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Biologia

Manual do Professor
VOLUME 4
Sumário

FRENTE A

UNIDADE 1
Protozoários: características e parasitologia........................................................................ 3
Capítulo 1 – Protozoários......................................................................................................................................................... 3
Capítulo 2 – Protozooses......................................................................................................................................................... 6

UNIDADE 2
Os primeiros grupos zoológicos............................................................................................. 8
Capítulo 3 – Embriologia e classificação animal.............................................................................................................. 8
Capítulo 4 – Poríferos e cnidários...................................................................................................................................... 11

UNIDADE 3
Vermes: características e parasitologia............................................................................... 14
Capítulo 5 – Platelmintos e nematelmintos..................................................................................................................... 14
Capítulo 6 – Verminoses....................................................................................................................................................... 16

UNIDADE 4
Animais triblásticos e celomados protostomados............................................................. 18
Capítulo 7 – Anelídeos e moluscos................................................................................................................................... 18
Capítulo 8 – Artrópodes........................................................................................................................................................ 20

FRENTE B

UNIDADE 1
Classificação dos seres vivos e vírus................................................................................... 22
Capítulo 1 – Classificação dos seres vivos..................................................................................................................... 22
Capítulo 2 – Vírus e viroses.................................................................................................................................................. 24

UNIDADE 2
Procariontes, fungos e algas................................................................................................. 26
Capítulo 3 – Procariontes e bacterioses.......................................................................................................................... 26
Capítulo 4 – Fungos................................................................................................................................................................ 29
Capítulo 5 - Algas..................................................................................................................................................................... 31
FRENTE A
UNIDADE
Protozoários: características
1 e parasitologia

Na primeira unidade, começamos a apresentar as variedades biológicas da natureza. Fare-


mos uso de inúmeros conceitos de Filogenia e sistemática, apresentados na frente B deste livro.
Portanto, assegure-se de que a turma está compreendendo os termos e sabendo aplicá-los na
frente A.
O primeiro assunto a ser abordado propicia aos estudantes perceberem que a classificação dos
seres vivos ainda está sendo construída e que ela sofre constantes alterações no decorrer
dos anos e dos avanços científicos e tecnológicos. Por essa razão, existem divergências entre os
autores sobre a organização, a origem e a correlação entre alguns dos seres vivos.
Neste livro, procuramos apresentar as concepções antigas e as mais atuais acerca da Filoge-
nia dos seres vivos, principalmente no que diz respeito aos “protistas”.
Comece a aula fazendo as perguntas norteadoras de abertura de unidade e incentivando a
participação da turma. Ainda que não tenham estudado o conteúdo do módulo, os estudantes
apresentam conhecimentos prévios que podem ser trazidos à tona nesse momento.
ɒ Quais características possibilitam diferenciar protozoários de algas?
Apesar de serem considerados protistas, protozoários e algas se diferenciam, principalmente
quanto ao tipo de nutrição, sendo os primeiros heterótrofos e os últimos autótrofos. Além dis-
so, as algas podem ser constituídas por uma ou por várias células que não se organizam em
tecido, enquanto os protozoários são unicelulares.
Se considerar interessante, comente que alguns organismos mixotróficos, como os incluídos
no gênero Euglena, durante muito tempo tiveram uma classificação incerta, pois, além das
formas variadas de nutrição, esses microrganismos se movimentam por flagelos e realizam a
osmorregulação por meio de vacúolo pulsátil (contrátil).
ɒ Onde os protozoários podem ser encontrados?
Protozoários são organismos predominantemente aquáticos, presentes tanto no ambiente
marinho como no de água doce.
ɒ Quais medidas poderiam ser tomadas na tentativa de reduzir o número de casos de doen-
ças causadas por protozoários?
Considerando que protozoários são organismos heterótrofos, é comum que eles apre-
sentem o hábito de vida parasitário. Essa característica associada ao hábitat característi-
co desses organismos possibilita i­nferir que o tratamento de água (saneamento básico)
e os hábitos de higiene pessoal e de higienização dos alimentos consumidos são medidas
que podem reduzir o número de casos de doenças causadas por protozoários.

Capítulo 1 – Protozoários
O intuito do capítulo 1 é mostrar que a Filogenética é uma área que está em constante
atualização. Quanto mais informações a respeito dos organismos são obtidas, mais alterações
na classificação deles ocorrem, como é o caso dos protozoários. Por essa razão, nós apresen-
tamos as propostas de classificação iniciais e as atuais desses seres vivos.

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Pela análise da imagem de abertura do capítulo, também é possível explorar a diversidade de formas
desses microrganismos. Reitere a importância do desenvolvimento dos microscópios para o conhecimento
dos protozoários.
As questões que seguem o texto de abertura, e que serão respondidas ao longo da aula, contribuem para
desenvolver nos estudantes o pensamento científico e favorecem a articulação dos conhecimentos prévios
com os conhecimentos adquiridos. Seguem algumas expectativas de respostas:
ɒ Quais são as diferenças entre as classificações antiga e recente dos protozoários?
Inicialmente, os protozoários foram classificados de acordo com a forma de nutrição e locomoção. No en-
tanto, com avanços científicos e tecnológicos, essas primeiras formas de agrupamento se mostraram equi-
vocadas, e a comparação genética e molecular tem sido utilizada para propor uma nova reorganização.
ɒ Como os protozoários capturam os alimentos e realizam a digestão?
Por serem unicelulares, os protozoários dependem do transporte dos nutrientes por meio da membrana
plasmática, seja por transporte passivo, seja por processos de endocitose. Uma vez dentro das células, as
partículas são digeridas pela ação de organelas especializadas, denominadas lisossomos.
ɒ Como se dá a reprodução dos protozoários?
Novamente, considerando-se que eles são seres unicelulares, a reprodução tende a ser assexuada.
Entretanto, em alguns grupos, também pode ocorrer reprodução de modo sexuado.

Abordagem teórica
Para iniciar o estudo dos protozoários, apresente a fisiologia e a estrutura celular desses organismos. Des-
sa forma, é possível que os estudantes definam e distingam as variedades de formas e componentes entre
os diferentes protozoários. Procure destacar que esses seres vivos são constituídos de uma única célula e,
com base nos níveis de organização, esclareça que essa célula é responsável pelas atividades fisiológicas
vitais desses organismos.
Ao abordar a parte de excreção e osmorregulação, certifique-se de que os estudantes se recordam das
definições de meios hiper, hipo e isotônicos. Revise esses conceitos fazendo a leitura coletiva do boxe “Em
Química vemos que...”.
Uma revisão de conceitos pode ser cogitada ao apresentar o processo de digestão característico dos
protozoários. Retome com a turma que os protozoários, por serem unicelulares, dependem dos lisossomos,
bem como de modos de captura e ingestão de nutrientes e partículas. Durante a abordagem, é importante
destacar os processos de endocitose (fagocitose e pinocitose) e as estruturas envolvidas, pois alguns exercí-
cios exigirão a aplicação desses conceitos.
O boxe “Questão resolvida” possibilita aplicar os conceitos de osmorregulação e funcionamento de
bombas de próton, que podem ser abordados em provas dissertativas.
Ao adentrar na diversidade dos protozoários, apresente a imensa dificuldade para a classificação e para
a definição de parentesco entre eles. A teoria possibilita que as duas formas recorrentes de classificação –
uma baseada principalmente no tipo de locomoção e a outra, em dados moleculares – sejam trabalhadas.
Devemos permanecer atentos às possibilidades futuras de mudanças quanto ao modo como as provas de
vestibulares abordam esse assunto.
Ao apresentar cada grupo, procure caracterizá-los de maneira geral. Atente ao fato de que as protozooses e
as especificações sobre elas serão abordadas nas próximas aulas. Tenha como principal objetivo apresentar a
distinção entre os principais grupos de protozoários.
Ao apresentar os apicomplexos, comente que se acredita que nesse grupo estejam incluídos os protozoários
mais bem-sucedidos pelo fato de serem exclusivamente parasitas e, em alguns casos, apresentarem diferentes
formas de vida durante a infecção do hospedeiro.

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Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como solicitado no livro 1 como atividade extraclasse
os exercícios da seção “Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e
retomada do conteú­do estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibu-
lares que proporcionarão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades
do país.

