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DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

FACULDADE DE CIENCIAIS NATURAIS


LICENCIATURA EM OCEANOGRAFIA
DISCÍPLINA: BIOLOGIA E ECOLOGIA
2º ANO

SUMÁRIO: Introdução a Biologia e Ecologia

Contacto Tel.:934333589 Pof. Armando Ndanji


Introdução

BIOLOGIA É A CIÊNCIA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO DA VIDA.


A PALAVRA BIOLOGIA TEM ORIGEM NA GRÉCIA (BIOS = VIDA,
LOGOS = ESTUDO). ASSIM, DESDE UMA ÚNICA CÉLULA ATÉ
GRANDES ANIMAIS, ALI ESTÁ ELA. A ORIGEM, A EVOLUÇÃO,
CONSTITUIÇÃO, FUNCIONAMENTO, E A INTERACÇÕES QUE
EXISTEM E ENVOLVEM OS SERES VIVOS SÃO TAMBÉM ASPECTOS
QUE ELA ABORDA (FACTORES BIÓTICOS).
Objecto de estudo da Biologia

A Biologia estuda todos os tipos de formas de vida, desde a


macroscópica até a microscópica e o seu objecto de estudo
são os seres vivos, como animais, vegetais, fungos,
bactérias e protozoários, as unidades que compõem
(como átomos, moléculas e células), e também a relação
deles com o meio em que vivem e com outros seres.
A sua relação com outras Ciências

 Como é uma ciência bastante ampla, o estudo da Biologia


tende a ser conduzido a partir de subdivisões. Algumas
delas são: Anatomia e Fisiologia, Botânica, Ecologia,
Embriologia, Evolução, Genética, e Zoologia.
O estudo dela é muito importante, pois, ao
compreendermos o funcionamento dos seres vivos,
podemos entender, por exemplo, como evitar e prevenir
doenças.
• Anatomia e Fisiologia: estudam a estrutura e o funcionamento dos
órgãos e sistemas.
• Botânica: responsável pelo estudo dos vegetais.
• Ecologia: estuda as interacções entre os seres vivos, e entre ele e o
ambiente.
• Embriologia: se incube de estudar a formação e o desenvolvimento
do embrião.
• Evolução: responsável pelo estudo das relações de parentesco entre
seres vivos, e as transformações populacionais ao longo do tempo.
• Genética: a ela está a tarefa de estudar as leis de hereditariedade.
• Zoologia: estudo dos animais.
Introdução

A Ecologia é a ciência que estuda o ambiente e os seres


vivos que vivem nele, ou seja, é o estudo científico da
distribuição e abundância dos seres vivos e das interacções
que determinam a sua distribuição. As interações podem ser
entre seres vivos e, ou com o ambiente. A palavra tem
origem no grego "oikos", que significa casa, e "logos",
estudo.
Introdução ao estudo da Ecologia marinha
Pode-se dividir a Ecologia em Ecologia vegetal e animal e
ainda em Ecologia terrestre e Aquática.
O ambiente afecta os seres vivos não só pelo espaço
necessário à sua sobrevivência e reprodução, mas também
às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento,
através do metabolismo. Por essa razão, o ambiente e a
sua qualidade determinam o número de indivíduos e de
espécies que podem viver no mesmo habitat.
Diversos ramos têm surgido utilizando diversas áreas do
conhecimento: Biologia da conservação, Ecologia da
restauração, Ecologia numérica, Ecologia quantitativa,
Ecologia teórica, Macroecologia, Ecofisiologia,
Agroecologia, Ecologia da paisagem.
Objecto de estudo da Ecologia
marinha
A disciplina de Ecologia Marinha estuda, aclara e
fornece conhecimentos encaminhados a preparar
os estudantes para a compreensão cabal de todos
os problemas científicos relacionados com as
várias interacções que se estabelecem entre os
seres vivos no e com o ambiente marinho tendo
em conta os vários aspectos científicos
actualmente estabelecidos, sendo este o seu
objecto de estudo.
Noções básicas de classificação dos
organismos vivos.
O método de classificação actual dos seres vivos foi proposto por
Karl Von Linneé, ou simplesmente Lineu. Ele era médico e
botânico e reuniu os seres vivos em cinco grupos taxonômicos:
reino, classe, ordem, gênero e espécie.
Após a sua classificação, foram acrescentados mais outros dois
grupos: Filo ou Divisão e Família, grupos estes que passaram a
chamar-se como categorias taxonômicas principais.
Noções básicas de classificação dos organismos
vivos.
.../..
As categorias Taxonômicas

