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Curso de Biologia 1

Apostila 4
AULA 1 A evolução das plantas
Introdução ao Reino Vegetal
Algas
Algas são organismos autótrofos fotossintetizantes sem
O Reino Plantae ou Vegetalia ou Metaphyta engloba organização tecidual, restritos a ambientes aquáticos ou
organismos conhecidos por vegetais ou plantas, possuindo terrestres úmidos e dotados de clorofila como pigmento
características como: fotossintetizante. O termo phyceae vem do grego ‘alga’, de modo
- São organismos eucariontes pluricelulares dotados de que organismos com tal designação devem ter relação com as
organização tecidual; as algas pluricelulares (clorofíceas, algas.
rodofíceas e feofíceas), anteriormente consideradas vegetais, As algas pluricelulares são conhecidas como talófitas
passaram a ser incluídas no Reino Protista por não apresentarem (corpo formado por um talo, uma massa de células não
esta organização tecidual, além de haver representantes diferenciadas em raiz, caule folhas). Uma vez que são aquáticas,
unicelulares no grupo. não precisam de estruturas impermeabilizantes. São
- São autótrofas fotossintetizantes dotadas de clorofilas a e b; avasculares, pois não apresentam vasos condutores de seiva, de
as algas podem apresentar outros tipos de clorofila, mas como modo que a distribuição de substâncias ocorre por difusão célula
já mencionado, são atualmente consideradas integrantes do Reino a célula.
Protista. A difusão célula a célula é um processo lento e bastante
- São dotadas de células com parede celular à base de celulose, ineficaz, o que normalmente restringe bastante o tamanho do
e armazenam amido como substância de reserva. organismo, por não permitir a condução de água ou gases das
- Não apresentam tecido nervoso, não possuindo, portanto, superfícies de absorção até o interior do corpo em tempo hábil
sensibilidade. para manter o metabolismo das células. Para algas, entretanto,
- Não apresentam tecido muscular, não possuindo, portanto, devido à ausência de estruturas impermeabilizantes e ao seu
capacidade de locomoção. habitat aquático, todo o corpo funciona como superfície de
- Apresentam crescimento ilimitado, ou seja, mantêm o absorção de água. Como a pequena espessura do talo permite a
difusão célula a célula de modo bastante eficaz, em toda a
crescimento por toda a vida, apesar de que, quando adultas,
extensão corporal, algumas algas podem atingir grandes
possuem um menor ritmo de crescimento. A capacidade de
comprimentos (até 100 metros, como nas kelps, gênero
continuar crescendo por toda a vida é devida à existência de Macrocystys), mesmo sem haver vasos condutores. Nessas algas
células meristemáticas, indiferenciadas, localizadas no ápice do maiores, podem ocorrer células condutoras, mas não ainda
caule e da raiz. caracterizados como vasos condutores.
Em organismos animais, o crescimento limitado é A reprodução envolve gametas masculinos flagelados. O
benéfico para evitar dimensões exageradas que dificultariam a ambiente aquático possibilita a reprodução desse modo. Algas são
locomoção e, consequentemente, a busca por alimento. Além criptógamas (cryptós = escondido), ou seja, não possuem órgãos
disso, grandes dimensões implicam em grande necessidade reprodutivos facilmente visíveis (ou seja, não possuem flores).
calórica, o que é inadequado para o modo de vida desses
organismos.
Transição do ambiente aquático para o terrestre
Em organismos vegetais, o crescimento pode ser
ilimitado, porque, por não se locomoverem, não possuem Acredita-se, atualmente, que os vegetais terrestres
restrições de peso. Além disso, e principalmente, o crescimento tenham se originado a partir de grupos primitivos de algas
ilimitado permite maiores dimensões, o que facilita a captação verdes, que deram origem, também, às atuais clorofíceas. Essa
proximidade evolutiva é evidenciada por uma série de
de luz e, desse modo, a fotossíntese.
semelhanças, entre as quais se destacam os mesmos tipos de
Segundo a Taxionomia moderna, uma apomorfia
clorofila (a e b), a mesma substância de reserva (amido) e a
(característica comum e exclusiva do grupo) das plantas terrestres
formação de lamela média à base de fragmoplastos após a
que pode ser usado como critério de definição do Reino Plantae é divisão celular (pelo menos em algumas formas de clorofíceas).
a formação de um embrião maciço e com nutrição dependente As algas pardas e vermelhas teriam sido originadas por outros
da planta mãe. Esse embrião maciço diferencia plantas de grupos primitivos de organismos.
animais, cujo embrião (blástula) é oco devido à existência da Considerando os ambientes aquáticos e terrestres, há
blastocele. Esse embrião de nutrição matrotrófica (matro = mãe, vantagens e desvantagens a considerar em cada um deles.
trophos = alimentação) diferencia plantas de algas, que não O ambiente aquático oferece um meio adequado para o
formam embrião (a partir do zigoto ou dos esporos forma-se desenvolvimento (lembre-se que a maior parte da composição de
diretamente um organismo adulto) ou formam um embrião qualquer organismo vivo é a água), não havendo risco de
clorofilado nutricionalmente independente do talo da alga mãe. ressecação. A água tem um alto calor específico, conferindo a
Usa-se, então, o nome Embryophyta (embriófitas) para descrever esse ambiente uma razoável estabilidade térmica.
as plantas terrestres, o que implica na existência do embrião sem Entretanto, há no ambiente aquático algumas limitações,
nutrição independente e sem cavidade interna. em particular para atividades como fotossíntese e respiração.

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- O ambiente aquático não tem muita luz disponível, uma vez exercendo funções de absorção de água e de fixação da planta ao
que ela só penetra até um máximo de cerca de 400 metros de solo, foram positivamente selecionadas propiciando a expansão
profundidade no oceano. das plantas para o ambiente terrestre.
- O gás carbônico necessário à fotossíntese e o gás oxigênio Além do problema da obtenção de água, as plantas
necessário à respiração não são muito solúveis em água, havendo enfrentam, no ambiente terrestre, o problema da perda de água
pois baixa disponibilidade de gases na água. devido à evapotranspiração. O surgimento de cutículas e súber
- Não há tampouco tantos sais minerais. Com exceção de NaCl, impermeáveis e de estruturas denominadas estômatos, dotadas
os teores de sais minerais são muito pequenos na água. de poros que podem abrir ou fechar de modo a controlar a saída
Desse modo, as primeiras “plantas”, as algas, apesar de de água das plantas, também contribuiu para o sucesso das
aquáticas, preferem se instalar próximas ao litoral, onde há uma plantas no meio terrestre. Estruturas impermeáveis estão
série de benefícios: menores profundidades e ausentes em plantas briófitas em geral, sendo os estômatos
consequentemente mais luz, mais gases devido à agitação das encontrados em somente alguns grupos dessas plantas. A
ondas que favorece uma maior dissolução de gases na água e ausência dessas estruturas impermeabilizantes restringe as
mais minerais, uma vez que os rios “lavam” os solos, briófitas a ambientes úmidos e sombrios, devido a sua grande
transportando sais minerais para as praias. tendência de desidratar. Em pteridófitas, gimnospermas e
Algas capazes de se instalar nessas regiões costeiras angiospermas, essas estruturas são encontradas, sendo tais
apresentam pois vantagens em relação àquelas das regiões de plantas capazes de habitar locais ensolarados.
mar aberto. O litoral, entretanto, oferece riscos. A turbulência da Os estômatos também vêm compensar outra séria
água gerada por ondas pode arrancar as algas do lugar onde dificuldade do meio terrestre quando comparado ao meio aquático,
estão instaladas, o que se torna desvantajoso, uma vez que elas já que se trata das temperaturas muito variáveis ao longo do
estão no litoral para se beneficiarem da maior disponibilidade de tempo. A transpiração por estômatos auxilia o controle térmico.
luz, gases e sais. As variações dos níveis de água Outra modificação que se mostrou altamente vantajosa foi
proporcionados pelas marés podem aprisionar algas em áreas o desenvolvimento de tecidos de sustentação e de transporte,
secas, havendo então riscos de ressecação. ausentes nas algas e nas briófitas. Os tecidos de sustentação
As algas que resistiram às condições adversas das regiões permitiram que as plantas se mantivessem eretas, buscando
litorâneas foram aquelas selecionadas por terem estruturas de melhores condições de luminosidade, o que se tornou
fixação para resistir à turbulência gerada pelas ondas particularmente importante com o aumento da competição entre as
(apressórios, que em grupos terrestres equivale à raiz) e plantas terrestres por luz. Os tecidos condutores permitiram a
estruturas impermeabilizantes para aumentar as chances de condução de água e dos sais minerais, retirados do solo pelas
sobrevivência em casos de aprisionamento em áreas secas no raízes (seiva bruta), para as partes superiores das plantas, de
caso de marés muito baixas. Em algumas algas de maiores modo que a reposição de água se dá numa velocidade maior do
dimensões, houve seleção de células condutoras de matéria que as perdas por transpiração, o que dificulta a ressecação. A
orgânica das porções superiores iluminadas e fotossintetizantes água é conduzida até as folhas, então, onde, através da
para as porções de fixação instaladas em maiores profundidades e fotossíntese, são produzidas substâncias orgânicas. Estas,
com menor disponibilidade de luz, devido à sombra das demais juntamente com a água (seiva elaborada), são transportadas pelos
partes do talo. tecidos condutores, das folhas até às raízes, distribuindo nutrientes
Essas algas instaladas no litoral são possivelmente aquelas às demais células da planta. Os tecidos de sustentação e de
que deram origem às plantas terrestres. Expostas ao ambiente de transporte propiciaram o surgimento de plantas de grande porte.
terra firme, vantagens como a maior disponibilidade de luz, gases e Os vasos condutores de seiva surgiram inicialmente nas
nutrientes minerais começaram a ser percebidas, e a seleção pteridófitas, plantas consideradas as primeiras entre as tipicamente
natural novamente favoreceu aqueles organismos com estruturas terrestres.
de fixação e absorção de água, impermeabilização e condução Quanto à reprodução sexuada, o grande passo que
cada vez mais eficientes. favoreceu a exploração do ambiente terrestre pelas plantas foi a
Nessa transição evolutiva de “plantas” aquáticas (algas) diminuição da dependência da água para a reprodução. As
para o ambiente terrestre, foram selecionadas transformações que algas reproduzem-se sexuadamente através de gametas móveis
surgiram ao acaso e que se mostraram adaptativas às novas flagelados que se deslocam no ambiente aquático. Tal
condições ambientais. mecanismo, obviamente, não é eficiente no meio terrestre. As
briófitas e as pteridófitas ainda são plantas que dependem de água
Adaptações ao ambiente terrestre para a reprodução, pois seus gametas masculinos são flagelados,
No ambiente terrestre, os organismos enfrentam problemas havendo necessidade de gotas de chuva ou de orvalho para que
diferentes dos que encontram no ambiente aquático, sendo o mais eles entrem em contato com o gameta feminino. Em função disso,
importante deles a falta de água. No ambiente aquático, as essas plantas ainda estão restritas a ambientes úmidos. Nas
plantas absorvem água diretamente do meio que as circunda, não gimnospermas e angiospermas, já não há mais essa dependência
existindo células ou tecidos especializados na absorção e na de água para a reprodução. Os elementos reprodutores
condução de água. No ambiente terrestre, a quantidade de água masculinos são imóveis, sendo levados por estruturas
sob a forma líquida é bem menor, estando a maior parte dela denominadas grãos de pólen até os elementos femininos através
acumulada no interior do solo. Estruturas como rizoides e raízes,
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de diferentes agentes de polinização, como o vento, os pássaros integral. Assim, talvez as pteridófitas tenham surgido primeiro, e
e os insetos. sob sua sombra, as briófitas teriam encontrado seu nicho
ecológico.
Quem surgiu primeiro: briófitas ou pteridófitas?
As briófitas são normalmente consideradas as Pteridófitas
primeiras plantas terrestres, devido à sua simplicidade quando As pteridófitas, representadas pelas samambaias, são
comparadas com as demais plantas, e à sua grande dependência consideradas as primeiras plantas realmente terrestres, já
de ambientes úmidos e sombrios para a sobrevivência. Segundo podendo habitar locais ensolarados, desde que úmidos. Elas são
essa ideia, as pteridófitas teriam surgido depois. Entretanto, as primeiras cormófitas: o corpo agora é um cormo, bem
registros fósseis levantam dúvidas, uma vez que os fósseis mais diferenciado em órgãos como raízes, caule e folhas.
antigos de briófitas e pteridófitas têm idades semelhantes. São as primeiras plantas com estruturas
Assim, para alguns autores, talvez as pteridófitas tenham impermeabilizantes, daí a possibilidade de habitar locais
sido a primeiras plantas terrestres. Além disso, se as briófitas ensolarados. São também as primeiras plantas com tecidos
tivessem sido os primeiros vegetais terrestres, um questionamento vasculares (traqueófitas) e tecidos de sustentação, o que
poderia ser levantado: como elas estão restritas a ambientes contribui para a diminuição de risco de ressecação, bem como
sombrios, como poderiam ter sobrevivido em terra sem cobertura para maiores dimensões. Portes maiores são vantajosos para a
vegetal nenhuma e consequente sem ambientes sombrios (talvez melhor captação de luz.
por exceção da sombra de rochas e cavernas)? As limitações das pteridófitas em termos de habitat são
Sendo as pteridófitas as primeiras plantas terrestres, essa reprodutivas: novamente são criptógamas e de gametas
pergunta não precisa ser feita, já que elas são dotadas de masculinos flagelados, com dependência da água para a
estruturas impermeabilizantes que lhes permite habitar locais reprodução, o que novamente justifica sua restrição a ambientes
ensolarados. As pteridófitas então fariam sombra, e segundo essa úmidos. São também embriófitas.
ideia, nessa sombra, as primeiras briófitas poderiam ter se
desenvolvido. Pteridospermas
As pteridospermas estão atualmente extintas, e seus
Briófitas órgãos vegetativos, raízes, caules e folhas, eram semelhantes aos
As briófitas, representadas pelos musgos, são muitas das samambaias, apesar de já produzirem sementes. Elas seriam,
vezes consideradas as primeiras plantas terrestres, sendo portanto, “samambaias com sementes” e muito provavelmente
organismos, ao contrário das algas, dotados de organização foram as precursoras das atuais gimnospermas.
tecidual. Entretanto, não possuem ainda órgãos bem
caracterizados, ou seja, não possuem raiz, caule e folhas, mas Gimnospermas
estruturas mais simples e avasculares denominadas rizoides, Com a Terra ficando mais seca, o que ocorreu há alguns
cauloides e filoides. Apesar de terrestres, sofrem duas sérias milhões de anos, a dificuldade de se reproduzir tornou-se um
limitações: estão restritas a ambientes sombrios e úmidos. problema para as então dominantes pteridófitas. Assim, a seleção
Briófitas estão restritas a ambientes sombrios porque elas natural favoreceu o surgimento de um novo grupo vegetal: as
não possuem estruturas impermeabilizantes, estando gimnospermas, representadas pelos pinheiros. Como o grupo
facilmente sujeitas a ressecação. anterior, são cormófitas, dotadas de estruturas
Além disso, briófitas são avasculares, dependendo da impermeabilizantes, traqueófitas e embriófitas, podendo pois
difusão célula a célula para a condução de água. Ao contrário de facilmente se instalar em áreas ensolaradas. A maior novidade é a
algas que absorvem água por todo a superfície de seu talo, em não restrição a ambientes úmidos, devido a um a série de
briófitas, a única região de absorção de água são os rizoides, e a importantes inovações no campo reprodutivo.
condução é mais lenta que a evaporação, reforçando a tendência a A primeira inovação é o fato de serem plantas
ressecação. Caso sejam muito altas, a água não consegue atingir fanerógamas (fanerós = visível), com estruturas reprodutoras bem
as regiões mais superiores, que ressecam. Assim, a ausência de visíveis, nesse caso chamados de estróbilos (para alguns autores,
vasos condutores e tecidos de sustentação justificam o um tipo de flor). Esses produzem grãos de pólen, que carregam
pequeno porte (até cerca de 20 cm de altura) dessas plantas. células que originarão os gametas masculinos (não flagelados
Também são criptógamas e de gametas masculinos nesse grupo vegetal). Os grãos de pólen são nesse caso dotados
flagelados, o que justifica sua restrição a ambientes úmidos: há de sacos aéreos, que funcionam como velas, sendo transportados
dependência da água para a reprodução. pelo vento, sem necessidade da participação de água. Um
São plantas embriófitas, formando embrião no ciclo de inconveniente é que o vento não é direcionado, não
vida (algas não são embriófitas, não possuindo um embrião garantindo que o pólen vai para o estróbilo de outro membro
caracterizado). da espécie para haver a reprodução. As gimnospermas
Como já dito, alguns autores têm questionado nos últimos aumentam suas chances de polinização produzindo grandes
anos as briófitas serem as primeiras plantas terrestres, uma vez quantidades de pólen. (Se bem que a água também não oferece
que elas estão restritas a locais sombrios. Como haveria sombra essa garantia: mesmo os gametas masculinos de criptógamas
num ambiente virgem e estéril de quando as plantas saíram da sendo flagelados, eles não têm forças para vencer correntezas
água? Rochas não teriam como proporcionar sombra em tempo
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mínimas, dependendo da direção da água). O transporte do pólen Em gimnospermas, a semente é desprotegida, não
é chamado de polinização, e no caso de gimnospermas, é havendo frutos. Em angiospermas (angiós = urna), frutos são
chamado de polinização anemófila (proporcionada pelo vento). estruturas derivadas do ovário da flor verdadeira, e consistem
Em gimnospermas inferiores, como as cicas e o ginkgo, o numa eficiente proteção para a semente. Além disso, são
grão de pólen ao chegar libera os gametas masculinos flagelados,
nutritivos e saborosos, atraindo animais que venham comê-lo.
que nadam num líquido encontrado no interior do estróbilo para
Como a semente tem sabor desagradável, normalmente é
fecundar o gameta feminino. Apesar de a água não ser necessária
no transporte do pólen de uma planta a outra, é necessária ao descartada, facilitando a dispersão da planta. Às vezes, a
encontro dos gametas dentro do estróbilo. semente é engolida, e tendo revestimentos de celulose, não
A independência máxima em relação à água para a digerível, atravessa intacta o tubo digestivo do animal sendo
reprodução vem com o surgimento do tubo polínico, em descartada nas fezes. Novamente a dispersão é facilitada. Nesse
gimnospermas superiores, como os pinheiros. Quando o pólen caso, a dispersão é chamada de zoócora (por animais). Alguns
chega ao estróbilo de outras plantas, forma um tubo polínico, que frutos secos aderem a animais, que o carregam, como ocorre no
permite o deslocamento do gameta masculino não flagelado carrapicho. Outros frutos secos apresentam projeções aladas para
até o gameta feminino sem necessidade da participação de a dispersão anemócora (pelo vento), como ocorre no algodão e
água. Gimnospermas são ditas, devido à presença de tubo no dente-de-leão. Outros frutos secos ainda são dotados de
polínico, sifonógamas. reservas de ar para flutuar na dispersão hidrócora (pela água),
Graças ao pólen e ao tubo polínico, gimnospermas são
como ocorre no coco.
as primeiras plantas independentes da água para a
reprodução.
Gimnospermas são também as primeiras plantas Classificação taxionômica em vegetais
espermatófitas, plantas dotadas de sementes. Sementes são
bem resistentes a secas, mais uma interessante adaptação à vida A classificação taxionômica em vegetais é mais uma
terrestre. Apesar de dotadas de sementes, não ocorrem frutos em tradicional confusão em Biologia, em que cada autor utiliza uma
gimnospermas, de modo que as sementes são expostas, o que classificação diferente. Principalmente para saber quais são as
origina o nome do grupo (gymnós = nu; spermatós = semente:
Divisões no Reino Plantae. Dessa forma, torna-se difícil afirmar
“semente nua”).
qual o melhor sistema de classificação, havendo quatro muito
utilizados: o de Eichler (1883), o de Tippo (1942), o de Whittaker
Angiospermas
(1969) e o de Bold (1970).
O que há de mais moderno em termos de vegetais,
entretanto, são as angiospermas. Elas correspondem a 90% da Não se pretende, discutir detalhadamente cada um desses
cobertura vegetal atual, com cerca de 285 mil espécies num total sistemas. Serão apresentados três deles, simplesmente para
de 315 mil espécies do Reino Vegetal. A maior parte das comparação, não havendo necessidade de que sejam fixados em
características de angiospermas é compartilhada com seus detalhes. Discutiremos apenas alguns termos introduzidos
gimnospermas: ambas são cormófitas, com estruturas por esses sistemas de classificação e muito empregados na
impermeabilizantes, traqueófitas, fanerógamas, sifonógamas, ciência que estuda as plantas: a Botânica.
espermatófitas e, ufa, embriófitas. As novidades das Os sistemas aqui apresentados estão simplificados, pois
angiospermas que justificam sua ampla dominância nas paisagens não é objetivo discutir sistemática vegetal. Em Botânica, alguns
vegetais do mundo atual são duas: flores verdadeiras e frutos. autores preferem o termo “Divisão” em vez de “Filo”.
Flores verdadeiras, ao contrário dos estróbilos das
gimnospermas, possuem uma série de atrativos bem perceptíveis:
pétalas vistosas e coloridas, glândulas odoríferas ou EICHLER, 1883
osmóforos produtores de perfume e nectários produtores de
secreções açucaradas conhecidas como néctar. Este néctar atrai REINO VEGETAL
animais que o utilizam como alimento. As cores e odores indicam a) Cryptogamae
aos animais onde há néctar. Quando os animais vão recolher o Divisão 1: Thallophyta
néctar, o pólen das angiospermas, dotado de uma parede - Classe 1: Algae, Cyanophyceae, Chlorophyceae,
espinhosa chamada exina, adere aos animais. Como cada flor Phaeophyceae, Rhodophyceae
apresenta pequenas quantidades de néctar, estes animais - Classe 2: Fungi
precisam visitar várias flores por dia para consegui-lo em Divisão 2: Bryophyta
quantidades satisfatórias. Assim, a polinização é feita por esses Divisão 3: Pteridophyta
animais, que garantem que o pólen vai para outras flores da b) Phanaerogamae
mesma espécie, mesmo com uma mínima quantidade de pólen Divisão 1: Spermatophyta
gerado. Essa polinização por animais é chamada de zoófila: Classe 1: Gymnospermae
entomófila por insetos, ornitófila por aves, quiropterófila por Classe 2: Angyospermae
morcegos, malacófila por moluscos ou artificial por humanos.

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As fanerógamas apresentam uma única divisão, que é a


Spermatophyta (espermatófitas), nome referente a plantas que
TIPPO, 1942 formam sementes (sperma = semente). São espermatófitas as
REINO VEGETAL Gymnosperme e as Angyospermae. As gimnospermas possuem
Sub-Reino 1: Thallophyta flores e sementes, mas estas últimas são “nuas”, ou seja, não se
Filo 1: Cyanophyta abrigam no interior de frutos, vindo desse fato a denominação
Filo 2: Chlorophyta gymnos = nu e spermae = semente. Já as angiospermas têm suas
Filo 3: Euglenophyta sementes dentro de frutos, e a denominação do grupo baseia-se
Filo 4: Phaeophyta nesse fato: angios = urna e spermae = semente.
Filo 5: Rhodophyta
Tippo, 1942, dividiu o Reino Vegetal em dois grandes sub-
Filo 6: Chrysophyta
reinos: Thallophyta e Embryophyta. Ele empregou o termo
Filo 7: Pyrrophyta
Filo 8: Eumicophyta “embriófita” às plantas que, durante seu ciclo de vida, apresentam
Sub-Reino 2: Embryophyta a formação de um embrião. Em Botânica, embrião significa planta
Filo 1: Bryophyta rudimentar formada dentro de sementes ou de arquegônios
Filo 2: Tracheophyta (estruturas multicelulares de briófitas e de pteridófitas que
Classe 1: Filicinae abrigavam os gametas femininos). Dentre as embriófitas, Tippo
Classe 2: Lycopodinae considerou dois filos: Bryophyta e Tracheophyta. As briófitas são
Classe 3: Gymnospermae plantas terrestres avasculares, ou seja, não possuem tecidos
Classe 4: Angyiospermae condutores de seiva e, em função disso, têm tamanhos reduzidos,
quando comparadas com a maioria das plantas terrestres, que são
vasculares. Em função da presença de vasos condutores de seiva,
WHITTAKER, 1969 Tippo agrupa os demais vegetais terrestres no Filo Tracheophyta.
REINO 1: MONERA Dentro desse filo existem várias classes, mas consideramos, por
Filo 1: Cyanophyta conveniência, apenas quatro delas: Filicinae, que corresponde às
Filo 2: Eubacteriae samambaias e avencas; Lycopodinae, representada pelas
REINO 2: PROTISTA Selaginelas; Gymnospermae e Angiospermae.
Filo 1: Euglenophyta Whittaker, 1969, classificou os seres vivos em cinco
Filo 2: Chrysophyta grandes reinos, considerando como pertencentes ao Reino Plantae
Filo 3: Pyrrophyta os Filos Rhodophyta, Phaeophyta, Chlorophyta, Bryophyta e
(não incluímos os outros filos)
Tracheophyta. Esta será a sistemática por nós adotada.
REINO 3: PLANTAE
Filo 1: Rhodophyta Consideraremos, como simplificação, o termo pteridófita
Filo 2: Phaeophyta como sinônimo de Filicinae e de Lycopodinae, uma vez que,
Filo 3: Chlorophyta segundo a sistemática que adotamos, o termo “pteridófita” não
Filo 4: Bryophyta representa uma categoria taxonômica. Os termos criptógamas,
Filo 5: Tracheophyta fanerógamas, pteridófitas, talófitas, algas e embriófitas serão
Classe 1: Filicinae empregados quando for conveniente, ficando claro, no entanto,
Classe 2: Licopodinae que não representam categorias taxonômicas, como ordem, classe
Classe 3: Gymnospermae etc.
Classe 4: Angyospermae Bold, 1970, e alguns outros autores mais recentes, não
consideram as gimnospermas uma categoria taxonômica,
Eichler dividiu o Reino Vegetal em dois grandes grupos,
utilizando o termo como uma designação vulgar referente a quatro
com base nas estruturas reprodutoras: criptógamas e
grupos distintos: Ginkgophyta, Cycadophyta, Coniferophyta e
fanerógamas. As plantas criptogramas não produzem flores sem
sementes, enquanto as fanerógamas apresentam esses Gnetophyta. Vamos manter por conveniência o termo
elementos. Os termos “criptógamas” e “fanerógamas”, entretanto Gymnospermae como uma divisão dentro do Reino Plantae,
não se referem a categorias taxonômicas como divisão, classe, filo seguindo a classificação de Whittaker, 1969.
ou outras. Entre as criptógamas, Eichler incluiu:
- talófitas: plantas cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada Classificação atual
em raiz, caule e folha; Se você ainda não se suicidou com essa loucura toda, ou
- briófitas: plantas de pequeno porte, que apresentam rizoide, ao menos desistiu do vestibular para a área de saúde, é sinal de
cauloide e filoide, respectivamente formas semelhantes à raiz, ao que você é um grande exemplo de saúde e equilíbrio mental.
caule e à folha, mas que não têm tecidos condutores de seiva. Parabéns! Agora vamos aterrissar e apresentar a classificação
- pteridófitas: plantas que já possuem raiz, caule e folhas.
atualmente mais aceita.

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Exercícios
- Briófitas hoje são consideradas um grupo de três Divisões: Questões estilo múltipla escolha
Divisão Hepatophyta (hepáticas), Divisão Anthocerotes
(antóceros) e Divisão Bryophyta (musgos). 1. (ENEM)
- Pteridófitas hoje são consideradas um grupo de quatro Divisões: Os frutos são exclusivos das angiospermas, e a dispersão das
Divisão Pterophyta (pteridófitas ou filicíneas: samambaias e sementes dessas plantas é muito importante para garantir seu
avencas), Divisão Lycophyta (licopodíneas: licopódios e sucesso reprodutivo, pois permite a conquista de novos territórios.
selaginelas), Divisão Arthrophyta ou Sphenophyta (cavalinhas A dispersão é favorecida por certas características dos frutos (ex.:
ou equisetos) e Divisão Psilophyta (psilófitas). cores fortes e vibrantes, gosto e odor agradáveis, polpa suculenta)
- Gimnospermas hoje são consideradas um grupo de quatro e das sementes (ex.: presença de ganchos e outras estruturas
Divisões: Divisão Ginkgophyta (Ginkgo biloba, 1 espécie), fixadoras que se aderem às penas e pelos de animais, tamanho
Divisão Cicadophyta (cicadáceas), Divisão Conyferophyta reduzido, leveza e presença de expansões semelhante a asas).
Nas matas brasileiras, os animais da fauna silvestre têm uma
(coníferas: pinheiros) e Divisão Gnetophyta (gnetófitas).
importante contribuição na dispersão de sementes e, portanto, na
- Angiospermas correspondem a uma única divisão, Divisão manutenção da diversidade da flora.
Anthophyta ou Magnoliophyta, com duas classes: Classe CHIARADIA, A. Mini-manual de pesquisa: Biologia. Jun. 2004 (adaptado).
Monocotyledones ou Liliopsida e Classe Dicotyledones ou Das características de frutos e sementes apresentadas, quais
Magnoliopsida. estão diretamente associadas a um mecanismo de atração de aves
e mamíferos?
A) Ganchos que permitem a adesão aos pelos e penas.
QUADRO RESUMO B) Expansões semelhantes a asas que favorecem a flutuação.
C) Estruturas fixadoras que se aderem às asas das aves.
REINO PLANTAE (CERCA DE 325 MIL ESPÉCIES) D) Frutos com polpa suculenta que fornecem energia aos
dispersores.
CRIPTÓGAMAS AVASCULARES (cerca de 23 mil espécies) E) Leveza e tamanho reduzido das sementes, que favorecem a
(plantas sem flores, sementes e vasos condutores) flutuação.
- Divisão Hepatophyta (hepáticas)
- Divisão Anthocerotes (antóceros) 2. (ENEM) Caso os cientistas descobrissem alguma substância
- Divisão Bryophyta (musgos) que impedisse a reprodução de todos os insetos, certamente nos
livraríamos de várias doenças em que esses animais são vetores.
CRIPTÓGAMAS VASCULARES Em compensação teríamos grandes problemas como a diminuição
(plantas sem flores e sementes e com vasos condutores) drástica de plantas que dependem dos insetos para polinização,
que é o caso das
- Divisão Psilophyta (psilófitas, 8 espécies)
A) algas.
- Divisão Arthrophyta ou Sphenophyta (cavalinhas ou equisetos, B) briófitas como os musgos.
40 espécies) C) pteridófitas como as samambaias.
- Divisão Pterophyta (pteridófitas ou filicíneas, 12 mil espécies) D) gimnospermas como os pinheiros.
- Divisão Lycophyta (licopódios e selaginelas, 1 mil espécies) E) angiospermas como as árvores frutíferas.

FANERÓGAMAS OU ESPERMATÓFITAS 3. (UNIFOR) De acordo com a sistemática moderna, a


(plantas com flores, sementes e vasos condutores) classificação dos seres vivos deve ser baseada nas relações
Gimnospermas (sem frutos) filogenéticas existentes entre os atuais grupos de seres vivos.
- Divisão Ginkgophyta (Ginkgo biloba, 1 espécie) Assim, as atuais plantas terrestres: Briófitas, Pteridófitas,
- Divisão Cicadophyta (cicadáceas, 100 espécies) Gimnospermas e Angiospermas estão agrupadas no Reino
Plantae, porque todas derivam, provavelmente, de um ancestral
- Divisão Conyferophyta (coníferas, 550 espécies)
comum, que desenvolveu características capazes de possibilitar a
- Divisão Gnetophyta (gnetófitas, 70 espécies) exploração do ambiente terrestre. Nesse contexto, a inovação
Angiospermas (com frutos) evolutiva que permitiu a grande expansão da vegetação nos
- Divisão Anthophyta ou Magnoliophyta continentes a partir deste ancestral comum foi
Classe Monocotyledones ou Liliopsida (monocotiledôneas, 48.500 A) o surgimento de sementes e dos vasos condutores de seiva.
espécies) B) o surgimento de flores e frutos.
Classe Dicotyledones ou Magnoliopsida (dicotiledôneas, 236.500 C) o aparecimento de estruturas semelhantes aos caules e raízes
espécies) atuais.
D) o surgimento de folhas modificadas para reprodução.
E) o aparecimento de órgãos reprodutores.

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4. (UNIFOR) A conquista do ambiente terrestre pelas plantas


ocasionou diversas mudanças estruturais e funcionais. Uma das COLUNA I COLUNA II
transformações mais notáveis que ocorreram nesta conquista foi 1. Anemocoria (_) Os frutos são secos e deiscentes, com
A) o aumento da pressão osmótica nos vacúolos. 2. Mirmecoria sementes pequenas e leves, normalmente
B) o aparecimento de reprodução sexuada. 3. Hidrocoria apresentando estruturas aerodinâmicas que
C) a diminuição da dependência da água para a fecundação. 4. Ornitocoria auxiliam o voo.
D) o desenvolvimento do metabolismo fotossintético. 5. Autocoria (_) A planta lança suas sementes pelas
E) a simplificação dos sistemas de transporte de água redondezas, por meio de algum mecanismo
particular, ou simplesmente libera as
5. (UNIFOR) O pequeno porte das briófitas está associado: sementes diretamente no solo.
A) À ausência de reprodução sexuada. (_) A dispersão das sementes é realizada por
B) À ausência de estômatos nos talos. formigas.
C) À ausência de um sistema condutor verdadeiro. (_) Presença marcante de coloração nos
D) Ao ambiente úmido em que vivem. frutos maduros.
E) Ao fato do esporófito não realizar fotossíntese. (_) Inclui frutos com durabilidade e capacidade
de flutuação.
6. (INTA) O cladograma abaixo evidencia algumas estruturas das A sequência correta, de cima para baixo, é:
plantas que foram surgindo ao longo de sua evolução desde o A) 1, 5, 2, 4, 3.
mundo aquático até a conquista do ambiente terrestre. B) 2, 3, 4, 5, 1.
C) 1, 5, 4, 2, 3.
D) 2, 3, 1, 4, 5.

8. (UECE) Representam vegetais que possuem semente:


A) pinheiros, leguminosas e gramíneas.
B) avencas, bromélias e cactáceas.
C) cavalinhas, pinheiros e orquídeas.
D) leguminosas, hepáticas e gramíneas.

9. (UECE) Constituem exemplos de vegetais intermediários e


foram as primeiras plantas a conquistar realmente o ambiente
terrestre os(as):
A) pinheiros. B) musgos.
C) samambaias. D) cactáceas.

10. (UECE) No processo evolutivo dos vegetais, para se


estabeleceram no meio terrestre, o primeiro a oferecer condições
para tal foi o grupo das:
A) pteridófitas. B) talófitas.
Entre as adaptações dos vegetais à vida terrestre, uma das mais C) briófitas. D) gimnospermas.
importantes está relacionada com o desenvolvimento da
reprodução sexuada independente do meio aquático. Sob este 11. (UECE) No sertão, é comum e do conhecimento da maioria das
aspecto, os vegetais terrestres que conseguiram superar a pessoas, as plantas rasteiras conhecidas por “Pega-Pinto” e
dependência da água para a fecundação dos gametas foram Carrapicho. Os frutos dessas plantas possuem dispositivos
apenas as: morfológicos que fazem com que eles se “grudem” ao corpo dos
A) pteridófitas. animais, facilitando sua dispersão e aumentando, assim, a
B) gimnospermas. propagação das espécies. Esse tipo de dispersão ou disseminação
C) briófitas. recebe o nome de:
D) angiospermas. A) anemocórica. B) zoocórica.
E) gimnospermas e angiospermas. C) hidrocórica. D) geocárpica.

7. (UECE) No que diz respeito às estratégias de dispersão dos 12. (FACID) A figura a seguir corresponde ao desenho
vegetais, relacione as colunas abaixo, numerando as esquemático de uma orquídea: flores com alas similares às
características contidas na coluna II, de acordo com os termos abelhas e vespas, de tal forma que os machos dessas espécies
apresentados na coluna I. são atraídos e chegam a copular com elas. Ao abandoná-las,
poderão levar grãos de pólen e encontrando flores semelhantes,
podem repetir o processo deixando o pólen que carregavam,
polinizando-as. O processo descrito é chamado de
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15. (FCM-CG) “A polinização é um dos serviços ecossistêmicos ou
ambientais gerados naturalmente por ecossistemas. Esses
serviços produzem benefícios aos seres humanos, seja na forma
de produtos – como alimentos e substâncias medicinais –, seja na
forma de processos relacionados à fertilização do solo, controle do
clima e muitos outros”. É resultado da polinização
A) a reprodução de plantas espermatófitas que produzem
sementes.
B) a manutenção da reprodução de plantas avasculares que
produzem sementes.
C) a transferência de grãos de pólen das células reprodutivas
Fonte: Biologia: uma abordagem evolutiva e ecológica. Avancini e Favareto. 1ª Ed, página 279. femininas para o aparelho receptor masculino das plantas
esporófitas.
A) Anemofilia. B) Ornitofilia. D) a garantia da manutenção de apenas espécies espermatófitas,
C) Heterostilia. D) Entomofilia. já que sua variabilidade genética é baixa.
E) Quiropterofilia. E) o transporte de grãos de pólen das células reprodutivas
masculinas para o aparelho receptor feminino dos vegetais, que
13. (FACID) As plantas terrestres, possivelmente, surgiram de um são levados pelo aparelho bucal das abelhas, os mais importantes
clado de algas verde denominado Charales que, provavelmente, polinizadores.
viveram às margens de poços ou charcos, circulando-os como uma
esteira verde. Os primeiros indícios de plantas terrestres, ou de 16. (UPE) Para algumas angiospermas, lançar o pólen ao vento é
ancestrais no ambiente terrestre, datam, aproximadamente, de 400 suficiente para garantir a disseminação de sementes, mas a
a 500 milhões de anos atrás. Enquanto a água, essencial à vida, grande maioria das plantas com flores depende de animais para
está por toda a parte no ambiente aquático, é difícil obter e reter espalhar seu pólen. Orquídeas, por exemplo, são flores altamente
água no ambiente terrestre. Todos os itens a seguir relacionam complexas. De acordo com Darwin, a evolução esticou, torceu e
adaptações ao ambiente terrestre, entretanto, uma destas, transformou as partes de flores comuns para criar os arcos e
provavelmente, já se fazia presente nas algas ou em seus outros engenhos que estas usam para espalhar o seu pólen,
ancestrais. Identifique-a. valendo-se da coevolução com insetos. Em relação à evolução da
A) Parede celular com composição celulósica garantindo maior reprodução das angiospermas, analise as afirmativas abaixo:
resistência à célula. I. As flores das angiospermas substituem os estróbilos masculino e
B) Desenvolvimento de cutícula, revestimento de cera que retarda feminino das gimnospermas.
a perda de água. II. As fanerógamas produzem sementes envolvidas por frutos, e os
C) Esporos com paredes grossas prevenindo dessecamento e gametas independem do meio líquido para se encontrarem, sendo
apodrecimento. transportados pelo processo chamado de polinização.
D) Gametângios, invólucros que revestem os gametas prevenindo III. Os frutos formam-se a partir do desenvolvimento da gema
ressecamento. apical da flor e possuem papel fundamental na proteção e
E) Embriões os quais são plantas jovens envolvidas por uma disseminação das sementes.
estrutura protetora. IV. As diferentes estratégias de disseminação das sementes das
angiospermas auxiliam na colonização de novos locais e
14. (FACID) Sobre plantas julgue as afirmativas abaixo em aumentam as chances de sobrevivência das plantas-filhas, que
verdadeira (V) ou falsa (F). não irão competir com a planta-mãe.
I. Antófitas – plantas que produzem flores. O termo é geralmente Está correto o que se afirma em
aplicado somente às angiospermas, como o eucalipto. A) I e II.
II. Cormófitas – plantas que apresentam órgãos vegetativos bem B) I, II e III.
desenvolvidos. Exemplo: hepáticas. C) I e IV.
III. Sifonógamas – plantas com tubo polínico e independentes da D) II, III e IV.
água ambiental para a reprodução. Os psilotos são vegetais desse E) III e IV.
grupo.
IV. Espermatófitas – apenas as plantas que apresentam sementes 17. (UEMA) Considerando a classificação atual dos seres vivos, a
envolvidas pelo fruto, como por exemplo, o abacate. apomorfia típica das plantas é (são)
Marque a alternativa correta. A) alternância de gerações haploides e diploides.
A) Apenas os itens I e IV são verdadeiros. B) meiose gamética.
B) Apenas os itens II e III são verdadeiros. C) embriões multicelulares maciços que se desenvolvem à custa
C) Apenas os itens II e IV são verdadeiros. do organismo materno.
D) Apenas o item III é falso. D) presença de vasos condutores de seiva.
E) Somente o item I é verdadeiro. E) presença de semente, que se constitui na unidade reprodutiva
que contém o embrião.
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18. (FUVEST) Abaixo estão listados grupos de organismos a aquisição de uma característica: lendo-se de baixo para cima, os
clorofilados e características que os distinguem: ramos anteriores a um número correspondem a plantas que não
I. Traqueófitas – vaso condutor de seiva. possuem essa característica e os ramos posteriores correspondem
II. Antófitas – flor. a plantas que a possuem. As características correspondentes a
III. Espermatófitas – semente. cada número estão corretamente indicadas em:
IV. Embriófitas – embrião.
V. Talófitas – corpo organizado em talo.
Considere que cada grupo corresponde a um conjunto e que a
interseção entre eles representa o compartilhamento de
características. Sendo P um pinheiro-do-paraná (araucária),
indique a alternativa em que P está posicionado corretamente,
quanto às características que possui. I II III
A) B) A) presença de formação de produção de
vasos condutores sementes frutos
de seiva
B) presença de produção de frutos formação de
vasos condutores sementes
de seiva
C) formação de produção de frutos presença de
C) D) sementes vasos condutores
de seiva
D) formação de presença de vasos produção de
sementes condutores de frutos
seiva
E) produção de formação de presença de
frutos sementes vasos condutores
E) de seiva

22. (UNESP)
O vento soprava fraco, dobrando levemente as hastes de uma
planta dominante, que mal superava a altura do tornozelo, mas
nem sempre era assim. Na maior parte das vezes o deslocamento
de ar era intenso e se transformava num jato de uivos poderosos,
durante as tempestades de verão. ...Açoitadas pelo deslocamento
19. (FUVEST) Na evolução dos vegetais, o grão de pólen surgiu
de ar, as hastes se dobravam e se agitavam para liberar o
em plantas que correspondem, atualmente, ao grupo dos
conteúdo das copas, arredondadas como antigas lâmpadas
pinheiros. Isso significa que o grão de pólen surgiu antes
incandescentes. Então as sementes partiam. Cada uma pousaria
A) dos frutos e depois das flores.
num ponto distinto, determinadas a perpetuar a espécie,
B) das flores e depois dos frutos.
adaptando-se com a disposição de migrantes que desembarcam
C) das sementes e depois das flores.
numa terra estranha. O futuro está ali, não lá, de onde partiram.
D) das sementes e antes dos frutos. Ulisses Capozzoli. Memória da Terra. Scientific American Brasil, janeiro 2010. Adaptado.
E) das flores e antes dos frutos. O texto retrata uma cena na Terra há alguns milhões de anos.
Pode-se dizer que o texto tem por protagonista as _____ e
20. (FUVEST) A presença ou a ausência da estrutura da planta em descreve um processo que lhes permitiu _____. Os espaços em
uma gramínea, um pinheiro e uma samambaia está corretamente branco poderiam ser corretamente preenchidos por
indicada em: A) briófitas – manterem-se como uma mesma espécie até os dias
ESTRUTURA GRAMÍNEA PINHEIRO SAMAMBAIA atuais.
A) Flor ausente presente Ausente B) pteridófitas – manterem-se como uma mesma espécie até os
B) Fruto ausente ausente Ausente dias atuais.
C) Caule ausente presente Presente C) pteridófitas – diversificarem-se em várias espécies, algumas
D) Raiz presente presente Ausente delas até os dias atuais.
E) Semente presente presente Ausente D) gimnospermas – manterem-se como uma mesma espécie até
os dias atuais.
21. (FUVEST) O esquema abaixo representa a aquisição de E) gimnospermas – diversificarem-se em várias espécies, algumas
estruturas na evolução das plantas. Os ramos correspondem a delas até os dias atuais.
grupos de plantas representados, respectivamente, por musgos,
samambaias, pinheiros e gramíneas. Os números I, II e III indicam
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23. (UFSCAR) Aproximadamente 90% da flora neotropical produz se classificar as algas como Protista e não como Vegetal está no
frutos carnosos, com características atrativas para os vertebrados fato da:
que os consomem. Desse modo, estes animais têm papel A) presença de células com parede celulósica.
importante na dispersão de sementes e na organização das B) ausência de envoltório nuclear em suas células.
comunidades vegetais tropicais. Com relação à dispersão de C) ausência de tecidos e órgãos bem diferenciados.
sementes pelos vertebrados, pode-se afirmar que D) presença de clorofila como pigmento fotossintetizante.
A) os animais frugívoros que têm visão monocromática, como E) ausência de organelas celulares.
alguns canídeos, são ineficazes no processo de dispersão de
sementes. 27. (UFPB) A polinização e a dispersão das sementes são dois
B) a única forma de dispersão realizada pelos mamíferos é através mecanismos de grande importância no ciclo de vida dos vegetais.
do transporte acidental nos pelos. Sobre esses dois mecanismos, é incorreto afirmar:
C) a dispersão através das fezes é possível porque as enzimas A) Os frutos contribuem para a dispersão das sementes, a exemplo
digestivas não digerem o embrião de algumas sementes. do coco-da-baía que, por ser flutuante, pode ser levado pelas
D) os peixes não se alimentam de frutos e por isso não participam correntes marinhas para praias distantes, onde a semente
do processo de dispersão de sementes. germinará.
E) os animais onívoros só promovem a dispersão de sementes B) A dispersão das sementes pode ocorrer através do transporte
quando ingerem as vísceras de animais frugívoros. de frutos que aderem ao corpo de animais, como acontece com o
carrapicho.
24. (UERJ) Desde o início da colonização do ambiente terrestre, C) A dispersão das sementes pode ocorrer através do vento, a
houve grande diversificação das plantas, graças ao surgimento de exemplo do que acontece com as sementes aladas das orquídeas.
características vantajosas à adaptação, que permitiram a D) A polinização feita por animais como morcegos, pássaros e
sobrevivência e a reprodução em terra firme. As estruturas insetos é um fenômeno característico das angiospermas.
correspondentes a adaptações evolutivas exclusivas das plantas, E) As gimnospermas têm flores rudimentares (estróbilos) e nelas
que contribuíram para seu desenvolvimento e diversificação no não se verifica o fenômeno da polinização.
habitat terrestre, estão indicadas em:
A) fruto, semente e mitocôndria. 28. (UFPB) O reino Plantae reúne cerca de 300 mil espécies de
B) vaso condutor, cutícula e estômato. organismos que possuem características em comum, ou seja,
C) membrana celular, cloroplasto e raiz. esses organismos são
D) meristema apical, parede celular e flor. A) eucariontes e procariontes, autótrofos fotossintetizantes,
contendo cloroplastos com pigmentos.
25. (UFC) Pesquisas recentes têm mostrado que o aquecimento do B) autótrofos facultativos, com células de paredes rígidas,
Planeta tem provocado a extinção ou a migração de várias contendo celulose e cloroplastos com clorofila.
espécies animais para as regiões mais frias, principalmente C) unicelulares ou pluricelulares, autótrofos fotossintetizantes e
borboletas, abelhas e beija-flores. Como cerca de 90% da quimiossintetizantes, contendo cloroplastos com clorofila e outros
produção mundial de cereais depende das espécies polinizadoras, pigmentos.
pode-se supor o comprometimento desta produção no futuro. Com D) eucariontes, autotróficos fotossintetizantes, contendo células de
respeito à polinização, marque a segunda coluna de acordo com a parede celular rígida, com celulose e cloroplasto com clorofila.
primeira, relacionando o agente polinizador com o processo de E) autotróficos fotossintetizantes, com células de parede celular
polinização. flexível, contendo celulose e cloroplasto com clorofila e outros
(1) vento (_) entomofilia pigmentos.
(2) inseto (_) quiropterofilia
(3) pássaro (_) anemofilia 29. (UFMG) Analise esta tabela:
(4) morcego (_) ornitofilia DIVERSIDADE ATUAL DE PLANTAS COM SEMENTE NA TERRA
(5) molusco (_) malacofilia No de No de Época de
famílias espécies surgimento
na Terra
A sequência correta será:
(milhões de
A) 24135. anos)
B) 13524. Gimnospermas Ginkgophyta 1 1 280
C) 45312. Cycadophyta 3 100 300
D) 31542. Coniferophyta 7 500 330
E) 24531. Gnetales 3 100 200
Angiospermas 500 300.000 120
26. (UFPI) Atualmente, biólogos da área de sistemática e evolução
dos seres vivos incluem as algas como pertencentes ao reino Com base nas informações dessa tabela e em outros
Protista, e não ao reino Vegetal, como tradicionalmente se conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que a diferença
conhece devido à sua aparência com as plantas. A explicação para entre a diversidade de Gimnospermas e de Angiospermas pode
ser explicada
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A) pelos tipos de folhas e sementes. Questões discursivas


B) pela ação dos insetos polinizadores.
C) pela ação menos intensa de herbívoros. 32. (FUVEST)
D) pelos modos de dispersão dos frutos. Pesquisadores encontraram características surpreendentemente
avançadas no fóssil de um peixe primitivo conhecido como
30. (UFMG) A alface (Lactuca sativa), hortaliça de folhas Gogonassus, que viveu há cerca de 380 milhões de anos no oeste
comestíveis, é, há muito, utilizada na alimentação humana por da Austrália. Esse gênero faz parte de um grupo de peixes com
apresentar todas as seguintes características, exceto barbatanas lobuladas que deu origem aos vertebrados terrestres e
A) Constitui uma fonte razoável de fibras, além de possuir é uma das amostras mais completas já encontradas de seres
reconhecido conteúdo vitamínico. aquáticos do período Devoniano (419 a 359 milhões de anos
B) É incapaz de se propagar por meio de sementes, já que não atrás). [...]
pode florir. Rev. Pesquisa FAPESP – edição Online, 20/10/2006
C) Possui variedades que podem ser cultivadas em todas as A) É correto afirmar que os primeiros vertebrados terrestres,
estações do ano. descendentes dos peixes de barbatanas lobuladas, de que fala o
D) Tem cultura de fácil manejo, podendo, por isso, ser consumida texto, foram necessariamente consumidores primários? Por quê?
ainda fresca. B) Considerando que no Devoniano surgiram os primeiros filos de
plantas gimnospermas, quais dentre as seguintes estruturas
dessas plantas poderiam ter servido de alimento a esses primitivos
Questões estilo somatória vertebrados terrestres: caule, folha, semente, flor e fruto?
Justifique.
31. (UFSC)
Até pouco tempo, acreditava-se que a cafeína presente nas flores 33. (FUVEST) A conquista do meio terrestre, pelas plantas, foi
do café era produzida pela planta com o intuito de inibir a possível graças a um conjunto de adaptações.
herbivoria. Experimentos recentes trazem à tona uma nova A) Cite duas adaptações dos vegetais terrestres relacionadas à
perspectiva. Descobriu-se que existem baixos níveis de cafeína no economia de água.
néctar destas flores. Além disso, constatou-se que as abelhas que B) Que estruturas vegetais permitem a dispersão das pteridófitas e
ingerem a cafeína presente no néctar das flores de café guardam das gimnospermas, independentemente do meio aquático?
por mais tempo a associação entre o cheiro das flores e o prazer
obtido ao consumir o seu néctar açucarado. Assim como um 34. (FUVEST) Um botânico recebeu duas plantas de origens
vendedor de crack fornece drogas psicoativas capazes de viciar o desconhecidas. Estudando-as, concluiu que uma delas era
consumidor, garantindo sua volta para obter uma nova dose, polinizada por insetos e oriunda de região de alta pluviosidade; já a
podemos imaginar que a planta de café utiliza a cafeína para outra era polinizada pelo vento e provinha de uma região árida.
alterar o cérebro das abelhas e garantir que elas retornem às suas Explique como ele pôde ter chegado a estas conclusões, com base
flores. nas observações e análises realizadas.
REINACH, Fernando. A função da cafeína na natureza. O Estado de São Paulo, 4 abr. 2013.
[Adaptado]
35. (UNICAMP) Na Região Sudeste do Brasil as paineiras
Sobre os pontos abordados no texto, indique a soma da(s) frutificam em pleno inverno, liberando suas sementes envoltas por
proposição(ões) correta(s). material lanoso, como mostram as figuras abaixo. Tal fato está
1. O néctar é um composto que pode ser produzido por flores, relacionado com o mecanismo de dispersão das sementes.
caules e folhas.
2. Como estratégia para atrair polinizadores, além do néctar
contendo ou não cafeína, as flores podem apresentar pétalas com
cores vibrantes ou aromas perfumados.
4. O transporte de pólen por animais, como as abelhas, representa
uma estratégia evolutiva importante para a independência de um
ambiente aquoso na reprodução de Briófitas, Pteridófitas e
Angiospermas.
8. Os grupos de plantas que apresentam pólen são os mesmos
que produzem sementes. A semente deriva de um óvulo
fecundado e a fecundação só pode ocorrer com a formação de um
tubo polínico.
16. O pólen representa o gameta masculino produzido pelo
gineceu das flores. O androceu é responsável pela produção de
óvulos. Foto à esquerda - Fonte: www.deverdecasa.com. Acessado em 19/12/2012. Foto à direita –
32. A cafeína é capaz de causar dependência por aumentar os Acervo pessoal.
níveis de neurotransmissores, como a dopamina, no cérebro. A) Explique como ocorre a dispersão das sementes das paineiras e
qual a importância da frutificação ocorrer no inverno da Região
Sudeste.
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B) Diferentemente das paineiras, existem plantas que investem na do segundo grupo. Essa grande diversidade de espécies de
produção de frutos carnosos e vistosos. De que maneira tal angiospermas deve-se 2.
estratégia pode estar relacionada à dispersão das sementes http://educacao.uol.com.br. Adaptado.

dessas plantas? Explique. Construa dois novos trechos que possam substituir as lacunas do
texto. No trecho 1 você deve citar duas vantagens adaptativas das
36. (UNICAMP) A polinização das angiospermas é feita por sementes em comparação aos esporos, e no trecho 2 você deve
agentes abióticos (vento e água) ou por vários tipos de animais. citar uma característica exclusiva das angiospermas e explicar
Nesse processo se observa relação entre as características florais como essa característica contribuiu para sua maior diversidade.
e os respectivos agentes polinizadores.
A) Considerando as informações sobre as flores das quatro 39. (UNESP) As curvas da figura representam, uma, a relação
espécies apresentadas na tabela abaixo, escolha, para cada uma existente entre a probabilidade de encontro de uma planta jovem
delas, o possível agente polinizador dentre os seguintes: vento, em diferentes distâncias a partir da árvore-mãe e, outra, a
morcego, beija-flor e abelha. probabilidade de sobrevivência dessas plantas jovens.
B) Explique o papel do grão de pólen no processo de formação de
sementes.
Característica Período Corola Perfume Néctar
florais de (pétalas)
abertura
da flor
Espécies
1 Diurno Vermelha Ausente Abundante
2 Diurno Ausente ou Ausente Ausente
branco-
esverdeada Considerando esta figura, responda.
3 Noturno Branca Desagradável Abundante A) Que curva deve representar a probabilidade de sobrevivência
4 Diurno Amarela Agradável Presente das plantas jovens em relação à distância da árvore-mãe? Cite
ou ausente duas relações intraespecíficas que podem ser responsáveis pela
tendência observada nessa curva.
37. (UNICAMP) As informações a seguir estão relacionadas a dois B) Cite um exemplo de mutualismo entre a árvore-mãe e animais
mecanismos importantes no ciclo de vida dos vegetais. que pode contribuir para o estabelecimento de plantas jovens em
I. As sementes de orquídeas flutuam no ar e são carregadas pelo pontos distantes dessa árvore.
vento.
II. A formação dos frutos de maracujá depende da presença de 40. (UNIFESP) Copaifera langsdorffii é uma árvore de grande
mamangavas. porte, amplamente distribuída pelo Brasil e conhecida
III. Os pássaros comem os frutos da goiabeira mas suas sementes popularmente como copaíba. A dispersão das sementes da
não são digeridas e saem nas fezes. copaíba é feita por aves frugívoras.
IV. O carrapicho se prende aos pelos dos animais. A) Indique e explique objetivamente a relação ecológica que se
V. Os morcegos visitam as flores que se abrem à noite. estabelece entre a copaíba e as aves frugívoras.
A) Identifique o mecanismo em cada um dos casos. B) Considerando que as sementes poderiam germinar ao redor da
B) Dê duas vantagens que esses mecanismos trazem para os planta-mãe, por que a dispersão é importante para a espécie
vegetais. vegetal?

38. (UNESP) 41. (UFSCAR) Sobre flores, responda:


GIMNOSPERMAS E ANGIOSPERMAS: UMA HISTÓRIA DE A) As flores coloridas das angiospermas são interpretadas como
SUCESSO VEGETAL uma aquisição evolutiva que aumenta a eficiência da reprodução
Uma das maiores inovações que surgiram no decorrer da evolução sexuada. De que modo isso ocorre?
das plantas vasculares foi a semente. Essa estrutura 1. Por isso, B) Que fator ambiental contribui para a reprodução sexuada de
as gimnospermas e angiospermas têm vantagem sobre os grupos flores não coloridas, como as do capim?
de vegetais que se reproduzem por meio de esporos. A prova
disso é que existe um número muito superior de espécies vegetais 42. (UFU) Leia o trecho abaixo.
produtoras de sementes do que de plantas que fazem uso de Os primeiros vegetais tiveram origem na água. Com a evolução e a
esporos para se propagar. As angiospermas são as plantas que aquisição de inúmeras adaptações, as plantas conseguiram
apresentam o maior sucesso evolutivo nos dias atuais. Se conquistar o ambiente terrestre e, atualmente, existem espécies
compararmos os números de espécies de angiospermas e que conseguem sobreviver mesmo em regiões bastante áridas.
gimnospermas, poderemos notar que o primeiro grupo de plantas Sobre esse assunto, pede-se:
conta com cerca de 235 mil espécies viventes contra 720 espécies

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A) Para conquistar o ambiente terrestre, como os vegetais


resolveram o problema de captação da água do solo?
B) Cite duas adaptações que permitiram aos vegetais restringir a
perda de água.
C) Como as plantas terrestres conseguiram agilizar o transporte
interno de substâncias, que nos grupos vegetais aquáticos
primitivos acontecia lentamente, apenas por difusão?

43. (UFLAVRAS) Complete o texto abaixo, preenchendo os


espaços em branco (Observação: uma só palavra por espaço). Relacione, de acordo com o critério presença/ausência, os
Em alguns sistemas e classificação, Algas, Briófitas e Pteridófitas componentes citados com os grupos de vegetais apresentados e,
formam o grupo das (a)_____, ou seja, vegetais que não possuem em seguida, escreva cada um deles, nos espaços abaixo,
flores. Gimnospermas e Angiospermas são reunidas no grupo das correspondendo aos algarismos romanos I, II, III e IV.
(b)_____, ou seja, vegetais que possuem flores. Considerando que
vegetais que possuem flores são capazes de produzir sementes, 47. (UFRJ) As sementes de diversas espécies de plantas são
esses dois grupos de vegetais são também denominados (c) revestidas por fibras de esclerênquima, um tipo de tecido vegetal
_____, que são, literalmente, plantas produtoras de sementes. rico em celulose e lignina. Explique como esse revestimento das
Outro sistema de classificação de vegetais agrupa aqueles que sementes contribui para a dispersão dessas espécies de plantas.
não possuem tecidos e órgãos (Exemplo: Algas) numa categoria
denominada (d)_____. Pteridófitas, Gimnospermas e 48. (UFRJ) A fotossíntese realizada nas folhas produz glicídios que
Angiospermas, por possuírem tecidos e órgãos, são denominadas se distribuem pela planta e ficam acumulados em diferentes
(e)_____. Pelo fato de possuírem vasos de condução de seivas, órgãos, como raízes, caules subterrâneos e frutos. No caso de
Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas fazem parte do grupo raízes e caules subterrâneos, esse acúmulo representa uma
das (f)_____. reserva nutritiva para a planta. No caso dos frutos, esse acúmulo é
importante para a dispersão do vegetal. Explique por quê.
44. (UFOP) As florestas tropicais se caracterizam por apresentar
49. (UFRJ) Na maioria dos angiospermas – plantas com flores e
alta umidade e pouca insolação. Tais características são ideais
frutos – a reprodução depende da polinização, ou seja, do
para o crescimento de briófitas, que apresentam poucos
transporte dos grãos de pólen de um indivíduo para outro. Em
centímetros de altura, e de pteridófitas, que podem chegar até a
alguns casos, o transporte é feito pelo vento e, em outros, por
cinco metros, como o samambaiaçu. Entretanto, o grupo vegetal
animais polinizadores que visitam sistematicamente as flores. Em
melhor representado nas florestas em geral é o das angiospermas,
qual dos dois casos a produção de pólen deve ser maior?
as plantas com flores e sementes. Considerando as plantas
Justifique sua resposta.
citadas, responda às questões e faça o que se pede.
A) Como pode ser explicada a diferença de tamanho entre os
50. (UFRJ) Os vegetais, em geral, são fixos e apresentam uma
musgos e as samambaias, já que os dois grupos são abundantes e
forma ramificada; por outro lado, a maioria dos animais tem um
somente se desenvolvem bem em locais úmidos?
corpo compacto, sem grandes ramificações. Qual a relação entre
B) Ainda sobre os musgos e as samambaias, é correto afirmar que
essas características e a maneira como os dois grupos se
tais plantas necessitam de água para a reprodução sexuada?
alimentam?
Justifique sua resposta.
C) As angiospermas apresentam ampla distribuição, ocorrendo em
todos os ambientes. Cite duas características morfológicas ou
anatômicas e justifique a importância destas para o sucesso
adaptativo desse grupo.

45. (UFC) Uma das razões do sucesso das angiospermas no


ambiente terrestre é a presença de mecanismos de transporte do
pólen de uma planta para o gametófito feminino de outra planta.
Cite quatro características das flores dessas plantas que facilitam a
polinização e permitiram a sua grande disseminação na Terra.

46. (UFCG) O esquema abaixo representa subdivisões dicotômicas


de grupos de vegetais, considerando a presença ou ausência dos
seguintes componentes: sementes, vasos condutores, clorofila e
frutos.

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14 Curso de Biologia
AULA 2 formam o zigoto diploide. Esse se desenvolve por mitose e origina
um novo adulto diploide.
Introdução à reprodução vegetal O ciclo haplobionte-diplonte, ocorre em todos os
animais e em certas espécies de algas.
Ciclos de vida na natureza Adulto 2n
Existem três tipos básicos de ciclos vitais na narueza, e as
algas podem apresentar qualquer um dos três, dependendo da Meiose
espécie. gamética
Os ciclos vitais podem ser descritos de acordo com duas
características básicas: a ploidia dos indivíduos adultos e o número
Gameta n Gameta n
de tipos de formas adultas no ciclo. Desenvolvimento
Quanto à ploidia, os ciclos podem ser haplontes, quando
os indivíduos adultos são haploides (n), ou diplontes, quando os
indivíduos adultos são haploides.
Quanto ao número de tipos de formas adultas, os ciclos
Fecundação
podem ser haplobiontes, quando só há uma forma adulta
(haploide ou diploide), ou diplobiontes, quando há duas formas
adultas (haploide e diploide) se alternando. Zigoto 2n
Analisando os três tipos de ciclo de vida, temos:
3. Ciclo Diplobionte ou Haplonte-Diplonte ou
1. Ciclo Haplobionte-Haplonte (com meiose inicial Haplodiplobionte (com meiose intermediária ou
ou zigótica) espórica)
No ciclo haplobionte-haplonte, só ocorre um tipo de
No ciclo diplobionte, ocorrem dois tipos de adulto se
adulto quanto à ploidia, o qual é haploide. Assim, os indivíduos
alternando, e como há uma fase adulta haploide e outra fase
adultos são haploides e formam gametas por mitose. Esses se
adulta diploide, ele também é chamado de haplobionte-diplonte
unem, formando zigotos diploides, que, logo em seguida, sofrem
ou haplodiplobionte .
meiose (chamada meiose inicial ou zigótica) , formando esporos
Neste ciclo de desenvolvimento, os indivíduos haploides
haploides. Os esporos se multiplicam por mitose, produzindo
são chamados gametófitos e produzem gametas por mitose, e os
indivíduos haploides adultos.
indivíduos diploides são chamados de esporófitos e produzem
O ciclo haplobionte-haplonte ocorre em certas espécies
esporos por meiose (chamada meiose espórica ou
de algas, protozoários e fungos.
intermediária).
Adulto n Células do gametófito haploide produzem gametas por
mitose. Esses se fecundam e originam o zigoto diploide, que sofre
mitoses para originar o esporófito. Células do esporófito diploide
Mitoses sofrem meiose e originam esporos haploides, que se desenvolvem
por mitose originando novo gametófito.
Gameta n Gameta n O ciclo haplobionte-diplonte ocorre em todas as plantas
e em certas espécies de algas.
Germinação
Adulto n
gametófito
Germinação
Fecundação
Meiose Mitoses
zigótica
Esporos n Zigoto 2n Gameta n Gameta n
Esporos n

2. Ciclo Haplobionte-Diplonte (com meiose final ou Meiose


Fecundação
gamética) espórica
Desenvolvimento
No ciclo haplobionte-diplonte, só ocorre um tipo de
adulto quanto à ploidia, o qual é diploide. Assim, os indivíduos Adulto 2n
esporófito Zigoto 2n
adultos são diploides, originando, por meiose (chamada meiose
final ou gamética), gametas haploides, que, na fecundação,
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Curso de Biologia 15

Em todos os organismos vegetais ocorre um ciclo de vida Nas briófitas, a fase gametofítica é a mais
em que há alternância de uma fase de indivíduos diploides com desenvolvida; o esporófito é quase aclorofilado e se desenvolve
uma fase de indivíduos haploides. Fala-se em alternância de sobre o gametófito, dependendo deste para sua nutrição. Nas
geração ou metagênese. Nos indivíduos diploides, algumas pteridófitas, a fase esporofítica mais desenvolvida que a fase
células sofrem meiose, dando origem a esporos (n). Estes são gametofítica, bastante reduzida.
liberados e, ao se fixarem em local adequado, dão origem a Nas gimnospermas e especialmente nas
indivíduos haploides, através de várias divisões mitóticas. Algumas angiospermas, a fase gametofítica atinge o máximo de
células desses indivíduos haploides diferenciam-se em gametas redução, não se verificando uma alternância típica de gerações,
(n). Um gameta feminino pode ser fecundado por um gameta pois não se formam mais indivíduos haploides bem caracterizados:
masculino, originando um zigoto diploide que, por mitoses os gametófitos desenvolvem-se no interior das flores dos
sucessivas, dará origem a indivíduos diploide, reiniciando o ciclo. esporófitos, num fenômeno conhecido como desenvolvimento
Neste caso, a meiose é espórica ou intermediária. Tanto os endospórico do gametófito.
esporos como os gametas são células haploides. A diferença entre
eles é que os esporos dão origem diretamente a novos indivíduos,
enquanto os gametas fundem-se dois a dois, sendo um gameta
masculino e um feminino, originando um zigoto diploide que
produzirá um novo indivíduo.
Organismos desse tipo são ditos haplodiplobiontes ou
diplobiontes, ou ainda haplontes-diplontes por possuírem em
sua vida uma fase haploide e uma diploide. Os indivíduos
haploides são chamados gametófitos, e produzem gametas por
mitose e os indivíduos diploides são chamados esporófitos, e
produzem esporos por meiose espórica.
Células do gametófito haploide produzem gametas por
mitose. Esses se fecundam e originam o zigoto diploide, que sofre
mitoses para originar o esporófito. Células do esporófito diploide
sofrem meiose e originam esporos haploides, que se desenvolvem
por mitose originando novo gametófito. Tendência evolutiva na alternância de gerações nas plantas.
Esse ciclo de vida ocorre em muitas algas e em todas as
briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Nas algas Origem dos gametas
que possuem alternância de gerações em seus ciclos de vida, as Em briófitas e pteridófitas, o gametófito (n) possui
fases gametofítica e esporofítica podem ser igualmente bem órgãos denominados gametângios (n) para a produção de
desenvolvidas, e independentes uma da outra; em alguns casos, gametas (n). O gametângio masculino se chama anterídio e
não há inclusive diferenças morfológicas entre indivíduos diploides produz os gametas masculinos denominados anterozoides. O
e haploides, a não ser em suas estruturas reprodutoras. gametângio feminino se chama arquegônio e produz os
Em vegetais terrestres, as duas fases do ciclo de vida são gametas femininos denominados oosferas.
bem diferentes, e sempre ocorre uma fase predominante, Em gimnospermas, com o desenvolvimento
duradoura, visível a olho nu, e uma fase passageira, endospórico do gametófito, o gametófito se reduz bastante,
microscópica. A tabela a seguir mostra quem são essas fases nas sendo o masculino formado por apenas duas células
plantas terrestres. (denominadas célula do tubo e célula geradora) e o feminino,
maior, formado por várias células, nele se formando arquegônios
Fase passageira Fase duradoura bem caracterizados. O gameta masculino vem da célula geradora
Briófitas Esporófito (2n) Gametófito (n) e é nesse caso denominado núcleo espermático. O gameta
Pteridófitas Gametófito (n) Esporófito (2n) feminino é gerado no arquegônio e mantém o nome de oosfera.
Gimnospermas Gametófito (n) Esporófito (2n) Em angiospermas, com o máximo do desenvolvimento
Angiospermas Gametófito (n) Esporófito (2n) endospórico do gametófito, o gametófito masculino se mantém
com apenas duas células (ainda denominadas célula do tubo e
No decorrer da evolução das plantas, o que se observa é a célula vegetativa), mas o feminino se reduz a apenas oito
redução da fase gametofítica e maior desenvolvimento da fase células, sem arquegônios caracterizados. O gameta masculino
esporofítica, que se torna independente da fase gametofítica. continua sendo gerado a partir da célula geradora, mantendo o
Uma vez que a fase gametofítica nunca possui estruturas nome de núcleo espermático, e o gameta feminino, uma das
impermeabilizantes, ela torna a planta muito susceptível à apenas oito células do gametófito feminino, continua mantendo o
ressecação. Quanto maior a fase gametofítica, então, maior a nome de oosfera.
tendência à ressecação. A redução da fase gametofítica
possibilita, consequentemente, uma melhor adaptação a
ambientes secos.

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Origem dos esporos
Em todos os vegetais terrestres, o esporófito (2n) possui a)
órgãos denominados esporângios (2n) para a produção de
esporos (n), por meiose.
Em briófitas e na maioria das pteridófitas, apenas um
tipo de esporo é formado, caracterizando um fenômeno conhecido
isosporia.
Em pteridófitas selaginelas, gimnospermas e
angiospermas, dois tipos de esporângios aparecem, sendo eles
denominados microsporângios ou androsporângios,
masculinos, para a produção de micrósporos ou andrósporos,
masculinos, além de megasporângios ou ginosporângios,
b)
femininos, para a produção de megásporos ou ginósporos,
femininos.

Exercícios

Questões estilo múltipla escolha


1. (ENEM) A imagem representa o processo de evolução das
c)
plantas e algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse
processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes grupos
vegetais desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram
sobreviver em diferentes ambientes.

d)

Disponível em: http://biopibidufsj.blogspot.com. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).


Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para uma
maior diversidade genética?
A) As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea. e)
B) Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular.
C) Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.
D) Os frutos, que promovem uma maior eficiência reprodutiva.
E) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva
bruta.

2. (ENEM) Os seres vivos apresentam diferentes ciclos de vida,


caracterizados pelas fases nas quais gametas são produzidos e
pelos processos reprodutivos que resultam na geração de novos
indivíduos. Considerando-se um modelo simplificado padrão para Disponível em: www.infoescola.com (adaptado).
geração de indivíduos viáveis, a alternativa que corresponde ao
observado em seres humanos é:

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3. (UNIFOR) O esquema a seguir representa de forma simplificada, 5. (UNIFOR) Os esquemas abaixo referem-se a ciclos de vida das
o ciclo de vida de uma samambaia. algas.

esporófito esporos

zigoto gametófito

Nesse ciclo, surgem por reprodução sexuada e por reprodução


assexuada, respectivamente, o
A) esporófito e o gametófito.
B) gametófito e o esporófito.
C) esporófito e os esporos.
D) gametófito e o zigoto.
A) zigoto e o esporófito.

4. (UNIFOR) Os esquemas abaixo representam ciclos de vida dos


seres vivos.

A meiose em I, II e III é, respectivamente,


A) Espórica, gamética e zigótica.
B) Espórica, zigótica e gamética.
C) Zigótica, gamética e espórica.
D) Gamética, zigótica e espórica.
E) Gamética, espórica e zigótica.

6. (UNICHRISTUS)
Cientistas descobriram em Tarija (Colômbia) o fóssil vegetal mais
antigo já encontrado na América do Sul, de 400 milhões de anos.
Trata-se de uma das “plantas superiores” mais antigas, cuja
proliferação permitiu o desenvolvimento da vida animal fora dos
oceanos.
Revista Terra – Fev./96 - No 2 - Edição 46 - Editora Azul.
É sabido que as plantas sofreram evolução passando do meio
aquático ao terrestre. Várias adaptações ocorreram, levando o
grupo mais adaptado ao ambiente terrestre, as Angiospermas, a
conquistarem todos os ambientes do planeta. Baseado no texto e
conhecimentos correlatos, pode-se inferir que
A) para que a conquista do ambiente terrestre fosse efetiva, foi
necessário o desaparecimento de vasos condutores.
B) nas criptógamas, a fase gametofítica correspondente a um
período curto que depende da água.
C) a evolução levou ao aparecimento da semente e do fruto,
estruturas protetoras do embrião e que proporcionam condições
inadequadas à sua dispersão.
Os ciclos de vida da maioria dos animais e de todos os vegetais D) as angiospermas ainda dependem do meio líquido para a sua
estão representados, respectivamente, em reprodução, pois os seus gametas masculinos apresentam
A) I e II. flagelos, estruturas adaptadas à locomoção.
B) I e III. E) as raízes exercem funções de fixação do vegetal e absorção da
C) II e I. água e foram estruturas selecionadas durante a evolução,
D) II e III. propiciando assim, a expansão das plantas no meio terrestre.
E) III e II.

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7. (UECE) No ciclo de vida das briófitas podem ser consideradas 12. (UPE) A evolução das plantas terrestres se deu a partir de
as seguintes etapas: plantas aquáticas, provavelmente algas clorofíceas multicelulares,
I. Produção de esporos; II. Produção de gametas; III. Formação de relativamente complexas, há aproximadamente 500 milhões de
indivíduo haploide; IV. Formação de indivíduo diploide. anos. Entretanto, a conquista do ambiente terrestre necessitou de
uma série de adaptações que permitissem sua sobrevivência e seu
A sequência correta destas etapas é: ciclo de vida. Os problemas enfrentados pelas espécies de plantas
A) I, III, IV e II. terrestres estão relacionados a seguir:
B) III, I, II e IV. I. Desidratação; II. Sustentação; III. Reprodução; IV. Respiração; V.
C) III, I, IV e II. Nutrição.
D) I, III, II e IV.
Correlacione as adaptações evolutivas das plantas terrestres aos
8. (UECE) Os seguintes organismos apresentam um ciclo de vida problemas listados acima. Assinale a alternativa que apresenta a
do tipo haplobionte-diplonte, com meiose gamética: respectiva correlação
A) mosquito, tubarão, elefante. A) I. Epiderme II. Caule e III. IV. V. Vasos
B) bolor de pão, mandacaru, água viva. e Súber raiz Esporângio Estômatos condutores
e Flores
C) jiboia, coqueiro, golfinho. B) I. Caule e II. III. IV. V. Vasos
D) hidra, pinheiro, beija-flor. raiz Epiderme e Estômatos Epiderme e condutores
Súber Súber
9. (FCM-CG) Um estudante em suas pesquisas comparou o modo C) I. II. III. Caule e IV. Caule e V. Vasos
Esporângio Estômatos raiz raiz condutores
de vida de briófitas e anfíbios e concluiu que havia algumas e Flores
semelhanças entre ambos. Essas semelhanças verificam-se D) I. Estômatos II. III. Vasos IV. Caule e V.
porque Epiderme e condutores raiz Esporângio
A) ambos reproduzem-se por alternância de geração. Súber e Flores
E) I. Estômatos II. III. IV. Vasos V. Caule e
B) ambos apresentam o mesmo ciclo reprodutivo.
Epiderme e Esporângio condutores raiz
C) ambos dependem da água para reprodução. Súber e Flores
D) ambos correspondem aos organismos mais simples dos seus
Reinos. 13. (UPE) Na reprodução sexuada das plantas, a alternância de
E) ambos apresentam o mesmo tipo de nutrição. geração está presente no ciclo de vida, desde os vegetais mais
simples, como as briófitas, até os vegetais mais evoluídos, como
10. (FCM-CG) A ilustração seguinte resume esquematicamente o as angiospermas. A figura abaixo mostra, através de esquema,
ciclo de vida haplonte-diplonte. esta alternância de geração, com ciclo haplodiplobionte das
plantas.

Os eventos que ocorrem nos intervalos 1, 2, 3 e 4 são,


respectivamente,
A) meiose – mitoses – meiose – mitoses.
B) meiose – mitoses – mitoses – mitoses.
C) mitoses – mitoses – meiose – meiose.
D) meiose – meiose – mitoses – mitoses.
E) mitoses – meiose – mitoses – meiose.
Sobre as características da reprodução e do ciclo de vida dos
11. (FCM-CG) Considerando-se a filogênese dos grupos vegetais, organismos pertencentes ao reino Plantae, considere as
pode-se dizer que, a partir das briófitas, afirmativas abaixo.
A) a meiose precede a formação de esporos.
I. Nas briófitas e pteridófitas, a fase gametofítica é duradoura, e a
B) ocorre sempre heterosporia.
esporofítica é efêmera e dependente. Nas gimnospermas e
C) o gametófito é sempre aclorofilado.
angiospermas, ocorre o inverso, e a fase gametofítica é reduzida a
D) o vegetal duradouro é o esporófito.
estruturas florais.
E) os gametófitos são monoicos.

