos formadores das esteiras estromatolíticas são as cianobactérias.
O Experimento de Miller-Urey
No meio da década de 50 do século XX, Stanley L. Miller trabalhando no laboratório do professor Urey
fez um experimento que viria a corroborar as idéias de Oparin, Haldane e outros, demostrando não
mais por correlação de dados, e sim por dados empíricos que a atmosfera primitiva era propícia a
formação de uma sopa orgânica contendo água e moléculas como aminoácidos, adenina, guanina,
cianoacetileno (percursor da citosina e da uracila), além de vários açucares.
A experiência de Miller consistiu basicamente em simular as condições da Terra primitiva. Para isto
criou um sistema fechado, onde inseriu os principais gases atmosféricos, tais como gás carbônico,
oxigênio, metano, além de água. Através de descargas elétricas, e ciclos de aquecimento e
condensação de água, obteve após algum tempo, diversas moléculas orgânicas (aminoácidos). Deste
modo, conseguiu demonstrar experimentalmente, que nas condições primitivas da Terra, seria possível
aparecerem moléculas orgânicas através de reações químicas na atmosfera. Estas moléculas orgânicas
são indispensáveis para o surgimento da vida.
I
Os Mecanismos da Evolução
Lentamente, no entanto, a partir do século XIX, uma série de pensadores passou a admitir a idéia da
substituição gradual de espécies por outras através de adaptações a ambientes em contínuo processo
de mudança. Essa corrente de pensamento, transformista, que vagarosamente foi ganhando adeptos,
explicava a adaptação como um processo dinâmico, ao contrário do que propunham os fixistas. Para o
transformismo, a adaptação é conseguida através de mudanças. À medida que muda o meio, muda a
espécie. Os adaptados ao ambiente em mudança sobrevivem. Essa idéia deu origem ao evolucionismo.
Evolução biológica é a adaptação das espécies a meios continuamente em mudança. Essa mudança
das espécies nem sempre implica aperfeiçoamento ou melhora. Muitas vezes leva a uma simplificação.
É o caso das tênias, vermes achatados parasitas: embora nelas não exista tubo digestivo, estão
perfeitamente adaptadas ao parasitismo no tubo digestivo do homem e de muitos outros vertebrados.
As evidências da evolução
Durante a fase polêmica da discussão evolucionista, muitos argumentos foram utilizados. Uma das
evidências mais importantes da ocorrência de Evolução biológica é dada pelos fósseis, que podem ser
conceituados como “restos ou vestígios de seres vivos de épocas remotas”. Por meio deles, verifica-se
que havia organismos completamente diferentes dos atuais, argumento poderoso para os defensores
do transformismo. Outras evidências evolutivas podem ser citadas: a semelhança embriológica e
anatômica existente entre os componentes de alguns grupos animais, notadamente os vertebrados; a
existência de estruturas vestigiais, como, por exemplo, o apêndice vermiforme humano, desprovido de
função quando comparado aos apêndices funcionais de outros vertebrados. Modernamente, dá-se
muito valor à semelhança bioquímica existente entre diferentes animais. É o caso de certas proteínas
componentes do sangue do homem e dos macacos.
Os evolucionistas em ação: Lamarck e Darwin
A partir do século XIX surgiram algumas tentativas de explicação para a Evolução biológica. Jean
Baptiste Lamarck, francês, e Charles Darwin, inglês, foram os que mais coerentemente elaboraram
teorias sobre o mecanismo evolutivo. Foi Darwin, no entanto, o autor do monumental trabalho científico
que revolucionou a Biologia e que até hoje persiste como a Teoria da Seleção Natural das espécies.
É óbvio que a mortalidade seria maior entre indivíduos menos adaptados a seu meio, pelo processo de
escolha ou “seleção natural”. Perceba, então, que a idéia de Darwin parte do princípio importante de
que existe variabilidade entre os indivíduos de uma mesma espécie e que essa variabilidade pode
permitir que indivíduos se adaptem ao ambiente.
Assim, para Darwin, a adaptação é resultado de um processo de escolha dos que já possuem a
adaptação. Essa escolha, efetuada pelo meio, é a Seleção Natural e pressupõe a existência prévia de
uma diversidade específica. Então, muda o meio. Havendo o que escolher (variabilidade), a seleção
natural entra em ação e promove a adaptação da espécie ao meio. Quem não se adapta, desaparece.
O Darwinismo, a conhecida teoria da “Evolução Biológica por adaptação das espécies aos meios em
mudança através da Seleção Natural”, pode ser assim esquematizado:
Variabilidade
||
Seleção natural --=> || <=-- Seleção natural
||
Adaptação
É claro que, em ambientes diferentes, variações distintas serão valorizadas. Isso explica por que duas
populações da mesma espécie podem se adaptar de maneiras bastante diversificadas em ambientes
diferentes.
Se o vento e as águas podem esculpir uma rocha, modificando consideravelmente sua forma, será que
os seres vivos não poderiam ser também moldados pelo ambiente? Teria o ambiente o poder de
provocar modificações adaptativas nos seres vivos?
Lamarck acreditava que sim. Considerava, por exemplo, que mudanças das circunstâncias do ambiente
de um animal provocariam modificações suas necessidades, fazendo que ele passasse a adotar novos
hábitos de vida para satisfazê-las. Com isso o animal passaria a utilizar mais freqüentemente certas
partes do corpo, que cresceriam e se desenvolveriam, enquanto outras partes não seriam solicitadas,
ficando mais reduzidas, até se atrofiarem. Assim, o ambiente seria o responsável direto pelas
modificações nos seres vivos, que transmitiriam essas mudanças aos seus descendentes, produzindo
um aperfeiçoamento da espécie ao longo das gerações.
Com base nessa premissa, postulou duas leis. A primeira, chamada Lei do Uso e Desuso, afirmava que,
se para viver em determinado ambiente fosse necessário certo órgão, os seres vivos dessa espécie
tenderiam a valorizá-lo cada vez mais, utilizando-o com maior freqüência, o que o levaria a hipertrofiar.
Ao contrário, o não uso de determinado órgão levaria à sua atrofia e desaparecimento completo ao
longo de algum tempo.
