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COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO RIO BRANCO

Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional

Rua Silvino Dal’Bó, 85 – Jardim Polo Centro – CEP: 85.863-759


Fone/Fax: (045) 3522-3734 – Foz do Iguaçu - Paraná

REVALIDAÇÃO DE ESTUDOS ESTRANGEIROS -


ENSINO MÉDIO

BIOLOGIA

Prezado (a) Aluno (a):

Esta Apostila é referente ao conteúdo de estudo da disciplina de Biologia para a


realização da prova de Revalidação de Estudos Estrangeiros – Ensino Médio que será
realizada no Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental, Médio, Normal e
Profissional, na cidade de Foz do Iguaçu – PR.

Lembre-se de marcar o dia da realização da sua prova com 10 dias de antecedência pelo
telefone: (045)3522-3734 (Secretaria) no período da noite com a responsável – Marcinha.
BIOLOGIA

CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS


Composição química complexa, alto grau de organização, nutrição, crescimento,
metabolismo, irritabilidade, reprodução, hereditariedade e evolução são características que,
em conjunto, diferenciam os seres vivos da matéria sem vida (também chamada de matéria
bruta).

Composição química complexa

Toda matéria existente no universo é feita de átomos. Alguns podem se ligar a outros
e formar moléculas. Por exemplo, cada molécula de água é formada por dois átomos de
hidrogênio ligados a um de oxigênio. A fórmula molecular da água - H2O - representa os
átomos que compõem a molécula. Outros átomos podem se ligar e formar compostos iônicos.
É o caso do cloro e do sódio, que formam o cloreto de sódio (o sal comum). A força que
mantém os átomos unidos é chamada de ligação química.
Água, gás carbônico, oxigênio e sais minerais, como o cloreto de sódio, são compostos
relativamente simples e fazem parte do grupo das substâncias inorgânicas (figura a seguir).
Elas são chamadas também de substâncias minerais, pois são encontradas em rochas, no solo,
no ar e na água.
Nos seres vivos, além de substâncias inorgânicas, há muitas substâncias orgânicas
(açúcares, gorduras, proteínas, vitaminas, etc.), formadas por átomos de carbono ligados entre
si, que podem constituir longas cadeias. Unidos a essas cadeias estão átomos de hidrogênio,
de oxigênio e de nitrogênio, entre outros. Em geral, as substâncias orgânicas são maiores e
mais complexas que as inorgânicas.
A expressão "substância orgânica" vem de uma época em que se pensava que elas só
poderiam ser produzidas no interior dos organismos. Hoje inúmeras substâncias orgânicas são
fabricadas em laboratório.

Alto grau de organização


A organização dos seres vivos vai muito além da organização da matéria sem vida.
Enquanto esta é formada por átomos que podem reunir-se e formar moléculas e, às vezes,
cristais, nos seres vivos as moléculas organizam-se de modo extremamente complexo,
formando unidades denominadas células.
Na maioria dos seres vivos, há grupos de células reunidas para executar determinada
função; são os tecidos. Estes formam os órgãos, que se organizam em sistemas. Vários
sistemas reunidos e trabalhando em harmonia formam um organismo. Os organismos de uma
mesma espécie se reúnem em populações e as diversas populações de uma mesma região
(como todos os seres vivos que habitam um lago) constituem uma comunidade. Esta influi
nos fatores físicos e químicos do ambiente - como a chuva, o solo e a temperatura - e é
influenciada por eles. Forma-se assim um conjunto - constituído por seres vivos e pelos
fatores físicos e químicos - chamado de ecossistema. Esse nível de organização pode ser
exemplificado por uma floresta inteira (os seres vivos, o tipo de solo e de clima, a quantidade
de água, etc.).
A reunião de todos os ecossistemas do planeta forma a biosfera, ou seja, o conjunto de
todas as regiões da Terra habitadas por seres vivos.
Todos os seres vivos são formados por células, com exceção dos vírus. Quanto ao
número de células os seres podem ser unicelulares e pluricelulares.

UNICELULARES: São os seres vivos formados por apenas uma célula.

Ex: microrganismos (bactérias, maioria dos fungos, protozoários e muitas algas).

PLURICELULARES: São os seres vivos formados por mais de célula.

Ex: animais, vegetais e fungos.

A maioria das células é formada basicamente por membrana plasmática, núcleo e


citoplasma.