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Curso de Biologia 19

II. A meiose que produziu o esporo é denominada espórica ou Pode-se afirmar corretamente que
intermediária, por estar situada entre as gerações esporofíticas e A) I e II ocorrem nas briófitas e pteridófitas.
gametofíticas. B) III e V ocorrem nas angiospermas, mas não nas pteridófitas.
III. Ao germinar, o esporo diploide origina um gametófito. Este C) IV ocorre apenas nas briófitas.
produzirá gametas masculinos e femininos, denominados, D) I e V ocorrem nas gimnospermas.
respectivamente, anterozoide e oosfera. E) II ocorre nas briófitas, mas não nas angiospermas.
IV. Por mitose, o gametófito produz gametas(n) masculinos e
femininos, denominados grãos-de-pólen e oosferas, nas 17. (UERJ) No cladograma, está representado o grau de
angiospermas. parentesco entre diferentes grupos de vegetais.

Assinale a alternativa que reúne as afirmativas corretas.


A) I, II e III.
B) II, III e IV.
C) I e III.
D) II e IV.
E) III e IV.

14. (FUVEST) As briófitas, no reino vegetal, e os anfíbios, entre os


vertebrados, são considerados os primeiros grupos a conquistar o
ambiente terrestre. Comparando-os, é correto afirmar que,
A) nos anfíbios e nas briófitas, o sistema vascular é pouco
desenvolvido; isso faz com que, nos anfíbios, a temperatura não
seja controlada internamente.
B) nos anfíbios, o produto imediato da meiose são os gametas; nas
briófitas, a meiose origina um indivíduo haploide que
posteriormente produz os gametas.
C) nos anfíbios e nas briófitas, a fecundação ocorre em meio seco;
o desenvolvimento dos embriões se dá na água.
D) nos anfíbios, a fecundação origina um indivíduo diploide e, nas
briófitas, um indivíduo haploide; nos dois casos, o indivíduo
formado passa por metamorfoses até tornar-se adulto. Adaptado de biologiaevolutiva.wordpress.com.

E) nos anfíbios e nas briófitas, a absorção de água se dá pela


epiderme; o transporte de água é feito por difusão, célula a célula, As letras A, B e C indicam, respectivamente, o momento em que
às demais partes do corpo. surgem, ao longo do processo evolutivo, as seguintes
características dos vegetais:
15. (FUVEST) Ao longo da evolução das plantas, os gametas A) cutícula, sementes, tecidos vasculares.
A) tornaram-se cada vez mais isolados do meio externo e, assim, B) embriões multicelulares, esporófito dominante, frutos.
protegidos. C) esporófito dominante, embriões multicelulares, frutos.
B) tornaram-se cada vez mais expostos ao meio externo, o que D) gametângios multicelulares, tecidos vasculares, sementes.
favorece o sucesso da fecundação.
C) mantiveram-se morfologicamente iguais em todos os grupos. 18. (UFV) Analise as seguintes afirmativas sobre o ciclo
D) permaneceram dependentes de água, para transporte e reprodutivo de diferentes grupos de plantas:
fecundação, em todos os grupos. I. Os anterozoides são células flageladas produzidas pelas
E) apareceram no mesmo grupo no qual também surgiram os briófitas, e requerem água livre para moverem-se até a oosfera.
tecidos vasculares como novidade evolutiva. II. Uma característica comum entre as briófitas e as plantas
vasculares é a retenção do zigoto e do esporófito jovem no interior
16. (UNESP) Analisando os processos sexuados e ciclos de vida do gametófito feminino.
das plantas, considere as informações seguintes. III. Nas plantas vasculares, o esporófito haploide é a fase
I. Fase gametofítica muito desenvolvida. predominante no ciclo de vida, e produz grande quantidade de
II. Fase esporofítica independente da planta haploide. esporos diploides.
III. Fase gametofítica muito reduzida.
IV. Fase esporofítica cresce sobre a planta haploide. Está correto o que se afirma apenas em:
V. Sementes não abrigadas. A) I e II.
B) II e III.
C) I e III.
D) II.

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19. (UFC) Observe a figura abaixo. (_) O ciclo haplodiplobionte apresenta meiose espórica, com
indivíduos adultos diploides (2n) e desenvolvimento do zigoto
diploide (2n).

Questões discursivas

22. (FUVEST) As algas apresentam os três tipos básicos de ciclo


de vida que ocorrem na natureza. Esses ciclos diferem quanto ao
momento em que ocorre a meiose e quanto à ploidia dos
indivíduos adultos. No esquema a seguir está representado um
desses ciclos.

O esquema apresentado mostra o ciclo de produção de esporos


em algumas plantas. Assinale a alternativa que contém apenas
nomes de plantas que apresentam esse ciclo.
A) Psilotos e selaginelas.
B) Gimnospermas e licopódios.
C) Psilotos e angiospermas.
D) Angiospermas e licopódios. A) Identifique as células tipo I, II e III.
E) Selaginelas e gimnospermas. B) Considerando que o número haploide de cromossomos dessa
alga é 12 (n=12), quantos cromossomos os indivíduos X, Y e Z
20. (UFPI) Assinale a alternativa que preenche corretamente as possuem em cada uma de suas células?
lacunas do texto:
Um dos mais importantes eventos na evolução das plantas foi o 23. (UERJ) O ciclo vital de animais e vegetais que se reproduzem
surgimento de uma camada de células _____, protegendo as sexuadamente exige a produção de gametas. A figura a seguir
estruturas de reprodução e a retenção do _____ jovem dentro do apresenta dois ciclos biológicos de reprodução dos vegetais.
gametângio feminino, o _____, que propiciou o seu
desenvolvimento, sendo nutrido e protegido contra agentes
externos.
A) férteis, óvulo, anterídio.
B) estéreis, embrião, arquegônio.
C) férteis, gameta, arquegônio.
D) férteis, óvulo, arquegônio.
E) estéreis, fruto, anterozoide.

Questões estilo V ou F

21. (UPE) Sobre ciclo de vida, analise as afirmativas e conclua.


(_) O ciclo haplobionte apresenta meiose zigótica, sendo os
adultos haploides, que produzem gametas haploides (n). Estes se
unem para formar um zigoto diploide (2n).
(_) Nos ciclos haplobionte e diplobionte, ocorre formação de
A) Cite uma desvantagem da geração haploide como fase mais
esporos haploides (n).
duradoura do ciclo vital dos vegetais do tipo A.
(_) O ciclo haplodiplobionte apresenta meiose espórica, com
B) Entre os vegetais que apresentam ciclo de vida do tipo B, há
indivíduos adultos haploides (n) e desenvolvimento do zigoto
alguns que realizam autofecundação e outros em que a
diploide (2n).
fecundação ocorre entre gametas de indivíduos diferentes. Cite
(_) O ciclo diplobionte apresenta meiose gamética, com indivíduos
uma vantagem para a ocorrência de fecundação entre gametas de
adultos diploides (2n), que formam gametas haploides (n). Estes se
indivíduos diferentes.
unem para formar o zigoto diploide (2n).

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Curso de Biologia 21

24. (UFRJ) Os esquemas a seguir mostram os ciclos de vida de


dois organismos que apresentam alternância de gerações, um
AULA 3
celenterado e uma planta, com a indicação do ponto onde ocorre a Vegetais intermediários: Briófitas e Pteridófitas
fecundação. No esquema do celenterado, as etapas são
designadas por letras, no da planta, por números.
Briófitas
As briófitas são plantas consideradas criptógamas, por
não produzirem flores, e avasculares, por não apresentarem
tecidos condutores de seiva. Nesses organismos, a seiva é
conduzida de célula a célula, por processos passivos denominados
osmose e difusão. Em função disso, constituem plantas de
pequeno porte, sendo que a maioria não ultrapassa 20cm de
altura.
Vivem em ambientes úmidos e sombreados, uma vez
que não possuem estruturas impermeabilizantes desenvolvidas
e são por isso muito suscetíveis à dessecação. Por serem
criptógamas e dotadas de gametas masculinos flagelados, são
fortemente dependentes da água para a reprodução. Ocorrem
em abundância nas matas tropicais, formando coberturas densas,
principalmente sobre barrancos úmidos e troncos de árvores.
Existem espécies, como a Ricciocarpus natans, que vivem
flutuando em águas doces pouco movimentadas, e outras, como a
Riccia fluitans, que vivem submersas em água doce. A maioria das
briófitas, entretanto, ocorre sobre solos úmidos, não havendo
nenhuma espécie marinha.
Alguns autores argumentam que pela ausência de raiz,
caule e folhas, as briófitas devam ser consideradas talófitas, com
o corpo sendo caracterizado como um talo, composto de rizóides,
caulóides e filóides, todos avasculares. Apesar disso, ao
contrário das algas, as briófitas possuem organização tecidual
bem caracterizada.

Diversidades das briófitas


A) Indique, para cada esquema, a etapa em que ocorre a meiose. Briófitas hoje são consideradas um grupo de três
B) Identifique a ploidia (haploide ou diploide) de cada um dos Divisões: Divisão Hepatophyta, Divisão Anthocerotes e Divisão
quatro indivíduos (pólipo, medusa, esporófito e gametófito) Bryophyta.
indicados nos ciclos.
Divisão Hepatophyta
A Divisão Hepatophyta corresponde às hepáticas, e
receberam esse nome em função da forma do corpo de algumas
espécies, que lembra os lobos do fígado (hepatos = fígado). A
maioria das hepáticas apresenta corpo achatado, cresce em
contato com o solo e não possui porte ereto. Apresentam rizóides
que fixam as plantas no substrato de onde absorvem água. A
absorção de água e de minerais também se processa diretamente
por todo o gametófito. As hepáticas mais comuns são as do gênero
Marchantia, que vivem em solos úmidos. São as plantas mais
simples: as únicas que não possuem estômatos. As espécies
aquáticas Ricciocarpus natans e Riccia fluitans, já mencionadas,
são briófitas do grupo das hepáticas.

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geral, uma extensa e ampla cobertura sobre o solo e, em função
disso, são importantes na proteção contra a erosão. O musgo
individual consiste em um eixo principal ereto, o cauloide, de onde
partem estruturas semelhantes a folhas, denominadas filoides. A
planta fixa-se ao substrato através de estruturas chamadas
rizoides, que absorvem água e sais minerais.

Talo de hepáticas em forma de lóbulos hepáticos.

Divisão Anthocerotes
A Divisão Anthocerotes corresponde às antocerotas,
cujo gênero mais comum é o Anthoceros, têm corpo multilobado e
crescem aderidas a solos e rochas úmidos.

Musgo.

Alguns autores utilizam para as briófitas os termos rizoide,


Antóceros. caule e folha, mas preferimos manter os termos rizoide, cauloide
e filoide em função da ausência de tecidos vasculares nessas
Divisão Bryophyta estruturas.
A Divisão Bryophyta corresponde aos musgos, e são
muito comuns em ambientes úmidos, sobre solos, rochas e
árvores, os quais eles cobrem amplamente, formando o lodo ou
limo. É raro que ocorram como indivíduos isolados; formam, em

Hadrome
Apesar de serem consideradas plantas avasculares, certas espécies de musgo apresentam, na porção central do cauloide, um tecido
especializado na condução de água e nutrientes pelo corpo da planta. Esse tecido, denominado hadrome, é formado por dois tipos de células:
hidroides e leptoides.

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Hidroides (do grego hydro, água) são células alongadas, com paredes transversais finas e altamente permeáveis, dispostas em fileira
ao longo do cauloide. Ao se tornarem maduros, os hidroides morrem e tornam-se ocos, permitindo o deslocamento de água e nutrientes
minerais em seu interior. Nisso eles se assemelham aos vasos lenhosos das planta vasculares, que também são células mortas, especializadas
na condução de seiva bruta (água e sais).
Leptoides (do grego leptos, fino) são células alongadas que, na maturidade, perdem o núcleo, mantendo o citoplasma. Os leptoides
também se dispõem em fileiras ao longo do cauloide, mantendo-se unidos por plasmodesmos. Os leptoides formam um cilindro contínuo ao
redor do feixe de hidroides e são especializados no transporte de substâncias orgânicas pelos corpo das plantas. Tanto em estrutura como em
função, os leptoides são semelhantes aos vasos condutores de seiva elaborada (solução de substâncias orgânicas) das plantas vasculares.
O conjunto formado por hidroides e leptoides assemelha-se ao encontrado em fósseis de plantas conhecidas como protraqueófitas,
consideradas um elo evolutivo entre as plantas avasculares e as plantas vasculares (traqueófitas).
Extraído de Amabis & Martho, Biologia dos Organismos, 2ª edição

O musgo-de-turfeira ou turfa (gênero Sphagnum) é usado Reprodução sexuada


em países de clima temperado para evitar a erosão do solo, bem Nas briófitas, ao contrário do que ocorre nas algas, os
como, quando seco, é queimado como combustível. Até a Primeira órgãos formadores de gametas, ou gametângios, apresentam
Guerra Mundial, a turfa era usada como curativo, e só depois uma camada de células estéreis, protetoras, revestindo as células
dessa época, o algodão o substituiu, devido a sua cor branca que que produzem os gametas. Esse revestimento é mais uma
dá idéia de limpeza, em contraste com o verde acinzentado da adaptação ao meio terrestre e ocorre em todas as plantas
turfa. Apesar disso, a turfa seca tem uma capacidade muito terrestres.
superior de absorção e retenção de líquidos. Estima-se que a turfa Os gametângios masculinos são denominados
esteja entre as plantas ais comuns do planeta, talvez anterídios e os gametas masculinos, anterozóides. Estes
representando sozinha cerca de 1% da cobertura vegetal da Terra. últimos são biflagelados, dependendo, assim, de meio líquido
Os musgos compõem uma vegetação denominada tundra, para sua locomoção, o que constitui mais um fator que limita o
presente em regiões de grandes latitudes, onde as baixas desenvolvimento dessas plantas a ambientes úmidos.
temperaturas no ano todo impedem o desenvolvimento de Os gametângios femininos denominam-se arquegônios.
No interior de cada arquegônio existe um gameta feminino
qualquer tipo de vegetação, restringindo o desenvolvimento de
imóvel, denominado oosfera.
musgos e também de liquens ao curto período de verão.
Da fecundação da oosfera pelo anterozóide, no interior do
arquegônio, tem-se a formação de um zigoto e posteriormente de
Reprodução em briófitas um embrião. As briófitas são as primeiras plantas embriófitas, em
que se forma um embrião dependente da mãe para a nutrição. Nas
Como as demais plantas terrestres, as briófitas apresentam demais plantas terrestres, há igualmente formação de um embrião,
ciclo de vida haplodiplobiontes, haplontes-diplontes ou sendo que nas pteridófitas ele fica também no interior do
diplobiontes e alternância de gerações. Nessas plantas a arquegônio, enquanto nas fanerógamas encontra-se no interior da
geração gametofítica é a mais desenvolvida e é autótrofa, semente.
formando o corpo da planta ou talo, enquanto a geração Nas briófitas e nas pteridófitas, existe a oogamia, pois o
esporofítica é reduzida e praticamente aclorofilada, vivendo gameta masculino e o feminino são diferentes quanto a forma,
sobre o gametófito e dependendo dele para sua nutrição, de modo tamanho e movimentos. Nas fanerógamas, também se fala em
a se comportar como parasita. oogamia, porém os gametas masculinos não são flagelados.

Reprodução assexuada Ciclo de vida em briófita


A reprodução assexuada em briófitas de um modo geral Dependendo da espécie de briófita, a geração gametofítica
pode ocorrer através de fragmentação do talo. pode ser composta por plantas que produzem gametas masculinos
Em hepáticas como as do gênero Marchantia pode se e femininos no mesmo indivíduo (hermafroditas), ou por plantas
que produzem ou gametas masculinos ou femininos, não
reproduzir assexuadamente através de pequenas estruturas em
ocorrendo os dois no mesmo indivíduo (sexos separados).
forma de cálice, denominadas conceptáculos, no interior dos
Para explicar o ciclo de vida de uma briófita, pode-se tomar
quais originam se inúmeros propágulos para a reprodução
como exemplo o de um musgo pertencente ao gênero Polytrichum,
assexuada. Cada pequeno propágulo é verde, em forma de um
comumente encontrado sobre barrancos. Nesse gênero, os
oito, e formado por células indiferenciadas. Ao sair do gametófitos são de sexos separados. Assim, existem gametófitos
conceptáculo e cair no solo, origina um novo talo. Esta reprodução femininos e gametófitos masculinos. Os gametângios
é independente da alternância de gerações. desenvolvem-se no ápice da planta, dentro de uma taça folhosa.

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Gametófitos em Polytrichium.

Os gametófitos (n), são a fase duradoura do ciclo vital. Nele se desenvolvem os gametângios (n) para a produção dos gametas (n).
A fecundação ocorre por ocasião de chuvas ou garoas, cujas gotas, ao atingirem o ápice do gametófito masculino, fazem com que os
anterozoides sejam lançados a partir dos anterídios (n), juntamente com os borrifos, para fora da planta.
Caindo no ápice de uma planta feminina, onde já existe água acumulada, esses anterozoides (n) nadam em direção às oosferas (n),
atraídos provavelmente pelo líquido que se forma no canal do arquegônio (n). Ao entrar em contato com a oosfera, ocorre a fecundação,
originando uma célula-ovo ou zigoto (2n).
O zigoto desenvolve-se no interior do arquegônio e, portanto, no ápice da planta feminina. Em seguida, forma-se um embrião (2n), que
dará origem ao esporófito (2n). Dessa forma, o esporófito, que é diplóide, desenvolve-se no ápice do gametófito, sendo formado por uma
porção basal, denominada pé, por uma haste ou seta, longa e delicada, e por uma cápsula apical, onde há esporângios. Os esporos formam-
se nessa cápsula, por divisões meióticas, e são, portanto, haplóides.
A cápsula possui um capuz externo denominado caliptra (n), correspondendo a uma parte do tecido haplóides do arquegônio que
permanece sobre a cápsula. Ao cair, a caliptra expõe o ápice da cápsula, onde existe o opérculo (2n). Este, ao cair, expõe a abertura da
cápsula, que apresenta uma estrutura denominada peristômio. O peristômio é um anel simples ou duplo de segmentos dentiformes
higroscópicos situados ao redor da abertura da cápsula. Sendo higroscópicos, essse dentes absorvem umidade do ar, quando o tempo está
úmido, ficando retraídos; quando o tempo está seco, eles arqueiam-se, separando-se uns dos outros e auxiliando na expulsão dos esporos.
Os esporos (n), resultantes da meiose, ao caírem em substrato adequado, germinarão, dando origem a um sistema de filamentos
ramificados denominado protonema (n). A formação de protonema não ocorre em todos os ciclos de briófitas. É mais frequente nos musgos. O
protonema é haploide e, de pontos em pontos, desenvolvem-se gemas. De cada gema surge um gametófito. Os gametófitos crescem e
amadurecem, reiniciando o ciclo.

Ciclo de vida em Polytrichium.

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Em hepáticas, ocorrem nos talos estruturas denominadas raízes e clorofila, torna-se totalmente independente do gametófito,
chapéus ou gametangióforos (anteridióforos masculinos e que morre em seguida. No esporófito, existem vasos condutores
arquegonióforos femininos) para a reprodução. Os chapéus de seiva e, portanto, seu corpo é organizado em raiz, caule e
masculinos produzem na superfície alguns anterídios, e os folhas verdadeiros, sendo caracterizado como um cormo, e por
chapéus femininos produzem na região inferior alguns isso pteridófitas são as primeiras plantas cormófitas.
arquegônios. Os talos são dioicos, isto é, têm um único sexo e Como possuem revestimento impermeabilizante bastante
correspondem ao gametófito. O ciclo é semelhante ao dos musgos, eficiente, podem habitar ambientes ensolarados sem com isso
pois há também a geração esporofítica representada por pequenos sofrer grandes riscos de desidratação.
esporângios formados nos chapéus femininos após a fecundação Nos esporófitos das pteridófitas, assim como em todos os
das oosferas no interior dos arquegônios. haplodiplobiontes, a meiose é sempre espórica. Dessa forma os
esporos são haploides (n).
Existem pteridófitas que produzem esporos iguais entre
si, sendo por isso denominadas isosporadas (iso = igual). Há,
também, as que produzem esporos diferentes, as
heterosporadas (hetero = diferentes), representadas pelas
selaginelas. Um de seus esporos, o megásporo, é maior que o
outro, denominado micrósporo.

Diversidade das pteridófitas


Marchantia polymorpha, espécie de briófita do grupo das
Pteridófitas hoje são consideradas um grupo de quatro
hepáticas, que possui sexos separados.
Divisões: Divisão Psilophyta (psilófitas), Divisão Arthrophyta ou
Sphenophyta (cavalinhas ou equisetos), Divisão Pterophyta
(pteridófitas ou filicíneas: samambaias e avencas), e
Pteridófitas Divisão Lycophyta (licopodíneas: licopódios e selaginelas),

As pteridófitas são as primeiras plantas vasculares. O Divisão Psilophyta


termo pteridófitas, conforme já explicado, está sendo usado aqui As psilófitas ou psilotófitas são plantas vasculares de
como simplificação sistemática, agrupando plantas classificadas características bem particulares, uma vez que não apresentam
como pterófitas ou filicíneas, representadas pelas samambaias e raízes nem folhas. A parte aérea consiste num caule clorofilado e
avencas, e as licopodíneas, representadas pelo Lycopodium e ramificado que apresenta apêndices em forma de escama e a
pela Selaginella, além de artrófitas e psilófitas. parte subterrânea apresenta rizoides.
As pteridófitas são plantas criptógamas, o que faz com A ausência de um sistema foliar mais desenvolvido pode ter
que ainda dependam da água para a reprodução, sendo, contribuído para a pequena disseminação atual do grupo, que
portanto, restritas a ambientes úmidos. consiste em apenas dois gêneros e 8 espécies.
A geração predominante é a esporofítica (2n); o
gametófito (n) é uma planta reduzida, de pequeno porte,
denominado prótalo. Este tem estrutura muito simples,
apresentando corpo achatado, fixo ao substrato por meio de
rizoides.

Psilófitas; note a ausência de folhas.

Divisão Arthrophyta ou Sphenophyta


Prótalo. As artrófitas ou esfenófitas alcançaram sua abundância e
O esporófito depende do gametófito apenas nos primeiros diversidade máxima em eras há muito passadas, particularmente
estágios de seu desenvolvimento. Assim, que passa a apresentar no Período Carbonífero. Nessa época, formavam plantas de até
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cerca de 20 metros de altura. Essas pteridófitas pré-históricas do
grupo das artrófitas deram origem à maior parte das atuais
reservas mundiais de carvão mineral.
As atuais esfenófitas compreendem um único gênero com
cerca de 40 espécies conhecidas como cavalinhas ou equisetos.
Essas plantas são facilmente reconhecidas pelos seus caules
articulados (daí o nome arthro, articulação, ou cavalinha, pela
semelhança com a articulação de patas de cavalos). As folhas,
chamadas escamas, são pouco desenvolvidas. Atualmente, são
plantas de pequeno porte, raramente atingindo 1 metro de altura e,
assim como as psilófitas, pouco disseminadas devido à sua
pequena superfície foliar.

Pteridófitas filicíneas.

As folhas jovens das filicíneas têm o ápice enrolado em


função do maior crescimento inicial da face superior da folha em
relação à inferior. Essas folhas recebem o nome de báculo, nome
também dado ao cetro usado por bispos e que tem a extremidade
enrolada.
Todas as plantas, apresentadas aqui correspondem ao
esporófito, que é a forma dominante e desenvolvida do ciclo de
vida das pteridófitas. Na época da reprodução, essas plantas
produzem esporos no interior de esporângios localizados nas
Artrófitas; note as folhas atrofiadas e as “articulações” no caule. folhas. Os esporângios ficam reunidos em estruturas denominadas
soros, que podem ou não apresentar uma estrutura de proteção
Divisão Pterophyta denominada indúsio.
As pterófitas ou filicíneas são o grupo de pteridófitas com
maior número de representantes vivos possuindo, pois, grande
diversidade de formas e de hábitats. Existem filicíneas de caule
ereto e com folhas bem desenvolvidas, como a samambaiaçu, e
até 20 metros de altura e frequente em florestas tropicais, e
existem espécies de pequeno porte, aquáticas, como as de
Salvinia, Azolla e Marsilea.
As samambaias arborescentes podem apresentar, na base
de seus troncos eretos, uma trama de raízes adventícias que pode
atingir grande volume. Essa trama é conhecida popularmente por
xaxim e vem sendo muito utilizada como vaso para diferentes tipos
de plantas ornamentais.
Existem filicíneas de porte intermediário, como as avencas
e as samambaias, muito comuns em florestas temperadas e
tropicais e que são utilizadas como plantas ornamentais. Ao
contrário da samambaiaçu, que é arborescente, com caule ereto, a
maior parte das filicíneas possui caule do tipo rizoma. Algumas
espécies vivem como epífitas, cujos rizomas crescem justapostos Detalhe de folha de samambaia com soros.
ao tronco das plantas hospedeiras.

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decomposição do rizoma na área compreendida entre duas


gemas pode dar origem a indivíduos independentes.

Reprodução sexuada em pteridófitas isosporadas:


samambaias
Como exemplo do ciclo de vida de pteridófita isosporada,
será estudado o de uma samambaia.
O esporófito (2n) se samambaias apresenta na face
ventral de suas folhas estruturas denominadas soros contendo os
esporângios nos quais se formam os esporos (n) através de
meiose. Os soros geralmente ocorrem na face inferior da folha,
distribuindo-se de várias maneiras, dependendo da espécie de
filicínea. Nas avencas e em algumas samambaias, eles localizam-
se nos bordos das folhas, enquanto, em outras espécies, ocorrem
ao longo das nervuras principais da folha.
Quando maduros, os esporos são liberados dos
esporângios, que têm um anel quase completo de células, com
Corte transversal de um soro com indúsio. espessamento em forma de “U”. Esse anel é denominado
annulus. As células que completam o annulus não têm reforço e
Divisão Lycophyta constituem o estômio. Com a diminuição da umidade do ar, as
As licopodíneas são vegetais atualmente representados células se retraem. Em função do reforço das células do annulus,
por apenas cinco gêneros, dos quais os mais comuns são ocorre tendência a inverter a curvatura do esporângio, levando-o à
Lycopodium (licopódios) e Selaginella (selaginelas). ruptura na região do estômio e à liberação dos esporos.
As espécies do gênero Lycopodium ocorrem desde as Esses esporos são eliminados e, caindo em substrato
regiões árticas até as tropicais, onde são mais abundantes como adequado, dão origem a gametófitos (n), ou prótalos, de formato
epífitas. cordiforme (forma de coração) e hermafroditas. Em um mesmo
As espécies do gênero Selaginella são muito comuns em prótalo, portanto, desenvolvem-se gametângios femininos, ou
matas tropicais, mas ocorrem também em regiões áridas, como arquegônios, produtores de gametas femininos (n), as oosferas,
desertos e caatingas. Nas caatingas do Nordeste brasileiro, por e gametângios masculinos, ou anterídios, produtores de
exemplo, existe a espécie Selaginella convoluta, que, como outras gametas masculinos flagelados (n), os anterozoides. Os
plantas de regiões áridas, permanece em estado latente quando as arquegônios localizam-se na região superior do prótalo e os
condições do meio não são favoráveis. Havendo o aumento da anterídios, na inferior, próximos aos rizoides.
umidade do ar, elas voltam a se tornar viçosas. Em função dessa
característica, são chamadas de plantas revivescentes.
Nas selaginelas, assim como em outras licopodíneas,
existem folhas especiais (esporófilos) que abrigam esporângios
e ocorrem reunidas na extremidade de ramos férteis, formando
estruturas denominadas estróbilos ou espigas, raramente
verificadas nas filicíneas.
As espécies do gênero Lycopodium são todas isosporadas
e, portanto, seus estróbilos possuem um só tipo de esporângio.
Já as espécies do gênero Selaginella são heterosporadas
e em cada um de seus estróbilos existem folhas abrigando
megasporângios, que são esporângios produtores de megásporos,
e folhas abrigando microsporângios, que são esporângios Prótalo.
produtores de micrósporos.
Na época da maturação, os gametas masculinos, que são
Reprodução em pteridófitas flagelados (anterozoides), são eliminados e nadam sobre a lâmina
úmida do prótalo, buscando atingir a oosfera no interior do
arquegônio. A orientação dos anterozoides se faz provavelmente
Reprodução assexuada por atração química. Ocorre a fecundação da oosfera pelo
Várias espécies de pteridófitas se reproduzem por anterozoide, o que dá origem a um zigoto (2n), que se desenvolve
brotamento a partir de gemas localizadas nos rizomas, de onde em um embrião (2n) e posteriormente em um novo esporófito
partem folhas e raízes. A posterior fragmentação ou (2n), reiniciando o ciclo.

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28 Curso de Biologia

Ciclo de vida em pteridófita isosporada.

Reprodução sexuada em pteridófitas heterosporadas: selaginelas


Como exemplo de ciclo de vida em pteridófita heterosporada, será estudado o da Selaginella. Pelo amor de Deus, apenas as
licopodíneas selaginelas são heterosporadas; as licopodíneas licopódios são isosporadas, beleza?
O esporófito (2n) apresenta em seus estróbilos ou espigas, formados a partir de folhas modificadas, esporângios de dois tipos:
- microsporângios (ou androsporângios) masculinos (2n), formados de folhas modificadas chamadas microsporófilos (ou
androsporófilos), e formadores, por meiose, de esporos masculinos (n), micrósporos (ou andrósporos);
- megasporângios (ou ginosporângios) femininos (2n), formados de folhas modificadas chamadas megasporófilos (ou ginosporófilos), e
formadores, por meiose, de esporos femininos (n), megásporos (ou ginósporos);
O nome de esporângios pode ser justificado pelo fato de as estruturas masculinas serem normalmente menores que as femininas, daí os
nomes micros (= pequeno) ou andrós (= homem) para as masculinas e megas (= grande) ou ginós (= mulher) para as femininas.
Os esporos, ao contrário do que ocorre nas samambaias, não são eliminados dos esporângios quando estão maduros, iniciando a
germinação ainda ligados ao esporófito.
No interior dos esporos, ocorre a formação do gametófito, fenômeno esse denominado desenvolvimento endospórico do
gametófito. Na maioria dos casos, esse desenvolvimento é finalizado no solo, após a separação gametófito-esporófito. Em algumas espécies
de Selaginella, entretanto, o gametófito desenvolve-se totalmente quando ainda ligado ao esporófito. Será o ciclo da uma destas espécies que
discutiremos.
Os megásporos (n) originam megaprótalos (n), gametófitos femininos, e os micrósporos (n) originam microprótalos (n),
gametófitos masculinos. Em Selaginella, portanto, os prótalos têm sexos separados, diferindo das samambaias, que possuem prótalos
hermafroditas.
Nos megaprótalos, diferenciam-se gametângios femininos (n), arquegônios, que produzem gametas femininos (n), oosferas,
enquanto, nos microprótalos, diferenciam-se gametângios masculinos (n), anterídios, que produzem gametas masculinos (n),
anterozoides flagelados. Estes são levados até as oosferas através de borrifos de água, fecundando-as. Com a fecundação, formam-se,
então, zigotos (2n), ainda ligados ao esporófito. Somente após a fecundação é que os gametófitos, contendo zigotos já formados, desprendem-
se do esporófito e, caindo em solos contendo condições adequadas, dão origem a embriões (2n) e daí a outros esporófitos (2n), que reiniciam
o ciclo.

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Curso de Biologia 29

Ciclo da vida de uma pteridófita heterosporada (Selaginella).

com a reprodução e reunidas em estruturas denominadas


estróbilos, devido à semelhança com as flores das
gimnospermas. Os estróbilos das selaginelas, no entanto, não são
flores verdadeiras, pois estas são definidas como ramos
modificados que possuem folhas férteis, dotadas de estruturas
reprodutoras.
Em gimnospermas e angiospermas, todas as espécies
são heterosporadas, como ocorre em selaginelas, havendo,
portanto, esporângios masculino e feminino.
Outro aspecto evolutivo interessante, no ciclo de vida das
selaginelas, é a produção de esporos diferentes quanto ao
tamanho e à função e o desenvolvimento endospórico do
gametófito, especialmente do feminino, que permanece ligado ao
esporófito até o início do desenvolvimento do embrião. Este
poderia ser um esboço evolutivo do aparecimento de sementes
semelhantes às das gimnospermas, primeiras fanerógamas. A
semente de gimnosperma é, em última análise, um gametófito
feminino desenvolvido no interior do megásporo, contendo um
embrião diploide. Ela fica retida nas flores (estróbilos) dos
esporófitos até amadurecer, quando então se desprende e, caindo
em local adequado, inicia a germinação e origina outro esporófito.
As primeiras plantas com sementes, no entanto, não foram
pteridófitas primitivas, mas vegetais hoje extintos denominados de
pteridospermas, que guardavam semelhanças com as
Alguns aspectos desse ciclo de vida permitem-nos pteridófitas. Esse grupo vegetal, pteridospermas, deve ter dado
compreender como poderia ter ocorrido a passagem evolutiva das origem às atuais gimnospermas.
criptógamas para as fanerógamas.
Nas selaginelas, já existe uma estrutura que pode ser
considerada um primórdio de flor: folhas especiais relacionadas

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30 Curso de Biologia
Exercícios 3. (UNIFOR) A figura abaixo mostra um musgo.

Questões estilo múltipla escolha

1. (UNIFOR) Analise a figura abaixo:

Sobre ela fizeram-se as seguintes afirmações:


I. X resultou do zigoto e vive às custas de Y.
II. Y é o gametófito feminino e, nos musgos, o gametófito
representa a fase duradoura do ciclo de vida.
III. X e Y são, respectivamente, haploide e diploide.
Adaptado de César e Sezar. Biologia. São Paulo: Saraiva, 1999. P. 397.
Ela resume a relação entre as fases do ciclo de vida de quatro É correto o que se afirma, apenas, em
grupos vegetais. Sobre esses ciclos, pode-se afirmar corretamente A) I.
que: B) II.
A) A sobrevivência do esporófito independe de nutrientes C) III.
fornecidos pelo gametófito nos quatro grupos considerados. D) I e II.
B) o esporófito cresce sobre o gametófito durante toda a vida da E) II e III.
planta, tanto em I como em II.
C) o esporófito é mais desenvolvido do que o gametófito, tanto em 4. (UECE) Durante muito tempo as samambaias dominaram a
II, como em III e IV. paisagem da Terra e, ao longo de milhões de anos, as várias
D) o gametófito de IV é mais desenvolvido do que o gametófito de I espécies adaptaram-se a todos os tipos de ambiente. Uma das
e II. características das samambaias é a presença de uma estrutura
E) os gametófitos de III e IV desenvolvem-se sobre o solo úmido e reprodutiva denominada prótalo que é um
darão origem aos respectivos esporófitos após a fecundação. A) esporófito verde, haploide, que origina esporângios.
B) gametófito com rizoides, diploide, que origina esporângios.
2. (UNIFOR) Considere as figuras abaixo. C) gametófito avascular haploide, efêmero, que origina
gametângios.
D) esporófito subterrâneo, diploide, que origina gametângios.

5. (UECE) Nos itens a seguir encontram-se as características de


alguns organismos.
I. Possuem um micobionte como parte da associação.
II. São predominantemente pluricelulares.
III. Os líquidos podem ser conduzidos por células especiais
denominadas hidroides e leptoides.
IV. De tamanho variado, a fase duradoura é a esporofítica.

Marque a alternativa na qual a associação entre os organismos e


A seiva é conduzida por vasos lenhosos e liberianos somente em suas características está correta.
A) I. A) I-Fungos, II-Clorofíceas, III-Briófitas, IV-Angiospermas.
B) II. B) I-Liquens, II-Rodofíceas, III-Musgos, IV-Pteridófitas.
C) III. C) I-Fungos, II-Rodofíceas, III-Algas, IV-Angiospermas.
D) I e II. D) I-Liquens, II-Clorofíceas, III-Pteridófitas, IV-Hepáticas.
E) I e III.

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Curso de Biologia 31

6. (UECE) As plantas, assim como todos os demais seres vivos, C) os soros são agrupamentos de esporângios que se distribuem
possuem ancestrais aquáticos e desta forma sua história evolutiva na face inferior ou na borda dos folíolos; os esporângios são
encontra-se relacionada à ocupação progressiva do ambiente responsáveis pela produção de esporos por meio da meiose.
terrestre. Para que isso pudesse acontecer algumas características D) o zigoto diploide se divide por mitoses sucessivas, originando o
foram selecionadas e dentre elas podemos destacar: embrião, que será nutrido por substâncias fornecidas pelo
I. Sistema vascular; II. Esporófito dominante; III. Filoides; IV. gametófito e terá suas células diferenciando-se em raiz, caule e
Esporófito não ramificado. folha.

São características próprias de pteridófitas e briófitas, 9. (UPE) Durante o ciclo de vida de uma Pteridófita, encontram-se
respectivamente: diversas estruturas morfológicas próprias de cada fase, destacadas
A) I e II; III e IV. pela numeração abaixo.
B) I e III; II e IV.
C) II e IV; I e III.
D) III e IV; I e II.

7. (UERN) No ciclo de vida das pteridófitas, os esporos liberados


atingem o solo e podem desenvolver os gametângios, também
conhecidos como prótalos. No mesmo indivíduo, os prótalos
diferenciam-se em masculinos e femininos sendo, portanto,
hermafroditas. A figura representa o prótalo e suas estruturas.
Observe.

Identifique neste ciclo, estas estruturas e assinale a alternativa


correta.
A) 1-folíolo, 2-rizoide, 3-esporângio, 4-prótalo, 5-arquegônio, 6-
anterídio.
B) 1-fronde, 2-rizoma, 3-soro, 4-protonema, 5-arquegônio, 6-
Assinale a afirmativa correta. anterídio.
A) Os arquegônios (II) produzem as oosferas – gametas femininos. C) 1-fronde, 2-rizoma, 3-esporângio, 4-prótalo, 5-anterídio, 6-
B) Os arquegônios (I) produzem os anterozoides – gametas arquegônio.
masculinos. D) 1-filoide, 2-rizoide, 3-caliptra, 4-protonema, 5-gametófito
C) Na posição II estão os anterídios, que produzem os feminino, 6-gametófito masculino.
anterozoides – gametas masculinos. E) 1-fronde, 2-radícula, 3-soro, 4-prótalo, 5-conceptáculo, 6-
D) Os anterídios estão na posição I, o arquegônio na posição II e propágulo.
os rizoides na posição III.
10. (FUVEST) Um pesquisador que deseje estudar a divisão
8. (UERN) As imagens mostram os soros visíveis a olho nu em meiótica em samambaia deve utilizar em preparações
uma folha de samambaia. microscópicas células de
A) embrião recém-formado. B) rizoma da samambaia.
C) soros da samambaia. D) rizoides do prótalo.
E) estruturas reprodutivas do prótalo.

11. (UNESP) As espécies dos grupos vegetais A e B assemelham-


se, pois: crescem preferencialmente em solos úmidos; possuem
órgãos de reprodução pouco desenvolvidos; são destituídas de
flores, sementes e frutos; dependem da água para a reprodução;
Em relação à reprodução das pteridófitas, é incorreto afirmar que reproduzem-se por alternância de gerações. Contudo, as espécies
A) a sincronia entre a fase do ciclo da planta e a estação úmida do do grupo A são vasculares e as do grupo B, avasculares. Nos
local é importante para que os anterídios, haploides e flagelados grupos A e B, poderiam estar incluídas, respectivamente,
atinjam o arquegônio. A) clorófitas e rodófitas. B) samambaias e avencas.
B) em relação às briófitas, as pteridófitas possuem uma redução da C) musgos e hepáticas. D) musgos e samambaias.
fase gametofítica, sendo conhecida como fase passageira ou E) avencas e hepáticas.
efêmera, e a fase esporofítica denomina-se duradoura.

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12. (UFV) A figura abaixo corresponde a duas plantas com parte D) Após a produção de esporos, o esporófito morre e o gametófito
de suas estruturas morfológicas e reprodutivas indicadas por I, II, permanece, permitindo afirmar que nas briófitas a fase dominante
III e IV. é a haploide.
E) Plantas do filo Hepatophyta (hepáticas) apresentam esporófito
II III cujo contorno assemelha-se a um fígado, e são encontradas em
locais úmidos e sombreados.
I
14. (UFRGS) A figura abaixo apresenta algumas das
características compartilhadas por grupos de plantas.

IV

Observe a representação e assinale a afirmativa correta:


A) III corresponde a soros 2n que produzem os esporos nas
pteridófitas.
B) A estrutura indicada por I é diploide e corresponde ao prótalo.
C) II indica os anterozoides haploides produzidos pelo esporângio.
D) As duas plantas são vascularizadas e apresentam folhas
clorofiladas. Adaptado de: SADAVA et al. Vida: a ciência da biologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
E) As estruturas indicadas por IV são gametófitos haploides. As características associadas aos números 1 e 2 representam,
respectivamente, a presença de
13. (UFJF) Em relação às briófitas, assinale a opção incorreta. A) esporófito haploide e folhas verdadeiras.
A) O pequeno porte das plantas resulta da falta de estruturas B) gametófito haploide e sementes.
rígidas de sustentação e de um sistema de condução de seivas. C) esporófito haploide e estômatos.
B) Na maioria dos musgos, o sexo é separado: cada gametófito D) embrião protegido e tecido vascular.
possui apenas anterídios ou apenas arquegônios. E) embrião protegido e sementes.
C) A forma mais característica de reprodução é a alternância de
gerações, através de um ciclo haplontediplonte, também conhecido
como haplodiplobiôntico.

15. (UFPI) Observe o diagrama abaixo, que representa a distribuição dos grupos de Pteridophyta ao longo do tempo, e analise as afirmativas
que se seguem.

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I. Ao final do Paleozoico, ocorreu a extinção de alguns representantes das Lycopsida (Licopódios), Sphenopsida (Equisetum) e Psilotopsida
(Psilotum). Isto se deveu, em parte, à ausência de folhas complexas com área fotossintética reduzida.
II. A diversificação do grupo das Pteropsida (Samambaias) a partir do Mesozoico se explica pela evolução das folhas complexas, com muitas
nervuras e ampla área fotossintética.
III. A reprodução sexuada que se caracteriza pela presença de gametas masculinos móveis explica a diversificação das Pteropsida
(Samambaias) a partir do Mesozoico.

Após a análise e com base nas características evolutivas das Pteridófitas é correto afirmar que:
A) apenas I é verdadeira. B) apenas II é verdadeira. C) apenas III é verdadeira.
D) apenas I e II são verdadeiras. E) apenas II e III são verdadeiras.

16. (UFPB) O prótalo de uma samambaia está representado na E) O esporófito (5) representa a fase assexuada do ciclo
figura ao lado, onde os números I e II correspondem, reprodutivo.
respectivamente, às seguintes estruturas:
Questões estilo V ou F

18. (UFPI) As plantas são eucariotos fotossintetizantes que utilizam


as clorofilas a e b, armazenam carboidratos na forma de amido e
se desenvolvem a partir de embriões protegidos pelo tecido
parental. Os 12 (doze) filos de sobreviventes de plantas podem ser
agrupados em duas categorias atraqueófitas e traqueófitas. Sobre
as atraqueófitas, analise as proposições seguintes e assinale V,
para as verdadeiras, ou F, para as falsas.
I II (_) Os licopódes e as cavalinhas são atraqueófitas sem sementes
A) anterídio diploide arquegônio haploide que apresentam folhas simples, ao passo que as samambaias
B) arquegônio diploide anterídio haploide possuem folhas complexas.
C) arquegônio haploide anterídio haploide (_) Os gametófitos mais simples das hepáticas são placas
D) esporângio diploide arquegônio diploide achatadas que produzem os anterídeos, na superfície superior, e
E) esporângio haploide anterídio diploide os rizoides, na superfície inferior, para a absorção de água.
(_) As psilófitas são atraqueófitas que possuem apenas um
17. (UESPI) As plantas avasculares são pequenas e são comuns sistema rudimentar de células condutoras de água e alimento.
em ambientes sombreados. Sobre suas características (_) Os musgos são atraqueófitas que podem ser consideradas
reprodutivas, observe o ciclo de vida exemplificado abaixo e irmãs das traqueófitas por apresentarem um minúsculo canal para
assinale a alternativa correta. o transporte de água, provavelmente, um progenitor dos
traqueídes.

Questões discursivas

19. (UFV) A figura abaixo ilustra três espécies (I, II e III) de um


mesmo grupo taxonômico de plantas, conhecido como
"traqueófitas", que se destaca pela sua importância filogenética e
botânica.

A) Na cápsula, ocorre a meiose, formando-se esporos haploides


que são eliminados no solo (1).
B) Cada esporo desenvolve-se formando gametófitos unicamente
masculinos (2).
C) Anterozoides haploides fecundam oosferas diploides (3),
ocorrendo a seguir divisões meióticas sucessivas. A) Qual a divisão taxonômica que engloba essas três espécies
D) O arquegônio com o embrião diploide (4) desenvolve-se vegetais?
formando uma estrutura haploide. B) Cite uma característica básica desse grupo de plantas.
C) Que nome recebe a estrutura indicada pela seta em I e II?
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20. (UFJF) Os mais antigos fósseis conhecidos de pteridófitas são
do período Siluriano (400 milhões de anos atrás), de plantas com
AULA 4
poucos centímetros de altura, que viviam sempre associadas a Vegetais Superiores: Gimnospermas e Angiospermas
ambientes com alta disponibilidade hídrica. Do final do período
Devoniano até o final do Carbonífero (entre 375-290 milhões de
anos), as pteridófitas formaram grandes florestas, sendo as plantas
Gimnospermas
mais abundantes. As primeiras angiospermas surgiram no início do
As gimnospermas são cormófitas, traqueófitas
Cretáceo (há 130 milhões de anos) e atualmente atingem a
(vasculares) e embriófitas, além de serem as primeiras plantas
dominância global na vegetação e o máximo da diversificação
produtoras de flores, denominadas fanerógamas, e de sementes,
morfológica. A interação com animais foi um dos fatores mais
denominadas espermatófitas. As angiospermas também são
importantes no processo de diversificação das angiospermas,
fanerógamas e espermatófitas, diferindo das gimnospermas
sendo a evolução de suas estruturas reprodutivas direcionada
basicamente por produzirem frutos envolvendo suas sementes;
pelas relações cada vez mais especializadas com seus agentes
são plantas floríferas e frutíferas, enquanto as gimnospermas são
polinizadores. Considerando os aspectos expostos no texto sobre
floríferas, mas não frutíferas, produzindo "sementes nuas", não
pteridófitas e angiospermas, responda às questões propostas a
encerradas no interior de frutos.
seguir:
As flores das gimnospermas são denominadas estróbilos,
A) Cite todos os órgãos vegetais disponíveis como alimento para
ramos especiais com folhas férteis, onde se desenvolvem os
os herbívoros durante as seguintes épocas:
esporângios. São, portanto, os esporófitos das gimnospermas que
- Final do Carbonífero:
formam flores. A geração gametofítica é ainda mais reduzida que a
- Início do Cretáceo:
das pteridófitas, desenvolvendo-se no interior dos esporângios, ou
B) A proximidade da água favoreceu a reprodução sexuada das
mais precisamente, dos esporos, o que caracteriza o
primeiras pteridófitas, sendo ainda necessária para as espécies
desenvolvimento endospórico do gametófito.
atuais desse grupo. Explique por quê.
A presença de um estróbilo garante também a existência
C) Classifique as seguintes estruturas das pteridófitas, de acordo
de grãos de pólen, o que torna a reprodução independente da
com a ploidia de suas células (haploide = n; diploide = 2n).
água, uma vez que o pólen é transportado pelo vento,
- Prótalo:
caracterizando uma polinização anemófila. A existência de um
- Soro:
tubo polínico na maioria das espécies torna essa independência
D) Cite duas características de uma angiosperma que apresenta a
ainda maior, pois permite que o gameta masculino encontre o
entomofilia como síndrome de polinização.
feminino sem necessitar de água, caracterizando essas plantas
como sifonógamas.
20. (UFMG) Observe as figuras A, B, e C, referentes a grupos
A presença do grão de pólen e do tubo polínico torna as
vegetais nos quais algumas estruturas foram indicadas por
gimnospermas as primeiras plantas terrestres bem adaptadas a
números.
ambientes secos.

Pteridospermas
As pteridospermas são plantas já extintas que eram
comuns no Carbonífero, há cerca de 300 milhões de anos. Seus
órgãos vegetativos, as raízes, caules e folhas, eram semelhantes
aos das samambaias, mas já produziam sementes. Elas seriam,
portanto, "samambaias com sementes" e muito provavelmente
foram as precursoras das atuais gimnospermas.
Nas pteridospermas, a germinação dos megásporos ocorria
no interior dos megasporângios (óvulos), que ainda permaneciam
presos à planta e não no solo como em Selaginella. Além disso,
dos quatro megásporos haploides formados por meiose no interior
Com relação as figuras, cite o que se pede. de cada megasporângio, três se atrofiavam, restando apenas um.
1. Cite as funções das estruturas 1 e 2. Cite a(s) figura(s) que Este, acumulando muito material de reserva, germinava e dava
correspondem à fase esporofítica origem a um prótalo ainda protegido e preso à planta. A partir
2. Cite o(s) grupo(s) que apresenta(m), durante o seu desse grupo, a fecundação não mais ficou na dependência de
desenvolvimento, a estrutura apontada pela seta 8 na figura D. Cite água do meio, pois já acontecia no interior do próprio
o número de cromossomos da estrutura indicada pela seta 8, megasporângio (óvulo). Após a fecundação, é justamente esse
considerando-se que a espécie apresenta 2n = 60. O tipo de órgão protegido por uma membrana externa que corresponde à
reprodução que origina a estrutura indicada pela seta 8. semente, a grande aquisição evolutiva na passagem das
3. Cite a função das estruturas indicadas por 3. Cite a principal pteridófitas (traqueófitas sem sementes) para as pteridospermas
condição ambiental que favorece a proliferação dos grupos A e B (traqueófitas com sementes).
em um jardim.
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Diversidade das gimnospermas Divisão Cycadophyta


As cicadáceas são plantas morfologicamente semelhantes
Gimnospermas hoje são consideradas um grupo de 4 a palmeiras e já foram muito abundantes na Era Mesozoica, por
divisões: Divisão Ginkgophyta (uma única espécie, Ginkgo vezes referida como “Era dos Dinossauros e das Cicas”. Nos dias
biloba), Divisão Cicadophyta (cicadáceas), Divisão de hoje, compreendem cerca de 140 espécies em 11 gêneros. As
Conyferophyta (coníferas: pinheiros) e Divisão Gnetophyta atuais cicas vivem em regiões tropicais e subtropicais e
(gnetófitas). correspondem, em sua maioria, a árvores de grande porte, com até
Todas as gimnospermas são heterosporadas. Os grãos cerca de 20 metros de altura. Normalmente são tóxicas e
de pólen produzidos pelos esporângios masculinos, localizados carcinogênicas, mas abrigam cianobactérias fixadoras de
nos estróbilos, são transportados pelo vento, e há, normalmente, nitrogênio.
formação de tubo polínico, caracterizando uma independência Apesar da polinização em gimnospermas normalmente
da água quanto à reprodução. ocorrer pelo vento (polinização anemófila), em cicas, os insetos
Em coníferas e gnetófitas, os gametas masculinos são desempenham um papel importante (polinização entomófila),
imóveis, e os tubos polínicos os conduzem diretamente aos apresentando o estróbilo, para isso, alguns elementos atrativos.
gametas femininos localizados no arquegônio, que se forma no Como ocorre com Ginkgo, as cicas são árvores de sexos
interior do estróbilo feminino. Nas cicadáceas e em Ginkgo, a separados e dotadas de gametas masculinos flagelados, que
fecundação é intermediária entre a condição encontrada em partem do tubo polínico (quando este se forma no ciclo de vida) e
pteridófitas, onde ocorrem anterozoides flagelados que nadam nadam para encontrar o gameta feminino.
livremente para encontrar os gametas femininos, e a condição
encontrada nas demais gimnospermas e nas angiospermas, onde
os gametas masculinos são imóveis e levados pelo tubo polínico.
Embora em cicas e Ginkgo o tubo polínico seja eventualmente
formado, ele não penetra no arquegônio, de modo que
anterozoides masculinos multiflagelados têm que nadar até o
arquegônio para fecundar a oosfera. Nesse caso, a água para o
deslocamento dos gametas se encontra no interior do estróbilo
feminino, o que caracteriza, como é regra para as gimnospermas,
uma independência da água para a reprodução.

Divisão Ginkgophyta
A única espécie atual dentro do grupo das ginkgófitas é
denominada Ginkgo biloba e é uma árvore de grandes proporções
Cica ornamental (tudo bem, eu admito, parece uma palmeira, mas
que pode atingir 30 metros de altura ou mais. Diferentemente da
palmeira é angiosperma, viu?).
demais gimnospermas, as Ginkgo são caducifoliadas (decíduas), e
suas folhas tornam-se douradas antes de caírem, no outono.
Provavelmente não existem mais plantas nativas de Ginkgo
no mundo, sendo árvores preservadas ao redor de templos na
China e no Japão. A espécie foi introduzida em outras partes do
mundo, e é bem representada em parques e jardins de regiões
temperadas. Acredita-se que Ginkgo possui propriedades
terapêuticas.
O Ginkgo é uma planta uma dioica, com estruturas
masculinas e femininas em indivíduos distintos, e como já dito, os
gametas masculinos provenientes do grão de pólen são flagelados
e têm que nadar a partir do tubo polínico, dentro do estróbilo
feminino, para atingir a oosfera.

Detalhe do estróbilo da cica (as folhas da frente foram removidas


para permitir sua visualização).

Divisão Coniferophyta
As coníferas recebem este nome pela semelhança de seu
estróbilo feminino, denominado pinha, com um cone. (Uma outra
explicação por vezes dada para justificar o termo “coníferas” é a
Detalhe de folha de Ginkgo. forma cônica das árvores de pinheiro, principais representantes do
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grupo.) São as gimnospermas mais comuns na atualidade,
compreendendo cerca de 550 espécies em 50 gêneros, de
espécies como pinheiros, abetos, sequoias e araucárias.

Detalhe de estróbilo feminino (pinha) em Pinus. Observe as folhas


em agulha que justificam o termo “aciculifoliados” para os Cúpula de Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná).
pinheiros.
Divisão Gnetophyta
São plantas abundantes em regiões temperadas, As gnetáceas correspondem atualmente a apenas 70
chegando a formar vegetações extensas, como as taigas, no espécies de 3 gêneros, Gnetum, Ephedra e Welvitschia. Gnetum
hemisfério Norte, e a mata de araucária, no Sul do Brasil (do inclui árvores e trepadeiras de regiões tropicais. Ephedra
Paraná até o Rio Grande do Sul). A mata de araucária está corresponde a arbustos com folhas não muito bem caracterizadas,
atualmente muito reduzida, principalmente em função da em forma de escama, e é encontrado em áreas desérticas.
exploração feita pelo homem da madeira do pinheiro-do-paraná, Welvitschia é provavelmente a planta vascular vivente mais
planta predominante nessa mata, cuja espécie é a Araucaria bizarra, com a maior parte de seu enorme caule enterrado em solo
angustifolia. arenoso, ficando exposto somente um disco do qual parte duas
Os pinheiros, como o pinheiro-do-paraná, são as imensas folhas de até 3 metros de comprimento que se dividem
gimnospermas mais conhecidas. O do gênero Pinus, nativo da espontaneamente, dando a impressão de serem várias. Este
Europa e dos Estados Unidos, foi introduzido com sucesso no gênero habita os desertos da costa atlântica da África, e seus
Brasil, tendo se adaptado bem na região Sul, onde o clima é mais representantes vivem por mais de 100 anos.
frio. As plantas gnetófitas são as gimnospermas que mais
As coníferas podem apresentar plantas de grande porte, guardam semelhanças com as angiospermas. Em certas
como as sequoias (Sequoia sempervirens), que ocorrem na espécies, ocorrem estróbilos com inflorescências (lembrando o
Califórnia (Estados Unidos). Essas plantas chegam a atingir 120 que ocorre com algumas flores verdadeiras), além da presença de
metros de altura e o diâmetro de seus troncos, 12 metros. Estima- elementos de vasos no xilema (típicos de angiospermas,
se que as atuais tenham aproximadamente 4 mil anos de idade. enquanto em gimnospermas em geral ocorrem traqueídes) e da
As coníferas são profundamente adaptadas a climas frios ausência de arquegônios em Gnetum e Welvitschia. Podem
e secos, através de adaptações como caules com súber espesso ainda ser citados a existência de estruturas semelhantes aos
para funcionar como isolante térmico, folhas aciculifoliadas com estames de flores verdadeiras para a produção de pólen (que é
uma pequena superfície de transpiração e adaptadas ao mínimo inclusive normalmente transportado por animais como insetos, e
acúmulo de neve. São também plantas heliófilas, necessitando de menos efetivamente pelo vento), a existência de um duplo
bastante sol para seu desenvolvimento. A forma cônica de tegumento no óvulo, como ocorre em angiospermas, e a
pinheiros possibilita uma grande superfície de exposição ao sol, existência de dupla fecundação no gênero Ephedra. Apesar de
bem como a presença de folhas somente na cúpula de uma não terem originado as angiospermas, as gnetófitas devem ter um
araucária pode ser justificada pela morte das folhas localizadas ancestral comum bem próximo com elas.
abaixo da cúpula por estarem à sombra das demais folhas. Assim como ocorre em cicas, apesar da polinização
Apesar da inexistência de frutos, em coníferas da família anemófila ser a mais comum, em certas espécies ocorre
dos taxos, a semente é rodeada por uma cúpula carnosa, polinização entomófila. Assim como ocorre em coníferas, e ao
denominada arilo, que atrai pássaros e outros animais para ajudar contrário de Ginkgo e cica, os gametas masculinos não mais são
na dispersão da semente. flagelados, e o tubo polínico os conduz até os gametas femininos
Ao contrário de Ginkgo e cica, os gametas masculinos não para a fecundação.
mais são flagelados, e o tubo polínico os conduz até os gametas
femininos para a fecundação.

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Curso de Biologia 37

Reprodução sexuada em gimnospermas Nos microstróbilos desenvolvem-se microsporângios,


nos interior dos quais formam-se, por meiose, vários micrósporos
Assim como ocorre em pteridófitas selaginelas, as plantas haploides. Ainda protegidos pela parede do esporo, os micrósporos
gimnospermas são heterosporadas, com a formação de dão origem aos gametófitos masculinos, falando-se, nesse caso,
micrósporos masculinos e de megásporos femininos, em desenvolvimento endospórico do gametófito. O gametófito
tendência que se mantém no grupo das angiospermas, que será masculino é formado inicialmente por quatro células. Duas
estudado mais à frente. degeneram, ficando apenas a célula do tubo, ou vegetativa, e a
Como exemplo de ciclo de vida de gimnosperma, será célula geradora, ou generativa. A parede do micrósporo
estudado o do pinheiro do gênero Pinus, onde as estruturas desenvolve duas projeções laterais em forma de asas. O
envolvidas com a reprodução sexuada são ramos especiais micrósporo assim modificado passa a ser chamado de grão de
férteis formados a partir de folhas modificadas denominadas pólen.
esporófilos; esses ramos são os estróbilos. Esses estróbilos
estão localizados no esporófito (2n), fase duradoura da planta.
Os microstróbilos masculinos contêm microsporângios
(ou androsporângios) masculinos (2n), formados de folhas
modificadas chamadas escamas ou microsporófilos (ou
androsporófilos), e formadores, por meiose, de esporos
masculinos (n), micrósporos (ou andrósporos). Já os
megastróbilos femininos, também conhecidos como pinhas ou
cones, contêm megasporângios (ou ginosporângios) femininos
(2n), formados de folhas modificadas chamadas escamas
ovulíferas ou megasporófilos (ou ginosporófilos), e
formadores, por meiose, de esporos femininos (n), megásporos
(ou ginósporos).
Em Pinus, os estróbilos masculinos e os femininos ocorrem
em um mesmo indivíduo.

Grãos de pólen de gimnosperma: estrutura derivada de um


micrósporo. Possui externamente duas expansões laterais em
forma de asa, desenvolvidas a partir da parede do micrósporo. Em
seu interior está o gametófito masculino, imaturo, formado por
duas células haploides: a célula do tubo ou vegetativa e a célula
geradora ou generativa.

Nos megastróbilos, desenvolvem-se os


megasporângios, cada um deles revestido por tegumentos.
Cada megasporângio revestido por tegumentos recebe o nome de
óvulo. Em gimnospermas, portanto, o óvulo não é o gameta
feminino, e sim o megasporângio revestido por tegumentos. A
massa de células no óvulo, interna ao tegumento, é denominada
nucelo.

Detalhe de ramos de Pinus, que possui estróbilos feminino Óvulo de gimnosperma: megasporângio revestido por
(megastróbilo) e masculino (microstróbilo) em um mesmo tegumentos. Pelo amor de Deus, não é o gameta feminino, que
indivíduo. corresponde à oosfera.
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38 Curso de Biologia
Em cada óvulo existe um orifício no tegumento Todo esse processo, da polinização à fecundação, é muito
denominado micrópila. lento, durando cerca de 15 meses em Pinus.
No megasporângio, uma única célula origina quatro células
haploides, ao sofrer meiose. Destas, três degeneram e apenas
uma passa a ser o megásporo funcional (n).

Fecundação em gimnosperma.

O embrião (2n) permanece no interior do gametófito


feminino (n), que acumula substâncias nutritivas, dando origem a
um tecido nutritivo haploide denominado endosperma (n).
Enquanto isso, os tegumentos endurecem, passando a formar uma
Formação de megásporos em gimnosperma. estrutura denominada casca ou tegumento. Ao conjunto de casca
(2n), nucelo do megasporângio (2n), endosperma (n) e embrião
Em determinadas épocas do ano ocorre a polinização: os (2n) dá-se o nome de semente. Esta permanece presa ao estróbilo
grãos de pólen são liberados e, em função de suas projeções até amadurecer, quando então se desprende e cai ao solo.
laterais, facilmente transportados pelo vento (polinização Encontrando condições adequadas, inicia a germinação,
anemófila); alguns deles podem passar através da micrópila do originando um novo indivíduo diploide, o esporófito, que reiniciará o
óvulo, atingindo uma pequena cavidade do ápice do ciclo.
megasporângio, denominada câmara polínica, geralmente
contendo líquido secretado pelo óvulo.
As gimnospermas são as primeiras plantas terrestres a se
tornarem independentes da água para sua reprodução, graças ao
grão de pólen e ao tubo polínico.
Após a polinização, o megásporo funcional (n) sofre
várias divisões mitóticas, dando origem a um gametófito feminino
(n), chamado de megagametófito ou megaprótalo, onde se
diferenciam dois ou três arquegônios (n) na região próxima à
micrópila. Em cada arquegônio diferencia-se apenas um gameta
feminino, a oosfera (n).
Enquanto isso, o grão de pólen, localizado na câmara Semente de gimnosperma.
polínica, inicia sua germinação. A célula do tubo desenvolve-se,
dando origem a uma estrutura longa denominada tubo polínico. Os megastróbilos são em geral globosos, grandes, e
Essa estrutura perfura os tecidos do megasporângio e vai comumente denominados pinhas. Estas, após a fecundação,
crescendo pelo nucelo até atingir o arquegônio, também de formam várias sementes contendo um embrião em seu interior.
maneira bastante lenta, como ocorre com a germinação do São as sementes comestíveis conhecidas por pinhão.
megásporo funcional. A célula geradora então se divide, A semente é constituída por:
originando dois núcleos espermáticos, que se dirigem para o - casca ou tegumento da semente (2n): resultante do
tubo polínico. Esses núcleos espermáticos são os gametas espessamento do tegumento do óvulo;
masculinos das gimnospermas. Um deles fecunda a oosfera, - nucelo do megasporângio (2n);
gerando um zigoto (2n); o outro sofre degeneração. Comumente, - embrião (2n): resultante da fecundação da oosfera pelo núcleo
as oosferas de todos os arquegônios são fecundadas, cada uma espermático, corresponde ao esporófito jovem;
delas por núcleos espermáticos de grãos de pólen distintos. Todos - tecido nutritivo ou endosperma (n): corresponde ao gametófito.
os zigotos começam a se transformar em embriões (2n) Em seguida, representamos esquematicamente o ciclo de
(poliembrionia), mas, em geral, apenas um deles se desenvolve. vida de uma gimnosperma.
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Curso de Biologia 39

Ciclo de vida de Pinus.

GYMNOSPERMAE atração de agentes polinizantes, e de frutos, no interior dos quais


- Esporófito (2n): planta desenvolvida com raiz, caule, folhas, ficam abrigadas as sementes, e que ajudam na dispersão do
flores e sementes. vegetal. Essas características fazem com que elas tenham ampla
- Microstróbilo (2n): flor masculina. vantagem sobre os demais grupos vegetais, de modo que elas
- Megastróbilo (2n): flor feminina. correspondem ao grupo de plantas com maior número de espécies
- Grãos de pólen (n): esporos masculinos (micrósporos) sobre a Terra, perfazendo cerca de 90% das atuais plantas.
modificados contendo sacos aéreos e o gametófito masculino em Ocorrem em ampla diversidade de hábitats, possuindo
seu interior. desde espécies aquáticas, inclusive marinhas (as únicas plantas
- Gametófito masculino (n): conjunto formado por célula do tubo com espécies marinhas), até plantas adaptadas a ambientes
e célula geradora (gametófito imaturo) e tubo polínico (gametófito áridos. Entre as angiospermas são encontradas espécies arbóreas,
maduro). arbustivas, herbáceas, epífitas e parasitas de outras plantas. Há
- Gameta masculino (n): núcleos espermáticos. desde espécies gigantes, como a Eucalyptus regnans, que chega
- Gametófito feminino (n): megaprótalo com arquegônios; a medir 114 metros de altura e 19 metros de circunferência, até as
futuramente forma o endosperma para reserva nutritiva na microscópicas, com a Wolffia microscopica, que atinge no máximo
semente. 1 milímetro de comprimento.
- Gameta feminino (n): oosfera. As angiospermas estão reunidas numa única divisão,
- Óvulo (2n): megasporângio revestido por tegumento. denominada Divisão Anthophyta ou Magnoliophyta, que se
- Semente: óvulo fecundado e desenvolvido. divide em duas classes: a Classe Monocotyledones ou
Lilliopsida e a Classe Dicotyledones ou Magnoliopsida.
Angiospermas Monocotiledôneas e Dicotiledôneas
Monocotiledôneas comuns são as das famílias das
As angiospermas são, assim como as gimnospermas
gramíneas (milho, trigo, cana-de-açúcar, bambu, etc) e das
cormófitas, traqueófitas (vasculares), embriófitas,
palmáceas (palmeiras, coqueiros...). Dicotiledôneas são a maioria
espermatófitas, sifonógamas e fanerógamas. As duas
das angiospermas, com destaque para a família das leguminosas
diferenças primordiais consistem na existência de flores
(plantas cujas sementes estão em vagens, frutos secos: feijão,
verdadeiras contendo pétalas, osmóforos e nectários para a
soja, ervilha, etc...).
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40 Curso de Biologia
As principais características que permitem distinguir as completas são formadas por pedúnculo ou pedicelo, que suporta
monocotiledôneas das dicotiledôneas estão resumidas no quadro a a flor, e um receptáculo, base da flor onde se inserem os
seguir: verticilos florais. Estes são:
Monocotiledôneas Dicotiledôneas - cálice: formado pelo conjunto de sépalas, geralmente verdes,
para proteção.
Nº de 1 2 - corola: formada pelo conjunto de pétalas, que podem apresentar
cotilédones várias cores, para atração de agentes polinizantes.
Raiz Fasciculada ou “em Pivotante ou axial, - androceu: formado pelos estames, derivado de folhas
cabeleira”, onde não há onde há uma raiz modificadas, microsporófilos, e que constituem o sistema
raiz principal (a radícula principal de onde saem reprodutor masculino, sendo os produtores de grãos de pólen.
que emerge da semente raízes secundárias (a - gineceu: formado pelo pistilo ou carpelo, derivado de folhas
degenera, daí não haver radícula do embrião modificadas, megasporófilos, e que constitui o sistema reprodutor
raiz principal), com todas não degenera) feminino, sendo dotado de óvulos que formarão sementes e de
as radicelas sendo raízes ovários que formarão frutos após a reprodução.
adventícias (provenientes Uma flor só é considerada completa quando possui os
do caule) quatro verticilos florais: gineceu, androceu, corola e cálice,
Caule Com nós bem definidos, Com nós não definidos, dispostos nessa ordem, do centro para a periferia do receptáculo
(morfologia) sendo tipo colmo nas sendo normalmente do floral.
gramíneas (com folhas tipo tronco
saindo de cada nó) e
estipe nas palmáceas
(com folhas apenas na
cúpula do caule)
Caule Xilema e floema difusos Anel de xilema por
(histologia) (atactostélico) dentro e anel de
floema por fora
(eustélico)
Folha Invaginante (sem Normalmente Flor de angiosperma
pecíolo e com grande peciolada (com pecíolo
bainha saindo direto do bem desenvolvido) e Em algumas angiospermas, as flores não ocorrem em
caule) e paralelinérvea peninérvea (com ramos isolados, mas em grupo, formando o que se chama de
(com nervuras paralelas) nervuras reticuladas) inflorescência. As inflorescências recebem classificações
Flor Trímera (com estruturas Tetrâmera ou diferentes, como, por exemplo, as seguintes:
em número múltiplo de pentâmera (com
três) estruturas em número
múltiplo de quatro ou
cinco)
Fruto Trímero (com lojas em Dímero ou pentâmero
número múltiplo de três) (com lojas em número
múltiplo de dois ou
cinco)

Pelo fato do grupo das dicotiledôneas não ser monofilético,


atualmente a tendência é dividir esse grupo em eudicotiledôneas
e dicotiledôneas basais, sendo essas últimas dotadas de traços
bastante primitivos, o que nos leva a crer que são remanescentes
do grupo ancestral que originou tanto dicotiledôneas como
monocotiledôneas modernas.

A flor das angiospermas


Nas fanerógamas, as estruturas que participam da
reprodução sexuada são as flores, formadas a partir de folhas
modificadas, algumas estéreis para a proteção e atração de
agentes polinizantes (sépalas e pétalas), e outras férteis
(esporófilos, formadoras de esporos). Nas angiospermas, as flores
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Curso de Biologia 41

O conjunto cálice-corola é denominado perianto. Algumas


flores apresentam só o cálice ou só a corola, enquanto outras não
possuem nenhum desses dois verticilos. Existem, ainda, flores em
que as sépalas não se distinguem das pétalas, pois ambas têm a
mesma cor. Nesses casos, fala-se em tépalas, cujo conjunto forma
o perigônio.
Flores que apresentam sépalas e pétalas distintas são
chamadas de heteroclamídeas, havendo, pois, um perianto bem
caracterizado. Flores com tépalas são chamadas de
homoclamídeas, o que caracteriza nelas um perigônio.
A maioria das flores apresenta os quatro tipos de verticilos
florais, gineceu, androceu, corola e cálice, sendo chamadas de
flores completas. Quando um ou mais verticilo está ausente, fala-
se em flores incompletas. Flores incompletas pela falta
simultânea de cálice e de corola são chamadas de aclamídeas ou
aperiantadas. Quando possui apenas um dos verticilos do
perianto, somente pétalas ou somente sépalas, a flor é
denominada monoclamídea.
No caso de faltar algum dos verticilos férteis, o androceu ou
o gineceu, fala-se em flor díclina. No caso de a flor díclina possuir
apenas gineceu, ela é chamada de pistilada; se possuir apenas
estames, é denominada estaminada. Flores com estames e
Alguns tipos de inflorescências. Racemos são também chamados
pistilos simultaneamente são chamadas de flores monóclinas.
de cachos. Em parreiras, cachos de flores originam cachos de uva,
assim como em milho espigas de flores originam espigas de flores.
Classificação das flores e plantas quanto ao sexo
As flores podem ser monóclinas ou díclinas.
Algumas inflorescências são muito agrupadas e
Flores díclinas apresentam somente um dos sexos. Elas
organizadas, dando a impressão de serem uma única flor. Em
possuem apenas o androceu ou apenas o gineceu, sendo
margaridas e girassóis (dotadas de uma inflorescência conhecida
denominadas, respectivamente, flores masculinas ou
como capítulo), as flores mais internas, na região central, têm
estaminadas, e flores femininas ou pistiladas.
pétalas muito reduzidas e fundidas entre si e à parede do carpelo,
Flores monóclinas apresentam os dois sexos
enquanto as flores mais externas possuem suas pétalas fundidas
simultaneamente, ou seja, possuem simultaneamente androceu e
em uma estrutura que se projeta para fora, dando a impressão de
gineceu, sendo, pois, hermafroditas. A maioria das flores se
uma pétala única. Essas flores periféricas são normalmente
enquadra nessa categoria.
estéreis e suas projeções envolvem toda a região ocupada pelas
Em algumas flores hermafroditas, ocorre o fenômeno de
flores centrais, formando um anel de pétalas.
cleistogamia, uma polinização que ocorre antes da flor
desabrochar, sendo, pois, uma autofecundação (ou autogamia).
Isso pode ser vantajoso em áreas desérticas ou muito frias, por
exemplo, em que a pequena quantidade de insetos e aves
dificultaria uma polinização zoófila que levaria à fecundação
cruzada (ou alogamia). Essa autofecundação, no entanto, tem o
inconveniente de não permitir aumento significativo de
variabilidade genética.
Geralmente, no entanto, as flores hermafroditas possuem
mecanismos que impedem a autofecundação, o que garante a
fecundação cruzada (ou alogamia) e possibilita uma maior
Detalhe da inflorescência em capítulo. variabilidade genética. Alguns desses mecanismos estão
resumidos a seguir:
Classificação das flores quanto à estrutura

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42 Curso de Biologia

Dicogamia Amadurecimento do androceu e do


gineceu em épocas diferentes. Fala-se em
protandria quando o androceu amadurece
primeiro e em protoginia quando ocorre o
inverso.
Hercogamia Barreira física impedindo a queda do pólen
no estigma da mesma flor. Em certas
plantas, as anteras têm uma disposição tal
que um inseto polinizador, por exemplo, só
se impregna com o pólen após ter passado
pelo estigma, o que impede a
autofecundação. Em certas espécies
ocorre a heterostilia, em que existem dois
tipos de plantas, que diferem quanto à Classificação das flores quanto à posição do ovário
posição de seus estames e estigma Os botânicos costumam também classificar as flores de
(abertura do pistilo). Em um desses tipos, acordo com a posição dos diferentes elementos florais em relação
conhecido como “alfinete”, o estilete (cabo ao ovário (ou ovários).
do pistilo) é longo e o estigma fica no nível No caso de as sépalas, as pétalas e os estames estarem
do ápice do tubo da corola; os estames abaixo do ponto de inserção do ovário no receptáculo floral, a flor é
são curtos e as anteras (estruturas denominada hipógina (do grego hypo, abaixo, e gyne, mulher) e o
produtoras de pólen no estame) ficam ovário é denominado súpero.
localizadas na região mediana da corola. Quando o cálice forma um pequeno tubo, com o ovário
No outro tipo, conhecido como “franja”, a inserido no fundo e as pétalas e os estames inseridos na borda,
situação inverte-se: os estames são longos ficando estes em posição intermediária entre a base e o topo do
e as anteras localizam-se no nível do ápice ovário, a flor é denominada perígina (do grego peri, ao redor) e o
do tubo da corola. Essa disposição ovário é denominado intermediário.
estratégica de anteras e estigmas favorece Quando as sépalas, as pétalas e os estames inserem-se no
a polinização cruzada entre os dois tipos receptáculo floral perto do topo do ovário, a flor é denominada
de planta, pois um inseto polinizador que epígina (do grego epi, acima) e o ovário é denominado ínfero.
visita uma for do tipo alfinete se
impregnará de pólen na altura do corpo
correspondente à posição do estigma das
flores das plantas tipo franja, e vice-versa.
Autoesterilidade Incompatibilidade genética entre pólen e
óvulo levando à não germinação do grão
de pólen.

Quanto às flores, as plantas podem ser dioicas, monoicas


ou hermafroditas.
Plantas dioicas apresentam sexos separados, com flores
díclinas, havendo em alguns indivíduos somente flores
masculinas (estaminadas), e em outros, somente flores
femininas (pistiladas). O mamoeiro é um exemplo bastante
conhecido, com apenas o mamoeiro fêmea produzindo frutos.
Plantas monoicas possuem flores díclinas, mas as flores
masculinas (estaminadas) e as femininas (pistiladas) ocorrendo
no mesmo indivíduo. A abóbora possui ao mesmo tempo flores
estaminadas e flores pistiladas, correspondendo a um exemplo
dessa classificação.
Plantas hermafroditas possuem flores monóclinas. A
maioria das plantas angiospermas é hermafrodita.

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Curso de Biologia 43

Alguns tipos de placentação: (a) parietal; (b) axial; (c) central-livre.

Reprodução sexuada em angiospermas


Androceu na flor: o conjunto de estames
O androceu é constituído por estruturas denominadas
Placentação estames, formados de folhas modificadas, os microsporófilos e
O ovário (ou ovários) encontrado no gineceu apresenta contendo os microsporângios. Cada estame consiste em uma
óvulos. Esses ovários são a parte mais basal do pistilo ou haste fina denominada filete, em cuja extremidade diferencia-se a
carpelo, e é formado por folhas modificadas. Para alguns autores, antera. Nesta, desenvolvem-se quatro microsporângios, também
reserva-se o nome carpelos para essas folhas modificadas denominados sacos polínicos. Comparando-se essa estrutura
formadoras de ovários, podendo o ovário ser formado por um com o que ocorre nas gimnospermas, verifica-se que o estame
carpelo ou por vários deles. Ovários formados pela fusão de dois corresponde à folha portadora de microsporângios das
ou mais carpelos geralmente apresentam compartimentos gimnospermas.
isolados, os lóculos, dentro dos quais se formam os óvulos. O Nos sacos polínicos originam-se, por meiose, os
número de lóculos está relacionado ao número de carpelos que micrósporos haploides. Estes, à semelhança do que ocorre nas
formam o pistilo. gimnospermas, iniciam a formação do gametófito masculino no
Os óvulos de angiospermas, como os de gimnospermas, interior da parede do esporo (desenvolvimento endospórico do
são megasporângios, ou seja, órgãos produtores de esporos gametófito), dando origem ao grão de pólen, que permanece no
femininos. A região do ovário a partir da qual se forma o óvulo e interior dos esporângios até a época da reprodução.
onde ele permanece até a maturidade é chamada de placenta. O grão de pólen das angiospermas contém em seu interior
O modo como os óvulos ficam presos no interior do ovário, o gametófito masculino formado por duas células haploides: a
denominado placentação, varia nas diferentes espécies, podendo célula do tubo ou vegetativa, e a célula geradora. A parede do
ser do tipo parietal, axial, central livre, basal ou apical. grão de pólen é dupla, formada pela exina, mais externa e
- Na placentação parietal, os óvulos formam-se na parede do resistente, e a intina, mais interna, delgada e flexível. A exina
ovário ou extensões dela; apresenta vários poros, projeções e ornamentações que
- Na placentação axial, eles se formam na região central do facilitam a aderência do pólen ao gineceu.
ovário, no ponto de união entre os vários lóculos; Os grãos de pólen das angiospermas são semelhantes aos
- Na placentação central livre, os óvulos formam-se em uma das gimnospermas, diferindo destes por não apresentarem
coluna de tecido central não conectada com as paredes laterais do expansões aladas.
ovário;
- Em certas flores com um único carpelo e um único óvulo, este
pode estar preso à base ou ao ápice do ovário, constituindo as
placentações basal ou apical, respectivamente.

