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INTRODUÇÃO AO REINO
PLANTAE
2
3 UNIDADE 1 – Introdução
5 UNIDADE 2 – O Reino dos Seres Vivos
7 2.1 Monera
7 2.1.1 Bactérias
8 2.1.2 Cianobactérias
9 2.2 Protista
11 2.3 Fungi
SUMÁRIO
13 2.5 Animalia
36 6.2 Dormência
39 UNIDADE 7 – Senescência
41 UNIDADE 8 – Propagação Vegetativa
50 REFERÊNCIAS
3
UNIDADE 1 – Introdução
Reino
Monera Protista Fungi Plantae Animalia
Critério
Tipo de
Procariótica Eucariótica Eucariótica Eucariótica Eucariótica
célula
Núcleo, mito- Núcleo, mito-
Núcleo, mi- Núcleo, mi-
côndria, pare- côndria, sem
Parede tocôndrias, tocôndria,
Organela de celular com cloroplastos
celular cloroplastos cloroplastos e
quitina, sem nem parede
(em alguns) parede celular
cloroplastos celular
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Unicelulares
(maioria) Pluricelulares
Unicelulares Pluricelulares
Organização Pluricelulares Pluricelulares (progressiva
(solitários e (reduzida dife-
celular (alguns) (com tecidos) diferenciação
colônias) renciação)
Solitários e tecidual)
colônias
Autotrofismo
(fotossíntese Autotrofismo
e quimiossín- (fotossíntese)
tese) Autotrofismo
Tipo de Heterotrofis- Heterotrofis-
Heterotrofis- (fotossíntese
nutrição mo (absorção) mo (ingestão)
Heterotrofis- mo (absorção na maioria)
mo e ingestão)
(absorção)
ou colônias multicelulares com quase ne- BENNEMAN, 1990 apud PINOTTI; SEGATO,
nhuma diferenciação. Dentro da definição 1991). Portanto, representam uma fonte
de microalgas incluem-se tanto organis- ainda pouco explorada para uso como pro-
mos procarióticos (algas azuis-verdes, teína unicelular, para a produção de agen-
agora chamadas de cianobactérias) como tes bioativos que possam ter aplicação
organismos eucarióticos (algas verdes, médica, compostos bioquímicos específi-
vermelhas, diatomáceas, dinoflagelados, cos, além de outros propósitos (PINOTTI;
etc) (PINOTTI; SEGATO, 1991). SEGATO, 1991).
ser classificadas em dois grupos: proca- rem similares às dos animais, com os quais
riontes ou eucariontes. A principal dife- o Reino está mais relacionado filogeneti-
rença entre ambos é a existência ou não camente, outras apresentam variações e
de uma organela que contém o DNA da cé- outras ainda, são exclusivas dos fungos.
lula. Quando esta estrutura está presen- Este trabalho se aterá à singularidade de
te, diz-se que a célula possui núcleo e que, suas organelas (MOORE; FRAZER, 2002;
portanto, é uma célula eucariótica. Caso BURNETT, 2003).
contrário, a célula é procariótica e o seu
Os fungos mais conhecidos são os bo-
DNA se encontra mais ou menos livre no
lores, fermentos, lêvedos, orelhas de pau,
citoplasma (BROCK et al., 1994).
mofos e cogumelos. São todos organis-
Microrganismos são organismos que mos eucariontes e heterotróficos. Podem
existem na forma de células livres ou viver livres na água ou no meio terrestre,
como “clusters” (agrupamentos) de célu- onde há predominância de matéria orgâ-
las que somente podem ser observados nica.
mediante o uso de um microscópio. As cé-
Para poderem absorver a matéria or-
lulas microbianas são distintas das células
gânica de que necessitam, os fungos
animais e vegetais porque estas últimas
mantêm três tipos de relacionamentos
são incapazes de sobreviver na natureza
com outros seres vivos: saprofitismo (nu-
a não ser como partes de um organismo
trem-se de restos de seres vivos que eles
multicelular. O reino Fungi é constituído
mesmos decompõem), mutualismo (as-
pelos microrganismos eucarióticos, não
sociação com outro ser onde os dois se
fotossintéticos, que possuem parede ce-
beneficiam) e parasitismo (nutre-se de
lular rígida. Por fim, as leveduras são or-
substâncias orgânicas do corpo de ani-
ganismos unicelulares pertencentes ao
mais ou plantas vivos).
reino Fungi (RETTORI; VOLPE, 1999).