Células Procariontes
As células procariontes são menos complexas que as células eucariontes. Essas células
não têm núcleo delimitado por uma membrana, o material genético fica disperso no
citoplasma.
Todos os procariontes são unicelulares, como as bactérias.

Células Eucariontes
As células eucariontes apresentam o núcleo delimitado por uma membrana, a
carioteca.
Os seres eucariontes podem ser unicelulares, como os protozoários, algas e fungos ou
pluricelulares como os animais e plantas.

Célula Animal
A célula animal é delimitada por uma membrana plasmática. Apresenta ainda uma
variedade de organoides, como, centríolos, ribossomos, retículo endoplasmático, complexo de
golgi, lisossomos, mitocôndrias e outros.
Célula Vegetal

A célula vegetal tem, sobre sua membrana plasmática, uma parede celular rígida
formada por celulose, um tipo de açúcar. Esse tipo de célula possui os seguintes organoides:
cloroplastos, ribossomos, vacúolo e outros.

Nutrição

Quanto à forma de obtenção de alimentos os seres vivos podem ser autótrofos e


heterótrofos.
Autótrofos: São os seres vivos que produzem o próprio alimento. São as plantas (maioria),
algas e algumas bactérias.
Heterótrofos: São os seres vivos que não produzem o próprio alimento. São os animais,
fungos, bactérias (maioria) e os protozoários.
Todo ser vivo tem um ciclo de vida, nascimento, crescimento, reprodução,
envelhecimento e morte.

Reprodução
As informações genéticas são transmitidas de uma geração para outra pela
reprodução, que pode ser:

 Assexuada - os descendentes recebem cópias iguais do DNA do indivíduo original e,


por isso, possuem exatamente as mesmas características (figura a seguir).
 Sexuada - cada filho resulta de uma combinação diferente de genes do pai e da mãe.
Esse tipo de reprodução é realizado pela união de células especializadas, os gametas.
Nos animais, o sexo feminino produz o gameta feminino, chamado de óvulo, e o sexo
masculino produz o gameta masculino, chamado de espermatozoide. Quando ocorre
a fecundação, ou seja, a união dessas células, forma-se o zigoto ou célula-ovo, que se
divide várias vezes e origina um novo indivíduo (figura anterior).

Irritabilidade
Os seres vivos são capazes de reagir a mudanças ou a estímulos do ambiente,
característica chamada de irritabilidade. Muitas vezes essas reações se manifestam por um
movimento do corpo, aproximando-se ou afastando-se do estímulo, como podemos constatar
quando um animal busca comida ou foge de um perigo.
Em geral, os vegetais reagem por meio do crescimento. O caule cresce em direção à
luz; as raízes crescem contra a luz ou em direção à água; etc.

Evolução
As espécies hoje existentes resultaram de espécies passadas que sofreram
transformações. Esse processo de transformações é chamado de evolução e para ele
concorrem dois fatores, entre outros:

 Mutação - modificação na molécula de DNA, provocada por falhas durante a sua


duplicação ou pela exposição do organismo a radioatividade ou a certos produtos
químicos. Essa mudança na molécula de DNA pode levar ao aparecimento de uma
nova característica no organismo. Quando a mutação é vantajosa, isto é, quando
produz uma característica que aumenta a chance de sobrevivência do organismo ou
sua probabilidade de gerar mais filhotes, ela tende a se espalhar pela população: o
número de filhotes com a nova característica torna-se, pouco a pouco, superior ao
número de filhotes sem ela. Caso seja prejudicial, a mutação continuará rara e pode até
mesmo desaparecer;

 Seleção natural - processo pelo qual o ambiente determina quais organismos tem
maior possibilidade de sobrevivência e reprodução. Desenvolvida pelo cientista
Charles Darwin (1809-1882) em seu livro A origem das espécies (1859), a ideia da
seleção natural foi um marco na história da Biologia.

CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

Os seres vivos estão classificados em reinos, que são:

Reino Monera: Bactérias e Arqueobactérias.


Reino Protoctista: Protozoários e Algas.
Reino Fungi: Fungos.
Reino Vegetal: Plantas.
Reino Animal: Animais.