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Capítulo 2 – Protozooses
Este capítulo dá continuidade ao assunto “protozoários”, iniciado no capítulo anterior, e está
relacionado à saúde pública, já que alguns desses organismos são causadores de doenças. Assim,
converse com a turma a respeito dos locais de alta incidência das chamadas protozooses, associe-as
a algumas doenças bacterianas e virais (que serão estudadas na frente B deste livro) e verifique a
possibilidade de trazer dados sobre investimentos em saúde e financiamento de pesquisas
que busquem tratamento ou prevenção dessas doenças.
As questões que sucedem ao texto de abertura do capítulo e outras a serem feitas ao lon-
go da aula podem ser usadas para despertar nos estudantes o pensamento científico. Além
disso, vão possibilitar o levantamento de conhecimentos prévios da turma. Seguem as possí-
veis respostas para as perguntas que abrem o capítulo:
ɒ Quais são as medidas profiláticas mais comuns para o combate de algumas protozooses?
Algumas doenças podem ser prevenidas com medidas de saneamento básico nas áreas
afetadas, enquanto outras envolvem importantes problemas ecológicos para o controle
dos vetores.
ɒ Por que o clima tropical contribui na incidência de protozooses transmitidas por vetores?
Na maioria das vezes, os vetores dependem de condições climáticas específicas, como
temperatura e umidade, para proliferar. Ambientes com essas condições são propícios
para o aparecimento das doenças por eles transmitidas.
ɒ De que modo se relacionam o ciclo de vida dos protozoários e os sintomas característicos
das doenças causadas por esses microrganismos?
Para que o protozoário possa completar seu ciclo de vida, ele afeta células ou tecidos do
hospedeiro. Consequentemente, surgem os sintomas característicos da doença.

Abordagem teórica
Antes de iniciar a descrição das doenças causadas por protozoários, é fundamental que
os estudantes compreendam a terminologia que será utilizada; os mesmos termos podem
aparecer na frente B. Ao explicar que as doenças negligenciadas são um grupo de doenças
tropicais endêmicas, comente que “endemia” se refere a doenças infectocontagiosas de ocor-
rência constante e incidência significativa em dada população e/ou região. O termo pode ser
novo para a turma, e vai aparecer ao longo de todo o capítulo.
Em seguida, comece a apresentação de cada uma das seis protozooses apresentadas
neste capítulo. De modo geral, é importante que sejam destacados os agentes etiológicos. Para
isso, podem ser retomadas a classificação e a caracterização do capítulo anterior; os agentes
transmissores, quando presentes; e as medidas de prevenção, que podem ser sugeridas pelos
próprios estudantes após a construção conjunta dos ciclos biológicos respectivos.
Discuta com eles os possíveis impactos que podem ser gerados por conta de uma medida
profilática muito difundida: o combate ao vetor. Retome conceitos de ecologia trabalhados no
ano anterior.
Ao abordar o ciclo do Plasmodium, certifique-se de que os estudantes identificaram que os
hepatócitos são células do fígado.
Explore o boxe “Fique ligado!” no tópico sobre a doença de Chagas, que aborda a doença
causada por uma espécie de tripanossoma encontrada no continente africano: o Trypanosoma
brucei.
Para ampliar a discussão, acesse:
ɒ Principais doenças causadas por protozoários.
Disponível em: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0501/impressos/plc0501_06.pdf. Acesso em:
28 out. 2022.

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Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-se
de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos durante
a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistematização
dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compre-
ensão e retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares que proporcionarão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.
A fim de que os estudantes não tenham muitas dificuldades para responder à questão 7 da seção “Conso-
lidando saberes”, é recomendável fazer um breve comentário sobre a leishmaniose visceral, comparando-a
a outras protozooses. Explique que há diferentes modos de transmissão, como penetração ativa de larvas, no
caso de verminoses, ou picada de insetos, no caso da leishmaniose.

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FRENTE A
UNIDADE

2 Os primeiros grupos zoológicos

Nesta unidade, serão retomados alguns conceitos da embriologia, porém com aplicações
para a classificação dos animais. Além disso, no segundo capítulo desta unidade, os filos
Porifera e Cnidaria serão caracterizados e classificados.
A imagem que abre a unidade é de uma das fases larvais de uma água-viva conhecida
como água-viva-juba-de-leão, Cyanea capillata. A fase larval mostrada na fotografia é uma éfi-
ra que mede cerca de 5 mm. No entanto, a forma adulta (medusa) pode chegar a 2 metros de
diâmetro e os tentáculos podem medir cerca de 30 metros de comprimento. Se julgar conve-
niente, antes de iniciar o capítulo, incentive os estudantes a identificar (sem mostrar a legenda)
qual seria o ser vivo apresentado na fotografia, pois é provável que muitos não o relacionem
aos animais. Em seguida, proponha uma discussão com base nas perguntas de abertura da
unidade. As orientações estão a seguir:
ɒ Quais outras características possibilitam classificar e diferenciar os grupos de metazoários?
Os aspectos corpóreos, as estruturas, os órgãos e os sistemas são características que
possibilitam classificar e diferenciar os animais, assim como as formas de desenvolvi-
mento embrionário.
ɒ A qual grupo de animais o organismo da imagem de abertura pertence? Em qual fase da
vida ele se encontra?
O organismo representado pertence ao filo dos cnidários. Na imagem, está representada
sua fase larval (éfira).
ɒ O que significa dizer que o reino Animalia caracteriza-se como um grupo monofilético?
Os animais apresentam um ancestral comum e exclusivo.

Capítulo 3 – Embriologia e classificação animal


Neste capítulo, serão abordados os principais aspectos do desenvolvimento embrionário,
com a finalidade de apresentar as relações de parentesco entre os diferentes grupos de ani-
mais. Outros aspectos, tais como plano corporal e metameria, também serão considerados
para a classificação do grupo.
As perguntas de abertura do capítulo e outras a serem feitas ao longo da aula podem ser
usadas para despertar na turma o pensamento científico. Ademais, vão possibilitar o levanta-
mento de conhecimentos prévios da turma. Seguem as possíveis respostas para as perguntas
que abrem o capítulo:
ɒ Quais filos compõem o reino Animalia? Exemplifique-os.
É esperado que os estudantes citem os seguintes grupos animais: poríferos (esponjas),
cnidários (água-viva), platelmintos (planárias), nematódeos (lombriga), anelídeos (minhoca),
moluscos (polvos), artrópodes (abelhas), equinodermos (estrela-do-mar) e cordados
(ser humano).
ɒ Quais aspectos do desenvolvimento embrionário diferenciam os animais?
Do ponto de vista embrionário, os animais são classificados de acordo com o tipo de
ovo (óvulo) e de segmentação, além do processo de gastrulação (que origina os folhetos

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embrionários e o blastóporo) e de neurulação. Essas etapas do desenvolvimento embrionário também
podem ser utilizadas na classificação, porque são características de diferentes grupos de animais.
ɒ Quais formas de organização corpórea possibilitam diferenciar os animais?
As formas de organização corpórea que possibilitam diferenciar os animais são presença da cavidade
celomática, metameria e simetria.

Abordagem teórica
Ao iniciar a apresentação da teoria, é importante que os estudantes compreendam a provável relação
estabelecida entre os protistas estudados na unidade anterior e o novo reino ao qual serão apresentados:
Animalia. Além disso, conceitos evolutivos e interpretação de árvores filogenéticas (cladogramas) serão
essenciais para as próximas unidades e capítulos.
Inicie com uma breve explicação sobre a razão pela qual os animais são considerados um grupo mono-
filético. Caso os estudantes tenham dificuldade com o termo monofilético, pode ser usado, como recurso
didático, o cladograma com os coanoflagelados, que explica a origem dos metazoários.
Para dar continuidade à discussão sobre a ancestralidade do reino Animalia, são apresentados os organis-
mos protistas considerados os mais próximos dos animais: os coanoflagelados. As principais características
são apresentadas, assim como a importância dos estudos sobre esses seres. Para subsidiar a discussão que
relaciona a ancestralidade dos Metazoa e os coanoflagelados, recomendamos as leituras disponíveis em
“Para saber mais”.
Apresente as características do desenvolvimento embrionário que possibilitam distinguir os grupos ani-
mais, partindo da fecundação e das etapas do desenvolvimento embrionário. Como são duas aulas dedi-
cadas a este capítulo, devem ser retomados os conceitos de embriologia estudados na frente B da 1ª série
do Ensino Médio desta coleção. As imagens podem contribuir para a retomada dos estágios e das fases da
embriologia.
Depois de apresentar as características dos animais que são utilizadas para diferenciá-los, recomenda-se
abordar a filogenia desse reino. Evite transmitir dados ainda utilizados por serem mais simples, pois as provas
de vestibulares estão se renovando cada vez mais, e descobertas mais recentes podem ser cobradas.
Por essa razão, nesta unidade são apresentadas duas representações filogenéticas: uma mais convencional,
que considera características relacionadas ao desenvolvimento embrionário, e outra mais atual, construída
com base em dados e análises comparativas das sequências genéticas de diferentes animais. Pode-se
fazer uma comparação entre essas representações. Enfatize que os animais não foram gradualmente se
transformando de modo linear e que o aumento de complexidade representa o surgimento de diversas
linhagens evolutivas desse grupo, como representado nos cladogramas.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-se
de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos durante
a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistematização
dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares que proporcionarão
aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

