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organismos que vivem em ecossistemas de água salgada e as relações dos mesmos com o
ambiente.[1][2]
Plâncton
Fazem parte do plâncton organismos que ficam à deriva dos movimentos oceânicos. São
classificados em:
Bacterioplâncton (bactérias)
Fitoplâncton (microalgas e sargaços)
Zooplâncton (protozoários e animais - com predomínio para os microscópicos, mas
incluindo algumas espécies de grandes dimensões, como as salpas, urocordados que
podem formar cadeias com mais de um metro de comprimento)
Classificação do plâncton segundo o tamanho dos orifícios da malha das redes
utilizadas para capturá-los [3]:
Um conceito relacionado, embora não formado por organismos vivos é o séston que é o
conjunto das partículas, orgânicas ou não, que se encontram dispersas na coluna de
água e que, para além de poderem constituir alimento para alguns organismos, têm um
papel importante na difusão da luz na água e, portanto, na produção primária.
Microrganismos
A microbiota marinha é importantíssima para a decomposição de matéria orgânica e
para a produção primária em ecossistemas sem luz. A maior parte dos são bactérias e
algas azuis (cianobactérias ou cianofíceas, normalmente incluídas no fitoplâncton).
Fitoplâncton.
Diatomáceas
As diatomáceas são um grande grupo de microalgas (existem mais de 20 000 espécies
conhecidas). A característica principal deste grupo é a frústula siliciosa
(semelhante a uma caixa de Petri). Ocorrem em todos os ambientes, marinho, salobro,
dulcícula e hipersalino e são encontradas em águas tropicais, temperadas e polares,
são planctônicas ou bentônicas. São unicelulares ou formam colônias, com dimensões
que vão desde 2 micrômetros a 2 mm. Se reproduzem por fissão binária, com uma valva
desenvolvendo uma célula filha e servindo como valva maior. Após sucessivas
gerações de divisão celular, o tamanho da célula tende a diminuir; para que a mesma
volte ao tamanho normal, inicia-se a formação do auxósporo, na qual a célula
desprende sua valva siliciosa, formando, consequentemente, uma larga esfera que
está envolta por uma membrana. No interior desta esfera, aparece uma nova frústula
com tamanho máximo, recomeçando um novo ciclo. A reprodução sexuada, quando ocorre
nas diatomáceas cêntricas, é oogâmica, ou seja, com gametas masculinos flagelados.
Já nas penadas, a reprodução é isogâmica, com os gametas masculinos e femininos
aflagelados.
Cianofíceas
As cianobactérias, algas azuis-verdes ou cianofíceas são bactérias, apesar da sua
função fotossintética. Como bactérias, são seres procariontes.
Fitobentos
Macroalgas
As macroalgas são algas multicelulares, com órgãos diferenciados, como as algas
vermelhas e as algas pardas e algumas clorofíceas, como as Ulvas. Elas constitutem
a maior parte do que as pessoas chamam algas marinhas (muitas vezes, as pessoas
chamam algas às ervas marinhas).
Além disso, o zooplâncton pode ser utilizado como indicadores da qualidade da água,
já que esses pequenos organismos respondem rapidamente às modificações do ambiente,
tais como ocorrem quando existe emissão de poluentes químicos e despejo de esgoto.
Resumindo, quando um ambiente recebe uma descarga de óleo ou matéria orgânica,
algumas espécies do zooplâncton perdem boa parte dos indivíduos, reduzindo, desta
forma, suas populações. Em contrapartida, outras espécies são mais resistentes,
ocorrendo nestes casos um aumento de suas populações. Assim, os organismos do
zooplâncton podem ser considerado como excelentes bioindicadores da condição
ambiental de um dado ecossistema. Porém, vale ressaltar cada espécie do zooplâncton
responde diferentemente às alterações do meio, cabendo aos biólogos e demais
pesquisadores correlacionados identificarem quais espécies são as melhores
indicadoras para dado parâmetro (por exemplo: poluição orgânica, produtos químicos,
elevada salinidade, aumento ou redução da acidez da água e outros).
Invertebrados marinhos
Os animais que não possuem notocorda nem coluna vertebral são conhecidos como
invertebrados. Esse grupo é muito grande e inclui animais que apresentam formas e
comportamentos bem diferentes. Eles podem ser encontrados nos mais diversos
ambientes (aquáticos ou terrestres) e podem ser parasitas de plantas ou de outros
animais. Os principais filos de invertebrados são: poríferos, celenterados,
platelmintes, nematódeos, anelídeos, artrópodes, moluscos e equinodermes e todos
estes filos possuem representantes no mar.
Invertebrados bentônicos
Os invertebrados bentônicos são grupos de organismos que habitam diferentes tipos
de substratos de habitats aquáticos. Estes podem ser compostos de fragmentos de
vegetais, sedimentos diversos, macrófitas, algas filamentosas, entre outros. Dentre
os diversos grupos existentes, podemos destacar os moluscos, insetos, nematódeos e
os oligoquetos. Os organismos bentônicos têm sido utilizados como bioindicadores na
avaliação de impactos ambientais provocados pelo mau uso dos recursos naturais do
ambiente. Os animais, plantas, microrganismos e suas complexas interações com o
meio ambiente respondem de maneira diferenciada às modificações da paisagem,
produzindo informações, que não só indicam a presença de poluentes, mas
proporcionam também uma melhor indicação de seu impacto na qualidade dos
ecossistemas (Souza, 2001).