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Gineceu na flor: o pistilo ou carpelo


O gineceu é formado por uma estrutura normalmente única
O pistilo corresponde à folha portadora de megasporângios
denominada de pistilo ou carpelo, formada de folhas modificadas,
das gimnospermas. Seria possível supor em termos evolutivos,
os megasporófilos e contendo os megasporângios. No pistilo, as
que essas folhas especiais teriam sofrido dobramento sobre si
folhas modificadas se fundem, dando origem a uma porção basal
mesmas, fundindo-se e dando origem a uma urna que abriga os
dilatada, denominada ovário, e a uma porção alongada, tubular,
óvulos.
denominada estilete, cuja abertura ápice é o estigma.
Os óvulos das angiospermas, assim como os das
gimnospermas, correspondem ao megasporângio delimitado por
tegumentos. Pelo amor de deus de novo, nas plantas, os óvulos
não são os gametas femininos.

Comparando-se o óvulo de angiosperma com o de Na formação do gametófito feminino no interior do óvulo, o


gimnosperma, verificam-se duas diferenças principais. megásporo funcional (n) inicialmente apresenta grande
- A primeira diferença é a existência de dois tegumentos ao invés crescimento, passando a ocupar todo o espaço interno do
de um, como ocorre em gimnospermas. Esses dois tegumentos megasporângio. Em seguida, o núcleo haploide sofre três
dos óvulos de angiospermas são denominados de primina (mais divisões mitóticas, gerando oito núcleos haploides, ao redor
externo) e secundina (mais interno). dos quais podem formar-se posteriormente membranas
O óvulo em angiospermas continua sendo dotado de uma delimitando células. Estas se organizam e passam a ocupar
abertura denominada micrópila, que ainda conduz a uma massa lugares definidos, formando o gametófito feminino ou
de células denominada de nucelo. Assim como em gimnospermas, megaprótalo ou saco embrionário:
no nucelo de uma angiosperma existe também uma célula mãe do - próximo à micrópila ficam duas células laterais, denominadas
megásporo (2n), que por meiose, origina quatro megásporos, (n) sinérgides, e uma central, denominada célula central ou
sendo que três deles degeneram e um deles permanece como o oosfera, que é o gameta feminino;
megásporo funcional (n), que por sua vez dará origem ao - no polo oposto, ficam três células denominadas antípodas;
gametófito feminino. - no centro, ficam dois núcleos denominados núcleos polares, que
- A segunda diferença é o fato do gametófito feminino ou podem se fundir, dando origem a um núcleo diploide denominado
megaprótalo em angiospermas, agora também chamado de saco núcleo secundário do saco embrionário.
embrionário (nome que não se utiliza para gimnospermas), ser
ainda mais reduzido, formado por apenas oito células e sem
diferenciação de arquegônios.
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Curso de Biologia 45

Polinização e dupla-fecundação

Em determinadas épocas do ano, ocorre a deiscência, ou seja, a abertura das anteras, com a liberação dos grãos de pólen, que podem
então ser transportados pelo vento ou por animais, principalmente pássaros e insetos, e atingir o estigma de uma flor.
A esse processo de transporte do grão de pólen das anteras até o estigma da flor dá-se o nome de polinização. Enquanto nas
gimnospermas a polinização se dá quase sempre pelo vento (com exceção de algumas cicadáceas e gnetáceas) e corresponde ao transporte
de grãos de pólen dos microsporângios até a micrópila do óvulo, nas angiospermas a polinização pode ser pelo vento ou por animais, e o grão
de pólen atinge o estigma da flor e não a micrópila, pois o óvulo encontra-se protegido no interior do ovário.

ANEMOFILIA: Polinização pelo vento. As plantas anemófilas têm geralmente flores pequenas, pouco atrativas, e sem nectários. Produzem
grande quantidade de grãos de pólen. Estigmas longos e geralmente ramificados.
ENTOMOFILIA E ORNITOFILIA: Polinização por insetos e aves, respectivamente. Nestes casos, as flores são vistosas, possuem nectários bem
desenvolvidos e glândulas odoríferas.

O estigma secreta uma substância mucilaginosa pouco concentrada, que auxilia a fixação e a germinação do grão de pólen. Vários
grãos de pólen iniciam a germinação, mas só um deles participa da fecundação. No processo de germinação, a célula do tubo forma o tubo
polínico, que cresce, penetrando no estilete em direção ao ovário. À medida que isto ocorre, há migração para o tubo polínico, do núcleo da
célula vegetativa (núcleo vegetativo) e da célula geradora. A célula geradora sofre divisão mitótica e dá origem a dois núcleos espermáticos,
que são os gametas masculinos. Como já citado antes, a diferenciação do tubo polínico permitiu às plantas independência da água para a
reprodução, pois os gametas masculinos são levados até o feminino através dele, o que descarta a necessidade de um meio líquido para a
locomoção dos gametas flagelados das plantas inferiores.
O tubo polínico geralmente penetra no óvulo através da micrópila, e entra em uma das sinérgides. O núcleo da célula do tubo, ao entrar em
contato com o saco embrionário, degenera-se. Ocorre então a dupla fecundação, um aspecto exclusivo das angiospermas e de gimnospermas
gnetófitas.

O primeiro núcleo espermático (n) se funde à oosfera (n), caracterizando sua fecundação e dando origem ao zigoto (2n). O
segundo núcleo espermático (n), que em gimnospermas, se degenera, se funde aos dois núcleos polares (n + n), dando origem a uma
célula triploide (3n), a célula geradora de albume, que origina o tecido de reserva nutritiva do embrião, o endosperma (3n). Como os dois
núcleos espermáticos agem no processo de fecundação, fala-se, nesse caso, em dupla fecundação,

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46 Curso de Biologia

Após a fecundação, as sinérgides e as antípodas degeneram. O zigoto (2n) sofre várias divisões mitóticas, gerando o embrião (2n). A
célula geradora de albume (3n), também por divisões mitóticas, dá origem ao endosperma ou albúmen (3n), tecido que muitas vezes
acumula reservas nutritivas utilizadas pelo embrião durante seu desenvolvimento.

Formação do endosperma ou albúmen (3n).

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Curso de Biologia 47

Formação da semente
O embrião maduro (2n) de angiosperma consiste
basicamente em epicótilo, uma ou duas folhas, denominadas
cotilédones, e um eixo abaixo dos cotilédones, denominado
hipocótilo, que se estende até uma raiz embrionária denominada
radícula.
Com o desenvolvimento do embrião, os tegumentos do
óvulo tornam-se impermeáveis. Nesse ponto, a estrutura toda
passa a ser chamada de semente. Assim, a semente nada mais é
do que o óvulo fecundado e desenvolvido.
À medida que a semente vai se formando, verifica-se, nas
Os tegumentos do óvulo dão origem aos envoltórios da angiospermas, o desenvolvimento da parede do ovário da flor, um
semente que contém o endosperma e o embrião, em situação processo do qual irá resultar o fruto.
dormente. Ao germinar, a semente dá origem à planta jovem
Comparando-se as sementes de angiospermas com as de (plântula), que por sua vez dá origem à planta adulta.
gimnospermas, verifica-se que ambas apresentam:
- casca ou tegumento (2n) da semente, originada da ANGYOSPERMAE
diferenciação dos tegumentos (2n) do óvulo; - Esporófito (2n): planta desenvolvida com raiz, caule, folhas,
- nucelo do megasporângio reduzido (2n); flores e sementes.
- Androceu com estames (2n): parte masculina da flor, com
- tecido nutritivo denominado endosperma;
estames que produzem grãos de pólen.
- embrião (2n), que corresponde ao esporófito jovem (2n). - Grãos de pólen (n): esporos masculinos (micrósporos)
A diferença entre elas está no tecido nutritivo ou modificados contendo duas paredes, exina e intina, e o gametófito
endosperma, que nas gimnospermas é um tecido haploide, masculino em seu interior.
correspondendo aos restos do gametófito feminino (n) após a - Gametófito masculino (n): conjunto formado por célula do tubo
fecundação. Nas angiospermas, o endosperma é um tecido e célula geradora (gametófito imaturo) e tubo polínico (gametófito
nutritivo especial, triploide, que se forma após a fecundação e não maduro).
corresponde ao gametófito feminino. O endosperma das - Gameta masculino (n): núcleos espermáticos.
- Gineceu com pistilo (2n): parte feminina da flor, com ovários
gimnospermas é também chamado de endosperma primário (n) e o contendo óvulos.
das angiospermas, de endosperma secundário (3n), pois este se - Óvulo (2n): megasporângio revestido por dois tegumentos,
forma após a fecundação. primina e secundina.
A semente em angiospermas é formada por tegumento e - Gametófito feminino (n): megaprótalo ou saco embrionário
amêndoa. formado por apenas oito células haploides: uma oosfera, duas
O tegumento é constituído de: sinérgides, dois núcleos polares e três antípodas.
- testa (2n): originada da primina do óvulo; - Gameta feminino (n): oosfera.
- Semente: óvulo fecundado e desenvolvido.
- tégmen (2n): originado da secundina do óvulo.
- Fruto: ovário desenvolvido.
A amêndoa é formada por:
- embrião (2n): originado da oosfera fecundada;
RESUMO DE DIFERENÇAS ENTRE GIMNOSPERMAS E
- endosperma (3n): tecido triploide originado da fusão dos dois ANGIOSPERMAS EM TERMOS REPRODUTIVOS:
núcleos polares com o núcleo espermático.
Em algumas angiospermas, o endosperma é digerido pelo - o pólen de gimnospermas tem sacos aéreos e não possui exina e
embrião antes de entrar em dormência. O endosperma digerido é intina como em angiospermas;
transferido e armazenado geralmente nos cotilédones, que se - o óvulo de gimnospermas não tem dois tegumentos (primina e
tornam, assim, ricos em reservas nutritivas. Isso ocorre, por secundina em angiospermas), apenas um;
exemplo, em feijões, ervilhas e amendoins. - em gimnospermas, com exceção das gnetófitas, não há a dupla-
fecundação, uma vez que a célula geradora no grão de pólen
As sementes que transferem as reservas do endosperma
também forma dois núcleos espermáticos, mas um deles degenera
para os cotilédones são denominadas sementes sem sem entrar no tubo polínico, de modo que não se forma uma célula
endosperma ou sementes sem albúmen. Nas sementes em que geradora de albume ou um endosperma 3n;
isso não ocorre, os cotilédones não contêm reservas nutritivas, e - neste caso, o endosperma é n, sendo equivalente às sobras do
as sementes são chamadas de sementes com albúmen (ou gametófito feminino n após a fecundação;
endosperma). - o gametófito feminino em gimnospermas não possui só 8 células
haploides, mas várias células n, que se organizam formando dois
ou três arquegônios, gametângios femininos (que não existem no
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gametófito feminino das angiospermas), que formam cada qual Exercícios
uma oosfera; essas várias oosferas podem ser fecundadas por
núcleos espermáticos de diferentes tubos polínicos, formando Questões estilo múltipla escolha
assim vários embriões (no entanto, apenas um embrião se
desenvolve, e os demais se degeneram); 1. (UNIFOR) O esquema abaixo mostra uma flor completa de
- percebe-se então que arquegônio é uma estrutura que só existe angiosperma.
em espermatófitas do grupo das gimnospermas;
- não há ovários e frutos em gimnospermas.

Sônia Lopes. BIO. São Paulo: Saraiva, 2004, v. único, p. 244


O grão de pólen e a oosfera são produzidos respectivamente,
Semente de feijão (dicotiledônea). pelas estruturas
A) I e III. B) I e VI. C) II e IV. D) II e V. E) III e
VI.

2. (UNIFOR) A figura abaixo mostra uma flor de angiosperma

Fruto de milho com semente (monocotiledônea).

José Mariano Amabis & Gilberto Rodrigues Martho, Biologia dos Organismos, v.2, São Paulo:
Moderna, 1999, p. 137
Essa flor é
A) hermafrodita e poderá produzir um fruto com várias sementes
B) hermafrodita e poderá produzir vários frutos, cada um com uma
semente
C) somente feminina e poderá produzir um fruto com várias
sementes
D) somente feminina e poderá produzir vários frutos, cada um com
uma semente
E) somente masculina e não poderá produzir frutos

3. (UNIFOR) Na reprodução das angiospermas, o embrião diploide


se forma a partir da união de uma
A) oosfera com o núcleo da célula do tubo.
B) oosfera com um núcleo espermático.
C) oosfera com qualquer um dos núcleos do tubo polínico.
D) sinérgide com um núcleo espermático.
E) antípoda com um núcleo da célula do tubo.

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4. (UNIFOR) A figura abaixo mostra três fases do ciclo de vida de C) meiose – mitose e óvulo – semente.
uma planta. D) meiose – meiose e grão de pólen – semente.
E) meiose – meiose e grão de pólen – óvulo.

7. (UNIFOR) Mas gimnospermas, o grão de pólen corresponde ao:


A) Gameta masculino.
B) Megásporo.
C) Micrósporo.
D) Esporofilo.
E) Tubo polínico.

8. (UNIFOR) Das plantas abaixo, as únicas que apresentam


inflorescências tipo espiga são as
A) leguminosas.
Trata-se de uma
B) gramíneas.
A) gimnosperma porque apresenta semente com endosperma.
C) compostas.
B) gimnosperma porque apresenta prótalo e tubo polínico.
D) palmáceas.
C) angiosperma porque apresenta semente alada.
E) cactáceas.
D) pteridófita ou gimnosperma porque apresenta prótalo.
E) pteridófita porque apresenta prótalo.
9. (UNICHRISTUS) Em uma espécie de monocotiledônea foram
identificadas duas linhagens homozigotas (I e II) para as seguintes
5. (UNIFOR) Considere a figura abaixo.
características: (I) caule longo e frutos ovais; (II) caule curto e fruto
redondo. Em ambas, os genes para essas características
segregam-se independentemente, sendo: A o alelo dominante na
determinação do caule longo e a o recessivo para caule curto; B o
alelo dominante na determinação do fruto redondo e b o recessivo
para fruto oval. Considerando a descendência do cruzamento
dessas duas linhagens em F2, bem como aspectos comparativos
da morfologia das monocotiledôneas, analise as afirmações a
seguir.
I. Do cruzamento das linhagens I e II, a proporção esperada de
Nela está representada uma flor descendentes com caule curto e fruto oval em F2 é 1/16.
A) masculina de monocotiledônea. II. Nessa mesma descendência, a proporção esperada para
B) feminina de monocotiledônea. plantas de caule longo e fruto oval, bem como de plantas de caule
C) hermafrodita de dicotiledônea. curto e fruto redondo é, em cada caso, o triplo do esperado para
D) masculina de dicotiledônea. plantas de caule curto e fruto oval.
E) hermafrodita de monocotiledônea. III. A maioria das monocotiledôneas apresenta a estrutura primária
do caule com o mesmo padrão de disposição dos feixes
6. (UNIFOR) O esquema abaixo representa o ciclo de vida de uma liberolenhosos, concêntricos ou dispersos, encontrado também nas
gimnosperma do gênero Pinus. eudicotiledôneas herbáceas.
IV. Tanto nas monocotiledôneas como em eudicotiledôneas, o
fruto, no sentido comum do termo, invariavelmente se desenvolve
pela diferenciação da parede do ovário, e a semente resulta de
dupla fecundação.
São verdadeiras as afirmações:
A) I, II e III, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
D) II, III e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.

10. (UECE) Apesar de serem mais conhecidas pela maioria das


pessoas por sua função decorativa, as flores são os órgãos
responsáveis pela reprodução nas angiospermas, sendo
Os processos I e II e as estruturas 1 e 2 são, respectivamente: compostas por folhas modificadas, com funções específicas,
A) mitose – mitose e semente – grão de pólen. denominadas verticilos florais. Com relação aos verticilos florais,
B) mitose – meiose e óvulo – óvulo. pode-se afirmar corretamente que
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A) as tépalas são o conjunto de pétalas coloridas e a corola C) macrósporo, saco embrionário, micrópila e oosfera.
compreende o conjunto de sépalas. D) grão de pólen, saco embrionário, oosfera e micrópila.
B) a corola corresponde ao conjunto de sépalas e o perianto
compreende o conjunto de pétalas. 14. (FCM-JP) O ritmo de vida atual e a adoção de hábitos
C) o cálice é constituído pelas sépalas; já a corola é constituída alimentares inadequados levam a um aumento na frequência de
pelas pétalas. doenças cardiovasculares. A Ginkgo biloba é uma árvore oriental,
D) todas as flores possuem cálice, corola, androceu e gineceu. de cujas folhas se extraem substâncias que são utilizadas no
tratamento da insuficiência cerebrovascular e suas manifestações
11. (UECE) Leia o texto abaixo: funcionais, as frações farmacologicamente mais ativas são a
“Ontem floriste como por encanto, sintetizando toda a primavera; flavonoide e a terpenoide. Em junho de 2006, o governo Federal
mas tuas flores, frágeis entretanto, tiveram o esplendor de uma lançou a política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos com
quimera. Como num sonho, ou num conto de fada, se a qual estabeleceu diretrizes para o desenvolvimento de ações
transformando em nívea cascata, tuas florzinhas, em sutil balada, segundo o Ministério da Saúde. O conhecimento das propriedades
caíam como se chovesse prata...” medicinais das plantas inicia-se a partir de informações obtidas da
Sílvio Ricciardi. Fonte: http://epoca.globo.com/especiais/rev500anos/planta.htm etnobotânica. Na atualidade encontram-se catalogadas
Durante a primavera, a floração de diversas espécies promove um aproximadamente 320 mil espécies de plantas. Em relação à
grande espetáculo para os que transitam nas cidades, pois é nessa classificação e caracterização das plantas, pode-se afirmar:
estação que ocorre uma explosão de cores e formas. Analise as I. As gimnospermas são espermatófitas, plantas cujas sementes
seguintes afirmações sobre a estrutura das flores: não ficam protegidas no interior de um fruto, são denominadas
I. O androceu é o verticilo reprodutor masculino, formado por folhas sementes nuas.
modificadas denominadas estames, cuja função é a produção dos II. As pteridófitas são plantas vasculares, sem sementes,
grãos de pólen. apresentam vasos lenhosos (xilema), que transportam água e sais
II. O grão de pólen é um micrósporo e representa a função de absorvidos pelas raízes e pelos vasos liberianos (floema), que
gameta masculino do vegetal, sendo assim denominado transportam uma solução orgânica com os produtos da
anterozoide. fotossíntese.
III. Flores dioicas possuem os dois sexos e por isso são III. As angiospermas são plantas vasculares com sementes, além
denominadas hermafroditas. da existência de raízes, caules, folhas e sementes, apresentam
IV. O posicionamento dos óvulos na parede interna do ovário duas características exclusivas as flores e os frutos.
corresponde à posição que ficarão as sementes quando este se IV. As briófitas são plantas simples vasculares, que abrangem três
transformar no fruto. classes: hepáticas, antóceros e os musgos.
Está correto o que se afirma em V. Pteridófitas e angiospermas são plantas avasculares com
A) I, II, III e IV. sementes, e apresentam exclusivamente raízes, caules e folhas.
B) I e II apenas. Está(ão) correta(s):
C) II e IV apenas. A) Apenas II, III e IV.
D) I e IV apenas. B) Apenas I e II.
C) Apenas a IV.
12. (UECE) A bela flor do maracujá é hermafrodita. Se você D) Apenas I, II e III.
quisesse deixá-la totalmente feminina, podaria ou extirparia o(a): E) Apenas a V.
A) conectivo, o filete e a antera.
B) estigma, o filete e a antera. 15. (FCM-CG) Uma gimnosperma, uma monocotiledônea e uma
C) antera, o estigma e o filete. dicotiledônea diferem umas das outras
D) conectivo, o estigma e o estilete. A) pela ausência de ovário na gimnosperma e decorrente ausência
de semente.
13. (UECE) O diagrama abaixo demonstra etapas do processo de B) pela presença de flor e sistema de vasos condutores na
reprodução nas angiospermas. dicotiledônea.
C) pela organização do aparelho reprodutor.
D) pelos tipos de tecidos meristemáticos apresentados pela
monocotiledônea e decorrentes formas de ciclo de vida.
E) pela forma como transportam a seiva.

16. (UNP) A polinização é um processo importante na reprodução


dos vegetais espermatófitos. Quais são as partes florais
diretamente envolvidas nesse processo?
A) cálice e corola. B) corola e antera.
As setas 1, 2, 3 e 4 indicam, respectivamente: C) antera e cálice. D) estigma e corola.
A) grão de pólen, tubo polínico, saco embrionário e micrópila.
B) macrósporo, micrópila, oosfera e saco embrionário.
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17. (UNINASSAU) As plantas Angiospermas são hoje classificadas 20. (UPE) As afirmativas abaixo se referem a eventos comuns que
como Anthophyta ou Magnoliophyta. Podem ser subdivididas em são observados na reprodução das Angiospermas. Analise-as.
três grupos: Monocotiledôneas, Eudicotiledôneas e Dicotiledôneas I. O transporte do pólen até o estigma da própria flor ou de outras
Basais. Qual dos itens a seguir cita um exemplo correto dessas flores pode ser realizado por diversos tipos de agentes
plantas, associada a características que as distingue? polinizadores, dependendo de processos adaptativos, que as
A) A soja é uma Dicotiledônea basal por apresentar dois plantas sofreram durante a evolução. Assim, flores polinizadas por
cotilédones e um caule tipo colmo. animais, por exemplo, geralmente têm características que os
B) O milho é uma Monocotiledônea por apresentar folhas atraem, como corola vistosa, glândulas odoríferas e produtoras de
paralelinérveas e flores pentâmeras. substâncias açucaradas.
C) A manga é uma Eudicotiledônea por apresentar caule tipo II. Ocorrendo a polinização, o grão de pólen entra em contato com
tronco e flores trímeras. o estigma de uma flor reprodutivamente compatível, germina e
D) A graviola é uma Eudicotiledônea por apresentar caule tipo forma o tubo polínico. Esse tubo cresce no interior do estilete,
tronco e folhas paralelinérveas. atinge o ovário e penetra no óvulo, através da micrópila.
E) O arroz é uma Monocotiledônea por apresentar folhas III. No interior do tubo polínico, um dos núcleos espermáticos
paralelinérveas e flores trímeras. degenera, e o outro fecunda a oosfera, formando o zigoto (2n), que
se desenvolverá, originando o embrião, o qual será nutrido através
18. (CESUPA) de um tecido triploide (3n), denominado de endosperma.
A espécie Mourera fluviatilis, uma planta aquática encontrada na IV. Após a fertilização, o óvulo e o ovário serão modificados,
Amazônia e na Mata Atlântica do Nordeste depende das abelhas. originando a semente e o fruto, respectivamente. Nesse processo,
Depois de seis meses submersa, a planta faz brotar flores lilases as sinérgides e os núcleos polares se fundem, formando o tecido
ou róseas, com um cheiro forte a adocicado. Mas, ao contrário das suspensor.
outras espécies da mesma família, o pólen não é disperso pelo Somente está correto o que se afirma em
vento ou submetido a uma autofecundação. Pesquisa da A) I e II. B) II e III.
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) revelou que são as C) III e IV. D) I, II e III.
abelhas que garantem a reprodução da espécie, que está em risco E) II, III e IV.
de extinção.
http://www.ufpe.br/agencia/clipping - adaptado.
21. (UEMA) Nas angiospermas, a maioria das flores apresenta
Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que apresenta tanto o androceu quanto o gineceu, sendo denominadas flores
adaptações nas flores das plantas polinizadas por insetos. monóclinas. Com o fim de dificultar a autofecundação, e assim
A) Flores com pétalas vistosas e coloridas, e com anteras propiciar a fecundação cruzada, essas flores desenvolveram
pendentes. alguns mecanismos, entre eles a dicogamia, que corresponde à
B) Flores com pétalas pequenas e coloridas, e com estigma no (ao):
interior da flor. A) incompatibilidade entre pólen e gineceu, não ocorrendo
C) Flores que aparecem na estação fria, com nectários e estigma germinação do grão de pólen na própria flor.
grande e plumoso. B) barreira física que impede a queda do pólen no estigma da
D) Flores que aparecem na estação quente, com nectários e pólen mesma flor.
pegajoso e rugoso. C) amadurecimento do androceu e do gineceu em épocas
diferentes.
19. (UPE) As angiospermas compreendem uma ampla diversidade D) ocorrência de androceu e gineceu na mesma flor em plantas
de plantas; os dois maiores grupos que as constituem diferentes.
correspondem às monocotiledôneas e eudicotiledôneas, os quais E) ocorrência de androceu e gineceu em flores diferentes na
são distintos por diversas características. O quadro mostra, de mesma planta.
forma aleatória, características que são observadas
frequentemente em um ou outro grupo. 22. (FUVEST) O ciclo de vida de uma planta de feijão pode ser
I. Raiz axial; representado pelo esquema abaixo:
II. Pólen monoaperturado (possui um poro ou sulco);
III. Folhas com nervuras paralelas;
IV. Flores tetrâmeras ou pentâmeras;
V. Vasos de condução ordenados regularmente.

Assinale a alternativa que indica características que estão


presentes apenas nas Monocotiledôneas.
A) I, II, III e IV.
B) II e III.
C) II, III e IV.
D) III, IV e V.
E) IV e V.
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Um conjunto haploide de genes é encontrado em células do evolução da avascularização e dos tecidos mais simples para
A) embrião que se forma a partir de 4. especializações mais complexas. As figuras abaixo (I, II e III)
B) endosperma que se forma em 1. representam três diferentes adaptações que são características do
C) endosperma que se forma em 5. ciclo reprodutivo de seus respectivos tipos de plantas.
D) tubo polínico que se forma em 2.
E) tubo polínico que se forma em 5.

23. (FUVEST) Considere o surgimento de flor, fruto e semente: (A)


em uma planta ao longo de um ano e (B) no reino vegetal ao longo
do tempo evolutivo. Comparando A e B, a sequência em que os
órgãos surgem, nos dois casos, é
A) diferente, pois, em A, a sequência é flor, seguida
simultaneamente por fruto e semente; e, em B, é fruto e semente
simultaneamente, seguidos por flor.
B) diferente, pois, em A, a sequência é flor, seguida por fruto,
Assinale a afirmativa incorreta:
seguido por semente, e, em B, é flor e semente simultaneamente,
A) A sequência representada das estruturas não corresponde à da
seguidas por fruto.
ordem evolutiva.
C) diferente, pois, em A, a sequência é flor, seguida
B) O arquegônio não está presente em plantas que apresentam a
simultaneamente por fruto e semente; e, em B, é semente, seguida
estrutura I ou III.
simultaneamente por flor e fruto.
C) A sequência I, II e III corresponde ao prótalo, ao óvulo e ao
D) igual, pois, em ambos, a sequência é flor, seguida
esporófito, respectivamente.
simultaneamente por fruto e semente.
D) As estruturas indicadas por I e II pertencem a plantas que são
E) igual, pois, em ambos, a sequência é flor, seguida por fruto,
vascularizadas.
seguido por semente.
E) Na evolução das adaptações I, II e III, a II pertence às plantas
mais evoluídas.
24. (UNIFESP) Observe a figura.
27. (UFV) A base da dieta do brasileiro está na combinação do
arroz com o feijão. Segundo a classificação biológica das plantas,
o arroz é uma planta do grupo das Monocotiledôneas e o feijão
pertence ao grupo das Dicotiledôneas. Das afirmativas abaixo,
assinale aquela que apresenta uma característica que diferencia o
arroz do feijão, de acordo com a classificação biológica:
A) O pé-de-feijão produz semente protegida por fruto.
B) O pé-de-arroz armazena substâncias de reserva em sua
semente para nutrir o embrião em desenvolvimento.
Na formação das estruturas reprodutivas presentes na flor e C) O pé-de-arroz é uma planta com flor, pertencente às
apontadas pelas setas na figura, é correto afirmar: Angiospermas.
A) não ocorre meiose em nenhuma delas. D) O pé-de-feijão apresenta uma raiz pivotante ou axial e flores
B) ocorre meiose apenas no interior do ovário. com cinco pétalas.
C) ocorre meiose apenas no interior da antera. E) O pé-de-feijão possui um conjunto de vasos, denominados
D) ocorre meiose no interior do ovário e da antera. xilema, que transportam água e sais minerais das raízes para as
E) ocorre meiose apenas depois da fecundação da oosfera. folhas.

25. (UFV) Sobre o ciclo de vida das gimnospermas, é incorreto 28. (UFV) Em Angiospermas, a formação dos gametas ocorre na
afirmar que: microsporogênese e megasporogênese, a partir da meiose das
A) os micrósporos são produzidos em cones chamados de células-mãe dos micrósporos e dos megásporos, respectivamente.
microestróbilos. Estes dois processos são análogos na etapa meiótica, inclusive
B) os megaestróbilos apresentam escamas ovulíferas contendo nas proporções de micrósporos e megásporos produzidos.
óvulos em sua axila. Entretanto, após essas gametogêneses, a proporção dos núcleos
C) os micrósporos são formados por mitoses das células-mãe dos que contribuirão efetivamente com as ploidias das células
esporos. resultantes das fecundações é diferente. Assinale a alternativa que
D) o megásporo funcional dá origem, por mitoses, ao gametófito representa a proporção correta de núcleos que participam
feminino. efetivamente nessas fecundações:
A) 2:3. B) 1:2.
26. (UFV) Diferentes estratégias reprodutivas são verificadas C) 2:6. D) 1:4.
durante a evolução das plantas. Um bom exemplo pode ser E) 3:8.
observado nas adaptações que acompanharam o curso da
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29. (UFV) O esquema abaixo representa duas espécies de plantas A ordem correta dos elementos da segunda coluna é:
com diferentes distribuições em relação aos tipos florais. A) IV, I, III, II. B) I, III, II, IV. C) IV, II, I, III.
D) III, I, II, IV. E) II, IV, I, III.

32. (UFC) É correto afirmar que o grão de pólen é:


A) o esporófito das angiospermas.
B) o gametófito masculino das fanerógamas.
C) o esporófito das gimnospermas.
D) o gameta masculino responsável pela dupla fecundação.
E) o gameta masculino responsável pela formação do tubo
polínico.
Assinale a alternativa incorreta:
A) A espécie I é um exemplo de planta monoica. 33. (UFPI) A flor é o órgão de reprodução sexuada, usualmente
B) Plantas da espécie II não podem se autofecundar. com estruturas protetoras e reprodutoras, ainda que um ou mais
C) A variabilidade genética pode ocorrer nas duas espécies. destes verticilos possam faltar. Sua morfologia é bastante variável
D) Na espécie I cada flor pode se autofecundar. entre as plantas, refletindo a especialização no uso de diferentes
E) As duas espécies apresentam flores díclinas. polinizadores. Com relação à presença de flores nas
angiospermas, é correto afirmar:
30. (UNIMONTES) Inflorescência é a parte da planta onde se A) Espécies com flores aclamídeas ou aperiantadas são aquelas
localizam as flores, caracterizada pela forma como estas aí se que apresentam apenas um verticilo de proteção.
dispõem umas em relação às outras. As figuras a seguir ilustram a B) Em espécies monoicas, um mesmo indivíduo apresenta tanto
inflorescência em diferentes plantas. Analise-as. flores estaminadas quanto flores carpeladas.
C) Em espécies dioicas, as flores estaminadas e carpeladas
ocorrem no mesmo indivíduo.
D) Indivíduos que possuem flores homoclamídeas apresentam
sépalas e pétalas distintas; nesse caso, o perianto é denominado
perigônio.
E) Algumas espécies apresentam gineceu apocárpico; nesse caso,
dois ou mais carpelos se fundem para formar um único ovário.

34. (UFPI) O núcleo espermático contribui para a formação do


zigoto e do endosperma triploide. A dupla fecundação é
característica da reprodução de angiospermas. Observando a
figura abaixo, identifique corretamente a sequência dos eventos da
dupla fecundação, conforme os itens indicativos da figura.

Considerando as figuras e o assunto abordado, analise as


alternativas abaixo e assinale a que não representa uma
inflorescência em capítulo.
A) I. B) II. C) III. D) IV.

31. (UEL) Relacione os mecanismos que dificultam a


autofecundação ou que favorecem a fecundação cruzada, em
diversas espécies de plantas (coluna da esquerda), às suas
respectivas definições (coluna da direita).
I. Dicogamia (_) Os estames amadurecem primeiro que os
II. Protandria ovários.
III. Protoginia (_) Barreira física que dificulta o contato do
IV. Hercogamia pólen com o estigma da própria flor.
(_) O amadurecimento de estames e ovários
ocorre em momentos diferentes.
(_) Os pistilos amadurecem primeiro que os
estames.

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A. A célula generativa divide-se mitoticamente, produzindo duas 37. (UFPI) Considere a figura abaixo. Nas angiospermas, o
células espermáticas haploides. embrião resulta da união do núcleo espermático com apenas
B. A sinérgide degrada-se, um núcleo espermático une-se a dois
núcleos polares, formando a primeira célula da geração
endospérmica 3n.
C. O tubo polínico contém duas células haploides, a célula
generativa e a célula vegetativa.
D. O outro núcleo espermático fertiliza a oosfera, formando o
zigoto, a primeira célula da geração esporofítica 2n.
E. As duas células espermáticas penetram no citoplasma de uma
sinérgide.
A sequência correta é:
A) 1.C 2.A 3.E 4.B 5.D. A) I. B) II. C) III.
B) 1.C 2.A 3.B 4.E 5.D. D) I e II. E) II e III.
C) 1.A 2.B 3.C 4.E 5.D.
D) 1.A 2.B 3.C 4.D 5.E. 38. (UESPI) As flores das plantas, além de chamarem atenção
E) 1.B 2.A 3.E 4.D 5.C. devido a sua beleza e colorido, são importantes órgãos
reprodutivos. Considerando este assunto, observe a flor abaixo e
35. (UFPI) A figura ao lado mostra o desenvolvimento de uma aponte a alternativa que ordena corretamente suas estruturas.
mesma flor nos tempos 1 e 2.

Observando a figura, é correto afirmar que:


A) a autopolinização é facilitada devido ao amadurecimento das A) 1. Antera; 2. Pólen; 3. Estigma; 4. Ovário; 5. Pétala; 6. Sépala;
estruturas sexuais ocorrer simultaneamente. 7. Óvulo; 8. Estame.
B) os estames desenvolvem-se antes do estigma. B) 1. Estigma; 2. Pólen; 3. Antera; 4. Óvulo; 5. Pétala; 6. Sépala; 7.
C) a autopolinização é dificultada em função do amadurecimento Ovário; 8. Estame.
temporal diferenciado dos órgãos sexuais. C) 1. Antera; 2. Pólen; 3. Estigma; 4. Óvulo; 5. Sépala; 6. Pétala; 7.
D) a autofecundação é impossibilitada nessa espécie de planta. Ovário; 8. Estame.
E) o tamanho dos estames posiciona as anteras de maneira a D) 1. Estigma; 2. Óvulo; 3. Antera; 4. Ovário; 5. Pétala; 6. Estame;
impedir a polinização. 7. Pólen; 8. Sépala.
E) 1. Antera; 2. Pólen; 3. Estigma; 4. Ovário; 5. Sépala; 6. Pétala;
36. (UFPI) A seguir, são apresentados alguns caracteres 7. Óvulo; 8. Estame.
morfológicos e fisiológicos encontrados nas flores de determinadas
plantas: 39. (UESPI) Com relação às Gimnospermas, analise as afirmações
I. Dicogamia; II. Presença de nectários; III. Pétalas vistosas e com abaixo.
glândulas odoríferas; IV. Estigmas longos e ramificados; V. Auto- 1. São plantas com grande crescimento em espessura; no grupo,
incompatibilidade. estão incluídas as maiores espécies vegetais conhecidas: as
sequoias.
Assinale a alternativa que indica os caracteres morfológicos 2. É um grupo vegetal de grande interesse econômico, como, por
encontrados nas flores de determinadas plantas: exemplo, para a extração de madeira, gomas, resinas e
A) II e III. substâncias antissépticas.
B) II e V. 3. Têm como representantes as coníferas, importantes, quer pelo
C) I e IV. número de espécies, quer pelo desenvolvimento do esporófito; de
D) I e V. muita utilidade para o homem.
E) III e IV. 4. Entre elas, cita-se a espécie Ginkgo biloba, da qual se extrai
uma droga eficaz na profilaxia de problemas circulatórios.

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Curso de Biologia 55

Estão corretas: Sobre os diversos grupos vegetais pertencentes às Traqueófitas


A) 1 e 2 apenas. (plantas vasculares), identifique com
B) 3 e 4 apenas. V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s).
C) 1, 2 e 3 apenas. (_) Licopódios e Cavalinhas apresentam alternância de geração e
D) 2, 3 e 4 apenas. são plantas homósporas.
E) 1, 2, 3 e 4. (_) Cícadas e Gnetófitos fazem parte do grupo de plantas com
flores, sem frutos e com sementes, conhecidas como
40. (UFPB) A araucária ou pinheiro do Paraná (Araucaria Gimnospermas.
angustifolia) é uma espécie comum na mata de transição da região (_) Angiospermas são plantas que, além de apresentarem dupla
sul do Brasil. Ela tem grande importância econômica na região, a fecundação, possuem endosperma triploide.
exemplo do uso de sua madeira para fabricação de papel (extração (_) Angiospermas possuem dois grandes grupos monofiléticos: as
de celulose). Considerando o conhecimento sobre esse grupo dicotiledôneas e as monocotiledôneas.
vegetal, pode-se afirmar: (_) Gimnospermas e Angiospermas apresentam as traqueídes
I. O fruto dessa espécie, o pinhão, é outra fonte de renda como as principais células condutoras do xilema.
importante, pois é muito usado na alimentação local. A sequência correta é:
II. O pinhão é consumido por várias espécies de aves e mamíferos, A) VVVFF.
os quais contribuem para sua dispersão. B) FVFVV.
III. A exploração dessa gimnosperma é um risco para a C) VFVFF.
conservação dessa mata, que é uma fitofisionomia dos Campos D) VFFVV.
Sulinos. E) VFVVF.
IV. Essa espécie apresenta interações ecológicas com animais,
porém sua polinização ocorre pela ação do vento. 42. (UFRN) A perpetuação das espécies depende da capacidade
Estão corretas: de reprodução das mesmas, e isto se dá por diversos processos –
A) apenas I e III. B) apenas II e IV. C) apenas II, III e declara Ribossomildo. Para ilustrar essa declaração, ele coleta
IV. dois exemplares de flores, representados nas figuras abaixo, e
D) apenas I, II e IV. E) I, II, III e IV. mostra que há diferenças entre elas, inclusive em relação às
estruturas envolvidas no processo de polinização.
41. (UFPB) A figura, abaixo, ilustra a evolução das plantas atuais.

Z Y

X
W

I II

Analisando-se as figuras I e II, pode-se afirmar que a flor


A) II deve ser polinizada pelo vento, pois contém pequena
quantidade de pólen no pistilo, o qual está representado pela letra
w.
B) II deve ser polinizada por insetos, pois contém pequena
quantidade de pólen no estigma, o qual está representado pela
letra y.
C) I deve ser polinizada por insetos, pois contém grande
quantidade de pólen no estilete, o qual está representado pela letra
z.
Adaptada de: PURVES, K. W.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H.; HELLER, H. C. Vida: a ciência da D) I deve ser polinizada pelo vento, pois contém grande quantidade
biologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 508.
de pólen na antera, a qual está representada pela letra x.

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43. (UFPE) As angiospermas são plantas nas quais os elementos 1. A dupla fecundação é característica de que grupo de plantas?
relacionados com a reprodução sexuada encontram-se em flores. 2. Quais das estruturas mencionadas no texto correspondem aos
Elas podem ser monocotiledôneas (gramíneas, palmáceas e gametas masculino e feminino, respectivamente?
liliáceas) e dicotiledôneas (leguminosas, cactáceas, palmáceas B) O gameta feminino de uma planta heterozigótica Aa, fecundado
etc). Assinale a alternativa que traz duas angiospermas pelo gameta masculino de uma planta homozigótica aa, produz um
leguminosas e uma gramínea, nessa ordem. zigoto heterozigótico. Qual é o genótipo das células do
A) Dendê, amendoim e babaçu. endosperma?
B) Coco-da-baía, carnaúba e feijão.
C) Feijão, ervilha e cana-de-açúcar. 46. (FUVEST) O desenho mostra as estruturas de uma flor em
D) Carnaúba, palmito e soja. corte longitudinal.
E) Babaçu, dendê e amendoim.

44. (UFMG) Observe estas figuras, em que estão ilustrados alguns


tipos de polinização de plantas com flores:

A) Identifique com a letra "A" a seta que aponta a estrutura da qual


um inseto retira pólen.
B) Identifique com a letra "B" a seta que aponta a estrutura na qual
o grão de pólen inicia o desenvolvimento do tubo polínico.
C) Identifique com a letra "C" a seta que aponta a estrutura que irá
se desenvolver dando origem ao fruto.
D) Identifique com a letra "D" a seta que aponta a estrutura em que
ocorre a união de gametas masculino e feminino e que dará origem
à semente.

47. (UNICAMP) A polinização geralmente ocorre entre flores da


mesma planta diferentes da mesma espécie, caracterizando a
polinização ou fecundação cruzada. Como a maioria das flores é
hermafrodita (monóclina), a mecanismos que evitam a
autopolinização (autofecundação).
A) Explique um dos mecanismos que dificultam ou evitam a
FONTE: RAVEN, P. N., et al. Biologia Vegetal. 6. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. autopolinização.
p. 510-519.
B) Qual a importância dos mecanismos que evitam a
Com base nas informações dessas figuras e em outros
autopolinização?
conhecimentos sobre o assunto, é incorreto afirmar que, para a
ação dos agentes polinizadores, é importante
48. (UNICAMP) O texto abaixo se refere ao ciclo de vida de uma
A) em IV, o tamanho das anteras.
planta vascular:
B) em II, a coloração das pétalas.
C) em I, a quantidade de grão de pólen. Os esporos germinam para produzir a fase gametofítica. Os
D) em III, a produção de néctar. micrósporos se tornam grãos polínicos e, depois do transporte para
a micrópila do óvulo, o microgametófito continua o seu
Questões discursivas desenvolvimento na forma de um tubo, crescendo através do
nucelo. Um megásporo produz um gametófito envolvido pela
45. (FUVEST) Na dupla fecundação que ocorre em certas plantas, parede do nucelo e por tegumento. Os gametófitos produzem
um dos núcleos espermáticos do tubo polínico funde-se à oosfera gametas: duas células espermáticas em cada tubo polínico e uma
e origina o zigoto diploide. O outro núcleo espermático funde-se oosfera em cada arquegônio.
aos dois núcleos polares do óvulo e origina uma célula triploide A) A que grupo de plantas se refere o texto?
que, por mitoses sucessivas, produz o endosperma. B) Que estrutura mencionada no texto permitiu essa conclusão?
A) C) Quais são os outros grupos de plantas vasculares?

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Curso de Biologia 57

49. (UNICAMP) Uma das tendências evolutivas no reino vegetal foi sacos de pinhões. Um dos vendedores ensinou-lhe como prepará-
a redução progressiva da fase haploide, o gametófito. los:
A) A que corresponde, nas angiospermas, o gametófito masculino? - Os frutos devem ser comidos cozidos. Cozinhe os frutos em água
E o feminino? e sal e retire a casca, que é amarga e mancha a roupa.
B) Indique, através dos números, onde estão localizadas essas O turista percebeu que embora os pinheiros estivessem frutificando
estruturas, no esquema de flor apresentado a seguir. (eram muitos os ambulantes vendendo seus frutos), não havia
C) Dê o nome do gameta feminino. árvores com flores. Perguntou ao vendedor como era a flor do
pinheiro, a cor de suas pétalas, etc. Obteve por resposta:
- Não sei, não, senhor!
A) O que o turista comprou são frutos do pinheiro-do-paraná?
Justifique.
B) Por que o vendedor disse não saber como são as flores do
pinheiro?

54. (UNESP) Em visita a um Jardim Botânico, um grupo de


estudantes listou os seguintes nomes de plantas observadas:
Ipê-amarelo-da-serra, Seringueira, Ciprestes, Jaboticabeira,
Orquídea, Hepáticas, Coco-da-baía, Avenca, Palmeira-dos-brejos
ou Buriti e Sequoias.
Dentre as plantas observadas no Jardim Botânico,
A) indique aquelas que pertencem ao grupo das gimnospermas.
Cite uma característica reprodutiva particular desse grupo.
B) cite um exemplo de planta do grupo das pteridófitas. Mencione
50. (UNICAMP) Um estudante de Biologia, desejando obter uma aquisição evolutiva desse grupo em relação às briófitas.
gametófitos para demonstração em uma Feira de Ciências, seguiu
três procedimentos distintos: 55. (UNESP) Observando a inflorescência feminina do milho
(espiga), a que corresponde o que comumente se chama "cabelo-
1. Coletou soros de folhas de uma samambaia, esmagou-os e
de-milho"? O que acontecerá se cortarmos o cabelo-de-milho"
deixou o xaxim constantemente umedecido por vários dias;
antes que ocorra a polinização? Justifique a sua resposta.
2. Colocou grãos de pólen em solução açucarada e esperou
algumas horas até germinarem;
56. (UNIFESP) Ao comermos um pinhão e uma castanha-do-pará,
3. Colocou sementes de feijão em algodão embebido em água,
ingerimos o tecido de reserva do embrião de uma gimnosperma
tendo o cuidado de manter a preparação em lugar bem iluminado.
(araucária) e de uma angiosperma (castanheira), respectivamente.
A) O que são gametófitos? Pinhão e castanha-do-pará são sementes.
B) É possível obtê-los nas 3 condições descritas? Justifique. A) O órgão que deu origem ao pinhão e à castanha-do-pará, na
araucária e na castanheira, é o mesmo? Justifique.
51. (UNICAMP) O termo óvulo é usado tanto em Zoologia como B) A origem dos tecidos de reserva do embrião do pinhão e da
em Botânica, porém com sentidos diferentes. Compare o óvulo de castanha-do-pará é a mesma? Justifique.
um vertebrado com o de uma angiosperma quanto à organização,
ploidia e desenvolvimento. 57. (UFV) Observe a figura abaixo, na qual estão representados
alguns aspectos de Zea mays. Após observação, cite:
52. (UNESP) Uma das preocupações dos ambientalistas com as
plantas transgênicas é a possibilidade de que os grãos de pólen
dessas plantas venham a fertilizar plantas normais e, com isso,
“contaminá-las”. Em maio de 2007, pesquisadores da Universidade
de Nebraska, EUA, anunciaram um novo tipo de planta
geneticamente modificada, resistente a um herbicida chamado
Dicamba. Um dos méritos do trabalho foi ter conseguido inserir o
gene da resistência no cloroplasto das plantas modificadas. Essa
nova forma de obtenção de plantas transgênicas poderia
tranquilizar os ambientalistas quanto a possibilidade de os grãos A) o número da inflorescência feminina e o do local da
de pólen dessas plantas virem a fertilizar plantas normais? microsporogênese:
Justifique. B) o nome do padrão da nervura foliar e o dos feixes vasculares:
C) a classe dessa planta, considerando as características do item
53. (UNESP) Um turista chega a Curitiba (PR). Já na estrada, ficou b:
encantado com a imponência dos pinheiros-do-paraná (Araucaria
angustifolia). À beira da estrada, inúmeros ambulantes vendiam
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58 Curso de Biologia
58. (UFRJ) As células da raiz de um pé de milho possuem 20
cromossomos. Levando em conta o ciclo reprodutivo desse
AULA 5 – Frutos
vegetal, quantos cromossomos você espera encontrar nas células
do albume (endosperma) e do embrião de um grão de milho? Os frutos são estruturas auxiliares no ciclo reprodutivo das
Justifique sua resposta. angiospermas: protegem as sementes e auxiliam em sua
disseminação. Eles correspondem ao ovário desenvolvido, o que
59. (UFF) Nas angiospermas as flores são estruturas que geralmente ocorre após a fecundação.
participam da reprodução sexuada. O desenho abaixo mostra 4 Algumas plantas, entretanto, formam frutos estimuladas por
plantas da classe Angyospermae. certos fatores, como hormônios vegetais tais quais auxinas e
giberelinas, sem que ocorra a fecundação. Fala-se, neste caso,
em partenocarpia (desenvolvimento do ovário sem fecundação).
Em função disso, os frutos partenocárpicos não possuem
sementes, pois estas são óvulos fecundados e desenvolvidos. A
banana é um exemplo de fruto que normalmente se desenvolve
por partenocarpia.
No fruto, a parede desenvolvida do ovário passa a ser
denominada pericarpo.
O pericarpo é formado por:
- epicarpo: mais externo, correspondendo à casca do fruto, sendo
proveniente de uma modificação da epiderme externa do ovário;
- mesocarpo: médio, sendo em geral a região mais desenvolvida e
A) Que planta(s) possui/possuem flores monóclinas e quais que acumula substâncias de reserva, sendo proveniente de uma
possuem flores díclinas? Justifique. modificação do tecido (mesófilo) localizado entre a epiderme
B) Em alguns casos as plantas dioicas apresentam nectários e externa e a interna do ovário;
glândulas odoríferas. Estas estruturas estão geralmente menos - endocarpo: mais interno, envolvendo a semente e sendo
desenvolvidas em plantas, que apresentam polinização por: proveniente de uma modificação da epiderme interna do ovário.
anemofilia, entomofilia, ornitofilia ou quiropterofilia? Justifique. O pericarpo envolve a semente.
C) Se uma planta (A) apresentasse folha peciolada ou séssil e se
outra (B) tivesse folha invaginante, como seriam classificadas em
relação à presença dos cotilédones?

60. (UFRRJ) Uma determinada espécie vegetal possui flores


monoicas com polinização anemófila. Nessa espécie há duas
variedades (A e B) com diferentes tamanhos de androceus,
representados nos esquemas abaixo.

Esquema da origem das diferentes estruturas das sementes e dos


frutos das angiospermas.

Tipos de frutos quanto à origem carpelar


- Fruto simples: Origina-se de uma flor com um único ovário. Ex.:
A B tomate, pêssego e berinjela.
Sabendo que nessa espécie o androceu torna-se fértil na mesma - Fruto agregado ou composto: Origina-se de uma flor com
época em que o gineceu, cite qual das duas variedades (A ou B) vários ovários. Ex.: framboesa e morango
possui maior chance de aumentar sua variabilidade genética? - Fruto múltiplo: Compõe-se de vários ovários de diversas flores
Justifique sua resposta. de uma inflorescência. Ex.: jaca e abacaxi.

Tipos de frutos quanto à natureza do pericarpo


- Fruto carnoso: Dotado de pericarpo suculento. Dentre os frutos
carnosos, existem dois tipos:
A) Baga: Dotado de sementes livres, facilmente separáveis do
fruto.
Ex.: uva, tomate, laranja, mamão, abacate, melancia.

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B) Drupa: Apresentando tegumento da semente fundido ao


endocarpo do fruto, sendo a semente bastante aderida ao fruto.
Ex.: ameixa, azeitona, pêssego.
- Fruto seco: Dotado de pericarpo seco. Os frutos secos podem
ser:
A) Deiscente: Abre-se espontaneamente quando maduro,
liberando as sementes. Podem ser:
A.1) Síliqua: Dotado de duas fendas, deixando as sementes
presas no septo mediano. Ex.: couve e ipê verde.
A.2) Cápsula: Dotado de vários carpelos, com diversas maneiras
de abertura. Ex.: algodão, papoula, castanha-do-pará, sapucaia.
A.3) Folículo: Dotado de um único carpelo, abrindo-se por uma
única fenda longitudinal. Ex.: esporinha e chicha.
A.4) Legume ou vagem: Dotado de um único carpelo, abrindo-se
por fendas longitudinais. Ex.: leguminosas (feijão, ervilha, soja,
etc).
B) Indeiscente: Não se abre espontaneamente quando maduro.
Podem ser:
B.1) Aquênio: Dotado de uma só semente ligada à parede do fruto - Pseudofruto composto: É proveniente do desenvolvimento do
por um só ponto. Ex.: girassol. receptáculo de uma única flor, com muitos ovários. Ex.: morango (o
B.2) Cariopse ou grão: Dotado de uma só semente ligada à morango vem do receptáculo; os pontinhos na superfície do
parede do fruto por toda a sua extensão. Ex.: trigo, arroz e milho morango são os verdadeiros frutos, que são secos, do tipo
(no milho, a semente é a parte branca facilmente destacada aquênio).
quando ele está cozido).
B.3) Sâmara: Dotado de expansões aladas. Ex.: tipuana, cabreúva
e centrolóbio.

Pseudofrutos
Os pseudofrutos são estruturas carnosas, contendo
reservas nutritivas de forma semelhante aos frutos. Desenvolvem-
se, no entanto, de outras partes da flor que não o ovário, como
o pedúnculo e o receptáculo. Associado a um pseudofruto
sempre existe o fruto verdadeiro, atrofiado.
Os pseudofrutos podem ser:
- Pseudofruto simples: É proveniente do desenvolvimento do
pedúnculo ou do receptáculo de uma só flor. Ex.: caju (o caju vem
do pedúnculo; a castanha é o verdadeiro fruto), maçã (a maçã vem
do receptáculo; o talo é o verdadeiro fruto).
- Pseudofruto múltiplo ou infrutescência: É proveniente do
desenvolvimento de inflorescência. Ex.: amora, abacaxi, figo. O
abacaxi é um exemplo de pseudofruto que normalmente se
desenvolve por partenocarpia.

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Disseminação das sementes pelo fruto
A semente, após seu desenvolvimento, é disseminada no
meio ambiente através de vários mecanismos. Estes podem
envolver adaptações das próprias sementes ou dos frutos que as
contêm.
A disseminação das sementes no ambiente é importante
para a sobrevivência da espécie, pois diminui a probabilidade de
que caiam muito próximas umas das outras, evitando a competição
entre elas.
Pode ocorrer pelo vento (anemocoria), por animais
(zoocoria) ou pela água (hidrocoria).
As espécies anemócoras apresentam sementes ou frutos
leves, com pelos ou expansões aladas, facilitando o transporte
pelo vento.
Fruto do coco-da-baía (Cocus nucifera).

Casos especiais de reprodução sexuada nas


fanerógamas
Apesar de envolverem variabilidade genética, três outros
processos se aproximam da reprodução assexuada em vegetais,
por não envolverem parceiros reprodutores: autogamia, apogamia
e partenogênese vegetal.
A autogamia é o processo de autofecundação em
vegetais. Como já mencionado, em áreas desérticas ou muito frias,
onde a polinização por animais se tornaria dificultada pela pequena
quantidade insetos e aves.
A apogamia é o raro desenvolvimento de um organismo
Nas espécies zoócoras, os frutos são atraentes, servindo sem fecundação, a partir de células reprodutivas, gerando
de alimento para os animais. Algumas sementes, para organismos haploides (como na partenogênese animal!). Isso
germinarem, necessitam passar pelo trato digestivo de animais, ocorre em algumas espécies de orquídeas.
como ocorre com a planta parasita erva-de-passarinho. Em outras A partenogênese vegetal se caracteriza pela fusão de
espécies zoócoras, os frutos são secos, mas tem formações que duas células sexuais maternas, gerando um embrião e daí uma
os prendem à pele de animais, sendo levados a grandes planta. Também é um fenômeno raro que pode ocorrer em
distâncias. São os carrapichos e picões. orquídeas.

Reprodução assexuada nas fanerógamas


Nas fanerógamas, praticamente todos os órgãos
vegetativos, como as raízes, os caules e as folhas, têm capacidade
de propagação. Falamos em reprodução ou propagação
vegetativa, que pode se dar naturalmente ou pode ser executada
artificialmente pelo homem. É conhecendo bem esses processos
naturais que o homem consegue obter com facilidade um grande
número de novas plantas geneticamente iguais, a partir de um
único exemplar original. Isso explica a uniformidade dos produtos
hortifrutículas obtidos de muitas plantas cultivadas.
A reprodução assexuada pode ocorrer por propagação
vegetativa, através de caules e folhas que têm capacidade de
As espécies hidrócoras possuem frutos ou sementes propagação, dando origem a novos indivíduos.
leves que retêm ar. Dessa forma, podem ser transportados A apomixia é o nascimento direto de um novo indivíduo a
flutuando na água. É o caso do coco-da-baía, fruto com mesocarpo partir de uma ou mais células da planta matriz, sem a intervenção
fibroso que retém ar. de células reprodutoras, como se fosse uma clonagem. Isso pode
ser feito através de caules e folhas.

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Curso de Biologia 61

Uma importante característica dos caules é a presença de e se desenvolvem em novas plantas. Depois de florescer uma só
botões vegetativos ou gemas. Quando as gemas entram em vez durante sua vida, a planta morre.
contato com o solo, podem enraizar e formar uma nova planta. É o
que ocorre, por exemplo, com os caules prostrados, denominados Produção de mudas
estolhos: desenvolvendo-se sobre o solo, em contato com a Os mecanismos descritos ocorrem espontaneamente na
superfície, suas gemas enraízam e formam novas plantas que natureza, mas podem também ser provocados pelo homem,
podem se separar da planta-mãe. principalmente para cultivo econômico de certas plantas.
Os rizomas e os tubérculos, caules subterrâneos, também Através da propagação vegetativa, caracteres vantajosos
podem originar novas plantas, a partir de suas gemas. É o caso do podem ser mantidos inalterados nos indivíduos que se formam.
tubérculo da batatinha, e dos rizomas do bambu e da bananeira. O homem desenvolveu vários mecanismos de propagação
As folhas também podem dar origem a novos indivíduos, vegetativa, sendo os mais importantes a estaquia, a mergulhia, a
como se pode observar em fortuna e em begônia. Na fortuna alporquia e a enxertia.
(Bryophylum), as margens das folhas caídas no solo formam ESTAQUIA: Reprodução através de estacas. Estas são ramos
pequenas plantas que enraízam e se desenvolvem em novos caulinares cortados, contendo gemas. A extremidade cortada da
indivíduos. Folhas de begônias, isoladas e colocadas sobre a terra, estaca deve ser enterrada no solo e a gema apical deve ser
também produzem pequenas plantas a partir dos bordos de cortes cortada para não interferir no desenvolvimento da estaca, ou seja,
efetuados transversalmente nas nervuras. É bem conhecida a na "pega" da muda ou "pega" da estaca.
planta Kalanchoe, que, nas extremidades de suas folhas, MERGULHIA: Nesse processo, mantém-se parte de um ramo da
desenvolve várias plântulas. Caindo da folha, as plântulas crescem planta enterrado, até que forme raízes. Isto ocorrendo, separa-se o
e formam novos vegetais. ramo com as raízes, plantando-o a seguir.
Curioso é o caso da pita ou piteira, uma das espécies de ALPORQUIA: Nesse processo, faz-se pequeno corte em um ramo,
agave (de cujas folhas se extrai a fibra de sisal). Do centro das colocando-se, neste local, terra úmida envolta por saco ou por lata,
folhas dispostas em círculo sai uma enorme inflorescência, cujo presos ao ramo. Deixa-se até enraizar. Isto ocorrendo, separa-se o
eixo ramificado chega a vários metros de altura. Ela tem poucas ramo com as raízes, plantando-o a seguir.
flores, mas centenas de bulbilhos que ao caírem no solo enraízam

ENXERTIA: É o transplante de uma muda, chamada cavaleiro ou enxerto, em outra planta, denominada cavalo ou porta-enxerto, provida de
raízes. O cavalo deve ser de planta da mesma espécie do cavaleiro ou de espécies próximas. Na enxertia, é importante que o cavaleiro tenha
mais de uma gema e que o câmbio (tecido meristemático) do cavalo entre em contato com o câmbio do cavaleiro. Além disso, deve-se retirar as
gemas do cavalo a fim de evitar que a seiva seja conduzida a elas e não para as gemas do cavaleiro. Alguns dos diferentes tipos de enxertia
estão esquematizados ao lado. A enxertia pode ocorrer por garfagem, incrustação ou escudos (borbulhas).

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62 Curso de Biologia

Dentre esses mecanismos, a enxertia é o modo de propagação vegetativa mais utilizado pelo homem. A técnica é vantajosa por vários
motivos, destacando-se dois:
- a muda (cavaleiro) já encontra um cavalo munido de raízes e, com isso, o desenvolvimento é mais rápido;
- pode-se selecionar plantas com raízes resistentes a certas doenças e utilizá-las como cavalo. Com isso, a reprodução vegetativa de espécies
sensíveis a essas doenças torna-se mais eficiente.
A produção de mudas por cultura de tecidos será analisada detalhadamente junto ao estudo dos fitormônios.

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Curso de Biologia 63

Exercícios 5. (FCM-CG) O fruto de um vegetal é o resultado do ovário


hipertrofiado, após a fecundação. A parte comestível do fruto
geralmente é chamada de mesocarpo, não sendo a única a servir
Questões estilo múltipla escolha como alimento. Nos pseudofrutos as partes comestíveis originam-
se de outras partes da flor. Dos falsos frutos abaixo listados,
1. (UNIFOR) A figura abaixo esquematiza o interior de um grão de assinale qual deles não tem a parte comestível corretamente
milho. mencionada.
A) No figo, come-se a parte que é originada a partir do receptáculo
e de outras peças florais reunidas em inflorescências.
B) Na pera, a parte comestível é a parte central, originada do
receptáculo floral.
C) Na maçã, a parte comestível é a parte central, originada do
receptáculo floral.
D) No morango, a parte comestível desenvolve-se do receptáculo
de flor com diversos ovários.
E) No caju, a parte comestível e suculenta desenvolve-se da
corola.
I, II e III correspondem, respectivamente, a
A) embrião, endosperma e cotilédone. 6. (FUVEST) No morango, os frutos verdadeiros são as estruturas
B) cotilédone, endosperma e embrião. escuras e rígidas que se encontram sobre a parte vermelha e
C) cotilédone, embrião e endosperma. suculenta. Cada uma dessas estruturas resulta, diretamente,
D) endosperma, embrião e cotilédone. A) da fecundação do óvulo pelo núcleo espermático do grão de
E) endosperma, cotilédone e embrião. pólen.
B) do desenvolvimento do ovário, que contém a semente com o
2. (UNIFOR) O esquema abaixo é de um coco-da-baía cortado embrião.
longitudinalmente: C) da fecundação de várias flores de uma mesma inflorescência.
D) da dupla fecundação, que é exclusiva das angiospermas.
E) do desenvolvimento do endosperma que nutrirá o embrião.

7. (UNESP) As figuras apresentam diferentes mecanismos que um


agricultor pode empregar para promover a propagação vegetativa
de algumas espécies vegetais.

O endosperma, o embrião e o mesocarpo estão indicados,


respectivamente, por:
A) I, II, e III. B) I, III e II. C) II, I e III. D) II, III e I. E) III, II e
I.

3. (UNIFOR) Considere os pares abaixo:


I. frutos de carrapicho e picão. II. sementes de paina e de algodão.
Esses dois pares são disseminados, respectivamente, por
A) animais e água.
B) vento e água.
C) água e animais.
D) animais e vento.
E) vento e animais.

4. (UECE) Indique a alternativa que contenha somente exemplos Sônia Lopes e Sérgio Rosso. Bio. Adaptado.
de frutos carnosos:
A) feijão e algodão. B) milho e feijão.
C) uva e tomate. D) tomate e feijão.

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64 Curso de Biologia
Sobre esses quatro métodos de propagação vegetativa, pode-se
afirmar corretamente que:
A) apenas um deles permite que uma mesma planta produza frutos
de duas espécies diferentes.
B) na estaquia, a gema apical da estaca deve ser mantida, sem o
que não haverá o desenvolvimento das gemas laterais.
C) na mergulhia, a nova planta produzirá apenas a parte
vegetativa, e não desenvolverá frutos ou sementes.
D) na alporquia, a nova planta será um clone da planta que lhe deu
origem, exceto pelo fato de não poder desenvolver a reprodução
sexuada.
E) na enxertia, é importante que o tecido meristemático do enxerto
não entre em contato com o tecido meristemático do porta-enxerto,
sob o risco de não se desenvolver. Considerando a origem da espiga e do amido, é correto afirmar
que cada grão de milho:
8. (UNESP) Durante a aula, a professora apresentou aos alunos A) é um fruto e o amido ali presente teve sua origem em
uma receita de bolo, e pediu-lhes que trouxessem os ingredientes precursores formados a partir da fecundação da oosfera e dos
para a aula seguinte, mas que seguissem à risca suas instruções. estames.
Se todos acertassem a tarefa, o bolo seria assado no refeitório da B) é uma semente e o amido ali presente teve sua origem em
escola. precursores formados a partir da dupla fecundação e do ovário.
BOLO DE FRUTAS SECAS E PINHÕES C) é um fruto e o amido ali presente teve sua origem em
1 kg de farinha de trigo. precursores que procedem do ovário e de qualquer outro órgão da
100g de fermento biológico. planta.
200g de manteiga. D) é uma semente e o amido ali presente teve sua origem em
200g de açúcar. precursores que procedem do fruto e das folhas.
15g de mel. E) é uma semente e o amido ali presente teve sua origem em
8 gemas. precursores que procedem do único cotilédone que o embrião
10g de sal. possui.
200g de frutas cristalizadas.
200g de uvas-passas. 10. (UNIFESP) As bananeiras, em geral, são polinizadas por
200g de castanhas-de-caju. morcegos. Entretanto, as bananas que comemos são produzidas
200g de pinhões cozidos. por partenocarpia, que consiste na formação de frutos sem que
3 copos de leite. antes tenha havido a fecundação. Isso significa que:
1 pitada de canela em pó. A) essas bananas não são derivadas de um ovário desenvolvido.
B) se as flores fossem fecundadas, comeríamos bananas com
A Maria, pediu que trouxesse ingredientes de origem mineral, e ela
sementes.
trouxe o sal e a canela. A João, pediu que trouxesse produtos
C) bananeiras partenocárpicas não produzem flores, apenas frutos.
produzidos por gimnospermas e angiospermas, e ele trouxe a
D) podemos identificar as bananas como exemplos de pseudofruto.
farinha de trigo, as frutas cristalizadas e as uvas-passas. A Pedro,
E) mesmo sem polinizadores, ocorre a polinização das flores de
pediu que trouxesse dois produtos de origem animal, e ele trouxe
bananeira.
os ovos e o fermento biológico. A Mariana, pediu que trouxesse
produtos derivados de outras partes do vegetal, que não o fruto, e
11. (UFJF) Fruto é um órgão exclusivo de Angiospermas. É
ela trouxe o açúcar, as castanhas-de-caju e os pinhões. A Felipe,
resultante do ovário desenvolvido após a fecundação, ou de
pediu que trouxesse produtos naturais e livres de colesterol, e ele
diversos ovários, ou, ainda, de outras partes da flor. Sobre frutos,
trouxe o mel, o leite e a manteiga. Pode-se dizer que
são feitas as seguintes afirmativas:
A) todos os alunos trouxeram o que a professora pediu, e o bolo
pôde ser assado conforme o combinado. I. Frutos partenocárpicos são aqueles nos quais apenas o pedicelo
B) somente as meninas trouxeram o que a professora pediu. da flor é a parte comestível.
C) somente os meninos trouxeram o que a professora pediu. II. Frutos têm como principais funções proteger e disseminar as
D) somente Mariana e Felipe trouxeram o que a professora pediu. sementes, contribuindo para a dispersão das espécies vegetais.
E) todos os alunos erraram a tarefa, pois nenhum deles trouxe o III. Frutos são constituídos por apenas duas partes: pericarpo e
que a professora pediu. semente.
IV. Frutos carnosos têm apenas seu mesocarpo comestível.
9. (UNIFESP) A figura mostra uma espiga de milho em que cada
grão é um ovário desenvolvido e contém grande quantidade de São corretas:
amido, um polímero que é formado a partir de precursores A) I e II. B) I e III.
produzidos pela planta. C) I e IV. D) II e III.
E) III e IV.
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12. (UFJF) Ao prescrever uma dieta para seu paciente, um II. Pertence ao grupo das angiospermas, por apresentar flores e
nutricionista recomendou a ingestão de legumes de baixa caloria frutos, sendo que o fruto abriga e protege a semente.
como a abobrinha, o pepino e a berinjela. De acordo com a III. As flores apresentam verticilos florais, gineceu, androceu e
terminologia botânica, no entanto, tais alimentos não podem ser corola.
considerados legumes porque o termo legume designa frutos: IV. É planta leguminosa, por produzir fruto legume, que se abre
A) secos e deiscentes, e os alimentos citados correspondem a quando maduro, com um número variável de sementes.
cápsulas, que são frutos carnosos e indeiscentes.
B) carnosos e deiscentes, e os alimentos citados correspondem a Assinale a alternativa correta.
drupas, que são frutos secos e indeiscentes. A) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) secos e deiscentes, e os alimentos citados são pseudofrutos B) Somente as afirmativas II e III são corretas.
(não são frutos verdadeiros). C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) secos e deiscentes, e os alimentos citados correspondem a D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
bagas, que são frutos carnosos e indeiscentes. E) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
E) partenocárpicos (frutos que se desenvolvem sem a produção de
sementes). 14. (UFRGS) Diversos órgãos vegetais fazem parte de nossa
alimentação. Em termos biológicos, a abóbora, o tomate e o
13. (UEL) Leia o texto, analise a figura e responda à questão: pimentão constituem
O louro ou loureiro, importante condimento pertencente ao gênero A) frutos verdadeiros.
Laurus, é originário do Mediterrâneo oriental. Ramos desta planta B) pseudofrutos.
eram usados na Grécia antiga para confeccionar as famosas C) legumes.
coroas com que eram agraciados os atletas ou outros heróis D) infrutescências.
nacionais que se distinguiam excepcionalmente, costume E) frutos partenocárpicos.
estendido mais tarde à Roma dos Césares. Derivado do nome do
gênero (Laurus) e de seu uso, originou-se o termo vernáculo 15. (UFPI) Um fruto é um ovário maduro, podendo ou não incluir
laureado. outras partes florais. Os frutos podem ser classificados em simples,
Adaptado: JOLY, A. B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 10. ed. São Paulo: Editora agregados ou múltiplos. Apesar de comumente apresentarem
Nacional, 1991. p. 290.
sementes, alguns deles podem desenvolver-se sem a formação da
De acordo com as informações sobre o louro contidas na prancha
semente, sendo conhecidos como frutos partenocárpicos. Em
(Fig. 7) e os conhecimentos sobre morfologia vegetal, considere as
certas espécies, os frutos desenvolvem partes que não se originam
afirmativas a seguir.
do ovário, constituindo os pseudofrutos. A alternativa abaixo que
contém 2 (dois) exemplos de frutos simples e 2 (dois)
pseudofrutos, respectivamente, é:
A) maçã, manga; goiaba, milho.
B) mamão, uva; morango, ameixa.
C) maçã, caju; maracujá, tomate.
D) azeitona, tomate; pera, morango.
E) caju, limão; laranja, abacaxi.

16. (UFRN) Como resultado da fecundação em fanerógamas,


pode-se afirmar que
A) o albúmen é formado a partir da união do primeiro núcleo
espermático com as sinérgides, as células polares e as antípodas.
B) a semente é formada pelo endosperma e pela plântula,
originários da fusão do segundo núcleo espermático e da oosfera.
C) o pericarpo se desenvolve a partir da parede do ovário, a qual é
estimulada por um hormônio produzido pela semente.
D) o embrião se desenvolve a partir da formação de um zigoto
diploide, derivado da fusão do tubo polínico com o óvulo.

17. (UFRN) O coco-da-baía, cultivado na costa brasileira, desde o


Rio de Janeiro até a região Norte.
A) possui mesocarpo formado por uma espessa camada fibrosa
Nome: Laurus nobilis; Família: Lauraceae; Livro original: Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé Flora que permite o fruto boiar, facilitando sua disseminação pela água.
von Deutschland, Österreich und der Schweiz, 1885.
B) apresenta folhas penadas, com bainhas grandes e nervuras
I. É planta dioica, por apresentar órgãos reprodutores masculino e reticuladas.
feminino situados em diferentes indivíduos. C) produz fruto do tipo baga, com endocarpo pétreo, que protege a
única semente.
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D) é uma dicotiledônea com estipe alto, ramificado e com folhas no B) De que estrutura da flor se origina a porção carnosa de um fruto
ápice. verdadeiro?
E) possui endosperma comestível, de coloração verde e pobre em C) A maçã, apesar de carnosa, não é fruto verdadeiro. Explique de
gordura. que estrutura ela se origina.

18. (UFPE) Um fruto verdadeiro é originado do desenvolvimento de 22. (UNESP)


um ovário, enquanto um pseudofruto tem origem a partir do Bom seria se todas as frutas fossem como a banana: fácil de
desenvolvimento de outras partes da flor e não do ovário. Assinale descascar e livre do inconveniente dos caroços. Para darem uma
a alternativa que indica apenas frutos verdadeiros. forcinha à natureza, pesquisadores desenvolveram versões sem
A) Abacaxi, ameixa e pêssego. B) Morango, uva e tomate. sementes em laboratório [...]. Para criar frutos sem sementes a
C) Caju, laranja e mamão. D) Maçã, trigo e milho. partir de versões com caroços, como acontece com a melancia, é
E) Melancia, mamão e feijão. preciso cruzar plantas com números diferentes de cromossomos,
até que se obtenha uma fruta em que as sementinhas não se
19. (UFF) Técnicas antigas e modernas de manipulação vegetal desenvolvam.
têm sido utilizadas pelo homem e têm contribuído para aumentar a Veja, 25.01.2012.
rentabilidade econômica das plantas obtidas. Seguem-se exemplos
de algumas destas técnicas:
I. Transferem-se genes entre plantas de espécies distintas para
torná-las, economicamente, mais vantajosas.
II. Insere-se um pedaço de caule com mais de uma gema no caule
de uma outra planta com raiz para a obtenção de plantas mais
resistentes a certas doenças. Melancia sem sementes
III. Enterra-se, no solo, parte do ramo de uma planta até que se Suponha que, no caso exemplificado, a melancia sem sementes
forme raiz nesta região. Em seguida, o ramo com raiz é cortado e tenha sido obtida a partir do cruzamento entre uma planta diploide
plantado em outro local. com 22 cromossomos e uma planta tetraploide com 44
IV. Cortam-se e enterram-se ramos caulinares no solo para que se cromossomos. Quantos cromossomos terão as células somáticas
reproduzam. da nova planta? Considerando que as sementes são o resultado
da reprodução sexuada, explique por que os frutos dessa planta
As técnicas descritas, resumidamente, nos itens I, II, III e IV não as possuem.
denominam-se, respectivamente:
A) enxertia / transgênese / estaquia / mergulhia. 23. (UNESP) Considere as afirmações relativas à enxertia nos
B) clonagem / mergulhia / enxertia / estaquia. vegetais.
C) clonagem / transgênese / estaquia / mergulhia. I. Constituiu um processo de reprodução assexuada.
D) transgênese / enxertia / mergulhia / estaquia. II. Permite a reprodução de variedades de plantas pouco
E) transgênese / estaquia / enxertia / mergulhia. resistentes, principalmente, ao ataque de parasitas.
III. Contribui para a variabilidade genética.
Questões discursivas
A) Quais afirmações são verdadeiras?
B) Justifique sua resposta.
20. (FUVEST) O coqueiro (Cocos nucifera) é uma
monocotiledônea de grande porte. Suas flores, depois de
24. (UNIFESP) A banana que utilizamos na alimentação tem
polinizadas, originam o chamado coco-verde ou coco-da-baía. A
origem por partenocarpia, fenômeno em que os frutos são
água de coco é o endosperma, cujos núcleos triploides estão livres
formados sem que tenha ocorrido fecundação. Existem, porém,
no meio líquido.
bananas selvagens que se originam por fecundação cruzada.
A) O coco-da-baía é um fruto ou uma semente? Copie a frase do
A) Uma pessoa perceberia alguma diferença ao comer uma
texto acima que justifica sua resposta.
banana partenocárpica e uma banana originada por fecundação
B) O endosperma triploide é uma novidade evolutiva das
cruzada? Justifique.
angiospermas. Que vantagem essa triploidia tem em relação à
B) Qual dos dois tipos de bananeira teria maior sucesso na
diploidia do tecido de reserva das demais plantas?
colonização de um novo ambiente? Justifique.
21. (UNICAMP) Frutos carnosos imaturos são na maioria verdes e
25. (UFJF) A invasão biológica é considerada a segunda maior
duros. Durante o amadurecimento, ocorre a decomposição da
ameaça à biodiversidade do planeta, perdendo apenas para a
clorofila e a síntese de outros pigmentos, resultando em uma
destruição e fragmentação de habitats naturais. A invasão
coloração amarelada ou avermelhada. Com o amadurecimento
biológica ocorre quando uma espécie exótica é introduzida em um
também ocorre o amolecimento devido à degradação de
novo ambiente, fora dos seus padrões naturais de distribuição,
componentes da parede celular e aumento nos níveis de açúcares.
formando uma população capaz de manter os processos vitais de
A) Qual a vantagem adaptativa das modificações que ocorrem
crescimento, reprodução e perpetuação. Na Mata Atlântica,
durante o amadurecimento dos frutos carnosos?
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existem muitas espécies de árvores introduzidas, mas poucas 27. (UEL) Analise a figura a seguir.
ainda são consideradas invasoras, devido a uma etapa
fundamental para o sucesso na invasão: a capacidade de
dispersão das sementes no ambiente. No quadro, a seguir, são
apresentadas as características das sementes e o tipo de
dispersão de três espécies de árvores introduzidas na Mata
Atlântica brasileira:
NOME PINHEIRO- ABACATEIRO GOIABEIRA
VULGAR AMERICANO
Espécie Pinus elliottii Persea Psidium
As angiospermas representam a maior parte das plantas atuais do
Engelm. americana Mill. guajava L.
mundo visível: árvores, arbustos, cactos, gramados, jardins,
Divisão Coniferophyta Magnoliophyta Magnoliophyta
plantações de trigo e de milho, flores do campo, frutas e verduras
Origem América do América América na mercearia, as cores na vitrine de uma floricultura e plantas
Norte Central Central aquáticas, como lentilhas-d’água. Em praticamente qualquer lugar
Tamanho 5–7 30 – 50 3–5 em que você esteja, as angiospermas também estarão.
das A) Nesse contexto, cite 2 (duas) características exclusivas desse
sementes grupo que contribuíram para essa grande diversidade.
(mm) B) A figura acima mostra um pêssego cortado ao meio, o qual
Número de 100 – 500 01 100 – 500 representa o fruto das angiospermas. O que são as estruturas
sementes marcadas por I e II, e que elementos florais, respectivamente, lhes
por fruto dão origem?
Tipo de Anemocórica Zoocórica Zoocórica
dispersão 28. (UFC) O feijão e o milho são cultivados por civilizações
das humanas desde uma época muito remota e fazem parte da dieta
sementes alimentar de milhões de brasileiros. A figura A representa uma
vagem e uma semente de feijão em corte transversal. A figura B
Com base nas características acima citadas, responda: representa uma espiga de milho e um grão de milho, também em
A) Qual dessas espécies tem o fruto do tipo drupa? Justifique. corte transversal.
B) Qual(is) dessas espécies possui(em) semente(s) com tecido de
reserva haploide? Justifique.
C) Com base no número e tamanho da semente e tipo de
dispersão, qual dessas espécies tende a ter menor sucesso no
processo de invasão biológica? Justifique.

