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Biologia marinha é a especialidade biológica que se encarrega de entender os

organismos que vivem em ecossistemas de água salgada e as relações dos mesmos com o
ambiente.[1][2]

Os oceanos cobrem mais de 71% da superfície da Terra e, assim como o ambiente


terrestre é diverso, os oceanos também são. Por isso encontramos as mais diferentes
formas de vida no mar, desde o plâncton microscópico, incluindo o fitoplâncton, de
enorme importância para a produção primária no ambiente marinho, aos gigantes
cetáceos como as baleias.
Classificação dos organismos marinhos
Geralmente se agrupam os organismos marinhos em função do seu tamanho e hábito de
vida, como segue (resumidamente):

Plâncton
Fazem parte do plâncton organismos que ficam à deriva dos movimentos oceânicos. São
classificados em:

Bacterioplâncton (bactérias)
Fitoplâncton (microalgas e sargaços)
Zooplâncton (protozoários e animais - com predomínio para os microscópicos, mas
incluindo algumas espécies de grandes dimensões, como as salpas, urocordados que
podem formar cadeias com mais de um metro de comprimento)
Classificação do plâncton segundo o tamanho dos orifícios da malha das redes
utilizadas para capturá-los [3]:

Fentoplâncton (0,02 a 0,2 µm)


Picoplâncton (0,2 a 2 µm)
Nanoplâncton (2 a 20 µm)
Microplâncton (20 a 200 µm)
Mesoplâncton(mariana 1)
Macroplâncton (2 a 20 cm)
Megaloplâncton (>20 cm)
Bentos
Fazem parte dos bentos organismos que vivem no substrato, fixos ou não.

Fitobentos (incluindo as macroalgas, algumas microalgas e as ervas marinhas)


Zoobentos
Macrofauna (animais visíveis a olho nu, como a maior parte dos caranguejos, os
equinodermes, algumas espécies de peixes, etc.)
Meiofauna (animais que vivem permanentemente enterrados no sedimento, quer livres,
quer dentro de estruturas por eles construídas)
Microfauna (animais microscópicos que se desenvolvem sobre o substrato)
Nécton
Fazem parte do nécton organismos com boa capacidade natatória, como a maior parte
dos peixes e dos mamíferos marinhos.

Um conceito relacionado, embora não formado por organismos vivos é o séston que é o
conjunto das partículas, orgânicas ou não, que se encontram dispersas na coluna de
água e que, para além de poderem constituir alimento para alguns organismos, têm um
papel importante na difusão da luz na água e, portanto, na produção primária.

Microrganismos
A microbiota marinha é importantíssima para a decomposição de matéria orgânica e
para a produção primária em ecossistemas sem luz. A maior parte dos são bactérias e
algas azuis (cianobactérias ou cianofíceas, normalmente incluídas no fitoplâncton).

As bactérias estão dispersas por todos os oceanos, suportando condições extremas.


Há bactérias quimiossintéticas e decompositoras.
Fitoplâncton
O fitoplâncton é formado por microalgas ou bactérias (cianobactérias ou "algas
azuis) que se encontram na coluna de água. Os organismos do fitoplâncton são a base
da teia alimentar aquática, servindo de alimento ao zooplâncton, ictioplâncton e
outros organismos. São produtores primários (seres autotróficos), que usam a
clorofila para converter a energia solar, sais minerais e dióxido de carbono em
compostos orgânicos. Por necessitar da energia solar para o seu desenvolvimento, o
fitoplâncton vive na zona mais superficial da coluna de água, na zona eufótica.

O fitoplâncton engloba vários grupos distintos de organismos.