Reino Monera
O Reino Monera é formado por bactérias, cianobactérias e
arqueobactérias (também chamadas arqueas), todos os seres muito simples, unicelulares e
com célula procariótica (sem núcleo diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente
menores do que oito (8) micrômetros (1µm = 0,001 mm).
As bactérias (do grego bakteria: 'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da
Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias
são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de
muitos seres vivos.
Exemplos da importância das bactérias:
1. Na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia,
quanto anaerobiamente;
2. Agentes que provocam doença no homem;
3. Em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria
de transformação do leite em coalhada;
4. No ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o
nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas;
5. Em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre
elas a insulina e o hormônio de crescimento.

Estrutura das Bactérias


Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente
ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacteriana contém
membrana plasmática, parede celular, cápsula bacteriana, ribossomos e molécula de DNA e
RNA.
A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide.
Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética, de
composição química específica de bactérias).
É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossomo
bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência
a antibióticos.
Principais doenças causadas por bactérias:
Tuberculose: Causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis.
Hanseníase (lepra): Transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra).
Difteria: Provocada pelo bacilo diftérico.
Coqueluche: Causada pela bactéria Bordetella pertussis.
Pneumonia bacteriana: Provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae.
Tétano: Causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani).
Leptospirose: Causada pela Leptospira interrogans.
Gonorréia ou blenorragia: Causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae).
Sífilis: Provocada pela bactéria Treponema pallidum.
Cólera: Doença causada pela bactéria Vibrio cholerae.

Reino Protista/Protoctista

Os seres classificados no Reino Protista são unicelulares, microscópicos e suas


células são eucarióticas, portanto com núcleo verdadeiro. Eles podem ser autótrofos
(grego autos = por si mesmo; trophé = nutrição) ou heterótrofos. Podemos dividir o Reino
Protista em dois grupos: o das algas e o dos protozoários.
 Algas - Os protistas autótrofos, organismos microscópicos, constituem a maior parte
do plâncton marinho e dulcícola. São de fato os mais importantes produtores desses
ecossistemas, isto é, pela fotossíntese, produzem os alimentos que direta ou
indiretamente garantem a vida de todos os demais seres. Eles também são chamados
de algas unicelulares.
As algas unicelulares pertencentes ao Reino Protista distribuem-se por três divisões:
Chrysophyta (diatomácias e crisofítas), Euglenophyta (euglenóides) e Pyrrophyta
(dinoflagelados).
 Protozoários - A classificação dos protozoários é feita com base nas estruturas de
locomoção que apresentam. Os protozoários podem se locomover
por pseudópodos, cílios e flagelos, embora haja também espécies sem locomoção. Os
principais Filos de protozoários são:
 Sarcodina (sarcodíneos): locomovem-se através de pseudópodos. Ex.: as
amebas;
 Mastigophora (mastigóforos): locomovem-se através de flagelos.
Também conhecidos como flagelados. Ex.: tripanossomo;
 Ciliophora (ciliados): locomovem-se através de cílios. Ex.: paramécio;
 Sporozoa (esporozoários): não possuem estruturas de locomoção. Ex.:
plasmódio.
Os protozoários (grego protos = primeiro; grego zoon = animal) formam um grupo
numeroso, com uma grande variedade de formas, adaptadas aos mais diferentes modos de
vida. Eles ocorrem em praticamente em todos os ambientes aquáticos e terrestres. Existem
espécies de vida livre e parasitas.
As células dos protozoários são chamadas de “células-organismo”, pois são capazes de
executar todas as funções que os seres pluricelulares são feitas por células ou órgãos
especializados.
Muitos protozoários são parasitas do homem causando diversas doenças. Veja no
quadro a seguir as principais:

Espécie Doença Sintomas Transmissão

Ingestão de cistos
Ulcerações intestinais,
Entamœba histolytica Amebíase eliminados com as fezes
diarreia, enfraquecimento.
humanas.

Problemas no coração,
Doença de Fezes do inseto barbeiro
Trypanosoma Cruzi inchaço do baço e fígado, mal
Chagas (Triatoma sp.)
estar.

Ulcerações (feridas que não


Leishmania Úlcera de Picada do mosquito palha
cicatrizam) no rosto, braços e
brasiliensis Bauru (Phlebotomus sp.)
pernas.