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Para saber mais

ɒ “Choanoflagellate models – Monosiga brevicollis and Salpingoeca rosetta”, de Tarja T. Hoffmeyer e


Pawel Burkhardt. Current Opinion in Genetics & Development, v. 29, 2016.
Disponível em: http://p.p4ed.com/QWOWF. Acesso em: 11 nov. 2022.
ɒ “The genome of the choanoflagellate Monosiga brevicollis and the origin of metazoans”, de Nicole
King et al. Nature, v. 451, 2008.
Disponível em: http://p.p4ed.com/QWOWG. Acesso em: 11 nov. 2022.
ɒ “Evolução biológica: ECO-EVO-DEVO na formação inicial de professores e pesquisadores”, de
Thais Benetti de Oliveira, Fernanda Rocha Brando e Ana Maria Andrade Caldeira. Revista Góndola,
Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, v. 12, 2017.
Disponível em: https://revistas.udistrital.edu.co/index.php/GDLA/article/view/10847.
Acesso em: 28 out. 2022.

Referências bibliográficas
GILBERT, Scott F. Biologia do desenvolvimento. 5. ed. Ribeirão Preto: Funpec, 2003.
MONTANARI, Tatiana. Embriologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas [recurso eletrônico]. Disponível em:
www.ufrgs.br/livrodeembrio/ e http://professor.ufrgs.br/tatianamontanari/files/livroembrio2013.pdf. Acesso em:
11 nov. 2022.
MOORE, Keith L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia Clínica. 9. ed. São Paulo: Elsevier, 2012.
SCHOENWOLF, G. C. et al. Larsen Embriologia Humana. 5. ed. São Paulo: Elsevier, 2016.

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Capítulo 4 – Poríferos e cnidários
Este capítulo trata da evolução dos filos Porifera e Cnidaria, os animais mais simples do reino
Animalia. É necessário que o estudante se familiarize com os conceitos da sistemática filogenética
que serão utilizados ao longo do ano. Demonstre que os poríferos não apresentam folhetos
germinativos e tecidos verdadeiros. Trabalhe aspectos morfológicos explicando as características
físicas desses organismos. Se possível, projete imagens de fotos ou arquivos audiovisuais que
demonstrem a filtração das esponjas ou a alternância de gerações dos cnidários.
No início do capítulo, são introduzidas as variações na estrutura corporal dos poríferos.
Ao abordar o tópico sobre a fisiologia, enfatize a importância do sistema aquífero para esses
animais, lembrando que as esponjas não apresentam tecidos verdadeiros ou sistemas com-
plexos, como respiratório, digestório e circulatório.
Ao longo do capítulo serão evidenciadas diferenças estruturais, fisiológicas e ecológicas
entre poríferos e cnidários. Para tanto, demonstre o desenvolvimento embriológico dos cnidá-
rios destacando o papel dos folhetos germinativos na formação dos tecidos. Destaque tam-
bém a importância ecológica e fisiológica dos cnidários mencionando o seu hábito de vida e
a alternância de gerações.
As perguntas que seguem o texto de abertura serão respondidas durante a aula. Elas
contribuem para desenvolver nos estudantes o pensamento científico e possibilitam o levan-
tamento de conhecimentos prévios. Seguem algumas expectativas de respostas:
ɒ Quais diferenças são observadas entre os filos Porifera e Cnidaria em relação às plantas?
Poríferos e cnidários se diferenciam dos membros do reino Plantae por serem organismos
heterótrofos e, no caso dos cnidários, alguns de seus representantes apresentam ainda a
capacidade de locomoção.
ɒ Apesar de estruturalmente simples, os poríferos podem assumir diferentes morfologias?
Sim, principalmente em razão da composição de seu endoesqueleto e dos canais aquífe-
ros que os compõem.
ɒ De acordo com o hábitat dos cnidários, como eles podem obter o seu alimento?
A maioria dos cnidários é composta de predadores que se utilizam dos tentáculos para
a captura das presas. Por sua vez, outros cnidários dependem de interações ecológicas
harmônicas para a obtenção de alimento.

Abordagem teórica
Neste capítulo serão abordados os filos mais antigos do reino Animalia: Porifera e Cnidaria.
Com a intenção de construir a história evolutiva desses filos, inicialmente, aborda-se o grupo
dos poríferos, permitindo a caracterização estrutural e a fisiologia apresentadas pelos animais
que nele são incluídos. Para melhor entendimento dos conceitos, é recomendado que a aula
seja enriquecida com imagens ou preparada de forma que os estudantes tenham tempo hábil
para pesquisar os animais que representam esse filo. O enfoque maior deve ser dado às
estruturas que definem o grupo, nesse caso os coanócitos, bem como à função dos coanócitos
e à interação com outras variedades celulares.
Apresente as diferenças entre um filo e outro, isto é, quais são as novidades evolutivas que
caracterizam o grupo dos cnidários. Nesse ponto, podem ser brevemente descritos os concei-
tos de parazoários e enterozoários, indicando que os primeiros são desprovidos de tecidos
verdadeiros e, portanto, representados pelos poríferos.
Durante a explicação das novidades evolutivas dos cnidários, também é importante o en-
foque nas estruturas e na fisiologia, além da apresentação do conceito de alternância de
geração, encontrada nesses animais.

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No boxe “Em Química vemos que...”, discuta com a turma que, uma vez que a acidificação dos oceanos
afeta as reações de formação de carbonato de cálcio, animais como os cnidários e outros dotados de par-
tes calcificadas terão a estrutura prejudicada e, consequentemente, terão a sobrevivência e também a ca-
pacidade reprodutiva afetadas, especialmente os recifes de corais, que, por servirem de abrigo para uma
imensa variedade de espécies, ao desaparecerem, tendem a fazer com que elas desapareçam também.
No boxe “Discussão em sala”, enfatize que os corais são cnidários que constantemente aparecem na mídia
e em redes sociais diante de calorosas discussões a respeito do aquecimento global. Nesse boxe, buscamos
trazer um assunto ainda mais atual sobre essas formas de cnidários e apresentamos os recém-descobertos
corais da Amazônia. Incentive os estudantes a pesquisar também a veracidade de seus argumentos, bem
como fontes que os sustentem. É importante discutir com a turma o uso do termo “Corais da Amazônia”. Ape-
sar de ser um nome utilizado na mídia e pela ONG Greenpeace, cientistas argumentam que ele pode estar
cientificamente incorreto. Os recifes em questão são constituídos principalmente por algas calcárias e outros
seres vivos que sobrevivem em regiões com luminosidade reduzida. Nesse caso, a incidência de corais
propriamente ditos é baixa, visto que a sobrevivência de muitas espécies desses organismos depende da
simbiose com microalgas, necessitando, assim, estar inseridos em ambientes com alta luminosidade. Ressalte
também que, mesmo não abrigando os corais propriamente ditos, a região abriga enorme biodiversidade que
necessita ser preservada, já que a maior parte ainda demanda estudos científicos para investigação. Com ajuda
do professor de Geografia, explique o motivo do interesse de empresas petroleiras na região e o impacto da
instalação e da exploração dos recursos visando ao crescimento econômico. Do ponto de vista biológico, a
ideia é fazer os estudantes refletirem sobre a exploração desenfreada e quais são os impactos ecológicos
que ela pode gerar.
Na seção “Para saber mais” deste capítulo, há alguns textos complementares e dois links para acessar
artigos que apresentam mapas da região onde estão os animais.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compre-
ensão e retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares que proporcionarão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.

Para saber mais

ɒ Recifes na foz do Amazonas, até agora, protegidos pelo Ibama.


Disponível em: http://p.p4ed.com/ZBUVE. Acesso em: 11 nov. 2022.
ɒ Cientistas garantem: recifes da Amazônia existem, e estão vivos.
Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/cientistas-garantem-recifes-da-
amazonia-existem-e-estao-vivos/. Acesso em: 28 out. 2022

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Referências bibliográficas
BRUSCA, Richard C.; MOORE, Wendy; SHUSTER, Stephen M. Invertebrados. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2018.
FRANSOZO, Adilson. Zoologia dos invertebrados. Rio de Janeiro: Roca, 2017.