A segunda lei, Lamarck chamou de Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos. Através dela postulou
que qualquer aquisição benéfica durante a vida dos seres vivos seria transmitida aos descendentes,
que passariam a tê-la, transmitindo-a, por sua vez, às gerações seguintes, até que ocorresse sua
estabilização.
A partir dessas suas leis, Lamarck formulou sua teoria da evolução, apoiado apenas em alguns
exemplos que observara na natureza. Por exemplo, as membranas existentes entre os dedos dos pés
das aves nadadoras, ele as explicava como decorrentes da necessidade que elas tinham de nadar.
Cornos e chifres teriam surgindo como conseqüência das cabeçadas que os animais davam em suas
brigas. A forma do corpo de uma planta de deserto seria explicada pela necessidade de economizar
água.
Por que não podemos aceitar as teses de Lamarck?
Na verdade não podemos simplesmente achar erradas as idéias de Lamarck sem dizer exatamente o
porquê do erro. É preciso saber criticá-las com argumentos que evidenciam o erro nelas contido. Assim,
pode-se dizer que a lei do uso e desuso só será válida se a alteração que ela propõe estiver relacionada
a alterações em órgãos de natureza muscular e, ainda, alterações que não envolvam mudanças no
material genético do indivíduo. A cauda de um macaco sul-americano não cresceu porque o animal
manifestou o desejo de se prender aos galhos de uma árvore. Tal mudança deveria envolver antes uma
alteração nos genes encarregados da confecção da cauda.
Com relação à lei da transmissão das características adquiridas, é preciso deixar bem claro que eventos
que ocorrem durante a vida de um organismo, alterando alguma sua característica, não podem ser
transmissíveis à geração seguinte. O que uma geração transmite à outra são genes. E os genes
transmissíveis já existem em um indivíduo desde o momento em que ele foi um zigoto. E, fatos que
ocorram durante sua vida não influenciarão exatamente aqueles genes que ele deseja que sejam
alterados.
II
A Especiação
A mudança de ambiente favorece a ação da seleção natural, o que pode levar a uma mudança inicial
de composição dos grupos. A ocorrência de mutações casuais do material genético ao longo do tempo
leva a um aumento da variabilidade e permite a continuidade da atuação da seleção natural. Se após
certo tempo de isolamento geográfico os descendentes dos grupos originais voltarem a se encontrar,
pode não haver mais a possibilidade de reprodução entre eles. Nesse caso, eles constituem novas
espécies. Isso pode ser evidenciado através da observação de diferenças no comportamento
reprodutor, da incompatibilidade na estrutura e tamanho dos órgãos reprodutores, da inexistência de
descendentes ou, ainda, da esterilidade dos descendentes, no caso de eles existirem. Acontecendo
alguma dessas possibilidades, as novas espécies assim formadas estarão em isolamento reprodutivo,
confirmando, desse modo, o sucesso do processo de especiação.
Nem sempre, porém, acaba havendo isolamento reprodutivo entre grupos que se separam, isto é, nem
sempre ocorre a formação de novas espécies. O que aconteceria se as barreiras geográficas fossem
desfeitas precocemente? Ou, o que pode acontecer se o isolamento geográfico for interrompido? Nesse
caso, é possível que os componentes dos dois grupos tenham acumulado diferenças que os distinguem
entre si mas que não impedem a reprodução. Isto é, os dois grupos ainda pertencem à mesma espécie.
Como denominar, então, essas variedades que não chegaram a transformar-se em novas espécies?
Podemos chamá-las de RAÇAS. Uma mesma espécie poderá ser formada por diversas raças,
intercruzantes entre si, mas que apresentam características morfológicas distintas. Pense nas
diferentes raças de cães existentes atualmente e essa idéia ficará bem clara.
Um caso interessante que ilustra o que foi dito é o da rã norte-americana Rana pipiens. A distribuição
geográfica dessa espécie de animal ocorre do norte ao sul da América do Norte. As diferentes
populações apresentam características morfológicas distintas. Só que dificilmente uma rã do Norte se
acasala com uma do Sul. Se isso for feito artificialmente, notar-se-á uma grande quantidade de
descendentes defeituosos. No entanto, se os cruzamentos ocorrem entre populações vizinhas, a
porcentagem de indivíduos normais será de 100%. Esse fato mostra que em Rana pipiens ocorre o
chamado fluxo gênico entre populações vizinhas, desde o Norte até o Sul, de modo que todas essas
populações pertencem à mesma espécie. É provável que, se as populações intermediárias forem
eliminadas, as que se encontram em extremos opostos venham a constituir duas novas espécies,
incapazes de trocar genes.
Os tipos de isolamento reprodutivo
O isolamento reprodutivo corresponde a um mecanismo que bloqueia a troca de genes entre as
populações das diferentes espécies existentes na natureza. Não se esqueça de que o conceito espécie
se baseia justamente na possibilidade de trocas de genes entre os organismos, levando a uma
descendência fértil. No caso de haver isolamento reprodutivo, ele se manifesta de dois modos: através
do impedimento da formação do híbrido, e nesse caso diz-se que estão atuando os mecanismos de
isolamento reprodutivo pré-zigóticos, ou seja, que antecedem o zigoto, e através de alguma alteração
que acontece após a formação do zigoto, e nesse caso fala-se na atuação de mecanismos de
isolamento reprodutivos pós-zigóticos.
Simpatria e alopatria
Quando duas populações vivem na mesma área geográfica elas são chamadas de simpátricas (Sin =
união, pátricas = de pátria, local de vida). Necessariamente as duas populações deverão pertencer a
espécies diferentes. É o caso das Zebras e Girafas encontradas em determinado local da Savana
africana. Por outro lado, populações da mesma espécie, ou não, que habitem ambientes diferentes são
considerados alopátricas (Aloios, do grego, significa diferente). Duas populações de lambaris que
habitam represas diferentes são alopátricas. Girafas e pingüins são grupos alopátricos de organismos
pertencentes a espécies diferentes.
