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Safira Florêncio

VIAS EVOLUTIVAS DAS PLANTAS E DOS ANIMAIS

Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Safira Florêncio

VIAS EVOLUTIVAS DAS PLANTAS E DOS -ANIMAIS

Trabalho de carácter avaliativo a


ser entregue ao docente da cadeira
de Biologia Evolutiva, curso de
Ensino de Biologia, turma única, 4º
Ano

Docente: Msc Amuzá Ibraímo


Gramane

Universidade Rovuma
Nampula
2023
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
2. A EVOLUÇÃO DAS PLANTAS .......................................................................................... 5
2.1 Vias evolutivas ..................................................................................................................... 6
2.1.1 Algas Verdes Primitivas .................................................................................................... 6
2.1.2 Colonização da Terra ......................................................................................................... 6
2.1.3 Plantas não Vasculares ...................................................................................................... 6
2.1.4 Plantas Vasculares ............................................................................................................. 6
2.1.5 Sequóias Gigantes Primitivas ............................................................................................ 6
2.1.6. Desenvolvimento de Sementes ......................................................................................... 7
2.1.7. Florescimento das Angiospermas ..................................................................................... 7
3. EVOLUÇÃO DOS ANIMAIS ............................................................................................... 8
3.1 Evolução dos animais aquáticos a terrestres......................................................................... 8
3.2 Evolução dos animais invertebrados .................................................................................... 9
3.3 Evolução dos animais vertebrados ....................................................................................... 9
4. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 11
5. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 12
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1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho pretende-se fazer um estudo sobre as vias evolutivas das plantas e animais.
Desde a antiguidade as plantas evoluíram ao longo do tempo de milhões de anos,
desenvolvendo uma série de adaptações que lhes permitiram colonizar diferentes ambientes
terrestres e aquáticos. Já as vias evolutivas dos animais são caminhos pelos quais diferentes
grupos de animais se desenvolveram ao longo do tempo. Existem várias vias evolutivas
principais, as dos invertebrados, vertebrados e mamíferos. Portanto, para melhor compreensão
destes conteúdos iremos seguir os seguintes objectivos:

1.1. Objectivo geral

 Conhecer as vias evolutivas das plantas e dos animais.

1.2. Objectivos específicos:

 Descrever as vias evolutivas das plantas e dos animais;


 Distinguir as vias evolutivas das plantas dos animas.

1.3. Metodologia

Na elaboração do presente trabalho, a autora baseou-se nas fontes bibliográficas e artigos que
abordam sobre o tema da pesquisa. Seguida por leitura e recolha de informações sólidas. Por
último organizou-se o trabalho em três elementos básicos a saber: pré-textuais: capa, folha do
rosto e índice; textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão; e pós-textuais: bibliografia.
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2. A EVOLUÇÃO DAS PLANTAS

A evolução das plantas refere-se à história e aos processos que levaram à diversidade actual
de plantas na Terra. As plantas têm uma história evolutiva que se estende por mais de um
bilhão de anos, durante a qual elas colonizaram ambientes terrestres e se diversificaram em
uma variedade de formas e ecossistemas.