Fitoplâncton.
Diatomáceas
As diatomáceas são um grande grupo de microalgas (existem mais de 20 000 espécies
conhecidas). A característica principal deste grupo é a frústula siliciosa
(semelhante a uma caixa de Petri). Ocorrem em todos os ambientes, marinho, salobro,
dulcícula e hipersalino e são encontradas em águas tropicais, temperadas e polares,
são planctônicas ou bentônicas. São unicelulares ou formam colônias, com dimensões
que vão desde 2 micrômetros a 2 mm. Se reproduzem por fissão binária, com uma valva
desenvolvendo uma célula filha e servindo como valva maior. Após sucessivas
gerações de divisão celular, o tamanho da célula tende a diminuir; para que a mesma
volte ao tamanho normal, inicia-se a formação do auxósporo, na qual a célula
desprende sua valva siliciosa, formando, consequentemente, uma larga esfera que
está envolta por uma membrana. No interior desta esfera, aparece uma nova frústula
com tamanho máximo, recomeçando um novo ciclo. A reprodução sexuada, quando ocorre
nas diatomáceas cêntricas, é oogâmica, ou seja, com gametas masculinos flagelados.
Já nas penadas, a reprodução é isogâmica, com os gametas masculinos e femininos
aflagelados.

Cianofíceas
As cianobactérias, algas azuis-verdes ou cianofíceas são bactérias, apesar da sua
função fotossintética. Como bactérias, são seres procariontes.

Fitobentos
Macroalgas
As macroalgas são algas multicelulares, com órgãos diferenciados, como as algas
vermelhas e as algas pardas e algumas clorofíceas, como as Ulvas. Elas constitutem
a maior parte do que as pessoas chamam algas marinhas (muitas vezes, as pessoas
chamam algas às ervas marinhas).

As macroalgas são uma parte importante da cadeia trófica do bentos, fornecendo


ainda refúgio a muitos animais. No entanto,

há algumas espécies que podem ocorrer ao plâncton, como os sargaços encontrados no


mar dos Sargassos.

Algumas espécies de algas marinhas são utilizadas na alimentação, principalmente no


extremo oriente e também nas indústrias alimentar e farmacêutica.
Ervas marinhas
As ervas marinhas são plantas que produzem flor adaptadas à vida na água do mar.
Estas plantas encontram-se em muitas praias e pertencem às famílias Posidoniaceae,
Zosteraceae, Hydrocharitaceae e Cymodoceaceae. Têm um importante papel nos
ecossistemas costeiros, não só pela sua produtividade, mas também por servirem de
refúgio a muitos animais bentónicos.

O nome vulgar provém do fato das suas folhas se assemelharem, embora


superficialmente, com as ervas terrestres da família Poaceae. Por vezes são
confundidas com algas.
Microfitobentos
Protozoários e animais marinhos
Zooplâncton
Ver artigo principal: Zooplâncton
São organismos planctônicos não clorofilados, sendo desconhecidos sob o ponto de
vista de produtividade terrestre como heterótrofos. Compreendem uma infinidade de
formas, tamanhos e cores. Vários grupos estão representados no zooplâncton, desde
formas unicelulares (protozoários), até animais, tais como medusas, moluscos,
crustáceos e peixes (ovos e larvas, também denominados ictioplâncton).[3] O
zooplâncton é importante por desempenhar um papel crucial na transferência da
energia sintetizada pelo fitoplâncton, para animais superiores na teia trófica (ou
teia alimentar) – tais como peixes (por exemplo, atuns e sardinhas) e algumas
baleias, denominadas pelos biólogos planctófagas (comedores de plâncton).

Além disso, o zooplâncton pode ser utilizado como indicadores da qualidade da água,
já que esses pequenos organismos respondem rapidamente às modificações do ambiente,
tais como ocorrem quando existe emissão de poluentes químicos e despejo de esgoto.
Resumindo, quando um ambiente recebe uma descarga de óleo ou matéria orgânica,
algumas espécies do zooplâncton perdem boa parte dos indivíduos, reduzindo, desta
forma, suas populações. Em contrapartida, outras espécies são mais resistentes,
ocorrendo nestes casos um aumento de suas populações. Assim, os organismos do
zooplâncton podem ser considerado como excelentes bioindicadores da condição
ambiental de um dado ecossistema. Porém, vale ressaltar cada espécie do zooplâncton
responde diferentemente às alterações do meio, cabendo aos biólogos e demais
pesquisadores correlacionados identificarem quais espécies são as melhores
indicadoras para dado parâmetro (por exemplo: poluição orgânica, produtos químicos,
elevada salinidade, aumento ou redução da acidez da água e outros).
Invertebrados marinhos
Os animais que não possuem notocorda nem coluna vertebral são conhecidos como
invertebrados. Esse grupo é muito grande e inclui animais que apresentam formas e
comportamentos bem diferentes. Eles podem ser encontrados nos mais diversos
ambientes (aquáticos ou terrestres) e podem ser parasitas de plantas ou de outros
animais. Os principais filos de invertebrados são: poríferos, celenterados,
platelmintes, nematódeos, anelídeos, artrópodes, moluscos e equinodermes e todos
estes filos possuem representantes no mar.