Relação sexual ou toalhas


Trichomonas
Tricomoníase Vaginite, uretrite, corrimento. e objetos úmidos
vaginalis
contaminados

Ingestão de cistos
Giardia lamblia Giardíase Dores abdominais, diarreia. eliminados com fezes
humanas

Febres, anemia, lesões no Picada de mosquito-prego


Plasmodium vivax Malária
baço e no fígado. (Anopheles sp.).
.

Reino dos Fungos

Os fungos mais conhecidos são os bolores, fermentos, lêvedos, orelhas de pau, mofos
e cogumelos. São todos organismos eucariontes e heterotróficos. Podem viver livres na água
ou no meio terrestre, onde há predominância de matéria orgânica.
Para poderem absorver a matéria orgânica de que necessitam, os fungos mantêm três
tipos de relacionamentos com outros seres vivos: saprofitismo (nutrem-se de restos de seres
vivos que eles mesmos decompõem), mutualismo (associação com outro ser onde os dois se
beneficiam) e parasitismo (nutre-se de substâncias orgânicas do corpo de animais ou plantas
vivos).
A maioria dos fungos é constituída por filamentos microscópicos denominados hifas,
que em conjunto formam um emaranhado denominado micélio.

A importância dos fungos

Os fungos desempenham importantíssimo papel na Natureza: são eles que, juntamente


com as bactérias do solo, fazem a decomposição de cadáveres de animais e de plantas. Nesse
papel de decompositores da cadeia alimentar, eles permitem a reciclagem dos elementos
químicos que constituem a matéria orgânica. Se não fosse assim, os elementos se esgotariam
para os seres vivos.
Os fungos são antigos aliados da humanidade, utilizados na fermentação do pão e na
produção de bebidas alcoólicas. Além disso, eles emprestam um sabor característico ao queijo
tipo roquefort, camembert, gorgonzola e muitos outros, sem falar na utilização de fungos
diretamente na alimentação, como é o caso dos famosos champignons.
Os fungos têm importância médica, pois podem causar doenças no homem, nos
vegetais e nos animais. As doenças causadas por fungos recebem o nome de micoses.

Reino Vegetal

Características Gerais dos Principais Grupos Vegetais

Reúne os organismos vegetais. Entre os mais conhecidos podemos citar os musgos,


samambaias, árvores diversas, capins, arbustos etc.
Características: são organismos pluricelulares, com células eucarióticas, com nutrição
autotrófica e amido como substância de reserva.

- Criptógamas:

1. Briófitas – compreendidos pelos musgos, hepáticas e antóceros. São plantas terrestres


de pequeno porte, encontradas em locais úmidos e sombreados, que crescem no solo
ou sobre troncos de árvores. São avasculares. Há poucas espécies aquáticas e nenhuma
marinha. Apresentam estruturas denominadas filóides, caulóides e rizóides, que se
assemelham a folhas, caules e raízes verdadeiros.

2. Pteridófitas - são as primeiras plantas da escala evolutiva botânica que apresentam


vasos condutores de seiva (vasculares). Apresentam raiz, caule (subterrâneo do tipo
rizoma) e folhas. Dependem da água para sua reprodução, assim como as briófitas,
vivendo em lugares úmidos e sombreados. Representa esse grupo as samambaias,
avencas, cavalinhas, xaxim.
Briófita Pteridófita

- Fanerógamas

1. Gymnospermas - são plantas que produzem sementes, mas não frutos. Apresentam
raiz, caule, folhas, inflorescência e sistema vascular. Plantas que vivem em ambiente
terrestre e, preferencialmente, em ambientes frios.

Representa esse grupo o Pinheiro do Paraná, Pinus, Cedros etc. Não dependem da
água para sua reprodução. Essa se dá através dos ventos.

2. Angiospermas - representam o grupo mais evoluído dos vegetais e apresentam raiz,


caule, folha, sementes, frutos e flor. Possui vasos condutores de seiva. Não dependem
da água para sua reprodução. Vivem em quase todos os ambientes.

Representa esse grupo o limoeiro, pessegueiro, tomateiro, entre outros milhares de


espécies.

REINOS DOS ANIMAIS

Atualmente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino


Animal, enquanto outras estão sendo constantemente identificadas. Esses organismos,
chamados genericamente de animais, possuem características comuns:
1. São peculiares, eucariontes e heterotróficos (grego hetero = outro,
diferente; grego trophé = nutrição). Suas células não possuem parede celular.