A categoria básica é a espécie, que se define como os seres


semelhantes que são capazes de se reproduzir naturalmente
e gerar descendentes férteis.
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
FACULDADE DE CIENCIAIS NATURAIS
LICENCIATURA EM OCEANOGRAFIA
DISCÍPLINA: BIOLOGIA E ECOLOGIA
2º ANO

SUMÁRIO: Classificação dos


organismos marinhos

Contacto Tel.:934333589 Pof. Armando Ndanji


INTRODUÇÃO

 Biologia marinha é a especialidade biológica que se encarrega de


entender os organismos que vivem em ecossistemas de água
salgada e as relações dos mesmos com o ambiente.
 Os oceanos cobrem mais de 71% da superfície da Terra e, assim
como o ambiente terrestre é diverso, os oceanos também são. Por
isso encontramos as mais diferentes formas de vida no mar,
desde o plâncton microscópico, incluindo o fitoplâncton, de
enorme importância para a produção primária no ambiente
marinho, aos gigantes cetáceos como as baleias.
CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS MARINHOS

 Geralmente se agrupam os organismos marinhos em função do seu tamanho e


hábito de vida, como segue (resumidamente):
 Plâncton
 Organismos que ficam à deriva dos movimentos oceânicos. São classificados
em:
 Bacterioplâncton (bactérias)
 Fitoplâncton (microalgas e sargaços)
 Zooplâncton (protozoários e animais - com preponderância para os
microscópicos, mas incluindo algumas espécies de grandes dimensões, como
as salpas, urocordados que podem formar cadeias com mais de um metro de
comprimento)
BACTERIOPLÂNCTON (BACTÉRIAS)
é constituído por organismos do reino Monera, seu tamanho varia entre 0,2 e 2µm. É
composto principalmente por cianobactérias, organismos unicelulares procariotos que se
reproduzem por cissiparidade.

São capazes de realizar fotossíntese, mas com participação muito pequena no processo de
criação da matéria orgânica de origem aquática. A biocenose do bacterioplâncton
assegura alimentação abundantes a certos invertebrados bentônicos micrófagos, ao
mesmo tempo que enriquece o fundo oceânico com nutrientes.
FITOPLÂNCTON (MICROALGAS E SARGAÇOS)

 Possui como característica primária serem organismos autótrofos. Outras informações relevantes sobre o
fitoplâncton: são organismos microscópicos, se reproduzem de forma assexuada, não possuem
movimentos próprio.
 Alguns dos principais táxons de Fitoplâncton: Diatomáceas; Dinoflagelados; Silicoflagelados; Algas
Clorofíceas; Algas Criptofíceas.
 Em relação ao tamanho pode ser dividido em Nanoplâncton e Microfitoplâncton. Assim como qualquer ser
vivo, o Fitoplâncton possui certas necessidades nutricionais ótimas para poder se desenvolver. Dentre os
nutrientes mais importante estão o Nitrogênio, Fósforo e Silício.
ZOOPLÂNCTON (PROTOZOÁRIOS E ANIMAIS)

