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Biologia – Algas

Introdução
As algas são organismos pertencentes ao reino Protista, juntamente com os
protozoários. O reino Protista agrupa todos os organismos considerados evolutivamente
inferiores, sem que haja uma descendência evolutiva entre eles, considerado um grupo
polifilético.
Os organismos classificados como algas são seres autótrofos e que podem ser
encontrados em ambientes com a presença de água, como nos oceanos, rios e lagos,
e às vezes até em troncos de árvores onde se associam com outros seres para garantir
a sua sobrevivência.
A ficologia é o ramo da Biologia especializado no estudo das algas.
Características das algas

As algas são organismos autotróficos que faziam parte do Reino Plantae porém
atualmente estão incluídos no Reino Protoctista. As algas são seres uni ou
multicelulares, eucariontes, fotossintetizantes, e que habitam ambientes de água
salgada ou doce.
As algas são seres eucariontes, isto é, possuem envoltório nuclear (carioteca) - que
separa o material genético dos demais componentes celulares, e compartimentalização
interna através das organelas celulares. Além da membrana plasmática, possuem
parede celular formada por celulose ou outras substâncias, como ágar.
Podem ser microscópicos ou macroscópicos, e unicelulares ou pluricelulares.
Porém, não possuem a capacidade de formar tecidos complexos e, embora sejam
fotossintetizantes, são seres avasculares.
São organismos autótrofos, fotossintetizantes e clorofilados (com a clorofila A presente
em todos os indivíduos). São considerados organismos mais primitivos que os vegetais,
não possuindo raiz, caule e folhas verdadeiros.

Importância das algas

As algas desempenham papéis importantes para a manutenção do planeta Terra,


produzindo até 90% de todo oxigênio. Espécies como o plânctonalgas ic atuam na
captura de carbono (C), já as categorias que vivem em ambiente marinho funcionam
como fonte de proteínas e polissacarídeos.

As algas não são venenosas. Algumas espécies, inclusive, são usadas para fins
alimentícios, principalmente em países asiáticos como Japão, China e Coreia. Diversos
alimentos usados na culinária do dia a dia podem conter polissacarídeos de alga
marinhas, como ágar, carragena e alginatos, sendo encontrados em iogurtes,
achocolatados e cerveja preta.
Além do ramo alimentício, a indústria também utiliza muito esses organismos, que
servem de fertilizantes. Nesse quesito, aproveita-se a extração de ficocolóides e de
certos compostos bioquímicos.
O setor da beleza é outra área que aproveita os benefícios das algas. Na Irlanda e
Grã-Bretanha, por exemplo, elas servem como fonte para banhos terapêuticos. Além de
ampla utilização, estuda-se utilizar as algas como biocombustível.

Estrutura das algas

Ao olho nu, as algas lembram plantas marinhas, embora não sejam plantas. Elas
pertencem ao reino Protista pelo fato de serem consideradas inferiores em escala
evolutiva. No geral, a anatomia das algas inclui:
• Fuco, bexiga de ar: órgão que auxilia na flutuação da lâmina.
• Holdfast: estrutura que fornece fixação a um substrato.
• Haptera: extensão que ancora em um substrato bentônico.
• Kelp, float: órgão que auxilia na flutuação entre a lâmina e o stipe.
• Lamina ou lâmina: estrutura achatada, semelhante a uma folha.
• Stipe: estrutura de haste presente em algumas espécies.
• Sorus: cluster de esporos.
• Thallus: corpo de algas.

Habitat das algas

O plâncton é composto por organismos que ficam suspensos na água e engloba seres
fotossintetizantes e pequenos animais. Chamamos de fitoplâncton o grupo formado
por algas planctônicas e cianobactérias. Os animais, como crustáceos e larvas de
insetos, chamamos de zooplâncton. Todos esses seres apresentam características
que permitem a vida no plâncton, como o formato do corpo para a flutuação, necessária
porque eles se locomovem de acordo com a movimentação da corrente de água.
Os fitoplâncton faz o processo fotossintetizante, sendo o principal emissor de oxigênio na
atmosfera, cerca de até 90% dele. Outra importância é que por serem organismos
fotossintetizantes (produtores), os
fitoplâncton formam a base da
cadeia alimentar no ambiente
marinho, servindo de alimento para
os zooplânctons e alguns
animais maiores, algumas
espécies de baleias.
Classificação das algas

Um dos critérios tradicionais de classificação das algas é o tipo de pigmento que pode
ser encontrado nos plastos, assim como a forma e o tamanho dessas estruturas. Os
plastos, nas algas, são organelas membranosas que podem ter vários tipos de
pigmento. O plasto mais comum e conhecido é o cloroplasto, que encerra em seu
interior a clorofila.
O tipo de pigmento que a alga possui é o que vai determinar a sua classificação. Por
causa das diferenças nas estruturas anatômicas, as suas identificações são feitas em
classificações em grupos ou filos.

Pelo processo da fotossíntese elas podem ser eucariontes, com membrana nuclear, e
autótrofos, com capacidade para produzir o próprio alimento.

Estão dividias em seis grupos: Euglenophyta, Chorophyta, Phaeophyta, Rhodophyta,


Chysophyta, Dinophyta.

Dinophyta ou Dinoflagelados
Os dinoflagelados são protistas flagelados, caracterizados principalmente pela
presença de dois flagelos de comprimento desigual. Fazem parte do reino protista e são
seres eucariontes aquáticos, encontrados tanto em ambientes marinhos como de água
doce.
Um dos seus flagelos está no sulco ao redor do corpo e o outro se estende a partir do
centro. Ele também possui uma concha ou película semelhante a uma armadura.
Muitos deles são fotossintéticos.