26. (UFJF) As flores são estruturas de grande importância para o


sucesso das angiospermas no ambiente terrestre. Observe a figura
a seguir que apresenta padrões florais encontrados em diferentes
espécies vegetais:

Considerando os esquemas da morfologia destes dois vegetais:


A) Diferencie a estrutura 1 do grão de milho da estrutura 1 do
feijão.
B) A estrutura 3 do grão de milho e a do feijão possuem a mesma
função biológica? Justifique.
A) Considerando a figura, identifique o padrão ou padrões florais C) Quanto à ploidia, como as células da estrutura 2 do grão de
(A, B, C e/ou D) onde é impossível a ocorrência de milho e da estrutura 2 do feijão são caracterizadas?
autopolinização. Justifique a(s) sua(s) escolha(s).
B) Considerando os padrões florais apresentados, identifique o 29. (UFC) A dicogamia, condição na qual estames e carpelos de
padrão ou padrões florais (A, B, C e/ou D) onde não seria possível uma flor hermafrodita (monóclina) amadurecem em períodos
a formação de frutos. Justifique a sua resposta. distintos, e a partenocarpia, formação de frutos sem sementes, são
C) No que consiste um fruto partenocárpico? fenômenos que ocorrem nas angiospermas. Pergunta-se:
D) Quais são os dois hormônios vegetais que, aplicados às flores A) Qual a consequência direta da dicogamia na reprodução
de algumas espécies, podem estimular a formação de frutos sexuada das plantas e por que essa característica favorece a
partenocárpicos?

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adaptação ambiental e a sobrevivência da população vegetal que a
apresenta?
AULA 6
B) Como as plantas que só formam frutos partenocárpicos se Desenvolvimento e germinação
reproduzem naturalmente?
C) Como é possível a produção de artificial de frutos O conjunto de processos e eventos que levam um
partenocárpicos, uma prática importante na fruticultura? organismo multicelular a atingir o tamanho e a forma típicos da
espécie constitui o desenvolvimento. Na maioria das plantas
30. (UFRJ) A barraca de frutas de um feirante oferece, hoje, alguns vasculares, que são cormófitas, o desenvolvimento origina um
produtos apetitosos: abacaxis (Ananas comosus, família das organismo constituído por três partes básicas: raiz, folhas e caule.
Bromeliáceas: Angiospermas), laranjas (Citrus sinensis, família das A raiz geralmente cresce sob o solo e suas principais funções são
Rutáceas: Angiospermas), uvas (Vitis vinifera, família das Vitáceas: a fixação da planta e a absorção de água e sais minerais. As folhas
Angiospermas) e pinhões (Araucaria angustifolia, da família das são órgãos especializados em fotossíntese, processo pelo qual as
Araucariáceas: Gimnospermas). Do ponto de vista botânico, dois plantas produzem substâncias orgânicas que lhes servem de
desses produtos não podem ser considerados frutos. Identifique alimento. O caule sustenta as folhas, conduzindo até elas a água e
esses produtos. Justifique sua resposta. os sais absorvidos pelas raízes, e levando para outros órgãos as
substâncias orgânicas produzidas nas folhas. O caule da maioria
das plantas eleva as folhas, propiciando maior exposição à luz,
especialmente nos locais onde a vegetação é mais densa.

Morfogênese e diferenciação celular


A organização básica do corpo de uma planta é
estabelecida durante a formação da semente. Imediatamente após
a fecundação, o zigoto passa a se dividir por mitoses sucessivas e
cresce, alimentando-se das reservas nutritivas acumuladas nos
tecidos do óvulo, agora semente. Nessa fase, as células
embrionárias têm forma poliédrica, parede celular fina e flexível
(parede celular primária), citoplasma denso com pequenos
vacúolos e núcleo volumoso. Células com essas características
são chamadas de células meristemáticas (do grego merizein,
divisão) devido a sua grande capacidade de se dividir por mitose e
originar novas células. As células meristemáticas nessa fase
constituem o meristema primordial, tecido indiferenciado que
compõe a estrutura do embrião. Meristemas como esse
permanecerão por toda a vida da planta em algumas regiões da
planta promovendo crescimento por divisão celular.
As primeiras divisões celulares do desenvolvimento
embrionário formam um bastão de células. Na extremidade voltada
para a micrópila do óvulo, as células dividem-se transversalmente,
originando um cordão celular, o suspensor, que tem uma grande
célula na base. Na extremidade oposta, forma-se um bloco celular
a partir do qual se formará a planta. Nesse bloco diferenciam-se os
cotilédones e os meristemas apicais, assim chamados porque
ficarão localizados nas extremidades da raiz e do caule,
promovendo o crescimento desses órgãos. Em muitas espécies, a
principal função do suspensor parece ser a de empurrar o embrião
para o interior dos tecidos nutritivos que preenchem o gametófito
feminino.
A contínua produção de novas células pelos meristemas
apicais faz com que o embrião se alongue. Com isso, as células
mais velhas se afastam progressivamente das extremidades do
caule e da raiz em formação. À medida que se distanciam das
extremidades do embrião, as células vão se especializando para a
realização de funções definidas, processo conhecido como
diferenciação celular. Os primeiros tecidos a se diferenciarem são
os meristemas, isto é, tecidos dotados de células com grande
capacidade de multiplicação. São eles a protoderme, que dá

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Curso de Biologia 69

origem aos revestimentos da planta, o meristema fundamental, convertem os lipídios em carboidratos para que sejam usados
que dão origem aos tecidos de preenchimento e nutrição, e o como fonte de energia.
procâmbio, que dá origem aos tecidos vasculares. Com a embebição, a casca da semente rompe-se e permite
À medida que o desenvolvimento progride e a diferenciação a entrada de gás oxigênio, necessário à respiração das células
dos tecidos primários prossegue, ocorre a morfogênese, processo embrionárias. Até a casca romper-se, as células obtêm energia
em que se define a forma da planta, com o desenvolvimento dos principalmente da fermentação de moléculas orgânicas das
primórdios de suas partes principais: raiz, caule e folhes. A reservas nutritivas.
morfogênese ocorre logo após a germinação da semente. A primeira estrutura a emergir da semente após o
rompimento da casca é a radícula, que se diferencia em raiz
Germinação primária. Esta cresce para dentro do solo, ancora a planta e inicia a
Após a diferenciação dos três primeiros meristemas absorção de água e sais. Nas plantas eudicotiledôneas, a raiz
(protoderme, meristema fundamental e procâmbio), o ritmo de primária se desenvolve e origina ramificações laterais, as raízes
desenvolvimento do embrião diminui sensivelmente no interior da laterais ou secundárias, constituindo um sistema radicular
semente. Esta se encontra dentro do fruto em formação e ainda ramificado que caracteriza a raiz pivotante ou axial. Na maioria das
está ligada ao organismo materno, crescendo graças ao acúmulo monocotiledôneas, a raiz primária degenera e é substituída por
de reservas nutritivas nos cotilédones ou no endosperma. Os raízes adventícias, que se desenvolvem a partir do caule, nos
dois cotilédones de muitas eudicotiledôneas armazenam pontos de inserção das primeiras folhas, o que dá origem a uma
praticamente todo o alimento que nutrirá o embrião durante a raiz fasciculada.
germinação da semente (elas possuem então sementes chamadas
de “sem albume”, uma vez que este está acumulado nos Germinação epígea e hipógea
cotilédones). Cotilédones de outras dicotiledôneas e das A maneira como o caule emerge da semente varia entre as
monocotiledôneas contêm relativamente poucas reservas espécies. No feijão, por exemplo, o hipocótilo se alonga e se curva,
nutritivas; sua função primordial é transferir substâncias nutritivas emergindo do solo como um cotovelo, denominado gancho de
do endosperma, onde estão armazenadas, para as células germinação. O crescimento do hipocótilo puxa os cotilédones para
embrionárias (elas possuem então sementes “com albume”, nas fora do solo e leva ao desdobramento do gancho. Os cotilédones
quais o cotilédone ou cotilédones são pouco desenvolvidos). separam-se, expondo a plúmula. Quando está dentro do solo, a
Após atingir o tamanho definitivo, as sementes plúmula fica protegida entre os dois cotilédones, o que evita que o
amadurecem dentro dos frutos, os quais contribuem para a meristema apical sofra eventuais lesões pelo atrito com a terra.
dispersão das sementes pelo ambiente. No devido tempo, e ao Esse tipo de germinação, em que os cotilédones são trazidos para
encontrar condições adequadas, a semente germina. Germinação fora do solo, é denominada germinação epígea (do grego epi,
é a retomada do crescimento e da diferenciação do embrião, e acima, e geo, terra). A germinação em que os cotilédones
depende de uma série de fatores, principalmente de água, gás continuam sob o solo é chamada de hipógea (do grego hypo,
oxigênio e temperatura adequada. abaixo).
A semente madura tem, em seu interior, um embrião A formação do gancho de germinação é uma proteção para
envolto por substâncias nutritivas, acumuladas no endosperma, a plúmula, pois é ele que abre caminho entre as partículas do solo
nos cotilédones ou em ambos. Em uma das extremidades do até atingir a superfície. Em certas plantas, como na ervilha (uma
embrião situa-se a radícula, como é denominado o primórdio de eudicotiledônea), o gancho de germinação é formado pelo
raiz; nela localiza-se o meristema apical da raiz. Na extremidade crescimento do epicótilo, de modo que os cotilédones permanecem
oposta está o caulículo, como é denominado o primórdio de caule, dentro do solo (germinação hipógea). Em outras plantas, como na
em cuja extremidade localiza-se o meristema apical do caule, e, cebola (uma monocotiledônea), o gancho se origina pelo
pouco abaixo, insere-se o cotilédone ou cotilédones. crescimento do cotilédone, abaixo do qual se formam mais tarde as
A região inferior do embrião, localizada entre a radícula e o primeiras folhas. Nesse caso, o cotilédone é trazido para fora do
ponto de implantação do cotilédone (ou cotilédones), é solo (germinação epígea).
denominada hipocótilo. A região superior, entre os cotilédones e o Monocotiledôneas gramíneas como milho, arroz, aveia e
meristema apical do caule, recebe a denominação de epicótilo. trigo não formam gancho de germinação. Nessas plantas, a
Toda a porção acima do ponto de implantação do cotilédone (ou plúmula é protegida pelo coleóptilo, uma folha especial que
cotilédones), constituída pelo epicótilo, pelo meristema apical do permanece fechada até o caule emergir do solo e só então se abre
caule e, algumas vezes, por primórdios de folhas, é denominada para expor a plúmula. O coleóptilo protege o tecido meristemático
plúmula. Nas gramíneas, a plúmula fica envolta por uma lâmina contra possíveis lesões pelo atrito com as partículas do solo. As
foliar protetora, o coleóptilo. sementes de gramíneas permanecem abaixo do solo, ou seja, têm
Um dos eventos iniciais da germinação é a absorção de germinação hipógea.
água pela semente, fenômeno denominado embebição. A água é De modo geral, a maioria das eudicotiledôneas apresenta
necessária para que as células retomem suas atividades germinação epígea, mas há exceções, como a ervilha. Assim como
metabólicas e possam mobilizar as reservas nutritivas estocadas a maioria das monocotiledôneas apresenta germinação hipógea,
no cotilédone e no endosperma. Em sementes que acumulam havendo também exceções, como a cebola.
óleos como reserva, organelas conhecidas como glioxissomas

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70 Curso de Biologia

Condições para germinação - Água: A germinação da semente começa com a embebição da


água que penetra por toda a superfície da mesma, por difusão,
Para que a semente germine é necessário que sejam assegurando as primeiras transformações vegetais. A água rompe
satisfeitas várias condições internas e externas. a casca da semente possibilitando a entrada de oxigênio para
ativar o metabolismo que leva à quebra das substâncias de reserva
da semente, ativando o processo de germinação.
Condições internas ou intrínsecas Das condições externas é a mais importante e
Condições internas são aquelas que dependem da própria indispensável, pois, mesmo que sejam satisfeitas todas as outras,
semente. São condições intrínsecas que devem ser satisfeitas para as sementes não podem germinar sem o devido umedecimento do
que a semente possa germinar: maturidade, vitalidade e boa solo. A água permite a dissolução das substâncias nutritivas que
constituição. vão alimentar o embrião. Além disso, as células vivas só entram
- Maturidade ou aquisição do poder germinativo da semente: em atividade e elaboram as enzimas para a digestão das matérias
Corresponde ao completo desenvolvimento da semente e de seu nutritivas, depois que possuem uma tensão normal em água, a
embrião. Esta maturidade da semente nem sempre corresponde à qual na maturidade havia desaparecido por forte desidratação.
maturidade do fruto. - Temperatura: Cada espécie vegetal possui seu ponto ótimo, isto
- Vitalidade: Corresponde ao fato de que o embrião esteja vivo, o é, uma temperatura intermediária entre a máxima e a mínima
que é obviamente essencial à germinação. acima ou abaixo da qual as sementes não germinam. Essas três
- Boa constituição ou integridade: Corresponde à presença de temperaturas críticas (máxima, mínima e ótima) variam de acordo
todos os elementos da semente bem constituídos. Caso algum com a espécie.
componente esteja ausente ou danificado, pode ocorrer um - Ar: É uma das condições importante para a germinação da
desenvolvimento incompleto da semente, que fica atrofiada e não semente, razão pela qual, não se lançam as sementes numa
adquire seu poder germinativo. Somente uma semente íntegra em grande profundidade, ainda que sejam satisfeitas as outras
sua constituição consegue germinar. condições internas e externas, porque nas camadas profundas do
solo, o ar não circula e as sementes sem oxigênio para a
Condições externas ou extrínsecas respiração não passam do estado latente para a vida ativa. Há
Condições externas são as que se referem ao meio em que também uma pressão parcial do oxigênio do ar que tem influência
se desenvolverá a semente. Depois de satisfeitas as condições sobre a germinação é a pressão ótima, intermediária entre a
internas, as sementes só germinam se lhes forem satisfatórias as máxima e a mínima, nos limites das quais a germinação se pro-
condições mesológicas (isto é, do meio), no que se refere à cessa muito latente.
temperatura, água, ar (oxigênio) e luz.

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Curso de Biologia 71

- Luz: A luz pode influenciar na germinação de acordo com a adaptativa de sementes pequenas que não possuem muitas
característica da semente. O efeito da luz sobre a germinação é reservas nutritivas precisando germinar próximas ao solo para que
conhecido como fotoblastismo. logo recebam luz e possam iniciar sua atividade fotossintética.
O papel do fitocromo F na germinação de sementes
Efeito da luz sobre a germinação fotoblásticas positivas foi demonstrado experimentalmente em
sementes expostas alternadamente a lampejos de luz vermelha
(660 nm) e vermelho-longa (730 nm). Independentemente de
Pigmento fitocrômico e percepção de luz na planta
quantos lampejos forem dados, a planta responde apenas ao
A substância envolvida na percepção de luz por parte da
último deles. Se o último lampejo, porém, for de luz vermelho-
planta, agindo é denominado fitocromo, uma cromoproteína de
longa, as sementes permanecerão dormentes. A explicação para
cor azul-esverdeada. O fitocromo possui a parte proteica e uma
esses resultados é que os dois tipos de luz têm efeitos
parte não proteica semelhante ao pigmento ficocianina encontrado
antagônicos. Luz vermelho-curta induz a conversão de fitocromo R
em cianobactérias e algas vermelhas. Pesquisas recentes
em fitocromo F, enquanto a luz vermelho-longa induz à conversão
demonstraram que o fitocromo está presente no citoplasma bem
de fitocromo F em fitocromo R. Como dito, as sementes só
como associado à membrana de determinadas organelas, como o
germinam na presença de fitocromo F.
vacúolo, e à própria membrana plasmática. Entretanto não foi
Dá-se o nome de sementes fotoblásticas negativas às
localizado nos cloroplastos, apesar de alguns autores
sementes que têm sua germinação inibida pela luz. Essas devem
mencionarem que sim.
ser plantadas em solo profundo, para que a luz não iniba a
O fitocromo existe em duas formas interconversíveis, uma
germinação. Na presença de luz, o fitocromo F começa a se
inativa chamada fitocromo Fv ou Pr ou R, e outra ativa, chamada
acumular e inibe a germinação nas mesmas; no escuro, o
fitocromo Fve ou Pfr ou F. O fitocromo R ou Pr (do inglês red,
fitocromo R gerado não promove esse efeito e a germinação pode
vermelho, ou Pr (phytochrome red) se transforma em fitocromo F
ocorrer. Um exemplo de semente fotoblástica negativa é a
ou Pfr (do inglês far red, vermelho longo, ou p (phytochrome far
melancia.
red) ao absorver luz vermelha de comprimento de onda de 660
nm. O fitocromo F, por sua vez, transforma-se em fitocromo R ao
absorver luz vermelha longa, no comprimento de onda na faixa Estiolamento
dos 730 nm (vermelho de onda mais larga). Na maioria das espécies, a semente é fotoblástica
negativa, germinando mesmo quando é enterrada em solo muito
profundo, no escuro. Estiolamento é o conjunto de características
desenvolvidas por uma planta que se desenvolve no escuro, como
no caso de solos muito profundos.
O estiolamento é provocado pela ação do fitocromo R, ou
melhor, pela ausência de fitocromo F, o que ocorre no escuro ou
A luz solar contém ambos os comprimentos de onda quando há iluminação com luz vermelha longa (730 nm). A planta
(vermelho e vermelho-longo). Por isso, durante o dia, as plantas estiolada apresenta rápido crescimento de caule, folhas
apresentam as duas formas de fitocromos (R e F), mas como o pequenas e aclorofiladas (amareladas) e ápice caulinar
comprimento de onda do vermelho curto predomina, há curvado, caracterizando um gancho apical. O estiolamento é
predominância do fitocromo F. À noite, o fitocromo F, mais uma adaptação para dar maiores chances de sobrevivência a
instável, converte-se espontaneamente em fitocromo R. sementes que tenham sido enterradas muito profundamente no
Dependendo da duração do período de escuridão, essa conversão solo. Lá, quando elas germinam, enfrentarão um período de
pode ser total, de modo que a planta, ao fim de um longo período escuro, pois não encontrarão logo a superfície. Assim, o rápido
de escuridão, pode apresentar apenas fitocromo R. crescimento no estiolamento permitiria que ela encontrasse
O fitocromo F é sempre a forma ativa, que pode ser no rapidamente a superfície, e consequentemente luz para um
sentido de estimular ou inibir algum fenômeno. eficiente desenvolvimento. As folhas pequenas reduzem o atrito
com o solo. O ápice em gancho protege o meristema apical
Luz na germinação: Fotoblastismo caulinar durante a saída do solo. A não produção de clorofila se dá
Fotoblastismo é o efeito da luz sobre a germinação das para desviar o metabolismo da planta no sentido de economizar
sementes. energia para que seja usada no crescimento, já que sem luz não
Dá-se o nome de sementes fotoblásticas positivas às há necessidade da clorofila.
sementes que só germinam quando estimuladas pela luz. Essas
devem ser plantadas em solo raso, para que a luz possa atuar na
germinação. Na presença de luz, o fitocromo F começa a se
acumular e induz a germinação nas mesmas. São exemplos de
sementes fotoblásticas positivas alface, bétula e estévia. A
dependência da luz para a germinação é uma característica
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72 Curso de Biologia
Exercícios
Questões estilo múltipla escolha

1. (UNIFOR)
Ron Sveden é americano e tem 75 anos. Protagonizou o raro
fenômeno de, ao engolir um alimento, ele se instalar no pulmão e
não no estômago. Foi um grão de ervilha. Dele começou a brotar
um pé que atingiu 1,25 centímetros. Sveden passou mal e cogitou-
se ser câncer. O pé de ervilha foi retirado cirurgicamente de seu
pulmão. O paciente está bem.
CAVALCANTI, Bruna. “Com um pé de ervilha no pulmão”. In: Revista ISTOÉ Independente, n.
2127 agosto /2010 (com adaptações)
Foi possível o surgimento de vida na ervilha dentro do pulmão,
pois:
A) o órgão forneceu todos os nutrientes necessários ao
desenvolvimento da ervilha.
B) o órgão favoreceu o desenvolvimento da ervilha através do
aporte de oxigênio e proteínas de reserva.
C) a vida foi possível unicamente pelo fato de a ervilha estar em
um ambiente na ausência de luz.
D) a ervilha estava em um ambiente rico em dióxido de carbono,
fundamental para o processo de germinação.
A planta da esquerda se desenvolveu normalmente; a da direita se
E) havia condições adequadas de temperatura, aeração e umidade
desenvolveu em estiolamento.
para iniciar o processo de germinação da ervilha.

Sementes quiescentes e sementes 2. (UECE) Sementes são óvulos fertilizados e desenvolvidos que,
dormentes embora apresentem diferenças morfológicas entre si, têm como
função primordial a perpetuação e a multiplicação das espécies.
Dá-se o nome de quiescência ao fenômeno pelo qual a Atente para as seguintes afirmações a respeito das sementes.
semente germina diante de requisitos mínimos de água, I. A presença de substâncias nutritivas na semente é um fator que
temperatura, ar e luz. Para que uma semente germine, ela precisa favorece a propagação dos vegetais.
de condições favoráveis, caso contrário, elas podem permanecer II. A semente é uma estrutura vegetal importante, mas no caso das
vivas, mas inativas, em nível metabólico extremamente baixo, ervas daninhas, a plântula resultante da germinação estabelece
estado denominado quiescente. Semente quiescente é aquela uma relação de competição imediata e nociva com a planta-mãe.
que germina quando tiver à sua disposição requisitos mínimos para III. As sementes são elementos essenciais para uma maior
o seu desenvolvimento. dispersão das espécies.
Dá-se o nome de dormência ao fenômeno pelo qual a IV. Somente as sementes produzidas em frutos secos realizam a
semente não germina mesmo diante dos requisitos mínimos de proteção mecânica do embrião.
água, temperatura, ar e luz, precisando de condições especiais Está correto o que se afirma apenas em
para ativar a germinação. Em muitos vegetais, mesmo que as A) I e IV. B) II e III.
condições mínimas preencham os requisitos básicos para a C) I e III. D) III e IV.
germinação as sementes não germinam, necessitando dessas
condições especiais. Neste caso, dizemos que tais sementes se 3. (UECE) As sementes, nas fanerógamas, são estruturas
encontram em atividade metabólica muito baixa, em estado de resultantes da maturação do óvulo após a fecundação. Levando
dormência, só podendo retomar seu metabolismo diante dessas em consideração as partes da semente, escolha dentre as
referidas condições especiais, que são eventos capazes de alternativas abaixo, o item que representa uma estrutura triploide
quebrar a dormência. Semente dormente é aquela que necessita A) cotilédone. B) tegumento.
de requisitos normais e específicos para a sua germinação. C) endosperma. D) plúmula.
Para quebrar a dormência, algumas sementes precisam de
um período de exposição ao frio, como ocorre com plantas que 4. (UNP) Um professor, no intuito de demonstrar aos alunos o
vivem em regiões temperadas. Essas sementes permanecem processo de germinação de uma semente, preparou o solo da
dormentes até passar o inverno germinando apenas quando as escola com adubo orgânico e outros nutrientes. Em seguida,
condições do meio se tornam mais favoráveis ao crescimento da plantou algumas sementes, em locais com iluminação solar. Todo
planta. dia, o professor regava o referido local para favorecer a
germinação das sementes e o aparecimento das plantas. Ao final

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Curso de Biologia 73

do experimento, o professor explicou que a primeira estrutura B) possibilitar a formação de um embrião com estrutura bipolar, ou
vegetal que se forma, durante a germinação, denomina-se: seja, com parte aérea e raiz.
A) Epicótilo. B) Radícula. C) hidratar o embrião somático, simulando as condições reais de
C) Cotilédone. D) Folha. umidade elevada de uma semente verdadeira.
D) evitar que as plantas oriundas de embriões transgênicos
5. (UERJ) A germinação de algumas sementes, como a da alface, polinizem outras plantas no ambiente onde as “sementes” serão
é estimulada por radiação luminosa na faixa do vermelho curto ou lançadas.
inibida por radiação na faixa do vermelho extremo, mesmo quando E) compensar a ausência de reservas nutritivas, que são
expostas por breve período de tempo. Outras, como a do milho, acumuladas nos processos normais de desenvolvimento das
germinam normalmente – com rendimento superior a 60% – em sementes.
presença ou ausência de luz. Sementes de alface colocadas em
câmara escura, em condições adequadas para germinação, foram 7. (UFMG) Considere o processo representado nesta figura:
iluminadas, apenas por 1 minuto, com radiação de comprimento de
onda de 730 nm (vermelho extremo) e, daí por diante,
permaneceram no escuro. Em outra câmara idêntica, sementes de
milho foram mantidas sempre no escuro. Após o intervalo de
tempo adequado, contou-se o número de sementes de cada
espécie que germinaram ou não. Analise os gráficos abaixo, que
mostram diferentes possibilidades de percentagens de
germinação.

É incorreto afirmar que, para esse processo ocorrer, é preciso


haver, no solo,
A) matéria orgânica. B) oxigênio disponível.
C) suprimento hídrico. D) temperatura adequada.

8. (UFG) Analise a figura a seguir.

A figura ilustra a curva de crescimento da parte aérea de duas


Aquele que apresenta os valores compatíveis com o resultado do espécies vegetais (A e B) nativas do Cerrado, a partir da
experimento é o de número: germinação da semente, durante o período de um ano. Considere
A) 1. B) 2. C) 3. D) 4. que, nesse período, as condições climáticas e edáficas foram
típicas da região e que a taxa de crescimento foi calculada pelo
6. (UFC) Qualquer célula vegetal viva, que possua núcleo, quociente entre a variação da altura (cm) e do tempo (meses do
adequadamente manipulada, poderá originar embriões, ano). A seta indica a ocorrência de queimada. Os dados
semelhantes aos embriões zigóticos, denominados de embriões apresentados mostram que o hábito de crescimento das duas
somáticos. Dentre as várias possibilidades de utilização desses espécies é distinto, pois, na espécie A,
embriões somáticos está a produção de sementes artificiais. A A) a brotação é inibida pela ocorrência de queimada, enquanto, na
técnica consiste na produção de cápsulas de gelatina que espécie B, esse fator destrói a parte aérea preexistente.
contenham o embrião e um hidrogel com substâncias orgânicas e B) o crescimento da parte aérea é menos sensível à precipitação,
inorgânicas. A principal função desse hidrogel seria: enquanto, na espécie B, esse fator não altera o crescimento.
A) induzir mutações e inibir a germinação daquelas plantas com C) o crescimento da parte aérea é nulo durante o período de dias
características indesejáveis. longos, enquanto, na espécie B, esse fator não altera o
crescimento.
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74 Curso de Biologia
D) a germinação da semente é estimulada pela ocorrência de
queimada, enquanto, na espécie B, esse processo ocorre devido 12. (UNESP) A figura mostra a variação observada na proporção
ao aumento da disponibilidade de água no solo. de massa (em relação à massa total) do embrião e do endosperma
E) o aumento da massa fresca é inversamente proporcional à de uma semente após a semeadura.
temperatura média mensal, enquanto, na espécie B, esses fatores
são diretamente correlacionados.

Questões estilo V ou F

9. (UFPI) Germinação é um conjunto de etapas e processos


associados à fase inicial do desenvolvimento de uma estrutura
reprodutora, seja uma semente, esporo ou gema. A germinação
em sementes maduras de espermatófitas é conhecida como a
retomada do crescimento e da diferenciação do embrião. Entre as
opções abaixo, marque V, para verdadeiro ou F, para falso. Sabendo que a germinação (G) ocorreu no quinto dia após a
(_) Em germinação epígea, o crescimento do hipocótilo faz com semeadura:
que os cotilédones se elevem acima do solo, sendo exemplos o A) Identifique, entre as curvas 1 e 2, aquela que deve corresponder
feijão e a ervilha. à variação na proporção de massa do embrião e aquela que deve
(_) Em germinação hipógea, o hipocótilo é curto, de modo que os corresponder à variação na proporção de massa do endosperma.
cotilédones permanecem no solo. Exemplos: o milho e a ervilha. Justifique sua resposta.
(_) A embebição é a absorção de água pela semente. Com a B) Copie a figura no caderno de respostas e trace nela uma linha
embebição, a casca da semente se rompe e permite a entrada de que mostre a tendência da variação na quantidade de água da
gás carbônico necessário à respiração das células embrionárias. semente, desde a semeadura até a germinação.
(_) A primeira estrutura a emergir da semente após o rompimento
da casca é a radícula, que se diferencia posteriormente em raiz 13. (UNIFESP) Analise os gráficos seguintes:
primária, fixando a planta ao solo e iniciando a absorção de água e
sais minerais para a planta.

Questões discursivas

10. (FUVEST) Um lote de sementes, plantadas em solo úmido,


começou a germinar. O gráfico a seguir representa as variações
nas quantidades de amido, glicose e total de carboidratos medidas
em amostras de sementes do lote, em um período de 9 dias após o
início da germinação.

A) Considerando P, Q e Z, qual deles corresponde a água, a


carboidratos e a fibras?
B) Com base no gráfico da semente, explique sucintamente qual a
vantagem adaptativa de se apresentar tal proporção de
carboidratos, lipídios, proteínas e água na composição de seus
tecidos.

14. (UFV) A sequência representada abaixo (A a K) faz parte do


processo de desenvolvimento de uma dicotiledônea.
A) Que processo metabólico é responsável pelas variações que
ocorrem até o 5°dia?
B) E após o 5° dia?

11. (UNICAMP) O albinismo é uma característica hereditária


determinada por um gene recessivo que é letal em plantas, mas
não em animais.
A) Por que as plantas albinas morrem pouco tempo depois da
germinação? Após analisar a sequência proposta, responda aos itens seguintes:
B) Como as plantas albinas conseguem se desenvolver por alguns A) Cite o nome e a origem da estrutura representada em A.
dias? B) Cite o nome do processo representado pelas letras de A a K.
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Curso de Biologia 75

C) O processo representado pelas letras de A a K ocorre, 17. (UFU) As sementes de diversas plantas de clima temperado,
especificamente, no interior de qual estrutura? como por exemplo a macieira, somente germinam após uma
D) Com base na figura, como se justifica o fato do processo de exposição a baixas temperaturas. Com base nestas informações,
desenvolvimento esquematizado ser característico de uma responda:
dicotiledônea? A) qual é o processo envolvido neste fenômeno e onde ocorre?
B) qual é a vantagem evolutiva deste fenômeno?
15. (UFV) A primeira etapa da germinação da maioria das 18. (UFRJ) No interior das sementes podem ser encontrados o
sementes é a embebição. A hidratação faz com que a semente se embrião que dará origem a uma nova planta e uma reserva de
expanda e rompa seus tegumentos, induzindo modificações alimento que nutrirá o embrião no início de seu desenvolvimento.
metabólicas que levam à emissão do eixo embrionário. Isso se dá Se todos os componentes necessários para a formação de um
pela ação de enzimas produzidas de novo, em resposta a novo vegetal já estão presentes nas sementes, por que os grãos
estímulos hormonais provenientes do embrião. Observe a figura da de feijão, por exemplo, normalmente não germinam dentro das
germinação de uma semente e responda às questões abaixo: embalagens nas quais estão contidos?

19. (UFF) Dois grupos de sementes de estévia foram submetidos,


alternadamente, a dez lampejos de luz nos comprimentos de onda
de 660 nm (vermelho curto) e 730 nm (vermelho longo). No
primeiro grupo, iniciou-se a experiência com o lampejo
correspondente ao vermelho longo e no segundo grupo, o primeiro
lampejo foi o correspondente ao vermelho curto. Após este
tratamento, as sementes de estévia apresentaram alterações
fisiológicas importantes.
A) Que substâncias presentes nas sementes respondem aos
estímulos luminosos usados nessa experiência?
A) Qual é a classe taxonômica da semente representada no B) Que efeito fisiológico importante o programa de iluminação
esquema? exerce sobre as sementes em cada um dos dois grupos? Justifique
B) Cite o nome da estrutura indicada por IV. a resposta.
C) Qual é o número que está indicando a região do endosperma?
D) Cite o nome do hormônio, produzido em III, responsável pela 20. (UFMG) Observe essa figura, em que está representada a
indução da síntese de enzimas em I. distribuição de plantas em uma horta:
E) Qual é a função das enzimas produzidas em I?

16. (UFV) Sementes de alface (Lactuca sativa), uma espécie


fotoblástica positiva, foram germinadas sobre papel de filtro
umedecido, dentro das placas de Petri, e submetidas a tratamentos
de luz vermelha (V) e vermelho extremo (Ve), com duração de três
minutos cada. Após cada tratamento, representados a seguir (I, II,
III e IV), as placas foram transferidas para o escuro e as respostas
de germinação obtidas quarenta e oito horas após.

1. Considerando as interações descritas a seguir, que favorecem o


aumento da produtividade da horta, faça o que se pede:
A) Ervas – como cebolinha e hortelã – protegem couves a alfaces
do ataque de pequenos herbívoros – como pulgões e lagartas.
Com base nas germinações apresentadas em I, II, III e IV, resolva Explique o mecanismo de ação dessa proteção.
os itens: B) Crescendo ao redor dos pés de couve, o espinafre melhora as
A) Qual é o pigmento envolvido no processo de germinação? condições abióticas do ambiente. Cite dois componentes abióticos
B) Explique as respostas de germinação obtidas em II e IV? alterados pelo espinafre e explique os mecanismos envolvidos em
C) Cite um outro processo em que o pigmento mencionado no item cada uma dessas alterações.
(a) está envolvido. 2. A placa colocada na horta anuncia: “Vende-se alface orgânica”
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76 Curso de Biologia
A) Explique o que o horticultor quer dizer com o termo “orgânica”.
B) Explique o significado científico desse termo.
3. Numa parte do canteiro, o horticultor observou que algumas
verduras apresentavam cor amarelada, gancho apical virado para
baixo e caule e fino como representado nesta figura:

Cite o fator que favorece o aparecimento de plantas com essas Explique por que a água de cal, no tubo II, se tornou turva no
características. Justifique sua resposta. terceiro dia.
4. Muitos cultivos – como por exemplo, de hortelã na horta – são
mantidos por clonagem vegetal. Explique um método de obtenção
de clone vegetal.

20. (UFMG) Observe este experimento de teste de glicose em


grãos de soja, antes e depois da germinação:

1. Com base nos resultados desse experimento em outros


conhecimentos sobre o assunto. Cite:
A) o tecido de reserva da semente.
B) a enzima que inicialmente atuou sobre a reserva de alimento
para produzir glicose, no filtrado II.
2. Para que ocorra a germinação, é necessário que o solo seja
arejado. Explique o papel do ar no aceleramento da germinação
das sementes.
3. Há algum fundamento na colocação de certas sementes na
água um dia antes do plantio? Justifique sua resposta.
4. Certas sementes – como, por exemplo, as de alface – têm
menor índice de germinação em solo profundo, necessitando,
portanto, de sementeiras de solo raso. Justifique o sucesso do
crescimento das sementes germinadas em solo raso.
5. Observe este experimento:

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Curso de Biologia 77

As células meristemáticas são pequenas, de núcleo


AULA 7 – Histologia Vegetal grande e profundamente indiferenciadas, sendo capazes de se
multiplicar de maneira indefinida, o que garante o crescimento
Tecidos meristemáticos ilimitado da planta, bem como sendo capazes de se diferenciar em
qualquer outra célula do vegetal. Diz-se, então, que as células
Logo ao germinar, uma semente mostra na extremidade do meristemáticas são totipotentes. Aliás, como é possível
caulículo e da radícula um tecido, o meristema primordial, desdiferenciar qualquer célula adulta em meristemática, que depois
responsável pelo crescimento, cujas células estão em contínuas pode se rediferenciar em qualquer outra célula adulta, pode-se
mitoses. Na região vizinha ao meristema, subterminal, já são dizer que todas as células vegetais são totipotentes. É
visíveis as células em alongamento e logo depois a de evidenciado em mecanismos de culturas de tecidos, a partir dos
diferenciação, pois aparecem diferentes tipos celulares como, por quais se podem obter clones vegetais a partir de um grupo de
exemplo, os primeiros vasos condutores, na região central, tanto células quaisquer.
do caule quanto da raiz. Células meristemáticas são dotadas de uma parede
celular delgada e elástica, denominada parede celular primária,
o que facilita bastante o alongamento e a divisão celular. Em
células adultas bem diferenciadas, a parede celular é bastante
espessa e rígida, sendo denominada parede celular secundária. As
células meristemáticas também são caracterizadas por possuírem
vários vacúolos pequenos, invisíveis ao microscópio óptico.
Esses pequenos vacúolos coalescem, se juntam, formando um
vacúolo de suco celular grande e único em células vegetais
adultas.

Embrião em início de desenvolvimento.

Surgimento dos meristemas.

Meristemas primários
O meristema primordial logo se organiza em três ou quatro grupos de tecidos denominados agora de meristemas primários. Esses são
os responsáveis pelo crescimento longitudinal (em comprimento) da planta. Eles se localizam nas regiões apicais da planta: ápice do
caule e sub-ápice da raiz.
O ápice da raiz é ocupado por um tecido especial denominado coifa ou caliptra, que protege o meristema subapical radicular do atrito
com o solo durante a penetração da raiz no mesmo. Isso é fundamental para a sobrevivência das células meristemáticas, uma vez que são
pequenas e de parede celular fina, sendo, pois, muito frágeis, o que as faria ser facilmente destruídas por esse atrito. Assim, ele é subapical,
estando localizado logo abaixo do ápice radicular.
O meristema apical caulinar dispensa a coifa porque cresce em contato com o ar, sendo o atrito desprezível. Assim, ele é realmente
apical, uma vez que não tecidos mais externos a ele no ápice caulinar.

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78 Curso de Biologia
São meristemas primários:
- Protoderme ou dermatogênio (mais externo): forma o sistema de revestimento primário, correspondente à epiderme.
- Meristema fundamental ou periblema (médio): forma o sistema fundamental, correspondente aos tecidos de sustentação, colênquima e
esclerênquima, e aos tecidos de assimilação e reserva, parênquimas. Os tecidos fundamentais se localizam principalmente na casca ou
córtex de raiz e caule.
- Procâmbio ou pleroma (mais interno): forma o sistema vascular, correspondente aos tecidos de condução, xilema e floema. Os tecidos de
condução se localizam na medula ou esteIo ou cilindro central de raiz e caule.
- Caliptrogênio: encontrado somente na raiz, é responsável pela formação e contínua renovação da coifa ou caliptra.
Ao se diferenciarem, os meristemas primários dão origem aos tecidos adultos ou tecidos permanentes primários: epiderme,
colênquima, esclerênquima, parênquimas, xilema e floema. Entre o xilema e o floema, permanece tecido meristemático indiferenciado com
o nome de câmbio (intra) fascicular.

Meristemas secundários
Em raízes e caules de plantas adultas de gimnospermas e da maioria das angiospermas dicotiledôneas (excetuando-se as
dicotiledôneas herbáceas, de pequeno porte), parênquimas sofrem desdiferenciação e dão origem a meristemas secundários,
denominados felogênio e câmbio interfascicular. O câmbio (intra) fascicular volta a ter atividade meristemática como meristema secundário.
Os meristemas secundários são responsáveis pelo crescimento transversal (em espessura) de raízes e caules de plantas adultas
em alguns grupos vegetais (eu vou citar de novo porque eu quero é que você decore mesmo: gimnospermas e a maioria das angiospermas
dicotiledôneas, com exceção das dicotiledôneas de pequeno porte). O crescimento secundário também pode ocorrer em algumas
monocotiledôneas (gêneros Dracaena, Yucca e Alloes).
São meristemas secundários:
- Felogênio ou câmbio suberógeno: derivado do parênquima cortical (do córtex, região mais externa) de caule e raiz, origina súber para fora
e feloderma para dentro. Juntos, súber, felogênio e feloderma constituem a periderme, que substitui a epiderme como tecido mais externo da
planta, constituindo o sistema de revestimento secundário.
- Câmbio interfascicular: derivado do parênquima medular (da medula, região mais interna) de caule e raiz, origina mais xilema e mais
floema, denominados agora xilema e floema secundários. O câmbio interfascicular tem esse nome porque se forma entre grupos de tecidos
condutores, formados por xilema, floema e câmbio (intra)fascicular (dentro do espaço entre xilema e floema). O câmbio interfascicular acaba
se unindo ao câmbio fascicular, que retoma a atividade meristemática para produzir mais xilema e floema secundários, organizando juntos um
anel contínuo de câmbio na raiz e no caule da planta adulta.
Ao se diferenciarem, os meristemas primários dão origem aos tecidos adultos ou tecidos permanentes secundários: súber,
feloderme e xilema e floema secundários.
Folhas, flores, frutos e sementes nunca dispõem de meristemas secundários, sempre possuindo estrutura primária.

Se as células meristemáticas mostram uma permanente capacidade de efetuar as mitoses, promovendo um contínuo crescimento, o
tecido é chamado meristema primário.
Se ao contrário eles passam por um período sem mitoses, retomando essa capacidade de crescimento em certos períodos, falamos em
meristemas secundários.

Quadro resumo

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Curso de Biologia 79

Tecidos adultos ou permanentes - Estômatos: são estruturas epidérmicas reguláveis, têm por
função promover a entrada e saída de gases (fotossíntese e
A partir dos meristemas, diferenciam-se os muitos tecidos respiração), bem como, realizam a transpiração. São formados
vegetais, os chamados tecidos adultos ou permanentes, alguns por células estomáticas, normalmente reniformes e as únicas
bastante especializados para uma Única função, podendo até se células clorofiladas da epiderme, que determinam a formação de
constituir em tecidos mortos. uma fenda, o ostíolo.
Os tecidos permanentes podem ser agrupados em 3
sistemas, de acordo com a função desempenhada:
- Sistema de revestimento, tegumentar ou de proteção:
compreende os tecidos mais externos da planta; na estrutura
primária, corresponde à epiderme, na estrutura secundária,
corresponde à periderme (conjunto de súber, felogênio e
feloderme).
- Sistema fundamental: compreende os parênquimas (tecidos de
preenchimento, assimilação e reserva) e o colênquima e o
esclerênquima (tecidos de sustentação). Estômatos em vista frontal.
- Sistema vascular (ou cambial): compreende os tecidos de
condução, xilema e floema, bem como os câmbios que dão - Hidatódios: semelhantes aos estômatos, eliminam água na
origem a eles. forma líquida (gutação).
- Pelos ou tricomas: diferenciações de células epidérmicas
1. Sistema de revestimento formadas por uma única célula (pelo unicelular) ou por várias
células (pelo pluricelular) tendo funções tais como proteção
Os tecidos de revestimento ou tegumentares abrangem térmica (em caules e folhas de plantas de ambiente árido),
a epiderme e todas as suas estruturas anexas, responsáveis pela absorção (na raiz e em certas folhas de plantas epífitas) e
proteção dos vários órgãos da planta. Suas células têm paredes secreção (de substâncias tóxicas, por exemplo, como na urtiga).
celulósicas resistentes e impermeáveis pela impregnação de
várias substâncias ou camadas depositadas nas suas superfícies
externas. Assim, há cutícula de cutina nas folhas, um lipídio que
reduz a transpiração; suberina, um outro lipídio nas camadas
externas dos caules de plantas de climas áridos.
Folhas da carnaúba, frutos (ameixa, maçã, uva) e caule da
cana-de-açúcar acumulam ceras, também impermeabilizantes, que
reduzem a transpiração e a estagnação de água. Há ainda
impregnação de cálcio e silício, que torna as folhas duras, de Tricomas.
bordas cortantes, caso da cana, capim-navalha e outras.
Formam o sistema de revestimento a epiderme e a - Escamas ou pelos em escudo: pelos de grande de superfície,
periderme. também com função de proteção térmica e absorção (nesse último
caso, em folhas de plantas epífitas).
1.1. Epiderme
A epiderme é o tecido superficial da planta em sua
estrutura primária. Assim, recobre raiz e caule de plantas
jovens e de plantas adultas sem crescimento secundário, e
folhas, flores, frutos e sementes de todas as plantas de todas
as idades.
É um tecido uniestratificado, permeável à água e
constituído de células fortemente justapostas e desprovidas de
cloroplastos e clorofila, exercendo importantes funções tais
como: proteção mecânica, absorção, trocas gasosas, proteção
contra transpiração etc. Essas funções podem estar relacionadas a
diferenciações da epiderme conhecidas como anexos epidérmicos.
Os principais anexos da epiderme são:
- Cutícula: é uma película formada de cutina (substância lipídica) Escamas.
em folhas, promovendo impermeabilização e impedindo a
transpiração excessiva. Podemos encontrar associada à cutina,
algumas vezes, a cera.
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80 Curso de Biologia
- Papilas: pelos unicelulares, curtos e cônicos encontrados em
pétalas florais; evitam a reflexão da luz pela pétala, tornando-a
facilmente visualizável a longas distâncias e permitindo a distinção
quanto às folhas, que refletem a luz do sol devido à camada de
cutina.
- Acúleos: saliência da epiderme, com células epidermais
reforçadas relacionada com defesa; são bem superficiais e
facilmente destacáveis, como ocorre em roseiras. Podem ser
distinguidos de espinhos (folhas modificadas) porque esses últimos Lenticelas.
não são fáceis de destacar.
O felogênio é um tecido não suberinizado vivo, com
características semelhantes às do parênquima.
À medida que a planta envelhece, novas camadas de
felogênio se formam no parênquima cortical por desdiferenciação,
resultando na formação de uma nova periderme, localizada
internamente à periderme mais antiga. Como o súber é
impermeabilizante, impede o fluxo de água para a periderme mais
antiga e externa, que acaba por descamar. Dá-se o nome de
ritidoma à periderme que descama devido à atividade de um novo
felogênio no córtex, com formação de um novo súber mais interno.
Acúleos. Na goiabeira (Psidium guajava), o ritidoma é bastante perceptível,
descamando a medida que o caule cresce em espessura.
1.2. Periderme
A periderme é o conjunto formado por súber (mais 2. Sistema fundamental
externo), felogênio (médio) e feloderme (mais interno). É o
tecido superficial da planta em sua estrutura secundária. Assim, Os tecidos fundamentais são produzidos pelo meristema
fundamental e se situam abaixo dos tecidos de revestimento,
recobre raiz e caule de plantas adultas com crescimento
tanto no córtex (região mais externa) como na medula (região mais
secundário, ou seja, gimnospermas e a maioria das interna) da planta. Preenchem espaços, realizam fotossíntese,
angiospermas dicotiledôneas. armazenam nutrientes e sustentam a planta.
Com a desdiferenciação do parênquima cortical, surge o São do sistema fundamental parênquimas, colênquima e
felogênio, cuja atividade de crescimento em espessura esclerênquima.
(crescimento secundário) produz feloderme, voltado para
dentro, e súber voltado pra fora. O crescimento em espessura é de 2.1. Parênquima
tal modo intenso que destrói a epiderme localizada externamente, Os parênquimas são tecidos ele células poliédricas e
e o tecido mais externo da planta passa a ser a periderme isodiamétricas, isto é, com diâmetros iguais nas várias direções;
(súber, felogênio e feloderme). são vivas e suas paredes celulares não têm reforços. Essas
paredes são formadas por uma fina lamela média de
O súber, também chamado de felema ou cortiça, é um
amilopectina, situada entre duas camadas mais espessas de
tecido cujas células acumulam em suas paredes celulares um celulose. Aí existem muitos pequenos poros, através dos quais
lipídio denominado suberina. Essa suberina é impermeabilizante, finíssimas pontes de protoplasma estabelecem ligação entre as
o que leva à morte da célula, cujo citoplasma é substituído por ar. células vizinhas. Tais pontes são os plasmodesmos, que facilitam
O súber é então um tecido suberinizado morto, as trocas metabólicas no tecido. O conjunto de células que se
impermeabilizante e isolante térmico, devido ao ar acumulado em interligam mutuamente por plasmodesmos se chama simplasto.
sua estrutura. Em árvores típicas da região mediterrânea As células dos parênquimas possuem vacúolos grandes, bem
denominadas sobreiros (Quercus sober), o súber é bastante desenvolvidos.
Segundo as funções que realizam, os parênquimas são
espesso, e dele se extrai a cortiça de uso comercial.
denominados de preenchimento, assimilador, de reserva,
No súber, abrem-se fendas denominadas lenticelas, secretor e excretor.
próprias para a realização de trocas gasosas com o meio. Essas
trocas gasosas não podem ocorrer diretamente pelo súber pela Parênquimas de preenchimento
sua propriedade impermeabilizante que também bloqueia a Ocupam espaços entre outros tecidos e formam boa parte
passagem de ar. da medula (parênquima medular) e do córtex (parênquima
cortical) dos caules e das raízes. São bastante importantes na

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regeneração de lesões, graças à grande capacidade de


multiplicação de suas células.

Parênquimas assimiladores ou clorofilianos


São ricos em cloroplastos e, portanto responsáveis pelas
fotos síntese nas folhas e outros órgãos verdes das plantas. São
também chamados clorênquimas.

Parênquimas de reserva
São tecidos predominantes em certos órgãos suculentos,
tuberosos (caules, raízes, frutos) e nas sementes. Suas grandes
células armazenam nutrientes, particularmente amido
(parênquima amilífero), água (parênquima aquífero), ou ainda ar
(parênquima aerífero).
O parênquima amilífero está situado na casca ou na
medula das raízes, medula dos caules, frutos e sementes. Este
parênquima permite a sobrevivência do vegetal em condições
desfavoráveis, armazenando nutrientes em seus vacúolos e
leucoplastos. A reserva da semente é utilizada na germinação e
desenvolvimento inicial do novo vegetal. A reserva do fruto permite
atrair os animais que realizam a disseminação da semente. A
reserva dos tubérculos e bulbos é utilizada na formação das flores
ou para a propagação vegetativa (reprodução assexuada). Além de
amido, em especial em sementes, o parênquima de reserva Inclusões citoplasmáticas.
armazena também proteínas, óleos, sacarose e inolina; estas duas
últimas substâncias e o amido são carboidratos. Essas substâncias são para a atração de animais que
fazem polinização e disseminação de sementes, bem como
O parênquima aquífero tem seus espaços entre células
protetoras. Muitas dessas secreções produzidas pelos vegetais
preenchidos por mucilagem que tem grande capacidade de são de grande interesse medicinal e econômico. Essas
armazenar água. Este tecido é muito encontrado em plantas substâncias são extraídas, em larga escala, das flores, sementes,
epífitas e plantas de lugares secos (xerófitas), como as cactáceas, caules, folhas e raízes de várias plantas nativas ou cultivadas pelo
cujo caule é chamado suculento por reter grande quantidade de homem.
água. Serão citadas apenas aquelas mais importantes, algumas
O parênquima aerífero ou aerênquima apresenta das quais utilizadas pelo homem desde as mais antigas
grandes espaços intercelulares, chamados lacunas ou câmaras, civilizações.
- Látex: É normalmente retirado de estruturas denominadas de
por onde circula ar, o que facilita as trocas gasosas e a flutuação
tubos laticíferos, através de incisões nas camadas externas do
das plantas aquáticas. Geralmente os espaços intercelulares caule (casca). Sua composição química é diferente de uma planta
comunicam-se com o ar atmosférico através dos estômatos para outra, mas apresenta muitas substâncias orgânicas, como
situados nas partes emersas. proteínas, enzimas, resinas, borracha e grãos de amido. Às vezes
contém também substâncias tóxicas que, se forem ingeridas,
Parênquimas de secreção podem até causar a morte do homem e de animais. Exemplos:
Os parênquimas secretores produzem e acumulam Dieffenbachia sp (comigo-ninguém-pode), mandioca-brava e
outras. A borracha é extraída da seringueira (Hevea brasiliens). O
diferentes substâncias, como por exemplo néctar, resinas, tanino
látex da seringueira coagula rapidamente quando em contato com
(amargo e adstringente), alcaloides, cristais (de carbonato de o ar, recobrindo feridas produzidas no corpo da planta.
cálcio, conhecidos como cistólitos, e de oxalato de cálcio, - Tanino: Também extraído da casca de várias plantas, como
conhecidos como drusas e ráfides), látex, essências, gomas e Quercus (carvalho) e acácia. É uma substância adstringente,
muitas outras. empregada no curtimento de couros, tornando-os resistentes e
imputrescíveis. O tanino é abundante em muitos frutos verdes
(caqui, banana).
- Resinas: Têm largo emprego como substâncias antissépticas,
bactericidas. Dela se extrai a terebentina, usada na produção de

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muitas tintas e vernizes. Elas são bastante inflamáveis e é por isso extremidade de caules, raízes, frutos e flores. Pode ser comparado
que os incêndios em pinheirais são difíceis de controlar. à cartilagem dos vertebrados.
- Essências: São substâncias orgânicas insolúveis em água, mas
solúveis em álcool e éter, em geral presentes nas flores e folhas.
São normalmente voláteis e de odor forte, característico para cada
espécie. As plantas relacionadas a seguir são largamente usadas
como ervas medicinais ou condimentos, justamente pela presença
de essências: arruda, alecrim, erva doce, erva-cidreira, canela,
cânfora, cravo, hortelã, noz-moscada, losna, gerânio, manjericão,
boldo, malva. São ainda usadas na produção de perfumes.
- Alcaloides: São substâncias nitrogenadas, básicas, com
acentuada ação fisiológica nos animais, causando-lhes inibições
ou estimulações metabólicas. Há dezenas de alcaloides
empregados em farmacologia, dos quais serão citados apenas Esquema de colênquima.
alguns mais conhecidos e as plantas das quais são obtidos:

Atropina - Atropa beladona;


Cafeína - Coffea arabica (café);
Cocaína - Erythroxylum coca;
Estricnina - Strychnos lluxvomica;
Morfina - Papover somniferum (papoula); a morfina é o principal
alcaloide do ópio, e a partir dela se obtém a heroína;
Nicotina - Nicotiana tabacum (fumo);
Quinina - Cinchona sp; a quinina é usada no tratamento da
malária;
Teobromina - Theobroma cacao (cacau);
Colchicina - Colchicum autumnale; a colchicina é usada em
estudos citogenéticos, pois aplicada a tecidos em mitoses bloqueia
a divisão, possibilitando o estudo de cariótipos.
Fotomicrografia eletrônica de colênquima.
Parênquimas de excreção O esclerênquima consiste em um tecido que, quando
O parênquima excretor se encontra associado a completamente desenvolvido, é formado por células mortas, com
hidatódios e está relacionado à eliminação do excesso de água paredes celulares bastante espessas, reforçadas por deposição
do solo na forma líquida, processo conhecido como gutação ou de lignina. É a lignina que, por ser impermeabilizante, leva à morte
sudação. das células, mas as deixam duras e bastante adequadas à função
de sustentação. É um tecido rígido e inflexível, sendo encontrado
2.2. Tecidos de sustentação: em partes velhas da planta, nos tecidos de condução e revestindo
frutos secos e sementes. Pode ser comparado ao osso dos
colênquima e esclerênquima vertebrados.
São representados pelo colênquima e pelo As células do esclerênquima podem ser grandes e
esclerênquima. Esses tecidos têm paredes celulares espessas, alongadas, chamadas fibras, ou pequenas, de várias formas,
reforçadas por celulose e, às vezes, lignina (tipo de resina). A chamadas escleritos ou esclereídeos.
camada reforçada é uma parede celular secundária, que se As fibras são células alongadas (medem de 0,5 a 55cm),
justapõe à parede celular primária, de celulose. O lúmen ou de modo geral associadas aos vasos condutores, mas também
espaço central das células fica então reduzido. Se o reforço ocorre possam esta misturadas a outras células, principalmente nas
em toda a extensão da parede celular, esta torna-se impermeável folhas de certas plantas. Com frequência, as fibras de
e impede a troca de materiais, causando a morte da célula. esclerênquima, que se apresentam agrupadas em feixes nas
O colênquima é representado por células vivas, folhas acabaram sendo de interesse econômico, fornecendo as
nucleadas, alongadas e com reforços de celulose nos ângulos fibras de linho, sisal, juta etc.
ou apenas em algumas paredes. Quando cortadas Os escleritos ou esclerídeos são células irregulares, com
transversalmente têm aspecto hexagonal. As células do muitos prolongamentos e encontrados em folhas, nas polpas de
colênquima encontram-se dispostas formando feixes. Elas podem frutos e nas cascas de muitas sementes. As "pedrinhas" que
crescer por distensão das paredes nos pontos não reforçados, o mastigamos em peras são esclereídeos.
que justifica a presença desses tecidos em órgãos em
crescimento. O colênquima é um tecido bastante flexível, sendo
encontrado em estruturas jovens como pecíolo de folhas,

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De modo geral, o colênquima é de localização periférica e muitas vezes misturado às células do parênquima de preenchimento. O
esclerênquima pode localizar-se tanto na periferia como em regiões internas do órgão e, nesse caso, encontra-se associado aos feixes
formados pelos vasos condutores.

Esclereídeos.

3. Sistema vascular ou cambial


3.1. Xilema ou Lenho
Os tecidos condutores transportam as substâncias que No xilema, condutor de seiva bruta, os únicos elementos
devem ser trocadas entre os vários órgãos das plantas. Suas condutores são os elementos de vasos ou traqueias e os
células estão organizadas em feixes vasculares, os feixes líbero- traqueídes. Nesses elementos condutores, os reforços de lignina
lenhosos, nos quais predominam os vasos lenhosos ou xilema em anéis ou espirais fazem lembrar a traqueia dos vertebrados.
(condutores da seiva bruta) e os vasos liberianos ou floema Tais reforços podem dar diferentes aspectos aos vasos
(condutores da seiva elaborada). Sabemos que a seiva bruta é a condutores, que são então definidos como anelados, espiralados,
solução de água e sais absorvida pelas raízes, e a seiva escalariformes, reticulados e pontuados. Existe um amplo espaço
elaborada é uma solução orgânica com produtos da interno, o lúmen, que permite o deslocamento de um grande
fotossíntese, particularmente sacarose, e outras substâncias que volume de seiva bruta.
é distribuídas para nutrir os outros órgãos da planta. Durante sua formação a partir do procâmbio, as células
Num feixe vascular há, então, além dos vasos lenhosos e formadoras do xilema inicial secretam lignina, que se deposita
liberianos, as fibras de sustentação, as células parenquimáticas e internamente à parede celular. A secreção de lignina ocorre em
um meristema chamado câmbio fascicular, que produz novas regiões específicas da membrana, formando anéis ou hélices
células condutores. Nos feixes das monocotiledôneas, não há esse rígidas, que evitam o colapso da parede da célula e permitem que
câmbio. os vasos se alonguem durante o crescimento em extensão da
As células do tecido condutor são de vários tipos, mas planta. A diferenciação da célula se completa com a morte e o
apresentam-se reunidas em dois grupos, que recebem o nome desaparecimento do conteúdo celular, restando apenas a parede;
genérico de lenho ou xilema e líber ou floema. As células a célula vazia é então chamada de elemento traqueário. O
efetivamente condutoras da seiva superpõem-se, formando longos conjunto desses primeiros elementos condutores de seiva bruta
tubos contínuos ou interrompidos por septos transversais recebe a denominação de protoxilema. Mais tarde, células do
perfurados. Daí serem chamados vasos condutores. procâmbio localizadas internamente ao protoxilema dão origem ao
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metaxilema. O protoxilema e o metaxilema, por se diferenciarem Os vasos lenhosos no xilema são compostos por três
diretamente do procâmbio, constituem o xilema primário. Mais conjuntos de estruturas:
tarde, nas plantas com crescimento secundário, novo xilema é - Traqueídeos / elementos de vaso: células mortas, diretamente
produzido pela atividade de meristemas secundários, câmbio ligadas à condução da seiva bruta; caracterizam-se por apresentar
fascicular câmbio interfascicular, apresentando grande reforços de lignina.
crescimento em espessura e caracterizando o xilema secundário. - Parênquima lenhoso: localiza-se junto aos vasos lenhosos
Os elementos traqueários em gimnospermas em geral são formando os raios medulares. É constituído por células vivas
os traqueídes, mas em gimnospermas gnetófitas, ocorrem pouco diferenciadas, cuja função é armazenar substâncias e
também os elementos de vaso. Em angiospermas, ocorrem preencher espaços.
traqueídes e elementos de vasos. Tanto traqueídes como - Fibras esclerenquimáticas: células mortas, lignificadas, que
elementos de vaso dispõem-se em fileiras ao longo do eixo se situam junto com os vasos, com a finalidade de sustentação.
longitudinal da planta, comunicando-se através de suas
extremidades, onde há espaços para a passagem de seiva, e As células do parênquima lenhoso que circundam os
constituindo-se então em tubos. vasos podem mostrar uma atividade especial quando os vasos são
Os traqueídes conservam as paredes transversais das velhos ou sofrem ferimentos. O protoplasma delas forma saliências
células que os originaram. Nas paredes celulares transversais que que penetram pela parede dos vasos e crescem até provocar uma
separam traqueídes consecutivos, ocorrem estruturas bem total obstrução do lúmen. Tais expansões, as tilas, põem fora de
características, chamadas pontuações, onde não houve função os vasos. Assim, esses vasos lenhosos mais velhos
deposição de lignina. Assim a seiva atravessa as paredes celulares passam a desempenhar apenas um papel de sustentação
transversais nos traqueídes por essas pontuações. Cada mecânica. Nas plantas com crescimento secundário, quando
pontuação tem um poro no centro de uma saliência circular da adultas, o esclerênquima deixa de ser o principal tecido de
parede da célula. Ao redor desse poro, observa-se na lamela sustentação, cedendo seu papel a esse xilema envelhecido. Num
média um pequeno espessamento, o toro, que mantém a área da caule, isto ocorre na região mais central, que se torna muito rígida
pontuação sempre aberta para permitir a passagem da seiva bruta. e compacta, constituindo o chamado cerne, que corresponde à
Os elementos de vasos apresentam grandes perfurações madeira. Apenas o lenho mais periférico, que é mais novo e
nas extremidades das células, resultantes da total desintegração produzido pelos meristemas secundários, permanece funcional,
das paredes transversais que separam células consecutivas. constituindo o chamado alburno. Tilas podem se formar também
Devido às pontuações encontradas nos traqueídes serem para isolar microorganismos que estão no xilema, evitando sua
muito estreitas, bolhas de ar eventualmente encontradas na seiva disseminação pela planta.
podem promover obstrução dos vasos. Nos elementos de vaso - cerne: xilema central envelhecido em plantas com crescimento
esse risco é bastante diminuído porque as perfurações são bem secundário, tendo sua luz obstruída por tilas; forma a madeira e se
mais amplas, uma vez que simplesmente não parede celular entre constitui como o principal elemento de sustentação na planta
as células, dificultando a obstrução dos vasos por bolhas de ar. adulta;
- alburno: xilema periférico mais novo e funcional em plantas com
crescimento secundário; constitui-se no elemento de condução de
seiva bruta.

3.2. Floema ou líber


No floema, condutor de seiva elaborada, os únicos
elementos condutores são as células crivadas e os tubos
crivados. Eles se formam pela superposição de células vivas,
alongadas, de paredes finas e sem lignificação. As paredes
transversais entre células consecutivas do floema não são
completamente dissolvidas, ficando com um aspecto característico
de crivos, como um chuveiro. Uma placa crivada permite a total
continuidade de matéria viva entre duas células superpostas, uma
vez que, pelos seus poros, o protoplasma emite filamentos de
ligação entre elas.
Durante a diferenciação das células crivadas e dos tubos
crivados, a partir do procâmbio e próximo ao protoxilema, ocorre
desintegração e desaparecimento do núcleo, da membrana
vacuolar (tonoplasto), dos ribossomos do complexo de Golgi e do
citoesqueleto. No citoplasma, restam apenas retículo
Elementos de vaso e traqueídes; note as diferenças entre endoplasmático liso, mitocôndrias e alguns plastos. A seiva
perfurações e pontuações. elaborada é então o próprio conteúdo dos vacúolos dos tubos
crivados, que passa a ser conduzido de uma célula a outra. Trata-
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se basicamente de uma solução orgânica, onde predominam


açúcares solúveis, particularmente sacarose.
Exercícios
Apesar da perda do núcleo e dos ribossomos, as células
crivadas e os tubos crivados conseguem manter-se vivos porque Questões estilo múltipla escolha
estão intimamente associados a um tipo especial de célula
parenquimática que lhes fornece proteínas e outras substancias 1. (UNIFOR) Examinando-se um determinado tecido vegetal ao
necessárias ao metabolismo. Essas células, bem apropriadamente microscópio óptico, verificaram-se as seguintes estruturas:
chamadas de células companheiras, mantêm vivos os elementos - células vivas;
condutores do floema, o que é essencial para a condução da seiva - células intimamente unidas;
elaborada, que, como dito, é o próprio protoplasma dos elementos - parede celular cutinizada;
condutores. - citoplasma sem cloroplastos.
Em gimnospermas, ocorrem células crivadas, enquanto Com base nessas características, pode-se afirmar que se trata de
que em angiospermas ocorrem tubos crivados. A diferença entre A) colênquima.
células crivadas e tubos crivados está no diâmetro dos crivos. Em B) meristema.
células crivadas há poucos crivos e de diâmetro menor, enquanto C) floema.
que em tubos crivados existem áreas com grande concentração de D) epiderme.
poros, sendo estes de diâmetro maior e constituindo-se em placas E) xilema.
crivadas. Essas placas crivadas, exclusivas de tubos crivados, são
interpretadas como uma maior especialização para a condução de 2. (UNIFOR) A figura abaixo esquematiza três tipos de células
seiva em relação às células crivadas. encontradas nos vegetais.

Os meristemas primários e os parênquimas das raízes


apresentam, respectivamente, células dos tipos
A) I e II. B) I e III.
C) II e III. D) III e I.
Tubos crivados e células companheiras. E) III e II.
Os vasos liberianos do floema são compostos por quatro 3. (UNIFOR) Considera-se como excreção nos vegetais a
estruturas: A) saída de glicose dos vasos liberianos.
- Células crivadas / tubos crivados: células vivas, anucleadas, B) eliminação de látex cicatrizante em plantas lactíferas.
cujas membranas de separação, entre um vaso e outro, são C) produção de néctar em grande variedade de flores.
perfuradas por poros, formando a placa crivada. D) eliminação do excesso do cloreto de sódio absorvido em plantas
- Células companheiras: células vivas, com núcleo volumoso, halófitas.
sem placas crivadas, ligadas diretamente aos tubos crivados E) produção de substâncias digestivas em plantas carnívoras.
através de plasmodesmos. Servem para manter os tubos
crivados, uma vez que estes são anucleados. 4. (UNIFOR) A figura abaixo mostra um tecido vegetal.
- Parênquima liberiano: formado por células vivas, junto aos
vasos liberianos com função de reserva.
- Fibras esclerenquimáticas: células mortas, lignificadas, com
função de sustentação.
Nos vasos já velhos ou temporariamente não funcionais,
como durante um inverno rigoroso, a seiva elaborada não pode
circular, uma vez que os poros das placas crivadas são obstruídos As características representadas indicam tratar-se de
pelo acúmulo de um carboidrato especial, a calose. A) meristema. B) parênquima. C) epiderme.
D) floema. E) colênquima.
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5. (UNIFOR) O xilema, além de conduzir a seiva bruta, tem a 9. (UECE) As plantas são organismos cobertos por um tecido
função de superficial denominado epiderme vegetal. Esse tecido pode ser
A) conduzir também a seiva elaborada para as raízes. formado por uma ou mais camadas de células e possui estruturas
B) proteger o caule das plantas contra a evaporação e o calor. especializadas nas trocas gasosas e na prevenção da perda de
C) produção de madeira, nas plantas que só têm crescimento água nesses organismos que, de acordo com as alternativas
primário. abaixo, compreendem respectivamente os
D) sustentação, nas plantas que apresentam crescimento A) estômatos e as lenticelas. B) hidatódios e os tricomas.
secundário. C) estômatos e os tricomas. D) tricomas e os hidatódios.
E) condução de látex, nos caules de árvores de grande porte.
10. (UECE) Segundo Simões (1999), uma planta é considerada
6. (UNIFOR) Considere a figura abaixo que representa um tecido medicinal quando possui metabólitos com propriedades químicas
vegetal em corte transversal. associadas a algum tipo de ação farmacológica. Assim, as
substâncias ativas presentes nas plantas medicinais, que são
produtos do seu metabolismo, são
A) os metabólitos primários, que são somente carboidratos.
B) os metabólitos primários, que são somente as proteínas tóxicas
vegetais.
C) os metabólitos secundários, que são todas as proteínas de
defesa.
D) os metabólitos primários, que são carboidratos, aminoácidos e
lipídeos, e os metabólitos secundários, que são compostos
fenólicos, terpenoides, óleos essenciais e alcaloides.

Considere também o seguinte texto: 11. (UECE) As rolhas são usadas há mais de 3.000 anos para
"Trata-se do I, que é um tecido II, o que pode ser deduzido pela tampar ânforas utilizadas para transportar vinhos e outros líquidos.
presença de III em algumas células." Para a produção de rolhas naturais, a parte da planta que é
utilizada corresponde ao
Para que esse texto venha a ser a legenda correta da figura, basta
A) córtex.
substituir I, II e III, respectivamente, por
B) súber.
A) colênquima – vivo – núcleo.
C) lenho.
B) esclerênquima – vivo – núcleo.
D) líber.
C) colênquima – morto – espessamentos na parede celular.
D) esclerênquima – morto – espessamentos na parede celular.
12. (UECE) Chamam-se meristemas os tecidos das plantas
E) xilema – morto – espessamentos na parede celular.
relacionados ao crescimento vegetal. Com relação às funções
desempenhadas por estes tecidos podemos afirmar, corretamente,
7. (UNIFOR) As células que formam os vasos lenhosos
que
A) são vivas apesar de não terem um núcleo.
A) meristemas primários encontram-se localizados, apenas, nas
B) possuem um grande vacúolo e uma fina camada de citoplasma.
extremidades caulinares dos vegetais.
C) são dotadas de paredes laterais com reforços de lignina.
B) somente as angiospermas desenvolvem o corpo secundário.
D) apresentam paredes transversais com inúmeros poros.
C) os meristemas apicais do sistema caulinar são responsáveis
E) comunicam-se com células companheiras através de
pela produção de um maior número de folhas que irão realizar o
plasmodesmos.
processo fotossintético.
D) o câmbio vascular, derivado de meristemas laterais, encontra-se
8. (UNICHRISTUS) Curitiba, capital do Paraná, deve seu nome à
relacionado ao sistema cortical das gimnospermas.
mata de araucária (na língua tupi, curi significa pinheiro e tyba,
aglomeração). Comparando um exemplar da espécie Araucaria
13. (UECE) Com relação às células e tecidos das plantas
angustifolia com outro da espécie Cocos nucifera (coqueiro-da-
vasculares, são feitas as seguintes afirmações, numeradas de 1 a
bahia), é correto afirmar que suas respectivas estruturas caulinares
6.
são:
A) primária e secundária, e em ambas há crescimento do caule em 1. Na periderme das plantas vasculares podem ser encontrados
espessura. estômatos e tricomas.
B) secundária e primária, e em ambas há crescimento do caule em 2. O xilema é responsável pelo transporte de alimentos dissolvidos.
espessura. 3. O floema encontra-se relacionado à condução de água e
C) ambas secundárias, como no mamoeiro (Carica papaya). solutos, sendo responsável pelo movimento ascendente.
D) ambas primárias, como no caule das palmeiras em geral. 4. Os nectários florais e extra-florais são exemplos de estruturas
E) ambas portadoras de periderme. secretoras.
5. As células do esclerênquima apresentam paredes celulares
espessas e, geralmente, lignificadas.
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6. O conjunto xilema-floema forma um sistema vascular contínuo A) 1.cloroplasto, 2.ostíolo, 3.células estomáticas, 4.célula anexa,
que percorre a planta inteira. 5.vacúolo.
Assinale o correto. B) 1.célula guarda, 2.cloroplasto, 3.ostíolo, 4.vacúolo, 5.célula
A) Apenas as afirmações 1, 4, 5 e 6 são verdadeiras. anexa.
B) Apenas as afirmações 3, 4 e 5 são verdadeiras. C) 1.célula guarda, 2.célula anexa, 3.ostíolo, 4.cloroplasto,
C) Apenas as afirmações 2, 3 e 6 são verdadeiras. 5.vacúolo.
D) Apenas as afirmações 4, 5 e 6 são verdadeiras. D) 1.cloroplasto, 2.ostíolo, 3.célula anexa, 4.célula estomática,
5.vacúolo.
14. (UECE) Dentre as plantas citadas abaixo, a opção que contém E) 1.célula anexa, 2.vacúolo, 3.célula estomática, 4.cloroplasto,
somente aquelas que não apresentam meristema secundário é: 5.ostíolo.
A) carnaubeira; milho; capim.
B) feijoeiro; soja; abacateiro. 18. (FCM-CG)
C) coqueiro; cajueiro; mangueira. CORTIÇA FECHA A GARRAFA E ABRE UM UNIVERSO
D) catingueira; ficus-benjamin; goiabeira. Envelhecida 43 anos. Esta é a idade mínima de uma rolha de
cortiça. Pouca gente se dá conta, mas quase sempre, aquele
15. (UECE) O fenômeno da desdiferenciação celular consiste na pedacinho de material isolante que fecha as garrafas de vinho é
reaquisição da capacidade de células adultas, já diferenciadas, mais antigo do que a bebida propriamente dita. E em geral, é
voltarem ao estado embrionário. Isto ocorre na(s) seguinte(s) apenas com a safra das uvas que se preocupam os consumidores.
região(ões) meristemática(s) dos vegetais: É um engano, já que uma rolha de má qualidade pode transformar
A) procâmbio, originando o lenho e o súber; o melhor vinho em vinagre ou, no melhor dos casos, alterar o seu
B) protoderme, originando a epiderme dos vegetais; sabor.
Fonte: revistaadega.uol.com.br/artigo/cortica-fecha-a-garrafa-e-abre-um-universo_5944.html
C) câmbio e felogênio que constituem o meristema secundário nos (adaptado).
vegetais; O objeto foco da notícia é um produto do sobreiro – o súber,
D) meristema fundamental, produzindo os tecidos responsáveis A) tecido de revestimento existente somente em troncos que
pela fotossíntese, sustentação, armazenamento de substâncias, funciona como um excelente isolante térmico, pois controla a
dentre outros. temperatura do vegetal para que não ocorra a sudação.
B) ou felogênio, um tecido vegetal primário de proteção mecânica e
16. (FACID) impermeabilizante, que substitui o córtex das plantas vasculares
O corpo vegetal é constituído de unidades morfologicamente com crescimento secundário.
reconhecíveis, as células. Dentro das massas celulares, os grupos C) um parênquima, impregnado de grossas camadas de cutina,
de células divergem, formando assim tecidos com formas e que é formado do lado externo do caule pelo câmbio fascicular.
funções bem distintas. O _____ é considerado um tecido D) um tecido meristemático fundamental que substitui o córtex das
mecânico, portanto, sustentação, sendo que suas paredes são plantas de crescimento secundário e que é constituído por células
flexíveis e as células conservam protoplastos bem ativos até à mortas e inúmeros espaços intercelulares.
maturidade. Já o _____ é considerado um tecido de condução, E) que, com o crescimento da planta, racha em muitos pontos e se
sendo responsável pelo transporte de água a partir dos elementos destaca, juntamente com outros tecidos, originando o ritidoma, ou
traqueais. seja, um conjunto de tecidos corticais mortos.
Os tecidos que completam corretamente as lacunas,
respectivamente, são: 19. (UNP) Analise as assertivas abaixo:
A) Esclerênquima e xilema. I. O meristema apical determina a estrutura primária.
B) Meristema e floema. II. O feloderma é constituído por células vivas, enquanto o súber é
C) Parênquima e floema. constituído por células mortas.
D) Esclerênquima e periderme. III. O câmbio vascular e o felogênio, que são os meristemas
E) Colênquima e xilema. laterais, possibilitam o crescimento da planta, isto é, o
desenvolvimento secundário.
17. (FCM-JP) Observe a figura abaixo e identifique as estruturas Assinale:
enumeradas A) Todas as assertivas estão corretas.
B) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
C) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
D) Apenas a assertiva I está correta.

20. (UERN)
Os vegetais vasculares caracterizam-se por apresentar tecidos
condutores de seivas. A seiva mineral (bruta) é conduzida da raiz
para a folha através do lenho ou xilema. A seiva orgânica
(elaborada) é conduzida da folha para a raiz através do líber ou
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88 Curso de Biologia
floema. A madeira corresponde ao lenho que deixou de transportar A) praticamente à mesma altura e mantinha o mesmo tamanho e
a seiva mineral e passou a exercer a função de sustentação no proporções de anos atrás.
vegetal. Sabemos da sua importância no nosso cotidiano devido à B) a cerca de 3 metros do chão e mantinha o mesmo tamanho e
grande utilização desse material pelo homem. Boa parte dos proporções de anos atrás.
móveis das casas é feito de madeira. Pode ser usada também C) a cerca de 3 metros do chão e mantinha as mesmas
como combustível (carvão vegetal), na construção de casas, como proporções, mas tinha o dobro do tamanho que tinha anos atrás.
dormente de linhas férreas, na construção de carroceria de D) a cerca de 3 metros do chão e não tinha as mesmas proporções
caminhão, moirões de cerca etc. Esse tecido originado da de anos atrás: estava bem mais comprido que largo.
diferenciação de células oriundas do câmbio ou do procâmbio, E) praticamente à mesma altura, mas não tinha as mesmas
ocupa uma região mais interna no caule e na raiz, possuindo proporções de anos atrás: estava bem mais largo que comprido.
características que o difere do líber ou floema, que também tem
sua origem da diferenciação de células produzidas pelo câmbio ou 23. (UNESP) Nos vegetais, estômatos, xilema, floema e lenticelas
procâmbio. têm suas funções relacionadas, respectivamente, a:
Ser Protagonista: Biologia, 3: Ensino Médio / Antônio Carlos Bandouk. [ET. AL..]. – 1ª edição – A) trocas gasosas, transporte de água e sais minerais, transporte
São Paulo: Edições SM, 2009
de substâncias orgânicas e trocas gasosas.
A figura a seguir ilustra um dos componentes do lenho. Observe:
B) trocas gasosas, transporte de substâncias orgânicas, transporte
de água e sais minerais e trocas gasosas.
C) trocas gasosas, transporte de substâncias orgânicas, transporte
de água e sais minerais e transporte de sais.
D) absorção de luz, transporte de água, transporte de sais minerais
e trocas gasosas.
E) absorção de compostos orgânicos, transporte de água e sais
minerais, transporte de substâncias orgânicas e trocas gasosas.