Invertebrados bentônicos
Os invertebrados bentônicos são grupos de organismos que habitam diferentes tipos
de substratos de habitats aquáticos. Estes podem ser compostos de fragmentos de
vegetais, sedimentos diversos, macrófitas, algas filamentosas, entre outros. Dentre
os diversos grupos existentes, podemos destacar os moluscos, insetos, nematódeos e
os oligoquetos. Os organismos bentônicos têm sido utilizados como bioindicadores na
avaliação de impactos ambientais provocados pelo mau uso dos recursos naturais do
ambiente. Os animais, plantas, microrganismos e suas complexas interações com o
meio ambiente respondem de maneira diferenciada às modificações da paisagem,
produzindo informações, que não só indicam a presença de poluentes, mas
proporcionam também uma melhor indicação de seu impacto na qualidade dos
ecossistemas (Souza, 2001).

Invertebrados nectônicos
Animais caracterizados por possuir simetria pentarradial e um esqueleto calcário
que lhes protege grande parte do corpo. Além de alguns ossículos esqueléticos
isolados de estrelas-do-mar, muito pequenos e difíceis de encontrar, os fósseis de
equinodermes mais frequentes em Almada correspondem a carapaças de ouriços-do-mar,
das quais é mais habitual encontrar apenas fragmentos dispersos. Conhecem-se várias
espécies no Miocénico do concelho, incluindo algumas formas que viviam
permanentemente enterradas nos sedimentos, bem como outras, por vezes de grandes
dimensões, que habitavam sobre os fundos marinhos. [4]
Peixes
Mamíferos marinhos
Ver artigo principal: Mamífero marinho
Os Mamíferos marinhos habitam primariamente o oceano ou dependem do oceano para
alimentar-se e estão divididos em cinco grupos.

Ordem Sirenia: peixe-boi, dugongo


Ordem Carnivora
Família Ursidae: urso-polar
Superfamília Pinnipedia: leão-marinho, morsa
Família Mustelidae: lontra-marinha
Ordem Cetacea: baleia, golfinho, marsuíno
Fatores de distribuição de organismos marinhos
Um dos temas de pesquisa mais activos na biologia marinha é a descoberta e o
mapeamento dos ciclos de vida das várias espécies, as zonas onde os seus membros
passam a vida, o modo como as correntes oceânicas os afectam e os efeitos da
miríade de outros factores oceânicos no seu crescimento e bem-estar. Só
recentemente foi possível desenvolver este tipo de trabalho com a ajuda de
tecnologia de GPS e de câmaras subaquáticas.

A maior parte dos organismos marinhos reproduz-se em locais específicos, põe os


ovos noutros locais, passa o seu tempo de juvenil ainda em outros locais e a
maturidade noutros locais ainda. Durante bastante tempo, os cientistas não fizeram
qualquer ideia sobre a localização de muitas espécies durante certos períodos dos
seus ciclos de vida. De facto, as zonas por onde as tartarugas-marinhas viajam
ainda são bastante desconhecidas. Instrumentos de seguimento não funcionam para
algumas formas de vida e os rigores do oceano não são amigos da tecnologia. Mas em
muitos casos, estes factores limitativos estão a ser ultrapassados.
Principais ecossistemas marinhos
Zona costeira
Normalmente considera-se zona costeira, também chamada zona nerítica a que se
encontra sob influência das marés e onde a luz pode penetrar até ao fundo,
promovendo a fotossíntese.