Irradiação adaptativa
Há muitos indícios de que a evolução dos grandes
grupos de seres vivos foi possível a partir de um
grupo ancestral cujos componentes, através do
processo de especiação, possibilitaram o
surgimento de espécies relacionadas. Assim, a
partir de uma espécie inicial, pequenos grupos
iniciaram a conquista de novos ambientes, sofrendo
uma adaptação que lhes possibilitou a
sobrevivência nesses meios. Desse modo teriam
surgido novas espécies que em muitas
características apresentavam semelhanças com
espécies relacionadas e com a ancestral. Esse
fenômeno evolutivo é conhecido como Irradiação
Adaptativa, e um dos melhores exemplos corresponde aos pássaros fringilídeos de Galápagos
estudados por Darwin. Originários do continente sul-americano, irradiaram-se para diversas ilhas do
arquipélago, cada grupo adaptando-se às condições peculiares de cada ilha e, conseqüentemente,
originando as diferentes espécies hoje lá existentes.
Para que a irradiação possa ocorrer, é necessário em primeiro lugar que os organismos já possuam em
seu equipamento genético as condições necessárias para a ocupação do novo meio. Este, por sua vez,
constitui-se num segundo fator importante, já que a seleção natural adaptará a composição do grupo
ao meio de vida.
Convergência adaptativa
A observação de um tubarão e um golfinho evidencia muitas semelhanças morfológicas, embora os
dois animais pertençam a grupos distintos. O tubarão é peixe cartilaginoso, respira por brânquias, e
suas nadadeiras são membranas carnosas. O golfinho é mamífero, respira ar por pulmões, e suas
nadadeiras escondem ossos semelhantes aos dos nossos membros superiores. Portanto, a semelhança
morfológica existente entre os dois não revela parentesco evolutivo. De que maneira, então,
adquiriram essa grande semelhança externa? Foi a atuação da um mesmo meio, o aquático, que
selecionou nas duas espécies a forma corporal ideal ajustada à água. Esse fenômeno é conhecido como
convergência adaptativa ou evolução convergente.
Homologia e analogia
Agora que sabemos o que é irradiação adaptativa e convergência adaptativa, fica fácil entender o
significado dos termos homologia e analogia. Ambos utilizados para comparar órgãos ou estruturas
existentes nos seres vivos. A homologia designa a semelhança de origem entre dois órgãos
pertencentes a dois seres vivos de espécies diferentes, enquanto a analogia se refere à semelhança de
função executada por órgãos pertencentes a seres vivos de espécies diferentes. Dois órgãos homólogos
poderão ser análogos caso executem a mesma função.
A cauda de um macaco sul-americano e a cauda de um cachorro são estruturas homólogas (os dois
animais são mamíferos) e não desempenham a mesma função. Já as asas de um beija-flor (ave) e as de
um morcego (mamífero) são homólogas por terem a mesma origem e análogas por desempenharem a
mesma função.
Por outro lado, as asas de uma borboleta (um inseto, artrópode) são análogas às asas de um pardal
(uma ave) por desempenharem a mesma função, porém não são homólogas, já que a origem destas
estruturas é muito diferente.
Note que os casos de homologia revelam a atuação do processo de irradiação adaptativa e denotam
um parentesco entre os animais comparados. Já os casos de analogia pura, não acompanhados de
homologia, revelam a ocorrência de convergência adaptativa e não envolvem parentesco entre os
animais exemplificados. Assim, as nadadeiras anteriores de um tubarão são análogas às de uma baleia
e ambas são conseqüência de uma evolução convergente.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
(FCC) O esquema abaixo representa 4 populações. Os círculos que se tangenciam correspondem a
populações que se intercruzam na natureza.
a) 1 e 2
b) 1 e 3
c) 3 e 2
d) 3 e 3
e) 4 e 3
RESOLUÇÃO:
Através da análise do esquema, pode-se notar que I e II se entrecruzam então pertencem à mesma
espécie. O mesmo se pode dizer com relação às populações II e III.
Embora III não se entrecruze com I, pode-se dizer que III é da mesma espécie que I, já que III se
entrecruza com II, que, por sua vez, entrecruza-se com I, pois ambas são intercruzantes.
Com isso temos que, assim como foi feito no esquema, há apenas uma
espécie. Nota-se que há um fluxo gênico entre as populações consideradas,
mesmo que não haja contato entre todas elas. No caso de I desaparecer, o
esquema ficaria como o representado na imagem à direita.
Portanto, só passaria a haver cruzamento entre as populações II e III, que
constituiriam uma espécie, ficando a população IV isolada das demais e
constituindo outra espécie. Portanto a resposta é A.
SIMULADO
Instruções
01. (UFMS) A evolução das sociedades humanas é influenciada por fatores diversos. As afirmações
abaixo apresentam diferentes situações dessa evolução.
I. O isolamento inicial da espécie humana levou ao surgimento das etnias até hoje existentes.
II. Um defeito de visão numa tribo de caçadores pode ser um desastre, embora numa sociedade
moderna seja facilmente solucionado pelo uso de óculos.
III. Após a fecundação, o zigoto será inédito. Como metade dos seus cromossomos vem do pai e
metade, da mãe, ele é o resultado de uma combinação diferente da de seus pais.
IV. O DNA do homem difere do DNA do gorila em 2,3% e do DNA do chimpanzé em 1,6%, o que vale
dizer que o chimpanzé é parente mais próximo do homem.
V. A capacidade da espécie humana de realizar grandes deslocamentos favoreceu a miscigenação das
raças.
Pode-se afirmar que os fatores determinantes destas evidências são, respectivamente, de natureza.
Para que, exatamente, serve o apêndice? A resposta não está clara até hoje, nem mesmo para os
médicos e cientistas. Embora a sua função de produzir células de defesa do organismo contra
agressões de bactérias e vírus tenha ficado comprovada, ele não é, certamente, indispensável, pois
diversos outros órgãos produzem estas mesmas células. Há quem diga que, hoje, ele só serve para
inflamar e provocar a necessidade de uma cirurgia de emergência. (Globo Ciência. n. 89.)