24. (UFV) Na figura estilizada abaixo, a enfermeira e o paciente


representam dois tipos celulares vegetais intimamente associados
e especializados de um mesmo tecido. Embora sejam células
Em qual das alternativas a seguir encontramos uma característica vivas, um desses tipos celulares não possui núcleo quando
do lenho que o difere do líber? completamente diferenciado. O outro tipo de célula adjacente é
A) Enquanto o lenho é um tecido formado por células mortas, o nucleado e denso em material citoplasmático e mitocondrial.
líber é formado por células vivas.
B) Enquanto o lenho conduz a seiva mineral no sentido folha-raiz,
o líber conduz a seiva orgânica no sentido raiz-folha.
C) Enquanto o lenho não possui reforço de lignina, o líber possui
esse tipo de reforço.
D) Enquanto o lenho ocupa a menor parte do caule, o líber ocupa a
maior parte do caule.

21. (FUVEST) Enquanto a clonagem de animais é um evento


relativamente recente no mundo científico, a clonagem de plantas Pode-se afirmar corretamente que o tecido em questão é o:
vem ocorrendo já há algumas décadas com relativo sucesso. A) meristema.
Células são retiradas de uma planta mãe e, posteriormente, são B) colênquima.
cultivadas em meio de cultura, dando origem a uma planta inteira, C) floema.
com genoma idêntico ao da planta-mãe. Para que o processo D) xilema.
tenha maior chance de êxito, deve-se retirar as células E) esclerênquima.
A) do ápice do caule.
B) da zona de pelos absorventes da raiz. 25. (UFV) Observe o cladograma indicando as relações
C) do parênquima dos cotilédones. filogenéticas entre os principais grupos de embriófitas.
D) do tecido condutor em estrutura primária. Bri—fitas Pterid—fitas Progimnospermas Gimnospermas Angiospermas

E) da parede interna do ovário.

22. (UNESP) Um rapaz apaixonado desenhou no tronco de um


abacateiro, a 1,5 metros do chão, um coração com o nome de sua
amada. Muitos anos depois, voltou ao local e encontrou o mesmo
abacateiro, agora com o dobro de altura. Procurou pelo desenho
que havia feito e verificou que ele se encontrava

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Curso de Biologia 89

Entre as características abaixo, consideradas como ponto de tecidos vegetais e determinados tecidos animais. Esta analogia
ramificação evolutiva, aquela que corresponde à indicada pela seta existe entre
é: A) o esclerênquima encontrado nos vegetais e tecido cartilaginoso
A) xilema e floema secundários. dos animais.
B) sementes nuas ou protegidas. B) o tecido suberoso dos vegetais e o tecido sanguíneo dos
C) saco embrionário com 4-16 células. animais.
D) zigoto multicelular com arquegônio ou saco embrionário. C) os vasos liberianos dos vegetais e o tecido ósseo dos animais.
E) traqueídes com paredes desigualmente espessadas. D) os canais laticíferos dos vegetais e a epiderme dos animais.
E) o colênquima dos vegetais e o tecido muscular liso dos animais.
26. (UFJF) Se fizermos uma analogia funcional entre as estruturas
animais e vegetais, podemos afirmar que a pele, os ossos, os 31. (UFMG) A estrofe abaixo foi extraída do poema “Jogos Frutais”,
vasos sanguíneos e o sangue podem equivaler, nas plantas, de João Cabral de Melo Neto.
respectivamente, a: “Está desenhada a lápis
A) esclerênquima, bainha, xilema, seiva. de ponta fina,
B) periderme, esclerênquima, xilema, seiva. Tal como a cana-de-açúcar
C) periderme, estômato, xilema, seiva. que é pura linha.”
D) periderme, esclerênquima, seiva, xilema. O termo “pura linha” a que se refere o poeta corresponde ao tecido
E) esclerênquima, bainha, seiva, xilema. vegetal
A) colênquima.
27. (UFJF) Analise as afirmativas abaixo, sobre a origem e as B) esclerênquima.
características morfofuncionais da epiderme nos vegetais. C) meristema.
I. Origina-se do meristema fundamental, localizado nas D) parênquima.
extremidades do caule e da raiz.
II. Além da função de revestimento, também está envolvida na 32. (UFT) Para muitas pessoas, o âmbar, formado pela fossilização
realização da fotossíntese. de resinas produzidas por algumas plantas, pode ser considerado
III. É substituída pela periderme em órgãos que desenvolvem como pedra semipreciosa, embora não seja um mineral. Deste
crescimento secundário. modo, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa
IV. Possui células especializadas para realização de trocas correta.
gasosas e secreção de substâncias diversas. I. Os canais resiníferos de plantas secretam resinas ou âmbar.
Estão corretas as afirmativas: II. A função de uma resina ou âmbar é proteger a planta do contato
A) I e II. de insetos e de outros pequenos organismos.
B) I e III. III. As inclusões no âmbar podem conter animais e/ou plantas, que
C) I e IV. podem contribuir para os avanços no conhecimento sobre
D) II e III. paleoecologia.
E) III e IV. A) As afirmativas II e III estão corretas.
B) Somente a afirmação III está correta.
28. (UEL) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta. C) Somente a afirmação II está correta.
O crescimento em espessura da raiz e do caule de vegetais D) As afirmativas I, II e III estão corretas.
dicotiledôneos e gimnospermas, denominado crescimento E) Somente a afirmação I está correta.
secundário, se deve fundamentalmente:
A) À hipertrofia das células do parênquima cortical. Questões estilo V ou F
B) À hipertrofia das células do parênquima medular.
C) À divisão celular verificada no câmbio e no felogênio. 33. (UPE) Sobre tecidos vegetais, analise as afirmativas a seguir e
D) À divisão celular verificada no periblema e no pleroma. conclua.
E) À atividade condutora do xilema e do floema. (_) O colênquima é um tecido formado por células alongadas, vivas
e flexíveis localizadas na periferia de caules jovens, pecíolos e
29. (UFC) São exemplos de células anucleadas: pedúnculos de flores e frutos.
A) célula parenquimática e célula muscular. (_) O floema é o principal tecido responsável pela produção de
B) elemento de tubo crivado e hemácia de mamíferos. papel e largamente empregado na construção civil e na
C) hemácia de mamíferos e célula albuminosa. marcenaria.
D) elemento de vaso e macrófago. (_) O xilema é um tecido responsável pela condução da seiva
E) vírus e hemácia de mamíferos. mineral. Suas células se caracterizam pela impregnação de lignina
nas suas paredes e pela presença da placa crivada.
30. (UFRRJ) Tal como acontece com os animais, os vegetais (_) O parênquima é um tecido de preenchimento, cujas células se
superiores também apresentam células com uma organização especializaram no processo de a armazenamento e/ou
estrutural formando tecidos. Existe uma certa analogia entre alguns fotossíntese.

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90 Curso de Biologia
(_) Os meristemas apicais são tecidos com grande atividade A) Que tipo de estrutura produz a substância urticante?
mitótica, sendo responsáveis pelo crescimento tanto em altura B) A que tecido vegetal pertence essa estrutura?
como em espessura
38. (UERJ) A clonagem de plantas já é um procedimento bastante
34. (UFPI) Os principais tecidos das plantas vasculares estão comum. Para realizá-lo, é necessário apenas o cultivo, em
agrupados em unidades maiores conhecidas como sistemas de condições apropriadas, de um determinado tipo de célula vegetal
tecidos, são facilmente reconhecíveis, muitas vezes a olho nu. No extraído da planta que se deseja clonar. Nomeie esse tipo de
corpo vegetal, observamos três sistemas de tecidos presentes nos célula e apresente a propriedade que viabiliza seu uso com esse
órgãos vegetativos que revelam a similaridade básica entre eles, objetivo. Indique, ainda, uma parte da planta onde esse tipo de
bem como a continuidade do corpo da planta. Com relação aos célula pode ser encontrado.
sistemas e à presença de determinados tipos celulares nos órgãos
vegetais, coloque V (verdadeiro) ou F (falso). 39. (UFV) Analise a figura abaixo, que representa diversos tipos
(_) Estômatos apresentam grande importância nas trocas gasosas celulares indicados com números de I a VIII. As células
e no processo de transpiração da planta, sendo as células guardas representadas correspondem às especializações morfológicas e
responsáveis pelo movimento de abertura e fechamento do ostíolo. funcionais na formação dos tecidos e órgãos das plantas.
(_) A periderme formada por súber-felogênio-feloderme é o tecido
de revestimento em órgãos que apresentam crescimento primário.
(_) Xilema e floema são os tecidos condutores no vegetal. Os tipos
celulares básicos de cada um desses tecidos são,
respectivamente, elementos do tubo crivado e elementos de vaso.
(_) O parênquima é o mais comum dos tecidos fundamentais, pode
ser de vários tipos, dependendo da função principal que ele
exerce. No parênquima de reserva, são armazenadas substâncias
nutritivas como amido e cloroplastos; no parênquima aquífero, é
armazenada água e, no parênquima amilífero, é armazenado ar.

Questões discursivas
Após análise da figura, cite:
35. (UNICHRISTUS) Inicialmente, uma planta dicotiledônea jovem A) o nome do processo que origina as células indicadas pelas
cresce mais rápido em comprimento, para, em seguida, crescer setas a partir de I.
também em espessura (crescimento secundário). B) o nome do tecido que contém as células indicadas por I.
A) Qual a vantagem adaptativa de ser priorizado o crescimento C) uma função desempenhada pelo tecido representado pela
longitudinal? célula IV.
B) D) os números correspondentes aos tipos celulares que
I. Como é denominado o conjunto das células indiferenciadas na apresentam cloroplastos.
extremidade do caule e da raiz em desenvolvimento? E) o número associado com os esclereídeos.
II. Qual a denominação coletiva dos três tecidos diretamente F) a natureza química da estrutura presente na célula II.
oriundos da diferenciação dessas células?
III. Nomeie cada um deles. 40. (UFV) Em relação aos tecidos vegetais:
C) Quais os três grupos de tecidos diferenciados que constituem a A) qual a função dos meristemas primários e onde se localizam?
estrutura primária do caule? (Não há necessidade de citar os B) qual a função dos meristemas secundários?
componentes de cada grupo) C) escreva uma característica do esclerênquima que o diferencia
D) A partir de quais tecidos resulta o crescimento secundário do do colênquima.
caule e da raiz? D) dê o nome do tecido localizado nas folhas e nos caules jovens,
E) É correto afirmar que esses tecidos (item D) derivam por caracterizado por células ricamente clorofiladas com função
diferenciação direta das células indiferenciadas dos ápices caulinar fotossintética.
e radicular? Justifique.

36. (FUVEST) Um casal de namorados entalhou um coração numa


árvore, a 1 metro do solo. Casaram. Ao completar suas bodas de
prata, voltam ao local. A árvore, agora frondosa, tem o triplo da
altura. A que distância do solo está o coração entalhado?
Relacione a posição do coração com o crescimento da árvore.

37. (UNESP) Quando se esbarra em uma planta de urtiga, ocorre


forte irritação no local atingido, devido à reação do organismo da
pessoa em resposta à substância urticante produzida pela planta.
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Curso de Biologia 91

AULA 8 repete a estrutura da raiz principal, contendo então coifa, zona


meristemática, zona lisa e zona pilífera.
Disposição dos tecidos nos órgãos vegetativos As regiões exclusivas da raiz são a coifa e a zona pilífera.
Após a raiz, tem-se o caule. Dá-se o nome de colo à zona de
Disposição dos tecidos nas raízes transição entre a raiz e o caule.

A raiz é normalmente um órgão subterrâneo, aclorofilado,


com ramificações, que faz a absorção de água e sais do solo e
transporta as seivas. Ela se desenvolve a partir de uma radícula,
visível na germinação da semente. A raiz pode crescer como um
eixo, caso da raiz pivotante ou axial, do qual partem as
ramificações secundárias, típicas das dicotiledôneas, ou como um
feixe de raízes finas e longas, partindo todas de um mesmo ponto,
caso das raízes fasciculadas ou em cabeleira, típicas das
monocotiledôneas.
Na estrutura típica de uma raiz são reconhecidas, da ponta
para a base, as seguintes regiões:
1. Coifa ou caliptra: Estrutura formada por células
parenquimáticas, semelhante a um capuz, que cobre e protege a
zona meristemática da raiz e tem sua origem a partir do
caliptrogênio. Nas raízes terrestres a coifa protege o meristema
contra as asperezas do solo, o que é importante uma vez que
células meristemáticas têm paredes celulares primárias, bastante
delgadas; nas raízes aéreas atua contra a falta de umidade no ar,
o que poderia levar à desidratação, e nas raízes aquáticas protege
contra microorganismos. A coifa possui abundância de substâncias
mucilaginosas que lubrificam a raiz durante sua penetração no
solo, reduzindo o atrito.
2. Zona meristemática ou de proliferação: Localiza-se na região Raiz.
subapical da raiz, onde se observa células embrionárias com alto
poder de divisão celular. É nela que se localizam os meristemas Estrutura primária da raiz
primários da raiz, protoderme, meristema fundamental, Podemos estudar a estrutura primária de uma raiz
procâmbio e caliptrogênio, sendo protegidos pela coifa. observando cortes histológicos transversais na região pilífera,
3. Zona lisa ou de alongamento: É a região de crescimento, onde já são encontrados tecidos plenamente diferenciados.
onde as células meristemáticas ainda indiferenciadas se Aí são reconhecidas três partes: a epiderme, o córtex ou
distendem, proporcionando um crescimento longitudinal, em casca e o cilindro central ou medula ou estelo.
comprimento. A epiderme tem origem na protoderme e é uma camada
4. Zona pilífera ou de diferenciação ou de absorção: É a região simples, com muitas de suas células dotadas de pelos
onde se começa a encontrar tecidos adultos primários: ao invés de absorventes.
protoderme tem-se agora epiderme; ao invés de meristema O córtex ou casca tem origem no meristema funda-
fundamental tem-se agora parênquimas, colênquima e mental e é formado principalmente por um parênquima uniforme
esclerênquima; ao invés de procâmbio tem-se agora xilema e (parênquima cortical), de células grandes e com pequenos
floema. Na epiderme, ocorrem pelos absorventes, unicelulares, espaços entre elas, o meato, por onde transita livremente a seiva
que proporcionam uma grande superfície para a absorção de água bruta até atingir os vasos lenhosos. Além disso, encontram-se
e sais minerais do solo. Estes pelos nem sempre estão presentes colênquima e, especialmente em áreas mais velhas,
5. Zona suberosa ou de ramificação: É a região mais antiga da esclerênquima.
raiz e, também, a mais extensa. Nela, ocorre desdiferenciação de A camada mais interna do córtex da raiz, que delimita o
parênquima dando origem a meristemas secundários, felogênio e cilindro central, é o endoderma, um parênquima especial, formado
câmbios, que por sua vez se diferenciam novamente em tecidos por células bem encaixadas entre si e com reforços especiais de
adultos secundários, como súber, feloderme e xilema e floema suberina nas paredes. Esses reforços de suberina, em forma de
secundários. Uma vez que seu revestimento não mais é de cinta, são denominados estrias de Caspary. A estria de Caspary
epiderme, e sim de súber, que é impermeável, essa região não dispõe-se como uma faixa contínua ao redor das paredes laterais
mais pode absorver água e sais do solo. Entretanto, é dela que que conecta cada células às suas vizinhas endodérmicas. Além de
partem as raízes secundárias ou radicelas. Cada raiz secundária suberina (uma complexa mistura de ácidos graxos insaturados),

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92 Curso de Biologia
ela pode conter, em certos casos, lignina. Essas substâncias
penetram entre as moléculas de celulose da parede celular e O cilindro central ou medula ou esteio tem origem no
chega até a camada de material intercelular que cimenta as células procâmbio e está localizado internamente ao córtex, contendo os
vizinhas, a lamela média. As estrias de Caspary então promovem o tecidos vasculares e sendo também ser chamado de cilindro
vedamento dos espaços entre as células do endoderma, de modo vascular. Além de xilema, câmbio e floema, possui ainda
que qualquer substância que passar do córtex para o cilindro parênquima (parênquima medular, organizado em raios entre os
central tem que atravessar o citoplasma das células endodérmicas, feixes condutores), esclerênquima e periciclo.
pois não espaços permeáveis à água entre elas, como ocorre em O periciclo é constituído por células meristemáticas,
outros tecidos. Posteriormente, será analisada a importância de dispostas como uma lâmina ao redor do cilindro central, logo
garantir essa passagem pelo cito plasma das células abaixo do endoderma, promovendo a separação entre córtex e
endodérmicas. medula. (O endoderma é a parte mais interna do córtex, tendo
origem no meristema fundamental, enquanto o periciclo é a parte
mais externa da medula, tendo origem no procâmbio.) As células
do periciclo têm paredes tinas e podem readquirir a capacidade de
divisão, se comportando como meristemas secundários e dando
origem às raízes secundárias (ramificações) a partir da zona
suberosa. Assim, as raízes secundárias se formam a partir do
cilindro central, tendo, pois, origem endógena. Nisso elas se
diferenciam de folhas e ramos dos caules, que se formam a partir
de células meristemáticas localizados superficialmente no caule,
tendo então origem exógena.
A partir do periciclo, pode haver, além da formação de
raízes secundárias, formação de esclerênquima nas raízes sem
crescimento secundário e formação de felogênio e câmbio nas
raízes com crescimento secundário.

Células da endoderme com estrias de Caspary.

Raiz em corte primário.

Em plantas dicotiledôneas, os vasos condutores estão localizados bem no centro da raiz, havendo entre os feixes vasculares grupos
de células de parênquima medular, os raios medulares. Em plantas monocotiledôneas, ocorre uma medula central com parênquima medular
bem desenvolvido, envolvido por um anel de feixes vasculares. Assim, o centro da raiz é ocupado por parênquima, e não por vasos condutores.

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Curso de Biologia 93

Raiz de dicotiledôneas.

Raiz de monocotiledôneas.

Estrutura secundária da raiz


Na maioria das monocotiledôneas e em algumas dicotiledôneas de pequeno porte (herbáceas), o crescimento da raiz é proporcionado
somente por meristemas primários, havendo pouco desenvolvimento em espessura, o que caracteriza um crescimento primário somente. Em
gimnospermas e na maioria das dicotiledôneas, a raiz adulta apresenta um crescimento secundário em espessura proporcionado pelo
surgimento de meristemas secundários.
Podemos observar a estrutura secundária da raiz a partir da zona suberosa, onde o crescimento secundário ocorre.
Nela, parênquima cortical (externo) sofre desdiferenciação e dá origem a um meristema secundário, o felogênio ou câmbio
suberógeno. Este forma internamente feloderme, vivo, semelhante a parênquima, e externamente súber, morto, suberinizado e impermeável.
Com o crescimento em espessura promovido pelo meristema secundário, o córtex e a epiderme se rompem e são destruídos, passando a
periderme (feloderme, felogênio e súber) a funcionar como tecido mais externo de revestimento.
Também na zona suberosa, parênquima medular (interno) sofre desdiferenciação e dá origem a outro meristema secundário, o
câmbio interfascicular. Assim, câmbio fascicular (localizado entre xilema e floema nos feixes vasculares) e o recém-formado câmbio
interfascicular (localizado no espaço entre feixes vasculares vizinhos, onde antes havia raios medulares) se unem para formar um anel de
câmbio. Este forma mais xilema (voltado para dentro) e mais floema (voltado para fora), caracterizando xilema e floema secundários, que
levam ao aumento de espessura verificado na zona suberosa.

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94 Curso de Biologia

Desenvolvimento da raiz.

Disposição dos tecidos nos caules Na junção de cada primórdio de folha com o eixo caulinar
resta um grupo de células meristemáticas que forma a gema
O caule é geralmente um órgão aéreo, de sustentação do lateral ou gema axilar. O tecido que foram essas gemas é um
corpo da planta e de condução das seivas. Apresenta folhas e meristema primário, diretamente derivado do meristema apical. As
gemas. Destas se originam as ramificações, botões florais e até gemas laterais permanecem em estado de dormência até serem
raízes. A gema é um meristema protegido por primórdios de folhas ativadas, quando originam então ramos laterais.
em forma de pequenas e delicadas escamas. A presença de O local de inserção do primórdio foliar ao eixo do caule é
gemas é uma característica exclusiva dos caules, o que permite denominado nó; o espaço entre dois nós vizinhos é o entrenó. À
diferenciá-las das raízes e folhas, que não as possuem. medida que o caule cresce pela atividade da gema apical, vão
A parte mais jovem do caule é a que se localiza junto ao sendo produzidas novas unidades na planta, cada qual formada
ápice, onde ocorre a multiplicação das células do meristema por um nó com seus primórdios foliares e pelo entrenó que se
apical caulinar, chamado também gema apical, que promove o segue, na base do qual ficam as gemas axilares. Essas unidades
crescimento longitudinal. À medida que o caule vai crescendo, constituídas de nó, primórdios foliares, entrenó e gema axilar são
formam-se, de espaço em espaço, primórdios foliares, dotados denominadas fitômeros.
de células meristemáticas que dão origem às folhas.

Ápice caulinar: em A, fotomicrografia óptica; em B, esquema.


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Curso de Biologia 95

Estrutura primária do caule


Assim como na raiz, na estrutura primária dos caules existe epiderme e córtex. Ao contrário das raízes, na maioria dos caules não ocorre
endoderme e periciclo, além de não se formar cilindro vascular bem caracterizado.
Caules de plantas jovens e de plantas herbáceas, onde ocorre estrutura primária, são revestidos por epiderme. Esta epiderme é
revestida de cutina, um material impermeabilizante também encontrado nas folhas. Ela contém ainda estômatos para possibilitar a ocorrência de
trocas gasosas.
O córtex do caule é formado por parênquima e colênquima, basicamente. O parênquima é formado por células clorofiladas, que dão cor
verde ao caule na estrutura primária, realizando fotossíntese. O colênquima se dispõe num cilindro contínuo, que dá sustentação ao caule
jovem. Pode ocorrer ainda esclerênquima e tecidos secretores.
Na estrutura primária dos caules das gimnospermas e dicotiledôneas em geral, os feixes vasculares dispõem-se formando um
círculo ao redor da medula, constituída basicamente de parênquima com função de preenchimento. Essa estrutura é chamada de eustélica.
Cada feixe é constituído de xilema voltado para dentro e floema voltado para fora, estando o câmbio fascicular entre os dois.
Já nas monocotiledôneas e dicotiledôneas herbáceas esses feixes vasculares estão distribuídos de modo difuso pelo
parênquima, não havendo limites distintos entre córtex e medula. Essa estrutura é chamada de atactostélica. Em monocotiledôneas como o
trigo, a cevada e o bambu, o caule é um cilindro oco e os feixes vasculares distribuem-se formando um anel ao redor do espaço interno. Os
feixes vasculares em si mantêm a organização de xilema por dentro e floema por fora, não havendo, no entanto, câmbio caracterizado.

A figura mostra cortes transversais de caules na região de entrenó. Em A e B, padrões de gimnospermas e da maioria das dicotiledôneas; em
C, padrão das monocotiledôneas e das dicotiledôneas herbáceas.

Estrutura secundária do caule bem marcadas. Nesses casos, cada anel é chamado anual, e com
Em gimnospermas e na maioria das dicotiledôneas, o base no número de anéis é possível verificar a idade de uma
caule pode apresentar crescimento secundário em espessura árvore.
pela adição de xilema e floema, a partir do câmbio, e pela Cada anel é formado pelo conjunto dos chamados xilema
formação de periderme, a partir do felogênio. A periderme inicial ou primaveril e xilema tardio ou estival. O inicial é menos
protege os vasos condutores, ficando o floema mais próximo dela e denso, constituído por células de paredes finas; já o tardio é mais
o xilema mais interno. A periderme pode descamar pela produção denso, formado por células de paredes bem espessadas.
de peridermes mais interna, formando ritidomas. Troncos de árvores que vivem em regiões temperadas
Nas monocotiledôneas os caules podem apresentar apresentam, portanto, anéis de lenho estival intercalados com
crescimento em espessura, como acontece nos caules das anéis de lenhos primaveril. Quando estes troncos são observados
palmeiras. Entretanto, nesses casos o crescimento ocorre por em cortes transversais, esses anéis são facilmente identificados (o
divisões celulares não-localizadas, isto é, a partir de células de primaveril sendo o mais espesso por ter um lúmen grande), e o
vários tecidos, sem a intervenção do câmbio. Como não há número de pares de anéis corresponde à idade da árvore. Esta
participação do câmbio, esse tipo de crescimento em espessura técnica de contagem de idade em árvores é denominada
não é considerado crescimento secundário. dendrocronologia. É interessante que esta técnica permite
O xilema secundário do caule de espécies arbóreas é também uma análise do clima de uma região no período de tempo
denominado madeira e tem grande aproveitamento econômico. registrado nos anéis: em épocas de secas ou cheias, os anéis de
lenho ficam menos ou mais espessos respectivamente, devido a
uma menor ou maior atividade fotos sintética.
Madeira
Cerne
Anéis de crescimento
À medida que as plantas crescem e se tornam mais velhas,
As madeiras quando vistas em cortes transversais
a região mais interna dos caules, formada basicamente pelo
apresentam zonas concêntricas sucessivas, denominadas anéis de
xilema, eventualmente perde sua funcionalidade. Assim, deixa de
crescimento. Esses anéis são bem evidentes especialmente em
ocorrer a condução de seiva bruta nessa parte da planta, devido a
madeiras de regiões temperadas, em que as estações do ano são
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96 Curso de Biologia
tilas que obstruem a luz dos vasos lenhos os e o os lignifica. Essa
parte central do caule, que não tem mais função de condução, mas
sim de sustentação, recebe o nome de cerne. Nessa região
verifica-se a impregnação das células por várias substâncias, como
óleos, resinas e taninos, que escurecem o cerne, o tornam
resistente ao ataque de decompositores e algumas vezes fazem
com que produza um aroma característico para cada espécie de
planta. O cerne é o que se chama normalmente de madeira.

Alburno
Nem todo o xilema deixa de ser funcional, senão a planta Fotomicrografia óptica em corte.
morre. A parte mais externa do xilema, mais próxima do câmbio,
permanece funcional e recebe o nome de alburno, apresentando
coloração mais clara que o cerne. A espessura do cerne e do Disposição dos tecidos nas folhas
alburno varia de acordo com a planta.
A forma e a anatomia das folhas das plantas estão
Tilas
Em muitas plantas, quando o xilema se torna inativo, ocorre relacionadas às duas funções básicas que elas exercem:
a invaginação de células parenquimáticas através dos poros dos fotossíntese e respiração.
vasos lenhosos. Essas projeções chamam-se tilas, acumulam A lâmina ou limbo das folhas forma uma superfície ampla,
resinas e lignina e muitas vezes chegam a ocupar totalmente o que favorece a absorção de luz para a realização da fotossíntese.
lúmen do vaso, convertendo xilema funcional em cerne. As tilas Além de ampla, a superfície é delgada, de modo que mesmo suas
podem se formar prematuramente nas plantas, como uma resposta células mais internas não ficam muito distantes da superfície.
de defesa ao ataque dos parasitas. Ao fechar os vasos lenhosos, Essas características facilitam as trocas gasosas entre a folha e o
impedem que os parasitas se dispersem pela planta por meio do meio externo.
xilema. Assim como a raiz e o caule a folha também apresenta
tecidos de revestimento, tecidos fundamentais e vasculares. Não
ocorre estrutura secundária em folhas, que não crescem em
espessura. Assim, não encontramos nelas tecidos meristemáticos
como câmbios e felogênio.
O revestimento da folha é feito pela epiderme. Na face
superior da folha, mais exposta ao sol e com temperaturas mais
elevadas, ocorre uma cutícula bem desenvolvida, o que a torna
bem lisa e brilhante. Na face inferior da folha, sombreada, a
cutícula é pouco desenvolvida.
Normalmente na face inferior da epiderme, diferenciam-se
os estômatos, estruturas que participam da transpiração e das
trocas gasosas entre os meios externo e interno da folha.
Tecidos do caule em estrutura secundária. Dependendo do ambiente onde a planta 'vive, os estômatos podem
ocorrer na epiderme superior e inferior do limbo, ou em apenas
uma delas. Em ambientes com pouca umidade e muita
luminosidade, eles são mais frequentes na face inferior das folhas,
sendo raros ou ausentes na face superior, onde a perda de água é
maior. Os estômatos restritos à parte superior encontram-se em
folhas flutuantes de plantas aquáticas. Neste caso, se estivessem
na face inferior, seriam obstruídos pela água, deixando de exercer
seu papel nas trocas gasosas e na transpiração.
Entre as epidermes superior (dorsal) e inferior (ventral) das
folhas existe o mesófilo, formado pelos parênquimas
clorofilianos, chamados de paliçádico e lacunoso ou
esponjoso, onde também pode haver cistólitos, drusas e ráfides,
Anéis de crescimento. que são cristais de cálcio acumulados em certas células.
O parênquima paliçádico se caracteriza por apresentar
células justapostas, cilíndricas, dispostas perpendicularmente
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à epiderme e ricas em cloroplastos. É o principal tecido com


função fotossintética. A disposição das células no parênquima
paliçádico, perpendiculares à epiderme, reduz a superfície de
exposição direta à luz, o que protege a clorofila, uma vez que luz
em excesso a destrói.
O parênquima lacunoso ou esponjoso se caracteriza por
possuir células arredondadas, com muitos espaços entre elas,
chamados de lacunas. A quantidade de cloroplastos é menor que
no parênquima paliçádico, mas também realiza a fotos síntese.
Suas células dispostas aleatoriamente são mais adequadas
para captar luz difusa, como a que reflete a partir do solo. Sua
função principal, no entanto, é permitir as trocas gasosas no
interior da planta, por isso, é também considerado como um tipo de Esquema de folha dorsiventral em corte tridimensional.
parênquima aerífero.
Já em ambientes secos, o parênquima paliçádico ocorre
Disposição dos clorênquimas na folha em ambas as faces do limbo, e o parênquima esponjoso
encontra-se no centro, caso de folhas com estrutura isobilateral
A disposição dos clorênquimas nas folhas depende do
ou simétrica. O parênquima paliçádico nas faces dorsal e ventral
ambiente onde a planta vive. possibilita uma maior proteção da clorofila contra o excesso de
Em locais com umidade moderada e grande luminosidade. A maioria das monocotiledôneas, em especial as
luminosidade, o parênquima paliçádico se encontra na face gramíneas, possui folhas com esse padrão.
superior da folha, enquanto o parênquima esponjoso se Certas plantas que vivem em climas áridos apresentam
encontra na face inferior. Nesse caso, trata-se de folhas com cutícula superespessa, epiderme multisseriada e duas ou três
estrutura dorsiventral ou assimétrica. A maioria das fileiras de células no parênquima paliçádico de suas folhas.
dicotiledôneas possui folhas com esse padrão. Ainda como adaptação a condições adversas de temperatura e
Assim, na superfície superior, que recebe luz intensa, as umidade, nessas folhas costuma haver amplas criptas
células justapostas do parênquima paliçádico protegem a folha estomáticas (reentrâncias) na epiderme inferior, onde se abrem
contra a luz e o calor excessivos, assim como a sua posição vários estômatos. Frequentemente, observam-se numerosos
tricomas retentores de ar junto às criptas, constituindo um sistema
vertical em relação à superfície da folha garante uma menor
de isolamento térmico que reduz a perda de água. Neste caso, não
superfície de exposição da célula à luz intensa, como uma forma
existem estômatos na epiderme superior.
de também proteger a clorofila, pois, como já mencionado, luz em
excesso a destrói.
Na superfície inferior, onde a luz já é difusa e menos
intensa, pois é proveniente principalmente da reflexão a partir do
solo, está o parênquima lacunoso ou esponjoso, onde as
células estão distribuídas de forma livre e desordenada, para
melhor captar esta luz fraca. Os espaços entre as células
favorecem a circulação do ar a partir dos estômatos localizados
normalmente na face inferior.
Apesar de estarem associados tanto à epiderme em
contato com parênquima paliçádico como à epiderme em contato
com o parênquima lacunoso, os estômatos estão mais comumente
associados ao parênquima lacunoso, cujos espaços facilitam a
passagem dos gases.
A disposição dos cloroplastos no interior das células
também confere à planta adaptação à fotossíntese: colocados uns
acima dos outros, os cloroplastos protegem-se mutuamente do Fotomicrografia óptica de folha de xerófita.
excesso de luz no parênquima paliçádico; distribuídos de forma
desordenada nas células do parênquima esponjo, captam o Imersas no mesófilo, encontram-se também as nervuras,
máximo da luz difusa que chegam até eles. que correspondem aos feixes vasculares condutores de seiva,
associados ou não a elementos de sustentação. Em cada feixe
vascular podem se observar o xilema voltado para a epiderme
superior e o floema, para a inferior. O xilema conduz a água
absorvida pelas raízes para as células da folha. Essa água será
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utilizada na fotossíntese, e seu excesso será eliminado pela Células em divisão e células em elongação, que garantem o
transpiração. O floema transporta o alimento sintetizado nas folhas crescimento desse órgão dos vegetais, estão presentes somente
para as outras regiões da planta. Além da função de condução, os em
feixes vasculares dão suporte mecânico aos tecidos do mesofilo. A) I. B) I e II.
C) II e III. D) I, II e III.
Folhas epistomáticas, hipostomáticas e anfistomáticas E) II, III e IV.
A maioria das folhas apresenta estômatos somente na
região ventral da folha. Como essa região é sombreada, a 3. (UNIFOR) O tecido característico das gemas caulinares é o:
temperatura é mais amena e isso impede uma excessiva perda de A) meristema. B) parênquima.
água por transpiração. Essas folhas são denominadas C) xilema. D) colênquima.
hipostomáticas. E) esclerênquima
Em folhas de plantas aquáticas localizadas na superfície da
água, os estômatos só ocorrem na face superior, de onde se 4. (UNIFOR) Considere o esquema abaixo que representa um
adquire o ar. Essas folhas são denominadas epistomáticas. corte transversal de uma folha
Folhas submersas frequentemente não possuem estômatos,
realizando suas trocas gasosas por difusão com a água.

Exercícios
Questões estilo múltipla escolha

1. (UNIFOR) Analise o esquema abaixo.

Com base nas características estruturais indicadas, pode-se


concluir que a planta que apresenta folha desse tipo é
A) aquática e vive submersa.
B) aquática, com folhas flutuantes.
As funções das estruturas I, II e III são, respectivamente, C) terrestre, de região úmida e quente.
A) proteção, fotossíntese e trocas gasosas. D) terrestre, de região seca e quente.
B) fotossíntese, transporte e absorção. E) terrestre, de região seca e fria.
C) sustentação, transpiração e circulação de ar.
D) fotossíntese, trocas gasosas e transpiração. 5. (UECE) Nas plantas, as folhas são os órgãos responsáveis pela
E) absorção, sustentação e osmose. fotossíntese e pelas trocas gasosas com o meio em que vivem.
Relacione as características da primeira coluna com as possíveis
2. (UNIFOR) O esquema abaixo representa uma raiz em corte vantagens obtidas pelos vegetais, em função das adaptações
longitudinal. foliares, listadas na segunda coluna.
1a COLUNA 2a COLUNA
1. Epiderme revestida por a. Aumento da superfície de
cutícula absorção de luz e de CO2
2. Estômatos presentes em b. Diminuição da perda de água
maior quantidade na pelo vegetal
epiderme superior da folha c. Melhor eficiência na circulação
3. Parênquima lacunoso interna dos gases
4. Morfologia laminar d. Maior eficiência das trocas
gasosas em plantas aquáticas
Assinale a alternativa que contempla corretamente a associação
entre a primeira e a segunda colunas.
A) 1-b; 2-d; 3-c; 4-a. B) 1-d; 2-b; 3-a; 4-c.
C) 1-b; 2-a; 3-c; 4-d. D) 1-d; 2-c; 3-a; 4-b.

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6. (UECE) Analise o texto abaixo: II. Quando o caule cresce, surgem os primórdios foliares que, por
Um tecido é formado por células que apresentam unidade multiplicação das suas células meristemáticas, originarão as
funcional. Nos vegetais, a função do periciclo é _____, do câmbio é folhas.
_____ e dos meristemas apicais é _____. III. Durante o crescimento do caule há a produção de novos
Assinale a alternativa que contém as funções que completam fitômeros, ou seja, de novos primórdios foliares.
corretamente e na ordem o texto anterior. IV. Em caules recém-formados, o xilema primário fica localizado na
A) formar raízes laterais; formar vasos liberianos para fora e região voltada para o exterior da planta, enquanto que o floema
lenhosos para dentro; formar o corpo primário das plantas. primário está voltado para o seu interior.
B) formar a endoderme; promover o crescimento primário do caule Estão corretas apenas
e da raiz; formar o corpo secundário em plantas herbáceas. A) III e IV.
C) formar a epiderme na raiz; formar a casca do caule e da raiz; B) II e III.
formar o corpo primário das plantas lenhosas. C) I, II e III.
D) formar a casca do caule; permitir o crescimento secundário do D) II, III e IV.
caule; formar o corpo secundário das plantas lenhosas. E) I e II.

7. (FACID) O desenho a seguir mostra o tronco de uma árvore com 9. (UNP) Os vegetais são constituídos por conjuntos de células que
as relações entre as camadas concêntricas sucessivas. Sobre ele, formam os vários tecidos que desempenham processos fisiológicos
podemos afirmar corretamente que fundamentais ao seu desenvolvimento. A coluna da esquerda
apresenta estruturas e a da direita, processos fisiológicos. Numere
a coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1. Estômatos (_) Reações fotossintéticas
2. Xilema (_) Transporte de solutos
3. Floema orgânicos
4. Hidatódio (_) Trocas gasosas
5. Mesofilo (_) Transporte de sais e água
(_) Gutação

Assinale a sequência correta.


A) 5, 3, 1, 2, 4.
Fonte: Biologia. Helena Curtis. 2ª Edição. Ed. Guanabara. P.406. 1997
B) 5, 2, 1, 4, 3.
A) a seta 1 aponta para a cortiça, um tecido com citoplasma ativo, C) 4, 1, 5, 3, 2.
pronto para proteger os tecidos internos contra a ação de insetos D) 4, 3, 5, 2, 1.
herbívoros e lesões mecânicas.
B) a seta 2 indica o floema, tecido que conduz a seiva elaborada 10. (UPE) As florestas de mangue são compostas por espécies
por meio de células denominadas traqueídes. arbóreas típicas, tolerantes ao sal presente na água do mar.
C) a seta 3 indica o alburno ou xilema não funcional. Através de glândulas de sal, pequenas estruturas presentes nas
D) a seta 4 aponta para o câmbio fascicular, tecido primário e folhas de algumas espécies, como o mangue-preto, a árvore pode
exclusivo do caule. excretar sal, evitando, assim, a concentração do soluto no tecido
E) a seta 5 indica o cerne, constituído inteiramente de células das folhas.
mortas. Trata-se da coluna central de sustentação da árvore
madura.

8. (FCM-CG)
SOMBREAMENTO EVITA QUE ALFACE FIQUE COM O CAULE
LONGO
Quando a alface cresce rápido, especialistas dizem que a planta
está estiolada. Isso acontece por causa do excesso de calor e da
alta temperatura.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/(adaptado)
Como mostrado no corte transversal de uma folha dessa espécie,
Com relação ao processo de crescimento de uma angiosperma,
observe a ilustração e indique onde está localizada a estrutura
analise as afirmativas.
responsável por essa função.
I. A parte mais jovem do caule é encontrada junto ao ápice, local
I. Entre 1 e 2, que correspondem à cutícula e epiderme axial.
em que ocorre a multiplicação das células do meristema apical,
II. Entre 2 e 3, que correspondem a parênquima paliçádico e
que propicia o crescimento em extensão da planta.
epiderme abaxial.
III. Entre 3 e 4, que correspondem à epiderme adaxial e
parênquima paliçádico.
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100 Curso de Biologia
IV. Entre 1 e 3, que correspondem à epiderme e hipoderme. Assinale a alternativa que contempla a sequência correta das
associações entre as colunas.
Está correto o que se afirma em A) 3, 4, 1, 2, 5. B) 5, 2, 3, 1, 4.
A) I e II. B) II e III. C) 2, 4, 1, 5, 3. D) 2, 4, 3, 5, 1.
C) I. D) III. E) 5, 2, 3, 4, 1.
E) IV.
13. (UFSCAR) Nos vegetais pertencentes às Angiospermas:
11. (UPE) No esquema abaixo, está representado um corte A) a endoderme é responsável pela formação das raízes
transversal de uma folha. secundárias.
B) a presença do periciclo e da endoderme caracteriza o
crescimento secundário da raiz.
C) os anéis de crescimento percebidos em um tronco são
originários da atividade diferencial do meristema cambial, em
função de mudanças no ambiente.
D) as células-companheiras dispõem-se paralelamente ao longo de
um elemento de vaso, auxiliando-o no transporte da seiva bruta.
E) a deposição de celulose na parede das células parenquimáticas
de um tronco provoca a morte das mesmas por impermeabilizá-las.

14. (UFJF) Alguns tecidos, as zonas da raiz e os tipos de


Analise as alternativas abaixo, relacionando-as com as estruturas crescimento em que ocorrem são apresentados abaixo:
foliares do esquema, indicadas por números e assinale a que I. Feloderme, presente na zona de maturação ou diferenciação
estiver correta. celular, durante o crescimento secundário.
A) Nas células da epiderme, a fotossíntese é mais intensa devido à II. Protoderme, presente na zona de multiplicação ou divisão
maior incidência dos raios solares: estrutura 1 – Epiderme com celular, durante o crescimento secundário.
cutícula cerosa. III. Endoderme, presente na zona de maturação ou diferenciação
B) Células com cloroplastos em seu interior, com alto catabolismo celular, durante o crescimento primário.
(fotossíntese) em relação à atividade de reduzido anabolismo IV. Epiderme, presente na zona de multiplicação ou divisão celular,
(respiração): estrutura 2 e 3 – Parênquima lacunoso e paliçádico, durante o crescimento primário.
respectivamente.
C) Vasos lenhosos e floema, responsáveis pela condução de
Indique a alternativa que apresenta todos os itens corretos.
seiva, circundados por cinturão de esclerênquima: estrutura 4 –
A) I e III. B) I e IV.
Feixe liberolenhoso.
C) II e III. D) II e IV.
D) Tecido formado por uma única camada de células achatadas,
E) III e IV.
aclorofiladas, de formato irregular; células mortas devido ao
acúmulo de lignina (impermeabilidade): estrutura 1 – Epiderme
15. (UEL) Esses anéis de crescimento são bastante evidentes em
foliar.
árvores de regiões temperadas, onde as estações do ano são bem
E) Anexo elaborado pela epiderme, com função de trocas gasosas;
definidas. Os anéis são resultantes de diferentes taxas de
suas células não possuem cloroplastos: estrutura 5 – Estômato.
crescimento em espessura do caule devido às variações das
condições ambientais. Com base nessas informações e na figura
12. (UPE) Estabeleça a associação entre cada tecido vegetal
11, pode-se afirmar que cada anel é formado pelo conjunto de
listado na 1ª coluna e as características apresentadas na 2ª
vasos denominado _____ primaveril e _____ estival. O primaveril é
coluna.
_____ denso, constituído por células de paredes _____; já o estival
1. Periciclo (_) tecido complexo formado por vários tipos é _____ denso, formado por células de paredes _____. Assinale a
2. Xilema de células, dentre elas os elementos de alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do
3. Floema vasos e os traqueídes. texto.
4. Colênquima (_) tecido de sustentação formado por células A) Floema, floema, menos, espessas, mais, finas.
5. Esclerênquima vivas, com paredes espessas, constituídas B) Floema, xilema, menos, finas, mais, espessas.
de celulose, pectina e outras substâncias. C) Xilema, xilema, menos, finas, mais, espessas.
(_) tecido responsável pela formação de D) Xilema, floema, mais, espessas, menos, finas.
raízes laterais. E) Xilema, xilema, mais, espessas, menos, finas.
(_) tecido mecânico de sustentação,
constituído por células com paredes 16. (UEL) A peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron), símbolo
espessas, ricas em celulose e lignina. presente no logotipo da Universidade Estadual de Londrina, foi
(_) tecido complexo formado por vários tipos intensamente explorada pela construção civil no início do
de células, dentre elas destacam-se as povoamento de Londrina, devido à rigidez e à qualidade da
células com placas crivadas.
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Curso de Biologia 101

madeira. Com relação à constituição do tronco de uma árvore, 19. (UFPI) A figura ao lado representa o esquema de um (a):
considere as afirmativas a seguir.
I. Os três tecidos mais periféricos no tronco de uma árvore são:
câmbio, floema e casca.
II. O tecido encontrado no centro do tronco é formado por vasos
lenhosos mais antigos.
III. O tecido adjacente ao câmbio vascular apresenta vasos
lenhosos ainda em atividade.
IV. O alburno, diferentemente do cerne, é duro e resistente ao
ataque de decompositores. A) caule de dicotiledônea. B) raiz primária.
C) caule de monocotiledônea. D) raiz secundária.
E) folha.
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I e IV. B) II e III.
20. (UFPI) Nas folhas de algumas plantas que habitam as regiões
C) II e IV. D) I, II e III.
áridas, os estômatos localizam-se, geralmente na face inferior
E) I, III e IV.
(abaxial) da lâmina foliar e dentro de criptas (depressões da
epiderme), recobertas de pelos. Essas características são
17. (UEL) Geralmente, caules subterrâneos que acumulam
importantes porque:
substâncias nutritivas, denominados tubérculos, são confundidos
A) facilitam a eliminação de CO2 proveniente da respiração celular.
como sendo raízes tuberosas que também acumulam reserva de
B) diminuem a incidência direta da luz solar, ocasionando o
amido. Um caso típico desse equívoco seria o de classificar a
fechamento dos estômatos.
batata-inglesa como raiz tuberosa. Qual das alternativas apresenta
C) evitam o contato direto dos estômatos com o ar seco, reduzindo
uma característica que diferencia um tubérculo de uma raiz
a velocidade de transpiração.
tuberosa?
D) facilitam a absorção de oxigênio para a respiração celular.
A) O tubérculo possui pelos absorventes para a absorção de água.
E) dificultam a fotossíntese porque diminuem a absorção de luz
B) A raiz tuberosa possui gemas axilares para o crescimento de
solar pelos estômatos.
ramos.
C) O tubérculo possui coifa para proteger o meristema de
21. (UFRN) O palmito juçara é extraído do topo da palmeira
crescimento.
Euterpe edulis, Martius (parente do açaí), outrora abundante em
D) A raiz tuberosa possui gemas apicais para desenvolver novas
toda a Mata Atlântica. Para essa extração é realizado um corte que
raízes.
produz um único rolo de palmito e é responsável pela parada de
E) O tubérculo possui gemas laterais para desenvolver ramos e
crescimento e morte da árvore. Uma alternativa para a produção
folhas.
comercial de palmito é a pupunha (Bactris gasipaes, Kunth), que,
além de ser mais fácil de cultivar, diferente da juçara, é capaz de
18. (UFPI) Folhas são estruturas aéreas de crescimento
sobreviver à mutilação, fazendo brotar novos ramos. Essa
determinado, usualmente laminar, com função principal de órgão
limitação de sobrevivência da palmeira juçara ao corte se explica
fotossintético. São extremamente variáveis e importantes na
porque,
adaptação das plantas a diferentes ambientes. Com relação à
A) na retirada do palmito do interior do caule, há comprometimento
folha, é incorreto afirmar:
da condução da seiva.
A) As folhas de xerófitas geralmente contêm maior número de
B) nessa planta, inexiste tecido de expansão celular além daquele
estômatos; isso permite uma taxa mais elevada de trocas gasosas
encontrado no ápice do caule.
durante os períodos, relativamente raros, de suprimento de água.
C) em todas as palmeiras, não há folhas além daquelas localizadas
B) Pelos epidérmicos podem ocorrer em uma ou em ambas as
no topo da planta.
superfícies foliares. Juntamente com resinas que são secretadas
D) nessa espécie, a ausência de gemas laterais não permite a
por alguns pelos, eles podem retardar a perda de água pelas
formação de novos ramos.
folhas.
C) Algumas folhas apresentam em suas margens hidatódios
22. (UFMG) Observe esta figura:
responsáveis pela eliminação do excesso de água na planta em
forma de vapor. Esse fenômeno é conhecido como gutação.
D) No mesófilo, encontramos espaços intercelulares que estão
conectados com a atmosfera através dos estômatos, os quais
facilitam as trocas gasosas, e os cloroplastos, que são
particularmente especializados para a fotossíntese.
E) No mesófilo, encontramos numerosos feixes vasculares, ou
nervuras. Em muitas eudicotiledôneas, o padrão reticulado é mais
comum; já nas monocotiledôneas, o arranjo de nervuras mais
comum é paralelo.

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102 Curso de Biologia
Nessa figura, podem-se observar marcações feitas com tinta, por
um estudante, no embrião de uma semente em germinação, para
verificar a taxa de crescimento por região. Após uma semana de
observação, ele verificou que a taxa de crescimento tinha sido
maior nas regiões identificadas, na figura, pelos algarismos
A) I e II. B) I e II.
C) II e III. D) II e IV.

23. (UFT) A figura abaixo representa o caule de uma angiosperma


com crescimento secundário.

Com base nesses esquemas, indique o número correspondente ao


tecido
A) responsável pela condução da seiva bruta.
Modificado de: http://flores.culturamix.com/informacoes/morfologia-do-caule. Acesso: 16 de B) responsável pela condução da seiva elaborada.
abril, 2012.
C) constituído principalmente por células mortas, das quais
restaram apenas as paredes celulares.
Marque a alternativa que indica corretamente as camadas
D) responsável pela formação dos pelos absorventes da raiz.
indicadas pelos números:
A) I – Cerne; II - câmbio; III – alburno; IV – floema; V – casca.
26. (UNICAMP)
B) I – Cerne; II – alburno; III – câmbio; IV – floema; V – casca.
C) I – Alburno; II – cerne; III – floema; IV – câmbio; V – casca. O calor e a seca do verão de 2003 na França fizeram mais uma
D) I – Alburno; II – cerne; III – câmbio; IV – periciclo; V – floema. vítima fatal: morreu o carvalho que havia sido plantado em 1681,
E) I – Alburno; II – cerne; III – câmbio; IV - floema; V – periciclo. árvore preferida de Maria Antonieta, rainha decapitada na
Revolução Francesa. Provavelmente a árvore será cortada man-
Questões estilo V ou F tendo-se apenas a base do seu tronco de 5,5m de circunferência, o
que atesta sua longa vida de 322 anos.
Adaptado de Reali Júnior, O carvalho de Maria Antonieta em Versalhes morreu de calor, O
24. (UFPE) Com relação a diferentes tecidos vegetais, analise as Estado de S. Paulo, 28 /08/2003.
proposições abaixo. A) Se não houvesse registros da data do seu plantio, a idade da
(_) A periderme, composta pelo feloderme, felogênio e súber, árvore poderia ser estimada através do número de anéis de
substitui a epiderme quando há crescimento secundário da planta. crescimento presentes no seu tronco. Como são formados esses
(_) Enquanto nos caules de gimnospermas a disposição dos feixes anéis? Quais os fatores que podem influenciar na sua formação?
vasculares é difusa, nos caules das angiospermas tais feixes têm B) Seria possível utilizar essa análise em monocotiledôneas?
disposição regular em forma de anel. Explique.
(_) O aumento de espessura do caule em certas plantas pode
provocar o rompimento do súber, o qual se desprende com outros 27. (UFV) O hábito que algumas pessoas têm de riscar os troncos
tecidos mortos, compondo, então, o chamado ritidoma. das árvores, imprimindo marcas, como as iniciais dos seus nomes
(_) Os feixes liberolenhosos ficam mergulhados no parênquima, ou recados do tipo “estive aqui”, pode provocar lesões nas plantas,
tendo, nesses feixes, o xilema a localização interna, e o floema, a deixando áreas expostas ao ataque de microorganismos
localização externa. causadores de doenças e também à perda de água do vegetal
(_) O câmbio vascular está relacionado com o crescimento primário para o meio externo. Com base no enunciado, responda às
da planta, e o meristema fundamental determina o crescimento questões abaixo:
secundário da planta (em espessura). A) Que tecido do tronco da árvore é lesionado no caso descrito
acima?
Questões discursivas B) Se a lesão for mais profunda, além da casca, que tecido pode
se tornar aparente?
25. (FUVEST) Os esquemas representam cortes transversais de C) O local da lesão logo é cicatrizado, pois as células vizinhas às
regiões jovens de uma raiz e de um caule de uma planta que se romperam entram em intensas divisões celulares, formando
angiosperma. Alguns tecidos estão identificados por um número e um tecido de cicatrização. Como é chamada a capacidade que
pelo nome, enquanto outros estão indicados apenas por números. uma célula apresenta de regenerar outras células?
D) Que produto é extraído, a partir de lesões às cascas de árvores,
e qual a sua utilidade na indústria?

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Curso de Biologia 103

28. (UFV) Os esquemas I e II abaixo correspondem a um tipo de


AULA 9 – Morfologia Vegetal
tecido de grande importância para as plantas e algumas de suas
especializações celulares distribuídas em dois padrões distintos. Raiz
A raiz é tipicamente um órgão subterrâneo para a fixação
da planta e a absorção de água e sais minerais. A estrutura
histológica da raiz já foi descrita anteriormente. Agora serão
analisados tipos de raízes.

Sistema pivotante e sistema fasciculado


No sistema pivotante ou axial, há uma raiz principal,
Com base nas características desse tipo de tecido, cite: proveniente da radícula do embrião, de onde saem raízes
A) as duas classes de vegetais que são diferenciadas pelos secundárias ou radicelas. É, como já visto, o sistema encontrado
padrões de distribuição I e II, respectivamente. tipicamente em gimnospermas e dicotiledôneas. Esse sistema
B) o nome da estrutura especializada representada nos esquemas. apresenta grande crescimento em profundidade, sendo adequado
C) o nome do meristema primário que origina esse tipo de tecido. para plantas de solos profundos.
D) o nome das únicas células clorofiladas apresentadas nesse tipo No sistema fasciculado ou "em cabeleira", não há raiz
de tecido. principal, uma vez que a radícula que emerge da semente
E) um exemplo de planta de interesse agronômico que apresenta o degenera, com todas as radicelas sendo raízes adventícias,
padrão de distribuição do tipo de tecido observado no esquema II. provenientes diretamente do caule. É, como também já visto, o
sistema encontrado tipicamente em monocotiledôneas. Esse
29. (UFRJ) O número de estômatos por centímetro quadrado é sistema não apresenta grande crescimento em profundidade, mas
maior na face inferior do que na face superior das folhas. Há sim em superfície, sendo adequado para solos rasos com bom
mesmo folhas de algumas espécies de plantas que não têm suprimento hídrico. Em plantas como as gramíneas, a raiz
estômatos na face superior. Essa diferença no número de fasciculada é de grande ajuda na retenção de água e na
estômatos nas duas faces das folhas é uma importante adaptação estabilização de solos instáveis, podendo essas plantas serem
das plantas. Explique a importância funcional dessa adaptação. utilizadas para evitar a erosão.

30. (UFF) Em estudos com Arabidopsis thaliana, um vegetal


terrestre, foram utilizadas plantas jovens com genótipo mutante
(M), que não apresentam a formação de uma estrutura presente na
raiz, e plantas jovens com genótipo normal (N). As plantas foram
cultivadas em solução nutritiva em condições adequadas ao
crescimento, entretanto, com metade da concentração de fosfato
recomendada para essa espécie. Após um mês de cultivo, o teor
de fosfato foi avaliado na matéria seca das plantas, fornecendo os
resultados apresentados no gráfico ao lado:

Sistema pivotante e sistema fasciculado, respectivamente; o


A) Qual das regiões da raiz foi afetada pela mutação? Justifique pivotante penetra mais profundamente, enquanto o fasciculado é
sua resposta. mais superficial, mas com grande capacidade de reter água no
B) Suponha que as plantas jovens com genótipo normal, ao serem solo e evitar sua erosão.
transferidas da solução nutritiva para o solo, tenham sido cortadas
na região logo abaixo daquela afetada pela mutação nas plantas Raízes tuberosas
mutantes (M). Quais foram as regiões perdidas e como isso afeta o Raízes tuberosas são raízes que se apresentam intu-
crescimento e funcionamento da raiz? mescidas pelo armazenamento de substâncias de reserva,

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104 Curso de Biologia
principalmente amido. Se o intumescimento ocorrer no eixo Trata-se de um tecido pluriestratificado que reveste a raiz. O
principal, a raiz é denominada de tuberosa axial; se ocorrer nas exemplo mais notável é o da orquídea.
radicelas será denominada tuberosa fasciculada. Como exemplo
pode-se citar a cenoura e a dália respectivamente. Macaxeira e - Raízes grampiformes: São raízes aéreas curtas, semelhantes a
batata-doce também possuem raízes tuberosas. grampos, que surgem do caule e têm por função fixar certas
trepadeiras em superfícies rugosas. A hera apresenta raízes desse
Raízes aéreas tipo.
- Raízes suporte ou escora: São raízes aéreas (em contato com o
ar) e adventícias (que se originam de caules ou de ramos) que
aumentam o sistema de fixação de algumas plantas. Como
exemplo pode-se citar o milho e plantas de mangue, sendo que
estas últimas precisam desse tipo de raiz em particular devido à
grande instabilidade do solo em que se instala.

- Raízes estranguladoras: São raízes de vegetais epífitas, não


parasitas, que vivem sobre outros e que os envolvem, crescendo
em direção ao solo. Como têm um crescimento secundário
bastante pronunciado, acabam por pressionar o tronco, dificultando
a circulação da seiva, matando, assim, a planta suporte. Como
exemplo cita-se o cipó mata-pau.
Raízes suportes em mangue (Rhizophora mangle).

- Raízes respiratórias ou pneumatóforas: São raízes aéreas


especiais que apresentam geotropismo negativo, emitindo
ramificações ascendentes (pneumatóforos), que apresentam
orifícios (pneumatódios), através dos quais penetra o ar. Nas
plantas de terrenos alagadiços, onde a oxigenação é muito
deficiente, como nos mangues, essas raízes são frequentes. O
mangue amarelo (Avicennia sp) é um exemplo característico.

- Raízes sugadoras ou haustórios: São raízes aéreas que


caracterizam as plantas parasitas. Têm estruturas de contato,
chamadas apressórios. Os tecidos centrais do apressório penetram
no caule da planta parasitada constituindo o haustório. As plantas
Raízes respiratórias em mangue (Avicennia tomentosa). parasitas são classificadas em holoparasitas, quando seus
haustórios penetram nos vasos liberianos para retirar seiva
- Raízes cinturas: São raízes aéreas que consistem em elaborada (como no cipó-chumbo, que chega a ser aclorofilado,
adaptações peculiares das plantas epífitas (plantas que vivem por retirar material orgânico pronto da planta hospedeira), e em
sobre outras plantas). Estas raízes crescem enroladas ao tronco hemiparasitas, quando seus haustórios penetram nos vasos
da planta suporte. Como característica fundamental nestas raízes lenhosos (como na erva-de-passarinho).
é a presença do velame, que absorve e acumula água das chuvas.
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Curso de Biologia 105

Caule
O caule é tipicamente um órgão aéreo de porte ereto para
a sustentação da planta e a condução de água, sais minerais e
nutrientes orgânicos. A estrutura histológica do caule já foi descrita
anteriormente. Agora serão analisados tipos de caules.
Algumas plantas apresentam o caule indiviso, não se
ramificando, como ocorre com a palmeira e o milho, mas, na
maioria das vezes, as plantas possuem o caule ramificado. A
ramificação pode ser:
- Monopodial: Nele, de um eixo que cresce indefinidamente,
partem ramos laterais secundários menores e de crescimento mais
- Raízes tabulares: São raízes aéreas achatadas com aspecto lento.
semelhante a tábuas, encontradas em algumas árvores de grande - Simpodial: Nele, o eixo primário tem crescimento determinado,
porte. Auxiliam a fixação da planta e aumentam a superfície de sendo interrompido quando há produção de ramos secundários, de
respiração, pois são dotadas de lenticelas. Figueira e choupo são crescimento também limitado e que podem por sua vez, produzir
exemplos de plantas com essas raízes. eixos terciários, etc.

Caules aéreos eretos


- Haste: Caule pouco desenvolvido, flexível e clorofilado,
tipicamente encontrado nas dicotiledôneas herbáceas e nas
plantas jovens em geral. A couve é um exemplo de haste.

- Tronco: Trata-se de um caule bem desenvolvido, lenhoso e


ramificado, característico de árvores e arbustos. Ocorre nas
gimnospermas e dicotiledôneas de grande porte.

- Colmo: Caule também cilíndrico, indiviso e com nós bem nítidos,


mas dotado de folhas saindo de cada nó. Como exemplo temos o
milho e a cana, que possuem colmos cheios e o bambu, que
possui colmo oco.

Raízes aquáticas
Raízes aquáticas são raízes de plantas aquáticas, ge-
ralmente não apresentando pelos absorventes e sendo dotadas de
coifa dupla e muito desenvolvida para proteção contra
microorganismos, abundantes no ambiente aquático. Como
exemplo pode-se citar o aguapé (Eichornia crassipes). Trazida
como planta ornamental da Europa, é uma planta aquática
flutuante com flores roxas e raízes bastante ramificadas, e hoje é
muito comum em todo o Brasil. Essa planta se prolifera facilmente,
tornando-se uma praga em certas regiões, onde cobrem todo o Detalhe de colmo de bambu mostrando os nós com as folhas.
espelho d'água de lagos, impedindo a passagem de luz para o
interior da água, com consequente morte de algas. Hoje ela é - Estipe: Caule cilíndrico e indiviso, com nós bem evidentes,
projetos de pré-tratamento de rios e esgotos, funcionando como dotado de folhas somente na cúpula da planta. É característico das
"filtro biológico" natural, purificando a água. As raízes do aguapé monocotiledôneas palmáceas.
abrigam microorganismos que removem detritos orgânicos da água
(sendo, pois, decompositores), o que leva à depuração da mesma.

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106 Curso de Biologia

Caules aéreos especiais


- Cladódios: São caules achatados de aspecto foliar, fotos
sinteticamente ativos e de crescimento indeterminado. Ocorre nos
cactos, por exemplo.

Caules aéreos trepadores


- Volúvel: Caule que, através de um movimento chamado
circunutação, cresce enrolado num suporte. Pode ser dextrógiro,
quando sua ponta volta-se para a direita, ou sinistrógiro, quando
se volta para a esquerda. O feijão, por exemplo, tem caule volúvel
dextrógiro. - Filocladódios: São caules semelhantes aos cladódios, mas de
crescimento determinado. Ocorre no aspargo, por exemplo.

- Caules suculentos: São caules aéreos e espessados adaptados


para acumular água. Apresentam parênquima aquífero muito
desenvolvido. Ocorrem nas xerófitas, como cactos e a barriguda.
Observe que os cactos possuem cladódios suculentos.

- Sarmentoso ou escandente: Caule que se fixa a um suporte


através de gavinhas, ramos modificados que se enrolam no
suporte, ou através de raízes adventícias grampiformes. No
primeiro caso, a videira e o maracujá são exemplos; no segundo, a
hera.

Barriguda.

Caules subterrâneos
- Rizomas: São caules que se desenvolvem paralelamente abaixo
da superfície do solo. Seus ramos são aéreos e suas raízes são
adventícias. Com exemplos temos a bananeira, a samambaia e a
Gavinha: para alguns autores, modificação no ramo, para outros, espada-de-São Jorge. No caso da bananeira, a parte aérea não é
modificação na folha. caule, e sim pseudocaule, sendo formado pelas bainhas de
enormes folhas, que se juntam numa estrutura maciça.
Caules aéreos rastejantes ou prostrados
- Estolhos ou estolões: São caules que rastejam e desenvolvem-
se paralelamente ao solo. Podem emitir raízes adventícias, folhas
e flores a partir dos nós. Os exemplos mais conhecidos são o
morango, a melancia e a abóbora.
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Curso de Biologia 107

Bulbo composto de alho; cada dente de alho é uma porção do


bulbo.

Caules aquáticos
Geralmente tenros e clorofilados, armazenam ar para
flutuação através de um parênquima aerífero bem desenvolvido.
Como exemplo, temos o aguapé.
Pseudocaule em bananeira.
Morfoses caulinares
- Tubérculos: São caules geralmente arredondados, que Os caules podem apresentar morfoses, que representam
armazenam substâncias de reserva, principalmente amido. Podem modificações que visam à integração da planta com o seu meio.
ser diferenciados de raízes tuberosas por apresentarem nós e - Gavinhas: Estruturas que servem de elementos de fixação de
gemas, das quais podem partir ramos e folhas. São exemplos a muitos vegetais, em especial nas plantas trepadeiras como o
batata-inglesa e o inhame. maracujá e a videira. Podem ser interpretados como folhas
modificadas.
- Bulbos: são caules subterrâneos com internos bastante - Espinhos: São estruturas caulinares pontiagudas e endurecidas,
reduzidos, formando uma estrutura denominada prato. Suas folhas que servem como elementos de proteção, como ocorre no limoeiro.
modificadas ou catáfilos protegem o meristema terminal. Podem Também podem ser interpretados como folhas modificadas e
ser: tunicados, quando os catáfilos forem em forma de túnica, muitas vezes se formam com o objetivo de diminuir a superfície de
como na cebola, escamosos, quando os catáfilos se dispõem de transpiração foliar, como em cactos. Nos cactos, como as folhas se
forma imbricada, como no lírio, ou sólidos, quando os catáfilos modificam em espinhos, o caule, do tipo cladódio, assume a
forem bastante reduzidos, como na tulipa. função fotossintetizante.
- Xilopódio: Estrutura subterrânea muito resistente, que acumula
substâncias de reserva e água. Tem natureza caulinar e radicular,
sendo comum em plantas do cerrado, sujeitas frequentem ente a
queimadas. Nesse caso, a parte aérea da planta pode morrer, mas
o xilopódio se mantém vivo, posteriormente originando outra
planta.

Folhas
A folha é uma modificação de um ramo, produzido a partir
de gemas laterais. De superfície ampla para aumentar a
superfície de captação de luz, e de espessura reduzida para
melhorar a circulação de gases, ela é o órgão especializado em
Rodelas de cebola evidenciando catáfilos. fotossíntese na planta, sendo sempre clorofilado.
Morfologicamente, a folha é constituída dos seguintes elementos:
- Lâmina ou limbo: porção laminar onde são encontrados os
tecidos assimiladores revestidos por uma epiderme, e onde
geralmente o pecíolo se ramifica formando as nervuras.
- Pecíolo: É a parte da folha em forma de uma pequena haste que
liga o limbo ao caule.

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108 Curso de Biologia
- Bainha: É a parte basal, localizada geralmente na base do
pecíolo, que abraça total ou parcialmente o caule e que serve para
fixar a folha.
- Nervuras: São estruturas constituídas por elementos de
sustentação e condução, contendo o xilema e o floema da folha.
- Estípulas: Apêndices da bainha que algumas folhas têm em sua
base, como ocorre na roseira. Em algumas plantas, como na
ervilha, as folhas se modificam em gavinhas, e as estipulas
passam a ter grande superfície, assumindo a função de fotos
síntese.

Dá-se o nome de folhas incompletas àquelas em que falta


algum dos elementos principais: bainha, pecíolo ou limbo.

- Folha peciolada: Nela, o pecíolo se insere diretamente no caule,


não havendo bainha ou havendo bainha pouco desenvolvida. Na
maioria das plantas dicotiledôneas, é esse o padrão de folhas. Filotaxia é a disposição das folhas no caule. Quanto à
filotaxia, as folhas podem ser alternas, na qual cada nó se fixa
numa folha; oposta, quando em cada nó se fixam duas folhas, ou
verticilada, quando no mesmo nó inserem-se 3 ou mais folhas:

- Folha invaginante: Nela, a bainha prolonga-se com o limbo, não


havendo pecíolo. Nas monocotiledôneas, é esse o padrão de
folhas. Particularmente nas gramíneas, pode ocorrer ainda um
apêndice membranoso que reforça a união entre limbo e a bainha,
chamado de lígula.

Filotaxia oposta.
- Folha séssil: Nela, o limbo se insere diretamente no caule, não
havendo pecíolo nem bainha, como nas folhas de fumo. Quanto à duração, as folhas podem ser persistentes, o
que ocorre me vegetais perenifólios ou canudos, o que ocorre em
vegetais caducifólios, cujas folhas caem na estação seca.

Morfoses foliares
Muitas espécies de vegetais possuem folhas modificadas
para a realização de funções especializadas ou para assegurar a
sobrevivência em condições excepcionais recebendo
Em gavinhas e espinhos, não ocorre o limbo da folha, sendo denominações distintas. Destacamos os seguintes exemplos
também elas folhas incompletas. principais.
- Espinhos: São folhas que reduziram a sua superfície como
Classificação proteção contra a transpiração excessiva, e cuja extremidade
As folhas podem ser simples ou compostas. Nas folhas pontiaguda constitui eficiente proteção contra os animais. Ex.:
simples, o limbo é indiviso, ou seja, não está dividido em partes. A cactos
maioria das folhas é desse tipo. Nas folhas compostas, o limbo é
dividido em porções laminares, chamadas de folíolos, sendo que o - Brácteas: São folhas coloridas que se inserem na base das flores
pecíolo também é ramificado. ou na periferia das inflorescências, fornecendo proteção e atração

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Curso de Biologia 109

de agentes polinizadores. Ex.: flor-de-papagaio, três-marias,


margarida etc. - Escamas e catáfilos: São folhas, geralmente incolores e
carnosas, que cobrem os bulbos (escamosos e tunicados) e que
protegem as gemas axilares de muitas plantas.

- Folhas carnívoras: Possuem diversas adaptações para a


captura de insetos. Em algumas delas ocorrem folhas em forma de
urna, que se fecham ao contato, como em Sarracenia sp. Em
outras, ocorrem folhas dotadas de cerdas ou tentáculos secretores
de material pegajoso, como em Drosera sp.

Brácteas em flamboyant.

- Glumas: São brácteas pequenas que ocorrem nas gramíneas, e


cujas flores não têm perianto. Ex.: grama, capim, trigo.

Folhas de Dionaea, planta carnívora

- Folhas coletoras: São características de vegetais epífitas, nos


quais as rosetas foliares servem à captação e ao armazenamento
de água de chuva. Ex.: cravo-do-mato.
- Filódios: São folhas sem limbo nas quais o pecíolo se torna
achatado para suprir sua falta. Ex.: acácia.
- Cotilédones: São folhas embrionárias com função nutridora
(reserva), encontrada nas sementes.
Inflorescência em gramínea, protegida por glumas. - Folhas de multiplicação vegetativa: Em algumas folhas, como
o caso da folha da fortuna, o meristema primário pode permanecer
- Espata: É a grande lâmina foliar branca ou pigmentada que ativo e originar raiz, caule e folha, formando uma plantinha
protege as inflorescências em forma de espiga. Ex.: copo-de-leite e (plântula).
antúrio. - Esporófilos: Folhas modificadas contendo esporângios para a
reprodução sexuada.
- Antófilos (pétalas, sépalas, estames e carpelos): Formam as
flores. Os verticilos florais são formados por folhas modificadas,
que se destinam à reprodução sexuada. Cada folha transformada
em elemento da flor é denominada de antófilo. Por esta razão, as
plantas angiospermas, que formam flores, são, também,
denominadas de antófilas.

Heterofilia
Fala-se de heterofilia quando dois ou mais tipos de folhas
se formam sobre o mesmo vegetal, ou quando se formarem
diferentes tipos de folhas em sucessivas fases de crescimento da
planta.

Antúrio.
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110 Curso de Biologia
Exercícios 3. (UECE) Os vegetais apresentam superfícies foliares e
radiculares bastante ramificadas. Esta afirmativa encontra-se
relacionada ao tipo de nutrição e de reserva de energia desses
Questões estilo múltipla escolha seres vivos. Com relação ao que foi dito acima, podemos afirmar
corretamente que:
1. (UNIFOR) Considere as seguintes partes da planta: A) plantas áfilas não são capazes de realizar fotossíntese, e,
I. Raiz. II. Caule. III. Folha. IV. Flor. V. Fruto. VI. Semente. portanto, retiram seus nutrientes do solo.
Assinale a alternativa que classifica corretamente os alimentos da B) para as plantas é mais vantajoso apresentar uma maior
tabela quanto à sua principal parte comestível. superfície corporal, pois essa característica determina uma maior
PINHÃO CEBOLA CENOURA CHUCHU área de absorção de água e luz.
A) VI III I V C) a raízes fasciculadas, típicas de dicotiledôneas, absorvem mais
B) V I II V água que as raízes pivotantes.
D) por não possuírem folhas verdadeiras, as briófitas realizam um
C) V I II II
processo alternativo a fotossíntese para produzir a energia
D) IV V I II necessária a sua sobrevivência.
E) II IV VI I
4. (UECE) Algumas plantas permanecem ativas durante períodos
2. (UNICHRISTUS) de seca. Para tanto, tiveram que desenvolver adaptações
CANA-DO-BREJO: ÓTIMA PARA OS RINS E REUMATISMO estruturais que possibilitaram sua sobrevivência. Assinale a
alternativa que contém apenas exemplos de adaptações a
ambientes secos.
A) Cutícula, pneumatóforos, tricomas.
B) Aerênquima, tricomas, espinhos.
C) Suculência, cutícula, glândulas de sal.
D) Espinhos, tricomas, suculência.

5. (UECE) O quadro abaixo se refere a adaptações morfológicas


que ocorrem em plantas.
PARTE DA PLANTA ADAPTAÇÃO MORFOLÓGICA
I Estipe
A cana-do-brejo é uma planta herbácea, de haste dura, com folhas
Folha II
alternas, oblongas, invaginantes, verde- -escuras, com bainha
Raiz III
pilosa e avermelhada nas margens. Suas flores são amarelas com
IV Gavinha
brácteas cor de carmim. A caninha-do-brejo é um diurético de uso
comprovado pela ciência. Partes utilizadas: rizomas, hastes e Assinale a alternativa cujos elementos preenchem de forma correta
folhas frescas. os espaços I, II, III, IV, respectivamente.
Princípios Ativos: ácido oxálico, inulina, taninos, matérias pécticas. A) raiz, catáfilo, rizoma, fruto.
Propriedades medicinais: anti-inflamatória dos rins e bexiga, B) caule, bráctea, pneumatóforo, ramo.
antilítica, antidiabética, antirreumática, aperitiva, calmante das C) caule, composta, aérea, gavinha.
excitações nervosas e do coração, depurativa, diurética, D) folha, simples, tubérculo, ramo
diaforética, emenagoga, estomáquica, febrífuga, resolvente de
tumores, sudorífera, tônica. 6. (UECE) Associe a coluna I (caules subterrâneos), com a coluna
http://viver-bem-a-vida.blogspot.com.br/2013/01/cana-do-brejo. Fonte: II (vegetal que apresenta o respectivo tipo de caule).
www.caldeiraodeplantasmedicinais.com COLUNA I COLUNA II
Relacionando o texto a seus conhecimentos de Química e Biologia, 1. Rizoma (_) Batatinha
pode-se inferir que 2. Tubérculo (_) Samambaia
A) rizoma é um caule que cresce horizontalmente, geralmente 3. Bulbo (_) Bananeira
subterrâneo, mas pode também ter porções aéreas. (_) Cebola
B) não é possível uma planta apresentar substâncias com A associação correta na coluna II, de cima para baixo, é:
propriedades diurética e sudorífera. A) 1-2-1-3. B) 2-1-1-3.
C) o ácido inorgânico presente entre os princípios ativos apresenta C) 2-1-3-2. D) 1-2-3-3.
fórmula molecular H2C2O4.
D) o ácido presente entre os princípios ativos é orgânico e 7. (UECE) As folhas podem modificar-se e produzirem:
apresenta fórmula molecular H2CO2. A) gavinhas, lenticelas e ócrea.
E) a propriedade medicinal dessa planta de ser antidiabética deve- B) brácteas, espinhos e coifa.
se à presença de insulina. C) espinhos, brácteas e gavinhas.
D) estípulas, espinhos e pelos.