Existem organismos aquáticos, não só na zona que está permanentemente coberta de


água - também conhecida por zona infratidal, ou seja, a que é mais profunda que a
maior maré baixa - mas também na zona intertidal, que pode ficar a descoberto
durante as marés baixas, e na supratidal que nunca é inundada pelas marés, mas que
recebe humidade (ou umidade) da água do mar, através das ondas e por penetração da
água através da areia.
Os organismos que habitam nesta região estão adaptados a estas variações, tanto do
nível de água, como da sua falta durante determinados períodos. Por exemplo, muitos
crustáceos e moluscos que vivem nesta zona são capazes de armazenar água junto das
brânquias, fechando a sua abertura.

Nesta zona, encontram-se vários ecossistemas diferentes, que são descritos abaixo.

Praias
Uma praia é uma formação geológica consistindo de partículas soltas de rocha tais
como areia, lascas de pedra e conchas de crustáceos e moluscos, ao longo da margem
de um corpo de água.

Como são total ou parcialmente cobertas periodicamente pela água, consequência das
marés ou das flutuações dos caudais dos rios, são habitadas por seres vivos
adaptados a esse tipo de vida. As plantas e algas que aí se desenvolvem são
tipicamente aquáticas, ou próprias de um solo com pouca matéria orgânica. Entre os
animais, são mais comuns os moluscos e crustáceos que escavam suas moradas na
areia, para terem sempre acesso à água.
Planícies de ervas marinhas
As ervas marinhas são plantas que produzem flor adaptadas à vida na água do mar.
Estas plantas encontram-se em muitas praias, principalmente na zona infratidal,
onde estão constantemente submersas, mas acessíveis à luz solar. Têm um importante
papel nos ecossistemas costeiros, não só pela sua produtividade, mas também por
servirem de refúgio a muitos animais bentónicos.
Manguezais ou mangues e marinhas
Os manguezais (também chamados mangues ou mangais) são um ecossistema costeiro
caracterizado por árvores adaptadas à água do mar, com grandes raízes aéreas, os
pneumatóforos. Essas raízes formam uma malha apertada que retém grande quantidade
de sedimentos, tanto orgânicos, como inorgânicos. Por essa razão, o solo é povoado
por uma grande quantidade de microalgas e bactérias, para além de organismos
saprófitos, que alimentam uma abundante meiofauna.

Estuários
Um estuário é a parte de um rio que se encontra em contato com o mar. Por esta
razão, um estuário sofre a influência das marés e possui tipicamente água salobra,
albergando uma abundante fauna de organismos adaptados, tanto a grandes flutuações
da salinidade, como a uma grande dinâmica das águas, tanto pela influência das
marés, como das alterações do caudal do rio ou rios que o alimentam. Entre esses
animais contam-se muitas variedades de peixes, crustáceos e moluscos.

Costões rochosos
Costão rochoso é o nome dado ao ambiente costeiro formado por rochas, situado na
transição entre os meios terrestre e marinho. É considerado muito mais uma extensão
do ambiente marinho que do terrestre, uma vez que a maioria dos organismos que o
habitam, estão relacionados ao mar.

No Brasil, suas rochas possuem origem vulcânica e são estruturadas de diversas


maneiras. É um ambiente extremamente heterogêneo: pode ser formado por paredões
verticais bastante uniformes, que estendem-se muitos metros acima e abaixo da
superfície da água ou por matacões de rocha fragmentada de pequena inclinação (ex.
a costa de Ubatuba/SP). No Brasil, pode-se encontrar costões rochosos por quase
toda a costa.Sendo que a maior concentração deste ambiente está na região Sudeste,
onde a costa é bastante recortada.

A partir da observação da fisiografia da costa do Brasil, pode-se estabelecer uma


relação entre a ocorrência de costões rochosos e a proximidade das serras em
relação ao Oceano Atlântico. Tomando como exemplo o Estado de São Paulo, observa-se
que em locais onde a Serra do Mar se elevou próxima ao oceano, ocorre um predomínio
de costões rochosos na interface da terra com o mar (ex. Ubatuba), já em locais
onde a Serra do Mar está muito distante da costa, ocorre o predomínio de manguezal
e restinga (ex. Cananeia). Os costões são, portanto, na maioria das vezes,
extensões das serras rochosas que atingem o fundo do mar.