Formado por organismos que variam de tamanho micro a macroscópico, o zooplâncton corresponde à fração
animal do plâncton, e desempenha um papel crucial nas cadeias alimentares de ecossistemas aquáticos.
 Características
 Carreados por correntes e movimentos d’água, o zooplâncton consiste em animais que apresentam baixo
poder natatório;
 apresentam características corporais que facilitam sua flutuação e minimizam os riscos de predação por
peixes, seu maior predador no ambiente natural;
 O corpo transparente, gosto impalatável;
 O zooplâncton caracteriza-se por altas taxas reprodutivas, e sua abundância e riqueza variam em função
do fitoplâncton, que é utilizado como recurso alimentar pelo zooplâncton através da ingestão de algas e
protistas;
 Desta forma, acredita-se que as migrações verticais diárias realizadas por estes grupos planctônicos
estejam ligadas entre si. O zooplâncton também pode ser influenciado por mudanças na concentração de
nutrientes, temperatura, luminosidade e pela poluição, podendo servir como um indicador biológico da
qualidade do ecossistema.
BENTOS
Bentos
Fazem parte do bentos organismos que vivem no substrato, fixos ou não.
 Fitobentos (incluindo as macroalgas, algumas microalgas e as
ervas marinhas)
 Zoobentos
 Macrofauna (animais visíveis a olho nu, como a maior parte dos
caranguejos, os equinodermes, algumas espécies de peixes, etc.)
 Meiofauna (animais que vivem permanentemente enterrados no
sedimento, quer livres, quer dentro de estruturas por eles construídas)
 Microfauna (animais microscópicos que se desenvolvem sobre o
substrato)
NÉCTON
 Nécton
Fazem parte do nécton organismos com boa capacidade
natatória, como a maior parte dos peixes e dos
mamíferos marinhos.
Ex.: peixes, moluscos, algumas aves aquáticas, anfíbios e
repteis.
 → O ambiente nectônico
Diferentemente do ambiente bentônico, o ambiente
nectônico caracteriza-se por não apresentar nenhum
substrato sólido. Nessa região os organismos se movem no
ambiente aquático sustentados em razão da densidade da
água e suas características anatômicas.
 O nécton pode ser classificado em dois tipos: pelágico e
demersal.
Pelágico: Os organismos do nécton que vivem na coluna de
água e se locomovem nadando nas correntezas e contra elas
são chamados de pelágicos. Como nécton pelágico podemos
citar a baleia.

Demersal: O nécton dermersal é formado por organismos


móveis com capacidade de deslocar contra a correnteza,
porém que vivem próximo ou sobre o fundo do ambiente
aquático. Como exemplo podemos citar o linguado.
ASPECTOS FÍSICOS
QUÍMICOS DO AMBIENTE
MARINHO
 A luminosidade é um importante fator abiótico que atua não somente na produção de
fotossíntese pelos organismos clorofilados, mas também a luz é, para muitas espécies, um
orientador indicativo da presença de predador, dos locais para abrigo, os parceiros sexuais
e as fontes de alimento. o mar absorve rapidamente energia solar, deixando a quantidade
mínima de energia atingir no máximo 220 metros de profundidade.
sendo assim, é possível subdividir a profundidade do mar em três regiões:
 zona eufótica, que recebe luz em maior quantidade;
 zona disfótica , que recebe luz em pouca quantidade;
 e zona afótica, sem luz.
 A temperatura nos oceanos dependem da atividade molecular, podendo ser
variada horizontalmente e também verticalmente. a temperatura tem um
papel fundamental nos ciclos vitais, pois regula a velocidade do
metabolismo. também existem duas variáveis básicas: a radiação solar e a
distribuição de águas e terras. A pressão hidrostática é um fator crucial no
meio aquático, pois determina a distribuição e adaptação morfológica das
espécies.

 A densidade identifica e diferencia as massas de água do oceano. de forma


geral podem ser reconhecidas 5 massas de água diferente: superficial,
superior, intermédia, profunda, e de fundo.
 A salinidade constitui os sais minerais, produtos orgânicos provenientes de outros
organismos e gases disolvidos que formam 3.5% do oceano. A salinidade também é que
delimita o tipo de vegetação costeira que existe em dunas e manguais.

 O pH é um indicador da acidez dos líquidos. As células só conseguem manter o seu


funcionamento normal se o pH não variar muito, pois este afeta as enzimas que são as
responsáveis pelos processos químicos.

 Outros fatores que afetam o pH são: salinidade, temperatura e também a fotossíntese.


Os gases dissolvidos dependem da temperatura: quanto mais baixa for a temperatura,
maior a solubilidade.O oxigênio não encontra-se uniformemente dissolvido na água e
diminui com a profundidade, sendo mais intensa nos primeiros 20 metros. O oxigênio
chega às zonas afóticas transportadas pelas correntes marinhas. o gás carbônico e o
nitrogênio também são de grande importância, pois são matéria prima e alimento para
muitos organismos.
TAREFA

Tema: Classificação taxonómica dos organismos marinhos


Dinâmica de trabalho: grupo de 5 estudantes
Praso de entrega: 02_04
 Plâncton
 Bentos
 Nécton
Objectivo: Estudo detalhado dos táxons de organismos marinhos

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