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REINO PROTISTA

Introdução ao Reino Protista


O Reino Protista é formado por seres "eucariontes, uni ou pluricelulares sem tecidos, heterótrofos ou
autótrofos fotossintetizantes, com ou sem parede celular". No Reino Protista, estão classificados os
protozoários e as algas.

Protozoários

Os protozoários são seres unicelulares, heterótrofos e sem parede celular. Antigamente, eram
considerados "animais primitivos” (proto = primeiros, primitivos; e zoon = animal).

As questões de Biologia que envolvem protozoários normalmente cobram a estrutura básica dos
protozoários ou a classificação dos protozoários.

Primeiramente, vamos estudar a estrutura dos protozoários:

1. Ectoplasma: é a região do citoplasma que fica mais próxima da membrana plasmática. O


ectoplasma é rico em proteínas e tem uma menor quantidade de água, então essa região possui uma
consistência mais gelatinosa em relação ao restante do citoplasma.

2. Endoplasma: é a região do citoplasma que fica ao redor das organelas da célula. O endoplasma
é rico em água e possui uma menor quantidade de proteínas. Portanto, o endoplasma possui uma
consistência mais líquida, o que facilita que as organelas se movimentem pela célula.

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3. Sulco oral: é uma dobra na membrana plasmática do protozoário ("abertura da boca"). Contém
cílios que capturam as partículas de alimento e levam essas partículas até o citóstoma.

4. Citóstoma: é a “boca” do protozoário (cito = célula; stoma = boca), que recebe partículas de
alimento.

5. Citofaringe: é a "faringe" do protozoário. A citofaringe é um canal que liga o citóstoma até os


lisossomos do protozoário, que realizam a digestão intracelular.

6. Citopígeo (ou citoprocto): é o “ânus” do protozoário, por onde ocorre a clasmocitose (defecação
celular).

7. Macronúcleo: é responsável pelas funções gerais do protozoário (fagocitose, clasmocitose,


síntese de proteínas, lipídeos, excreção etc).

8. Micronúcleo: responsável pelo processo de conjugação (reprodução parassexuada). Na


conjugação, ocorre a troca de micronúcleos entre dois protozoários.

9. Vacúolo contrátil (ou pulsátil): possui a função de eliminar o excesso de água em protozoários
de água doce. Visto que o protozoário de água doce é hipertônico em relação ao meio, a célula ganha água
por osmose. Para evitar a morte do protozoário devido à lise celular, o vacúolo contrátil absorve a água que
está entrando por osmose, e contrai pra eliminar esse excesso de água.

Obs.: o processo de eliminar o excesso de água, realizado pelo vacúolo contrátil, é um tipo de
transporte ativo (com gasto de energia).

Classificação dos Protozoários

Os protozoários são classificados de acordo com a forma de locomoção em:

1. Mastigóforos ou Flagelados (Mastigophora/Flagellata):

São protozoários que utilizam flagelos para a locomoção e realizam reprodução por cissiparidade.

Os principais protozoários flagelados são: Giardia intestinalis (causa a giardíase), o Trichomonas


vaginalis (causa a tricomoníase, a única infecção sexualmente transmissível causada por um protozoário),
as espécies do gênero Trypanosoma, como o Trypanosoma gambiense (que causa a doença do sono) e o
Trypanosoma cruzi (que causa a doença de Chagas), e as espécies do gênero Leishmania (que causam as
várias formas de leishmaniose).
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2. Cilióforos ou Ciliados (Ciliophora/Ciliata):

São protozoários que utilizam cílios para a locomoção. Reproduzem-se por cissiparidade
(reprodução assexuada) ou por conjugação (reprodução parassexuada).

Os protozoários Cilióforos podem ser parasitas ou de vida livre. As espécies parasitas são aquelas
que causam doenças, como o Balantidium coli que causa a balantidiose. Já as espécies de vida livre são
aquelas que não causam doenças, como as espécies do gênero Paramecium, que são protozoários ciliados
de água doce.

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3. Sarcodíneos ou Rizópodes (Sarcodina/Rhizopoda):

São protozoários que se locomovem por pseudópodes e se reproduzem por cissiparidade. Os


principais protozoários sarcodíneos são a Entamoeba histolytica (causa a amebíase) e a Amoeba proteus
(espécie predadora de outros protozoários).

4. Esporozoários ou Apicomplexos (Sporozoa/Apicomplexa):

São protozoários que não possuem nenhuma estrutura especializada na locomoção. Os principais
protozoários Esporozoários são as espécies do gênero Plasmodium (causam a Malária) e o Toxoplasma
gondii (causa a toxoplasmose).