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Curso de Biologia 111

8. (FCM-JP) Ao preparar sua refeição José incluiu no seu cardápio, 10. (UPE)
arroz, feijão preto e batata inglesa. Considerando esta ordem, Açaí ou Juçara é o fruto bacáceo de cor roxa, que dá em cacho na
assinale a alternativa que representa a parte comestível, do palmeira conhecida como açaizeiro, cujo nome científico é Euterpe
cardápio de José. oleracea. Espécie monocotiledônea nativa da várzea da região
A) Endosperma da semente, caule, semente. amazônica, especificamente dos seguintes países: Venezuela,
B) Semente, endosperma da semente, raiz. Colômbia, Equador, Guianas e Brasil (estados do Amazonas,
C) Endosperma da semente, semente, caule. Amapá, Pará, Maranhão, Rondônia, Acre e Tocantins). A festa da
D) Semente, raiz e fruto. Juçara do Maranhão refere-se ao açaí.
E) Semente, caule, raiz. Fonte: adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7a%C3%AD.
Sobre o texto, analise os itens abaixo:
9. (UPE) As raízes são caracterizadas como órgãos cilíndricos, I. O termo monocotiledônea coloca o açaizeiro no grupo de plantas
subterrâneos e aclorofilados, que apresentam geotropismo positivo traqueófitas e fanerógamas.
e fototropismo negativo. Externamente, a raiz distingue-se do II. O termo palmeira encontrado no texto refere-se a plantas, que
caule, por não apresentar nós e internós nem gemas laterais ou possuem caule cilíndrico, não ramificado, do tipo estipe.
folhas, salvo poucas exceções. As raízes se classificam segundo o III. As regiões, onde são encontradas essas palmeiras, possuem
meio onde se encontram, podendo ser terrestres, aéreas ou em comum sua localização dentro de áreas de clima temperado.
aquáticas e desempenhando, ainda, diversas funções. Enumere a IV. O fruto do açaizeiro é resultado da fecundação de uma
segunda coluna de acordo com a primeira. criptógama com formação de flor e fruto.
COLUNA I – COLUNA II – CARACTERÍSTICAS Estão corretos os itens
TIPOS DE A) I e II. B) II e III.
RAÍZES C) III e IV. D) I, II e III.
1. Pivotantes ou (_) Emitem ramificações verticais E) I, II e IV.
axiais ascendentes, de geotropismo negativo, que
2. Tuberosas crescem para fora dos solos encharcados. 11. (UPE) Fibras vegetais são empregadas na fabricação de telhas
3. Suportes Geralmente apresentam estruturas de e caixas d’água, através da tecnologia do fibracimento, como
4. Aéreas aeração, denominadas pneumatódios, que alternativa aos materiais de construção civil, em substituição aos
5. Pneumatóforos auxiliam a planta na obtenção do oxigênio produzidos com amianto. É uma tecnologia nacional, que utiliza
atmosférico, em solos com pouco oxigênio. fibras vegetais da madeira, como pinho e eucalipto. Também são
(_) Desenvolvem-se parcial ou totalmente em aproveitadas fibras de outras partes vegetais de folhas de sisal e
contato com a atmosfera, apresentando as bananeira, frutos, como o coco, e o bagaço da cana-de-açúcar,
mais diversas adaptações estruturais e com a finalidade de adicionar reforços aos materiais de ação
funcionais. São comuns entre as plantas cimentante. Analise as afirmativas que vêm a seguir, referentes às
epífitas, e todas são consideradas palavras sublinhadas do texto acima.
adventícias quanto à origem. I. Fibras vegetais da madeira: fibras de esclerênquima e de xilema
(_) Apresentam um sistema radicular bem são impregnadas de lignina, que conferem resistência à estrutura.
desenvolvido, formando outras raízes II. Bananeira: vegetal de caule subterrâneo tipo rizoma; suas folhas
adventícias acima do solo. Essas raízes se largas têm bainhas que se enrolam.
formam especialmente naquelas plantas, nas III. Coco: pseudofruto do coqueiro, planta monocotiledônea.
quais haveria perda de estabilidade, seja IV. Cana-de-açúcar: caule tipo estipe, com armazenamento de
pelo fato de o substrato não oferecer apoio glicose.
suficiente, seja pelo fato de a planta ser
relativamente alta para sua reduzida base de Marque a alternativa que reúne as afirmativas corretas.
apoio. A) I, II e III, apenas. B) II, III e IV, apenas.
(_) Desenvolvem-se como estruturas de C) I e II, apenas. D) II e III, apenas.
reserva, tornando-se intumescidas. O E) III e IV, apenas.
acúmulo de substâncias de reserva pode
ocorrer na raiz principal ou nas raízes 12. (FUVEST) Que características esperamos encontrar em uma
laterais. angiosperma aquática e submersa?
(_) Apresentam uma raiz principal, maior e A) Sistema vascular bem desenvolvido e epiderme rica em
mais desenvolvida, que penetra estômatos.
perpendicularmente, no solo e forma muitas B) Tecidos de sustentação bem desenvolvidos e epiderme rica em
raízes secundárias, cada vez mais finas, que estômatos.
crescem em direção oblíqua. C) Tecidos de sustentação bem desenvolvidos e sistema vascular
Marque a alternativa que apresenta a sequência correta. reduzido.
A) 5, 4, 3, 2, 1. B) 5, 3, 1, 4, 2. C) 1, 2, 3, 4, 5. D) Tecidos de sustentação e sistema vascular bem desenvolvidos.
D) 2, 4, 1, 3, 5. E) 4, 3, 1, 5, 2. E) Tecidos de sustentação pouco desenvolvidos e epiderme sem
estômatos.
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112 Curso de Biologia
13. (UNESP) O quadro apresenta, na linha principal, diferentes ecossistemas e, nas linhas numeradas de 1 a 5, estruturas adaptativas
presentes em diferentes espécies vegetais.
ECOSSISTEMA MANGUEZAIS LAGOS CERRADO CAATINGA
1 Raízes profundas; Pneumatóforos Espinhos; Caules Pneumatóforos
Espinhos tortuosos
2 Raízes-escora; Glândulas Aerênquima Pneumatóforos Raízes-escora; Glândulas
de sal de sal
3 Pneumatóforos; Raízes-escora Raízes-escora; Glândulas de sal
Aerênquima Aerênquima
4 Espinhos; Pneumatóforos Glândulas de sal Espinhos; Raízes Aerênquima
profundas
5 Raízes-escora; Aerênquima Caules tortuosos Espinhos
Pneumatóforos

A linha que relaciona corretamente as estruturas adaptativas ao ecossistema onde as mesmas são mais frequentemente encontradas nas
plantas é
A) 1. B) 2. C) 3. D) 4. E) 5.

14. (UNIFESP) Que partes de uma planta são ingeridas em uma refeição constituída de batatinha, cenoura, milho verde, grãos de feijão e
alcachofra?
BATATINHA CENOURA MILHO VERDE GRÃOS DE FEIJÃO ALCACHOFRA
A) raiz caule fruto fruto inflorescência
B) raiz raiz semente semente flor
C) caule raiz semente fruto flor
D) caule raiz fruto semente inflorescência
E) caule caule semente fruto inflorescência

15. (UERJ) No preparo de uma sopa, foram utilizados 3 kg de 18. (UFJF) As plantas vasculares apresentam uma grande
tomate, 2 kg de berinjela, 1 kg de abobrinha, 1 kg de pimentão, 3 diversidade de adaptações morfológicas que permitem a ocupação
kg de vagens de ervilha, 1 kg de couve-flor e 1 kg de brócolis. A dos mais diferentes tipos de ambientes. Com relação aos sistemas
sobremesa foi preparada com 6 kg de laranja. Considerando o radiculares e caulinares, é correto afirmar que:
conceito botânico de fruto, a quantidade total, em kg, de frutos A) O rizoma da bananeira é um tipo de raiz pivotante
usados nesta refeição, foi igual a: armazenadora de amido.
A) 6. B) 9. C) 13. D) B) Na cebola, o sistema caulinar é do tipo colmo, formado por
16. camadas de folhas carnosas armazenadoras.
C) As plantas parasitas, como a erva-de-passarinho,
16. (UFV) Plantas como beterraba, batata-doce, cenoura e batata desenvolveram raízes aéreas sugadoras ou haustórios.
inglesa apresentam como característica comum o armazenamento D) Em regiões com estresse hídrico, muitas espécies de plantas
de reservas nutritivas em algum órgão tuberoso. Assinale a xerófitas, como os cactos, desenvolvem raízes do tipo
alternativa que apresenta incorretamente o órgão de pneumatóforos.
armazenamento da planta indicada: E) Os cladódios são sistemas radiculares especializados no
A) beterraba: raiz. armazenamento de nutrientes.
B) batata-doce: caule.
C) cenoura: raiz. 19. (UFJF) Correlacione os diferentes tipos de adaptações
D) batata inglesa: caule. morfológicas das plantas com o hábito ou com o ambiente onde
elas ocorrem:
17. (UFV) As plantas, como organismos sésseis, necessitam de 1. caule transformado em gavinhas (A) caatinga
adaptações para sobreviverem a determinadas condições 2. folhas transformadas em espinhos (B) trepadeiras
ambientais. Nos cerrados ou em campos rupestres, onde o fogo é 3. raízes respiratórias (pneumatóforos) (C) mangue
de ocorrência frequente, certas espécies apresentam um tipo de 4. velame (D) parasitas
órgão subterrâneo rico em substâncias de reserva, o qual pode 5. haustórios (E) epífitas
brotar após as queimadas. A alternativa em que aparece A) 1B, 2A, 3C, 4E, 5D.
exemplificado esse tipo de órgão é: B) 1E, 2A, 3D, 4C, 5B.
A) Pneumatóforo. B) Hidatódio. C) 1C, 2E, 3D, 4A, 5B.
C) Xilopódio. D) Laticífero. D) 1B, 2D, 3C, 4E, 5A.
E) Haustório. E) 1C, 2E, 3B, 4A, 5D.

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Curso de Biologia 113

20. (UFPR) Imagine que você tenha recebido do seu nutricionista a sido monopólio dos mercadores de Veneza. A sua demanda e a
seguinte recomendação para uma dieta: ingerir diariamente uma das fragrantes moléculas da pimenta, da canela, do cravo-da-índia,
porção de tubérculos, raízes tuberosas, folhas verdes, frutos do da noz-moscada e do gengibre estimularam uma procura global
tipo baga e sementes do tipo cariopse. Qual das alternativas que deu início à Era dos Descobrimentos.
abaixo apresenta os vegetais que atendem a dieta indicada? Adaptado de: COUTEUR, P.; BURRESON, J. Os botões de Napoleão: as 17 moléculas que
mudaram a história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. p.23.
A) Batata, cenoura, espinafre, uva e milho.
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, o
B) Beterraba, rabanete, couve-flor, abacate e arroz.
órgão da planta utilizado como especiarias: pimenta, canela, cravo-
C) Mandioca, cebola, couve, pêssego e semente de girassol.
da-índia, noz-moscada e gengibre.
D) Nabo, alho, brócolis, tomate e amendoim.
A) Fruto, semente, botão floral, rizoma, tronco.
E) Batata-doce, alface, rúcula, acerola e ervilha.
B) Fruto, tronco, botão floral, semente, rizoma.
C) Rizoma, semente, tronco, botão floral, fruto.
21. (UEL)
D) Semente, rizoma, fruto, botão floral, tronco.
Christos e espiciarias! – por Cristo e especiarias – foi o grito E) Semente, tronco, botão floral, fruto, rizoma.
jubiloso dos marinheiros de Vasco da Gama quando, em maio de
1498, eles se aproximaram da Índia e da meta de ganhar uma
fortuna incalculável com condimentos que durante séculos haviam

22. (UEL) As plantas vasculares colonizaram a paisagem terrestre durante o período Devoniano Inferior, há cerca de 410 a 387 milhões de
anos. A ocupação do grande número de hábitats demandou uma grande variedade de formas e adaptações nas plantas. Com base na
morfologia dos diferentes tipos de caules, assinale a alternativa que contém caules adaptados à reprodução assexuada e à fotossíntese,
respectivamente.
A) Rizoma e Bulbo.
B) Colmo e Bulbo.
C) Estolão e Rizoma.
D) Cladódio e Estolão.
E) Estolão e Cladódio.

23. (UEL) Observe a tabela:


AQUISIÇÃO ALIMENTAR DOMICILIAR PER CAPITA ANUAL (kg)
Brasil Grandes Regiões
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Arroz polido 24,546 26,938 20,654 27,274 18,031 34,582
Milho em grão 3,179 2,279 3,013 3,944 2,459 1,686
Feijão rajado 5,077 5,280 5,297 6,077 1,247 5,939
Cebola 3,471 2,776 3,401 3,474 4,389 2,568
Tomate 5,000 3,257 4,942 5,505 4,758 4,587
Batata inglesa 5,271 2,390 2,737 6,084 10,310 3,011
Adaptado de: IBGE, Diretoria de pesquisas, coordenação de índices de preços. Pesquisa de orçamentos familiares 2002-2003. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 22 jul. 2007.

Com relação aos dados da tabela e nos conhecimentos sobre morfologia vegetal, é correto afirmar:
A) O Brasil consome mais vegetais classificados como fanerógamas, angiospermas e dicotiledôneas.
B) A Região Sudeste consome mais angiospermas, monocotiledôneas com frutos deiscentes.
C) A Região Centro-Oeste consome menos fanerógamas, dicotiledôneas com fruto tipo cariopse.
D) A Região Norte, em relação às demais regiões, consome menos angiospermas com frutos deiscentes.
E) A Região Sul consome mais dicotiledôneas que produzem caules subterrâneos.

24. (UEL) Considere as descrições a seguir, referentes a quatro As espécies vegetais descritas acima correspondem,
diferentes espécies vegetais. respectivamente, a:
I. Vegetal com folhas verdes, cujas raízes cresçam aderidas à A) Ectoparasita, Endoparasita, Saprófita, Epífita.
casca de uma árvore. B) Epífita, Hemiparasita, Holoparasita, Saprófita.
II. Vegetal com folhas verdes, com raízes imersas no xilema dos C) Hemiparasita, Epífita, Holoparasita, Saprófita.
ramos de uma árvore. D) Epífita, Endoparasita, Ectoparasita, Micorriza.
III. Vegetal sem clorofila, com raízes imersas no floema dos ramos E) Orquídea, Bromélia, Parasita, Cogumelo.
jovens de uma árvore.
IV. Vegetal sem clorofila, com raízes imersas na matéria vegetal
morta depositada sobre o solo.

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25. (UFRGS) As afirmações abaixo referem-se às plantas que se derivada da raiz primária do embrião, da qual partem várias raízes
desenvolvem sobre as árvores. laterais. O sistema radicular fasciculado degenera-se, logo plantas
I. Caracterizam-se pela presença de bulbos, tubérculos e rizomas. com esse tipo de sistema não desenvolvem raiz principal.
II. Podem apresentar adaptações morfológicas como os haustórios (_) Dicotiledôneas são plantas que possuem folhas pecioladas, isto
nas raízes e as escamas nas folhas. é, o limbo prende-se ao ramo caulinar por meio de um pecíolo.
III. Apresentam sementes ou frutos com ganchos para facilitar a Monocotiledôneas, são invaginantes e prendem-se ao caule por
dispersão por mamíferos como capivaras e graxains. meio de uma bainha, que corresponde a uma modificação da base
do pecíolo. Nesse caso, folhas das dicotiledôneas diferem das
Quais estão corretas? monocotiledôneas não só pela presença de pecíolo, mas também
A) Apenas I. pelas nervuras.
B) Apenas II. (_) Os frutos são estruturas auxiliares no ciclo reprodutivo das
C) Apenas I e III. angiospermas. Protegem as sementes e auxiliam em sua
D) Apenas II e III. disseminação. Correspondem ao desenvolvimento do ovário que
E) I, II e III. ocorre após a fecundação. Algumas espécies desenvolvem os
seus frutos sem sementes; fenômeno conhecido como
26. (UFPI) O caule é a estrutura que intermedeia os sistemas partenocarpia.
radicular e fotossintético (folhas), e é o eixo principal da planta. É (_) As angiospermas estão divididas em duas classes a saber:
sempre dividido em nós e entrenós, podendo realizar também Classe Monocotyledoneae e Classe Dicotyledoneae. Na primeira
reservas de amido, entre outras funções. Entre os exemplos classe, as folhas possuem nervuras paralelas (paralelinérveas), as
abaixo, marque a opção que contém somente exemplos exclusivos raízes são fasciculadas e a flor é trímera. Já na segunda classe, as
de tipos de caules e/ou estruturas caulinares. folhas apresentam-se com nervuras ramificadas, as raízes são
A) Espinhos e gavinhas. axiais e as flores apresentam uma organização tetrâmera ou
B) Sarmentosos e pneumatóforos. pentâmera.
C) Haustórios e bulbos. (_) Elas formam grandes florestas no hemisfério norte.
D) Cladódios e velame. Representam uma soma considerável de todas as florestas no
E) Colmos e estolão. mundo. No Brasil, podemos exemplificar a Mata de Araucária, a
qual é formada por pinheiros-do-paraná (Araucaria angustifolia). O
27. (UFPB) Os diferentes órgãos vegetais podem apresentar pau-brasil (Caesalpinia echinata) pode ser citado como um dos
adaptações que lhes permitem desempenhar funções especiais. mais importantes exemplos de plantas representantes desse grupo
Sobre essas adaptações, identifique como verdadeiras (V) ou vegetal.
falsas (F) as afirmativas abaixo:
(_) Brácteas coloridas e vistosas são modificações que favorecem Assinale a sequência correta:
a polinização por insetos e pássaros. A) FFVVV.
(_) Os espinhos encontrados nos limoeiros e nas roseiras são B) FVVFF.
modificações, apresentadas pelos caules, que evitam a perda de C) VVVVF.
água por transpiração. D) FFFFV.
(_) Catáfilos desenvolvidos, como os das cebolas, atuam como E) FVFFF.
órgãos de reserva.
(_) Raízes adventícias do tipo escoras, encontradas em plantas 29. (UFPE) Os caules subterrâneos e aéreos, ilustrados em 1, 2, 3,
típicas dos mangues, são adaptações ao solo pobre em oxigênio. 4 e 5, são observados, respectivamente, em plantas de:
A sequência correta é:
A) VVVF.
B) VVFF.
C) FFVV.
D) VFVF.
E) FVVF.

28. (UFCG) As angiospermas são as plantas dominantes no


planeta, formando a maior parte da vegetação, incluindo árvores,
arbustos, trepadeiras, capins etc. Estas plantas habitam no solo,
na água ou sobre outras plantas. Analise abaixo as seguintes
características sobre as Angiospermas e assinale verdadeira (V)
ou falsa (F).
(_) Possuem dois tipos principais de sistemas radiculares:
pivotante ou axial (dicotiledôneas) e fasciculado
monocotiledôneas). No sistema pivotante há uma raiz principal,

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Curso de Biologia 115

A) morango, banana, gengibre, maracujá e cana-de-açúcar.


B) banana, morango, maracujá, cana-de-açúcar e milho.
C) milho, batata, banana, maracujá e morango.
D) morango, gengibre, batata, banana e milho.
E) maracujá, gengibre, batata, morango e cana-de-açúcar.

30. (UFG)
O berimbau é um instrumento musical de origem africana, muito
tocado no Brasil em rodas de capoeira. Em sua obra Viagem A) Indique, justificando, qual das folhas corresponde à planta que
pitoresca e histórica ao Brasil Jean-Baptiste Debret descreveu o vive em campo aberto e qual corresponde à planta que vive no
berimbau como segue: "Este instrumento musical se compõe da interior de uma floresta.
metade de uma cabaça presa a um arco curvo de bambu, com um B) Se recortarmos um quadrado de mesma área de cada uma
fio de latão, sobre o qual se bate ligeiramente. Pode-se conhecer o dessas folhas e extrairmos a clorofila, de qual amostra se espera
instinto musical do tocador, que apoia a mão sobre a frente obter maior quantidade desse pigmento? Por quê?
descoberta da cabaça a fim de obter, pela vibração, um som grave
e harmonioso”. 33. (FUVEST) Uma semente deixada por um pássaro origina uma
Disponível em: <http://www.redetec.org.br/inventabrasil/berimb.htm>. Acesso em: 7 fev. 2012.
planta que se desenvolve em cima de uma árvore. Um investigador
faz observações frequentes acerca do desenvolvimento dessa
planta e da árvore que a suporta. Após um longo período de coleta
de dados, ele conclui que se trata de uma planta epífita, e não de
uma parasita.
A) Cite duas características que permitiriam ao investigador
distinguir essa planta de urna parasita.
B) Qual a vantagem de uma planta epífita se desenvolver sobre
outra planta?

34. (UNICAMP) Na cantina do colégio, durante o almoço, foram


servidos 10 tipos de alimentos e bebidas: 1 – arroz, 2 – feijão, 3 –
As estruturas vegetais obtidas da cabaceira, Cucurbita sp., e do bife, 4 – salada de alface, 5 – salada de tomate, 6 – purê de
bambu, Bambusea sp., utilizadas para fabricar o instrumento batata, 7 – sopa de ervilha, 8 – suco de pêssego, 9 – pudim de
musical descrito são, respectivamente, leite e 10 – chá de hortelã.
A) pseudofruto e estipe. B) fruto composto e haste. A) Na preparação de quais alimentos acima foram utilizados frutos
C) fruto verdadeiro e colmo. D) infrutescência e ou sementes?
tubérculo. B) Dentre os frutos carnosos utilizados na preparação dos
E) fruto partenocárpico e tronco. alimentos, um é classificado como drupa e outro como baga. Quais
são eles? Que características morfológicas diferenciam os dois
Questões estilo V ou F tipos de frutos?
C) Indique o prato preparado à base de uma estrutura caulinar.
31. (UPE) Sobre as características morfológicas dos vegetais, Explique por essa estrutura pode ser assim denominada.
analise as afirmativas abaixo.
(_) Na bananeira, o caule subterrâneo, do tipo rizoma, torna-se 35. (UNESP) O cipó-chumbo é um vegetal que não possui raízes,
bem visível na produção e na sustentação do cacho de banana. nem folhas, nem clorofila. Apresenta estruturas especiais que
(_) O caule da batata-doce, denominado de túbera, é especializado penetram na planta hospedeira para retirar as substâncias que
no armazenamento de substâncias de reservas. necessita para viver. Por sua forma de vida, o cipó-chumbo é
(_) A palma, cactácea utilizada para alimentação do gado no considerado um holoparasita. Uma outra planta, a erva-de-
período de seca no Sertão, apresenta o tronco do tipo cladódio. passarinho, é considerada um hemiparasita e, embora retire das
(_) A castanha de caju é um fruto indeiscente do tipo aquênio. plan-tas hospedeiras água e sais minerais, possui folhas e clorofila.
(_) O grão de milho e o grão de girassol são tipos de frutos secos Considerando estas informações, responda.
deiscentes. A) Pelo fato de o cipó-chumbo ser holoparasita, que tipo de
nutriente ele retira da planta hospedeira para a sua sobrevivência?
Questões discursivas Justifique sua resposta.
B) Quais estruturas das plantas hospedeiras são “invadidas” pelo
32. (FUVEST) Duas plantas da mesma espécie, que vivem em cipó-chumbo e pela erva-de-passarinho, respectivamente?
ambientes distintos, apresentam folhas morfologicamente Justifique sua resposta.
diferentes, representadas nas figuras A e B. 36. (UNESP) Um aluno de uma Escola de Ensino Médio recebeu
de seu professor de Biologia uma lista de diversos vegetais
considerados comestíveis. O aluno elaborou um quadro onde, com
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116 Curso de Biologia
o sinal (X), indicou o órgão da planta utilizado como principal
alimento.
AULA 10 – Nutrição e Absorção
VEGETAIS
RAIZ CAULE FRUTO PSEUDOFRUTO
COMESTÍVEIS Nutrição
Batata inglesa X
Azeitona X A nutrição das plantas é autotrófica, nisso diferindo da
Tomate X nutrição animal, que é heterotrófica. Enquanto os animais obtêm
Manga X alimento comendo outros seres vivos, as plantas fabricam elas
Pera X mesmas a matéria orgânica que lhes serve de alimento. Para isso
Mandioca X utilizam gás carbônico proveniente do ar e água e sais minerais
Maçã X retirados do solo. Elas sintetizam todas as substâncias orgânicas
Cenoura X de que necessitam a partir de água (H2O), sais minerais, gás
Cebola X carbônico (CO2) e energia luminosa.
Moranguinho X No século XVII o fisiólogo belga Jean-Baptiste van Helmont
Pepino X investigou a nutrição das plantas por meio de um experimento
Após a análise do quadro, o professor informou ao aluno que ele simples. Plantou uma semente em um vaso que continha 90,9
havia cometido quatro erros. quilogramas de solo e, 5 anos mais tarde, pesando a planta e o
A) Indique os quatro erros cometidos pelo aluno e identifique os solo restante no vaso, Helmont verificou que a planta gerada pela
verdadeiros órgãos a que pertencem os vegetais assinalados semente pesava 76,8 quilogramas e o solo, 34,1 quilogramas, ou
erradamente. seja, havia diminuído 56,8 quilogramas. A conclusão foi de que
B) Quais são as estruturas da flor que dão origem, res- cerca de 56,8 quilogramas da planta eram proveniente de
pectivamente, aos frutos verdadeiros e aos pseudofrutos substâncias do solo e que os 20 quilogramas restantes deviam ser
relacionados no quadro? provenientes da água com que o vaso era regado.
Um século mais tarde o fisiólogo inglês Stephen Hales
37. (UFPB) O aguapé (Eichornia crassipes) é uma planta aquática sugeriu que as plantas, além do que retiravam do solo,
flutuante com flores roxas e raízes bastante ramificadas, muito alimentavam-se principalmente de substâncias presentes no ar.
comum em todo o Brasil. Essa planta passou a ser pesquisada e
utilizada em projetos de pré-tratamento de rios e esgotos, Fatores edáficos: o solo
funcionando como "filtro biológico" natural, purificando a água. Hoje sabemos que as plantas retiram do solo apenas água,
sais minerais e gás oxigênio necessário à respiração das raízes.
Uma planta pode se desenvolver normalmente na ausência do
solo, desde que sejam adicionados certos sais minerais à água
que lhe é fornecida. Os sais minerais contêm elementos químicos
essenciais ao desenvolvimento da planta.
Explique como funciona esse filtro biológico.
Componentes inorgânicos do solo
38. (UFRJ) A distribuição das folhas de uma planta ao longo dos O solo se forma pela decomposição de rochas, causada
nós presentes no caule segue padrões de organização conhecidos tanto por fatores físicos quanto pela ação de organismos vivos. As
como filotaxia. Na "filotaxia oposta" as folhas aparecem aos pares características de cada solo dependem dos tipos de rocha a partir
em cada nó e cada folha está diametralmente oposta à outra. Além dos quais se formaram.
disto, o par de um nó forma ângulo de 90° com os pares imedi- Além da composição química, os solos diferem também
atamente superior e inferior. Em geral, os nós são também quanto ao tamanho das partículas que os compõem. Partículas
distantes entre si. grandes, com diâmetro entre 2 e 0,02 milímetros, são
genericamente chamadas de areias; partículas de tamanho médio,
com diâmetro entre 0,02 e 0,002 milímetro, são chamadas de
siltes; partículas pequenas, com diâmetro menor que 0,002
milímetro, são chamadas de argilas. As partículas de argila, por
terem carga negativa, atraem íons minerais com carga positiva,
evitando que eles sejam lavados do solo pelas águas das chuvas.
Solos bons para a agricultura têm aproximadamente 40%
de areia, 40% de silte e 20% de argila. Solos muito arenosos retêm
pouca água e sais minerais. Solos muito argilosos, por sua vez,
tendem a tornar-se muito compactos, o que diminui os espaços
Explique a importância da filotaxia oposta para os processos
entre as partículas, onde se acumulam água e ar.
metabólicos das plantas.
Ar e água no solo Aproximadamente 30 a 60% do volume
do solo corresponde aos espaços existentes entre as partículas

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Curso de Biologia 117

que o constituem. Esses espaços são preenchidos por água e ar, Quando o solo é pobre nesses elementos, é necessária a
que podem ser utilizados pelas raízes das plantas. utilização de fertilizantes ou adubos, que podem ser de dois tipos:

Componentes orgânicos do solo Fertilizantes orgânicos


O solo contém certa quantidade de substâncias orgânicas São constituídos por restos ou partes de animais e plantas.
provenientes da decomposição de cadáveres de plantas e animais. Farinha de peixe, farinha de soja, húmus, estrume e guano
A decomposição origina o húmus, formado por uma mistura de (excrementos de aves, abundante na costa oeste da América do
solo e matéria orgânica parcialmente degradada. Sul) são exemplos. É importante que se note que os elementos
Com a decomposição dos cadáveres, minerais que orgânicos no adubo orgânico não são úteis para a planta, uma vez
constituíam a matéria orgânica são liberados e fertilizam o solo. que ela é autótrofa. O adubo orgânico é utilizado com o objetivo de
Organismos do solo ser decomposto pelas bactérias, liberando elementos minerais que
Os solos geralmente são habitados por uma comunidade serão absorvidos pelas raízes das plantas. O principal desses
viva complexa, formada por bactérias, algas, protozoários, fungos, elementos é o nitrogênio (uma vez que carbono, hidrogênio e
vermes, insetos, plantas e animais. Uma única colher de chá de oxigênio O são obtidos pela água e CO2).
solo agricultável contém milhões de organismos vivos. A atividade Muitos agricultores adubam o solo cultivando plantas
desses seres contribui para melhorara qualidade do solo para a leguminosas (plantas cujas sementes estão em vagens, como o
agricultura. feijão, a soja, a alfafa, etc...) e deixando-as apodrecer no campo.
As bactérias e os fungos são fundamentais no processo de As plantas leguminosas, por viverem em associação com bactérias
decomposição de cadáveres, atuando sobre o húmus e liberando fixadoras de nitrogênio (Rhizobium sp) acumulam nitrogênio no
minerais essenciais ao desenvolvimento das plantas. Algumas solo, e ao apodrecerem, formam um adubo riquíssimo nesse
espécies de bactérias são, além disso, fundamentais para a elemento. Outros agricultores cultivam as leguminosas e as
ocorrência do ciclo do nitrogênio, um elemento químico colhem, o que diminui o teor de nitrogênio no solo, apesar de ainda
indispensável a qualquer ser vivo. assim ser um ótimo processo de adubação. A utilização de
leguminosas como adubo é conhecida com adubação verde.
Micorrizas Outra técnica baseada no uso de leguminosas é a
Inúmeras plantas, entre elas as orquídeas e as grandes chamada rotação de culturas, conhecida desde a Idade Média.
árvores, possuem fungos associados às suas raízes formando Planta-se leguminosas para acumular nitrogênio no solo. No
micorrizas (do grego mykes, fungo, e rhiza, raiz). Há dois tipos de plantio seguinte, planta-se uma planta não leguminosa, que não
micorrizas: endótrofas e exótrofas. Micorrizas endótrofas (do possui bactérias fixadoras associadas, e então consumirá o
grego endo, dentro, e trophos, nutrição) são aquelas em que as nitrogênio acumulado. Para evitar o esgotamento do solo, no
hifas dos fungos vivem dentro das células do parênquima radicular. plantio seguinte planta-se novamente uma leguminosa para
Já as micorrizas exótrofas (do grego exo, fora) envolvem recuperar o nitrogênio do solo.
externamente a raiz e penetram nos espaços entre os tecidos. Numa técnica semelhante, a plantação consorciada,
Acredita-se que os fungos das micorrizas, decompondo promove-se o cultivo simultâneo de leguminosas e não
substâncias orgânicas dentro ou bem junto à própria raiz, facilitem leguminosas, com efeitos equivalentes.
a absorção de nutrientes minerais pela planta. Esta, por sua vez,
fornece ao fungo moradia e substâncias orgânicas produzidas na Fertilizantes inorgânicos
fotossíntese. São compostos por elementos minerais já prontos,
produzidos industrialmente. Devem conter pelo menos três
Nutrientes inorgânicos essenciais: Macronutrientes elementos: N, P e K. O principal exemplo é o salitre, que contém
e Micronutrientes esses três elementos.
Os elementos minerais essenciais (isto é, indispensáveis Em termos de utilidade nutriente, não há vantagem de um
ao crescimento) para um vegetal são em número de 16. Alguns tipo de adubo sobre outro, uma vez que ambos liberam elementos
desses são necessários em grandes quantidades, sendo ditos minerais (apenas os orgânicos esperam pela ação dos
macronutrientes (em número de 9) e outros em quantidades microorganismos decompositores). A vantagem da adubação
muito pequenas, os micronutrientes (em número de 7). orgânica é que ela fornece uma textura adequada ao solo
Os macronutrientes são C, H, O, N, P, S, K, Mg e Ca e os facilitando a retenção de água pelo solo. A vantagem da adubação
micronutrientes são boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), inorgânica é que ela possibilita calcular as quantidades exatas de
manganês (Mn), Molibdênio (Mo) e zinco (Zn). Observe que os cada elemento mineral fornecida à planta. Isso é importante, pois a
macronutrientes envolvem os componentes da matéria orgânica concentração relativa de cada elemento tem influência no tipo de
(C, H, O, N, P e S), o K, principal regulador da pressão osmótica crescimento da planta. por exemplo, o fornecimento de altas doses
em vegetais e principal íon positivo na planta, o Mg participante da de nitrogênio estimula um crescimento vegetativo vigoroso, com
clorofila e que atua como cofator de várias enzimas e o Ca produção de muitas folhas, em detrimento da reprodução. Assim, é
regulador da permeabilidade das membranas plasmáticas e que interessante fornecer bastante nitrogênio para uma cultura de
também atua na formação da lamela média. Todos os alface, por exemplo, cujo produto explorado é a folha. Já em uma
micronutrientes são cofatores enzimáticos. cultura de tomates, onde o produto explorado é o fruto, deve-se
reduzir a quantidade de nitrogênio.
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118 Curso de Biologia
Muitas pessoas rotulam de "não-naturais" os alimentos - a água deve ser suprida com soluções nutritivas;
produzidos em solos adubados com fertilizantes inorgânicos, - o aquecimento e a iluminação devem ser controlados;
defendendo uma adubação puramente orgânica. Essa visão, - deve haver um sistema adequado de aeração das raízes, uma
porém, carece de fundamento se pensarmos que os elementos vez que elas esgotam rapidamente o oxigênio da água.
químicos fornecidos pelos dois tipos de fertilizantes são idênticos; Tudo isso eleva muito o custo da técnica de hidroponia, de
não há qualquer diferença entre o nitrogênio de um adubo químico modo que vegetais hidropônicos são mais caros.
e o do estrume da vaca. A origem dessa ideia pode estar ligada à
confusão que se faz entre fertilizantes e agrotóxicos, estes usados
para combater pragas que atacam as plantas. Os agrotóxicos, de
fato, podem ser prejudiciais à saúde, principalmente se não forem
aplicados corretamente.

Correção do solo
Um outro problema a ser analisado é que, quando o pH do
solo não é adequado, a planta apresenta dificuldades de absorver
todos os nutrientes essenciais. Por exemplo, num solo de pH 8,0 a Tubos para hidroponia.
planta consegue absorver cálcio, mas é incapaz de absorver ferro.
- Se o solo estiver alcalino, a correção é feita com sulfatos ou
fosfatos de sódio ou magnésio. Absorção
- Se o solo estiver ácido a correção é feita por calagem, com o uso
de calcário (carbonato de cálcio). Solos como o do cerrado A água se encontra no solo como uma fina película ao
brasileiro são muito ácidos, e ainda têm o inconveniente de redor das partículas sólidas, sendo chamada água de adsorção
apresentar alto teor de alumínio, que é tóxico. (não confundir com absorção). Ela ocupa ainda os espaços
capilares entre as partículas, constituindo a água capilar. Fala-se
Irrigação: aspersão X gotejamento que um solo está saturado quando todos os espaços entre as
Um fator fundamental para o crescimento das plantas é a partículas estão ocupados por água.
disponibilidade de água no solo. Muitas regiões desérticas, apesar Nestas condições, todo o líquido que nele penetrar tende
de ter solo fértil, sob o ponto de vista de sua composição mineral, ao escoamento, circulando rapidamente pela ação da força de
são pobres em vegetação porque falta água. Isso é evidente nas gravidade. É a água gravitacional, que penetra mais
regiões desérticas que se tomaram altamente produtivas por meio profundamente no solo, formando o lençol freático.
da irrigação artificial. O maior volume hídrico que um solo pode reter após drenar
A aspersão é um método de irrigação de baixo custo, mas toda a água gravitacional é a chamada capacidade de campo. A
com o inconveniente de levar a um alto desperdício de água por excessiva circulação (percolação) dessa água gravitacional é
evaporação. No mundo atual, irrigação é a atividade humana que denominada lavagem ou lixiviação. Ela pode ser muito prejudicial
mais consome água potável, o que consiste num problema às plantas, pois em solução são arrastados minerais solúveis,
ecológico. substituindo-se os íons Ca++, K+ e Mg++ por H+. O solo fica então
O gotejamento exige bem mais tubulação, e isso aumenta o ácido e o pH deve ser corrigido pela colocação de calcários, a
custo do processo. Entretanto, o processo é mais eficiente e leva a chamada calagem. A lixiviação intensa provoca ainda alta
um desperdício de água bem menor porque a evaporação é muito concentração de alguns óxidos de ferro e alumínio em regiões
reduzida. superficiais. Eles formam uma espécie de camada impermeável,
compacta, o laterito, um solo estéril, usado na produção de tijolos.
Diferentes solos têm diferentes capacidades de retenção de
Hidroponia água capilar, em função do tamanho de suas partículas, isto é, de
Hidropônica é o cultivo de vegetais em soluções aeradas sua textura.
de sais minerais quimicamente definidos, sem solo. É uma técnica Solos de partículas grandes, como os arenosos, têm menor
bastante útil em locais onde o solo é pobre ou não há muito superfície interna (entre as partículas) do que os de partículas
espaço disponível. pequenas, como os argilosos.
A hidroponia apresenta vantagens como: Assim, os solos argilosos têm maior capacidade de campo
- possibilidade de cultivo em pequenos espaços; gasta menos do que os arenosos.
água que na agricultura tradicional (a evaporação é menor que na É bom lembrar ainda que a permeabilidade de um solo à
irrigação, daí a economia de água e a utilidade da técnica em água depende também do grau de compactação de suas
ambientes áridos); partículas.
- permite o cultivo numa área onde patógenos e pestes estão
ausentes (não necessita então do uso de pesticidas);
- permitir o controle da quantidade de nutrientes no meio de Absorção de água e sais
cultura. Os nutrientes minerais presentes no solo são absorvidos
Em contrapartida, apresenta desvantagens como: pelas plantas em solução aquosa, por meio dos pelos absorventes.
Eles são longas expansões filamentares das próprias células
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Curso de Biologia 119

epidérmicas da raiz na zona pilífera. São, portanto, unicelulares e


estendem-se em grande área de solo junto à planta, infiltrando-se
nos espaços microscópicos entre as partículas.
Após atravessar a epiderme, a água e os sais nela
dissolvidos deslocam-se para a região central da raiz. Esse
deslocamento ocorre de duas maneiras: pelos espaços externos às
membranas celulares, que compõem o apoplasto; através dos
citoplasmas das células corticais, que compõem o simplasto.
Apoplasto se refere a tudo o que se localiza exteriormente
à membrana plasmática, ou seja, os espaços existentes entre as
paredes das células e os espaços microscópicos presentes nas
próprias paredes celulósicas, que se embebem de líquido como um
papel-toalha. Simplasto se refere ao citoplasma das células, que é
contínuo, uma vez que os citoplasmas das células de uma planta
se comunicam através de finas pontes citoplasmáticas, os
plasmodesmos.

Transporte através da endoderme


O transporte de água pelo apoplasto é interrompido na
região da endoderme. As células endodérmicas estão fortemente
unidas umas às outras por meio de cinturões de suberina, as Uma vez no interior do cilindro central, os sais minerais são
estrias de Caspary, que impedem a água e os sais nela bombeados para o interior dos traqueídes e dos elementos de vaso
dissolvidos de atravessar as paredes celulares. por um tipo especial de célula, chamada célula de transferência.
Assim, para penetrar no cilindro central, a água e os sais Esse processo consome energia, obtida pela degradação de ATP a
têm necessariamente de atravessar a membrana plasmática ADP e fosfato, também num mecanismo de transporte ativo.
penetrando no citoplasma das células endodérmicas. As estrias de
Caspary também dificultam o retorno, ao córtex, dos sais minerais
que já entraram no cilindro central.
Seca fisiológica
Além de O2, CO2 e temperatura, outros fatores também
A disposição dessas estrias faz com que a água e os sais
int1uem na absorção de água e sais. O excesso de fertilizantes no
minerais absorvidos do meio sejam conduzidos por um único
solo, aumentando-lhe os valores osmóticos, ou ainda substâncias
caminho viável até o xilema, passando pelo citoplasma das células
tóxicas, dificultam ou impedem a absorção.
da endoderme.
Sabemos ainda que as plantas não absorvem a água muito
Isso é necessário porque a endoderme apresenta em suas
fria. Solos com temperatura entre 2 e 4°C, mesmo estando
células uma bomba de sais direcionada para o xilema. Assim,
saturados de água, causam a chamada seca fisiológica. Não é
devido ao transporte ativo, os sais minerais se acumulam no
uma seca física, pois existe água. Mas a planta, por razões não
xilema, que fica hipertônico e passa a atrair água por osmose a
bem esclarecidas, é incapaz de absorvê-la.
partir do meio externo. Esse é o mecanismo de absorção de água
A seca fisiológica é uma situação em que a planta se torna
na planta. Os sais do xilema, se tentarem voltar por difusão a partir
impossibilitada de captar água do solo por algum motivo, mesmo
das células da endoderme, são bombeados de volta ao xilema.
havendo água no solo.
Esses mesmos sais não podem passar por difusão no espaço
- No inverno de regiões temperadas, a água congela e não mais
entre as células da endoderme porque esse espaço está vedado
pode ser absorvida pela raiz, consistindo num caso de seca
pelas estrias de Caspary. Desse modo, os sais que entram (e por
fisiológica.
consequência a água que os acompanha por osmose) não
- Caso haja muita água no solo, a falta de oxigênio impede a
poderão sair.
produção de ATP pela respiração, de modo que a bomba de sais
Esse mecanismo também auxilia a subida da seiva bruta,
do xilema não pode ser ativada. Assim, a absorção da água não
pois a pressão de entrada de água por osmose eleva a coluna de
pode ocorrer.
seiva bruta no xilema. É a chamada pressão positiva ou impulso da
- Caso haja muitos sais no solo, inclusive pelo excesso de adubos
raiz, que, no entanto, não existe em todas as plantas, não podendo
NPK, o solo hipertônico leva à perda de água por osmose na
ser uma forma de generalização da elevação de água e sais
planta, que não consegue absorver água do solo.
minerais para todas as espécies vegetais.
Só as raízes absorvem?
Durante algum tempo se acreditou que a absorção de água
e sais só era feita pela zona pilífera das raízes. Hoje sabemos que
não só outras regiões radiculares, rosas até as folhas também
absorvem.

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120 Curso de Biologia
A pulverização das folhas como soluções nutritivas de água que é acumulado diariamente em recipientes próprios deve ser
e sais pode garantir à planta uma boa e rápida absorção através revirado com auxílio de ferramentas adequadas, semanalmente, de
de micro canalículos da cutícula. É a adubação folial. forma a homogeneizá-lo. É preciso também umedecê-lo
Dependendo do grau de complexidade da planta e da sua periodicamente. O material de restos de capina pode ser
adaptação a um determinado hábitat, a absorção pode ser feita por intercalado entre uma camada e outra de lixo da cozinha. Por meio
estruturas bem especializadas. desse método, o adubo orgânico estará pronto em
Em orquídeas epífitas há finitas raízes brancas ou aproximadamente dois a três meses.
esverdeadas, as raízes aéreas, que ficam pendentes no ar. A Como usar o lixo orgânico em casa? Ciência Hoje, v. 42, jun. 2008 (adaptado).

camada mais externa dela é o velame, tecido morto, com grande Suponha que uma pessoa, desejosa de fazer seu próprio adubo
capacidade de absorção de água. Quando é alta a umidade orgânico, tenha seguido o procedimento descrito no texto, exceto
relativa do ar, o velame funciona como uma espécie de mata- no que se refere ao umedecimento periódico do composto. Nessa
borrão, garantindo suprimento de água para a planta. situação,
Muitas bromeliáceas, também epífitas, têm em suas folhas A) o processo de compostagem iria produzir intenso mau cheiro.
estruturas mortas, permeáveis e em forma de escamas B) o adubo formado seria pobre em matéria orgânica que não foi
microscópicas, para a absorção direta de água da chuva. transformada em composto.
C) a falta de água no composto vai impedir que microrganismos
decomponham a matéria orgânica.
Exercícios D) a falta de água no composto iria elevar a temperatura da
mistura, o que resultaria na perda de nutrientes essenciais.
Questões estilo múltipla escolha E) apenas microrganismos que independem de oxigênio poderiam
agir sobre a matéria orgânica e transformá-la em adubo.
1. (ENEM)
A lavoura arrozeira na planície costeira da região sul do Brasil 3. (UECE) Em um laboratório, sementes de feijão de corda foram
comumente sofre perdas elevadas devido à salinização da água de embebidas em água destilada e colocadas para germinar em papel
irrigação, que ocasiona prejuízos diretos, como a redução de germitest, também embebido em água destilada, mantendo-se
produção da lavoura. Solos com processo de salinização avançado adequadas as condições de temperatura, umidade relativa do ar e
não são indicados, por exemplo, para o cultivo de arroz. As plantas luminosidade. Alguns dias depois, todas as sementes germinaram
retiram a água do solo quando as forças de embebição dos tecidos e produziram plântulas. Cinco destas plântulas foram, então,
das raízes são superiores às forças com que a água é retida no transferidas para cinco vasos contendo uma mistura proporcional
solo. de terra e adubo, e as outras cinco foram mantidas no papel
Winkel, H. L.;Tschiedel, M. Cultura do arroz: salinização de solos em cultivos de arroz.
Disponível em: http://agropage.tripod.com/saliniza.hml. Acesso em: 25 jun. 2010 (adaptado).
germitest. Todas permaneceram nas mesmas condições de
A presença de sais na solução do solo faz com que seja dificultada luminosidade e umidade relativa do ar, sendo aguadas com água
a absorção de água pelas plantas, o que provoca o fenômeno destilada. Considerando que as plantas foram mantidas e
conhecido por seca fisiológica, caracterizado pelo(a) observadas por algumas semanas nessas condições, assinale a
A) aumento da salinidade, em que a água do solo atinge uma opção que pode explicar corretamente os resultados obtidos.
concentração de sais maior que a das células das raízes das A) Todas as plantas cresceram em uniformidade, pois são capazes
plantas, impedindo, assim, que a água seja absorvida. de obter, por meio da fotossíntese, os micronutrientes necessários
B) aumento da salinidade, em que o solo atinge um nível muito para sua manutenção até a reprodução.
baixo de água, e as plantas não têm força de sucção para absorver B) Somente as plantas mantidas em vaso desenvolveram-se, pois,
a água. além das substâncias obtidas por meio da fotossíntese,
C) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as absorveram da mistura de terra e adubo, os macro e
plantas não têm força de sucção, fazendo com que a água não micronutrientes necessários para sua manutenção até a
seja absorvida. reprodução.
D) aumento da salinidade, que atinge um nível em que as plantas C) Todas as plantas (as que estavam no papel germitest somente
têm muita sudação, não tendo força de sucção para superá-la. com água e as que estavam nos vasos com terra e adubo)
E) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas desenvolveram-se uniformemente, pois absorveram dos seus
ficam túrgidas e não têm força de sudação para superá-la. respectivos meios aos quais foram acondicionadas, os macro e
micronutrientes necessários para sua manutenção, via
2. (ENEM) fotossíntese.
D) Somente as plantas em papel germitest cresceram e se
O lixo orgânico de casa – constituído de restos de verduras, frutas,
desenvolveram, pois apenas nessa condição elas são capazes de
legumes, cascas de ovo, aparas de grama, entre outros –, se for
obter os micronutrientes necessários para sua manutenção até a
depositado nos lixões, pode contribuir para o aparecimento de
reprodução.
animais e de odores indesejáveis. Entretanto, sua reciclagem gera
um excelente adubo orgânico, que pode ser usado no cultivo de
4. (FCM-CG) Em tempos de secas prolongadas é quase certo que
hortaliças, frutíferas e plantas ornamentais. A produção do adubo
as plantas perderão água em excesso, especialmente aquelas com
ou composto orgânico se dá por meio da compostagem, um
folhas largas. A água do solo é aproveitada para repor essa perda
processo simples que requer alguns cuidados especiais. O material
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e para participar da seiva elaborada. A planta pode retirar água do 7. (FUVEST) Dez copos de vidro transparente, tendo no fundo
solo obedecendo à capacidade específica do potencial hídrico de algodão molhado em água, foram mantidos em local iluminado e
suas raízes mais finas, o que é suficiente para absorver a maior arejado. Em cada um deles, foi colocada uma semente de feijão.
parte da água capilar contida nos solos. Contudo, a taxa de Alguns dias depois, todas as sementes germinaram e produziram
condutividade da raiz, além de depender da capacidade de raízes, caules e folhas. Cinco plantas foram, então, transferidas
retenção de água do solo, ou seja, do seu potencial hídrico, para cinco vasos com terra e as outras cinco foram mantidas nos
depende também de fatores endógenos e exógenos. Sobre a copos com algodão. Todas permaneceram no mesmo local
condutividade da água via raízes, analise as proposições a seguir: iluminado, arejado e foram regadas regularmente com água
I. A água percorre os pelos absorventes da raiz, atravessa o destilada. Mantendo-se as plantas por várias semanas nessas
protoplasma epidérmico, a zona cortical e o endoderma até atingir condições, o resultado esperado e a explicação correta para ele
o xilema da planta. são:
II. Os fatores endógenos mais importantes para a condutividade da A) Todas as plantas crescerão até produzir frutos, pois são
água são os pelos radiculares e o potencial hídrico. capazes de obter, por meio da fotossíntese, os micronutrientes
III. São fatores exógenos importantes a temperatura, a presença necessários para sua manutenção até a reprodução.
de O2 e CO2, a umidade do solo, e as propriedades do perfil da B) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois,
vegetação. além das substâncias obtidas por meio da fotossíntese, podem
IV. A água chega até o xilema através do transporte passivo, absorver, do solo, os micronutrientes necessários para sua
orientada pelas células de Caspary. manutenção até a reprodução.
V. As células da endoderme, além de controlar a quantidade de C) Todas as plantas crescerão até produzir frutos, pois, além das
água que entra no xilema, selecionam os sais minerais por substâncias obtidas por meio da fotossíntese, podem absorver, da
transporte passivo, enquanto a água chega por osmose. água, os micronutrientes necessários para sua manutenção até a
reprodução.
Estão corretas apenas D) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois
A) I, III e IV. B) I, II e III. apenas elas são capazes de obter, por meio da fotossíntese, os
C) II, IV e V. D) I, IV e V. micronutrientes necessários para sua manutenção até a
E) II, III e IV. reprodução.
E) Somente as plantas em vaso crescerão até produzir frutos, pois
5. (UNP) As células epidérmicas das raízes (pelos absorventes) o solo fornece todas as substâncias de que a planta necessita para
absorvem água do solo, normalmente, quando seu crescimento e manutenção até a reprodução.
A) a concentração de sais das células for menor que a
concentração de sais do solo. 8. (FUVEST) Os adubos inorgânicos industrializados, pela sigla
B) a concentração de sais das células for igual a concentração de NPK, contêm sais de três elementos químicos: nitrogênio, fósforo e
sais do solo. potássio. Qual alternativa indica as principais razões pela: esses
C) a concentração de sais das células for maior que a elementos são indispensáveis à vida planta?
concentração de sais do solo. NITROGÊNIO FÓSFORO POTÁSSIO
D) a concentração de água das células for maior que a A) É constituinte de É constituinte de É constituinte de
concentração de sais do solo. ácidos nucléicos ácidos nucléicos e ácidos nucléicos
e proteínas. proteínas. e proteínas.
6. (UPE) A agricultura orgânica prioriza a saúde do meio ambiente, B) Atua no equilíbrio É constituinte de Atua no
preservando a biodiversidade e excluindo o emprego de osmótico e na ácidos nucléicos. equilíbrio
substâncias químicas, que, no solo, agridem os ecossistemas. Os permeabilidade osmótico e na
elementos da natureza valorizados pela agricultura orgânica são: celular. permeabilidade
I. Inimigos naturais, ou seja, os organismos que mantêm, em celular.
equilíbrio, os níveis de população de insetos, considerados praga. C) É constituinte de É constituinte de Atua no
II. Oligoquetas detritívoros que vivem no solo e contribuem para a ácidos nucléicos ácidos nucléicos. equilíbrio
produção de húmus. e proteínas. osmótico e na
III. Fungos associados às raízes de plantas, que mantêm relações permeabilidade
ecológicas mutualistas. celular.
IV. Plantas de uma mesma espécie, a chamada “monocultura”, D) É constituinte de Atua no equilíbrio É constituinte de
facilitando a colheita e gerando maior lucro. ácidos nucléicos, osmótico e na ácidos
glicídios e permeabilidade nucléicos.
Estão corretos os itens proteínas. celular.
A) I, II e III, apenas. B) I, III e IV, apenas. E) É constituinte de É constituinte de Atua no
C) II, III e IV, apenas. D) I e IV, apenas. glicídios. ácidos nucléicos e equilíbrio
E) I, II, III e IV. proteínas. osmótico e na
permeabilidade
celular.
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9. (FUVEST) Pesquisadores norte-americanos produziram uma C) Pressão positiva da raiz.
variedade de tomate transgênico que sobrevive em solos até 50 D) Coesão-tensão-transpiração.
vezes mais salinos que o tolerado pelas plantas normais. Essas
plantas geneticamente modificadas produzem maior quantidade de 13. (UFV) Na transição evolutiva das plantas do habitat aquático
uma proteína de membrana que bombeia íons sódio para o interior para o terrestre, algumas substâncias, como a lignina, a suberina e
do vacúolo. Com base em tais informações, pode-se concluir que a cutina, foram muito importantes nessa adaptação. Com relação a
plantas normais não conseguem sobreviver em solos muito salinos essas substâncias, analise as afirmativas abaixo.
porque, neles, as plantas normais I. A lignina é de ampla ocorrência nas plantas vasculares e se
A) absorvem água do ambiente por osmose. relaciona principalmente à sustentação.
B) perdem água para o ambiente por osmose. II. A cutina está associada aos tecidos de revestimento, sendo
C) absorvem sal do ambiente por difusão. depositada na superfície da parede celular da face externa da
D) perdem sal para o ambiente por difusão. célula.
E) perdem água e absorvem sal por transporte ativo. III. A suberina está relacionada à restrição de perda de água e
pode ser encontrada em peridermes e em estrias de Caspary da
10. (FUVEST) A maior parte da massa de matéria orgânica de uma endoderme.
árvore provém de:
A) água do solo. Assinale a opção correta:
B) gás carbônico do ar. A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
C) gás oxigênio do ar. B) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
D) compostos nitrogenados do solo. C) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
E) sais minerais do solo. D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
E) Todas as afirmativas são verdadeiras.
11. (UNIFESP) Considere alimentação como o processo pelo qual
um organismo obtém energia para sua sobrevivência. Usando esta 14. (UFC) Em um pequeno experimento, um estudante montou
definição, atente para o fato de que ela vale para todos os algumas hortas contendo terra, folhas secas e madeira morta.
organismos, inclusive os vegetais. Entre as plantas, as chamadas Nestes locais ele plantou várias hortaliças. Com o passar do
“carnívoras” atraem, prendem e digerem pequenos animais em tempo, o estudante percebeu que pequenos cogumelos apareciam
suas folhas. Elas vivem em terrenos pobres e utilizam o nitrogênio na madeira morta e nas folhas secas que estavam depositadas no
dos tecidos desses animais em seu metabolismo. Com esses chão. Temendo que isso pudesse matar as plantas, ele adicionou
pressupostos, assinale a alternativa que contém a afirmação fungicida na horta matando apenas os fungos. Ao fazer isso, que
correta. consequência ocorrerá para as hortaliças?
A) As plantas carnívoras não dependem do nitrogênio dos animais A) A quantidade de herbívoros que se alimentam das hortaliças
que capturam para se alimentar. Assim, mesmo sem capturar, são aumentará.
capazes de sobreviver havendo temperatura, umidade e B) A disponibilidade de nutrientes para as hortaliças será menor.
luminosidade adequadas. C) A umidade do solo onde as hortaliças ocorrem reduzirá.
B) O nitrogênio é importante para a alimentação de vegetais em D) As folhas das hortaliças crescerão mais rapidamente.
geral, sendo absorvido pelas raízes ou folhas. Plantas carnívoras E) As hortaliças adquirirão resistência a fungos.
que não capturam animais morrerão por falta desse alimento.
C) Havendo acréscimo de nitrogênio ao solo, as plantas carnívoras 15. (UFC) Mesmo existindo muita água ao seu redor, há ocasiões
são capazes de absorvê-lo pelas raízes. Com esse nitrogênio, em que os vegetais terrestres não podem absorvê-la. Esse
produzirão o alimento de que precisam, sem a necessidade de fenômeno é denominado de seca fisiológica. Analise as
capturas. declarações abaixo.
D) O nitrogênio integra a estrutura de proteínas e lipídeos que I. A seca fisiológica pode ocorrer quando o meio externo é mais
servirão de alimento para as plantas. Daí a importância de as concentrado (hipertônico) do que o meio interno, em virtude do
carnívoras efetivamente capturarem os animais. excesso de adubo ou da salinidade do ambiente.
E) O nitrogênio é usado pelas plantas carnívoras e demais plantas II. A seca fisiológica pode ocorrer em temperaturas muito baixas.
como complemento alimentar. Existem outros nutrientes mais III. A seca fisiológica pode ocorrer em locais onde o excesso de
importantes, como o fósforo e o potássio, que são essenciais e não água expulsa o oxigênio presente no solo.
podem faltar aos vegetais.
Assinale a alternativa correta.
12. (UFV) Nas árvores, o transporte da seiva bruta se dá
A) Somente I é verdadeira.
basicamente, na condução horizontal, dos pelos absorventes até o
B) Somente I e II são verdadeiras.
cilindro central das raízes e, na condução vertical, do lenho até a
C) Somente II e III são verdadeiras.
copa. Assinale a alternativa que apresenta o principal mecanismo
D) Somente I e III são verdadeiras.
que contribui para a condução do tipo horizontal:
E) I, II e III são verdadeiras.
A) Gradiente osmótico.
B) Capilaridade.
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16. (UFPI) A nutrição de plantas envolve a absorção de todos os 19. (UFMG) As plantas insetívoras, ou carnívoras, vivem,
materiais brutos do ambiente que são necessários para os geralmente, em solos pobres em nutrientes. Com base nessa
processos bioquímicos essenciais e para a distribuição desses informação e em outros conhecimentos sobre o assunto, é
materiais dentro da planta e sua utilização no metabolismo e no incorreto afirmar que as plantas insetívoras
crescimento. Um total de 17 nutrientes inorgânicos são A) podem realizar respiração celular.
necessários à maioria das plantas para o crescimento normal. B) são consideradas produtores primários.
Esses são categorizados como macronutrientes e micronutrientes, C) usam matéria orgânica de suas presas para fotossíntese.
dependendo das quantidades nas quais eles são necessários. D) utilizam nutrientes das presas no seu metabolismo.
Assinale a alternativa que contém apenas micronutrientes.
A) Fósforo, Cálcio, Zinco, Cloro. 20. (UFMG) Uma semente de roseira plantada num vaso com 2 kg
B) Enxofre, Boro, Molibdênio, Nitrogênio. de terra se transforma, em dois anos, em uma planta de 800g.
C) Potássio, Magnésio, Nitrogênio, Fósforo. Esse aumento de peso deve-se principalmente à absorção de
D) Cloro, Ferro, Níquel, Manganês. A) matéria orgânica.
E) Potássio, Cálcio, Cloro, Ferro. B) gás carbônico.
C) nitrogênio.
17. (UFPI) Os nutrientes essenciais aos seres vivos são, D) fósforo.
geralmente, classificados em macro e micronutrientes, de acordo
com as quantidades requeridas. Cerca de 16 elementos químicos Questões discursivas
foram identificados como essenciais às plantas. Dentre esses, são
considerados macronutrientes: 21. (UNICHRISTUS) A figura abaixo representa a raiz de uma
A) nitrogênio, fósforo e potássio. planta angiosperma.
B) ferro, boro e manganês.
C) cobre, molibdênio e cloro.
D) manganês, molibdênio e ferro.
E) cloro, zinco e cobre.

18. (UNIRIO)
A descoberta das plantas carnívoras no século XVIII deu origem a
ideias muito bizarras e mitos no passado. Existem muitos relatos
onde se dá a notícia que as plantas carnívoras seriam monstros
terríveis, capazes até de vitimar pessoas. São, no entanto, bem
mais modestas! Só poderão aparecer como monstros aos olhos A absorção da água e de sais minerais pela raiz é feita
dos insetos ou de outros pequenos animais que conseguem normalmente através de processos tanto ativo como passivo, que,
capturar. As plantas carnívoras, também denominadas insetívoras, sendo simultâneos, se complementam na eficiência da absorção.
representam um caso muito particular de adaptação de algumas A) Em qual grupo de angiospermas é mais frequente este tipo de
espécies vegetais. raiz? Classifique-a.
Fonte: http://www.naturlink.pt B) Denomine as regiões da raiz numeradas na figura.
C) Na raiz, qual região promove a absorção passiva de maior
Considere as seguintes sentenças: volume de água e sais minerais? Nessa região, qual é o tecido cuja
I. Capturam geralmente insetos para reforçar as suas elevada osmolaridade é o principal fator determinante da pressão
necessidades alimentares. da raiz?
II. Encontram-se, normalmente, em habitats eutróficos, muito ricos D) Que estrutura, em outra região da planta, é mais diretamente
em nutrientes minerais. relacionada com a determinação de fluxo contínuo de água e sais
III. Ocorrem em solos onde a decomposição da matéria orgânica é minerais ao longo do caule no sentido raiz-folhas? Qual o processo
muito rápida fisiológico que ocorre nessa estrutura?
IV. Não possuem órgãos fotossintéticos, assemelhando-se a
plantas parasitas (holoparasitas) 22. (UNICAMP)
V. Sob condições ideais, desenvolvem-se até à floração e FAÇA DO LIXO UM ADUBO: Folhas mortas, casca de frutas,
maturação das sementes sem usar o recurso da digestão adicional restos de alimentos quando queimados liberam gases poluentes.
de insetos. [...] Use este material para fazer u fertilizante natural. Consiga um
latão, perfure-o nas laterais e vá intercalando este ‘lixo úmido’ com
Estão corretas as afirmações camadas finas de terra. Coloque em local arejado e mantenha
A) I e V. B) II e III. sempre úmido, mas não demais. Em poucos meses, o material
C) IV e V. D) I e II. ficará uniforme, escuro, com cheiro de boa terra. Está pronto o
E) III e IV. adubo orgânico.
Informação na Internet: //www.meioambiente.org.brj conversa.htm; Jornal Urtiga, Associação
Ituana de Proteção Ambiental, Itu.

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124 Curso de Biologia
A) Que processo transforma o lixo em adubo? Explique em que necessitam em quantidade relativamente grande. Explique qual
consiste esse processo, indicando os organismos envolvidos. sua participação na fisiologia da planta.
B) Cite dois produtos desse processo presentes no fertilizante, que
são utilizados como fonte de macronutrientes para a planta. 26. (UNIFESP) Leia os dois trechos de uma reportagem.
TRECHO 1: (...) a represa Guarapiranga está infestada por
23. (UNESP) Antes de viajar, os moradores tomaram providências diferentes tipos de plantas. A mudança da paisagem é um sinal do
para que a planta do vaso não murchasse por falta de água: o desequilíbrio ecológico causado principalmente por esgotos não
vaso, com um orifício na base, foi colocado em um recipiente com tratados que chegam ao local.
água, como mostra a figura. TRECHO 2: O gerente da qualidade de águas da Cetesb (...)
esteve na represa ontem e mediu a concentração de oxigênio em
9,4 mm/l. O normal seria ter uma concentração entre 7mm/l e
7,5mm/l, e a máxima deveria ser de 8 mm/l.
Folha de S .Paulo, 05.08.2005.
Explique:
A) a associação que existe entre o aumento de plantas e o esgoto
não-tratado que chega ao local.
B) o aumento da concentração de oxigênio na água.

27. (UFJF) O esquema abaixo representa caminhos de absorção


Ao retornar da viagem, os moradores verificaram que, embora o de água pelos vegetais:
recipiente ainda contivesse muita água, a planta estava murcha.
Na floricultura, foram informados pelo profissional que a planta
havia entrado em estado de seca fisiológica.
A) Considerando o ocorrido, o que é seca fisiológica? Explique por
que a planta murchou.
B) Em solos pantanosos, as plantas encontram situação
semelhante àquela representada no esquema. Que adaptação
permite que, nesses solos, as plantas não murchem?
Sobre o esquema, responda às seguintes questões:
24. (UNESP) Se representássemos em um gráfico os rendimentos A) Qual órgão vegetal está representado no esquema acima e qual
de determinada cultura, devido à utilização de quantidades a região, quanto à morfologia externa, onde foi realizado o corte
crescentes de macronutrientes e de micronutrientes minerais, esquematizado?
obteríamos as curvas I e II a seguir. Analise estas curvas e B) Quanto à compartimentalização, diferencie os caminhos (A e B)
responda. que a água pode seguir quando está sendo absorvida pelo vegetal.
C) A camada de células (Y) se encontra entre o córtex e o cilindro
vascular, possui suas paredes celulares impregnadas por suberina,
formando faixas denominadas estrias de Caspary. Nomeie a
camada Y e cite a função das estrias de Caspary no processo de
absorção de água pelos vegetais.

28. (UFC) Analise as figuras 1 e 2 e responda os quesitos que se


seguem.

A) Qual delas, I ou II, representa a utilização de micronutrientes?


B) Justifique sua resposta.

25. (UNIFESP) A hidroponia consiste no cultivo de plantas com as


raízes mergulhadas em uma solução nutritiva que circula
continuamente por um sistema hidráulico. Nessa solução, além da
água, existem alguns elementos químicos que são necessários
para as plantas em quantidades relativamente grandes e outros
que são necessários em quantidades relativamente pequenas.
A) Considerando que a planta obtém energia a partir dos produtos
da fotossíntese que realiza, por que, então, é preciso uma solução
nutritiva em suas raízes?
B) Cite um dos elementos, além da água, que obrigatoriamente Figura 1 – Corte transversal de uma raiz primária.
deve estar presente nessa solução nutritiva e que as plantas
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Curso de Biologia 125

AULA 11 – Condução
A maioria das plantas terrestres é constituída de três partes
principais: raiz, caule e folhas. A função da raiz é absorver água e
sais minerais do solo. Essas substâncias irão compor a seiva
bruta, que precisa ser transportada até as folhas, onde é
necessária para a fotossíntese. Uma das funções do caule é
exatamente transportar a seiva bruta da raiz até as folhas. Na
fotossíntese são produzidas substâncias orgânicas (açúcares,
aminoácidos etc.) necessárias à nutrição da planta. A solução de
substâncias orgânicas elaboradas na folha a seiva elaborada
distribuída pelo caule a todas as células não-fotossintetizantes do
Figura 2 – Taxa de absorção de água em diferentes regiões da próprio caule e da raiz.
raiz. As briófitas não possuem tecidos especializados na
I. Quais são as vias, indicadas por A e B (figura 1), através das condução de seiva. Por isso a distribuição de substâncias através
quais a água é absorvida pela raiz? de seu corpo ocorre por simples difusão célula a célula. A relativa
II. Por que pela via B a água absorvida não alcança livremente o lentidão da distribuição de substâncias por difusão impede que as
xilema? briófitas atinjam grande tamanho, além de mantê-las restritas a
III. Explique o comportamento da taxa de absorção de água (Figura ambientes úmidos.
2) entre as distâncias 40 mm e 80mm, correlacionando-o com as As traqueófitas ou plantas vasculares (pteridófitas,
características morfológicas da raiz. gimnospermas e angiospermas) possuem tecidos condutores de
seiva (xilema e floema) formados por sistemas de tubos (vasos)
29. (UFC) Atualmente é muito comum haver, em muitos altamente eficientes no transporte de substâncias. As plantas
supermercados da cidade, verduras que foram cultivados através vasculares, graças à eficiência de seus sistemas ele transporte de
da técnica de hidroponia, ou seja, o cultivo em soluções de seiva, puderam atingir grandes tamanhos e colonizar diversos tipos
nutrientes inorgânicos e não no solo. Pergunta-se: de ambientes.
A) Como são classificados os nutrientes inorgânicos essenciais, O conhecimento dos mecanismos de transporte nas plantas
adicionados à solução. Cite 2 (dois) exemplos de cada grupo. se aprofundou a partir do século XVII, quando William Harvey, o
B) Por que a solução de nutrientes utilizada na hidroponia deve ser descobridor da circulação sanguínea, aventou a hipótese de que
continuamente aerada? animais e plantas teriam sistemas circulatórios semelhantes. Hoje
sabemos que o transporte de substâncias nas plantas difere muito
30. (UFRJ) Tanto as folhas quanto as raízes das plantas respiram. da circulação animal. Entre outras coisas, nos animais os líquidos
A taxa de respiração é proporcional à taxa de metabolismo. Foram são bombeados por bombas mecânicas, os corações, enquanto
feitas medidas da intensidade de respiração de raízes e folhas de nas plantas o deslocamento de líquidos se dá, principalmente, por
uma árvore, localizada em um país da zona temperada do diferenças de potencial osmótico.
hemisfério sul, onde as chuvas são constantes durante todo o ano.
Os resultados estão no gráfico a seguir: Condução da seiva bruta
A água e os sais minerais absorvidos pelas raízes elevam-
se até a copa das árvores, às vezes localizadas a dezenas de
metros acima do nível do solo.
Três fenômenos distintos estão, envolvidos na subida da
seiva das raízes até as folhas: capilaridade, pressão positiva da
raiz e transpiração.

Capilaridade
Capilaridade é um fenômeno físico que resulta das
A) Com base no gráfico, qual é o parâmetro climático que explica a propriedades de adesão e coesão manifestadas pelas moléculas
redução da taxa de respiração nos meses de junho, julho e de água. As moléculas de água são capazes de subir
agosto? Justifique sua resposta. espontaneamente por um tubo, de pequeno calibre, chamado
B) Por que as taxas de respiração das raízes apresentam a mesma "capilar" por ser fino como um cabelo. Devido ao movimento
tendência que as das folhas, mas com valores muito menores?
cinético natural das moléculas de água, algumas dessas moléculas
sobem espontaneamente na parede do tubo e lá aderem. Como as
moléculas de água mantêm-se coesas por pontes de hidrogênio,
as que aderem às paredes da capilar arrastam consiga as demais
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126 Curso de Biologia
moléculas. O movimento então as continua empurrando tubo
acima, formando uma coluna contínua de água.
A água para de subir no tubo capilar quando, a força de
adesão, torna-se insuficiente para vencer o peso da coluna líquida.
A altura que a coluna de líquido atinge depende do diâmetro da
capilar. Quanto menor o diâmetro do tubo, mais alta a coluna de
água subirá. E vice-versa. Isso acorre porque, quanto mais
aumenta o diâmetro do tubo, menos moléculas de água aderem à
parede em relação ao número de moléculas que há, naquele
volume, para ser arrastadas para cima.
Conhecendo-se o diâmetro de um tubo é possível calcular
a altura que a coluna de água nele subirá como resultado das
forças de capilaridade. Os cientistas calculam que, em um vaso
xilemático com cerca de 30 a 50 micrômetros de diâmetro, o
fenômeno da capilaridade é suficiente para elevar a coluna de
água a pouco mais de 0,5 metro acima do nível do solo. Isso
significa que a capilaridade sozinha não é suficiente para a
ascensão da seiva bruta até a capa das árvores. Se uma das
extremidades de um tubo fino for mergulhada em um recipiente
com água, o líquido subirá espontaneamente pelo tubo até uma
determinada altura. Esse fenômeno, conhecida como capilaridade, Esquema simplificado da tensão-coesão.
resulta das forças de adesão e de coesão da água. A altura que a
O processo seria semelhante ao de sugar líquido através
coluna de água atinge depende do diâmetro do tubo: quanto mais de um canudinho de refresco. A sucção de água exercida pelas
fino, maior a capilaridade. folhas puxa a seiva para cima porque esta forma uma coluna
líquida contínua dentro dos tubos xilemáticos. Nessa coluna, as
Pressão positiva ou impulso da raiz moléculas de água se mantêm unidas por forças de coesão à base
As raízes de muitas plantas empurram a seiva bruta para de pontes de hidrogênio. Ao perderem água por transpiração, as
cima, fenômeno conhecido como pressão positiva da raiz. Em folhas sugam seiva do xilema e toda a coluna líquida se eleva
certas plantas verificou-se que a pressão positiva da raiz é desde a raiz. As raízes, então, absorvem água do solo.
suficiente para elevar a coluna de água nos vasos xilemáticos a A coluna de seiva nos vasos xilemáticos é tensionada, de
alguns metros de altura. um lado, pela sucção das folhas, e de outro, pela força da
gravidade. A coluna líquida não se rompe devido à coesão entre as
A pressão da raiz é causada pela alta concentração de sais
moléculas de água. Os tubos xilemáticos, por sua vez, não entram
minerais no cilindro central. Os sais que penetram na raiz são em colapso graças aos reforços de lignina presentes em sua
continuamente bombeados para dentro do xilema e seu retomo ao parede.
córtex por difusão é dificultado pelas estrias de Caspary. A Calcula-se que a tensão criada pela transpiração é
diferença de concentração salina entre o cilindro central e o córtex suficiente para elevar uma coluna de água dentro de um vaso
força a entrada de água por osmose, gerando a pressão que faz a xilemático a cerca de 160 metros de altura (mais do que as plantas
seiva subir pelos vasos xilemáticos. mais altas, com cera de 120 metros de altura).
Os cientistas descartam a possibilidade de a pressão
positiva da raiz desempenhar um papel muito importante na Condução da seiva elaborada
ascensão da seiva bruta. Além de muitas árvores não
apresentarem pressão positiva da raiz, o deslocamento da seiva Como vimos anteriormente, a água e os sais absorvidos do
por esse mecanismo é muito lento, insuficiente para explicar o solo pelas raízes constituem a seiva bruta, que é transportada até
movimento total de água nas árvores. as folhas através do xilema. Parte da água que chega às folhas é
perdida por transpiração, parte é utilizada nos processos vitais das
Tensão-coesão de Dixon células, em particular a fotossíntese, e parte irá constituir,
juntamente com as substâncias orgânicas fabricadas na folha e
A teoria da tensão-coesão, também conhecida como alguns sais, a seiva elaborada. Essa seiva é transportada pelo líber
teoria de Dixon, admite que a seiva bruta é puxada desde as ou floema.
raízes até as folhas como resultado da evaporação de água
ocorrida nas células foliares. Fluxo por massa ou fluxo por pressão de Münch
Em 1927 o botânico alemão E. Münch propôs uma
explicação bastante plausível para o transporte de seiva elaborada,
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Curso de Biologia 127

aceita até hoje. Segundo a hipótese de Münch, o transporte da retirada do anel de Malpighi nota-se um engrossamento da região
seiva elaborada pelo floema resulta do desequilíbrio osmótico entre acima do corte, devido ao acúmulo da seiva elaborada. A retirada
as duas extremidades dos vasos condutores. de um anel de Malpighi do tronco de uma árvore acaba por matá-
Para testar sua hipótese, Münch desenvolveu um modelo la, em virtude da falta de substâncias orgânicas para a nutrição das
físico semelhante ao que descreveremos a seguir. Um tubo em raízes.
forma de "U" cujas extremidades são conectadas a bolsas de
membrana semipermeável. Na situação inicial, uma das bolsas
deve conter uma solução de açúcar e a outra, água pura. Nessa
condição, mergulham-se as bolsas na água pura. Estabelece-se
osmose na bolsa que contém a solução de açúcar, uma vez que a
concentração de solutos no interior da bolsa é maior que a do meio
exterior. Através da membrana semipermeável ocorre passagem
de água para dentro da bolsa. A pressão de entrada de água
determina um fluxo líquido em direção à bolsa com água pura,
arrastando moléculas de açúcar pelo tubo que comunica as duas
bolsas.
A analogia desse modelo com a planta viva é a seguinte: a
bolsa com a solução de açúcar representa a extremidade do tubo
crivado localizada na folha e a bolsa com água pura representa a
extremidade do tubo crivado localizada na raiz ou em outro órgão
consumidor de seiva elaborada. O tubo em forma de "U"
representa os vasos liberianos.

Na extremidade do tubo crivado localizada na folha, a pressão


osmótica é relativamente elevada; isso porque os açúcares e Poderia até se pensar que o deslocamento de seiva
outras substâncias orgânicas produzidas na fotossíntese foram elaborada ocorre pela ação da gravidade, uma vez que as folhas
bombeadas para o interior dos tubos crivados. Na extremidade do estão normalmente num plano elevado em relação à raiz. No
tubo crivado localizada na raiz ou outro órgão consumidor, a entanto, em alguns casos, o deslocamento dessa seiva elaborada
pressão osmótica é relativamente menor que na extremidade da ocorre conta a força da gravidade, isto é, indo da raiz para os
folha; isso porque as substâncias orgânicas estão sempre sendo galhos (e não as folhas, como se verá adiante).
consumidas e sua concentração é baixa. De acordo com a Em plantas caducifólias (xerófitas e plantas de áreas
hipótese de Münch, a pressão de entrada de água por osmose nos temperadas), ocorre a perda de folhas na estação seca. Com isso,
vasos liberianos da folha faz com que se estabeleça um fluxo de os ramos passam a estar com uma baixa concentração de açúcar,
substâncias orgânicas pelos plasmodesmos dos tubos crivados. pois passam de zona produtora a zona consumidora de glicose. A
raiz, que passa os períodos úmidos recebendo açúcar através
Anel de Malpighi exatamente da seiva elaborada, armazena parte desse açúcar na
Uma experiência clássica - a retirada do anel de Malpighi - forma de amido (que é insolúvel e portanto não tem poder
demonstra o papel do floema na condução das substâncias osmótico). Na seca, esse amido é convertido em glicose para
orgânicas elaboradas nas folhas. Um anel da casca de um ramo é manter a planta enquanto a fotossíntese está interrompida pela
cortado e removido. A casca contém periderme, parênquima e falta de folhas. O transporte de seiva elaborada então se inverte: a
floema, e se descola exatamente na região do câmbio vascular, um raiz passa a estar hipertônica com o açúcar proveniente da quebra
tecido frágil e delicado situado entre o floema (mais externo) e o do amido, e esse açúcar no floema atrai água por osmose, o que
xilema, que forma a madeira do ramo. impulsiona a subida da seiva elaborada até os ramos, que estão
A interrupção do floema provoca acúmulo de substâncias hipotônicos por não mais terem folhas para fabricar glicose.
orgânicas na extremidade do ramo. Após algumas semanas da
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128 Curso de Biologia
Exercícios 6. (UERN) Observe a figura.

Questões estilo múltipla escolha

1. (UNIFOR) Considere os seguintes processos em uma planta:


I. realização de fotossíntese no parênquima foliar;
II. transporte de substâncias através do xilema;
III. armazenamento de substâncias orgânicas em células da raiz; Após a retirada de um anel completo da casca de um tronco (anel
IV. transporte de substâncias através do floema. de Malpighi), analise.
A ordem na qual esses processos ocorrem, a partir da absorção de I. A ascensão da seiva elaborada não será prejudicada, ao
água e sais minerais do solo, é contrário do que ocorre com a seiva bruta.
A) I → II → III → IV. B) I → III → IV → II. II. Ocorre acúmulo da seiva elaborada e formação de um tecido
C) II → I → IV → III. D) III → II → I → IV. local.
E) IV → III → II → I. III. Ocorre acúmulo de seiva bruta e formação de um tecido local.
IV. As raízes e as demais partes abaixo do corte deixarão de
2. (UNIFOR) Considere a relação abaixo: receber a seiva elaborada.
I. O2 e CO2; II. nutrientes; III. excretas nitrogenados; IV. hormônios. V. A planta deixa de receber a seiva bruta e perde a fonte de
A maioria dos vegetais e a maioria dos animais têm sistemas obtenção de água e sais, morrendo.
especializados para o transporte. Nos vegetais, porém, a função
desses sistemas relaciona-se somente com Estão corretas apenas as afirmativas
A) I. B) II. C) I e II. A) II e IV. B) III e V.
D) II e III. E) II e IV. C) I, II e V. D) I, III e IV.