Na espécie humana, o apêndice vermiforme é bastante reduzido, considerado órgão vestigial, enquanto
que em alguns mamíferos herbívoros, como o coelho, aparece bem desenvolvido, abrigando
microrganismos mutualísticos que promovem a digestão da celulose. Sob o aspecto evolutivo, os
órgãos vestigiais revelam:
a) Recombinação gênica.
b) Mutação gênica.
c) Mecanismos que favorecem o acasalamento entre espécies diferentes.
d) Mecanismos que conduzem ao isolamento reprodutivo.
e) Ligação e permuta genética.
04. (F.M. Itajubá-MG) “A reconstituição de um crânio de 11.500 anos, o mais antigo da América,
revoluciona as teorias sobre a ocupação do continente”. (Veja, agosto de 1999). O espécimen foi
chamado de Luzia, a primeira brasileira. Considere as seguintes proposições (I, II e III) para resolver a
questão.
05. (PUC-RJ) Leia as afirmativas abaixo, com relação à evolução dos seres vivos.
I. O mecanismo da evolução caracteriza-se basicamente por uma mudança na frequência de certos
genes na população, causada por mutação, seleção natural, isolamento geográfico e reprodutivo ou
deriva genética.
II. Quando através do isolamento geográfico, uma população se torna diferente da população original e
atinge um isolamento reprodutivo, dizemos que surgiu uma nova espécie.
III. A mutação é uma alteração na seqüência de bases do DNA, podendo ser espontânea ou provocada
por agentes ambientais. Somente as mutações que ocorrem nas células reprodutoras têm importância
evolutiva.
IV. Segundo Darwin, através da seleção natural, as espécies serão representadas por indivíduos cada
vez mais adaptados ao ambiente em que vivem.
06. (UFMA) Considerando-se “estruturas análogas as que possuem a mesma função, porém origens
embrionárias diferentes, e estruturas homólogas as que possuem a mesma origem embrionária
podendo ou não apresentar as mesmas funções”, devemos afirmar que:
07. (UFCE) “Nenhum dos fatos definidos da seleção orgânica, nenhum órgão especial, nenhuma forma
característica ou distintiva, nenhuma peculiaridade do instinto ou do hábito, nenhuma relação entre
espécies — nada disso pode existir, a menos que seja, ou tenha sido alguma vez, útil aos indivíduos ou
às raças que os possuem”. (WALLACE, Alfred Russel, 1867)
O texto acima é uma defesa intransigente do princípio:
08. (U.F. Juiz de Fora - MG) Sobre a ORIGEM e a evolução dos primeiros seres vivos é CORRETO
afirmar que:
a) a atmosfera da Terra primitiva era composta principalmente de metano, oxigênio e vapor d’água.
b) os primeiros organismos eram autotróficos.
c) os primeiros organismos a conquistar o ambiente terrestre foram os répteis.
d) os primeiros invertebrados viviam exclusivamente no mar.
09. (UEMS) No estudo da evolução dos seres vivos, destacaram-se eminentes naturalistas tais como
Lamarck, Darwin, Weissman e outros. Assinale, nas alternativas abaixo, o conceito que exprime a idéia
básica da teoria evolucionista de Lamarck:
10. (UEMS) De acordo com o conceito atual da evolução: a teoria sintética ou neodarwinismo, seria
correto afirmar:
a) A evolução se dá através da ocorrência de macromutações, responsáveis pela origem de novos
indivíduos radicalmente diferentes de seus ancestrais.
b) Os indivíduos que vencem a “luta pela sobrevivência” são os que determinam o rumo da evolução,
não importando se produzem descendentes.
c) Tanto a mutação quanto a seleção natural atuam no processo evolutivo.
d) Apenas a seleção natural atua no processo evolutivo.
e) Tanto a mutação quanto a seleção natural não atuam no processo evolutivo.
11. (U.F.F-RJ) Devido ao grande número de acidentes provocados pelos cães da raça Pitbull, várias
solicitações vêm sendo feitas pela população do Rio de Janeiro e de outras cidades do Brasil, visando à
proibição da circulação desses cães pelas ruas.
Para alguns adestradores, o comportamento agressivo desses animais é ensinado por seus donos — os
“Pitboys”. Para outros, a agressividade é conseqüência de um aprimoramento genético obtido pela
utilização dos cães vencedores em brigas, nos processos de reprodução em canis: à medida que esses
cães foram estimulados a brigar, nas famosas rinhas, ocorreram alterações genéticas que favoreceram
a agressividade e foram transmitidas pelos cães vencedores aos filhotes.
12. (UNB) Entre os princípios básicos abaixo, o único que não faz parte da teoria da evolução de
Darwin é:
a) O número de indivíduos de uma espécie mantêm-se mais ou menos constante no decorrer das
gerações.
b) A seleção dos indivíduos de uma espécie se faz ao acaso.
c) Os indivíduos de uma espécie apresentam variações em suas características.
d) No decorrer das gerações, aumenta a adaptação dos indivíduos ao meio ambiente.
e) O meio ambiente é o responsável pelo processo de seleção.
13. (UFRS) O gráfico abaixo descreve um fenômeno que deu a Darwin a idéia do mecanismo da
seleção natural como determinante da evolução. No gráfico, as linhas A e B descrevem,
respectivamente, os aumentos:
14. (UFRS) Sabe-se que, atualmente, mais de vinte espécies de insetos desenvolveram resistência
aos inseticidas; metade destas espécies é constituída de parasitas de culturas agrícolas e a outra
metade por vetores de doenças. Em vertebrados, a resistência surge mais lentamente que nos insetos.
O aparecimento de populações resistentes aos inseticidas pode ser explicado:
15. Considere a seguinte frase a ser completada: “Sem ( I ) não há variabilidade; sem
variabilidade não há ( II ) e, conseqüentemente, não há ( III )”. Os termos que substituindo os
números tornam essa frase logicamente correta são:
16. (COVESP) As mutações genéticas desempenham grande papel na evolução. Assinale a alternativa
que não explica corretamente o papel das mutações.
17. (Fuvest-SP) Nas cianofíceas não se conhece nenhum processo de reprodução sexuada. Nesse
grupo a variabilidade genética é causada especialmente por:
a) recombinação genética.
b) mutação.
c) permutação.
d) conjugação.
e) cruzamentos seletivos.