A maioria dos fungos é constituída por
Os fungos, os vegetais e os animais –
filamentos microscópicos denominados
organismos eucariontes – divergiram de
hifas, que em conjunto formam um ema-
um ancestral comum há cerca de 1 x 109
ranhado denominado micélio.
anos. Entretanto, quando se compara
plantas e animais, grupos de indivíduos Os fungos desempenham importantís-
diplóides e de crescimento limitado, aos simo papel na Natureza: são eles que, jun-
fungos, constata-se, ao contrário, que tamente com as bactérias do solo, fazem
estes, em sua maioria, são haplóides e ca- a decomposição de cadáveres de animais
pazes, potencialmente, de crescimento e de plantas. Nesse papel de decomposi-
ilimitado (LOGUERCIO-LEITE ET AL, 2006). tores da cadeia alimentar, eles permitem
a reciclagem dos elementos químicos que
O Reino Fungi está delimitado atual-
constituem a matéria orgânica. Se não
mente com base em certas características
fosse assim, os elementos se esgotariam
peculiares, que incluem aspectos morfo-
para os seres vivos.
lógicos (macroscópico, microscópico e ul-
tramicroscópico), bem como fisiológicos. Os fungos são antigos aliados da huma-
Apesar de muitas estruturas fúngicas se- nidade, utilizados na fermentação do pão
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OS INVERTEBRADOS
Aquáticos, formam
Hidrozoários Hidra e obélia tecidos, mas não for-
mam órgãos.
2. Celentera-
dos Cifozoários Águas-vivas
Possuem cnidoblastos
Corais e
Astozoários
anêmonas
Turbelários Planária
Vermes de corpo
3. Platelmin- achatado dorsoven-
Trematódeos Esquistossomo
tos tralmente. De vida
livre e parasitas
Cestóides Cestóideo
Oligoquetos Minhocas
Vermes anelados.
Vida livre em solos
5. Anelídeos Poliquetos Nereis
úmidos, água doce ou
salgada.
Hirudíneos Sanguessugas
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Anelados, um par de
Centopéias e
Quilópodos patas por anel e com
lacraias
um par de antenas.
Asteróides Estrelas-do-mar
Crinóides Lírio-do-mar
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OS VERTEBRADOS
Esqueleto cartilaginoso.
Peixes Tubarão, cação,
Pecilotérmicos. Marinhos
cartilaginosos raia, quimera.
e dulcículas
por meio das quais ocorrem as trocas gaso- ques formados pelos ancestrais de musgos
sas entre a planta e a atmosfera. Da mesma e samambaias. As plantas com sementes
maneira, as plantas dispensaram a água du- desenvolveram-se neste período e se di-
rante o seu ciclo reprodutivo, uma vez que versificaram no Carbonífero (355 milhões).
seus gametas já não se encontravam num Encontram-se adaptadas ao meio terrestre
ambiente aquático. até os dias atuais (SEIXAS, 2012).
O passo seguinte da evolução foi o sur- fotossíntese, formada pelas folhas. Com o
gimento de plantas que possuíam elemen- passar do tempo, vieram plantas maiores,
tos para o transporte de água (pequenos com flores e frutos.
canais), como as samambaias. Estas plan-
Foram necessários milhões de anos
tas possuem três partes fundamentais: a
para as plantas conquistarem ambientes
raiz (que fixa a planta na terra e absorve
terrestres e tornarem-se maiores e mais
a água e os sais minerais), o caule (que
complexas. Os cientistas concluíram que
possui vasos para conduzir a água e os nu-
a evolução aconteceu desse modo depois
trientes até as folhas), e a parte que faz a
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e reduzem NADP+ NADPH. Nesse transpor- pam os peroxissomos. A perda pela fotorres-
te de elétrons, forma-se um gradiente de piração é evitada, em algumas plantas, por
prótons através da membrana do tilacóide, mecanismos que concentram CO2 nos locais
que é usado para a síntese do ATP no com- de carboxilação dos cloroplastos. Esses me-
plexo CF1. NADPH e ATP formados por essas canismos incluem o ciclo do carbono de plan-
reações fotodependentes fornecem a ener- tas C4 e o metabolismo MAC.
gia para a redução do dióxido de carbono nas
Muitas características vegetais de inte-
reações bioquímicas.
resse econômico são hoje facilmente sele-
Por essas reações, o CO2 atmosférico é cionadas, estudadas e reproduzidas através
fixado em compostos que são convertidos do uso de técnicas modernas. A engenharia
a carboidratos, via ciclo de Calvin. Esse ciclo genética, uma subárea da tecnologia do DNA
envolve uma série de reações que ocorrem recombinante, compreende a transferência
no estroma. Os carboidratos sintetizados de genes de um organismo a outro, originan-
são convertidos em formas armazenáveis de do organismos transgênicos. A inserção de
energia: sacarose e amido, sintetizados no DNA estranho em genomas de plantas pode
citossol e no cloroplasto, respectivamente. ocorrer via DNA de bactérias ou de vírus, via
manipulação mecânica ou por fusão de pro-
A principal enzima que catalisa a fixação
toplastos. O cultivo de células vegetais, cujo
do carbono, a RUBISCO, também age como
genoma contém genes transferidos, pode
oxigenase, desencadeando reações conhe-
regenerar plantas transgênicas (JORDÃO;
cidas como fotorrespiração, que reduzem a
ANDRADE, 2005).
eficiência da fotossíntese e das quais partici-
ao redor da medula, o xilema situado mais hidatódios, que eliminam água na forma
internamente e o floema situado mais líquida. Esse fenômeno, chamado guta-
externamente. Nas monocotiledôneas o ção, pode ser considerado como excre-
xilema e o floema estão espalhados por ção, uma vez que o excesso de água não
todo o caule. desempenha qualquer função na planta
(MORAES, 2010).