Os pigmentos presentes são as clorofilas a e c, carotenoides e xantofilas. Aqueles que


não são pigmentados são heterotróficos, atacando outros protozoários.
Outros são mixotróficos, ou seja, um único ser pode ser autótrofo e heterótrofo ao
mesmo tempo. Isso significa dizer que seres mixotróficos podem realizar fotossíntese e
também atacar outros seres vivos. Geralmente outros protozoários.

Classificação dos Dinoflagelados

A classificação desses organismos é complexa porque eles possuem características


que se encaixam tanto no reino animal quanto no vegetal. Dessa forma, algumas
pessoas consideram os dinoflagelados pertencentes ao filo Dinoflagellata, já outras
consideram o filo Dinophyta.

A divisão desse filo para os outros níveis hierárquicos ainda são um pouco incerta, por
isso muitos estudos buscam estudar determinados gêneros. A maioria dos
agrupamentos antigos, listados como classe dos Dinoflagellata ou Dinophyta, não são
considerados grupos verdadeiros. Isto é, eles não possuem um ancestral comum,
então o agrupamento seria apenas para fins didáticos.

Veja a seguir os principais gêneros dos dinoflagelados e as suas características:

• Gymnodinium: microrganismos que não possuem placas de celulose, alguns são


autótrofos e outros são fagótrofos;
• Ceratium: possuem placas de celulose, as tecas, dois flagelos e projeções
semelhantes a chifres. Esses seres se desenvolvem rapidamente quando os níveis de
fósforo na água aumentam, causando um crescimento súbito de espécies que pode
prejudicar a qualidade da água, aumentando os custos do tratamento;
• Noctiluca: são inteiramente fagótrofos, apresentam um longo tentáculo móvel
envolvido na alimentação.

Ciclo de Vida e Reprodução

Geralmente os dinoflagelados possuem células vegetativas haploide (n) e ciclo


de vida curto. Então se reproduzem assexuadamente por meio da divisão celular, quando
as condições ambientais estão favoráveis.

Em condições adversas, ocorre a reprodução sexuada com a fusão de gametas


para formar uma célula diploide (2n). Essa célula sofre o encistamento, ou seja, ficam
sedimentadas no solo e constituem a fase imóvel do ciclo. Quando as condições estão
favoráveis, os cistos saem do solo e voltam a se dividir por meiose para formar novos
organismos haploides adultos.

Evolução

Os cloroplastos de membrana tripla dos dinoflagelados parecem indicar outra forma de


evento endossimbiótico onde eles podem ter ingerido um eucarioto fotossintético.

Outra indicação de possíveis eventos endossimbióticos é a presença de outros


pigmentos de algas como a fucoxantina nos dinoflagelados Karenia ssp.

Os dinoflagelados são seres microscópicos protistas pertencentes ao filo Dinoflagellata


(do grego: dino, rodar + flagellata, contém flagelo). A maioria das espécies possui
flagelos que se movimentam para fazer a locomoção, assim esses organismos se
assemelham à piões rodopiando. Além disso, são seres aquáticos encontrados
nas regiões planctônicas, tanto de ambientes dulcícolas quanto de marinhos.

Características dos Dinoflagelados

Como qualquer outro ser vivo, os dinoflagelados possuem características específicas


em relação a sua morfologia, ciclo de vida, alimentação, etc. Então, veja abaixo mais
detalhes sobre esses microrganismos:

Morfologia e Estrutura Celular

Normalmente, os dinoflagelados são unicelulares biflageladas, com comprimento de 10 a


100 µm (a faixa extrema é de 2 a 2000 µm).

Mesmo para células únicas como essas, é necessário entender a orientação de


uma célula dinoflagelada móvel para descrever a morfologia adequadamente.

O grupo dos dinoflagelados pertencem a um agrupamento maior chamado Alveolata,


caracterizados por possuírem sacos membranosos abaixo da membrana plasmática.
Em algumas espécies, esses sacos possuem uma estrutura rígida de celulose
chamada tecas, que ajudam na flutuação na coluna d’água. A maioria dos
dinoflagelados são unicelulares flagelados, mas há algumas espécies imóveis,
filamentosas, coloniais ou cocoides. Os batimentos dos flagelos para aqueles que o
possuem fazem com que microrganismo gire igual a um pião.

Internamente, esses organismos possuem um núcleo celular grande chamado


dinocarion em que os cromossomos estão condensados, mesmo durante na interfase.
Além disso, algumas espécies possuem cloroplastos, sustentando a teoria de que eles
são derivados de uma alga endossimbiótica.

Alimentação

Uma parte das espécies são seres autótrofos que obtém seu alimento por meio
da fotossíntese. Já a outra parte são heterótrofos e se alimentam de matéria
orgânica dissolvida por meio da osmose ou fagocitose. Algumas espécies se
alimentam das duas formas, por isso são chamadas seres mixotróficos.

Importância Ecológica

Os dinoflagelados são o segundo maior componente do fitoplâncton, ficam atrás


apenas das diatomáceas, então contribuem muito para a produção de oxigênio
disponível na atmosfera. Algumas espécies podem causar o fenômeno da maré
vermelha, florações de tom avermelhado por conta dos carotenoides encontrados no
cloroplasto desses organismos. Isso ocorre por conta do excesso de matéria orgânica
encontrada nos ambientes marinhos provenientes da poluição. As florações liberam
substâncias nocivas que prejudicam todo o ecossistema.

Outras espécies, como as zooxantelas, são simbiontes e vivem associados a outros


invertebrados, como outros protozoários, anêmonas-do-mar, recifes de corais e
bivalves. Existem dinoflagelados que são parasitas e prejudicam outros animais.
Também há espécies bioluminescentes que possuem luciferina e luciferase e formam a
maré iluminada.

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