18. Duas raças, X e Y, isoladas geograficamente, depois de determinado tempo passaram a viver numa
mesma área e houve cruzamentos inter-raciais. Constatou-se que o híbrido do cruzamento X e Y tinha
viabilidade baixa. Este fato pode levar:
19. Durante um tratamento com antibiótico, o médico observou que seu paciente apresentou sensível
melhora até o 7° dia . A partir daí, a infecção começou a aumentar e aos 12 dias o antibiótico não era
mais eficaz. Qual das alternativas melhor explica o fato?
20. (UFMG) Famoso exemplo de evolução é o dos tentilhões, tipo de ave encontrado nas Ilhas
Galápagos por Darwin. Diferentes espécies de tentilhões habitam as diversas ilhas do arquipélago. A
principal diferença entre as espécies refere-se à forma do bico. Verificou-se que essa forma variou
conforme o tipo de alimento disponível em cada ilha. Acredita-se que todas as espécies de tentilhões
de Galápagos possuam um mesmo ancestral. Todas as afirmações seguintes constituem explicações
certas das etapas da evolução dos tentilhões, exceto uma:
21. (PUC-MG) "Quanto maior for a variabilidade genética de uma população, maior será a capacidade
dela se adaptar às adversidades do meio."
Essa afirmação É:
a) falsa, porque a variabilidade tem valor individual e não populacional.
b) verdadeira, pois maior variabilidade genética indica maior capacidade de resposta às mudanças
ambientais
c) falsa, porque é o meio que determinará no indivíduo as mudanças genéticas necessárias e
apropriadas ao momento.
d) verdadeira, porque corresponde aos preceitos elaborados por Lamarck na teoria de uso e desuso.
e) questionável, pois não há evidências seguras do real valor da variabilidade genética.
É correto concluir que as duas populações, formadas a partir de um único estoque, são:
Nome:
Data: / / Aula:
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
01. (U. Gama Filho-RJ) Doenças "antigas", como a tuberculose e a pneumonia, estão em franco
ressurgimento. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), três milhões de pessoas
morrem a cada ano de tuberculose. (Revista Veja, 21/9/1994.)
A resistência de bactérias a antibióticos é justificada em uma das opções abaixo. Indique-a.
I. as alterações provocadas pelo ambiente nas características físicas de um organismo adulto são
transmitidas aos seus descendentes:
II. os indivíduos de uma mesma espécie são diferentes entre si.
III. a mutação é um fator evolutivo.
03. (UnB) Todas as opções abaixo são pertinentes à moderna teoria da evolução, exceto:
a) Os organismos que se reproduzem assexuadamente são os que têm maior probabilidade de evoluir.
b) Em qualquer ambiente, os indivíduos com características para aumentar sua capacidade de
sobrevivência têm mais probabilidade de atingir a época de reprodução.
c) A adaptação uma característica ecológica, pois consiste na interação de um determinado organismo
a um determinado ambiente.
d) A evolução resulta de modificações numa população e não em apenas um indivíduo.
a) haverá extinção de A e B.
b) ocorrerá aumento de A e diminuição de B.
c) haverá aumento de B e diminuição de A.
d) as diferenças acumuladas em A e B desaparecerão.
e) A e B poderão ser consideradas espécies diferentes.
Assinale:
07. (UNICAMP) Com respeito aos termos homologia e analogia não podemos afirmar que:
08. (UFU-MG) Quando a semelhança entre estruturas animais não é sinal de parentesco, mas
conseguida pela ação da seleção natural sobre espécies de origens diferentes, fala-se em:
a) convergência adaptativa.
b) isolamento reprodutivo.
c) irradiação adaptativa.
d) isolamento geográfco.
e) alopatria.
09. Os geneticistas conseguiram extrair o DNA de partes de osso que não estavam fossilizadas de um
homem de Neanderthal, morto há mais de 30 mil anos. Comparando este DNA com o de um homem
moderno eles concluiram que nós não somos descendentes do Neanderthal e sim que ele é um parente
próximo; ou seja, temos um ascendente em comum.
a) anatômica
b) comparativa
c) paleontológica
d) embriológica
e) bioquímica
INVERTEBRADOS
Desde os protozoários, unicelulares e
microscópicos, até os grandes polvos e
lulas, que atingem vários metros de
comprimento, os invertebrados formam
uma ampla variedade de seres,
equivalente a mais de 95% dos animais
existentes, distribuídos por todas as partes
do mundo.
Devido a sua heterogeneidade, a classificação dos invertebrados obedece mais a critérios descritivos
do que a normas de distinção filogenética. O termo taxionômico invertebrados, antes usado em
oposição a vertebrados -- ainda vigente como nome de um subfilo -- não é mais usado na classificação
sistemática moderna. Além da ausência de espinha dorsal, há ainda outras características comuns a
estes seres, como:
De forma geral, podemos dizer que a grande maioria dos invertebrados é capaz de se locomover.
Contudo, as esponjas somente realizam esta tarefa quando elas ainda são bem jovens e pequenas. Já
as lagostas e os insetos são capazes de se movimentar durante toda sua existência.
Diferentemente dos vegetais (que produzem sua própria energia através da fotossíntese), os
invertebrados necessitam extrair a energia necessária para sua sobrevivência através de outros seres.
Para isso, eles se alimentam de seres autótrofos (vegetais) e heterótrofos (animais). Tipos de
invertebrados:
• Esponjas ou poríferos;
• Cnidários;
• Platelmintos;
• Nematelmintos;
• Moluscos;
• Anelídeos;
• Artrópodes;
• Equinodermos;
Poríferos
Os poríferos (ou esponjas) constituem o grupo mais simples de animais. Embora multicelulares, com
células relativamente especializadas, sua organização é rudimentar. A simplicidade de sua estrutura faz
com que seu modo de vida seja em colônias.
O nome porífera refere-se ao fato de seus representantes apresentarem o corpo todo perfurado por
poros microscópicos. Quando se trata de uma esponja simples e individual, podemos dizer que ela é um
organismo que vive de forma fixa em um substrato submerso.