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FRENTE A
UNIDADE
Vermes: características e
3 parasitologia

Nesta unidade, serão contextualizados alguns conceitos da embriologia, como a presença


de um terceiro folheto embrionário e as vantagens que isso propicia aos platelmintos e
nematelmintos, animais popularmente conhecidos por vermes. No capítulo 5, são abordados
as características gerais e os principais sistemas presentes nesses grupos de animais. Já o
capítulo 6 trata das verminoses e do ciclo de vida de alguns vermes.
As perguntas que abrem a unidade são estratégias que contribuem para o levantamento
do conhecimento prévio da turma sobre os “vermes” e as verminoses. Assim, seguem algumas
expectativas de respostas que poderão apoiar essa discussão inicial:
ɒ Por que a classificação dos animais como “vermes” pode ser considerada arbitrária?
Porque, além de ser muito antiga e ter sido contestada por muitos cientistas, essa classificação
inclui animais com morfologia vermiforme, embora algumas espécies não se assemelhem
tanto a esse formato. Essa classificação não é natural, mas estritamente morfológica, e
agrupa organismos de grupos taxonômicos diferentes.
ɒ Por que a presença de um novo folheto embrionário possibilita o surgimento de novas
estruturas fisiológicas?
Para responder a essa pergunta será necessário retomar alguns conceitos do capítulo 2 da
1ª série (volume 3, unidade 1 da frente B). A presença de um terceiro folheto embrionário, a
mesoderme, possibilita maior compartimentalização do corpo.
ɒ Com base no que você já sabe a respeito de doenças negligenciadas, indique qual seria a
medida profilática mais eficiente no combate às verminoses.
É esperado que sejam mencionadas medidas que envolvam higiene pessoal e programas
de saneamento básico.

Capítulo 5 – Platelmintos e nematelmintos


Neste capítulo, são estudados os dois principais grupos de animais de corpo vermiforme,
os platelmintos e os nematelmintos. Além de aspectos morfológicos, também são abordadas
as características fisiológicas que os definem e que possibilitam sua diferenciação.
As perguntas que seguem o texto de abertura contribuem para desenvolver nos estudan-
tes o pensamento científico e possibilitam o levantamento de conhecimentos prévios. Seguem
algumas expectativas de respostas:
ɒ Compare o sistema digestório dos platelmintos ao dos nematelmintos.
Os platelmintos apresentam sistema digestório incompleto, e os nematelmintos apresentam
sistema digestório completo.
ɒ Caso uma planária seja acidentalmente dividida, o que ocorre com as frações geradas?
Ao ser seccionada, as porções geradas poderão se regenerar dando origem a novos indi-
víduos geneticamente idênticos ao animal seccionado.
ɒ Com relação à simetria corporal, qual é a principal diferença entre platelmintos e nematel-
mintos e os indivíduos dos filos Porifera e Cnidaria?

14 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


 s poríferos são considerados assimétricos, e os cnidários apresentam simetria radial, ou seja, o corpo
O
pode ser dividido em vários planos; já nos bilatéria, como os nematelmintos e platelmintos, a simetria cor-
pórea passa a ser bilateral, dividida em um único plano.

Abordagem teórica
Este capítulo trata da evolução dos vermes protostômios: platelmintos e nematelmintos. Antes de dar
início a esta aula teórica, realize uma breve retomada da árvore filogenética e das relações de parentesco
entre esses grupos, indicando que, na classificação baseada em dados moleculares, esses animais não
compartilham um ancestral comum e exclusivo.
Feito isso, a teoria se inicia com a apresentação dos platelmintos. Inicialmente, apresente imagens dos
principais representantes desse grupo e busque sondar o conhecimento prévio dos estudantes a respeito
desses animais. A partir das imagens, peça a eles que identifiquem características morfológicas que se
destacam nos animais mostrados e, então, conceitualize-as promovendo a retomada dos termos trabalhados
no capítulo 3.
A abordagem da fisiologia pode ser feita por meio da comparação das classes pertencentes a esse filo.
Chame a atenção dos estudantes para isso, pois, em algumas provas, essa comparação poderá ser
contemplada.
Em seguida, ao apresentar os nematelmintos, seja cauteloso com a forma que uma provável comparação
entre esse filo e o anterior possa ocorrer. Evite a ideia de linearidade evolutiva e consequente aumento de
complexidade como forma adotada para compreender as tendências evolutivas dos grupos.
Assim, a exemplo dos platelmintos, para os nematelmintos as recomendações se mantêm quanto à
apresentação da morfologia e fisiologia.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes. Trata-
-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvolvidos
durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de sistema-
tização dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares que proporciona-
rão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

15 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


Capítulo 6 – Verminoses
Neste capítulo, são apresentadas algumas das principais verminoses que acometem os
seres humanos, destacando seus respectivos agentes etiológicos, modos de transmissão e
medidas profiláticas eficientes para seu combate e prevenção.
As perguntas que seguem o texto de abertura serão respondidas ao longo da aula. Elas
contribuem para desenvolver nos estudantes o pensamento científico e possibilitam o levan-
tamento de conhecimentos prévios. Seguem algumas expectativas de respostas:
ɒ Quais condições favorecem a sobrevivência dos vermes parasitas dos seres humanos?
As principais condições que favorecem a sobrevivência são a disponibilidade de nutrientes e as
condições aerobiose ou anaerobiose, de acordo com as características fisiológicas do parasita.
ɒ Além do saneamento básico, que outras medidas profiláticas podem ser aplicadas contra
verminoses?
O saneamento básico é uma medida profilática fundamental para todas as parasitoses
que envolvam, em seu ciclo de contaminação, o sistema digestório. Além disso, algumas
verminoses dependem do controle de vetores e hospedeiros intermediários que possam
estar contaminados.
ɒ Quais são as principais verminoses causadas por platelmintos? E nematelmintos?
Dentre as platelmintoses, destacam-se a esquistossomose, a teníase e a cisticercose. Den-
tre as verminoses causadas por nematelmintos, são exemplos a ascaridíase, a ancilosto-
mose, a filariose e a enterobiose.

Abordagem teórica
Ao iniciar o assunto, recomenda-se uma primeira conceitualização de novos termos, como
“bio-helmintos” ou “geo-helmintos”, pois essas características permitem a distinção geral entre
as verminoses causadas por platelmintos e as causadas pelos nematelmintos. Em seguida,
agrupados de acordo com o filo ao qual pertencem seus agentes etiológicos, descreva as
parasitoses, destacando os organismos envolvidos e o modo de contaminação, com ênfase
nos respectivos ciclos de vida dos agentes etiológicos.
Ao apresentar os ciclos, é importante que os estudantes consigam estabelecer compara-
ções entre eles, identificando os principais sistemas do corpo humano que são acometidos.
Dessa forma, a compreensão acerca das medidas profiláticas eficientes passa a fazer sentido,
e a sua importância é justificada.
Procure desenvolver o espírito crítico dos estudantes. Oriente-os a perceber a correlação
entre os aspectos morfofisiológicos e as estratégias de parasitismo dos vermes. Diante dos
índices alarmantes sobre a incidência dessas doenças no Brasil, é interessante incorporar
à aula os principais aspectos socioeconômicos das regiões acometidas pela verminose em
questão. Com isso, espera-se que os estudantes desenvolvam uma boa argumentação sobre
a necessidade de mudanças em quesitos de gestão pública, como a saúde, e reflitam a res-
peito de projetos plausíveis de ser incorporados para reduzir esses índices.
Se possível, solicite aos estudantes que construam tabelas informativas para organizar as
características dos parasitas e das verminoses que eles causam, incluindo os hospedeiros
relacionados com o ciclo de vida.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os


estudantes. Trata-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos
os conceitos desenvolvidos durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as
com a turma como uma atividade de sistematização dos assuntos abordados no capítulo.

16 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compre-
ensão e retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares que proporcionarão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.

Para saber mais

ɒ Onde os dados são escassos.


Disponível em: http://p.p4ed.com/ZBUVR. Acesso em: 11 nov. 2022.
ɒ Pesquisa de informações básicas municipais: perfil dos municípios brasileiros – saneamento básico –
aspectos gerais da gestão da política de saneamento básico 2017. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.
Disponível em: http://p.p4ed.com/ZNUBF. Acesso em: 11 nov. 2022.

Referências bibliográficas
BRUSCA, Richard C.; MOORE, Wendy; SHUSTER, Stephen M. Invertebrados. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2018.
MUÑOZ, Suzana Segura; FERNANDES, Ana Paula M. Principais doenças causadas por helmintos. Principais
doenças infecciosas e parasitárias e seus condicionantes em populações humanas. USP, [s. d.]. Disponível
em: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0501/impressos/plc0501_07.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022.