A origem das plantas é uma fascinante jornada evolutiva que remonta a mais de um bilhão de
anos. Aqui está um resumo do caminho evolutivo das plantas, desde suas origens aquáticas
até sua diversificação nas terras:
 Algas Verdes: Acredita-se que as plantas terrestres modernas tenham-se originado a
partir de um grupo de algas verdes que viviam em ambientes aquáticos doces. As
algas verdes possuem clorofila a e b, o mesmo tipo de clorofila encontrado nas plantas
terrestres.
 Transição para a Terra: Há cerca de 500 milhões de anos, algas verdes possuem
clorofila a e b, o mesmo tipo de clorofila encontrado nas plantas terrestres. Esta
transição do ambiente aquático para o terrestre apresentou vários desafios, como a
necessidade de evitar a desidratação, suportar a radiação UV e desenvolver
mecanismos para obter nutrientes em solos ainda incipientes.
 Briófitas: As primeiras plantas terrestres verdadeiras foram semelhantes às briófitas
modernas (como musgos). Elas não possuíam tecidos vasculares verdadeiros para
transportar água e nutrientes e dependiam muito do ambiente húmido. Estas plantas
primitivas provavelmente ajudaram a pavimentar o caminho para a formação dos
primeiros solos.
 Desenvolvimento de Tecidos Vasculares: Com o tempo, algumas plantas começaram
a desenvolver sistemas de condução simples, levando à evolução das pteridófitas
(como os fetos). Estes tecidos vasculares permitiram que as plantas crescessem mais e
colonizassem novos habitats.
 Sementes: A evolução da semente foi um passo significativo, permitindo às plantas
sobreviver em condições adversas e dispersar-se mais amplamente. As gimnospermas,
como pinheiros e cicadáceas, foram algumas das primeiras plantas a produzir
sementes.
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 Flores e Frutos: Há cerca de 130-160 milhões de anos, surgiu o grupo das


angiospermas, que trouxe uma inovação crucial: flores e frutos. As flores ajudaram na
polinização, enquanto os frutos protegiam as sementes e auxiliavam em sua dispersão.
 Coevolução com Animais: A relação simbiótica com animais, especialmente insectos
polinizadores, desempenhou um papel fundamental na diversificação das
angiospermas. Esta coevolução levou a uma incrível variedade de formas, cores e
aromas de flores.

2.1 Vias evolutivas

2.1.1 Algas Verdes Primitivas

As plantas provavelmente compartilham um ancestral comum com algas verdes. As


evidências fósseis sugerem que as primeiras plantas aquáticas apareceram há mais de 1 bilhão
de anos.

2.1.2 Colonização da Terra

Há cerca de 500 milhões de anos, algumas dessas algas começaram a se adaptar à vida em
ambientes terrestres húmidos. Estes foram os ancestrais das plantas terrestres modernas.

2.1.3 Plantas não Vasculares

As primeiras plantas terrestres, como os musgos e hepáticas, não tinham sistemas vasculares
para transportar água e nutrientes. Estas plantas são geralmente pequenas e vivem em
ambientes húmidos.

2.1.4 Plantas Vasculares

Há cerca de 430 milhões de anos, surgiram plantas com tecidos especializados para transporte
de água e nutrientes, conhecidos como tecidos vasculares. Estas plantas, incluindo os
primeiros representantes como os licopódios e fetos, puderam crescer mais e colonizar novos
habitats.

2.1.5 Sequóias Gigantes Primitivas

No período Carbonífero, há cerca de 300 milhões de anos, florestas de árvores gigantes (como
as Lepidodendron) dominaram muitos paisagens. Essas plantas contribuíram para a formação
de grandes depósitos de carvão que são explorados hoje.
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2.1.6. Desenvolvimento de Sementes

A evolução da semente, há cerca de 360 milhões de anos, foi um marco significativo. Plantas
com sementes, como as gimnospermas, podem reproduzir em ambientes mais secos e têm
uma maior capacidade de dispersão.

2.1.7. Florescimento das Angiospermas

Há cerca de 125-100 milhões de anos, as angiospermas (plantas com flores) surgiram e,


eventualmente, tornaram-se o grupo de plantas dominante na Terra. Elas têm uma relação
simbiótica com polinizadores, o que ajudou em sua diversificação e distribuição.

Durante essa longa história evolutiva, as plantas desenvolveram uma variedade de adaptações
para sobreviver em diferentes habitats, desde desertos áridos até florestas tropicais húmidas.
A evolução das plantas está intrinsecamente ligada à evolução da vida na Terra, influenciando
e sendo influenciada por outros organismos e pelo ambiente global.