Costão rochoso na Ilha do Cardoso, Cananéia.


O costão rochoso pode ser modelado por aspectos físicos, químicos e biológicos. Em
relação aos aspectos físicos, a erosão por batimento de ondas, ventos e chuvas, é o
principal, mas a temperatura também possui papel importante na decomposição das
rochas, a longo prazo, através da expansão e contração dos minerais. Os fatores
químicos envolvidos dependem do tipo de rocha que forma o costão, uma vez que
minerais reagem quimicamente com a água do mar (ex. ferro), sendo que estas
relações são reguladas principalmente pelos fatores climáticos. Além destes, temos
o desgaste das rochas que pode ser causado por organismos habitantes ou visitantes
do costão, como ouriços, esponjas e moluscos.

O ecossistema costão rochoso pode ser muito complexo e, normalmente, quanto maior a
complexidade, maior a diversidade de organismos em um determinado ambiente. Para
entendermos tal relação, podemos tomar como modelos dois tipos de costão, um costão
exposto e um costão protegido.

Plataforma continental
Em oceanografia, chama-se plataforma continental à porção dos fundos marinhos que
começa na linha de costa e desce com um declive suave até ao talude continental
(onde o declive é muito mais pronunciado). Em média, a plataforma continental desce
até uma profundidade de 200 metros.

Recifes
recife
Coral
Talude continental
Em oceanografia, chama-se talude continental à porção dos fundos marinhos com
declive muito pronunciado que fica entre a plataforma continental e a margem
continental, onde começam as planícies abissais.

Zona profunda ou abissal


Em geral, consideram-se "águas profundas" aquelas onde já não penetra a luz, mas a
Zona Abissal para os oceanógrafos começa no fundo do talude continental, no que é
considerado como o limite dos continentes. Esta zona é formada por planícies
abissais, fossas abissais e canhões, mas nela se encontram montes submarinos que
podem atingir a profundidade da zona eufótica.

O oceano tem uma profundidade média de cerca de 5 km, o que significa que esta zona
abissal é muito extensa, apesar de ter sido pouco estudada. A pressão hidrostática
aumenta em uma atmosfera a cada 10 metros de profundidade, o que torna o estudo
desta zona muito difícil, sendo necessário o uso de batiscafos, que são submarinos
protegidos especialmente para pressões elevadas. Com estes submarinos e também com
a ajuda de instrumentos acústicos, as ecossondas foram feitas algumas pesquisas que
levaram ao conhecimento de alguns detalhes do fundo dos mares.

O ponto mais profundo dos oceanos foi encontrado na Fossa das Marianas, a leste do
arquipélago das Filipinas, no Oceano Pacífico, com 10.924 m. Outros pontos
especialmente profundos são o Canhão de Monterrey, ao largo da Califórnia, com
cerca de 10.000 m, a Fossa de Porto Rico, com 8.605 m, a Fossa de Java, com 7.450 m
e a de South Sandwich, com 7.235 m.

A estas profundidades, para além da pressão elevada, não penetra a luz e, por isso,
não pode haver fotossíntese. No entanto, existem muitos animais adaptados a estes
fundos, entre peixes, crustáceos e vermes, muitos deles com órgãos luminosos.

Melanocetus johnsonii, peixe típico que habita a zona abissal.


Regiões especiais, que parecem ser "oásis" no meio dum deserto, são as fontes
termais submarinas e o seu oposto, as geleiras submarinas, onde uma série de
compostos químicos são libertados do interior da terra, possibilitando a vida de
numerosos organismos, num ecossistema que se acredita basear-se em bactérias
capazes de metabolizar essas substâncias.

Perspectivas
Ultimamente, biólogos marinhos estão tentando completar o mapeamento das criaturas
aquáticas com ajuda de modernas técnicas, que ajudam a exploração do fundo do
oceano, mais precisamente nas depressões aquáticas, onde acreditam encontrar novas
espécies, eventualmente um potencial de grande interesse para as teorias da
evolução.

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