17 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


FRENTE A
UNIDADE
Animais triblásticos e celomados
4 protostomados

Nesta unidade, serão apresentadas as características gerais de três filos do reino Animalia:
anelídeos, moluscos e artrópodes. Trabalhe a construção da árvore filogenética em conjunto
com os estudantes, inserindo as novidades evolutivas no quadro. Esse tipo de atividade é
importante para relembrar as adaptações ao ambiente e possibilita compreender a história
evolutiva dos táxons. Entretanto, pode-se mencionar que o desenvolvimento de técnicas
genômicas possibilitou a construção de árvores filogenéticas diferentes da apresentada;
nesta obra, foram priorizados dados embriológicos na montagem da árvore filogenética. Cite
que o conhecimento científico passa por um processo de testes e validação de hipóteses, e
as ideias podem mudar ao longo do tempo.
ɒ Em quais hábitats você esperaria encontrar um anelídeo?
Anelídeos podem ser encontrados tanto em ambiente aquático quanto em ambiente ter-
restre, sendo que neste último o ideal é que apresente ótimas condições de umidade.
ɒ Qual característica anatômica permite justificar o nome do filo Arthropoda?
Presença de apêndices articulados.
ɒ Por que o filo Mollusca é importante dos pontos de vista ecológico, socioeconômico e para
a saúde humana?
Os moluscos são componentes importantes da alimentação humana, servindo como fonte
de proteína. Eles desempenham papéis ecológicos relevantes, como indicadores de polui-
ção (bioindicação). Há também alguns representantes que participam do ciclo de doenças
que acometem o ser humano.

Capítulo 7 – Anelídeos e moluscos


Neste capítulo, serão apresentados dois filos que, ainda na filogenética atual baseada em
dados moleculares, mostram-se relacionados. Com base na imagem de abertura, que traz um
exemplar de cada filo, é possível já fazer algumas inferências quanto ao nome dado a eles.
As perguntas que se seguem possibilitam identificar o conhecimento prévio da turma sobre o
assunto, bem como permitir que novos exemplares dos filos sejam apresentados.
ɒ Compare as estruturas corporais dos anelídeos e dos moluscos.
Apesar de, em ambos os casos, os representantes serem dotados de um corpo mole, os
primeiros contam com o formato vermiforme e segmentação aparente, apresentando inú-
meros anéis. Já os moluscos não contam com tal segmentação e, na maioria das vezes,
são dotados de uma concha externa ou interna.
ɒ Do que é feita e qual a função da concha dos moluscos?
A concha é feita de carbonato de cálcio e serve para a proteção do corpo desses animais.
ɒ De que modo as minhocas se reproduzem?
As minhocas são hermafroditas, isto é, são capazes de produzir o gameta feminino e o
masculino, porém realizam fecundação cruzada (troca de gametas entre indivíduos dis-
tintos). Os óvulos são fecundados na cápsula, produzida pelo clitelo. Após a eclosão, os
indivíduos são similares aos adultos, isto é, não há estágio larval.

18 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


Abordagem teórica
Na teoria, optou-se por iniciar com a apresentação do filo Annelida, pensando em seguir a semelhança
vermiforme que esse grupo apresenta com os outros dois estudados anteriormente. Assim como em todas
as outras aulas de Zoologia, é de grande importância que os estudantes associem o grupo aos exemplares.
Algumas universidades realizam empréstimo de material preservado, o que pode ser uma alternativa para
aulas mais atrativas. Outra possibilidade seria reunir diferentes espécies e apresentá-las à turma por meio de
imagens ou cartões impressos.
Não é recomendada a apresentação de animais vivos, aulas de dissecção e o manuseio deles durante as
aulas. Isso deve ser conversado com os estudantes, até mesmo para expandir essa discussão aos campos
de pesquisa e uso de animais em testes laboratoriais. É importante que a turma desenvolva a consciência de
que esses organismos são seres vivos e que o manuseio pode prejudicá-los.
Inicialmente, faça a caracterização geral da estrutura corporal de cada um dos filos, resgatando conceitos
do desenvolvimento embrionário e indicando as novidades evolutivas. Em seguida, aprofunde a fisiologia dos
sistemas, com especificações sobre diferenças que podem existir entre animais do mesmo filo e apresente a
classificação geral dos membros de cada grupo.
Se julgar pertinente, pode-se relacionar os hábitos de vida e alimentar das minhocas, incluídas na classe
dos oligoquetas, com a preparação de solos cultiváveis devido à produção de húmus. Aqui também cabe a
retomada de conceitos da Ecologia trabalhados na 1ª série do Ensino Médio.

Aplicando conhecimentos
A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes.
Trata-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvol-
vidos durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de
sistematização dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares que proporciona-
rão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

19 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


Capítulo 8 – Artrópodes
Neste capítulo, será abordado o grupo mais diversificado do reino Animal. Para iniciar o
estudo, são apresentados, na imagem de abertura, os trilobitas. Esse grupo de artrópodes,
extinto há cerca de 250 milhões de anos, ostenta um imenso registro fóssil e conta parte da
história da fauna ancestral.
As perguntas que seguem o texto de abertura, e que serão respondidas ao longo da aula,
podem instigar os estudantes a praticar o pensamento científico e possibilitam o levantamento
de conhecimentos prévios. Seguem algumas expectativas de respostas:
ɒ Quais aspectos morfológicos contribuíram para a ampla distribuição dos artrópodes em
diferentes tipos de hábitat?
Os artrópodes são dotados de apêndices articulados (asas, pernas e antenas), que possi-
bilitam seu deslocamento pelos diferentes tipos de ambiente, e têm o corpo revestido de
um exoesqueleto quitinoso, o qual evita a perda excessiva de água.
ɒ Como se classificam os artrópodes atuais?
Os artrópodes atuais podem ser classificados em: miriápodes, crustáceos, quelicerados e
hexápodes.
ɒ Qual é a importância dos artrópodes sob os pontos de vista econômico e ecológico?
Do ponto de vista ecológico, alguns artrópodes são responsáveis pela polinização de plan-
tas frutíferas e, consequentemente, por grande parte da produção de alimentos que movi-
mentam o mercado econômico.

Abordagem teórica
Ao iniciar a aula, desmembre o termo “arthropoda” para que os estudantes consigam iden-
tificar uma das características que definem os integrantes desse filo: a presença de membros
articulados. Retome a posição desse grupo na árvore filogenética, que tem sido tomada como
base para a apresentação dos componentes do reino Animal. Assim como nas aulas anterio-
res, procure elaborar um cladograma com a turma, incluindo as principais novidades evoluti-
vas apresentadas pelo filo trabalhado.
Ao explicar as características morfológicas gerais, incentive a turma a estabelecer correla-
ções com possíveis implicações que as estruturas possam ter com a manutenção da sobrevi-
vência do animal, como é o caso do crescimento.
A fisiologia será abordada de forma mais detalhada juntamente à classificação dos artró-
podes; por isso, em um primeiro momento, na teoria só são apresentadas informações gerais
sobre o sistema digestório e a presença de órgãos sensoriais.
No boxe “Questão resolvida”, o exercício possibilita que seja feita uma comparação entre
as estruturas sensoriais relacionadas à visão dos filos animais estudados até o momento e dos
artrópodes. É de grande importância que os estudantes consigam comparar as características
dos órgãos da visão entre os diferentes filos; por isso, busque incorporar imagens durante
essa apresentação.
No boxe “Discussão em sala”, é posto em debate um assunto cada vez mais recorrente: o
risco de extinção iminente das abelhas. O ponto de partida é o episódio da série Black Mirror
em que é retratada uma sociedade do futuro que “solucionou” a extinção das abelhas com a
criação de drones capazes de desempenhar as funções ecológicas desses animais. Possibi-
lite aos estudantes que compreendam os eventos que podem ser acarretados pela extinção
das abelhas e como eles afetariam a nossa sobrevivência. Com isso, é possível que sejam tra-
çadas ações viáveis que evitem o desaparecimento desses artrópodes. Como subsídios para
a abordagem desse boxe, são sugeridos três textos; dois deles fazem referência à situação da
extinção das abelhas no Brasil, e o terceiro, na Europa:

20 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


ɒ Morte de meio bilhão de abelhas é consequência de agrotóxicos.
Disponível em: http://p.p4ed.com/VBTBP. Acesso em: 11 nov. 2022.
ɒ Desaparecimento das abelhas pode afetar a qualidade e a quantidade dos alimentos.
Disponível em: http://p.p4ed.com/VBTBA. Acesso em: 11 nov. 2022.
ɒ O que está acontecendo com as abelhas?
Disponível em: http://p.p4ed.com/ZNINT. Acesso em: 11 nov. 2022.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes.
Trata-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvol-
vidos durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de
sistematização dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compre-
ensão e retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares que proporcionarão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.