Esquema Da Árvore Filogenética Dos Vegetais A Partir Dos Primeiros Ancestrais Unicelulares, Chamados De
Cianobactérias, Ou Protistas, Como As Algas.
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3. EVOLUÇÃO DOS ANIMAIS

Os desenvolvimentos evolutivos no reino animal estão associados a mudanças genéticas e


processos adaptativos, o que sem dúvida levou ao surgimento das diversas formas de vida.
Em seguida, ocorreram processos de multiplicação e, assim, ocorreu uma diversificação
evolutiva dos diferentes grupos.
Nos ancestrais dos metazoários, já existiam certos genes que tinham influência na
multicelularidade e também no desenvolvimento dos animais. Neste sentido, a função de
certas proteínas que agora sugerem ser específicas dos animais devem ter desempenhado um
papel fundamental em sua evolução. Por outro lado, estudos filogenômicos têm sugerido que,
embora existam certas dúvidas sobre toda a teia evolutiva, sabe-se que várias formas
unicelulares e eucarióticas, como os coanoflagelados, linhagens de Capsaspora e
Ichthyosporea, estão intimamente relacionadas aos animais, pois fazem parte de seus
ancestrais unicelulares.

3.1 Evolução dos animais aquáticos a terrestres

Uma vez que a vida animal no mar havia-se diversificado, veio a conquista do meio terrestre,
já que este último é reportado como desprovido de formas de vida simples no início da era
Paleozóica. Assim, a evolução dos animais é percebida pois foi depois disso que começou a
adaptação à vida na terra. A ocorrência de alguns eventos permitiu o desenvolvimento de
animais do mar para a terra, por exemplo, a presença de níveis de oxigénio similares aos
atuais e a protecção contra a radiação solar decorrente da formação da camada de ozónio,
proporcionando condições ecológicas para a transição.

Os primeiros animais terrestres foram invertebrados, depois os vertebrados se juntaram a esta


aventura, que foi iniciada pelos anfíbios. O registro fóssil revela que os géneros extintos
identificados como Ichthyostega e Acanthostega foram os primeiros vertebrados terrestres,
embora no caso do primeiro se trate de um híbrido intermediário entre um peixe e um anfíbio
que possuía patas, mas não tão eficientes para se deslocar em terra.
Para todo este processo, a evolução sem dúvida desempenhou um papel determinante, pois
era necessário desenvolver adaptações que permitissem aos animais viver em terra, para as
quais exigiriam características anatómicas particulares para respirar, se mover, reproduzir, se
alimentar e, em suma, poder viver fora do ambiente aquático.
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3.2 Evolução dos animais invertebrados

Os animais invertebrados foram os primeiros a fazerem a transição da água para a terra.


Miriápodes como centopeias e milípedes, descendentes de crustáceos, tornaram-se o primeiro
grupo a conquistar a terra; na verdade, eram animais enormes em comparação com seus
parentes actuais, com dimensões de cerca de dois metros. Por outro lado, os escorpiões
marinhos deram origem aos escorpiões terrestres, e estes últimos tiveram um papel ecológico
de predação sobre os miriápodes acima mencionados.
No período Carbonífero ocorreu outro evento particular relacionado à evolução dos animais
invertebrados, que foi o de que os animais terrestres podiam voar a partir do desenvolvimento
das asas pelos insectos, de modo que estes foram os primeiros a realizar esta nova acção em
terra.
A evolução dos invertebrados envolveu um processo complexo para o desenvolvimento de
uma grande diversidade de vida. Assim, com o tempo, surgiram animais dentro do grupo com
diferentes tipos de simetria, ausência de esqueletos ósseos, estruturas hidrostáticas, em alguns
casos revestimentos endurecidos conhecidos como exosqueletos, em outros a formação de
carapaças, e assim por diante. Em suma, adaptações que lhes permitiram conquistar
praticamente todos os habitats do planeta.