Invertebrados nectônicos
Animais caracterizados por possuir simetria pentarradial e um esqueleto calcário
que lhes protege grande parte do corpo. Além de alguns ossículos esqueléticos
isolados de estrelas-do-mar, muito pequenos e difíceis de encontrar, os fósseis de
equinodermes mais frequentes em Almada correspondem a carapaças de ouriços-do-mar,
das quais é mais habitual encontrar apenas fragmentos dispersos. Conhecem-se várias
espécies no Miocénico do concelho, incluindo algumas formas que viviam
permanentemente enterradas nos sedimentos, bem como outras, por vezes de grandes
dimensões, que habitavam sobre os fundos marinhos. [4]
Peixes
Mamíferos marinhos
Ver artigo principal: Mamífero marinho
Os Mamíferos marinhos habitam primariamente o oceano ou dependem do oceano para
alimentar-se e estão divididos em cinco grupos.
Nesta zona, encontram-se vários ecossistemas diferentes, que são descritos abaixo.
Praias
Uma praia é uma formação geológica consistindo de partículas soltas de rocha tais
como areia, lascas de pedra e conchas de crustáceos e moluscos, ao longo da margem
de um corpo de água.
Como são total ou parcialmente cobertas periodicamente pela água, consequência das
marés ou das flutuações dos caudais dos rios, são habitadas por seres vivos
adaptados a esse tipo de vida. As plantas e algas que aí se desenvolvem são
tipicamente aquáticas, ou próprias de um solo com pouca matéria orgânica. Entre os
animais, são mais comuns os moluscos e crustáceos que escavam suas moradas na
areia, para terem sempre acesso à água.
Planícies de ervas marinhas
As ervas marinhas são plantas que produzem flor adaptadas à vida na água do mar.
Estas plantas encontram-se em muitas praias, principalmente na zona infratidal,
onde estão constantemente submersas, mas acessíveis à luz solar. Têm um importante
papel nos ecossistemas costeiros, não só pela sua produtividade, mas também por
servirem de refúgio a muitos animais bentónicos.
Manguezais ou mangues e marinhas
Os manguezais (também chamados mangues ou mangais) são um ecossistema costeiro
caracterizado por árvores adaptadas à água do mar, com grandes raízes aéreas, os
pneumatóforos. Essas raízes formam uma malha apertada que retém grande quantidade
de sedimentos, tanto orgânicos, como inorgânicos. Por essa razão, o solo é povoado
por uma grande quantidade de microalgas e bactérias, para além de organismos
saprófitos, que alimentam uma abundante meiofauna.
Estuários
Um estuário é a parte de um rio que se encontra em contato com o mar. Por esta
razão, um estuário sofre a influência das marés e possui tipicamente água salobra,
albergando uma abundante fauna de organismos adaptados, tanto a grandes flutuações
da salinidade, como a uma grande dinâmica das águas, tanto pela influência das
marés, como das alterações do caudal do rio ou rios que o alimentam. Entre esses
animais contam-se muitas variedades de peixes, crustáceos e moluscos.
Costões rochosos
Costão rochoso é o nome dado ao ambiente costeiro formado por rochas, situado na
transição entre os meios terrestre e marinho. É considerado muito mais uma extensão
do ambiente marinho que do terrestre, uma vez que a maioria dos organismos que o
habitam, estão relacionados ao mar.
O ecossistema costão rochoso pode ser muito complexo e, normalmente, quanto maior a
complexidade, maior a diversidade de organismos em um determinado ambiente. Para
entendermos tal relação, podemos tomar como modelos dois tipos de costão, um costão
exposto e um costão protegido.
Plataforma continental
Em oceanografia, chama-se plataforma continental à porção dos fundos marinhos que
começa na linha de costa e desce com um declive suave até ao talude continental
(onde o declive é muito mais pronunciado). Em média, a plataforma continental desce
até uma profundidade de 200 metros.
Recifes
recife
Coral
Talude continental
Em oceanografia, chama-se talude continental à porção dos fundos marinhos com
declive muito pronunciado que fica entre a plataforma continental e a margem
continental, onde começam as planícies abissais.
O oceano tem uma profundidade média de cerca de 5 km, o que significa que esta zona
abissal é muito extensa, apesar de ter sido pouco estudada. A pressão hidrostática
aumenta em uma atmosfera a cada 10 metros de profundidade, o que torna o estudo
desta zona muito difícil, sendo necessário o uso de batiscafos, que são submarinos
protegidos especialmente para pressões elevadas. Com estes submarinos e também com
a ajuda de instrumentos acústicos, as ecossondas foram feitas algumas pesquisas que
levaram ao conhecimento de alguns detalhes do fundo dos mares.
O ponto mais profundo dos oceanos foi encontrado na Fossa das Marianas, a leste do
arquipélago das Filipinas, no Oceano Pacífico, com 10.924 m. Outros pontos
especialmente profundos são o Canhão de Monterrey, ao largo da Califórnia, com
cerca de 10.000 m, a Fossa de Porto Rico, com 8.605 m, a Fossa de Java, com 7.450 m
e a de South Sandwich, com 7.235 m.
A estas profundidades, para além da pressão elevada, não penetra a luz e, por isso,
não pode haver fotossíntese. No entanto, existem muitos animais adaptados a estes
fundos, entre peixes, crustáceos e vermes, muitos deles com órgãos luminosos.
Perspectivas
Ultimamente, biólogos marinhos estão tentando completar o mapeamento das criaturas
aquáticas com ajuda de modernas técnicas, que ajudam a exploração do fundo do
oceano, mais precisamente nas depressões aquáticas, onde acreditam encontrar novas
espécies, eventualmente um potencial de grande interesse para as teorias da
evolução.