Os protozoários esporozoários são parasitas intracelulares obrigatórios. Para tanto, possuem o


complexo apical, um conjunto de enzimas digestivas no ápice (ponta) da célula.
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Algas

As algas são seres uni ou pluricelulares, sem tecidos verdadeiros, e autótrofos fotossintetizantes
com parede celular.

1) Euglenófitas:

As euglenófitas são algas unicelulares mixotróficas – podem realizar tanto o metabolismo autótrofo
quanto o metabolismo heterótrofo. Na presença de luz, a alga euglenófita faz fotossíntese. Já na ausência
de luz, a alga euglenófita se alimenta de partículas do meio em que ela se encontra.

As algas euglenófitas não possuem parede celular, para facilitar a fagocitose de partículas de
alimento. Visto que não possuem parede celular, as euglenófitas possuem o vacúolo contrátil, para evitar
lise celular devido ao ganho de água por osmose.

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2) Pirrófitas ou Dinoflagelados:

Algas unicelulares responsáveis pelo fenômeno da maré vermelha (ocorre devido à eutrofização,
que causa a proliferação excessiva das algas pirrófitas).

Muitas algas pirrófitas possuem bioluminescência, o que permite que elas “brilhem” no escuro.

As algas zooxantelas são um grupo de algas pirrófitas que vivem em associação mutualística com
os corais. Os corais oferecem abrigo para as algas zooxantelas, e as algas oferecem alimento para os corais.

Porém, devido ao aquecimento global, ocorreu um aumento da temperatura das águas, o que faz
com que as zooxantelas saiam de dentro dos corais. Esse processo é denominado branqueamento dos
corais, devido ao fato de que as zooxantelas são responsáveis pela coloração dos corais.

3) Crisófitas, Diatomáceas ou Algas douradas:

As algas crisófitas são algas que possuem como principal característica uma parede celular de sílica,
também denominada carapaça de sílica. Quando essas algas morrem e sofrem decomposição, a sílica se
sedimenta no fundo do mar e forma o diatomito.

O diatomito é uma rocha sedimentar que possui diversos usos, desde a fabricação de tijolos brancos
até a fabricação de chips de computador. Inclusive, o "Vale do Silício", que é aquela região onde se
encontram as maiores empresas de tecnologia do mundo, tem esse nome devido ao silício que é utilizado
nos chips de computadores, celulares, smartphones etc.
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4) Rodofíceas ou Algas vermelhas:

São algas pluricelulares que possuem parede celular de celulose, ágar e carragena. O ágar e a
carragena são polissacarídeos utilizados em diversos alimentos, em maquiagens, em produtos de higiene
como shampoos e condicionadores, em meios de cultura de microrganismos e na fabricação do gel de
eletroforese.

A alga nori, que é utilizada no sushi, é uma rodofícea que fica com a coloração "preta" devido ao
processo de desidratação da alga antes de ser utilizada.

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5) Feofíceas, Algas pardas ou Algas marrons:

As feofíceas são as maiores algas pluricelulares que existem, podendo chegar a até 70 metros de
altura a partir do fundo do mar. As algas pardas formam uma espécie de "floresta" no fundo do mar, que
também são chamadas de "florestas de Kelps".

As feofíceas podem se proliferar de forma excessiva na água devido à eutrofização e subir até a
praia, formando o sargaço.

6) Clorofíceas ou Algas verdes:

As clorofíceas são o grupo de algas mais próximo evolutivamente das plantas atuais. A maioria das
clorofíceas são pluricelulares, porém existem espécies unicelulares, como a Chlorella. 8

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Importância Ecológica das Algas

1) Constituintes do fitoplâncton, que é a base da cadeia alimentar aquática;


2) Maiores produtores de oxigênio do planeta;
3) Reguladoras do clima do planeta (auxiliam na formação das nuvens de chuva devido à produção do
gás dimetilsulfeto (DMS), que forma o núcleo de condensação de nuvens).

Ciclos de Vida

1) Ciclo haplobionte-haplonte

Possui apenas um tipo de adulto quanto à ploidia, e o adulto é haploide. Ocorre, principalmente, em
algas e fungos.

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2) Ciclo haplobionte-diplonte

Possui apenas um tipo de adulto quanto à ploidia, e o adulto é diploide. Ocorre em algas e em
animais.

3) Ciclo haplonte-diplonte, diplobionte, haplodiplobionte, metagênese ou alternância de gerações

Possui dois tipos de adulto quanto à ploidia: um indivíduo haploide (gametófito) e um indivíduo
diploide (esporófito).

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