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Reino Plantae

Reino Plantae
• Eucariotas fotossintetizantes e multicelulares

• 3 filos de briófitas (hepáticas, musgos e antóceros) e 7 filos de plantas vasculares –


constituem um reino com organismos fotossintetizantes adaptados à vida no ambiente
terrestre.
• Todas as plantas são multicelulares e compostas de células eucarióticas que contêm
vacúolos e são envoltas por paredes celulares constituídas por celulose. A principal forma
de nutrição é a fotossíntese, embora algumas plantas se tenham tornado heterótroficas.
• A evolução das plantas no ambiente terrestre levou à evolução de órgãos especializados
para a fotossíntese, fixação e sustentação.
• A reprodução é sobretudo sexuada, com ciclos de alternância de gerações haploides e
diploides. Nos membros mais avançados do reino, a geração haploide (o gametófito) foi
reduzida durante o curso da evolução.
• A característica unificadora do Reino Plantae é a presença de um embrião durante a fase
esporófita do ciclo de vida. Por isso, o termo embriófita tornou-se sinónimo de “planta”.

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Reino Plantae

Monofilético – Todas as plantas derivam de


um ancestral comum e formam um ramo da
árvore filogenética.

A característica distintiva é apresentarem


embriões protegidos por tecido parental -
Embriófitas.

As plantas retêm as seguintes características derivadas:


• Clorofilas a e b
• Amido como produto de reserva
• Celulose nas paredes celulares

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Reino Plantae

• O Reino Plantae é um dos principais grupos em que se divide a vida na


Terra (com cerca de 300.000 espécies conhecidas, incluindo uma grande
variedade: ervas, árvores, arbustos, plantas, etc).

• Os seus ancestrais foram algas verdes especializadas (filo Chlorophyta).


• As plantas são, em geral, organismos autotróficos cujas células incluem um
ou mais organelos especializados na produção de material orgânico a partir
de material inorgânico e da energia solar: os cloroplastos.
• Pode-se, então, definir o Reino Plantae como um grupo monofilético de
organismos eucarióticos que fotossintetizam usando os tipos de clorofila a e
b, presente nos cloroplastos (organelos com uma membrana dupla) e
armazenam os seus produtos fotossintéticos, tal como o amido.
• As células destes organismos são, também, revestidas duma parede celular
constituída essencialmente por celulose.

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Reino Plantae
• De acordo com esta definição, ficam fora do Reino Plantae as algas e
muitos seres autotróficos unicelulares ou coloniais, atualmente
agrupados no Reino Protista, assim como as bactérias e os fungos.

• Cerca de 300 espécies conhecidas de plantas não realizam a


fotossíntese, sendo, pelo contrário parasitas de plantas fotossintéticas

Orobanche spp
erva-toira-
ramosa, rabo-de-
zorra, pútegas
de raposa

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A origem das Plantas

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A origem das Plantas – problemas de colonização

• Disponibilidade de água – fácil de


encontrar no meio aquático, mas difícil
de encontrar e reter no meio terrestre.

• Suporte – a água fornece um suporte


contra a gravidade, enquanto os
organismos terrestres têm que
desenvolver um sistema de suporte
alternativo.

• Dispersão dos gâmetas – as plantas


terrestres tiveram que desenvolver
mecanismos alternativos e eficazes de
dispersão dos gâmetas

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A origem das Plantas
Acetabularia
A colonização do meio terrestre deve
ter ocorrido à cerca de 450 M.a.. Os
organismos ancestrais das plantas
deverão ter resultado de algas,
provavelmente clorófitas multicelulares.

Copo de vinho das sereias

As plantas são multicelulares, autotróficas com clorofila a, associada à clorofila


b, usam como substância de reserva o amido e a sua parede celular é formada
por celulose.

Estas características apontam para uma relação filogenética com as algas


clorófitas, que viveriam nas margens dos lagos e oceanos.

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A origem das Plantas

• Os organismos ancestrais das plantas


desenvolveram-se nas margens dos oceanos e
conseguiram sobreviver a condições alternadas de
submersão e seca.

• As alterações dos níveis de água em diferentes


estações do ano promoveram a selecção natural.

• Alguns organismos acumularam alterações que lhes


permitiram sobreviver permanentemente acima do
nível da água. Graças a este facto os organismos
puderam colonizar novos habitats.

• A maioria das características em que as plantas


diferem das algas clorófitas deriva de adaptações à
vida em meio seco.

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Adaptação ao meio terrestre
Os primeiros passos na evolução das plantas incluíram:

• Aquisição de uma cutícula – retardamento da dessecação, permitindo


manter a água mas ao mesmo tempo permitir as trocas gasosas.
• Gametângios (arquegónios e anterídeos) –protecção dos gâmetas para
evitar a sua dessecação.
• Embriões protegidos – são esporófitos jovens contidos numa estrutura
protectora.
• Pigmentos protectores – contra os raios U.V. protecção à mutação
• Paredes celulares mais espessas para permitir que a planta permaneça
erecta
• Associação mutualista com fungos que permite a obtenção de nutrientes do
solo.

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A origem das Plantas

• A evolução ter-se-á iniciado com o


surgimento de dois grandes grupos,
um ancestral das actuais briófitas e
outro ancestral das plantas
vasculares (fetos)

• Posteriormente, terão surgido as


plantas vasculares com sementes.
Por último, surgiram as plantas
vasculares com semente e flor.

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Das algas verdes às plantas

Liverworts – hepáticas
Hornworts – antocéros
Club mosses – licopódios
Ferns – fetos

Traqueófitas - são as plantas vasculares.