2. Como são heterotróficos dependem, para sua nutrição, de outros seres vivos.

3. A maioria dos animais é capaz de se locomover. As espécies que não se locomovem


são aquáticas e recebem os alimentos trazidos pela água.

4. A maioria dos animais possui sistema nervoso e é capaz de reagir rapidamente a


estímulos.

5. A reprodução geralmente é sexuada (com troca de gametas).


Tabela 1: Os invertebrados: não possuem coluna vertebral, por isso são chamados de
Invertebrados. Além desses filos, existe o filo dos Cordados. Os representantes desse filo
possuem, durante a vida embrionária, três características: notocorda (eixo esquelético),
fendas brânquias (perfurações ao lado da faringe) e tubo nervoso dorsal (participa da
formação do sistema nervoso).

Filo Classes Representantes Características

Esponjas Calcárias
1 - Poríferos Calcários Aquáticos; Apresentam pontos na
Hexactinélidas parede do corpo. Embora
Demospôngias Esponjas de Vidro pluricelulares, não formam
tecidos.

Esponjas de Banho

Hidra e Obélia
Hidrozoários Aquáticos; formam tecidos, mas
2 - Celenterados Cifozoários não formam órgãos. Possuem
Águas-vivas, Corais
Astozoários cnidoblastos.
e Anêmonas.

Planária
Turbelários Vermes de corpo achatado
3 - Platelmintos Trematódeos dorsoventralmente. De vida livre e
Esquistossomo
Cestóides parasita.
Cestóideo

Nematódeos Lombriga, Vermes de corpo cilíndrico. De


4 - Nematoda ancilóstomo vida livre e parasita.

Minhocas
Oligoquetos Vermes anelados. Vida livre em
5 - Anelídeos solos úmidos, água doce ou
Nereis
salgada.
Poliquetos
Sanguessugas

Hirudíneos
Insetos Moscas, barbeiros e Corpo com cabeça, tórax e
borboletas. abdômen. Um par de antenas e
três pares de patas.
Corpo com cefalotórax e
Camarões, Siris e
Crustáceos abdômen. Dois pares de antenas e
Caranguejos.
vários pares de patas. Maioria
marinho.

Aracnídeos
Aranha, Escorpiões e Corpo com cefalotórax e
6 - Artrópodos Carrapatos. abdômen. Não possuem antenas.
Quatro pares de patas.

Quilópodos Centopeias e lacraias Anelados, um para de patas por


anel e com um par de antenas.

Anelados, com dois pares de patas


Diplópodos Piolho-de-cobra por anel.

Caramujos
Gastrópodos Animais de corpo mole,
7 - Moluscos Pelecípodos geralmente com concha calcária.
Ostras e Mariscos
Cefalópodos Marinhos, de água doce e
Lulas e Polvos terrestre.

Estrelas do mar
Asteróides Exclusivamente marinhos.
8 - Equinodermos Ofiuróides Espinhos na superfície do corpo.
Ofiúro
Equinóides Esqueleto interno formado por
Holoturóides Ouriço do mar placas calcárias.
Crinóides
Trematódeos Pepino do mar
Cestóides
Lírio do mar

Tabela 2: O filo dos cordados divide-se em 4 subfilos, dos quais veremos apenas o subfilo
dos Vertebrados.

Subfilo Classes Representantes Características

Tubarão, cação, raia, Esqueleto cartilaginoso.


Peixes Cartilaginosos Pecilotérmicos.
quimera.
Marinhos e dulcículas.
Vertebrados
Peixes ósseos Cavalo-marinho, bagre, Esqueleto Ósseo.
dourado, cavalinha. Pecilotérmicos.
Marinhos e dulcículas.
Na fase larval são
aquáticos e, quando
Anfíbios Sapos, Rãs, Pererecas.
adultos, terrestres.
Pecilotérmicos.

Andar rastejante.
Pecilotérmicos. Escamas
ou placas córneas,
Répteis Cobra, jacaré, tartaruga. adaptados ao ambiente
terrestre.

Capazes de voar.
Aves Ema, pinguim, tuiuiú, Dípedes. Homeotermos.
canário. Possuem bicos e penas.

Tetrápodos. Possuem
Mamíferos Baleia, golfinho,
pelos e glândulas
morcego, homem,
mamárias. Homeotermos.
cachorro, vaca.