A parede do corpo da esponja é composta por duas camadas celulares: a externa é constituída por
células achatadas chamadas pinacócitos e a interna é formada por células flageladas, denominadas
coanócitos. Cada poro é um canal microscópio que atravessa o citoplasma de uma célula especializada
chamada porócito, e é através dos poros que a água, trazendo oxigênio e partículas alimentares,
penetra na cavidade atrial do espongiário.
As esponjas não têm sistemas muscular, nervoso ou sensorial; pequenas modificações na forma do
corpo, entretanto, podem ser consideradas pela retração das células de revestimento e dos porócitos.
Quanto a alimentação, as esponjas são animais filtradores, em conseqüência, a água penetra pelos
poros da parede corporal. A água que entra contém os gases necessários à respiração e também
partículas alimentares em suspensão. As partículas alimentares são capturadas pelos coanócitos,
capazes de realizar a fagocitose, assim o alimento é digerido intracelularmente em vacúolos digestivos.
Todos os espongiários são aquáticos, e a maioria das espécies vive no mar, algumas vivem
isoladamente outras formam colônias.
Os poríferos se reproduzem tanto assexuada como sexuadamente. Varias espécies reproduzem-se por
brotamento; os brotos geralmente permanecem unidos, crescem e formam uma colônia de
espongiários. As esponjas também apresentam formas sexuais de reprodução. Células amebóides do
corpo sofrem meiose e diferenciam-se em óvulos e espermatozóides. Os espermatozóides são liberados
na água e penetram na parede do corpo das fêmeas, onde fecundam os óvulos.
Resumo
Diagnose de um porífero: animal filtrador, com nível simples de organização corporal, não apresenta
qualquer órgão ou sistema.
Habitat: ambiente aquático, a maioria das espécies é marinha.
Exemplo: poríferos usados como esponjas de banho (gênero Spongia)
Reprodução: assexuada, por fragmentação e brotamento; sexuada, com desenvolvimento indireto
(larva anfiblástula).
Celenterados
São animais mais desenvolvidos que os poríferos, embora também sejam simples. O nome Cnidário é
dado porque os animais desse filo possuem em seu corpo Cnidoblastos ou células urticantes. Os
representantes desse filo são as águas-vivas e as anêmonas-do-mar.
A parede corpórea é formada: externamente por uma camada epidérmica com função protetora e
sensitiva; internamente por uma camada, a gastroderme, que tem função digestória e onde se situam
as células que promovem a digestão intracelular, no interior de vacúolos. Entre a camada epidérmica e
a gastroderme existe a mesogléia, estrutura gelatinosa que serve de apoio para o corpo. E entre a
mesogléia e a epiderme existem células nervosas que, em conexão funcional com outras células,
determinam o surgimento de um mecanismo sensitivo-neuromotor.
Resumo
Diagnose de um celenterado: animal com forma de pólipo ou medusa; formado por duas camadas
celulares; sistema digestivo incompleto apresenta células urticantes, os cnidoblastos; existem espécies
que há alternância de gerações de pólipos ou de medusas.
Habitat: Ambientes aquáticos, a maioria marinha.
Exemplos: Caravela, Medusa marinha, hydra.
Reprodução: alguns pólipos têm reprodução assexuada por brotamento; algumas espécies têm ciclos
de vida com alternância de gerações sexuadas e assexuadas.
d
Platelmintos
São vermes de corpo achatado. Desprovidos de patas e corpo alongado. Existem platelmintos de vida
livre e também parasita. Os de vida livre não vivem à custa de outros seres vivos como os parasitas,
que se alojam em hospedeiros para cumprir seus ciclos de vida. As planárias vivem na água doce, no
fundo de lagos, sob pedras ou da folhagem. Sua boca fica na região ventral e ela parece estrábica. Ela
é muito utilizada em experimentos. Já os parasitas podem causar doenças comuns como a
esquistossomose e a teníase que são transmitidas respectivamente através do contato direto da larva
com a pele ou pela ingestão de carne crua contaminada. São também conhecidos como vermes. Ex:
Planária, Esquistossomo e Solitária.
Os vermes mais inferiores são os platelmintos, os quais têm o corpo mole e fino. O filo inclui três
classes: os Turbelários: platelmintos de vida livre; os Trematodos: parasitas externos ou internos; e os
Cestoda ou tênias, cujos vermes adultos são parasitas intestinais de vertebrados. Trematodos e tênias
são parasitas importantes para o homem, rebanhos e animais silvestres, alguns causando moléstias
sérias ou mesmo a morte destes hospedeiros. Os únicos platelmintos de vida livre são encontrados
entre os turbelários, que apresentam a epiderme ciliada delicada enquanto os trematodos e as tênias
são revestidos com uma cutícula resistente à digestão e têm ventosas e ganchos para a fixação nos
seus hospedeiros. Aqueles que vivem internamente não apresentam órgãos sensoriais.
Resumo
Diagnose de um platelminte: animal de corpo achatado, formado por três tecidos embrionários, corpo
sem cavidade (acelomado) preenchido por mesênquima; sistema digestivo incompleto, simetria
bilateral.
Habitat: terrestres e aquáticos, de água doce ou salgada, formas parasitas vivem no interior de
diversos tipos de hospedeiros.
Exemplos: Planaria de água doce, a tênia.
Reprodução: em algumas planarias pode haver reprodução assexuada por fragmentação; as planarias
são monóicas com o desenvolvimento direto, sem estagio larval; outras espécies são dióicas; muitos
representantes desse filo são parasitas, alguns com diversos estágios intermediários.
Nematelmintos
Os nematelmintos reúnem vermes de corpo cilíndrico, não dividido em anéis. Podem ter vida livre,
isto é séssil, ou ser parasitas. Possuem tamanho que varia de milímetros até mais de oito metros, como
é o caso do parasita de placenta de baleia. Dentre os parasitas podem ser citados a lombriga, o
ancislóstomo, o oxiúro, o bicho geográfico e a filária. Para estes vermes existem alguns cuidados
profiláticos, tais como, não ingerir alimentos crus, não andar descalço e lavar sempre as mãos ao tocar
em terra ou areia que possa estar contaminada.
Resumo
Sistema digestivo: presente, completo (intestino sem ramificações; digestão extra e intracelularmente).