21 BIOLOGIA - FRENTE A / Manual do Professor


FRENTE B
UNIDADE
Classificação dos seres vivos
1 e vírus

Na unidade 1, estudaremos os fundamentos da classificação dos seres vivos como ferra-


menta para a compreensão da biodiversidade resultante da evolução, bem como a constru-
ção histórica do sistema que adotamos atualmente. Além disso, serão abordados os vírus,
seres excluídos da classificação por não terem todas as características consideradas comuns
aos seres vivos.
A imagem de abertura da unidade mostra uma coleção de besouros e busca inserir os
estudantes no contexto do assunto que será estudado. As questões que se seguem ao texto
de abertura, e que serão respondidas ao longo da aula, servem para despertar o pensamento
científico da turma e possibilitam o levantamento de conhecimentos prévios.
ɒ Por que é importante classificar os seres vivos?
Para compreender melhor a natureza e a história da vida na Terra.
• Que regras são utilizadas para dar nomes aos seres vivos?
Nomenclatura binomial, inicialmente proposta por Lineu.
• Que classificação dos seres vivos você conhece?
Resposta pessoal.

Capítulo 1 – Classificação dos seres vivos


Neste capítulo, serão apresentados os diferentes sistemas de classificação dos seres vivos
(natural e artificial), bem como alguns cientistas pioneiros na elaboração desses sistemas. Os
estudantes conhecerão as principais regras de nomenclatura biológica e as categorias de
classificação dos seres vivos, além do conceito de espécie e subespécie. É neste capítulo que
a turma conhecerá o que é e como se constrói um cladograma, instrumento muito utilizado
em Biologia. Os sistemas de classificação dos seres vivos em cinco reinos e em três domínios
também serão abordados neste capítulo.
As perguntas que se seguem ao texto de abertura contribuem para desenvolver nos
estudantes o pensamento científico e possibilitam o levantamento de conhecimentos prévios.
Seguem algumas expectativas de respostas:
• Qual é a diferença entre o sistema natural e o artificial de classificação?
O sistema natural leva em conta o parentesco evolutivo entre os organismos, enquanto o
sistema artificial não leva em conta nenhuma relação de parentesco.
• O que é convergência adaptativa?
Processo em que seres vivos de grupos distintos são submetidos às mesmas pressões
seletivas exercidas pelo ambiente, o que resulta em uma semelhança externa.
• Por que os vírus são excluídos dos sistemas de classificação?
Porque não apresentam características fundamentais presentes em todos os seres vivos,
como organização celular e metabolismo independente.

22 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Abordagem teórica
Inicie a aula explicando a importância de classificar os seres vivos e a diferença entre os sistemas de clas-
sificação natural e artificial. Logo em seguida, destaque as contribuições de Lineu para a Taxonomia.
Na sequência, apresente as principais regras de nomenclatura biológica e sua importância.
Depois do estudo das regras de nomenclatura biológica, apresente as principais categorias de classificação
dos seres vivos, com destaque para as que são obrigatórias de acordo com o Código Internacional de
Nomenclatura Botânica e Zoológica. Discuta com a turma o conceito de espécie (tipológico, biológico e
filogenético) e de subespécie.
Na sequência, explique os conceitos utilizados em Sistemática Filogenética, como caráter primitivo e
derivado, estruturas homólogas e análogas, convergência e divergência adaptativa. Discuta com a turma a
característica relativa de caráter primitivo e caráter ancestral nos cladogramas estudados ao longo do capítulo.
Essa determinação ocorre em razão dos grupos analisados, por exemplo: âmnio é um caráter primitivo para
mamífero, mas derivado para os amniotas. Para complementar, analise outros cladogramas para indicar onde
ficam a raiz, os ramos e os nós. É importante explicar os processos de anagênese e de cladogênese, bem
como montar grupos monofiléticos, parafiléticos e polifiléticos diversos.
No boxe “Fique ligado!”, espera-se que os estudantes reconheçam a relação entre a embriologia com-
parada e a classificação dos seres vivos. Sabendo que os embriões de determinado grupo sempre se de-
senvolvem da mesma maneira, comparar esse desenvolvimento com o de outros organismos fornece dados
importantes que são utilizados como ferramentas na classificação dos seres vivos. É importante que os estu-
dantes entendam que as semelhanças durante o desenvolvimento embrionário, apresentadas por diferentes
organismos, geralmente são fortes evidências de parentesco evolutivo entre eles, ou seja, quanto maior for a
semelhança entre os embriões, maior será o parentesco evolutivo entre os seres vivos.
Após o estudo dos conceitos da sistemática, apresente o histórico da classificação dos seres vivos até a
divisão em cinco reinos. Descreva as principais características dos seres vivos classificados em cada um dos
cinco reinos.
Termine a aula explicando os critérios de classificação dos seres vivos em três domínios e os critérios para
a inclusão nesses grupos. É importante explicar que os vírus, que serão estudados no próximo capítulo, não
estão incluídos em nenhum sistema de classificação de seres vivos.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes.
Trata-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvol-
vidos durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de
sistematização dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares que proporciona-
rão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

23 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 2 – Vírus e viroses
Neste capítulo, serão apresentados os vírus. Os estudantes vão conhecer um pouco sobre
a descoberta, a estrutura, as características gerais, a reprodução e a importância dos vírus
para a humanidade. No final do capítulo, serão estudadas algumas doenças causadas por eles
no ser humano, os agentes causadores, os meios de transmissão, os sintomas e a profilaxia
para cada uma delas.
A imagem de abertura mostra bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) na superfície de
uma bactéria e busca contextualizar para a turma o assunto que será estudado a partir desse
momento. As perguntas que se seguem ao texto de abertura, e que serão respondidas ao
longo da aula, contribuem para desenvolver o pensamento científico da turma e permitir o
levantamento de conhecimentos prévios.
• Qual é a estrutura dos vírus?
Os vírus são formados por um capsídeo de proteínas e por material genético (DNA ou RNA).
• Cite quatro doenças humanas que você conheça e que sejam causadas por vírus.
Aids, dengue, febre amarela, raiva e covid-19 são alguns exemplos de doenças humanas
causadas por vírus que podem ser mencionadas pelos estudantes.
• Como os vírus são utilizados na engenharia genética?
Os vírus são utilizados como vetores de genes, ou seja, os cientistas inserem genes de in-
teresse nas células que incorporam e expressam as proteínas codificadas por esses genes.

Abordagem teórica
Inicie a aula explicando como ocorreu a descoberta dos vírus para que os estudantes
compreendam a dificuldade do estudo desses organismos sem o desenvolvimento da micros-
copia e de outras técnicas laboratoriais.
Logo após, descreva a estrutura e as principais características dos vírus em comparação
com as encontradas nos demais seres vivos.
Em seguida, aborde o processo de reprodução dos vírus. Inicialmente, o ciclo do bacte-
riófago pode ser usado como exemplo, por ser mais fácil de compreender. Na sequência,
explique o ciclo de reprodução do HIV, que é mais complexo e será fundamental para a com-
preensão dos mecanismos envolvidos na aids, doença causada por esse vírus no ser humano.
Promova a conversa proposta no boxe “Discussão em sala”. Verifique se os estudantes con-
sideram ou não os vírus como seres vivos. Pode-se apontar algumas características apresenta-
das no boxe que aproximam ou afastam os vírus da classificação de seres vivos. É importante
que a turma identifique que, por possuírem composição química complexa e se modificarem
ao longo do tempo, os vírus podem ser enquadrados como seres vivos, ao passo que outras
características – serem acelulares e não possuírem metabolismo próprio – os distanciam de
tal classificação. Uma sugestão é levar artigos acadêmicos sobre o assunto para que eles se
familiarizem com os argumentos na pesquisa científica.
Trabalhe, então, o tópico sobre a importância dos vírus para os seres humanos, com des-
taque para o controle biológico de pragas, a produção de vacinas e a engenharia genética.
É importante que os estudantes entendam que a capacidade de invasão nas células é uma
característica fundamental dos vírus que permitiu o desenvolvimento de diversas técnicas uti-
lizadas na engenharia genética, como a terapia gênica.
Após apresentar a estrutura, as características gerais e a reprodução dos vírus, inicie o
estudo das doenças virais. Explique o significado de termos utilizados na parasitologia viral,
como agente etiológico, vetor, reservatório natural, profilaxia, arbovírus, epidemia, endemia,
pandemia, doença emergente e reemergente. Dedique algum tempo da aula para o estudo
das doenças causadas por vírus. Os pontos mais importantes que devem ser destacados em

24 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


cada uma delas são os mecanismos de transmissão e as medidas de profilaxia. Podem ser estudadas, ini-
cialmente, as doenças apresentadas no texto: gripe, covid-19, aids, HPV, dengue, febre amarela, ebola, raiva
e sarampo. Aborde outras doenças causadas por vírus ou peça aos estudantes que pesquisem em casa o
assunto, caso não haja tempo disponível em aula.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes.
Trata-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvol-
vidos durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de
sistematização dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios das seções
“Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão
e retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de diversos
vestibulares que proporcionarão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país. Por ter sido um assunto muito importante entre os anos de 2020 e 2022, muitos
vestibulares apresentaram questões sobre vírus, principalmente relacionadas ao SARS-CoV-2 e à doença que
ele causa em seres humanos, a covid-19.