Temos ainda os tecidos secretores, os
quais são diversos produtos finais do me-
tabolismo das plantas que ficam arma-
zenados em células ou agrupamentos de
células espalhados pelo vegetal e embora
esses produtos não atuem mais direta-
mente no metabolismo, eles ainda podem
ser úteis à planta.
Na germinação hipógea, como é o caso definitivas raízes que irão formar as raízes
do milho, a semente começa a amolecer-se fasciculadas, típicas das Monocotyledone-
e intumescer-se, por causa da hidratação, ae; há o alongamento do epicótilo, acima da
o que provoca a ruptura do tegumento; a inserção do cotilédone, de modo que este
radícula perfura a coleorriza e, aprofundan- permanece soterrado; a coleóptila desen-
do-se no solo; cobre-se de pelos absorven- volve-se em direção à luz, para cima, dei-
tes; após um pequeno período funcional, xando, posteriormente, as primeiras folhas
atrofia-se, sendo substituída por novas e aparecerem.
Vale lembrar:
Cerca de dois terços das espécies arbóre-
as, possuem algum tipo de dormência, cujo
fenômeno é comum tanto em espécies de
clima temperado (regiões frias), quanto em
plantas de clima tropical e subtropical (re-
giões quentes). O fenômeno de dormência
em sementes advém de uma adaptação da
espécie às condições ambientais que ela
se reproduz, podendo ser de muita ou pou-
ca umidade, incidência direta de luz, baixa
temperatura, entre outros. É, portanto, um
recurso utilizado pelas plantas para germi-
narem na estação mais propícia ao seu de-
senvolvimento, buscando através disto a
perpetuação da espécie (garantia de que
alguns indivíduos se estabeleçam) ou co-
lonização de novas áreas. Portanto, quan-
do nos deparamos com este fenômeno há
necessidade de conhecermos como as es-
pécies superam o estado de dormência em
condições naturais, para que através dele
possamos buscar alternativas para uma
germinação rápida e homogênea.
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UNIDADE 7 – Senescência
Vantagens Desvantagens
Culturas de propagação
vegetativa natural
Batata Citrus
Alho Batata doce Morango Algumas
Aspargo
Cebola Begônia Algumas Framboesa gramíneas
Banana
Lírio Cará gramíneas Jabuticaba
Dália Manga
Processos de enxertia
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taca é um pouco maior do que as herbáce- enraízam por meio de ramos destacados
as: de 15 cm a 20 cm. (estaquia), mas sua aplicação comercial é
pouco restrita, pois o rendimento é muito
As estacas podem ser enraizadas em
baixo e necessita de muita mão de obra. É
canteiros ou caixas para posterior plantio.
de ampla aplicação em arboricultura, mas
As mudas devem estar protegidas sob um
não tão usado em silvicultura (GOMES,
telado ou em uma estufa, a fim de propor-
1987 apud PAIVA; GOMES, 2001).
cionar ambiente adequado de umidade.
Os principais tipos de mergulhia são:
Os telados devem ser usados para pro-
aérea (alporquia) e subterrânea. Na mer-
teger os canteiros. A cobertura de tela
gulhia subterrânea há as modalidades:
deve proporcionar entre 50% a 80% de
simples normal, simples invertida, contí-
sombra.
nua chinesa, contínua serpenteada e mer-
As estufas oferecem condições ideais gulhia de cepa (PAIVA; GOMES, 2001).
para plantas sensíveis. Como são estrutu-
Na prática enterra-se parte de um ramo
ras mais complexas (fechadas nas laterais,
no solo. Depois de algum tempo, dele nas-
com armação metálica ou de madeira, co-
cem raízes e os primeiros ramos. Separa-
bertas por vidros ou plástico branco-fosco
-se esse ramo e planta-se em outro local,
ou telhas de fibra de vidro), possibilitam
surgindo um novo individuo.
o controle da temperatura. Algumas são
dotadas de exaustores, ventiladores, sis- No processo de mergulhia (Figuras
tema automático de irrigação ou nebuli- abaixo), a muda a ser formada só é sepa-
zação para manter as espécies dentro de rada da planta-mãe após ter formado um
determinados limites de temperatura, ge- sistema radicular próprio. A mergulhia de
ralmente 24ºC. cepa é muito utilizada na cultura da ma-
cieira e pereira para obtenção de porta-
-enxertos clonais.
Mergulhia simples normal
MERGULHIA
A mergulhia é um método de propa-
gação vegetativa pelo qual um ramo da
planta é posto a enraizar quando ainda faz
parte dela, não sendo apartado antes de
se completar o seu enraizamento (MAT-
TOS, 1976 apud PAIVA; GOMES, 2001). É
um processo geralmente usado na ob-
tenção de plantas que dificilmente se
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REFERÊNCIAS