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A colonização do meio terrestre

Numa primeira fase:

Ocorreu o desenvolvimento de uma


camada cerosa, cutícula, que reveste o
tecido de protecção de todos os órgãos
aéreos. Esta camada impede a perda de
água.
As trocas gasosas nos órgãos aéreos dão-
se apenas em algumas aberturas locais,
designadas por estomas.
Os gâmetas dos organismos que iniciaram
uma vida terrestre, também tiveram que ser
protegidos da dessecação e desenvolveram
processos de dispersão num ambiente não
aquático.
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A cutícula
O gradiente de concentração de H2O entre o meio intracelular e a
atmosfera promove a rápida perda de H2O por evaporação através da
superfície das plantas. No entanto, existem na planta estruturas, mecanismos
e processos que normalmente evitam que a concentração de H2O intracelular e
na atmosfera sejam idênticas, prevenindo uma situação que seria insustentável
para a sobrevivência das plantas.

Cutícula constituída essencialmente por cutina, polímero heterogéneo formado


por ácidos gordos que possibilita a formação de uma malha polimérica. Esta
malha encontra-se embebida numa matriz formada por ceras. Estas ceras são
extremamente hidrofóbicas, conferem uma grande resistência à difusão de
H2O tanto no estado líquido como na forma de vapor de água.
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Estomas
• Se a cutícula revestisse de forma contínua a planta, esta
camada impediria a ocorrência da fotossíntese (não
permitiria a entrada de CO2 que é essencial para a
ocorrência deste processo).
• Nas plantas primitivas a solução para este problema
baseou-se na existência de poros na cutícula que
possibilitavam a difusão do CO2. No entanto, estes poros
mantinham-se abertos e não conseguem impedir a perda
de H2O, pelo que estas plantas só sobrevivem em
ambientes húmidos.
• As plantas mais evoluídas desenvolveram poros mais
complexos, que funcionam como válvulas cuja abertura e
encerramento está dependente das condições ambientais.
Estas estruturas são delimitadas por um par de células
guarda ou estomáticas, que se encontram associadas a
células epidérmicas especializadas – as células
companheiras. O complexo destes dois tipos de células é
designado por complexo estomático.
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Estomas

A frequência e a distribuição dos estomas é bastante variável e depende


de diversos factores, como sejam:

• A espécie
• Posição da folha – Enquanto nas gramíneas (angiospérmicas
monocotiledóneas) a distribuição de estomas em ambas as páginas das
folhas é semelhante, noutras espécies as folhas possuem mais estomas
na página inferior do que na superior. Esta assimetria possibilita uma
menor perda de H2O.
• Condições de desenvolvimento

As plantas podem ter de 20 a 400


estomas por mm2.

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Colonização do meio terrestre
em 4 fases

Na segunda fase:
Deu-se o aparecimento do sistema vascular, que associado ao
desenvolvimento do sistema radicular, permitiu a captação de
H2O e dos nutrientes do solo e o seu transporte através de toda
a planta.

O facto de as plantas terem ou não sistema vascular permitiu


efectuar a primeira classificação taxonómica.

Especialização de órgãos
- folhas – disponibilizam alimento para as restantes células.
- raízes – absorção de H2O e minerais, para além de serem
responsáveis pela fixação das plantas ao solo.

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Sistema vascular

O solo disponibiliza a água e os sais minerais, mas nessas condições


ambientais não existe luz, essencial para se realizar a fotossíntese.
As plantas para resolverem este problema sofreram diferenciação entre o
sistema radicular subterrâneo (vocacionado para a absorção de H2O e de
substâncias minerais) e o sistema aéreo representado pelo caule e pelas
folhas (responsável pela produção de matéria orgânica).
A diferenciação dos tecidos levantou outros problemas às plantas. Se as
raízes fixam a planta ao solo, as estruturas aéreas para se manterem eretas
necessitam de um suporte. Uma adaptação terrestre foi a inclusão de lenhina.
Lenhina (material bastante rijo) – matriz de fibrilas de celulose, constituintes
das paredes das células vegetais.
Outro problema que teve que ser resolvido por causa da diferenciação dos
tecidos foi o transporte de materiais vitais entre órgãos muito distantes. Este
problema foi resolvido através do desenvolvimento do sistema vascular,
constituído pelo xilema e floema.

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Colonização do meio terrestre em 4 fases
Na terceira fase:
• Surgiram plantas com sistema vascular com a capacidade de
produzirem semente. As sementes possuem um invólucro que protege
o embrião e uma reserva de alimentos. A protecção do embrião
permite uma grande autonomia, pois a semente pode germinar em
locais muito afastados do organismo que lhes deu origem.
•As primeiras plantas com semente foram designadas por
Gimnospérmicas. Nestas plantas a formação de sementes ocorre em
compartimentos abertos. Este grupo é fundamentalmente
representado pelas actuais coníferas (pinheiros, abetos, entre
outras).

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Colonização do meio terrestre em 4 fases

Na quarta fase:
Deu-se o aparecimento plantas com flor, designadas por
Angiospérmicas.

O aparecimento deste novo órgão, com


diversas estruturas especializadas,
possibilitou a polinização por animais, o
que determina uma das principais
diferenças entre Gimnospérmicas e
Angiospérmicas.

Nestas últimas, existe o ovário, onde se encontram protegidos os


gâmetas femininos que, após a fertilização, se desenvolvem em
sementes.
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Resumo das etapas evolutivas das plantas

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