3.3 Evolução dos animais vertebrados

Quanto aos vertebrados, eles tinham representantes no ambiente marinho com os peixes
ósseos, mas foi por meio da evolução dos anfíbios, que vêm de peixes crossopterígios que
respiravam ar no período Devoniano, que os vertebrados começaram a se desenvolver em
terra. Os animais vertebrados tinham estruturas adaptadas para a vida marinha, depois tiveram
que desenvolver outras para um novo desafio: viver fora d'água.
Eles precisavam ser capazes de evitar a dessecação, de optimizar a respiração em terra e de
poder se movimentar neste ambiente. Entretanto, a independência dos animais do ambiente
húmido realmente ocorreu no período Carbonífero, quando animais répteis desenvolveram
ovos com casca, o que proporcionou a protecção necessária para que os embriões ficassem
longe da água. A presença das escamas protegeu seus corpos da exposição ao vento e ao sol.
Por outro lado, os registros indicam que a transformação das barbatanas carnudas de peixes
ancestrais, como os sarcopterígios, levou à formação de patas, de modo que estes são
considerados os ancestrais dos primeiros tetrápodes (agora representados por animais de
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quatro patas que incluem todos os anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Isto foi entendido a
partir da identificação das espinhas dos peixes acima mencionados, que mostram a homologia
com o sistema de ossos das patas nos tetrápodes atuais. Além disso, sabe-se que os mesmos
genes envolvidos na formação dos ossos das patas também estão envolvidos na formação dos
ossos das barbatanas.
Outras características evolutivas nos animais vertebrados que suportaram a transição da água
para a terra, além das mencionadas acima, foram a transformação do ouvido médio para
perceber sons pelo ar, assim como a independência da cabeça do resto do corpo, para que
certos ossos não fossem mais fundidos e a cabeça pudesse se mover mais livremente, um
aspecto relevante para o meio terrestre
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4. CONCLUSÃO

Findo o trabalho sobre as vias evolutivas das plantas e animais, pode-se concluir que a via
evolutiva das plantas remonta a mais de um bilhão de anos, tendo-se considerado as algas
verdes como primitivas. Elas possuem clorofila a e b, o mesmo tipo de clorofila encontrado
nas plantas terrestres. Esta transição do ambiente aquático para o terrestre apresentou vários
desafios, como a necessidade de evitar a desidratação, suportar a radiação UV e desenvolver
mecanismos para obter nutrientes em solos ainda incipientes. As primeiras plantas terrestres
verdadeiras foram semelhantes às briófitas modernas (como musgos). Elas não possuíam
tecidos vasculares verdadeiros para transportar água e nutrientes e dependiam muito do
ambiente húmido. Estas plantas primitivas provavelmente ajudaram a pavimentar o caminho
para a formação dos primeiros solos. Com o tempo, algumas plantas começaram a
desenvolver sistemas de condução simples, levando à evolução das pteridófitas (como os
fetos). Estes tecidos vasculares permitiram que as plantas crescessem mais e colonizassem
novos habitats. Há cerca de 130-160 milhões de anos, surgiu o grupo das angiospermas, que
trouxe uma inovação crucial: flores e frutos. As flores ajudaram na polinização, enquanto os
frutos protegiam as sementes e auxiliavam em sua dispersão.

Todavia, os desenvolvimentos evolutivos no reino animal estão associados a mudanças


genéticas e processos adaptativos, o que sem dúvida levou ao surgimento das diversas formas
de vida. Em seguida, ocorreram processos de multiplicação e, assim, ocorreu uma
diversificação evolutiva dos diferentes grupos, dentre eles pode-se destacar: invertebrados e
vertebrados.
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5. BIBLIOGRAFIA

NICK A. Romero H. (2022) Origem e evolução dos animais. Disponível em:


https://www.peritoanimal.com.br/origem-e-evolucao-dos-animais-24008.html
YUGUE, William (2022) Evolução Das Plantas. Disponível em:
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/evolucao-das-plantas

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