Ancilostomose ou Anemia, pele Andar por cima de uma Não andar de pés
Amarelão amarelada, fezes com área contaminada por descalços e tomar cuidado
sangue, afecção esse verme. com a higiene.
pulmonar e
indisposição.
Anelídeos
Como o próprio nome já sugere, são animais com o corpo todos segmentados, isto é, dividido em anéis.
Na maioria dos anelídeos, observamos grossos fios de quitina que são chamados de cerdas. Estas se
apresentam em feixes ou isoladas e são usadas para auxiliar na locomoção. São animais que vivem em
ambientes úmidos ou aquáticos, pois precisam manter a pele sempre umedecida. Apresentam
respiração cutânea, isto é, pela pele. As principais classes de anelídeos são:
Oligoquetos: animais detritívoros que compõe o húmus. Sua reprodução se dá por fecundação
cruzada e são hermafroditas. Ex: minhoca.
Poliquetos: marinhos, ficam flutuando ou ainda no interior de tubos fabricados por eles mesmos, à
base de calcário de restos de conchas e da areia. Apresentam muitas cerdas e a sua respiração é
branquial. Ex: tubícola.
Hirudíneos: alimentam-se de sangue de vertebrados. Vivem em regiões de pântanos ou charcos, isto
é, em ambientes úmidos. Apresentam uma ventosa na região da boca além de uma mandíbula
serrilhada. Ex: sanguessuga.
Resumo
Sistema nervoso: presente (composto por uma nervosa ventral, com um par de gânglios por
segmento).
Moluscos
Os moluscos são animais de corpo mole, a maioria apresenta uma concha de calcário, com variedade
de cores, formas e tamanhos e que normalmente são externas e algumas vezes podem ser internas. Os
moluscos são também adaptados a todos os tipos de ambientes: terrestre e aquático. Seu corpo
apresenta três partes: cabeça, pé e massa visceral, na cabeça ficam a boca e os olhos, o pé é uma
forte massa usada para locomoção e fixação. As classes de moluscos são: Gastrópodes, Bivalves e
Cefalópodes.
Resumo
Diagnose de um molusco: animais de mole, com ou sem concha; triblástico; cavidade corporal
denominada celoma; sistema digestivo completo, com glândula digestiva anexa e simetria bilateral.
Habitat: vida livre, terrestres de água doce ou salgada; raras formas parasitas têm larvas que vivem em
guelras de peixes.
Reprodução: sexuada; existindo espécies monóicas e dióicas em alguns casos o desenvolvimento é
direto em outros existem estágios larvais.
Exemplos: mexilhão, lula, polvo e o caracol de jardim.
Sistema digestivo: presente, completo (intestino com regiões diferenciadas com digestão extracelular e
intracelular).
Sistema circulatório: presente, do tipo aberto (com coração e vasos sanguíneos nos quais circulam o
sangue)
Sistema respiratório: presente (trocas gasosas ocorrem em órgãos especializados como as brânquias e
os pulmões; sistema acoplado ao circulatório).
Sistema excretor: presente (excreção por meio de nefrídios, estrutura especializada na remoção de
resíduos).
Sistema nervoso: presente (composto por três ou quatro pares de gânglios nervosos, ligados a nervos
que afligem o corpo).
Artrópodes
Contém a maioria dos animais conhecidos, aproximadamente 1.000.000 de espécies, sendo muitas
delas extremamente abundantes em número de indivíduos. O filo é um dos mais importantes
ecologicamente, pois domina os ecossistemas terrestres e aquáticos em número de espécies ou
indivíduos ou em ambos. O corpo é segmentado externamente em graus diversos e as extremidades
pares são articuladas, sendo diferentes em forma e função. São revestidos por um exoesqueleto de
quitina. Seu sistema nervoso, olhos e outros órgãos sensitivos são proporcionalmente grandes e bem
desenvolvidos. Este é o único grande filo de invertebrados com membros adaptados à vida terrestre,
independente de ambientes úmidos, além de que os insetos são os únicos invertebrados capazes de
voar. As diversas espécies são adaptadas a vida no ar, na terra, no solo e em água doce, salobra e
salgada. Sua simetria é bilateral, apresentam sistema circulatório lacunar, respiram por brânquias,
traquéias, pulmões ou pela superfície do corpo.
Têm glândulas especiais de excreção e sistema nervoso com gânglios dorsais. Os sexos são geralmente
separados em macho e fêmea e a fecundação é geralmente interna, podem ser ovíparos e
ovovivíparos, geralmente apresentam estágio de larva e sofrem metamorfose. A maioria dos zoólogos
acredita que os artrópodes provavelmente surgiram de algum grupo primitivo de poliquetas. Há cinco
principais classes de artrópodes, que estudaremos em seguida.
Insetos: Maior classe dos artrópodes com mais de 700 mil espécies. Apresentam um
esqueleto externo (exoesqueleto) de quitina, sofrem muda (troca de esqueleto)
conforme o crescimento, tem o corpo dividido em: cabeça, tórax e abdome e ainda 6
patas. Possuem um par de antenas, há dois pares de asas, mas espécies com um par
ou ainda sem asas. Sofrem metamorfose, após a cópula e a fecundação, a fêmea
deposita os ovos que se transformam em larvas, depois em pupas e no final na forma
adulta do inseto. Sua respiração é traqueal, sendo esta ramificada pelo corpo. Seu aparelho
circulatório é lacunoso (coração e câmaras). Seu aparelho bucal pode ser mastigador ou triturador,
sugador, picador e lambedor. Eles têm grande importância ecológica e podem estar relacionados com a
transmissão de doenças.
Exemplos de insetos: pulga, mosca, barata, borboleta, abelha, besouro, formiga e pernilongo.
Aracnídeos: São artrópodes quelicerados e com um par de palpos. Seu corpo é dividido em
cefalotórax e abdome, além dos 4 pares de pernas. Não apresentam asas e antenas. Seu
desenvolvimento é direto, a maioria é peçonhenta e alguns são parasitas. Sua respiração é
filotraqueal. São exemplos de aracnídeos: as aranhas, os escorpiões e os
ácaros.