Pecilotérmico: Temperatura do corpo varia conforme o ambiente.


Homeotérmico: Temperatura do corpo não varia conforme o ambiente, temperatura do corpo
é estável.

VÍRUS

Os vírus são o limite entre a matéria bruta e a matéria viva. Esses seres são muito
especiais, pois não são formados por células. Seu organismo é formado por proteínas e outras
substâncias.
De todas as características dos seres vivos, os vírus apresentam somente duas: a
capacidade de se reproduzir e de sofrer mutações. Por essa razão, os cientistas ainda não
chegaram a um acordo se devem ou não classificar esses seres como organismos vivos.
Consequentemente, os vírus não estão agrupados em nenhum reino. Quando as dúvidas
que se tem hoje sobre as características desses seres forem esclarecidas, é provável que eles
sejam classificados em um reino exclusivo deles.
O vírus só consegue sobreviver e se reproduzir no interior das células. Para isso, ele
tem que injetar o seu material genético no interior de uma célula viva. Quando isso ocorre
podemos dizer que, de certa forma, o vírus inativa (desliga) o programa da célula e a obriga a
fabricar novos vírus. Esses novos vírus irão contaminar novas células e, se o processo não for
interrompido, ocorre o que chamamos de infecção.

Um ser que vive às custas de outros causando prejuízos denomina-se parasita. O vírus
é um parasita intracelular, pois para se manifestar necessita penetrar numa célula. Ao se
reproduzirem no interior dos seres vivos, os vírus desequilibram o organismo causando o que
denominamos doença. Existem vírus que atacam animais e outros que atacam somente
vegetais.
 Doenças que são causadas por vírus: a gripe, a caxumba, o sarampo, a hepatite, a
febre amarela, a poliomielite (ou paralisia infantil), a raiva, a rubéola etc.
Quando substâncias estranhas (chamadas antígenos) penetram no nosso organismo (o
vírus, por exemplo), existem células do nosso sangue (certos glóbulos brancos) que são
capazes de percebê-las, alertando outras células para o perigo de uma infecção. As células
alertadas, outros glóbulos brancos, fabricam proteínas de defesa chamadas anticorpos, que
inativam os antígenos.
Dessa forma o nosso corpo identifica e neutraliza a ação de certos microorganismos,
inclusive os vírus. Essa capacidade de defesa denomina-se imunização.
Não existem medicamentos para combater os vírus depois que eles passam a parasitar
um organismo. Nesse caso o único procedimento possível é esperar que o organismo reaja e
produza anticorpos específicos para destruí-los.
É o caso, por exemplo, da gripe. Não existem remédios para essa doença. O que há são
medicamentos para livrar os sintomas desconfortáveis que ela provoca, como dores de cabeça,
febre etc.
No entanto alguns vírus são responsáveis por doenças fatais ou que deixam sequelas
graves, é o caso da AIDS, onde o vírus baixa radicalmente a resistência do organismo por
atacar as células de defesa. O indivíduo, então, contrai infecções com mais facilidade e que se
tornam graves, podendo matar a pessoa. A poliomielite é outro exemplo que pode deixar uma
pessoa paralítica ou com sérios problemas motores.

Contra algumas doenças viróticas existem vacinas, que são medicamentos


preventivos. As vacinas não curam um organismo já infectado por vírus. São produzidas a
partir de vírus “mortos” ou enfraquecidos. Uma vez introduzidos num indivíduo, esses vírus
não têm condições de provocar a doença, mas são capazes de estimular o organismo a
produzir anticorpos, imunizando-o.

GENÉTICA

É o ramo da Biologia que se dedica ao estudo das características hereditárias.

Gene: É a unidade de transmissão de características hereditárias.

Genes Alelos: Ocupam o mesmo lócus gênico e determinam a mesma característica. Um de


origem materna e outro de origem paterna.

Cromossomos Homólogos: Possuem a mesma sequência de genes.


Gene Dominante: Manifesta o caráter mesmo na presença do alelo recessivo. É
representado por uma letra maiúscula.

Gene recessivo: Só manifesta o caráter quando em dose dupla. É representado por uma
letra minúscula.

Genótipo: É o conjunto de genes representado por letras.

Fenótipo: É a característica do indivíduo. Depende da interação do genótipo e meio


ambiente.