3. (UNIFOR) Fornecendo-se CO2 com carbono radiativo a uma 7. (UPE) Leia o texto a seguir:
planta, os primeiros tecidos em que se pode detectar radiatividade Insatisfeito com uma árvore na sua calçada, um sujeito decidiu
nas substâncias orgânicas transportadas são os matá-la sem deixar suspeitas, cometendo um crime ambiental por
A) pelos absorventes. B) aerênquimas. não ter solicitado autorização à prefeitura. Com um artefato
C) vasos lactíferos. D) vasos lenhosos. cortante, retirou um anel completo da casca, conforme mostra a
E) vasos liberianos. figura a seguir. Entretanto, um morador do bairro, ao perceber que
a árvore estava morrendo, chamou um analista ambiental da
4. (UNIFOR) Considere os seguintes fenômenos: prefeitura, especialista em Botânica, para emitir um parecer
I. Gravidade; II. Capilaridade; III. Transpiração; IV. Pressão positiva técnico.
na raiz.

Estão envolvidos na subida da seiva, das raízes até as folhas,


apenas:
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.

5. (UECE) O sistema de condução de qualquer ser vivo deve Fonte: Dias, D. P. Biologia Viva. São Paulo. Editora Moderna, 1996.
garantir a distribuição de nutrientes e a retirada de substâncias Assinale a alternativa que representa corretamente o parecer do
tóxicas das células dos tecidos de todo o organismo. Nos vegetais, perito quanto à morte da árvore com a retirada da casca.
a condução de seiva é feita por meio de vasos que se distribuem A) Interrompeu o fluxo de seiva elaborada das folhas em direção
ao longo do corpo das traqueófitas. Pode-se afirmar corretamente às raízes, expondo o xilema.
que o transporte de seiva bruta nos vegetais vasculares ocorre B) Permitiu que fungos e bactérias nocivas colonizassem o floema,
devido à levando à putrefação do caule.
A) pressão negativa da raiz. C) Interrompeu o fluxo da seiva bruta das folhas para os órgãos
B) plasmólise celular. consumidores, expondo o floema à dessecação.
C) capilaridade e à transpiração foliar. D) Expôs os vasos condutores do xilema e floema à dessecação,
D) diminuição da transpiração no vegetal. evitando o transporte de água da raiz às folhas aos galhos.
E) Reduziu a taxa fotossintética das células do tecido caulinar até
níveis insustentáveis para a árvore.

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Curso de Biologia 129

8. (FUVEST) A prática conhecida como Anel de Malpighi consiste Assinale a alternativa que apresenta os termos que poderiam
na retirada de um anel contendo alguns tecidos do caule ou dos substituir os números I, II e III da tabela.
ramos de uma angiosperma. Essa prática leva à morte da planta A) I: Por difusão pelos estômatos, principalmente. II: Por difusão ou
nas seguintes condições: por transporte ativo pelas raízes. III: Por difusão pelos espaços
TIPO(S) DE PARTES ÓRGÃO DO QUAL intercelulares e pelas células.
PLANTA RETIRADAS NO O ANEL FOI B) I: Por transporte ativo pelos estômatos, principalmente. II: Por
ANEL RETIRADO osmose pelas raízes. III: Dissolvidos na seiva bruta.
A) Eudicotiledônea Periderme, Caule C) I: Por fluxo de massa através das lenticelas. II: Por difusão
parênquima e pelas lenticelas. III: Dissolvidos na seiva elaborada.
floema D) I: Por transporte ativo pelas lenticelas. II: Por difusão e
B) Eudicotiledônea Epiderme, Ramo transporte ativo pelas raízes. III: Por difusão entre as células do
parênquima e parênquima.
xilema E) I: Por difusão pelos estômatos, principalmente. II: Por osmose
C) Monocotiledônea Epiderme e Caule ou ramo pelas raízes. III: Dissolvidos na seiva bruta.
parênquima
D) Eudicotiledônea, Periderme, Caule ou ramo 12. (UNESP) A análise do líquido coletado pelo aparelho bucal de
Monocotiledônea parênquima e certos pulgões, que o inseriram no caule de um feijoeiro adulto,
floema revelou quantidades apreciáveis de açúcares, além de outras
E) Eudicotiledônea, Periderme, Caule substâncias orgânicas. Plântulas de feijão, recém-germinadas, que
Monocotiledônea parênquima e se desenvolveram sobre algodão umedecido apenas com água e
xilema sob iluminação natural, tiveram seus órgãos de reserva alimentar
(folhas primordiais modificadas) sugadas por outros pulgões. A
9. (FUVEST) A contribuição da seiva bruta para a realização da análise do líquido coletado dos aparelhos bucais destes pulgões
fotossíntese nas plantas vasculares é a de fornecer: também revelou a presença de nutrientes orgânicos. Os resultados
A) glicídios como fonte de carbono. destas análises indicam que os pulgões que sugaram o feijoeiro
B) água como fonte de hidrogênio. adulto e os que sugaram as plântulas recém-germinadas inseriram
C) ATP como fonte de energia. seus aparelhos bucais, respectivamente, no
D) vitaminas como coenzimas. A) parênquima clorofiliano e súber. B) xilema e cotilédones.
E) sais minerais para captação de oxigênio. C) esclerênquima e xilema. D) floema e súber.
E) floema e cotilédones.
10. (FUVEST) Nas grandes árvores, a seiva bruta sobe pelos
vasos lenhosos, desde as raízes até as folhas, 13. (UFSCAR) Se retirarmos um anel da casca de um ramo lateral
A) bombeada por contrações rítmicas das paredes dos vasos. de uma planta, de modo a eliminar o floema, mas mantendo o
B) apenas por capilaridade. xilema intacto, como mostrado na figura, espera-se que
C) impulsionada pela pressão positiva da raiz.
D) por diferença de pressão osmótica entre as células da raiz e as
do caule.
E) sugada pelas folhas, que perdem água por transpiração.

11. (UNESP) Considerando o movimento de substâncias nas


plantas, foi construída a tabela:
SUBSTÂNCIA ENTRADA NA TRANSPORTE LIBERAÇÃO A) o ramo morra, pois os vasos condutores de água e sais minerais
PLANTA são eliminados e suas folhas deixarão de realizar fotossíntese.
ÁGUA Por osmose, Por fluxo de I
B) o ramo morra, pois os vasos condutores de substâncias
pelas raízes. massa através do
xilema. orgânicas são eliminados e suas folhas deixarão de receber
SOLUTOS II Por fluxo de Pela queda de alimento das raízes.
massa pelo flores, folhas, C) o ramo continue vivo, pois os vasos condutores de água e sais
xilema ramos, frutos, minerais não são eliminados e as folhas continuarão a realizar
(principalmente etc. fotossíntese.
os íons) ou pelo D) o ramo continue vivo, pois os vasos condutores de substâncias
floema orgânicas não são eliminados e suas folhas continuarão a receber
(compostos alimento das raízes.
orgânicos)
E) a planta toda morra, pois a eliminação do chamado anel de
GASES Por difusão III Por difusão
Malpighi, independentemente do local onde seja realizado, é
pelos estômatos, pelos
lenticelas e estômatos, sempre fatal para a planta.
epiderme. principalmente.

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130 Curso de Biologia
14. (UFPR) Para não se perderem na floresta, João e Maria atualmente para explicar a condução da seiva bruta no interior das
resolveram fazer marcas nas árvores pelas quais passavam. A plantas vasculares e pressupõe:
marca consistia em cortar com uma faca um anel do tronco, na A) que o fenômeno da capilaridade, resultante das propriedades de
altura dos seus olhos. Na volta para casa algum tempo depois, adesão e coesão da água é o responsável pela elevação da seiva
ficaram surpresos ao observar que algumas das árvores que bruta, através do caule, para a copa das grandes árvores.
tinham marcado estavam morrendo. Considere o esquema do B) que os sais minerais acumulados no interior do xilema radicular
caule das árvores apresentado abaixo e assinale a alternativa que desenvolvem uma grande pressão osmótica, impulsionando a
explica o que ocorreu. seiva bruta até a copa das árvores.
C) que a transpiração pelas folhas provoca uma tensão no interior
do xilema, succionando e elevando a coluna de seiva bruta, que é
contínua e mantida unida pelas forças de coesão entre as
moléculas de água.
D) que a tensão, exercida pela pressão positiva da raiz, succiona a
seiva bruta até às folhas e a coluna de água eleva-se pelas forças
de adesão entre as suas moléculas e as paredes dos vasos do
xilema.
E) que a capilaridade é a grande força impulsionadora da seiva
bruta, uma vez que os vasos do xilema apresentam um diâmetro
A) Ao cortarem o anel das árvores, João e Maria removeram o diminuto, facilitando a adesão com as moléculas de água e a
felogênio, o que resultou na falta de produção de parênquima elevação da coluna a grandes distâncias do solo.
cortical necessário à manutenção do tronco.
B) Embora o corte tenha atingido apenas a camada 1, os troncos 17. (UFC) Ao fazermos o anelamento (retirando um anel contínuo)
perderam sua proteção natural, o que levou à morte das árvores. no tronco de uma árvore, observamos que, com o passar do
C) As árvores teriam sobrevivido se o corte chegasse somente até tempo, suas folhas vão amarelecendo e caindo, culminando com a
a região do câmbio, pois ficariam preservadas as estruturas morte da planta. Assinale a alternativa que explica esse fenômeno:
essenciais a sua sobrevivência: a camada 4 e o cerne. A) ocorre a interrupção do fluxo de água e minerais absorvidos
D) Quando foram cortadas, as árvores que estão morrendo pela raiz;
perderam a estrutura 3, responsável pela distribuição de nutrientes. B) ocorre a obstrução do xilema e, consequentemente, do fluxo de
E) Pequenos ferimentos causados na estrutura 2 já são suficientes fotossintatos produzidos nas folhas, para as raízes;
para matar as árvores, pois essa estrutura é responsável pela C) ocorre a obstrução do floema e a interrupção do fluxo dos
proteção contra a dessecação do tronco. produtos da fotossíntese das folhas para a raiz;
D) a retirada da periderme faz com que a planta morra em
15. (UFC) A teoria de Dixon é uma das hipóteses que tenta consequência da perda excessiva de água para o meio;
explicar o transporte de água da raiz até as folhas de árvores com E) a retirada da casca permite a invasão de organismos
mais de 30 metros de altura, como a castanheira-do-pará. Assinale patogênicos que se instalam no sistema vascular, obstruindo-o.
a alternativa que contém aspectos nos quais se baseia essa teoria.
A) Coesão entre as moléculas de água, adesão entre essas 18. (UFPB) A figura abaixo representa o experimento desenvolvido
moléculas e as paredes do xilema, tensão gerada no interior dos pelo cientista italiano Marcello Malpighi, para verificar a
vasos pela transpiração foliar. translocação dos solutos orgânicos no caule de plantas vasculares.
B) Aumento da concentração osmótica no interior dos vasos
xilemáticos da raiz, entrada de água por osmose, impulsão da
seiva para cima.
C) Semelhança dos vasos do xilema a tubos de diâmetro
microscópico, propriedades de adesão e coesão das moléculas de
água, ocorrência do fenômeno da capilaridade.
D) Permeabilidade seletiva das células do córtex da raiz, presença
da endoderme com as estrias de Caspary, transporte ascendente
da seiva bruta.
E) Produção de carboidratos nas folhas, aumento da concentração
osmótica nesses órgãos, ascensão da seiva bruta, por osmose e Adaptada de: Purves, W. K.; Sadava, D.; Orians, G. H. & Heller, H. G. Vida: a ciência da
capilaridade, nos vasos do xilema. Biologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 629.
Com base na figura e nos processos de condução através dos
16. (UFC) A água e os sais minerais absorvidos pelas raízes tecidos vasculares, identifique com V a(s) afirmativa(s)
atingem todas as folhas da copa de uma árvore. Através da verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s):
transpiração foliar, a água é perdida para a atmosfera e o déficit (_) O xilema continua transportando água e sais minerais para a
hídrico gerado no interior da folha é prontamente revertido pela folha.
absorção radicular. A teoria da coesão-tensão é a mais aceita
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Curso de Biologia 131

(_) O xilema acumula os solutos orgânicos na parte superior do II. O elemento nitrogênio se encontra sob a forma orgânica no
caule, como indicado pela seta na figura B. xilema.
(_) O floema está situado mais externamente em relação ao III. Após a realização da fotossíntese, fazendo parte da seiva
xilema. elaborada, o nitrogênio passou, através do floema, das folhas à
(_) O floema deixa de transportar compostos orgânicos para as raiz.
raízes e, por esse motivo, a planta poderá morrer. IV. No floema, o nitrogênio se encontra sob a forma mineral.
(_) O floema, responsável pela translocação, continua levando os
compostos orgânicos dos locais onde se encontram em baixa As afirmativas corretas são:
concentração para os locais de alta concentração. A) I e II, apenas. B) I e III, apenas.
A sequência correta é: C) I e IV, apenas. D) II e III, apenas.
A) FVVFV. B) VFFVF. C) FVFVV. E) II e IV, apenas.
D) VFVVF. E) VFVFV.
21. (UFMG) Para explicar-se o deslocamento de água em vegetais,
19. (UFRRJ) Sobre o esquema a seguir são feitas algumas foram feitos dois experimentos: no primeiro – experimento I –, um
afirmativas: ramo de pinheiro foi acoplado a um tubo contendo água, inserido
em uma cuba com mercúrio; no segundo – experimento II –, o
ramo de pinheiro foi substituído por um vaso de argila porosa.

I. O esquema representa o tecido vegetal de sustentação.


II. Neste sistema movimenta-se uma solução orgânica onde
predominam açúcares solúveis.
III. Este tecido está presente em todos os vegetais terrestres. Em ambos os experimentos, após certo tempo, observou-se a
IV. A movimentação de solução orgânica neste sistema faz-se da elevação da coluna de mercúrio, como mostrado nas figuras I e II.
região mais concentrada para a menos concentrada. Os processos que explicam o deslocamento da água no
experimento I e no experimento II são, respectivamente,
Sobre as afirmativas, pode-se concluir que apenas A) a pressão osmótica e a evaporação.
A) II e III estão corretas. B) II e IV estão corretas. B) a pressão radicular e a evaporação.
C) I e IV estão corretas. D) I e II estão corretas. C) a transpiração e a evaporação.
E) I e III estão corretas. D) a transpiração e a difusão.

20. (UNIRIO) Plantas jovens e muito semelhantes foram, de início, 22. (UFMG) A figura abaixo representa um potômetro usado para
cultivadas num meio nutritivo sem a presença de nitrogênio. A verificar a transpiração de uma planta que se encontra num
partir de um determinado momento, foram regadas com uma ambiente quente e com ventilação. O potômetro consiste em dois
solução de nitrato, onde o elemento nitrogênio era radioativo. A frascos (I e II) que contêm água e estão unidos por um tubo, no
intervalos regulares, retiraram-se algumas plantas e investigou-se interior do qual se encontra uma bolha de ar.
nelas a presença de matéria radioativa em cortes realizados ao
nível das raízes e ao nível da folha. O quadro resume os
resultados obtidos:

Resultado: presença (+) ou ausência (-) de radiação.


Após a análise dos resultados, foram feitas as afirmativas a seguir.
I. O nitrogênio, fazendo parte da seiva bruta, passou, através do
xilema, da raiz às folhas.
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A transpiração da planta será constatada, quando a bolha de ar Questões discursivas
A) permanecer imóvel no centro. B) deslocar-se em direção a II.
C) oscilar entre I e II. D) deslocar-se em direção a I. 26. (FUVEST) Os floristas recomendam, para as flores colhidas
durarem mais, que seus cabos sejam cortados sob a água. Outra
23. (UFMG) O corte da haste de flores a dois centímetros da ponta sugestão para prolongar a vida das flores é colocar, na água do
e dentro d'água, prolonga a conservação das flores em jarros. vaso, tabletes de açúcar. Com base em seus conhecimentos de
Essa prática, muito adotada em floriculturas, tem como objetivo botânica, explique os porquês dessas duas recomendações.
impedir
A) a abertura dos estômatos, essencial ao transporte de água. 27. (UNICAMP) O aumento na taxa de transpiração das plantas,
B) a formação de bolhas de ar para favorecer a capilaridade. levando-as a um maior consumo de água, torna-as mais sensíveis
C) a perda de água pelas flores, que resfria a planta. à deficiência hídrica no solo.
D) o funcionamento dos vasos do floema como tubos condutores. A) Explique o mecanismo de reposição da água perdida pela
planta com o aumento da taxa de transpiração.
24. (UFMG) Esta figura representa um fenômeno observado após B) Explique o(s) caminho(s) que pode(m) ser percorrido(s) pela
a poda anual das videiras. água nas plantas, desde sua entrada nos pelos absorventes até a
sua chegada no xilema da raiz.

28. (UNICAMP) A remoção de um anel da casca do tronco de uma


árvore provoca um espessamento na região situada logo acima do
anel. A árvore acaba morrendo.
A) O que causa o espessamento? Por quê?
B) Por que a árvore morre?
C) Se o mesmo procedimento for feito num ramo, as folhas e os
A alternativa que melhor explica o fenômeno é frutos desse ramo tenderão a se desenvolver mais que o normal.
A) a abertura dos estômatos provocando a eliminação da seiva. Por quê?
B) a sucção de água pelas células dos ramos da planta. D) No inverno, em regiões temperadas, a remoção do anel não
C) o deslocamento da seiva devido à pressão de raiz. causa espessamento nas árvores que perdem folhas. Por quê?
D) o transporte ativo da seiva pelas células das raízes da videira.
29. (UNIFESP) Considere duas árvores da mesma espécie: uma
25. (UFMG) O esquema a seguir refere-se a um sistema jovem, que ainda não atingiu seu tamanho máximo, e uma árvore
constituído por dois balões, 1 e 2, de membrana semipermeável, adulta, que já atingiu o tamanho máximo. Ambas ocupam o mesmo
que se comunicam através de um tubo de vidro 3. O balão 1 ambiente e possuem a mesma quantidade de estômatos por
contém uma solução concentrada de sacarose, e o balão 2 contém unidade de área foliar.
somente água. Os dois balões são colocados nos recipientes I e II, A) Por unidade de massa, quem absorve CO2 mais rapidamente?
que contêm água e se comunicam pelo tubo 4. Comparando-se o Justifique.
sistema descrito com uma planta viva, a alternativa que contém a B) Considerando apenas o transporte de água no corpo da planta,
correlação incorreta é qual das duas árvores deve manter os estômatos abertos por mais
tempo? Justifique.

30. (UFF) Com base nos conhecimentos sobre anatomia e


fisiologia vegetal e nas figuras I e II:

A) identifique e diferencie funcionalmente as duas regiões 1A e 1B


A) 1 – folha. do tronco da árvore mostrada na figura I;
B) 2 – raiz. B) indique o número do tecido responsável pela condução da seiva
C) 3 – floema. elaborada mostrado na figura I e o nomeie;
D) 4 – plasmodesmo. C) justifique o fenômeno apontado pela seta na figura II que ocorre
E) I e II – xilema. após o destacamento de um anel completo da casca do tronco da
planta (anel de Malpighi);
D) informe o que acontecerá com a planta após um período
prolongado sem esse anel. Explique.
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Curso de Biologia 133

que inicialmente os estômatos estavam abertos e a planta


AULA 12 – Transpiração e Gutação transpirava por eles (transpiração estomática).
Com a interrupção do fluxo de água provocado pela
Transpiração retirada da folha da árvore, os estômatos começaram a se fechar e
a transpiração estomática foi se reduzindo, até acabar. Após esse
Transpiração é a perda de água por evaporação que ponto, a folha continuou a perder água apenas através da cutícula
ocorre através da superfície corporal de plantas e animais. Nas (transpiração cuticular), fenômeno sobre o qual a planta não tem
plantas, a perda de água para a atmosfera se dá principalmente controle. A transpiração cuticular, entretanto, é muito pequena se
nas folhas, através dos estômatos, que se abrem para a planta comparada à transpiração estomática. O gráfico representa a curva
poder absorver o gás carbônico necessário à fotossíntese. de fechamento estomático e permite avaliar a taxa de transpiração
A transpiração abaixa a temperatura da planta, fazendo-a foliar de uma planta.
cair entre 10 e 15° C abaixo da temperatura ambiental. Além disso,
promove a força de sucção que leva à subida da seiva bruta.
A transpiração total de uma planta é representada pela
soma da transpiração pelos estômatos e a transpiração pela
cutícula.
- A transpiração estomática corresponde a aproximadamente 90
- 95% da transpiração total, é ativa, variável e depende do grau de
abertura dos estômatos.
- A transpiração cuticular ou evaporação é praticamente
constante para cada espécie, embora seria maior nas folhas mais
velhas. Corresponde a 5 -10% da transpiração total, é passiva e é
um fenômeno puramente físico.

Medindo a Transpiração das Plantas


Pode-se avaliar o quanto uma planta transpira pesando, a
intervalos regulares, uma folha recém-destacada. A diminuição de Curva de fechamento estomático: quando o gráfico se estabiliza é
peso observada a cada pesagem deve-se à perda de água por porque houve o fechamento dos estômatos
transpiração.

Tempo decorrido após ser Peso (gramas)


destacada (minutos)
1 1,358
2 1,348
3 1,341
4 1,335
5 1,330
6 1,326
7 1,322
8 1,318
Variação no peso de uma folha destacada

Pesagens Peso
1ª para 2ª 0,010 g
2ª para 3ª 0,007 g
3ª para 4ª 0,006 g
4ª para 5ª 0,005 g
5ª para 6ª 0,004 g
6ª para 7ª 0,004 g
7ª para 8ª 0,004 g Em A, curva de fechamento rápida típica de plantas xerófitas
Variação entre as pesagens (perceba a curva mais acentuada); em B, curva normal

Nos primeiros momentos, após ter sido retirada da planta, a Estrutura dos estômatos
folha perde grande quantidade de água. Com o passar do tempo a O estômato é uma estrutura epidérmica da folha que
perda de água vai diminuindo até se estabilizar. A razão disso é permite controlar a entrada e saída de gases e de vapor de água.
Um estômato é formado por duas células em forma de rim ou de

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134 Curso de Biologia
haltere, ricas em cloroplastos, denominadas células guardas, e por mediana, abrindo o ostíolo. Quando as células-guardas perdem
um número variável de células acessórias ou subsidiárias. água, as extremidades diminuem e as regiões medianas das
células se aproximam, fechando o ostíolo.

Modelo de estômatos representados em preservativos de látex


com fitas adesivas para simulação das fibras de celulose; em A e
B, de dicotiledôneas, respectivamente fechados e abertos; em C e
D de monocotiledôneas gramíneas, respectivamente fechados e
abertos

Em (a), estômatos abertos; em (b) estômatos fechados; Fatores ambientais que afetam a abertura dos
fotomicrografias eletrônicas. estômatos
Diversos fatores ambientais influenciam a abertura dos
estômatos. Dentre eles destacam-se a luz, a concentração de gás
carbônico e o suprimento hídrico da planta.

Fatores externos (ambientais)


- Temperatura: A velocidade de transpiração duplica, sempre que
a temperatura se eleva cerca de 10° C. Embora isto possa dar
uma ideia de que a temperatura afeta a transpiração de modo
diretamente proporcional, alterações entre 10º e 25° e pouco
afetam o comportamento dos estômatos, porém temperaturas
acima de 30/ 35°e podem ocasionar o seu fechamento.
Fotomicrografia óptica mostrando células guarda e células - Umidade do ar: Quanto maior a umidade, menor será a
acessórias. transpiração, pois a água perde-se mais lentamente para o ar já
sobrecarregado de vapor d'água.
Propriedades das células-guardas - Ventilação: O vento retira o vapor d'água que existe na superfície
Os estômatos se abrem quando as células-guardas da folha, com isto aumenta a velocidade de transpiração. Um vento
absorvem água, aumentando de volume, e se fecham quando as úmido pode diminuir a transpiração, porém um vento seco
células-guardas perdem água, tomando-se flácidas. Esse aumenta muito a transpiração.
comportamento deve-se à disposição estratégica das fibras de - Luz: É um fator que age indiretamente, tanto pela influência no
celulose na parede das células-guardas dos estômatos. aumento da temperatura quando no grau de abertura dos
Na maioria das dicotiledôneas as células guardas tem estômatos. Em ambos os casos, faz aumentar a transpiração.
forma de rim. As microfibrilas de celulose da parede das células- - Umidade do solo: Quanto maior a umidade do solo, maior a
guardas são orientadas de tal maneira que, ao ficar túrgidas, elas absorção e maior a transpiração.
aumentam a curvatura, o que causa sua separação e a abertura do
ostíolo. Ao perder água, por outro lado, as células-guardas Internos (da própria planta)
diminuem a curvatura e se aproximam, fechando o ostíolo. - Área transpirante (superfície da folha): Influi de modo
Nas gramíneas, as células-guardas têm forma de haltere, diretamente proporcional: quanto maior a superfície, maior a
com as extremidades mais dilatadas e a região mediana mais transpiração. Vegetais de florestas escuras e muito úmidas
comprimida. As extremidades têm paredes finas e a região central possuem grandes superfícies foliares, porque "seu problema" é
tem paredes grossas. Quando as células-guardas ficam túrgidas, obter luz e não perder água.
suas extremidades se dilatam, o que causa afastamento na região
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Curso de Biologia 135

- Espessura da cutícula: Quanto mais espessa, menor a estômatos na turgência é explicada pelo espessamento da parede
transpiração. Alguns vegetais também apresentam cera sobre a celular e pelas fibras radiais de celulose.
cutícula. Em monocotiledôneas, as células guarda têm aspecto de
- Pelos: Plantas de regiões muito ventiladas possuem halteres. Na sua região mediana, há um reforço na parede
frequentemente pelos. Esses pelos estabilizam a camada de ar
celulósica, ausente nas extremidades. Quando as células guarda
sobre a folha, diminuindo assim a transpiração.
ficam túrgidas, a região central não dilata, devido ao reforço, mas
Estômatos as extremidades dilatam, promovendo um afastamento das regiões
- grau de abertura: Quanto maior o grau de abertura, maior a medianas das células e consequentemente abertura do ostíolo.
transpiração.
- número: Quanto maior o número de estômatos, maior a Mecanismo fotoativo
transpiração. O mecanismo fotoativo é acionado pela luz. Em presença
- localização: Normalmente situam-se na superfície inferior da de luz, as células estomáticas (as únicas clorofiladas da epiderme)
folha e nos vegetais xerófitos. São protegidos em criptas. realizam fotossíntese, o que faz diminuir a concentração de CO2 e
- eficiência: Os estômatos são mais eficientes em vegetais consequentemente a concentração de H2CO3 e íons H+ dentro
xerófitos; em plantas de regiões úmidas, os estômatos são pouco
delas. Desse modo, aumenta o pH e o meio vai se tornando
eficientes.
alcalino (ou básico). Esse meio alcalino ativa a enzima fosforilase
Condições ambientais Comportamento alcalina, que converte amido (osmoticamente inativo, insolúvel) e
do estômato transformado em glicose (solúvel, osmoticamente ativa). Essa
Intensidade luminosa Alta Abre glicose aumenta a concentração nas células estomáticas, o que
Baixa Fecha aumenta a pressão osmótica. Consequentemente, as células
Concentração de CO2 Alta Fecha estomáticas absorvem água das células anexas e se tornam
Baixa Abre túrgidas: abre-se o ostíolo e aumenta a transpiração.
Suprimento de água Alto Abre Na ausência de iluminação, o processo de fotossíntese não
Baixo Fecha se realiza e tanto o CO2 vindo do ar como o produzido na
respiração deixam de ser utilizados. No citoplasma, o CO2 forma
Mecanismos de abertura e fechamento dos ácido carbônico, tornando o meio celular ácido. Em meio ácido, a
enzima fosforilase ácida das células estomáticas catalisa a
estômatos transformação da glicose em amido. Assim, diminui a pressão
osmótica do conteúdo das células estomáticas, que passam a
Mecanismo hidroativo perder água para as células epidérmicas vizinhas. Com diminuição
O mecanismo hidroativo é o mecanismo primordial na do turgor dessas células, os ostíolos dos estômatos se fecham.
abertura e fechamento dos estômatos. Todos os demais
mecanismos dependem dele. Para entender abertura e Mecanismo acionado por potássio
fechamento de estômatos, primeiro deve-se falar um pouco sobre
O mecanismo acionado por potássio é também fotoativo,
a anatomia do estômato. Cada estômato é formado por 2 células
sendo, pois, acionado pela luz. A luz (especialmente azul) ativa um
guarda ou estomáticas (únicas células clorofiladas da epiderme)
pigmento localizado provavelmente no tonoplasto (membrana do
que delimitam uma abertura, o ostíolo. Envolvendo as células
vacúolo), que por sua vez estimula o bombeamento do potássio
guarda, há várias outras células chamadas células anexas.
para dentro das células-guarda, que se tornam hipertônicas,
Em dicotiledôneas, as células guardas têm aspecto
atraem água por osmose e se tornam túrgidas, levando à abertura
reniforme. A porção de parede celular junto ao ostíolo é
estomática. Como os primeiros raios de sol da manhã são
espessada. A partir dessa região, partem fibras de celulose radiais.
azulados, é provável que a abertura matinal dos estômatos seja
A porção da parede celular oposta ao ostíolo é mais fina.
acionada por esse mecanismo.
Quando as células guarda ficam túrgidas, a concavidade da
parede espessada de celulose junto ao ostíolo impede que este de
Mecanismo pelo ácido abcísico (ABA)
feche. Ao contrário, a entrada de água irá promover um a pressão
Em situações de estresse hídrico na folha (ou seja, falta de
sobre a região mais fina da parede, ou seja, do lado oposto ao
água), há a liberação do hormônio vegetal ácido abcísico (ABA).
ostíolo. Esta irá dilatar. Ao dilatar, ela se expande e acaba
Esse ABA induz o bombeamento de potássio para fora das células-
promovendo uma tração sobre a parte espessada (que não pode
guarda, o que as torna hipotônicas. Desse modo, elas perdem
fechar o ostíolo devido à concavidade mas pode ser tracionada em
água e ficam plasmolisadas, o que leva ao fechamento dos
sua região convexa), o que promove a abertura do ostíolo. Quando
estômatos. Esse mecanismo é importante para evitar perdas de
as células guarda ficam plasmolisadas, cessa a tração sobre a
água pela planta em situações de estresse hídrico, o que poderia
região espessada da parede celular, que cede, assumindo uma
levá-las à ressecação e consequentemente à morte.
postura flácida e fechando o ostíolo. Assim, a abertura dos
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136 Curso de Biologia
Métodos para demonstração da transpiração
- Condensação do vapor d'água: Esse método qualitativo para a
verificação da transpiração consiste na colocação da planta sob
uma redoma de vidro, para verificar a condensação do vapor de
água transpirado na parede da redoma.

Gutação
- Método do potômetro: podem ser avaliados o volume de
transpiração e a velocidade de transpiração, através da velocidade A gutação ou sudação é a eliminação do excesso de água
de deslocamento da bolha de ar. do solo no estado líquido, durante a noite, quando os estômatos
estão fechados e não há transpiração. Esse mecanismo ocorre
através de estruturas especiais chamadas hidatódios. Os
hidatódios são estruturas encontradas nas folhas, aparecendo no
ápice ou e bordo das folhas. Existem dois tipos de hidatódios:
epitemal (estômato aquífero) e epidermal.
- Hidatódio epitemal: é o mais frequente nos vegetais. Consta de
duas células epidérmicas rígidas (células estomáticas), delimitando
entre elas um poro permanentemente aberto. Abaixo da epiderme
encontramos um parênquima aquífero (epítema) onde aparecem
terminações dos elementos do xilema.
- Hidatódio epidermal: consta de uma única célula epidérmica
que excreta água.
A gutação é um processo que só ocorre em determinadas
condições como (I) ausência de transpiração, (II) solo bem suprido
com água e (III) solo bem suprido com sais e oxigênio (uma vez
que o mecanismo é ativo, exigindo energia da atividade
- Método do papel de Cobalto: Este método utiliza o papel de respiratória).
Cobalto (papel de filtro + CoCl2), o qual em meio anidro é azul e Quando a planta não transpira não ocorre a força de
em meio hidratado é róseo. sucção das folhas. A planta continua a absorver sais do solo
(absorção ativa) e isto aumenta a pressão osmótica das células
- Método gravimétrico: Neste método utiliza-se uma planta radiculares; em consequência as células retiram água do solo. Vai-
envasada, em que o vaso, a terra e a planta foram previamente se criando, no sistema radicular, pressões cada vez maiores até
pesados. Recobre-se com papel alumínio, a terra e o vaso. Depois que todo material começa a ser empurrado no interior do xilema
de algum tempo de transpiração, faz-se uma nova pesagem. A onde circula pelo caule e atinge a folha. O excesso acaba saindo
da folha através dos hidatódios sob forma de gotículas líquidas. A
diferença de peso corresponde à água perdida na transpiração.
seiva que circula pelo xilema nestas condições está com pressão
positiva (a pressão positiva ou impulso da raiz). Pode-se
- Método gravimétrico de pesagens rápidas: Destaca-se uma demonstrar tal fato cortando-se o caule na sua base. A seiva
folha da planta e a seguir pesa-se esta folha em intervalos começa a extravasar. Ligando-se ao caule seccionado um tubo
regulares de, por exemplo, um minuto cada um. Pode-se construir manométrico, pode-se medir o valor da pressão de raiz.
um gráfico e ter ideia do momento do fechamento dos estômatos, Não se deve confundir gutação com produção de orvalho.
pois, a partir desse ponto, a perda de água mantém-se Orvalho é a condensação do vapor de água da atmosfera em
praticamente constante (somente transpiração cuticular). noites frias e úmidas.

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Curso de Biologia 137

Ciclo de Calvin.

Ao fim do ciclo, o PGAL formado pode ser utilizado para a


formação de diversas moléculas orgânicas. A partir dele, pode-se
formar frutose, que posteriormente originará glicose ou outros
açúcares mono ou polissacarídeos, bem como todas as outras
moléculas orgânicas da natureza.
O nome ciclo das pentoses vem do composto que se une
ao CO2 no início do ciclo, a ribulose-1,5-difosfato ou RuDP, que
é uma cetopentose. A enzima que catalisa a primeira reação do
ciclo (união da RuDP ao CO2 para produção da hexose instável
Em A, representação de hidatódios; em B, gutação. que se quebrará para formar o PGA) é denominada RuDP-
carboxilase-oxigenase, apelidada Rubisco.
Plantas C3, C4 e MAC
Fotorrespiração
Para entendermos o processo de fotorrespiração, temos
que lembrar alguns aspectos da fotossíntese vegetal. A
fotossíntese vegetal ocorre em 2 etapas:
A fase clara ou fotoquímica ocorre na membrana interna
dos plastos (lamelas e tilacoides), utilizando luz, clorofila para
captá-la e água, e produzindo NADPH e ATP, além de liberar O2
para a atmosfera.
A fase escura ou química ocorre no estroma dos plastos
através de uma reação conhecida como ciclo de Calvin-Benson
ou ciclo das pentoses, utilizando o NADPH e o ATP produzidos
na fase clara, além do CO2 atmosférico, para produzir um
composto denominado fosfogliceraldeído ou PGAL, que Detalhe da reação catalisada pela Rubisco.
posteriormente formará glicose.
O ciclo de Calvin-Benson ou ciclo das pentoses ocorre da Esta enzima é a mais abundante numa planta,
maneira descrita abaixo: correspondendo a cerca de 15% das proteínas de um vegetal,
sendo provavelmente a mais abundante proteína do mundo! A
Rubisco (RuDP-carboxilase-oxigenase) tem este nome porque ela
atua de duas maneiras:
- caso haja baixos teores de O2 na célula vegetal, a Rubisco
carboxila, ou seja, adiciona CO2 à RuDP, iniciando o ciclo de
Calvin;

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138 Curso de Biologia
- caso haja altos teores de O2, não importando os teores de CO2 hexose produzida é tão instável que nunca foi isolada, rapidamente
(há maior afinidade pelo O2) a Rubisco oxigena, ou seja, adiciona sendo convertida em PGA). Elas utilizam o ciclo de Calvin para
O2 à RuDP, provocando o processo de fotorrespiração. essa fixação, também chamado de ciclo C3. A maioria das plantas
A fotorrespiração ocorre então em dias iluminados em que correspondem a plantas C3.
há muita fotossíntese, havendo então muita atividade na fase clara São exatamente estas plantas que passam pelo problema
da fotossíntese e grande produção de O2. descrito anteriormente: abertura parcial dos estômatos para
Quando o O2 se liga à RuDP (5C), promove sua quebra, eliminar o O2 e evitar a fotorrespiração, tendo que para isso perder
liberando um composto de 3C, o PGA que entra no ciclo de Calvin, muita água por transpiração.
e um composto de 2C, denominado ácido fosfoglicólico. Este
passa por peroxissomas, glioxissomas e mitocôndrias, onde é Plantas C4
degradado em CO2 sem produção de energia como ATP. Plantas C4 têm esse nome porque fixam o CO2 num
composto de 4C, o ácido oxalacético. O CO2 é unido a um
composto de 3C, o fosfoenolpiruvato ou PEP, formando o ácido
oxalacético de 4C. Elas utilizam simultaneamente o ciclo C3 e o
ciclo de Hatch-Slack ou ciclo C4. O ciclo 4 funciona como descrito
abaixo:

Em cima, ciclo de Calvin; embaixo, fotorrespiração.


A fixação de dióxido de carbono pela via C4. O dióxido de carbono
Além de não produzir energia, a fotorrespiração acaba é "fixado" no fosfoenolpiruvato (PEP) pela enzima PEP
sendo prejudicial à planta, pois desvia a RuDP da produção de carboxilase. Dependendo da espécie, o oxaloacetato resultante é
glicose para produzir mais CO2. Observe que mesmo que o CO2 reduzido a malato ou convertido em aspartato através da adição de
seja reutilizado no ciclo de Calvin, a planta está diminuindo sua um grupo amino (- NH2). O malato ou o aspartato passam para as
produção de glicose no ciclo de Calvin (lembre-se que são células da bainha vascular, onde CO2 é liberado para o ciclo de
necessárias 6 voltas do CO2 no ciclo para produzir uma glicose): Calvin.
sem fotorrespiração, para cada RuDP produz-se 2 PGA para o
ciclo de Calvin; com fotorrespiração, para cada RuDP produz-se O malato ou o aspartato (4C) liberam então CO2 que passa
apenas 1 PGA para o ciclo de Calvin e 2 CO2. Se não houvesse ao ciclo de Calvin, formando um composto de 3C dito ácido
fotorrespiração, ela utilizaria todo o RuDP para a produção de pirúvico. Este é reconvertido em PEP ao reagir com ATP, que
glicose! Sob condições de fotorrespiração, até 50% do carbono forma AMP.
fixado no ciclo de Calvin é reconvertido em CO2, havendo uma É interessante que se entenda porque a planta C4 faz isso.
diminuição na produtividade vegetal em cerca de 50% também. Para isso, é necessário que se entenda a anatomia de uma folha
Um dos maiores problemas advindos disso, diz respeito às de planta C4. Normalmente, as células do mesófilo das folhas das
perdas de água pela planta nos estômatos. A planta vive um sério plantas têm a responsabilidade de realizar todas as etapas da
dilema durante o dia: se manter os estômatos muito fechados, o O2 fotossíntese (ou seja, fases clara e escura), e as células da bainha,
produzido na fotossíntese não é eliminado, aumentando muito a que envolvem a as nervuras, não realizam fotossíntese. Nas
fotorrespiração e reduzindo a produtividade; se manter os plantas C4, as células do mesófilo só realizam a fase clara da
estômatos muito abertos, poderá eliminar o e diminuir a fotossíntese (e consequentemente produzem grandes quantidades
fotorrespiração, em compensação, as perdas de água por de O2), não realizado ciclo de Calvin. Já as células da bainha
transpiração serão muito grandes. Assim, a abertura dos realizam fotossíntese, sendo que não fazem fase clara (tendo pois
estômatos durante o dia é parcial: os dois problemas são mantidos, baixos teores de O2), apenas fase escura (ciclo de Calvin).
ainda que em intensidades menores. A vantagem disso é que as taxas de fotorrespiração
Quanto ao mecanismo de fixação de CO2 as plantas podem diminuem consideravelmente. Lembre-se que a fotorrespiração
ser classificadas como C3, C4 ou MAC. ocorre quando o O2 ataca a RuDP e diminui a eficiência do ciclo de
Calvin. Observe que numa planta C4, o ciclo de Calvin só ocorre
Plantas C3 nas células da bainha, onde não há fase clara e
Plantas C3 têm esse nome porque fixam o CO2 num consequentemente pequenas taxas de O2. Assim, o ciclo de Calvin
composto de 3C, o PGA (observe que ele é o primeiro produto do não é afetado pelo O2 e diminui enormemente as taxas de
ciclo de Calvin após a união do CO2 ao RuDP; lembre-se que a fotorrespiração.
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Curso de Biologia 139

O CO2 é fixado em ácido málico pelo ciclo C4 nas células


do mesófilo, migra para as células da bainha e libera o CO2 para o Observe que cada planta (C3, C4 ou MAC) apresentam
ciclo de Calvin. O ácido pirúvico liberado corno subproduto volta ao vantagens e desvantagens. Em condições de alto estresse hídrico,
mesófilo onde regenera o PEP para fixar mais CO2. as plantas C4, e principalmente as MAC, apresentam vantagem.
Uma vez que o processo de fotorrespiração é reduzido nas A diferença entre as plantas C4 e MAC em relação à
plantas C4, elas podem reter uma quantidade maior de O2 sem ocorrência dos ciclos C3 e C4 é que nas plantas C4 o ciclo C4
afetar a produção de glicose podendo diminuir o grau de abertura ocorre no mesófilo e o C3 nas células da bainha e nas plantas
dos estômatos (não há tanta necessidade de eliminar o excesso de MAC o ciclo C4 ocorre de noite e o ciclo C3 ocorre de dia, ambos
O2). Diminuindo o grau de abertura dos estômatos, podem também nas células do mesófilo.
reduzir as perdas de água por transpiração. Assim, plantas C4
estão bem adaptadas a climas secos.
A desvantagem das plantas C4 em relação às plantas C3 é
seu gasto energético para produzir glicose. Se for observado o
ciclo de Calvin descrito anteriormente, será notado que são
utilizados 18 ATP para os 6 CO2 fixados, ou seja, 3 ATP por CO2.
Nas plantas C4, além destes 3ATP do ciclo de Calvin, são
consumidos mais 2 ATP por CO2 ao regenerar o PEP a partir do
ácido pirúvico, havendo um consumo total de 5 ATP por CO2.
São plantas C4 algumas plantas ele importância econômica Exercícios
como o milho, o sorgo e a cana-de-açúcar. As plantas C4 têm
produtividade 2 a 3 vezes maior que plantas C3, mantidas as Questões estilo múltipla escolha
mesmas condições.
1. (ENEM) Na transpiração, as plantas perdem água na forma de
Plantas MAC vapor através dos estômatos. Quando os estômatos estão
A sigla MAC significa "metabolismo ácido das fechados, a transpiração torna-se desprezível. Por essa razão, a
crassuláceas" (CAM em inglês). São exemplos então as abertura dos estômatos pode funcionar como indicador do tipo de
crassuláceas e cactáceas, além de plantas ele interesse ecossistema e da estação do ano em que as plantas estão sendo
econômico como o abacaxi. As plantas MAC também utilizam observadas. A tabela a seguir mostra como se comportam os
simultaneamente os ciclos C3 e C4, fixando o CO2 pelo ciclo C4, estômatos de uma planta da caatinga em diferentes condições
como as plantas C4. A diferença é a maneira como elas utilizam o climáticas e horas do dia. Considerando a mesma legenda dessa
ciclo C4. tabela, assinale a opção que melhor representa o comportamento
Plantas MAC têm a característica de manter seus dos estômatos de uma planta típica da Mata Atlântica.
estômatos abertos durante a noite e fechados durante o dia. A
grande vantagem é que, como as temperaturas são menores pela
noite, reduzem-se as perdas de água por transpiração. São, pois,
plantas típicas de regiões secas, como as plantas C4, apesar de
serem mais numerosas que essas últimas. O problema seria que,
se os estômatos estão fechados durante o dia, que é quando
ocorre a fotos síntese, como seria adquirido o CO2 para este
processo?
Bem, as plantas MAC fixam o CO2 durante a noite pelo
ciclo C4 nas células do mesófilo (que como nas plantas C3
realizam a fase clara e a escura da fotossíntese), armazenando-o
na forma de ácidos málico ou isocítrico, que foca armazenado nos
vacúolos dessas células do mesófilo. Durante o dia, os ácidos
málico ou isocítrico liberam o CO2 que passa a participar do ciclo
de Calvin.
Nesse caso, a fixação do CO2 a fase clara e a fase escura
ocorrem nas mesmas células, sendo o primeiro processo (ciclo C4)
realizado durante a noite e o segundo e o terceiro durante o dia. A
desvantagem dessas plantas é que o CO2 para o ciclo de Calvin é
liberado durante o dia, quando há a fase clara e
consequentemente altas taxas de O2. Como elas mantêm os
estômatos fechados durante o dia, o O2 não é eliminado e se
acumula ao mesmo tempo e que há o ciclo de Calvin, havendo
pois muita fotorrespiração. Assim, como elas têm uma
produtividade menor, têm maiores dificuldades de crescer.
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140 Curso de Biologia
2. (UNIFOR) Assinale a alternativa que indica corretamente a curva C) em torno de 1% e cerca de 20oC.
correspondente ao fechamento dos estômatos de uma planta D) em torno de 100% e cerca de 20oC.
adaptada a ambiente seco. E) em torno de 40% e cerca de 10oC.

5. (UECE) Considere duas plantas da mesma espécie: uma delas


em um ambiente bem iluminado, com pequena disponibilidade de
água no solo e a outra colocada em um ambiente escuro, com
bastante água disponível. Nessas condições, o comportamento
dos estômatos será
A) fechar nas duas situações.
A) B) B) abrir nas plantas bem iluminadas e fechar nas plantas
submetidas à escuridão.
C) fechar nas plantas bem iluminadas e abrir nas plantas
submetidas à escuridão.
D) abrir nas duas situações.

6. (UECE) Preencha os espaços abaixo:


Sabe-se que a água é o elemento principal para o metabolismo de
C) D) todas as formas de vida. No caso dos vegetais a água representa
de 80% a 90% do seu peso fresco, mas existem plantas, que
mesmo saturadas continuam a absorver água, eliminando o
excesso através de poros presentes nas folhas. Nesse caso, as
plantas eliminam água no estado líquido através dos _____, sendo
esse processo conhecido como_____ ou _____.
Assinale a alternativa que contém os termos que completam
E) corretamente e na ordem a sentença anterior.
A) parênquima aquífero – transpiração – gutação.
3. (UNIFOR) Quando uma folha é destacada da planta, a B) estômatos – sudação – exsudação.
transpiração estomática dessa folha: C) hidatódios – sudação – gutação.
A) Aumenta e a cuticular também aumenta. D) hidatódios – sudação – transpiração.
B) Aumenta e a cuticular diminui.
C) Cessa e a cuticular mantêm-se. 7. (FCM-JP) A fonte primária de energia da biosfera no nosso
D) Cessa e a cuticular também cessa. planeta é a luz, que é convertida em energia química via
E) Mantêm-se e a cuticular essa. fotossíntese. As substâncias orgânicas que nutrem uma planta são
produzidas por meio deste processo em células dotadas de
4. (UNICHRISTUS) Dois tipos de plantas, designadas C3 e C4, cloroplastos, localizadas principalmente nas folhas. Com relação à
respondem de forma diferente à taxa de fotossíntese, dependendo fotossíntese marque a alternativa correta:
da intensidade luminosa e da temperatura, conforme demonstra o A) A nutrição orgânica das plantas ocorre através da fotossíntese,
gráfico abaixo. moléculas de água (H2O) e de oxigênio (O2), reagem originando
moléculas orgânicas, tendo a luz como fonte de energia.
B) Durante o dia a planta faz fotossíntese, consumindo gás
carbônico e produzindo gás oxigênio, a maior parte deste gás é
eliminada para a atmosfera através dos estômatos.
C) O gás O2 necessário à fotossíntese entra nas folhas através de
estruturas epidérmicas denominadas estômatos.
D) A abertura dos estômatos de uma planta depende de diversos
fatores, principalmente da luminosidade, da concentração de
oxigênio, e da quantidade de água disponível para as folhas.
E) Ao respirar a planta libera gás nitrogênio, que é imediatamente
utilizado para a fotossíntese.

8. (UNP) Durante o movimento fotoativo de abertura dos


Disponível em: http://www.biologia.bio.br/. Acesso em: 13 de abril de 2013. estômatos, não se observa nas células-guardas:
A porcentagem de insolação e a temperatura em que as plantas A) diminuição do turgor celular.
C3 apresentam taxa fotossintética máxima são, respectivamente, B) aumento do consumo de CO2 pelos cloroplastos.
A) em torno de 50% e cerca de 20oC. C) variação do pH.
B) em torno de 50% e cerca de 40oC. D) transformação do amido em glicose.
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Curso de Biologia 141

9. (UERN) As plantas perdem água em forma de vapor 11. (UPE) Uma das vegetações típicas do sertão nordestino
principalmente através das folhas – fenômeno conhecido como corresponde às cactáceas, como, por exemplo, o mandacaru e o
transpiração. Nesse processo, a planta pode perder água através cacto. Esses e outros vegetais dessa região apresentam
da cutícula que reveste a epiderme, ou pode ocorrer perda pelos características morfofisiológicas que permitem sua adaptação ao
estômatos. O gráfico hipotético representa a variação do peso da ambiente seco. Sobre essas características e seus respectivos
folha recém-destacada no decorrer do tempo, de acordo com o efeitos, analise as afirmativas abaixo.
processo de transpiração. Observe. I. Folhas modificadas em espinhos, reduzindo a superfície foliar e,
consequentemente, a perda de água.
II. Presença de parênquima aquífero, contribuindo para o
suprimento hídrico da planta.
III. Epiderme rica em ceras impermeabilizantes ou portadora de
pelos, favorecendo o aumento da transpiração.
IV. Abertura permanente dos estômatos durante o dia, favorecendo
a absorção do CO2 e retenção de água.
Somente está correto o que se afirma em
A) I, II e III. B) II, III e IV. C) I, III e IV.
D) I e II. E) III e IV.

12. (FUVEST) Existe um produto que, aplicado nas folhas das


plantas, promove o fechamento dos estômatos, diminuindo a perda
Analise o gráfico e assinale a alternativa correspondente. de água. Como consequência imediata do fechamento dos
A) I – fechamento de todos os estômatos; II – transpiração estômatos,
cuticular; III – transpiração cuticular e estomática. I. o transporte de seiva bruta é prejudicado.
B) I – transpiração cuticular e estomática; II – fechamento de todos II. a planta deixa de absorver a luz.
os estômatos; III – transpiração cuticular. III. a entrada de ar atmosférico e a saída de CO2 são prejudicadas.
C) I – transpiração cuticular; II – fechamento de todos os IV. a planta deixa de respirar e de fazer fotossíntese.
estômatos; III – transpiração cuticular e estomática.
D) I – transpiração cuticular e estomática; II – transpiração
cuticular; III – fechamento de todos os estômatos. Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I e II. B) I e III. C) I e IV.
10. (UERN) D) II e III. E) III e IV.
Andou como renegado no mato, furando as caatingas, farejando
13. (FUVEST) Retirou-se uma folha de uma planta e, a cada
grotas.
REGO, José Lins do. Usina, p.21 intervalo de 5 minutos, pesou-se a folha em um local com umidade
Na fitogeografia brasileira, a caatinga destaca-se como uma das relativa constante. O gráfico abaixo representa os valores das
principais formações vegetais resultantes de alterações climáticas diferenças de massa entre duas medidas sucessivas.
e edáficas, exigindo das plantas ali instaladas, inúmeras
características que determinam sua adaptação às chuvas
irregulares, às secas prolongadas e às temperaturas elevadas.
Dentre tais características, está o funcionamento dos estômatos
que se abrem e se fecham de modo mais rápido do que nas
vegetações de locais úmidos. Indique a alternativa que descreve
um erro no funcionamento dos estômatos:
A) Quando uma planta dispõe de pouca água, suas folhas
murcham e os ostíolos se abrem, limitando a perda de vapor de
água, apenas à transpiração cuticular.
B) Quanto maior for a concentração de íons potássio no suco
vacuolar das células-guarda, maior o grau de abertura dos Com base nesses resultados, é possível afirmar que:
estômatos. A) Aos 5 minutos as células estomatais estavam mais túrgidas do
C) A difusão dos íons potássio para as células vizinhas determina que aos 25 minutos.
redução da pressão osmótica e saída de água das células-guarda, B) Aos 25 minutos o estômato estava mais aberto do que aos 5
seguida de fechamento dos estômatos. minutos.
D) Plantas de regiões áridas, que mantêm seus estômatos C) Aos 10,15, 20 e 25 minutos não houve mudança da abertura
fechados por muito tempo, têm o mecanismo da fixação noturna de dos estômatos.
dióxido de carbono. D) Aos 25, 30 e 35 minutos a perda por evaporação se equiparou à
absorção.
E) Entre os 5 e os 25 minutos a transpiração cuticular diminuiu.

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142 Curso de Biologia
14. (UNESP) Um pequeno agricultor construiu em sua propriedade uma estufa para cultivar alfaces pelo sistema de hidroponia, no qual as
raízes são banhadas por uma solução aerada e com os nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas. Para obter plantas maiores e
de crescimento mais rápido, o agricultor achou que poderia aumentar a eficiência fotossintética das plantas e para isso instalou em sua estufa
equipamentos capazes de controlar a umidade e as concentrações de CO2 e de O2 na atmosfera ambiente, além de equipamentos para
controlar a luminosidade e a temperatura. É correto afirmar que o equipamento para controle da
A) umidade relativa do ar é bastante útil, pois, em ambiente mais úmido, os estômatos permanecerão fechados por mais tempo, aumentando a
eficiência fotossintética.
B) temperatura é dispensável, pois, independentemente da temperatura ambiente, quanto maior a intensidade luminosa maior a eficiência
fotossintética.
C) concentração de CO2 é bastante útil, pois um aumento na concentração desse gás pode, até certo limite, aumentar a eficiência fotossintética.
D) luminosidade é dispensável, pois, independentemente da intensidade luminosa, quanto maior a temperatura ambiente maior a eficiência
fotossintética.
E) concentração de O2 é bastante útil, pois quanto maior a concentração desse gás na atmosfera ambiente maior a eficiência fotossintética.

15. (UNESP) Sobre o processo da transpiração dos vegetais, foram feitas as cinco afirmações seguintes.
I. Em torno de 95% da água absorvida pelas plantas é eliminada pela transpiração, principalmente pelos estômatos.
II. Os estômatos abrem-se quando a turgescência das células- guardas é alta, fechando-se quando esta é baixa.
III. A reação mais imediata da planta à pouca disponibilidade de água no solo é o fechamento dos estômatos.
IV. A consequência do contido na afirmação III será uma diminuição da difusão de CO2 para o interior das folhas.
V. Considerando a concentração de gás carbônico, a disponibilidade de água no solo, a intensidade luminosa, a temperatura e a concentração
de oxigênio, esta última é a que exerce menor efeito sobre o processo de abertura e fechamento dos estômatos.
São corretas as afirmações
A) I e III, apenas.
B) I e IV, apenas.
C) II e IV, apenas.
D) I, II, III e V, apenas.
E) I, II, III, IV e V.

16. (UNESP) Você já deve ter observado que, eventualmente, na extremidade de folhas de pequenas plantas formam-se gotas de água. Isto
ocorre até mesmo com plantas em vasos, dentro de casa. Trata-se da gutação, fenômeno no qual pequenas gotas de água e sais são
eliminados por poros denominados hidatódios ou estômatos aquíferos. A gutação ocorre quando:
A) a umidade relativa do ar é alta, a transpiração e a sucção foliar são baixas, o solo é úmido e arejado e há boa absorção de água pelas raízes.
B) a umidade relativa do ar é alta, a transpiração e a sucção foliar são intensas, o solo é úmido e arejado e há baixa absorção de água pelas
raízes.
C) a umidade relativa do ar é alta, a transpiração e a sucção foliar são baixas, o solo é seco e há baixa absorção de água pelas raízes.
D) a umidade relativa do ar é baixa, a transpiração e a sucção foliar são intensas, o solo é seco e há baixa absorção de água pelas raízes.
E) a umidade relativa do ar é baixa, a transpiração e a sucção foliar são intensas, o solo apresenta excesso de água e pouco gás oxigênio e há
boa absorção de água pelas raízes.

17. (UNESP) Algumas árvores com folhas largas, revestidas por cutícula, foram cultivadas em uma região onde a temperatura é sempre alta, a
umidade do ar é baixa e há abundância de água no solo. Considerando os processos de troca de água com o meio, assinale a alternativa que
corresponde às respostas fisiológicas esperadas para estas árvores, crescendo sob essas condições.
ESTÔMATOS TRANSPIRAÇÃO DE ÁGUA ABSORÇÃO DE ÁGUA TRANSPORTE DE ÁGUA
A) Abertos Elevada Elevada Rápido
B) Fechados Elevada Reduzida Lento
C) Abertos Reduzida Elevada Rápido
D) Fechados Reduzida Reduzida Lento
E) Abertos Elevada Elevada Lento

18. (UNIFESP) Um professor deseja fazer a demonstração da abertura dos estômatos de uma planta mantida em condições controladas de luz,
concentração de gás carbônico e suprimento hídrico. Para que os estômatos se abram, o professor deve:
A) fornecer luz, aumentar a concentração de CO2 circundante e manter o solo ligeiramente seco.
B) fornecer luz, aumentar a concentração de CO2 circundante e baixar a umidade do ar ao redor.
C) fornecer luz, diminuir a concentração de CO2 circundante e adicionar água ao solo.
D) apagar a luz, diminuir a concentração de CO2 circundante e adicionar água ao solo.
E) apagar a luz, certificar-se de que a concentração de CO2 circundante esteja normal e aumentar a umidade do ar ao redor.

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Curso de Biologia 143

19. (UFV) Analise as seguintes afirmativas, sobre o processo de E) Na presença de luz, as células-guarda recebem íons Na+,
fotossíntese: perdem água para o ambiente por osmose, tornam-se flácidas e,
I. Na fotofosforilação acíclica (fase clara), os elétrons fluem da como consequência, o ostíolo se abre.
água para o fotossistema I, em seguida para o fotossistema II e por
fim para o NADP+. 22. (UEL) Analise o gráfico a seguir.
II. O primeiro passo do ciclo de Calvin é a fixação de um átomo de
carbono, proveniente de uma molécula de dióxido de carbono, a
uma molécula de ribulose-1,5-bifosfato.
III. Embora a via C4 de fixação de carbono apresente um custo
energético superior ao da via C3, isso é compensado pela
ausência de fotorrespiração nas plantas C4.
Está correto o que se afirma apenas em:
A) I. B) II.
C) I e II. D) II e III.

20. (UFJF) O fenômeno da gutação consiste na perda de seiva


xilemática, em estado líquido, através dos hidatódios. As condições
ideais para a ocorrência desse fenômeno são: Fonte: ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1988. p. 20.
A) baixa umidade relativa do ar, temperatura elevada e solo seco. Com base no gráfico e nos conhecimentos sobre o tema, analise
B) alta umidade relativa do ar, temperatura elevada e solo seco. as afirmativas a seguir.
C) baixa umidade relativa do ar, temperatura amena e solo úmido. I. As plantas C3 tendem a atingir a taxa fotossintética máxima, por
D) alta umidade relativa do ar, temperatura amena e solo úmido. unidade de área de superfície foliar, sob intensidades luminosas e
E) baixa umidade relativa do ar, temperatura amena e solo seco. temperaturas moderadas e a serem inibidas por altas temperaturas
e à plena luz do sol.
21. (UEL) A figura a seguir é uma fotomicrografia ao microscópio II. As plantas C4 estão adaptadas à luz intensa e altas
óptico de estômato de Tradescantia, em vista frontal: temperaturas, superando em muito a produção das plantas C3 sob
essas condições. Uma razão para esse comportamento é que nas
plantas C4 ocorre pouca fotorrespiração, ou seja, o fotossintato da
planta não se perde por respiração, à medida que aumenta a
intensidade luminosa.
III. As plantas C4, são particularmente numerosas na família das
dicotiledôneas, mas ocorrem em muitas outras famílias.
Adaptado de: AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia dos Organismos. São Paulo: Moderna. IV. Apesar da sua maior eficiência fotossintética por unidade de
2004. v. 2, p. 232. área foliar, as plantas C3 são responsáveis pela menor parte da
Os estômatos são responsáveis pela regulação das trocas gasosas produção fotossintética mundial, provavelmente porque são menos
e pela transpiração nos vegetais. A concentração de CO2 e a competitivas nas comunidades mistas, nas quais existem efeitos
temperatura atmosférica são fatores ambientais que influenciam no de sombreamento e onde a luminosidade e temperaturas são
controle do mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos. médias em vez de extremas.
Com base na figura, no texto e nos conhecimentos sobre o
processo de abertura e fechamento de estômatos, assinale a Estão corretas apenas as afirmativas:
alternativa que explica corretamente as razões fisiológicas pelas A) I e II. B) III e IV. C) II e IV.
quais a luz influencia neste processo. D) I, II e III. E) I, III e IV.
A) Na ausência de luz, as células-guarda recebem íons Na+,
perdem água para o ambiente por osmose, tornam-se murchas e, 23. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre as relações
como consequência, o ostíolo se fecha. hídricas e fotossintéticas das plantas.
B) Na presença de luz, as células-guarda eliminam íons K+, I. A água absorvida pelas raízes percorre uma única via, através
perdem água para o ambiente por osmose, tornam-se flácidas e, dos espaços intercelulares.
como consequência, o ostíolo se fecha. II. A abertura dos estômatos permite a saída do vapor de água e a
C) Na ausência de luz, as células-guarda eliminam íons Na+, entrada do CO2 atmosférico por difusão.
absorvem água por osmose, tornam-se túrgidas e, como III. Apenas uma fração da água absorvida é retida na planta e
consequência, o ostíolo se abre. utilizada em seu metabolismo.
D) Na presença de luz, as células-guarda recebem íons K+,
Quais estão corretas?
absorvem água por osmose, tornam-se túrgidas e, como
A) Apenas I. B) Apenas II.
consequência, o ostíolo se abre.
C) Apenas I e III. D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

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144 Curso de Biologia
24. (UFC) O professor de botânica montou um experimento para radiação solar, baixas temperaturas, ausência de vento e alta
observar o efeito da luz sobre a transpiração foliar. Escolheu um umidade relativa do ar.
arbusto de papoula (Hibiscus sp.) e encapsulou as extremidades
de dez ramos com sacos plásticos transparentes, lacrando-os com Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas verdadeiras.
barbante para evitar as trocas gasosas. Cobriu a metade dos A) I, III e IV. B) II e III. C) I, II e III.
sacos com papel alumínio e, após 48 horas, observou as D) I e II. E) II e IV.
diferenças no conteúdo de água acumulada dentro dos sacos, nos
dois grupos. Assinale a alternativa que indica o resultado 26. (UFPI) Assinale a alternativa falsa sobre os estômatos, no
observado mais provável. processo de transpiração dos vegetais:
A) A quantidade de água nos dois grupos foi igual, devido à A) Com suprimento de água ideal, eles ficam abertos.
inibição da transpiração pela alta umidade relativa que se formou B) Ficam abertos quando há luz.
no interior de ambos. C) Fecham-se quando a planta tem risco de desidratação.
B) O teor de água acumulada foi maior nos sacos plásticos sem a D) A baixa concentração de gás carbônico na folha estimula sua
cobertura do papel alumínio, uma vez que a luz induziu a abertura abertura.
dos estômatos e permitiu uma transpiração mais intensa. E) O ácido abcísico inibe o transporte de K+, abrindo-os.
C) A quantidade de água acumulada foi maior nos sacos plásticos
envoltos com papel alumínio, uma vez que a ausência de luz solar 27. (UFPB) Os estômatos são células modificadas da epiderme
diminuiu a temperatura dentro dos sacos e a evaporação foliar. responsáveis pelas trocas gasosas entre a planta e o ambiente.
D) A concentração mais elevada de CO2 no interior dos sacos sem Essas trocas se dão através do ostíolo, que tem seus movimentos
o papel alumínio induziu o fechamento dos estômatos, e a de abertura ou fechamento provocados, entre outros fatores, pela
quantidade de água acumulada foi menor. concentração de água e de íons K+, no citoplasma das células
E) A concentração de oxigênio foi menor nos sacos envoltos com guardas, concentração de CO2 e O2, na câmara subestomática, e
papel alumínio, devido à falta de luz para a fotossíntese, pela intensidade luminosa. Com relação à influência desses fatores
ocasionando a abertura dos estômatos e o aumento da na abertura ou fechamento dos ostíolos, é correto afirmar que a
transpiração. A) alta intensidade luminosa promove o fechamento.
B) alta concentração de CO2, na câmara subestomática, promove
25. (UFC) As letras na figura abaixo representam o caminho a abertura.
percorrido pela água desde o solo até a atmosfera, passando pelo C) baixa concentração de O2, na câmara subestomática, promove
interior da planta. Considere as seguintes afirmativas: o fechamento.
A D) alta concentração de K+, no citoplasma das células-guardas,
promove o fechamento.
E) baixa concentração de água, no citoplasma das células-
B guardas, promove a abertura.

28. (UFPB) A transpiração das plantas é controlada pelo grau de


abertura dos estômatos e também ocorre passivamente através da
cutícula foliar. Para se avaliar a taxa de transpiração foliar de uma
planta, realizou-se, durante um determinado intervalo de tempo, a
C pesagem de uma folha recém-retirada. Os resultados obtidos
permitiram construir o gráfico abaixo. Compare os pontos 1, 2 e 3
assinalados no gráfico com os estádios A, B e C de abertura dos
D estômatos da mesma folha.

I. Num dia chuvoso, devido ao acúmulo de água em A, a pressão


osmótica em B torna intensa a movimentação de água na forma de
vapor, de C para D.
II. Dado um solo em condições ótimas de armazenamento de água
e dada uma atmosfera em boas condições de radiação solar, vento
e umidade relativa, a água move-se, geralmente, na seguinte
Transpiração

direção: A → B → C → D. 1
III. Em determinadas horas do dia, a transpiração das plantas
torna-se tão intensa que a velocidade de movimentação da água
do ponto A para o B é menor que a velocidade do ponto C para o 2
D, ocasionando o fechamento dos estômatos. 3
IV. O movimento da água de C para D dá-se na forma de vapor e é
favorecido por condições atmosféricas brandas, como baixa Tempo
Estágios de abertura dos estômatos
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Curso de Biologia 145

Assim, pode-se dizer que Questões estilo somatória


A) nos pontos 1 e 2, os estômatos se encontravam nos estádios A
e B, respectivamente. 31. (UFSC) A figura abaixo representa, ao centro, o esquema de
B) a partir do ponto 2, todos os estômatos se encontravam no uma estrutura vegetal chamada estômato.
estádio A.
C) nos pontos 1 e 3, os estômatos se encontravam nos estádios C
e B, respectivamente, deixando de perder água após o ponto 3.
D) durante todas as pesagens, predominou o estádio C.
E) no ponto 3, todos os estômatos se encontravam no estádio A,
mas a folha continuou perdendo água.

29. (UNIRIO) Os gráficos representam a relação entre a absorção


de água (linha fina) e a transpiração (linha grossa) em cinco
plantas diferentes crescendo em solo bem molhado em um dia de
verão. Qual desses gráficos poderia pertencer a uma planta
adaptada à caatinga? A respeito da estrutura acima e de seu papel fisiológico, assinale
a(s) proposição(ões) correta(s).
1 – 12:00 - meio-dia
1. O funcionamento dos estômatos está associado aos
2 – 00:00 - meia-noite
mecanismos de transporte de seiva no vegetal.
3 – 12:00 - meio-dia
2. A seta II da figura indica a presença de cloroplastos nas células
estomáticas.
4. Os estômatos são estruturas encontradas em várias partes do
vegetal, especialmente no caule.
8. A seta III indica as células-acessórias ou subsidiárias; através
delas ocorre a eliminação da água por transpiração para o exterior
do vegetal.
16. Os estômatos são estruturas muito versáteis, participando
inclusive dos mecanismos de defesa vegetal, pois podem produzir
e eliminar substâncias tóxicas.
32. A seta I indica a abertura estomática que ocorre entre as
células-guarda e por onde se realizam as trocas gasosas nos
vegetais.
64. O funcionamento do estômato é controlado por fatores
intracelulares, sendo independente de fatores externos como a
luminosidade e a umidade.

30. (UFT) Diversas espécies de plantas, que vivem em regiões de Questões discursivas
clima seco (zonas áridas e semiáridas), possuem folhas espessas
e suculentas. Essas plantas apresentam taxas reduzidas de 32. (FUVEST)
transpiração sendo denominadas plantas com Metabolismo Ácido A) Relacione a abertura e fechamento dos estômatos com o grau
Crassuláceo (CAM). Em relação às adaptações das plantas CAM, de turgor das células estomáticas.
analise as afirmativas abaixo. B) Por que é vantajoso para uma planta manter seus estômatos
I. Os estômatos permanecem fechados durante o dia para evitar a abertos durante o dia e fechados à noite?
perda de água.
II. Os estômatos permanecem fechados durante a noite para evitar 33. (FUVEST)
a perda de água. Pesagens 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
III. Os estômatos permanecem abertos durante a noite para Pesos (g) 1,827 1,817 1,810 1,804 1,799 1,795 1,791 1,787
permitir a entrada de CO2. A tabela acima mostra os resultados das pesagens de uma folha
IV. Os estômatos permanecem abertos durante o dia para permitir verde, realizadas a cada 5 minutos, logo após sua retirada de uma
a entrada de CO2. planta. Nota-se que a folha perdeu peso. Isso se deveu à perda de
Marque a alternativa correta. água. Essa perda de água foi constante durante o experimento?
A) Somente as afirmativas I e III são corretas. Explique por quê.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas II e III são corretas. 34. (FUVEST) Quando se transplanta um arbusto, como por
D) Somente as afirmativas III e IV são corretas. exemplo o hibisco, é prática comum cortar algumas de suas folhas.
E) Nenhuma das afirmativas é correta. Explique qual a vantagem de tal procedimento.

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146 Curso de Biologia
35. (UFC) O gráfico abaixo apresenta o resultado de um ambiente seco, mantendo-se, porém, a mesma iluminação. Algum
experimento realizado com uma planta C3, adequadamente tempo após essa transferência, retirou-se uma folha de cada planta
suprida de água. Durante o período de um dia foram e mediu-se a quantidade de K+ por célula-guarda, em cada folha,
acompanhadas a abertura estomática e a variação nas calculando-se o quociente Q: quantidade de K+ (planta A) /
concentrações de íons potássio (K+) e de sacarose nas células- quantidade de K+ (planta B). Considerando que esse quociente Q
guarda. era, inicialmente, igual a 1, em ambiente de alta umidade, informe
a alteração do quociente Q após a colocação da planta B em
condições de baixa umidade. Justifique sua resposta.

39. (UFF) Os gráficos mostram, relativamente às plantas X e Y, a


fixação de CO2 e sua incorporação no amido produzido, em função
das diferentes horas do dia.

A) Observando os períodos compreendidos entre 7:00 e 11:00 h e


entre 17:00 e 23:00h, qual a substância realmente efetiva na
abertura e no fechamento dos estômatos? Justifique.
B) A luz é a causa primária da abertura dos estômatos, porém,
mesmo num dia ensolarado, havendo falta de água para a planta,
os estômatos se fecham. Esse fechamento é determinado por um
hormônio vegetal, que, ao ser absorvido pelas células-guarda,
diminui a turgidez das mesmas. Cite que hormônio é esse e ex-
plique por que ele altera a turgescência dessas células.
C) Qual a razão das células-guarda deformarem-se, abrindo o poro
estomático (ou ostíolo) ao ficarem túrgidas?

36. (UFRJ) As plantas chamadas de C3 perdem muito rendimento


de produção de moléculas orgânicas por fotossíntese quando a A partir da análise dos gráficos, responda:
concentração de CO2 é baixa. As plantas chamadas de C4 A) Como se comportam, em função da luminosidade, os estômatos
possuem um metabolismo que contorna essa situação, mantendo das plantas X e Y?
a velocidade da fotossíntese mesmo em baixas concentrações de B) Dentre estas duas plantas, qual possui maior possibilidade de
CO2. Considerando a função dos estômatos das folhas no controle sobreviver em ambiente seco? Por quê?
da evapotranspiração, indique qual dos dois tipos de planta perde
menos produtividade em um clima seco e quente. Justifique sua 40. (UFES) Boa parte da floresta Amazônica e das caatingas do
resposta. Nordeste coincidem na sua latitude. Assim, a quantidade de luz
que recebem é semelhante. No entanto, o tipo de 'paisagem
37. (UFRJ) Existem plantas adaptadas às condições do deserto, vegetal' é totalmente diferente nas duas regiões.
nas quais a fotos síntese é do tipo CAM. Essa fotossíntese se I. "O clima da região amazônica reúne as condições necessárias
caracteriza pela absorção do gás carbônico (CO2) pelos ao desenvolvimento de uma vegetação exuberante. Nela
estômatos, durante a noite. O CO2 se acumula dentro da célula, destacam-se árvores de grande porte com a castanheira-do-pará,
ligando-se ao ácido málico. Durante o dia os estômatos se fecham, a seringueira e o caucho, plantas produtoras de madeira como o
mas a planta pode usar, na fotossíntese, o CO2 retido no ácido angelim, a sucupira, a amburana e a copaíba, etc..."
málico. Explique, do ponto de vista evolutivo, a existência da II. ''A caatinga, na seca, tem uma fisionomia de deserto. As
fotossíntese CAM em muitas plantas que vivem nos desertos. cactáceas como o mandacaru, a coroa-de-frade, o xiquexique, o
facheiro são exemplos de sua vegetação típica. Também algumas
38. (UFF) Duas plantas idênticas (A e B) foram mantidas em bromeliáceas como a macambira. Todas elas apresentam várias
condições ideais de iluminação em ambiente de alta umidade. Em adaptações que lhes permitem sobreviver na época da seca".
determinado momento, apenas a planta B foi transferida para

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Curso de Biologia 147

AULA 13
Movimentos Vegetais e Fitormônios
Movimentos Vegetais
Existem três tipos de movimentos em vegetais e
organismos relacionados.
Os nastismos são movimentos não direcionados
acionados por um determinado estímulo. Assim, o estímulo aciona
o movimento, mas o movimento não se dá em direção ao estímulo.
No fotonastismo ou nictinastismo e no sismonastismo, a luz ou
A) Relacione o comportamento de abertura e fechamento o contato, respectivamente, acionam o movimento, que não se dá
estomático, que está representado no gráfico pelas linhas a e b, necessariamente em direção à fonte luminosa ou ao ponto de
com o grupo de plantas citadas nos textos I e II. Justifique sua
contato. Os nastismos são mecanismos mais rápidos, relacionados
resposta.
B) A intensidade da fotossíntese das plantas representadas nas a mudanças de turgor em determinadas células.
linhas a e b no gráfico é semelhante? Justifique sua resposta. O fotonastismo ou nictinastismo (nicto = noite) é
verificado em muitas plantas leguminosas que possuem, na base
dos folíolos ou das folhas, estruturas denominadas púlvinos: são
pequenas dilatações formadas por células com capacidade de
alterar rapidamente o seu turgor. Ao anoitecer os folíolos tendem a
se fechar e a folha assume uma posição voltada para baixo. Ao
amanhecer, a folha e os folíolos se abrem, expondo-se mais aos
raios solares. Esses movimentos ocorrem por alteração da
turgescência das células dos púlvinos como resposta à variação na
luminosidade.
O sismonastismo (sismo = abalo) ocorre nas chamadas
"plantas sensitivas" ou "dormideiras", como a Mimosa pudica, e em
plantas carnívoras, como em Dionaea muscipula.
Nas sensitivas, o toque em seus folíolos determina seu
fechamento, sendo que quanto mais forte for o estímulo, mais os
folíolos e a própria folha se inclinam. Esses movimentos decorrem
de alterações no turgor dos púlvinos e são extremamente rápidos.

Púlvinos em sismonastismo.

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148 Curso de Biologia
Hormônios vegetais: Fitormônios
Uma vez que vegetais não possuem tecido nervoso, todo o
processo de coordenação das atividades vitais é feita a partir de
fitormônios, os hormônios vegetais. Essas atividades incluem
germinação de sementes, crescimento, desenvolvimento,
movimentos e floração.
Os fitormônios são substâncias pequenas, de fácil
transporte na planta e penetração nas células. Ao contrário do que
ocorre com animais, em que os hormônios são transportados pelo
sangue, os fitormônios não são necessariamente transportados
pelos vasos condutores de seiva, o que só ocorre para alguns
deles.
Os principais grupos de hormônios vegetais são auxinas,
Mimosa pudica aberta e fechada, respectivamente (é nada...). giberelinas, citocininas, ácido abcísico (ABA) e etileno.