Resumo
Crustáceos (crustáceos): dotados cefalotórax e abdome; dois pares de antenas e cinco pares de
patas locomotoras.
Insetos: corpo dividido em cabeça tórax e abdome; um par de antenas; três pares de patas
locomotoras no tórax; sem apêndice abdominal;
Aracnídeos: corpo dividido em cefalotórax e abdome; sem antena; quatro pares de patas locomotoras
no cefalotórax; sem apêndice abdominal.
Habitat:
Crustáceos: animais de vida livre, a maioria vive nos ambientes aquáticos, de água doce e salgada;
poucas formas terrestres, que precisam de muita umidade.
Insetos: vive em todos os ambientes, estando ausente apenas no mar, são os únicos invertebrados
capazes de voar.
Aracnídeos: a maioria terrestre, com poucos representantes aquáticos.
Exemplos:
Reprodução:
Crustáceos: sexuada; espécies dióica, com copula; a fecundação ocorre externamente; o
desenvolvimento pode ser direto ou apresentar diversos tipos de larvas.
Insetos: sexuada espécie dióicas; com copula; a fecundação ocorre internamente; o desenvolvimento
pode ser direto, indireto com metamorfose gradual ou indireto com metamorfose completa.
Aracnídeos: sexuada espécie dióica; com copula a fecundação ocorre internamente, o
desenvolvimento direto.
Equinodermos
Os equinodermos são todos marinhos, mas não nadam e não flutuam, eles se arrastam ou ficam fixos
ao fundo ou em rochas. Apresentam espinhos recobertos por uma fina camada de pele. Assumem
diferentes formas e tamanhos, apresentam simetria radial, isto é, seu corpo é dividido em duas
metades idênticas. Sua locomoção se dá com o auxílio do sistema ambulacrário, que funciona com a
pressão dá água que circula dentro de tubos que ficam interligados aos pés (encontrados aos pares).
Sua respiração é branquial e seu esqueleto é formado por placas de calcário, sendo desta maneira bem
resistente e desenvolvido. O sistema digestivo é bastante simples, havendo uma boca e o ânus. A
reprodução se dá em animais de sexos diferentes, que liberam seus gametas masculinos e femininos
na água (fecundação externa). Sistema excretor ausente. Sem cabeça, corpo disposto ao longo de um
eixo oral-aboral. Todos são animais grandes e nenhum é parasita ou colonial. Existe uma considerável
controvérsia quanto aos grupos do filo que seriam os mais primitivos. Alguns zoólogos dão preferência
as formas sésseis, enquanto outros acreditam que os de vida livre teriam surgido primeiro. Os
equinodermos têm cinco classes: Asteróides, Ofiuróides, Holoturóideis, Crinóides, Equinóides.
Resumo
SIMULADO
Instruções
02. (FUVEST) Impedir que as larvas penetrem na pele, que os ovos caiam na água e destruir os
caramujos são maneiras de controlar a transmissão da:
04. (UNIRIO) Qual das alternativas abaixo justifica a classificação das esponjas no sub-reino Parazoa?
06. (UFBA) No processo digestivo das esponjas, atuam células de dois tipos: umas englobam o
alimento e fazem a digestão intracelular; outras distribuem a todas as demais células o produto dessa
digestão. São elas, respectivamente:
07. (UNAERP – JULHO/2007) Digestão somente intracelular, ausência dos sistemas nervoso, excretor,
circulatório, respiratório e órgãos reprodutores e de locomoção também ausentes. As características
acima podem pertencer a:
Assinale:
a) se apenas I estiver correta. d) se apenas II e III estiverem corretas.
b) se apenas I e II estiverem corretas. e) se apenas I e III estiverem corretas.
c) se I, II e III estiverem corretas.
I - A maioria dos cnidários têm hábitat aquático, sendo poucas as espécies de hábitat terrestre, as quais
são representadas por pólipos.
II - Os cnidários são urticantes e, para isso, dispõem de baterias de células especializadas chamadas
coanócitos.
III - Alguns cnidários se reproduzem por alternância de gerações, quando então os pólipos dão medusas
e as medusas dão pólipos.
Assinale:
11. (FUVEST) A Grande Barreira de Recifes se estende por mais de 2000 km ao longo da costa
nordeste da Austrália e é considerada uma das maiores estruturas construídas por seres vivos. Quais
são esses organismos e como eles formam esses recifes?
13. (UFPI) Indique as características que tornam os organismos do filo Porifera bem diferentes
daqueles de outros filos animais:
14. (UEL) Anelídeos e artrópodes possuem características anatômicas e fisiológicas comuns, o que
reforça a hipótese de parentesco evolutivo entre esses grupos de invertebrados. Assinale a alternativa
que apresenta, corretamente, duas dessas características comuns:
a) Cordão nervoso dorsal e respiração cutânea. d) Vaso sangüíneo ventral e corpo segmentado.
b) Cordão nervoso ventral e corpo segmentado. e) Cordão nervoso ventral e vaso sangüíneo
dorsal.
c) Vaso sangüíneo dorsal e respiração traqueal.
15. (PUC-PR) Em relação ao Phylum Cnidaria, foram feitas as seguintes proposições:
I. Os cnidários são aquáticos, diblásticos e com simetria radial, sendo encontrados em duas formas:
pólipos (fixos) e medusa (livres).
II. A digestão nos cnidários é extra e intracelular e não há sistemas respiratório, circulatório ou excretor
e o sistema nervoso é difuso.
III. Nos cnidários, a reprodução sexuada ocorre por brotamento ou estrobilização.
IV. Os corais e a anêmona-do-mar são exemplos da classe dos cifozoários.
16. (PUC)
Na tira de quadrinhos, faz-se referência a um verme parasita. Sobre ele, foram feitas cinco afirmações.
Assinale a única correta:
17. (UFU) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto abaixo.
18. (UFC/2006) O filo Arthropoda apresenta uma enorme diversidade de espécies e abrange, entre
outros, os táxons Crustacea, Insecta e Arachnidea. Com relação a esses táxons, assinale a alternativa
correta.
20. (UFJF) Os moluscos são conhecidos pela produção de pérolas, muito usadas na fabricação de jóias.
Em relação a este fenômeno, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
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