25 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


FRENTE B
UNIDADE

2 Procariontes, fungos e algas

Nesta unidade, serão estudados alguns grupos de seres vivos: as arqueas e as bactérias,
com células procariontes; os fungos, que formam o grupo monofilético; e as algas. A abertura
da unidade traz alguns questionamentos para levantamento dos conhecimentos prévios dos
estudantes; seguem algumas sugestões de respostas:
• Que relação ecológica existe entre os organismos que formam o líquen?
Poderíamos classificar a relação entre esses organismos como parasitismo, uma vez que
possuem crescimento prejudicado na presença dos fungos. No entanto, os liquens con-
seguem ocupar ambientes que os fotossintetizantes não conseguiriam, como rochas ex-
postas e troncos de árvores. Assim, poderíamos classificar a relação como mutualismo, já
que os fotossintetizantes também são beneficiados com a ocupação de novos ambientes.
• Na clássica classificação de “cinco reinos”, em quais se encontram os procariotos, os fungos
e as algas?
Os procariotos estão incluídos no reino Monera, os fungos no reino Fungi, e as algas no
reino Protista.
• Cite uma diferença entre fungos e algas que justifique a separação desses organismos em
reinos diferentes.
Algas são organismos autótrofos e fungos são organismos heterótrofos.

Capítulo 3 – Procariontes e bacterioses


Neste capítulo, será apresentada a classificação atual dos procariotos em domínios sepa-
rados: Bacteria e Archaea. As bactérias são utilizadas como modelo para o estudo da célula
procariótica, da diversidade metabólica, da reprodução e da variabilidade genética. No final
do capítulo são abordadas algumas doenças causadas por bactérias e as principais caracte-
rísticas das arqueas.
A imagem de abertura do capítulo mostra uma ilustração de lactobacilos e busca contextua-
lizar para os estudantes o assunto que será estudado a partir desse momento. As perguntas
que se seguem ao texto, e que serão respondidas ao longo da aula, contribuem para desen-
volver nos estudantes o pensamento científico e possibilitam o levantamento de conhecimen-
tos prévios.
• O que é uma célula procariótica?
Célula em que não há núcleo celular – o material genético fica disperso no citoplasma –
nem organelas membranosas.
• Por que os procariotos pertencem, atualmente, a dois domínios distintos?
Porque esses organismos apresentam grandes diferenças bioquímicas, mesmo apresen-
tando o mesmo tipo celular.
• Cite três doenças humanas causadas por bactérias.
Cólera, sífilis e tuberculose.

26 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Abordagem teórica
Comece a aula com a revisão da classificação atual dos seres vivos em três domínios, nos quais os proca-
riotos se distinguem em dois deles: Bacteria e Archaea. Relembre também os cinco reinos, uma classificação
desatualizada, porém ainda muito utilizada por sua função didática.
Na sequência, utilize a célula bacteriana como modelo para explicar as características presentes em
uma célula procariótica. Apresente os procariotos (bactérias e arqueas) de forma separada: inicie com as
bactérias, uma vez que esses organismos são mais conhecidos pelos estudantes, e deixe as arqueas para
o final da aula.
Após o estudo da célula bacteriana, aborde seus tipos morfológicos, bem como sua diversidade metabó-
lica. Discuta as diferentes estratégias de nutrição das bactérias, revendo com os estudantes os conceitos de
autótrofas (fotossintetizantes e quimiossintetizantes) e heterótrofas (vida livre e simbiontes). Logo em seguida,
explique os mecanismos de produção de energia nas células, revendo os conceitos de fermentação e res-
piração (aeróbica e anaeróbica). Finalize o estudo do metabolismo mostrando aos estudantes as diferenças
entre as bactérias aeróbicas obrigatórias, anaeróbicas obrigatórias e anaeróbicas facultativas.
Após o estudo do metabolismo, explique como ocorre a reprodução das bactérias, destacando as dife-
renças e semelhanças entre a bipartição das bactérias e a mitose dos eucariotos. Na sequência, mostre para
a turma o processo de formação de esporos de resistência e a importância dessas estruturas para a sobrevi-
vência de algumas bactérias.
Comente que as bactérias não apresentam reprodução sexuada, mas que mecanismos como mutações e
recombinações gênicas promovem a variabilidade genética. Explique a diferença entre transformação, trans-
dução e conjugação, mecanismos que promovem recombinação gênica.
Apresente a importância das bactérias para o ambiente e para a população humana. É importante desta-
car o papel ecológico das bactérias para a reciclagem de nutrientes, a produtividade primária nos ecossiste-
mas e a biorremediação de ambientes poluídos. Além disso, comente o papel das bactérias na produção de
queijos, iogurtes e medicamentos para o ser humano, assim como antibióticos e hormônios. Se desejar, reveja
com os estudantes a técnica de transgenia, que permite a produção de hormônios humanos por bactérias
alteradas geneticamente em laboratório.
Dedique bastante tempo ao estudo das doenças causadas por bactérias. Os pontos que devem ser mais
destacados em cada uma das doenças são os mecanismos de transmissão e as medidas de profilaxia. Apro-
veite para rever o conceito de superbactérias e as causas do aumento do número de indivíduos resistentes
aos antibióticos no planeta.
Durante a aula, amplie a discussão, relacionando as duas parasitoses que mais matam no planeta: tuberculose
e aids. Sabendo que a bactéria causadora da tuberculose é considerada oportunista, os estudantes precisam
relacionar essa característica com a das pessoas infectadas pelo HIV: a queda da imunidade. Ao fazer essa
relação, poderão entender o conceito de infecção oportunista e a alta incidência de tuberculose em pacientes
com aids.
Finalize o capítulo explicando as principais características das arqueas, que justificam a separação desses
organismos das bactérias. Além disso, indique as diferenças e o ambiente onde são encontradas as arqueas
halófilas, termoacidófilas e metanogênicas.

Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes.
Trata-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvol-
vidos durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de
sistematização dos assuntos abordados no capítulo.

27 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e retomada do conteú­do
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares que proporciona-
rão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

28 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 4 – Fungos
Neste capítulo, serão apresentadas a origem evolutiva, a estrutura, a nutrição, a reprodu-
ção e a importância ecológica e econômica, bem como a classificação atual dos organismos
do reino Fungi.
A imagem da abertura do capítulo mostra cogumelos da espécie Amanita muscaria e bus-
ca contextualizar para a turma o assunto que será estudado a partir desse momento. As per-
guntas que se seguem ao texto de abertura, e que serão respondidas no decorrer da aula,
contribuem para desenvolver nos estudantes o pensamento científico e possibilitam o levan-
tamento de conhecimentos prévios.
• Por que os fungos não morrem quando os cogumelos são retirados deles?
Cogumelos são apenas o corpo de frutificação dos fungos, ou seja, uma estrutura respon-
sável pela produção de esporos. O corpo do fungo, denominado micélio, é mantido após a
retirada do cogumelo; ele é o responsável pelo crescimento e nutrição do fungo.
• Que medicamento humano pode ser produzido pelos fungos do gênero Penicillium?
Esses fungos podem produzir o antibiótico penicilina.
• Por que os fungos são importantes para a manutenção dos ecossistemas?
Fungos atuam como organismos decompositores, ou seja, realizam a reciclagem da maté-
ria nos ecossistemas, permitindo a manutenção das comunidades do planeta.