Cariótipo: Conjunto de cromossomos de uma determinada espécie. Na espécie humana esse


número é 46.

Célula Diploide: Possui o numero exato de cromossomos de uma determinada espécie.É


representada por 2n.

Ex: Espécie humana 2n=46.

Célula Haploide: Possui a metade do número de cromossomos de uma determinada


espécie. É representada por n.

Ex: Espécie humana n=23. Células reprodutoras.

HERANÇA DE GRUPOS SANGUÍNEOS NA ESPÉCIE HUMANA

Sistema ABO e Fator Rh

Karl Landsteiner foi o médico austríaco que, juntamente com sua equipe, descobriu o
sistema ABO e também o fator Rh.
O esquema acima mostra os tipos sanguíneos e o doador e receptor universais

Em 1902, o médico austríaco Karl Landsteiner e alguns cientistas conseguiram


classificar o sangue humano em quatro tipos: A, B, AB e O. Durante as pesquisas, descobriu-
se que alguns tipos sanguíneos eram incompatíveis, e essa incompatibilidade devia-se a uma
reação imunológica entre substâncias dissolvidas no plasma sanguíneo e substâncias presentes
nas células do sangue, as hemácias. Passou-se então a chamar as substâncias aglutinógenas da
membrana das hemácias de aglutinogênios; e as substâncias aglutinadoras do plasma
de aglutininas. Abaixo podemos ver um quadro ilustrando os aglutinogênios e aglutininas do
sistema ABO.

Aglutinogênios Aglutininas
Grupo sanguíneo
(nas hemácias) (no plasma sanguíneo)
A A anti – B

B B anti – A

AB AB ---

O --- anti – A e anti – B

A descoberta dos tipos sanguíneos foi muito importante, pois antes disso muitos
acidentes foram causados, inclusive com pacientes indo a óbito por terem recebido um sangue
incompatível com o seu. Dessa forma, é de extrema importância que, antes de se fazer uma
transfusão sanguínea, se saiba o tipo sanguíneo da pessoa.
Se uma pessoa tiver o sangue tipo A, que apresenta aglutinina anti-B no plasma,
ela não poderá receber sangue do tipo B e nem do tipo AB. O mesmo acontece com uma
pessoa que tem o sangue tipo B, que, por apresentar aglutinina anti-A no plasma, não pode
receber sangue tipo A e nem tipo AB. Quem apresenta o tipo sanguíneo AB não possui
aglutininas no plasma e por isso pode receber qualquer tipo de sangue, sendo por isso
chamado de receptor universal. Entretanto, as pessoas que apresentam o sangue tipo O e
que possuem os dois tipos de aglutininas no plasma só poderão receber sangue tipo O.
Por outro lado, essas pessoas podem doar sangue para qualquer indivíduo, pois não
apresentam aglutinogênios A e B, e por isso são chamados de doadores universais.

Grupo sanguíneo Pode receber sangue de: Pode doar sangue para:

A AeO A e AB

B BeO B e AB

AB A, B, AB e O AB

O O A, B, AB e O

Sistema Rh de Grupos Sanguíneos


O sistema Rh também foi descoberto por Karl Landsteiner e sua equipe, em
uma experiência com um macaco da espécie Rhesus. Eles observaram que quando injetavam
o sangue desse macaco em cobaias, as cobaias produziam anticorpos, que eles chamaram
de anti-Rh (abreviatura de anti-rhesus).
Fazendo essa mesma experiência, mas com sangue humano, os pesquisadores
observaram que 85% das amostras de sangue humano testadas com o anticorpo
Rh sofreram aglutinação, o que sugere a presença de antígeno Rh no sangue. As pessoas que
tiveram as hemácias aglutinadas pelo anticorpo Rh foram chamadas Rh positivas
(Rh+), indicando que suas hemácias têm um antígeno semelhante ao dos macacos,
o fator Rh. As hemácias dos 15% restantes não se aglutinaram e por isso foram chamadas
de Rh negativas (Rh-), indicando a ausência do fator Rh em suas hemácias.
Para saber se uma pessoa tem Rh positivo ou negativo, basta misturar uma gota de
sangue da pessoa a uma solução com anticorpos Rh. Caso as hemácias se aglutinem, essa
pessoa tem sangue Rh+; caso elas não se aglutinem, essa pessoa tem sangue Rh-.

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