Na planta carnívora Dionaea muscipula (muscipula = 1. Auxinas


armadilha), as folhas são articuladas na região mediana, e cada Auxinas são hormônios produzidos principalmente pelas
metade possui tricomas sensitivos. Quando um inseto pousa sobre células meristemáticas, em particular do meristema apical do
a superfície foliar atraído pelo néctar, ele toca nesses tricomas caule. São também produzidas por meristemas subapicais
desencadeando o rápido fechamento da armadilha. Nesse caso, o radiculares, folhas jovens, flores, frutos e sementes. A principal
auxina é o AIA (ácido indolacético), sintetizando na planta a partir
toque provoca alterações no turgor das células que mantinham
de um aminoácido denominado triptofano.
abertas as metades da folha. O transporte das auxinas é dito polarizado, ocorrendo
sempre no sentido do ápice caulinar (onde se dá sua produção
mais intensa) para a raiz. Esse é um mecanismo de transporte se
dá de célula a célula.
O principal efeito das auxinas é promover o crescimento da
planta por elongação ou distensão celular. Isto ocorre porque a
auxina estimula a síntese de uma enzima que quebra as
ligações entre os filamentos de celulose da parede celular, o
que a enfraquece. Assim, a célula se expande devido à entrada
de água nos vacúolos, que têm alta pressão osmótica (isto não
ocorre normalmente porque a parede celular rígida expulsa a água
que entra por osmose). Em menor grau, parece também promover
aumento na atividade de divisão celular.
A concentração de auxina pode estimular ou inibir o
Acho que a mosquinha se lascou... desenvolvimento da planta, conforme suas concentrações. De
modo geral, temos:
Os tactismos são deslocamentos direcionados por um - Concentrações muito baixas não têm efeito sobre a planta.
estímulo. Assim, em bactérias, há um quimiotactismo, um - Concentrações moderadas estimulam o crescimento.
- Concentrações muito altas inibem o crescimento.
deslocamento em direção a substâncias químicas que são
Caules e raízes têm uma sensibilidade diferenciada às
alimentos, bem como em certas algas unicelulares flageladas há
auxinas, sendo as raízes bem mais sensíveis. Assim:
um fototactismo, um deslocamento em direção a fontes de luz.
- Em concentrações muito baixas de auxinas, não há efeito
Por fim, os tropismos são movimentos direcionados por sobre caule nem sobre raiz;
um determinado estimulo. Assim, no fototropismo, no - Em concentrações baixas de auxinas, ainda não há efeito
geotropismo ou no tigmotropismo, o movimento é direcionado sobre o caule, mas já estímulo ao crescimento da raiz;
respectivamente por luz, gravidade e toque, sendo que este último - Em concentrações medianas de auxinas, há estímulo ao
ocorre em gavinhas (folhas modificadas de videiras e maracujás crescimento do caule, mas a raiz já é inibida em termos de
que se enrolam sobre um suporte). Os tropismos são mecanismos crescimento;
- Em concentrações altas de auxinas, há inibição do
lentos relacionados ao crescimento da planta, em particular aos
crescimento tanto do caule como da raiz.
hormônios vegetais conhecidos como auxinas.

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Curso de Biologia 149

Sensibilidade diferenciada de raiz e caule às auxinas.

Baixa concentração Concentração média Alta concentração


Raízes Estimula Inibe Inibe
Caules Sem efeito Estimula Inibe
Esse efeito de sensibilidades diferentes entre raiz e caule explica alguns fenômenos de tropismos na planta, que são movimentos da
planta em direção a um determinado estímulo.

Fototropismo
No fototropismo, a planta cresce em direção à luz. O caule tem um fototropismo positivo, crescendo em direção à fonte luminosa,
enquanto a raiz apresenta um fototropismo negativo, crescendo no sentido contrário ao da fonte luminosa.
Numa planta iluminada unilateralmente, o caule se curva em direção à luz, e a raiz se curva no sentido contrário. Isso ocorre porque a
luz promove a migração de auxina para o lado não iluminado. Lembre-se que o transporte da auxina é um processo polarizado, podendo ocorrer
por transporte ativo, e é nesse caso estimulado pela presença de luz. Assim, haverá mais auxina no lado não iluminado e menos no lado
iluminado.
Lado iluminado: pouca auxina Lado não iluminado: muita auxina
Caule Sem efeito Cresce
Raízes Cresce Inibe

Veja que no caule, o lado não iluminado cresce e o iluminado não cresce, o que gera uma curvatura do caule em direção à luz
(fototropismo positivo). Já na raiz, o lado iluminado cresce e o lado não iluminado não cresce, o que por sua vez gera uma curvatura em direção
contrária à luz (fototropismo negativo).

Fototropismo.
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150 Curso de Biologia
Descoberta das Auxinas
Diversos pesquisadores, ao estudar a resposta de plantas à iluminação unilateral, notaram que os ápices dos caules desempenham
importante papel na curvatura em direção à fonte luminosa. O próprio Darwin já havia descoberto que plantinhas jovens de gramíneas podiam
ser impedidas de se curvar em direção à luz se suas pontas fossem removidas ou simplesmente cobertas por um papel à prova de luz.

Experimentos demonstraram que o ápice dos coleóptilos é o responsável pela percepção e desencadeamento da resposta de curvatura das
plantas em direção à fonte de luz.

Diversos experimentos realizados com plantas jovens de aveia e alpiste permitiram entender o papel do ápice das plantas nas respostas
fototrópicas. Essas gramíneas formam, no início da germinação, uma folha protetora denominada coleóptilo, que envolve e protege as folhas
primárias da jovem planta. A função do coleóptilo é impedir que o atrito com o solo, durante a germinação, prejudique as delicadas folhas da
plântula. Plântulas de aveia que tiverem o ápice do coleóptilo cortado e removido param de crescer. No entanto, o crescimento será retomado
se o ápice cortado for recolocado sobre o coleóptilo decapitado. Em 1928, o botânico holandês Fritz Went notou que, quando o ápice do
coleóptilo era previamente colocado sobre um bloco de ágar e este, posteriormente colocado sobre a planta decapitada, esta retomava o
crescimento. A conclusão foi de que alguma substância existente no ápice do coleóptilo havia se difundido para o bloco de ágar e fora ela que
induzira o crescimento. Verificou-se, também, que se o ápice cortado de um coleóptilo fosse recolocado em posição deslocada sobre a planta
decapitada, de modo a cobrir apenas metade dela, o coleóptilo crescia dobrando-se na direção do lado que ficara descoberto. O mesmo
resultado será obtido se, em vez do ápice, for colocado, em posição deslocada sobre um coleóptilo decapitado, um bloco de ágar que tenha
estado em contato com um ápice cortado de coleóptilo.

Experimento de Went que permitiram o isolamento e a caracterização das auxinas: em A, efeito das auxinas em blocos de ágar; em B, efeito da
luz
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Curso de Biologia 151

Geotropismo ou gravitropismo auxinas por todo o corpo da planta, e o geotropismo não mais
No geotropismo ou gravitropismo, a planta cresce em serás percebido, pois ele se origina exatamente da distribuição
direção ao centro da Terra, orientada pela gravidade. O caule heterogênea dessas substâncias em certas partes da planta.
possui geotropismo negativo, crescendo em sentido contrário ao
da gravidade, enquanto a raiz apresenta geotropismo positivo,
crescendo no sentido da gravidade. Uma planta mantida na
horizontal apresentará em seu caule uma curvatura para cima e
em sua raiz uma curvatura para baixo. Isso ocorre porque a
gravidade faz com que os líquidos do corpo da planta (onde a
auxina estará) se acumulem na parte mais inferior da planta.
Assim, haverá mais auxina na parte inferior da planta que na sua
parte superior.
Lado inferior: Lado superior: A rotação promove uma distribuição homogênea de auxinas: não
muita auxina pouca auxina há geotropismo.
Caule Cresce Sem efeito
Hidrotropismo
Raízes Inibe Cresce
Além do geotropismo, as raízes realizam um outro
Assim, a parte de baixo do caule na horizontal cresce e sua
movimento denominado hidrotropismo, que é provocado e
parte de cima não, o que leva a uma curvatura com geotropismo
orientado pela água.
(-). Já na raiz, a parte de baixo com muita auxina não cresce e a
Uma interessante experimentação, na qual se pode
parte de cima cresce, levando por sua vez a uma curvatura com
verificar a um só tempo o geotropismo e o hidrotropismo da raiz é a
geotropismo (+).
seguinte:
- tomamos uma pequena caixa triangular de madeira; fazemos
uma série de furos no fundo da caixa, a espaços regulares de
aproximadamente 2 cm;
- pegamos alguns feijões e os colocamos, uma a um, ao lado de
furos alternados;
- molhamos bem a terra e colocamos a caixa em posição inclinada,
conforme o desenho.

Hidrotropismo.

Ao iniciar a germinação, as raízes saem verticalmente da


caixa, em direção ao centro da Terra, devido ao geotropismo
positivo. Ficando expostas ao ar, perdem água, ressecam e
retomam à caixa em busca de água, evidenciando o hidrotropismo
positivo. O processo continua com as raízes saindo da caixa
devido ao geotropismo positivo e a ela voltando devido ao
hidrotropismo positivo.
Essa experimentação deixa muito claro que o geotropismo
refere-se ao movimento orientado pela Terra e relaciona-se com a
força da gravidade, de modo que não tem relação com a terra
(solo).
É interessante observar que, nas condições da
experimentação, o hidrotropismo superou o geotropismo, pois
Geotropismo. tomou-se condição de sobrevivência para a planta. Em raízes
aquáticas, o geotropismo positivo manifesta-se sem nenhuma
Caso a planta mantida na horizontal seja acondicionada a limitação imposta pelo hidrotropismo, pois as raízes estão
um dispositivo giratório que a faça girar ao longo de seu eixo mergulhadas na água.
longitudinal, passará a ocorrer uma distribuição homogênea de
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152 Curso de Biologia
Desenvolvimento dos frutos raiz. Entretanto, cada meristema localizado nas gemas laterais
O crescimento dos frutos é estimulado pela auxina liberada também produz auxinas. Somando as auxinas já produzidas nas
pelas sementes em formação. Pode-se obter frutos gemas laterais com as auxinas recebidas a partir da gema apical,
partenocárpicos (sem sementes) pulverizando-se auxina sobre os níveis de auxinas nas gemas laterais acaba sendo muito
flores não-fecundadas. elevado, o que leva à inibição das mesmas, que entram então em
Agricultura e fruticultura dormência.
Além das auxinas naturais, como é o caso do AIA, e Esse efeito das gemas laterais serem inibidas pela ação
auxinas artificiais, como é o caso do ANA (ou ácido α-naftaleno- das auxinas produzidas pela gema apical recebe o nome de
acético) e o 2,4-D (ou ácido 2,4-diclorofenóxi-acético). Estas dominância apical. A medida que a planta cresce pela ação da
auxinas têm inúmeras aplicações na prática de agricultura e gema apical caulinar, as gemas laterais mais inferiores, e, portanto,
fruticultura. mais antigas, passam a se localizar cada vez mais distantes da
- Auxinas são aplicadas em estacas para estimular o de- influência da dominância apical, podendo então sair da dormência.
senvolvimento de raízes nas mesmas e facilitar a pega das Saindo da dormência, as gemas laterais ativas podem então
mudas em processos de estaquia. produzir ramos, folhas e flores.
- Auxinas são também aplicadas em caules do tipo tubérculo, como No processo de poda, remove-se a gema apical,
a batata-inglesa, para evitar o brotamento de raízes, o que permitindo a quebra da dormência das gemas laterais, e aumenta
estragaria os mesmos para comercialização em consumo. Assim, a quantidade de ramificações. Além de deter o crescimento em
aumenta-se o tempo de armazenamento da batata. altura da planta e torná-la mais capaz de promover sombreamento,
- Plantas monocotiledôneas são menos sensíveis às auxinas do as ramificações podem gerar uma maior quantidade de flores, e,
que as dicotiledôneas, provavelmente porque estas últimas teriam consequentemente, de frutos.
uma maior eficiência no transporte dessas auxinas: uma Se for colocada sobre a ferida gerada pela poda uma pasta
concentração de auxina que estimula uma monocotiledônea pode de lanolina (material inerte) contendo AIA, as gemas laterais
já ser suficiente para inibir a dicotiledônea. Assim, auxinas como a continuarão dormentes, como se a gema apical continuasse
2,4-D são usadas como herbicidas seletivos em plantações de presente. Usando-se a pasta de lanolina sem AIA, as gemas
monocotiledôneas para impedir o desenvolvimento de ervas laterais saem da dormência, comprovando que a dominância apical
daninhas dicotiledôneas que concorreriam com a plantação é resultante da ação das auxinas.
pelos nutrientes e água do solo.
- Auxinas como o ANA são utilizadas para estimular a floração 2. Giberelinas
em algumas plantas como as bromeliáceas, que possuem Em 1926, o cientista japonês E. Kurosawa descobriu uma
representantes de utilidade na alimentação humana como é o caso doença em plantas de arroz causada por um fungo do gênero
do abacaxi. Gibberella fujikoroi. Quando plantas jovens eram atacadas por
- Auxinas induzem à partenocarpia em flores, ou seja, promove o esse fungo, tornava-se anormalmente altas. Após alguns anos de
desenvolvimento do ovário em fruto mesmo que não haja investigação, os cientistas japoneses descobriram que esse
fecundação do óvulo, o que forma frutos sem sementes (o ovário crescimento anormal das plantas doentes era induzido por uma
forma o fruto mas o óvulo não é fecundado para formar a substância liberada pelo fungo, que foi denominada giberelina.
semente). Dessa maneira, pode-se obter uvas, melancias e Estudos posteriores mostraram que substâncias semelhantes às
tomates, dentre outras frutas, sem sementes. produzidas pelo fungo Gibberella estão presentes normalmente
- Auxinas inibem a senescência e abscisão de folhas e frutos, nas plantas, onde controlam diversas funções. O crescimento
pois bloqueiam a síntese de etileno, o que permite que se anormal das plantas doentes era causado por uma quantidade
mantenham os frutos por mais tempo nas árvores sem que caiam, excessiva de giberelina liberada pelo fungo. O principal exemplo de
até que estejam prontos para a colheita (se os frutos caíssem, giberelina é o ácido giberélico ou GA3.
estragariam e não poderiam ser comercializados). O mecanismo As giberelinas são hormônios produzidos em meristemas,
de ação do etileno será analisado mais a frente. sementes, frutos, raízes e brotos foliares. O transporte de
- O agente laranja, um produto desfolhante utilizado como arma giberelinas ocorre, provavelmente, pelo xilema da planta.
química pelas tropas norte-americanas na guerra do Vietnã, é uma As giberelinas atuam estimulando o crescimento de caules
mistura de ésteres butíricos do 2,4-D e do ácido 2,4,5- e folhas, mas têm pouco efeito sobre o crescimento das raízes. A
triclorofenoxiacético (2,4,5-T), outra auxina sintética. O agente ação das giberelinas está basicamente na elongação celular, por
laranja contém um contaminante do 2,4,5T, a dioxina 2,3,7,8- estimular o aumento da entrada de água na célula vegetal. Assim,
TCDD, que é tóxica para animais e pessoas, além de ser a aplicação de giberelina não aumenta significativamente o peso
provavelmente cancerígena, a dioxina causa lesão severa da pele seco da planta (matéria orgânica no vegetal), mas aumenta a
da cabeça e da porção superior do corpo. Por esse motivo, a massa total e o tamanho da mesma. Plantas anãs tratadas com
produção do 2,4,5-T foi proibida nos EUA. giberelinas passam a ter crescimento normal.
Juntamente com as auxinas, as giberelinas produzidas por
Dominância apical induzida por auxinas sementes atuam no desenvolvimento dos frutos. Misturas
A principal região da planta que produz auxinas é o desses dois hormônios têm sido utilizadas na produção de frutos
meristema apical caulinar. Essas auxinas, como já mencionado, partenocárpicos (sem sementes).
são transportadas de maneira polarizada do ápice caulinar para a
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Curso de Biologia 153

As giberelinas desempenham, junto com as citocininas, diferenciam, formando uma massa de células denominada calo. Se
importante papel no processo de germinação das sementes. A a concentração de auxina for maior que a de citocinina, o calo
absorção de água pelas sementes, embebição, faz com que o forma raízes. Se, por outro lado, a concentração de citocinina for
embrião nela contido libere giberelina. Com isso a semente sai do maior que a de auxina, o calo forma brotos, que podem formar
estado de dormência e inicia o desenvolvimento. As giberelinas ramos, folhas e flores.
liberadas pelo embrião estimulam a produção de enzimas que [auxinas] = [citocininas] calos
degradam amido a açúcares simples e nutrem o embrião. [auxinas] > [citocininas] raízes
[auxinas] < [citocininas] brotos: ramos, folha e flores
3. Citocininas Com altas concentrações de auxinas, inibe-se a atividade
Uma terceira classe de hormônios vegetais é a das de gemas, deixando as citocininas livres para estimular a formação
citocininas, assim chamadas porque estimulam a divisão celular de raízes; com baixas concentrações de auxinas, as gemas
(citocinese). A principal citocinina é a cinetina. Outro exemplo é a laterais podem se tornar ativas, gerando ramos, folhas e flores.
zeatina.
As citocininas são produzidas nas raízes e transportadas 4. Ácido Abcísico (ABA)
provavelmente através do xilema para todas as partes da planta. O ácido abcísico (ABA) recebeu esse nome por se atribuir
Sementes e frutos também devem produzir citocininas. a ele a abscisão, ou seja, a queda de folhas, flores e frutos. Apesar
Citocininas mantêm a atividade de divisão celular nas de hoje se saber que é o etileno o responsável por essa atividade,
plantas, retardando seu. Diz-se que elas inibem a senescência o nome foi mantido.
das mesmas. Aplicando-se citocininas à água de vasos de plantas, Tudo indica que a produção do ABA ocorra nas folhas, na
flores duram bem mais tempo. Por isso, é prática comum no coifa e no caule, e que seu transporte ocorra pelos vasos
comércio de plantas pulverizar citocininas sobre flores recém- condutores de seiva. A concentração de ABA nas sementes e
colhidas, para retardar seu envelhecimento. frutos é alta, mas ainda não está claro se esse hormônio é
Junto às auxinas, as citocininas atuam no controle da produzido nesses órgãos ou apenas transportado para eles.
dominância apical, tendo os dois hormônios efeitos antagônicos. O ABA é um hormônio inibidor do desenvolvimento
Enquanto as auxinas, transportadas no sentido caule-raiz, induzem vegetal, atuando como um hormônio de estresse: quando a planta
a dormência, as citocininas, transportadas no sentido raiz-caule, é submetida a condições rigorosas, ele é liberado para aumentar
induzem a quebra da dormência das gemas laterais. As gemas as chances de sobrevivência da mesma.
laterais localizadas mais próximas ao ápice caulinar estão sob Durante um inverno rigoroso, em que a água congela, ou
influência principalmente das auxinas, estando dormentes. Já as durante uma seca, em que não há água disponível, a planta corre
gemas laterais mais distantes do ápice caulinar estão sob um sério risco de desidratação, pois não tem como repor a água
influência principalmente das citocininas, estando ativas. Ao perdida. Nessas condições, o ABA induz a dormência na planta.
remover a gema apical do caule, a influência passa a ser somente Outro efeito do ABA é induzir a dormência das sementes
das citocininas, e daí a quebra da dormência das gemas laterais. diante de condições inadequadas para germinar, como a ausência
de água. Em regiões áridas, as sementes de muitas plantas só
Cultura de tecidos para a produção de clones vegetais germinam após serem lavadas pela água de uma chuva, que
De um modo geral, a técnica consiste simplesmente na remove o excesso de ABA e as permite sair da dormência. Uma
inoculação de pequenas partes de um vegetal sadio (como vez que a chuva traz água, as condições para a germinação são
pedaços de raiz, caule ou folha, meristema apical radicular ou agora adequadas.
meristemas caulinares apicais e laterais, pedaços de cotilédones Por fim, diante de condições de estresse hídrico na planta,
ou eixos embrionários, etc) em meio sólido ou líquido, contendo os o ABA é liberado e estimula a difusão de potássio para fora
nutrientes necessários ao desenvolvimento de novas plantas e na das células guarda dos estômatos, o que as torna
incubação desse material em salas especiais, onde se possa plasmolisadas e leva ao fechamento do ostíolo, de modo a
controlar aspectos como temperatura e fotoperíodo. impedir perdas excessivas de água que poderiam levar à morte da
Posteriormente é feita a aclimatação dessas plantas em casas de planta.
vegetação, seguindo-se a transferência para o campo.
O papel das citocininas no desenvolvimento das plantas 5. Etileno (C2H4)
tem sido estudado em culturas de tecidos. Quando um fragmento O etileno é uma substância gasosa produzida em várias
de uma planta, um pedaço de parênquima, por exemplo, é partes da planta e que se distribui, ao que tudo indica, difundindo-
colocado em meio de cultura, contendo todos os nutrientes se nos espaços entre as células.
essenciais à sua sobrevivência, as células podem crescer, mas Os dois principais efeitos do etileno são promover a
não se dividem. Se adicionarmos apenas citocinina a esse meio, abscisão e o amadurecimento dos frutos.
nada acontece, mas, se também colocarmos auxina, as células
O principal hormônio responsável pela abscisão é o etileno.
passam a se dividir e podem se diferenciar em diversos órgãos. O
tipo de órgão que surge em uma cultura de tecidos vegetais Quando a concentração de AIA nas folhas é menor que no caule
depende da relação entre as quantidades de citocinina e auxina (por redução no metabolismo da folha por lesões ou diminuição na
adicionadas ao meio. Quando as concentrações dos dois luminosidade e consequentemente na atividade fotossintética), isso
hormônios são iguais, as células se multiplicam mas não se induz modificações na base do pecíolo, no que virá a ser a zona
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de abscisão, que passa a produzir etileno. Esse hormônio vai decomposição da clorofila e a síntese de outros pigmentos,
estimular a produção de enzimas que enfraquece as paredes resultando numa coloração amarelada ou avermelhada, o
celulares das células da área, bem como estimula a mitose, o amolecimento devido à degradação de componentes da
que por sua vez gerará células pequenas e frágeis. Devido a essa parede celular e o aumento nos níveis de açúcares simples
camada de células frágeis, a chamada zona de abscisão, o pecíolo (sacarose) pela degradação de açúcares complexos (amido).
não aguenta o peso da folha, que cai (abscisão). Este efeito ocorre Há tempos, pensava-se que o calor também tinha este
também em frutos em amadurecimento. A abscisão pode ser então efeito, pois ao colocarem-se frutos em ambientes abafados,
descrita como o resultado da interação de dois hormônios vegetais acelerava-se o seu amadurecimento. No começo do século, vários
principalmente: auxinas e etileno. fruticultores construíram galpões arejados com forte iluminação
Observe que ao aplicarem-se auxinas sobre frutos, geradora de calor para acelerar o amadurecimento de frutos.
mantém-se alta a concentração de auxinas, o que evita a produção Entretanto, verificou-se que este amadurecimento não ocorria.
de etileno e consequentemente a abscisão, dando mais tempo Chegou-se a conclusão então de que não era o calor, e sim o
para a colheita antes que os frutos caiam e se tornem inadequados abafamento, pois impede a volatilização do etileno, este sim o
para o consumo. responsável pelo amadurecimento. Ao colocarem-se os frutos nos
Durante bastante tempo, acreditou-se que o fitormônio galpões quentes, porém arejados, o etileno volatilizava e não se
ácido abcísico (ABA) fosse o principal responsável pelo fenômeno, verificava a aceleração do amadurecimento. Assim, ao se colocar
porém hoje se sabe que isso não é correto, apesar de haver uma bananas em fornos ou embrulhadas em papel para que
certa relação. Quando há estresse hídrico, o ABA é liberado e amadureçam, este efeito se dá pela retenção e consequente
estimula o fechamento estomático, o que impede a entrada de CO2 aumento na concentração do etileno.
para a realização de fotossíntese. Com isso, há uma queda na Baixas concentrações de O2 inibem a síntese de etileno e
produção dos precursores das auxinas, que diminuem de altas concentrações de CO2 inibem o efeito do etileno. Essas suas
concentração. O que leva à queda na concentração de etileno situações, assim como baixas temperaturas, são estratégias
dentro da folha. utilizadas para retardar o amadurecimento.
O etileno além de induzir a abscisão também induz o
amadurecimento de frutos, pois ativa enzimas que promovem a

Quadro resumo dos fitormônios.


Hormônio Principais funções Local de produção Transporte
Auxinas Estimula o alongamento celular; atua no Meristema apical do Células parenquimáticas do floema
fototropismo, no geotropismo, na dominância caule, primórdios e da periferia dos feixes condutores
apical e no desenvolvimento dos frutos. foliares, folhas jovens, flores, de seiva, célula a célula, de modo
frutos e sementes. polarizado
Giberelinas Promove a germinação de sementes e o Meristemas, frutos e Provavelmente através do xilema.
desenvolvimento de brotos; estimula o sementes.
alongamento do caule e das folhas, a floração
e o desenvolvimento de frutos.
Citocininas Estimula as divisões celulares e o Desconhecido; acredita-se Desconhecido; acredita-se que seja
desenvolvimento das gemas; participa da que um dos locais de sua através do xilema.
diferenciação dos tecidos e retarda o produção seja a extremidade
envelhecimento dos órgãos. das raízes.
Ácido Inibe o crescimento; promove a dormência de Folhas, coifa e caule. Provavelmente através dos vasos
Abcísico ou ABA gemas e de sementes; condutores de seiva.
induz o envelhecimento de folhas, flores e
frutos; induz o fechamento dos estômatos.
Etileno Amadurecimento de frutos; atua na abscisão Diversas partes da planta. Difusão através dos espaços entre
das folhas. as células.

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Curso de Biologia 155

Exercícios A) absorção.
B) reprodução.
C) divisão celular.
Questões estilo múltipla escolha D) elongação celular.
E) diferenciação celular.
1. (ENEM) A produção de hormônios vegetais (como a auxina,
ligada ao crescimento vegetal) e sua distribuição pelo organismo 4. (UNIFOR) Considere a relação abaixo:
são fortemente influenciadas por fatores ambientais. Diversos são
I. tropismos; II. tactismos; III. dominância apical; IV. formação de
os estudos que buscam compreender melhor essas influências. O
frutos partenocárpicos.
experimento seguinte integra um desses estudos.
As auxinas participam
A) somente de I, II e III. B) somente de I, II e IV.
C) somente de I, III e IV. D) somente de II, III e IV.
E) de I, II, III e IV.

5. (UNIFOR) A poda, usada em jardinagem, tem como finalidade:


A) Eliminar a gema apical, impedindo a ação de auxinas em toda a
planta.
B) Estimular a produção de auxinas pelas gemas laterais.
C) Diminuir a absorção de nutrientes pela raiz, uma vez que parte
da planta foi eliminada.
D) Eliminar a gema apical, produtora de auxinas.
E) Estimular a produção de giberelinas pelas folhas.
O fato de a planta do experimento crescer na direção horizontal, e
não na vertical, pode ser explicado pelo argumento de que o giro 6. (UNIFOR) Cortaram-se os ápices de dois grupos de coleóptilos
faz com que a auxina se de aveia que, em seguida, foram recolocados como mostram as
A) distribua uniformemente nas faces do caule, estimulando o figuras abaixo.
crescimento de todas elas de forma igual.
B) acumule na face inferior do caule e, por isso, determine um
crescimento maior dessa parte.
C) concentre na extremidade do caule, e, por isso, iniba o
crescimento nessa parte.
D) distribua uniformemente nas faces do caule e, por isso, iniba o
crescimento de todas elas.
E) concentre na face inferior do caule e, por isso, iniba a atividade Se os dois grupos forem colocados em ambiente com luz difusa, I
das gemas laterais. deverá:
A) Crescer verticalmente e II curvar-se-á para a direita.
2. (UNIFOR) Um pesquisador dividiu um lote de plantas jovens em B) Crescer verticalmente e II curvar-se-á para a esquerda.
quatro grupos que foram tratados como segue. C) Curvar-se-á para a direita e II crescerá verticalmente.
Grupo I. As plantas tiveram o ápice coberto com papel à prova de D) Interromper o crescimento e II curvar-se-á para a direita.
luz. E) Interromper o crescimento e II crescerá verticalmente.
Grupo II. As folhas das plantas foram retiradas.
Grupo III. As folhas das plantas foram retiradas e o ápice foi 7. (UNICHRISTUS)
coberto com papel à prova de luz. GRAVITROPISMO VERSUS FOTOTROPISMO – PLANTAS QUE
Grupo IV. Controle: planta íntegra. VIVEM EM AMBIENTES FECHADOS NORMALMENTE
Todas as plantas foram iluminadas unilateralmente. As do grupo IV CRESCEM NA DIREÇÃO DA LUZ, NO ENTANTO, ÁRVORES AO
curvaram-se em direção à fonte de luz. Tiveram o mesmo AR LIVRE CRESCEM VERTICALMENTE, SEM SE INCLINAR NA
comportamento que as plantas do grupo controle somente as de DIREÇÃO DO SOL
A) I. B) II. C) III. Ao germinar no solo, a semente desenvolve um coleóptilo -
D) I e II. E) II e III. elemento tubuloso e oco que reveste e protege o caulículo - que
cresce verticalmente para cima enquanto as raízes se orientam
3. (UNIFOR) Hormônios são substâncias produzidas em pequenas para baixo. Essa resposta originalmente chamada de geotropismo
quantidades em certas partes do organismo e transportadas para por estar mergulhada na Terra (geo), foi alterada por sugestão da
outras, onde agem. São exemplos as auxinas dos vegetais, NASA para gravitropismo por ser a linguagem correta para
produzidas nos ápices das raízes e caules e transportadas para as descrever a resposta de crescimento vegetal estimulada pela força
regiões de da gravidade, e que realmente representa um tropismo. A resposta
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da raiz (dirigida para a ponta do vetor que representa a força 8. (UECE) Os hormônios vegetais são substâncias orgânicas que
gravitacional) é chamada de gravitropismo positivo, enquanto que desempenham importante função na regulação do crescimento,
a resposta do coleóptilo (na direção oposta ao vetor da gravidade) através de respostas fisiológicas específicas. Sobre os fitormônios,
é chamada de gravitropismo negativo. Esses tropismos opostos considere as seguintes afirmativas:
sugerem então uma pergunta: Como cada parte da planta “sabe” I. As giberelinas, produzidas nas raízes e nos brotos foliares,
que deve crescer para cima ou para baixo? estimulam o crescimento de caules e folhas.
II. As citocininas, em conjunto com as auxinas, atuam no controle
da dominância apical.
III. O etileno, gás produzido em diversas partes do vegetal,
encontra-se associado ao amadurecimento dos frutos.
IV. O ácido abcísico é produzido nas folhas, na coifa radicular e no
caule e promove, em conjunto com outros hormônios, o
crescimento vegetal.
São corretas:
Extraído de http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/gravitropismo_versus_fototropismo.html, em A) apenas I, II e III. B) apenas I e II.
20 de outubro de 2010. C) apenas II e III. D) I, II, III e IV.

O responsável por essa decisão é: 9. (UECE) O crescimento e o desenvolvimento das plantas são
A) a auxina, pois a concentração desse hormônio vegetal é controlados por interações existentes entre fatores ambientais,
diferente nas duas metades superior e inferior de mudas de plantas como luz, temperatura, água e hormônios vegetais. Com base nos
orientadas horizontalmente. Tanto a raiz como o coleóptilo contêm efeitos destes fitormônios, assinale a alternativa verdadeira.
maior quantidade de auxina nas metades inferiores e A) A auxina é o hormônio responsável pelo crescimento das
concentrações mais baixas nas metades superiores. Essas plantas e, portanto, sua atividade independe da sua concentração.
diferenças nos níveis hormonais produzem estímulos diferenciados B) O ácido abcísico é produzido apenas nas folhas e é responsável
no coleóptilo, curvando-o para cima, e na raiz, que se curva para pelo crescimento vegetal em condições ambientais adversas.
baixo. C) As citocininas são produzidas nas raízes e distribuídas por todo
B) a auxina, pois a concentração desse hormônio vegetal é igual o vegetal através do xilema, retardando o envelhecimento das
nas duas metades superior e inferior de mudas de plantas plantas.
orientadas horizontalmente. Tanto a raiz como o coleóptilo contêm D) As giberelinas são as responsáveis exclusivas pelo processo de
a mesma quantidade de auxina nas metades inferiores e germinação, sendo sua produção estimulada através da absorção
superiores. Essa igualdade nos níveis hormonais produz estímulos de água pelas sementes.
diferenciados no coleóptilo, curvando-o para cima, e na raiz, que
se curva para baixo. 10. (UECE) Dentre os hormônios vegetais, marque a opção que
C) a giberelina, pois a concentração desse hormônio vegetal é contém aquele que é liberado pelo embrião para nutri-lo,
diferente nas duas metades superior e inferior de mudas de plantas estimulando a produção de enzimas que degradam o amido em
orientadas horizontalmente. Tanto a raiz como o coleóptilo contêm açúcares simples:
maior quantidade de auxina nas metades inferiores e A) Citocininas. B) Auxinas.
concentrações mais baixas nas metades superiores. Essas C) Etileno. D) Giberelinas.
diferenças nos níveis hormonais produzem estímulos diferenciados
no coleóptilo, curvando-o para cima, e na raiz, que se curva para 11. (FACID) A humanidade tem aproveitado a grande capacidade
baixo. de regeneração das plantas para propagá-las assexuadamente.
D) a auxina, pois a concentração desse hormônio vegetal é Uma forma comum de propagação, muito utilizada por agricultores
diferente nas duas metades superior e inferior de mudas de plantas e jardineiros, consiste em utilizar um pedaço de caule retirado de
orientadas horizontalmente. Tanto a raiz como o coleóptilo contêm uma planta adulta que, em certos casos, pode ser plantado no solo
menor quantidade de auxina nas metades inferiores e ou deixado por um período mergulhado em água, até formar
concentrações mais altas nas metades superiores. Essas raízes. Roseiras, por exemplo, são quase sempre multiplicadas
diferenças nos níveis hormonais produzem estímulos diferenciados através desse processo. No tocante ao assunto abordado no texto
no coleóptilo, curvando-o para cima, e na raiz, que se curva para acima, podemos afirmar que
baixo. A) o método de reprodução citado é a mergulhia, e as raízes
E) a citocinina, pois a concentração desse hormônio vegetal é surgem quando a concentração de auxinas supera a concentração
diferente nas duas metades superior e inferior de mudas de plantas de citocininas.
orientadas horizontalmente. Tanto a raiz como o coleóptilo contêm B) o método citado é a alporquia, e as raízes surgem sempre que a
menor quantidade de auxina nas metades inferiores e concentração de citocininas for inferior à de auxinas.
concentrações mais altas nas metades superiores. Essas C) esse tipo de reprodução é mais conhecido como estaquia, e a
diferenças nos níveis hormonais produzem estímulos diferenciados alta concentração de auxinas em relação à concentração de
no coleóptilo, curvando-o para cima, e na raiz, que se curva para citocininas determina o surgimento de raízes adventícias.
baixo.
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Curso de Biologia 157

D) a reprodução descrita é denominada enxertia e não está I. O fenômeno mostrado é decorrente da atividade das auxinas.
condicionada aos fitormônios, pois um caule adulto tem alta II. A esse fenômeno dá-se o nome genérico de fototropismo.
capacidade de regeneração. III. A planta cresce voltando-se na direção da luz porque esta
E) se a concentração de citocininas aumentar em relação às estimula a produção das auxinas.
auxinas, ocorre a estaquia, pois as raízes adventícias deverão Assinale:
surgir a partir de tecidos primários. A) As afirmações I e II estão corretas.
B) Somente a afirmação III está correta.
12. (NOVAFAPI) Sabe-se que os hormônios vegetais são C) As afirmações I e III estão corretas.
substâncias orgânicas, simples ou complexas; que atuam em D) As afirmações II e III estão corretas.
baixíssimas concentrações; que estimulam, inibem ou modificam,
de algum modo, processos fisiológicos específicos; e que atuam à 15. (UNINASSAU) A caatinga nordestina é um ecossistema
distância, ou não, do seu local de síntese. Associe a segunda tipicamente brasileiro, com flora e fauna típicas. Para se adaptar ao
coluna de acordo com a primeira e assinale a alternativa com a clima quente e seco, as plantas desta região apresentam
sequência correta: adaptações anatômicas e fisiológicas próprias. Uma dessas é a
I. Auxina. (_) Estímulo a divisão e diferenciação perda de folhas com a chegada do período seco. Este fenômeno
II. Giberelina. celular. decorre da ação dos hormônios vegetais e determina o significado
III. Ácido abcísico. (_) Amadurecimento de frutos. do nome caatinga (mata branca). Marque a alternativa a seguir que
IV. Etileno. (_) Germinação de sementes. explica corretamente este fenômeno.
V. Citocinina. (_) Crescimento de caule e raiz. A) A possível explicação está na liberação de ácido abcísico (ABA)
(_) Inibição do crescimento, dormência de pelas raízes, que é conduzido pelo xilema até as folhas. O
sementes. aumento da concentração dessa substância nas gemas caulinares
estimula a queda das folhas.
A) V – II – III – IV – I. B) A diminuição da concentração do gás etileno nas folhas provoca
B) V – IV – III – I – II. a formação da camada de abscisão, levando à queda das folhas.
C) V – IV – II – I – III. C) O aumento da temperatura e a diminuição da umidade
D) II – V – I – IV – III. provocam uma concentração excessiva de auxinas nas folhas,
E) II – I – IV – V – III. causando suas quedas.
D) O aumento do ácido abcísico nas folhas determina a formação
13. (UNP) Os hormônios vegetais, ou fitormônios, são substâncias da camada de abscisão em sua base, levando à queda das
orgânicas que atuam como principais reguladores do crescimento. mesmas.
Alguns hormônios são produzidos em um tecido e transportados E) A proximidade do período seco determina uma diminuição da
para outro tecido, em que produzem respostas fisiológicas concentração de auxina nas folhas, levando à formação da
específicas. Outros agem dentro do mesmo tecido no qual são camada de abscisão na base do pecíolo.
produzidos. Dentre esses hormônios, alguns deles promovem a
estimulação do crescimento do caule, principalmente na região do 16. (UERN)
entrenó de plantas jovens mediante a estimulação da divisão e Uma sabedoria popular bastante conhecida é a de embrulhar frutos
elongação celular; também regulam a transição da fase juvenil a verdes em jornal para que eles amadureçam mais depressa. Isso
fase adulta, influenciam a iniciação da floração e a formação de realmente ocorre e a explicação para tal fato está no aumento da
flores unissexuais em algumas espécies, podendo substituir concentração de um hormônio vegetal que possui, entre outras,
estímulos ambientais como luz e temperatura. Regulam o ciclo funções de acelerar o amadurecimento do fruto. Se colocarmos
celular nos meristemas intercalares, produzindo o desenvolvimento frutos maduros junto com frutos verdes haverá, também, uma
e a divisão celular. De qual hormônio está se falando? aceleração no processo de amadurecimento. Outra forma de
A) Citocininas. B) Giberelinas. acelerar o amadurecimento de alguns frutos é colocá-los na
C) Etileno. D) Metionina. presença de carbureto (Carbeto de Cálcio). A reação do carbureto
com a água libera o acetileno, gás inflamável que acelera o
14. (UNP) A figura abaixo ilustra um fenômeno que ocorre com processo de maturação. Os vegetais produzem hormônios que
vegetais. A esse respeito, analise as seguintes afirmações: terão diferentes funções no desenvolvimento e no crescimento
desses organismos. Podemos citar como exemplos de fitormônios
a auxina, a giberelina, a citocinina, o etileno e o ácido abcísico.

Dos hormônios citados anteriormente, o que possui função de


estimular o amadurecimento dos frutos e:
A) Auxina. B) Giberelina.
C) Citocinina. D) Etileno.

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158 Curso de Biologia
17. (FUVEST) Para se obter a ramificação do caule de uma planta, 19. (UNESP) A figura reproduz um experimento em que uma
como a azaleia, por exemplo, deve-se planta colocada em um vaso transparente recebe luz lateralmente,
A) aplicar adubo com alto teor de fosfato na planta, de modo a no caule e nas raízes, conforme indicam as setas. Após alguns
estimular a síntese de clorofila e maior produção de ramos. dias, o caule apresenta-se voltado para a fonte de luz e as raízes
B) aplicar hormônio auxina nas gemas laterais, de modo a encontram-se orientadas em sentido oposto. Isso se deve à ação
estimular o seu desenvolvimento e consequente produção de das auxinas, hormônio vegetal que atua no controle do
ramos. crescimento de caules e raízes, promovendo o alongamento das
C) manter a planta por algum tempo no escuro, de modo a células.
estimular a produção de gás etileno, um indutor de crescimento
caulinar.
D) cortar as pontas das raízes, de modo a evitar seu
desenvolvimento e permitir maior crescimento das outras partes da
planta.
E) cortar as pontas dos ramos, de modo a eliminar as gemas
apicais que produzem hormônios inibidores do desenvolvimento
das gemas laterais. Podemos afirmar corretamente que, no caule, as auxinas
promoveram o crescimento do lado
18. (UNESP) Em uma aula de biologia, a professora pegou três A) não iluminado da planta, enquanto nas raízes promoveram o
sacos de papel permeável e colocou, em cada um deles, um par crescimento do lado iluminado. A inclinação do caule e da raiz
de frutas, segundo a tabela. deve-se à maior concentração de auxina no lado não iluminado da
Saco 1 Saco 2 Saco 3 planta.
Banana verde X X B) iluminado da planta, enquanto nas raízes promoveram o
Mamão verde X X crescimento do lado não iluminado. A inclinação do caule e da raiz
Banana madura X deve-se à maior concentração de auxina no lado iluminado da
Mamão maduro X planta.
C) não iluminado da planta, assim como o fizeram nas raízes. A
inclinação do caule e da raiz deve-se à maior concentração de
auxina no lado iluminado da planta.
D) iluminado da planta, assim como o fizeram nas raízes. A
inclinação do caule e da raiz deve-se à maior concentração de
auxina no lado iluminado da planta.
E) não iluminado da planta, enquanto nas raízes promoveram o
Bananas e mamões, verdes e maduros, como os usados na aula. crescimento do lado iluminado. A inclinação do caule deve-se à
maior concentração de auxina no lado iluminado, enquanto a
Todas as frutas estavam íntegras e com bom aspecto. Cada saco inclinação da raiz deve-se à maior concentração de auxina no lado
foi fechado e mantido em um diferente canto da sala de aula, que não iluminado.
tinha boa ventilação e temperatura em torno de 30ºC. Na semana
seguinte, os sacos foram abertos e os alunos puderam verificar o 20. (UERJ)
grau de maturação das frutas. Pode-se afirmar que, mais “Uma fruta podre no cesto pode estragar todo o resto.”
provavelmente,
O dito popular acima baseia-se no fundamento biológico de que a
A) as frutas maduras dos sacos 2 e 3 haviam apodrecido, e as
liberação de um hormônio volátil pelo fruto mais maduro estimula a
frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 iniciavam, ao mesmo tempo, seus
maturação dos demais frutos. Esse hormônio é denominado de:
processos de maturação.
A) etileno. B) auxina.
B) as frutas verdes dos três sacos haviam amadurecido ao mesmo
C) citocinina. D) giberelina.
tempo e já iniciavam o processo de apodrecimento, enquanto as
frutas maduras dos sacos 2 e 3 já se mostravam totalmente
21. (UERJ) A senescência e queda das folhas de árvores são
apodrecidas.
fenômenos observados com grande intensidade no outono, em
C) as frutas maduras dos sacos 2 e 3 haviam apodrecido, e as
regiões de clima temperado, quando as noites se tornam
frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 continuavam verdes.
progressivamente mais frias e os dias mais curtos. A diminuição da
D) as frutas verdes dos sacos 2 e 3 haviam amadurecido, e as
temperatura e a menor iluminação acarretam as seguintes
frutas verdes do saco 1 estavam em início de maturação.
alterações de níveis hormonais nas folhas:
E) as frutas dos três sacos se encontravam tal como no início do
A) diminuição de auxina e aumento de etileno.
experimento: as frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 ainda estavam
B) aumento de auxina e diminuição de etileno.
verdes e as frutas maduras dos sacos 2 e 3 estavam no mesmo
C) aumento de giberelina e aumento de auxina.
ponto de maturação.
D) diminuição de giberelina e aumento de auxina.

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Curso de Biologia 159

22. (UFV) A figura a seguir representa a espécie 'Mimosa pudica'. 25. (UFC) O gráfico ao lado mostra o resultado de um experimento,
Essa planta, conhecida popularmente como "dormideira", reage ao em que se observa o efeito do aumento na concentração de auxina
toque com o movimento de fechamento das folhas, conforme sobre o crescimento de raízes, gemas e caules e sobre a produção
indicado pela seta. do gás etileno, que também afeta o crescimento vegetal. Através
da análise do gráfico, pode-se concluir corretamente que:

Esse exemplo de reação nas plantas é conhecido como:


A) geotropismo. B) nictinastia.
C) fototropismo. D) sismonastia.
E) tigmotropismo.

23. (UFJF) O malte, um dos componentes mais importantes na A) nos caules, concentrações muito baixas de auxina já
fabricação da cerveja, é produzido durante o processo de apresentam efeito inibitório, quando comparado às raízes e
germinação das sementes de cevada. Qual hormônio vegetal pode gemas.
interferir diretamente no rendimento do processo de produção do B) a extrema sensibilidade das raízes à auxina está correlacionada
malte? ao forte efeito inibitório do etileno sobre o crescimento radicular.
A) auxina. B) citocinina. C) os caules respondem de maneira bastante satisfatória à auxina,
C) giberelina. D) etileno. apresentando um crescimento exponencial com o aumento na
E) ácido abcísico. concentração deste hormônio.
D) a resposta à auxina é similar tanto em caules como em raízes e
24. (UFU) O esquema a seguir mostra o movimento dos folíolos de gemas sendo, todavia, a concentração ótima do hormônio muito
'Mimosa pudica', comumente chamada de "sensitiva" ou menor em caules.
"dormideira", que ao ser tocada reage dobrando os folíolos para E) o crescimento do caule é extremamente inibido por
cima. concentrações de auxina que promovem o alongamento em raízes
e gemas.

26. (UFPI) As plantas possuem a capacidade de responder e fazer


ajustes a uma ampla faixa de alterações em seu ambiente externo.
Essa capacidade é manifestada principalmente nas mudanças dos
padrões de crescimento. Com relação aos principais tipos de
movimentos ou respostas de crescimento aos estímulos externos
nas plantas, é correto afirmar:
A) Gravitropismo é o crescimento para baixo das raízes e do caule,
aparentemente causado pela redistribuição vertical da auxina para
Adaptada de LOPES, S. Bio. São Paulo: Saraiva, v. 2, 2002. o lado superior do caule e da raiz induzida pela gravidade.
Com relação ao movimento dos folíolos desta planta, analise as B) Fototropismo é o crescimento do sistema caulinar em direção à
afirmativas a seguir. luz. Pode ser causado por uma redistribuição lateral da auxina para
I. Os folíolos apresentam geotropismo negativo ao serem tocados. o lado sombreado da estrutura, induzida pela luz.
II. O fechamento dos folíolos é um exemplo de nastismo, ou seja, C) Hidrotropismo é o crescimento de caules em direção a regiões
movimento não orientado, independente da direção do estímulo. de maior potencial hídrico. As células sensoras estão localizadas
III. O toque na planta desencadeia um impulso elétrico, que no ápice caulinar.
provoca a saída de íons potássio das células dos púlvinos, as D) Tigmonastia é o movimento resultante do estímulo mecânico, tal
quais perdem água por osmose. como o fechamento de folhas de plantas sensitivas e carnívoras.
Resulta da mudança de turgor das células do mesofilo foliar.
Assinale a alternativa que apresenta somente afirmativas corretas. E) Nictinastia é o movimento de dormir das folhas, resultante de
A) I, II e III. mudanças de turgor das células vasculares. O fitocromo e o relógio
B) II e III. biológico controlam esse movimento.
C) I e III.
D) I e II.

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160 Curso de Biologia
27. (UESPI) No gráfico, ilustra-se a relação entre a concentração III. A concentração de auxina ótima para o desenvolvimento da raiz
de uma auxina (AIA) sobre a taxa de crescimento em raiz e em é maior do que a concentração ótima para o desenvolvimento do
caule. Com relação ao assunto, analise as proposições abaixo. caule.
IV. A inibição do crescimento de caules e raízes começa a ocorrer,
a partir da concentração ótima de auxina para o desenvolvimento
do caule.
Estão corretas apenas as conclusões
A) I, III e IV. B) I e II. C) I, II e IV.
D) II e IV. E) II, III e IV.

29. (UFG) O proprietário de um viveiro de plantas deseja


incrementar seu lucro com o aumento da produção de mudas
provenientes de brotação. Para tanto, solicitou a orientação de um
especialista que recomendou o tratamento com o hormônio vegetal
1. Para uma mesma concentração, a auxina pode ser ineficaz a um
A) ácido abcísico, para propiciar o fechamento estomático.
dos órgãos.
B) auxina, para promover o enraizamento de estacas.
2. A raiz é mais sensível a menores taxas de auxinas do que o
C) citocinina, para estimular a germinação.
caule.
D) etileno, para intensificar a maturação dos frutos.
3. O caule é mais sensível à ação do AIA.
E) giberelina, para induzir a partenocarpia.
4. Dependendo da concentração, a auxina promove o crescimento
de um órgão e inibe o crescimento de outro.
Está(ão) correta(s): Questões discursivas
A) 1 e 3 apenas.
B) 3 e 4 apenas. 30. (UNICAMP) Sabe-se que uma planta daninha de nome "striga",
C) 2 apenas. com folhas largas e nervuras reticuladas, invasora de culturas de
D) 1, 2, 3 e 4. milho, arroz, cana e de muitas outras espécies de gramíneas na
E) 1, 2 e 4 apenas. Ásia e na África, é a nova dor de cabeça dos técnicos agrícolas no
Brasil. Sabe-se também que algumas auxinas sintéticas são
28. (UFPB) Um estudante de Biologia, realizando experimentos usadas como herbicidas porque são capazes de eliminar
com algaroba, observou o efeito da aplicação de diferentes dicotiledôneas e não agem sobre monocotiledôneas.
concentrações de auxina (ácido indolilacético - AIA) no A) Qual seria o resultado da aplicação de um desses herbicidas no
desenvolvimento de caules e raízes. Os resultados obtidos combate à "striga" invasora em um canavial? E em uma plantação
mostraram que as concentrações abaixo de determinado ponto de tomates? Explique sua resposta.
mínimo são insuficientes para promover o crescimento, enquanto B) Indique uma auxina natural e mencione uma de suas funções na
concentrações acima de determinado ponto máximo inibem o planta.
crescimento.
31. (UNICAMP) Um lote de plântulas de feijão foi mantido em água
destilada (lote A) e um outro em solução contendo giberelina (lote
B). Após 10 dias, os dois lotes apresentavam a mesma massa
seca, mas as plântulas do lote B tinham comprimento duas vezes
maior do que as do lote A. A partir dessas informações, responda:
A) Qual o efeito da giberelina?
B) Você esperaria encontrar diferença entre os dois lotes quanto à
massa fresca? Por quê?

32. (UERJ) Para estudar o tropismo de vegetais, tomou-se uma


Modificado de PAULINO, W. R. Biologia, São Paulo: Ática, 1998. caixa de madeira sem tampa, com fundo constituído por uma tela
Além disso, verificou a existência de uma concentração ótima onde de arame. Sobre a tela, colocou-se uma camada de serragem,
o crescimento é maior. Os resultados obtidos foram representados mantida sempre úmida, e uma camada de terra vegetal. Por cima
no gráfico acima. Em seguida, para discutir com o professor e seus da terra, foram espalhados grãos de feijão. A caixa foi suspensa,
colegas de turma, o estudante elaborou as seguintes conclusões: mantendo-se o fundo na horizontal, sem contato com o solo. As
I. O ponto máximo para desenvolvimento da raiz é mínimo para o raízes dos grãos germinaram, passando pela tela de arame em
desenvolvimento do caule. direção ao solo, mas voltaram a entrar na caixa, através da tela,
II. As concentrações de auxina acima do ponto A inibem o repetindo esse processo à medida que cresciam. Aponte os dois
crescimento da raiz e estimulam o crescimento do caule. mecanismos fisiológicos envolvidos no crescimento das raízes e
descreva a atuação de ambos no processo descrito.

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Curso de Biologia 161

33. (UFPR) Pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma planta cujas


sementes podem ser usadas para a fabricação de biocombustível.
Por isso, cientistas têm estudado formas de maximizar sua
produção. O uso de hormônios vegetais artificiais é uma via de
obtenção de rendimento maior nesses casos. Pesquisadores
testaram a influência de um desses hormônios (Ethrel) na razão
entre flores masculinas e femininas por inflorescência e no
rendimento de sementes por planta. Os resultados encontrados por
eles estão apresentados nos gráficos abaixo. (Et. = Ethrel; ppm =
partes por milhão; g = gramas.)

A) O uso do hormônio Ethrel é uma alternativa viável para


aumentar a produção de biocombustível pelo uso do pinhão-
manso? Justifique sua resposta.
B) Qual a correlação que pode ser estabelecida entre a razão de
flores masculinas e femininas e a produção de sementes nessa
planta?

34. (UFC) A figura a seguir mostra os resultados de um


experimento que compara o crescimento do caule (A) e das raízes
(B) de plantinhas de milho normais (tipo selvagem) e mutantes
(que não produzem ácido abcísico – ABA), transplantadas para
dois tipos de substratos. Um grupo, formado pelos dois tipos de
planta, foi colocado em substrato sob condições de suprimento
hídrico ideal (SH), e outro grupo, também contendo os dois tipos
de planta, foi colocado em substrato sob condições de déficit
hídrico (DH).

Com base na análise dos gráficos acima, responda o que se pede


a seguir.
A) Qual o efeito do ABA no crescimento do caule e da raiz, sob
condições de déficit hídrico?

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162 Curso de Biologia
B) A mudança no crescimento da planta sob condição de déficit por água clama às águas tão distantes.
hídrico, induzida pelo ABA, sugere alterações em dois processos Amiga mão lha traz, exuberante
fisiológicos, envolvidos no balanço hídrico da planta. Que em seu próprio arco-íris engastada,
alterações são essas? e vai, planta por planta desfolhada,
umedecendo o chão, perseverante."
35. (UFC) Em cidades como Fortaleza, que apresenta um grande MAIA, Virgilio. Aguação do Jardim in Palimpsesto & Outros Sonetos. Fortaleza: Edições UFC.
índice de insolação, o pedestre fica sujeito a um grande 2004
desconforto térmico e à exposição a níveis elevados de radiação
ultravioleta, aumentando o perigo de contrair câncer de pele. A A) Qual o fenômeno vegetal que possibilita a sobre vivência, na
arborização urbana, portanto, deveria ser uma prioridade nas estação climática descrita, das plantas citadas no poema?
ações dos poderes públicos e uma preocupação da iniciativa B) Cite os dois principais hormônios vegetais envolvidos nesse
privada e da comunidade em geral. Responda aos itens a seguir, fenômeno.
que abordam alguns aspectos relacionados a esse importante SONETO II
tema. "Estas águas bonitas que setembro
A) Observa-se que a temperatura sob a copa de uma árvore é asperge sobre tenro maturi,
mais baixa que a temperatura embaixo de um telhado que esteja reluzem vegetais quando sorri,
exposto à mesma insolação. Que fenômeno relacionado à planta no brilho dos cajus, airado outubro.
está mais diretamente envolvido com essa diferença observada? Em farfalhantes cores se anuncia
B) De um modo geral, deve-se respeitar o formato natural de cada o fruto, agora já maturescente,
árvore. Porém, às vezes é necessária a realização de podas no cajueiro posto em oferenda"
denominadas de formação/condução, que modificam a arquitetura MAIA, Virgilio. Chuvas do Caju in Palimpsesto & Outros Sonetos. Fortaleza: Edições UFC. 2004
da parte aérea, muitas vezes abrindo a copa.
B.1. Que região dos ramos deve ser cortada para permitir novas C) Qual o fenômeno vegetal indicado na segunda estrofe e qual o
brotações? principal hormônio vegetal envolvido?
B.2. Qual a denominação do fenômeno vegetal que está sendo D) Qual a explicação bioquímica para a alteração na cor do caju?
afetado por essa prática? E) Por que o caju é considerado um pseudofruto?
B.3. Qual o regulador de crescimento mais diretamente envolvido
nesse fenômeno? 37. (UFC) Atualmente, a cultura de células e tecidos está se
C) Galhos com diâmetro superior a 8 cm devem ser preservados tornando uma das técnicas mais utilizadas no melhoramento
por ocasião das podas, pois a cicatrização é mais demorada em vegetal. É a maneira mais eficiente para a obtenção de plantas
galhos muito grossos. A poda de tais galhos permitiria o ataque de livres de vírus (ou bactérias) parasitas. Estes agentes infecciosos
cupins. translocam-se através dos vasos condutores de seiva para toda a
C.1. Que tecido vegetal ficará mais exposto por ocasião da poda e planta. A cultura de meristemas mostrou-se o método mais
se tornará o principal alvo desses insetos? eficiente para a obtenção de plantas sadias nos casos de infecção
C.2. Qual a principal função desse tecido na planta? por vírus. Pergunta-se:
C.3. Qual é o principal tecido responsável pela regeneração da A) De uma maneira geral, no que consiste a técnica de cultura de
casca? tecidos vegetais?
D) Nos projetos de arborização, deve-se priorizar o plantio de B) Qual a explicação para o sucesso da cultura de meristemas no
espécies nativas. Cite o principal aspecto benéfico para a fauna caso específico da infecção por vírus?
local, como consequência dessa prática.
E) Sempre que possível, deve-se evitar a varrição embaixo das 38. (UFPB) Nastismos são movimentos não orientados,
árvores plantadas em bosques e praças. Isso permite a reutilização reversíveis, causados por estímulos externos, independentes de
de folhas e galhos mortos, frutos etc. sua direção, que ocorrem nos vegetais. Estes movimentos são
E.1. Como esses materiais podem ser reaproveitados naturalmente determinados por dois tipos de mecanismos.
pelas próprias plantas? A) Cite dois estímulos que causam estes movimentos.
E.2. Cite um exemplo de organismo que contribui diretamente para B) Explique, em detalhes, como ocorre o mecanismo de variação
esse processo de reaproveitamento. da turgescência (turgor) das células.
Palavras-chave: íons, turgor, água, polaridade, toque
36. (UFC) Leia as estrofes dos dois sonetos a seguir e responda o
que é perguntado. 39. (UFRN) Foram colocadas sementes de aveia para germinar.
SONETO I Em seguida, as plantinhas foram introduzidas em uma rolha
"Dezembro se anuncia estorricante previamente furada, quem fechava um tubo de ensaio contendo
nos ares ressecados. No jardim, água, de modo que a raiz ficava mergulhada. Cada tubo foi preso a
a quietude branca de um jasmim

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Curso de Biologia 163

um suporte, conforme o esquema abaixo, e deixado em repouso, 40. (UNIRIO)


no mínimo, por 6 horas. Em plantas, como em animais, hormônios regulam o
desenvolvimento e o crescimento. Os hormônios são efetivos em
quantidades extremamente pequenas. Os hormônios vegetais são
compostos orgânicos produzidos em uma parte da planta e
transportados para outra, onde eles irão induzir respostas
fisiológicas. Os fitormônios podem ser estimulantes, em uma
determinada concentração, e inibidores, em concentrações
diferentes. Cinco tipos de hormônios vegetais foram identificados:
auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abcísico. Juntos,
eles controlam o crescimento e desenvolvimento vegetal em todos
os estágios de sua vida.
Adaptado - Universidade de São Carlos: biologia.if.sc.usp.br/fisiologia-vegetal.(2005)
A) Qual o principal efeito da associação das citocininas com as
auxinas?
B) Considerando que grande parte das citocininas é produzida nas
raízes, de que modo são transportadas para as demais partes do
vegetal?

1. Com o efeito natural da gravidade, qual a orientação do


crescimento de cada um dos coleóptiles?
2. Qual é e como age a substância que atua nesse fenômeno?

40. (UFRJ) O etileno é um hormônio vegetal gasoso e incolor,


produzido nas folhas, nos tecidos em fase de envelhecimento e
nos frutos, onde determina o seu amadurecimento e sua queda.
Que relação pode ser feita entre a ação do etileno e o hábito,
bastante comum, de se embrulhar em jornal os frutos verdes,
retirados precocemente, para que amadureçam mais rapidamente?

40. (UNIRIO)
O Brasil é um dos três maiores produtores mundiais de frutas, algo
em torno de 39 milhões de toneladas por ano. Não obstante essa
colocação, o Brasil exporta pouco mais de 1% da sua produção de
frutas in natura, ocupando o 20º lugar entre os países
exportadores, segundo dados do Ministério da Agricultura. No
Brasil, produzem-se frutas tropicais e de clima temperado, o que é
decorrência da extensão do território, sua posição geográfica e
suas condições edafoclimáticas.
http://www.global21.com.br
O controle do amadurecimento das frutas armazenadas em
câmaras frigoríficas faz parte do conjunto de procedimentos de
inspeção e controle adotados pelos produtores agrícolas para a
manutenção do alto padrão do fruto exportado. Considere as
seguintes situações:
Situação A – alta concentração de Oxigênio e baixa concentração
de Gás Carbônico;
Situação B – baixa concentração de Oxigênio e alta concentração
de Gás Carbônico.
Com o conhecimento sobre fisiologia dos frutos e baseado nas
situações descritas, determine
A) qual das situações é ideal para o retardamento do
amadurecimento do fruto.
B) qual o fitormônio envolvido neste processo e como este regula o
amadurecimento dos frutos, considerando apenas as
concentrações de CO2 e O2.

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164 Curso de Biologia
a fotoperíodos maiores que seu fotoperíodo crítico, as PDC
AULA 14 – Floração crescem, mas não florescem. Por exemplo, se a PDC tem
fotoperíodo crítico de 15 horas, florescerá com exposições a luz de
Efeito da temperatura: vernalização 15 horas diárias, 14 horas diárias ou menos, e não florescerá com
exposições a luz de 16 horas diárias, 17 horas diárias ou mais. As
Certas plantas só florescem quando previamente PDC florescem no início da primavera ou no outono. São exemplos
submetidas a um período de frio, o que caracteriza um fenômeno plantas como morango, café e orquídea.
conhecido como vernalização. Na natureza, em climas
temperados, o inverno representa o período de vernalização, mas
isso pode ser induzido em laboratório artificialmente, pela
submissão de plantas a baixas temperaturas. O efeito do frio pode
ser revertido através de um processo denominado
desvernalização: expõe a planta a temperaturas em torno de 30°C
e, com isso, a floração é inibida.
O efeito da vernalização é mais comum nas plantas
bianuais ou nas perenes, sendo mais raro nas anuais. Plantas de dia curto que receberam menos luz que seu fotoperíodo
As plantas anuais são aquelas que completam seu ciclo de crítico florescem; plantas de dia curto que receberam mais luz que
vida em um ano, florescendo uma vez e vindo a morrer em seu fotoperíodo crítico não florescem.
seguida. Em algumas espécies de plantas anuais, a floração pode
ser induzida pelo frio durante a germinação das sementes. OBSERVAÇÃO: Como, na verdade, é o período de exposição à
Nas bianuais e nas perenes, o efeito do frio só é sentido escuridão que determina a floração, pode-se argumentar que as
após a formação da planta. PDC florescem quando submetidas a um período de escuridão
As plantas bianuais são aquelas que completam seu maior ou igual que o período de 24 horas subtraído de seu
desenvolvimento vegetativo no primeiro ano e florescem no fotoperíodo crítico. Assim, se a planta é de dia curto e tem
segundo. São as que mais frequentemente requerem um fotoperíodo crítico de 15 horas, ela florescerá com períodos de
tratamento de frio para a floração. Se mantidas em estufas, vivem iluminação de 15 horas ou menos, ou seja, com períodos de
vegetativamente por vários anos e não formam flores. escuridão de 9 horas ou mais (24h – 15h = 9h).
As plantas perenes têm longa vida vegetativa, florescendo
várias vezes ao longo de sua existência. Muitas delas precisam ser As plantas de dias longos (PDL) florescem quando
estimuladas pelo frio para florescer a cada ano. submetidas a um período de iluminação igual ou maior que seu
fotoperíodo crítico, que varia de 12 a 16 horas de iluminação por
Efeito da luz: fotoperiodismo dia. Assim, quando expostas a fotoperíodos maiores que seu
fotoperíodo crítico, as PDL florescem, e quando expostas a
Ao longo das estações do ano, existem variações na fotoperíodos menores que seu fotoperíodo crítico, as PDL
duração do dia e da noite. No verão, os dias são mais longos e as crescem, mas não florescem. Por exemplo, se a PDL tem
noites mais curtas, e no inverno ocorre o inverso. Isso permite a fotoperíodo crítico de 15 horas, florescerá com exposições a luz de
planta identificar, pela luminosidade, a adequada época para a 15 horas diárias, 16 horas diárias ou mais, e não florescerá com
floração. Dá-se o nome de fotoperiodismo à resposta biológica às exposições a luz de 14 horas diárias, 13 horas diárias ou menos.
proporções relativas entre períodos de luz e escuridão, num ciclo São exemplos plantas como espinafre, aveia, trigo e cevada. As
de 24 horas. Esse fenômeno controla o ritmo circadiano (relógio PDL florescem no verão.
biológico) na planta, controlando o processo de floração.
O fotoperiodismo promovendo a regulação da floração foi
descoberto pelos cientistas Garner e Allard em 1918. Esses
pesquisadores associaram a floração ao comprimento do dia, que
denominaram fotoperíodo. Eles classificaram as plantas em três
categorias principais: plantas neutras ou indiferentes, plantas
de dias curtos (PDC) e plantas de dias longos (PDL).
As plantas neutras ou indiferentes florescem
independentemente do comprimento do dia. É o caso do tomate,
do feijão e do milho. Plantas de dia longo que receberam menos luz que seu
As plantas de dias curtos (PDC) florescem quando fotoperíodo crítico não florescem; plantas de dia longo que
submetidas a um período de iluminação igual ou menor que um receberam mais luz que seu fotoperíodo crítico florescem.
determinado período de iluminação denominado de fotoperíodo
crítico, que varia de 8 a 15 horas de iluminação por dia. Assim, OBSERVAÇÃO: Como já dito, como é o período de exposição à
quando expostas a fotoperíodos (regimes de iluminação) menores escuridão que determina a floração, pode-se argumentar que as
que seu fotoperíodo crítico, as PDC florescem, e quando expostas PDL florescem quando submetidas a um período de escuridão

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Curso de Biologia 165

menor ou igual que o período de 24 horas subtraído de seu


fotoperíodo crítico. Assim, se a planta é de dia longo e tem
fotoperíodo crítico de 15 horas, ela florescerá com períodos de
iluminação de 15 horas ou mais, ou seja, com períodos de
escuridão de 9 horas ou menos (24h – 15h = 9h).

O fotoperíodo crítico é um valor que varia de espécie para


espécie, mas que é constante para uma mesma espécie. Note que
não é possível identificar se a planta é de dias curtos ou de dias
longos somente sabendo seu fotoperíodo crítico: é necessário
saber se ela floresce com menos luz ou mais luz que seu
fotoperíodo crítico, caso das PDC e das PDL respectivamente.

Ação dos fitocromos no fotoperiodismo


O pigmento fotorreceptor envolvido no fotoperiodismo é o
fitocromo, já descrito na aula sobre germinação de sementes. Ele é
uma proteína de cor azul esverdeada, localizado em membranas
de várias organelas (mas não dos plastos) e existe em duas
formas interconversíveis, o fitocromo R, inativo, e o fitocromo F,
ativo. O fitocromo R se transforma em fitocromo F ao absorver luz
vermelha de comprimento de onda de 660 nanômetros. O
fitocromo F, por sua vez, transforma-se em fitocromo R ao
Resultado do fotoperiodismo na floração de uma planta de dia absorver luz vermelha longa no comprimento de onda na faixa dos
curto. 730 nm.

A luz solar contém ambos os comprimentos de onda


(vermelho e vermelho-longo). Por isso, durante o dia, as plantas
apresentam as duas formas de fitocromos (R e F), mas como o
comprimento de onda do vermelho curto predomina, há
predominância do fitocromo F. À noite, o fitocromo F, mais instável,
converte-se espontaneamente em fitocromo R. Dependendo da
duração do período de escuridão, essa conversão pode ser total,
de modo que a planta, ao fim de um longo período de escuridão,
Resultado do fotoperiodismo na floração de uma planta de dia pode apresentar apenas fitocromo R.
longo. Nas PDC, o fitocromo F é um inibidor da floração. PDC
florescem em estações do ano de noites longas, porque, durante o
Em 1938, entretanto, dois outros pesquisadores, Hanner e período prolongado de escuridão, o fitocromo F se converte
Bonner, estudando o fotoperiodismo, fizeram uma descoberta espontaneamente no fitocromo R, deixando de inibir a floração (a
inesperada: é o comprimento da noite e não do dia que é crítico conversão de fitocromo F em R é lenta, exigindo longos períodos
para a floração. de escuridão). Uma breve exposição à luz (cerca de 1 a 10
Esses cientistas verificaram que as PDC precisam de uma minutos), é suficiente para impedir a floração das PDC, pois, nesse
noite longa para florescer. Se o período de escuro for interrompido curto período, o fitocromo R é convertido em fitocromo F (a
por até mesmo um minuto de exposição à luz, elas não florescem; conversão do fitocromo R em F é rápida, de modo que um rápido
se houver interrupção no período de luz, entretanto, não há período de luz já a promove), que então inibe a floração.
alteração na floração. As PDL precisam de noites curtas, Nas PDL, o fitocromo F é um indutor de floração. Assim,
florescendo mesmo quando submetidas a noites longas plantas de dia longo só florescem se os períodos de escuridão não
interrompidas pela luz. forem muito prolongados, com noites curtas, de modo que não haja
conversão total de fitocromo F em fitocromo R. Já em estações do
ano em que as noites são longas, as plantas de dia longo não
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166 Curso de Biologia
florescem, porque todo o fitocromo F é convertido em fitocromo R,
que não induz a floração. Uma breve exposição à luz durante uma
Exercícios
noite longa é suficiente para promover a floração das PDL, pois,
nesse curto período, o fitocromo R é convertido em fitocromo F, Questões estilo múltipla escolha
que então estimula a floração.
1. (UNIFOR) O fotoperíodo crítico de uma planta de uma planta é
Hormônios Florígenos de 12 horas. Se ela ficar 7 horas no claro e 17 horas no escuro,
Várias pesquisas sobre floração têm mostrado que os não floresce. Desses dados, pode-se concluir que a planta em
fitocromos localizados nas folhas é que participam da floração. questão é:
Existem fortes indícios de que esses fitocromos, estimulados pelo A) Adaptada à sombra. B) Fotoblástica negativa.
fotoperíodo adequado, desencadeariam a síntese de certos C) Fotoblástica positiva. D) De dia longo.
hormônios, que migrariam das folhas até a gema lateral, através do E) De dia curto.
floema, induzindo a floração. Esses hormônios ainda não foram
identificados, e são genericamente chamados de hormônios da 2. (UNICHRISTUS) Os organismos são influenciados pela
floração ou florígenos. Chailakyan, um fisiologista russo, foi incidência e ausência da luz solar, respondendo à sincronização do
quem primeiro propôs que essa substância translocável tratava-se dia e da noite e, assim, possuem um mecanismo para medir a
do hormônio vegetal da floração e o denominou de florígeno. sazonalidade. Considerando o evento da floração, plantas de dia
Assim, os fitocromos não agem diretamente na floração, curto (PDC) e plantas de dia longo (PDL) foram submetidas a três
mas através da indução da produção de florígenos. A existência diferentes regimes de luz, como representado no esquema.
dos florígenos é questionada, uma vez que nunca foram isolados,
mas há fortes evidências de que existem e são produzidos nas
folhas. Estas evidências são:
Plantas sem folhas não florescem. Como há pigmentos
fitocrômicos mesmo fora das folhas, percebe-se que as folhas têm
um papel fundamental na floração.
Ao colocar-se uma planta no escuro, e direcionar um feixe
de luz sobre uma única folha, ocorrerá florescimento, desde que o
fotoperíodo seja adequado. O que ocorreria seria que a única folha
iluminada produziria os florígenos que levariam à floração.
Ao enxertar-se duas plantas e manter-se as mesmas no
escuro, e então direcionar um feixe de luz sobre uma única folha
de uma delas, ocorrerá florescimento de ambas, desde que o
fotoperíodo seja adequado para a folha iluminada (mesmo que os Com base no esquema e nos seus conhecimentos relacionados ao
fotoperíodos das duas espécies sejam diferentes!). O que ocorreria assunto, analise as proposições a seguir e identifique a incorreta.
neste caso é que a folha iluminada produziria florígenos que A) Nesse fenômeno, o que importa é a duração do período
seriam distribuídos para ambas as plantas. Mesmo que elas contínuo de escuridão em relação ao período de iluminação.
tenham fotoperíodos diferentes, o acionamento na produção de B) Na PDC, o fitocromo F inibe a floração, quando submetida a um
florígenos na folha iluminada levaria as duas a florescerem. período escuro superior ao seu fotoperíodo crítico.
C) Na PDL, o fitocromo F induz a floração, quando submetida a um
período escuro inferior a seu fotoperíodo crítico.
D) A PDC floresce no regime B e a PDL nos regimes A e C,
apenas.
E) A PDC floresce nos regimes B e C e a PDL no regime A,
apenas.

3. (UECE) A biosfera recebe a radiação solar em comprimentos de


onda que variam de 0,3 μm a aproximadamente 3,0 μm. Em média,
Experimentos demonstrando a origem foliar dos hormônios 45% da radiação proveniente do Sol encontra-se dentro de uma
florígenos. faixa espectral de 0,18 μm a 0,71 μm, que é utilizada para a
fotossíntese das plantas (radiação fotossinteticamente ativa, RFA).
Em função da luz solar, pode-se afirmar corretamente que
A) as plantas que crescem sob a sombra, desenvolvem estrutura e
aparência semelhantes às daquelas que crescem sob a luz.
B) a parte aérea das plantas recebe somente a radiação
unidirecional.

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Curso de Biologia 167

C) fotoperiodismo é a resposta da planta ao comprimento relativo Analisando o resultado do experimento, é correto afirmar que a
do dia e da noite e às mudanças neste relacionamento ao longo do planta:
ano. A) é de dia curto e floresce quando exposta a curtos períodos de
D) respostas sazonais em plantas não são possíveis porque os exposição à luz.
organismos vegetais são incapazes de “perceber” o período do ano B) é de dia curto e floresce quando a noite é mais curta do que o
em que se encontram. fotoperíodo crítico.
C) é de dia longo e floresce quando exposta a longos períodos na
4. (UNESP) O professor chamou a atenção dos alunos para o fato ausência de luz.
de que todos os ipês-roxos existentes nas imediações da escola D) é de dia longo e floresce quando a noite é mais longa do que o
floresceram quase que ao mesmo tempo, no início do inverno. Por fotoperíodo crítico.
outro lado, os ipês-amarelos, existentes na mesma área, também
floresceram quase que ao mesmo tempo, porém já próximo ao final 7. (UFMG) Animais, como, por exemplo, a preguiça e algumas
do inverno. Uma possível explicação para este fato é que ipês- espécies de morcegos e pássaros são considerados "jardineiros"
roxos e ipês-amarelos apresentam da floresta, porque seu comportamento alimentar desempenha
A) pontos de compensação fótica diferentes e, provavelmente, são importante papel no desenvolvimento e na preservação das
de espécies diferentes. plantas. Todas as seguintes situações podem ser explicadas a
B) pontos de compensação fótica diferentes, e isto não tem partir desse comportamento, exceto
qualquer relação quanto a serem da mesma espécie ou de A) A distribuição de algumas espécies de plantas numa região.
espécies diferentes. B) A sobrevivência de famílias de plantas dependentes da
C) fotoperiodismos diferentes e, provavelmente, são de espécies polinização animal.
diferentes. C) O efeito da poda nas plantas.
D) fotoperiodismos diferentes, e isto não tem qualquer relação D) O período de floração das plantas.
quanto a serem da mesma espécie ou de espécies diferentes.
E) fototropismos diferentes, e isto não tem qualquer relação quanto 8. (UFMG) Este esquema refere-se a um experimento realizado
a serem da mesma espécie ou de espécies diferentes. para estudar a floração em três plantas da mesma espécie que
foram submetidas ao mesmo tempo de exposição à luz
5. (UNESP) Os moradores de uma determinada cidade sentem-se (fotoperíodo).
orgulhosos pela beleza de suas praças e alamedas. Todos os
anos, em determinado mês, quase todos os ipês da cidade
florescem e as deixam enfeitadas de amarelo e roxo. O
florescimento simultâneo dos ipês é devido ao:
A) fato de todas as árvores terem sido plantadas na mesma época.
B) fato de todas as árvores terem sido plantadas com a mesma
idade ou grau de desenvolvimento.
C) fato de só nessa época do ano haver agentes polinizadores
específicos.
D) fototropismo.
E) fotoperiodismo.

6. (UFV) O esquema abaixo representa um experimento, realizado


com uma espécie de planta, para verificar aspectos relacionados
com sua floração.

Com base nos resultados observados, todas as conclusões são


possíveis, exceto
A) O tratamento fotoperiódico de uma única folha ou de toda a
planta produz o mesmo efeito.
B) A floração da planta depende da retirada de algumas folhas.
C) A planta sem folhas não apresenta fotoperiodismo.
D) A planta intacta floresce após um fotoperíodo adequado.

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9. (UFG)
O mapa mundi abaixo mostra o itinerário da mais importante viagem que modificou os rumos do pensamento biológico, realizada entre 1831 a
1836. Acompanhe o percurso dessa viagem.

Essa viagem foi comandada pelo jovem capitão FitzRoy que tinha na tripulação do navio H. M. S. Beagle outro jovem, o naturalista Charles
Darwin. No dia 27 de dezembro de 1831, o Beagle partiu de Devonport, na Inglaterra, rumo à América do Sul com o objetivo de realizar
levantamento hidrográfico e mensuração cronométrica. Durante cinco anos, o Beagle navegou pelas águas dos continentes e, nesta viagem,
Darwin observou, analisou e obteve diversas informações da natureza por onde passou, o que culminou em várias publicações, sendo a Origem
das Espécies uma das mais divulgadas mundialmente. Contudo, o legado de Darwin é imensurável, pois modificou paradigmas e introduziu uma
nova forma de pensar sobre a vida na Terra. Em 2006, completou-se 170 anos do término desta viagem. A questão de número _ trata de relatos
de Charles Darwin durante a sua estada no Rio de Janeiro, no ano de 1832. Para respondê-la questão, consulte o mapa.

No mês de abril, Darwin observou uma espécie vegetal de dia curto que estava florida, cujo fotoperíodo crítico é de 13 horas. Utilizando como
referência o percurso mostrado no mapa, em qual outra localidade e em qual mês do ano, sob condições naturais, poder-se-ia observar essa
espécie com flores?
A) Terra do Fogo, em janeiro.
B) Ilhas Malvinas, em fevereiro.
C) Ilha Maurício, em maio.
D) Inglaterra, em julho.
E) Arquipélago dos Açores, em agosto.

Questões estilo V ou F Após a aula, o professor montou com seus alunos um experimento
em uma câmara de crescimento submetida à iluminação artificial e
10. (UFPB) Em uma aula de Fisiologia Vegetal, o professor tratou controlada, utilizando plantas