Abordagem teórica
Retome os reinos estudados no capítulo anterior. Na sequência, descreva a estrutura dos
fungos, começando pela célula eucariótica. Realize uma breve revisão dos principais compo-
nentes dessa célula e a diferença entre ela e as células animais e vegetais.
Comente a provável história evolutiva dos fungos e a relação de parentesco desses
organismos com animais e protozoários coloniais flagelados. É importante que os estudantes
percebam a relação de proximidade filogenética entre fungos e animais. Embora os primeiros
sistemas de classificação incluíssem os fungos no reino Vegetal, evidências moleculares indicam
que esses organismos são evolutivamente mais próximos dos animais do que das plantas.
É fundamental que os estudantes identifiquem a relação entre os atuais coanoflagelados,
exemplos de protozoários coloniais muito parecidos com o ancestral dos fungos e animais, e
os quitridiomicetos, representantes aquáticos que produzem esporos flagelados.
Logo em seguida, apresente a estrutura dos fungos, como as hifas, os micélios e os corpos
de frutificação. Na sequência, descreva a nutrição desses seres, com destaque para a digestão
extracorpórea, para a absorção de nutrientes e para os diferentes modos de obtenção de
alimento (decompositores, predadores e simbiontes).
Após o estudo da estrutura, aborde os mecanismos de reprodução. Inicie pela reprodução
assexuada e, em seguida, fale sobre a reprodução sexuada. Utilize como exemplo didático
o ciclo de vida do cogumelo para explicar os conceitos de plasmogamia, cariogamia, hifas
dicarióticas e meiose zigótica. Ressalte que o estágio dicariótico é uma condição exclusiva de
ascomicetos e basidiomicetos, representantes dos fungos.
Um assunto de destaque do capítulo é a importância dos fungos para o ambiente e para a
população humana. Enfatize o papel ecológico para a reciclagem de nutrientes (retome o ciclo
do carbono e o papel dos decompositores na quebra de moléculas orgânicas e formação de
gás carbônico), para a biorremediação de ambientes poluídos e para a formação de liquens
e micorrizas. Além disso, enfatize o papel dos fungos para a humanidade, na produção de
alimentos, como os queijos, e medicamentos, como antibióticos.
Finalize o capítulo indicando aos estudantes os principais grupos do reino Fungi e as
principais características e representantes de cada um deles.

29 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes.
Trata-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvol-
vidos durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de
sistematização dos assuntos abordados no capítulo.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios da seção
“Consolidando saberes”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compreensão e retomada do conteúdo
estudado. Além disso, essa seção apresenta atividades recentes de diversos vestibulares que proporcionarão
aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais universidades do país.

30 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Capítulo 5 – Algas
Neste capítulo, serão apresentadas as características gerais, a origem evolutiva, a repro-
dução, a importância ecológica e econômica e a classificação atual das algas. A imagem de
abertura mostra uma ilustração de 1804, feita pelo biólogo Ernst Haeckel (1834-1919), represen-
tando a diversidade de formas, tamanhos e ornamentações existentes na parede das algas
diatomáceas. Essa imagem busca inserir os estudantes no assunto trabalhado. As perguntas
que seguem o texto de abertura serão respondidas ao longo da aula e podem instigar os es-
tudantes ao pensamento científico, possibilitando o levantamento de conhecimentos prévios.
• Por que as algas não estão incluídas no reino Vegetal?
As algas não apresentam tecidos diferenciados e embriões protegidos por tecido materno,
características existentes em vegetais.
• Que característica, relacionada à nutrição, torna as algas semelhantes aos vegetais?
Da mesma maneira que os vegetais, as células das algas contêm cloroplastos e são autó-
trofas fotossintetizantes, ou seja, produzem matéria orgânica e gás oxigênio a partir de gás
carbônico, água e energia luminosa.
• Que benefícios as algas podem trazer para o ser humano?
As algas podem ser utilizadas como fonte de alimento e de matéria-prima para as indústrias
alimentícia, farmacêutica e de cosméticos. Além disso, elas produzem mais da metade do
gás oxigênio utilizado na respiração dos seres vivos.

Abordagem teórica
Inicie o capítulo explicando o significado do termo “alga” e destaque que ele não apresen-
ta validade taxonômica. Para dar continuidade, revise a teoria endossimbiótica, destacando a
diferença entre a endossimbiose primária e a secundária na origem dos cloroplastos e, conse-
quentemente, dos diversos grupos de algas.
Na sequência, descreva as características das algas, começando pela célula eucariótica.
Realize uma breve revisão dos principais componentes dessa célula, destacando a importân-
cia dos cloroplastos, da reserva energética e da parede celular para a classificação das algas.
Em seguida, apresente aos estudantes o talo de alga pluricelular, como o das feofíceas, e
compare-o com as estruturas presentes nos vegetais.
Ao abordar a reprodução das algas, inicie pela reprodução assexuada, indicando a dife-
rença entre a bipartição e a formação de esporos mitóticos. Na reprodução sexuada, comente
que o ciclo de vida da alga verde envolve alternância de gerações. Vale ressaltar que essa
característica é compartilhada com os vegetais.
Após a análise estrutural, apresente a importância ecológica e econômica das algas. Des-
taque a relevância das algas na produtividade primária, na maré vermelha e no branqueamen-
to dos corais.
Se julgar pertinente, pode-se mencionar a relação entre as algas e a formação de nuvens.
As nuvens são formadas quando gotículas microscópicas de água são atraídas pelo sulfeto de
dimetila, molécula produzida e liberada pelas algas microscópicas componentes do fitoplânc-
ton, presente na atmosfera. Além disso, destaque a importância das algas para a manutenção
de uma temperatura adequada para a vida na Terra, uma vez que as nuvens refletem os raios
solares, evitando o superaquecimento do planeta.
Em relação à importância econômica, comente sobre a utilização das algas como fonte de
alimento e de moléculas utilizadas pelas indústrias.
Finalize o capítulo apresentando aos estudantes os principais grupos de algas e as princi-
pais características de cada um deles. Destaque a importância das análises moleculares para
a construção dos cladogramas. Essas ferramentas revelam as relações de parentesco entre
os grupos atuais de seres vivos, incluindo as algas.

31 BIOLOGIA - FRENTE B / Manual do Professor


Aplicando conhecimentos

A seção “Aplicando conhecimentos” apresenta atividades para serem resolvidas com os estudantes.
Trata-se de exemplos diretos da teoria estudada. Essas atividades abrangem todos os conceitos desenvol-
vidos durante a aula e estão disponíveis no livro do aluno. Realize-as com a turma como uma atividade de
sistematização dos assuntos abordados no capítulo.

Leitura extra

Origem e evolução das algas eucarióticas e de seus cloroplastos


com ênfase nas algas vermelhas (Rhodophyta)
A clorofila A está presente em todos os organismos que liberam oxigênio durante a fotossíntese.
O desenvolvimento dessa molécula alterou a atmosfera terrestre causando um grande impacto na
história do planeta, redirecionando a evolução da vida. A fotossíntese com liberação de oxigênio foi
desenvolvida cedo na evolução da vida por um grupo de procariotos, as cianobactérias.
Esta habilidade foi posteriormente transferida lateralmente para os eucariotos pela aquisição das
organelas responsáveis pela fotossíntese, os cloroplastos, através do engolfamento e retenção de uma
cianobactéria de vida livre por uma célula eucariótica ancestral. Esse tipo de fusão celular, denomina-
do de endossimbiose primária, possivelmente ocorreu apenas uma vez e deu origem a três linhagens
atuais de algas (incluindo os ancestrais de plantas terrestres).
Posteriormente, o aparato fotossintético foi transferido lateralmente para outras linhagens de eu-
cariotos através de eventos independentes de endossimbiose secundária, por exemplo, a aquisição de
cloroplastos pelo engolfamento de um eucarioto já equipado com esta organela. Esses eventos deram
origem a um diverso grupo de algas contendo cloroplastos de “segunda mão”, incluindo organismos
tão distintos como as euglenófitas, dinoflagelados e as grandes algas pardas.
Portanto, a história da aquisição da fotossíntese pelos eucariotos é extremamente complexa, tornan-
do muito difícil definir de uma maneira simples as algas e discriminá-las de outros organismos. Dados
atuais apoiam a ideia de que a aquisição dos cloroplastos é possivelmente um evento raro e, portanto,
um único evento primário de endossimbiose seguido por alguns poucos eventos ancestrais secundários
explicariam toda a atual diversidade de plastos.
OLIVEIRA, Mariana Cabral. Origem e evolução das algas eucarióticas e de seus cloroplastos com ênfase nas algas vermelhas (Rhodophyta).
Instituto de Biociências da USP, 2005. Disponível em: www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/41/tde-15022013-164555/pt-br.php.
Acesso em: 8 nov. 2021.

CONSOLIDANDO SABERES

Ao final do capítulo, incentive os estudantes a realizar como atividade extraclasse os exercícios das se-
ções “Consolidando saberes” e “No Enem é assim”. Ressalte que essa tarefa é importante para a compre-
ensão e retomada do conteúdo estudado. Além disso, essas seções apresentam atividades recentes de
diversos vestibulares que proporcionarão aos estudantes um excelente estudo para o ingresso nas principais
universidades do país.
A seção “No Enem é assim” também traz atividades referentes aos capítulos 3 e 4.

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