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INTRODUÇÃO

Professor Diego Apelfeler


Aula 01
O QUE É BIOLOGIA?
 O nome dessa ciência vem da junção de dois termos gregos: bio, que significa vida, e logos, que
significa estudo. Assim sendo, dizemos que a Biologia é a ciência responsável por estudar a
vida em todos os seus aspectos. Mas você deve estar perguntando-se: O que seria a vida?
 Por mais incrível que isso possa parecer, a pergunta não é fácil de ser respondida, pois a vida não
possui uma definição aceita por todos os cientistas. É muito difícil definir de maneira clara o que é
a vida sem excluir alguns organismos claramente vivos. Até então, a grande maioria dos
pesquisadores estabelece que um ser vivo é um organismo que apresenta metabolismo,
reproduz-se e está sujeito aos processos evolutivos.
O QUE É BIOLOGIA?
 Diante de tantas perguntas a serem respondidas sobre um ser vivo, foi necessário
dividir a Biologia em várias áreas para que o estudo ocorresse de maneira satisfatória.
RAMOS DA BIOLOGIA
 Biologia Celular: ramo da Biologia dedicado ao estudo das propriedades fisiológicas das células em nível microscópico e celular.
 Biologia do Desenvolvimento: ramo da Biologia dedicado ao estudo do processo que envolve o crescimento e o desenvolvimento
dos organismos.
 Biologia Molecular: ramo da Biologia dedicado ao estudo da vida, em nível molecular.
 Botânica: ramo da Biologia dedicado ao estudo das plantas.
 Ecologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio.
 Embriologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo da formação do animal a partir de uma única célula indiferenciada.
 Etologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo do comportamento animal.
 Evolução: ramo da Biologia dedicado ao estudo da descendência das espécies e evolução destas.
 Ficologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo das algas.
 Filogenia: ramo da Biologia dedicado ao estudo das relações de parentesco entre os organismos.
 Fisiologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo do funcionamento do organismo.
 Herpetologia: ramo da biologia dedicado ao estudo dos répteis e anfíbios.
 Ictiologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo dos peixes.
 Mastozoologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo dos mamíferos.
 Micologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo dos fungos.
 Microbiologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo dos micróbios.
 Ornitologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo das aves.
 Sistemática: ramo da Biologia dedicado ao estudo da biodiversidade, sua descrição e análise de relações de parentesco.
 Zoologia: ramo da Biologia dedicado ao estudo dos animais.
MÉTODO CIENTÍFICO
 O método científico pode ser definido como um conjunto de procedimentos por meio dos quais
um cientista consegue propor um conjunto de explicações para fenômenos. De forma geral,
o método científico pode apresentar as seguintes etapas:

 1º - Observação: É a etapa em que o pesquisador observa uma determinada matéria ou fenômeno.


 2º - Elaboração do problema (fase do questionamento): Nessa etapa, o cientista ou pesquisador
elabora perguntas sobre o fenômeno ou material analisado, tais como:
 Por que esse fenômeno ocorre?
 Como esse fenômeno ocorre?
 Quais são os fatores que originaram esse fenômeno?
 Qual é a composição do material?
 Que substâncias formam esse material?
 Qual é a importância desse material?

Exemplo: Como o raio ocorre?


MÉTODO CIENTÍFICO
 3º - Hipóteses: É a etapa em que o pesquisador responde às perguntas feitas na etapa anterior.
Essas respostas podem ser pautadas em seu conhecimento prévio sobre materiais ou fenômenos
semelhantes.
 A elaboração das hipóteses deve ser feita com muita cautela porque é por meio delas que a fase da
experimentação será realizada, ou seja, elas serão o ponto de partida da experimentação.
 4º - Experimentação: Nessa etapa, experimentos e pesquisas bibliográficas são realizados com
base nas hipóteses levantadas. O objetivo é encontrar a resposta para cada um dos
questionamentos que foram elaborados.
MÉTODO CIENTÍFICO
 5º - Análise dos resultados: Após a fase da experimentação, o pesquisador analisa cada um dos resultados para
verificar se eles são suficientes para explicar cada um dos problemas levantados e também se estão de acordo
com as hipóteses.
 Caso os resultados não sejam satisfatórios, novas hipóteses podem ser levantadas para que novas
experimentações ocorram. Se os resultados da experimentação forem satisfatórios, o cientista parte para a etapa
da conclusão.
 6º - Conclusão: A conclusão é a etapa em que o cientista verifica se os experimentos e pesquisas realizados
respondem aos questionamentos levantados e permitem que ele faça afirmações acerca dos fenômenos ou
materiais analisados.
 Todas as afirmações realizadas após a utilização do método científico são chamadas de teorias.
MÉTODO CIENTÍFICO - PUBLICAÇÃO
 Uma das exigências da ciência é que as ideias e as conclusões científicas se tornem
públicas, de modo que possam ser criticadas por qualquer pessoa. Teorias, hipóteses e
leis só passam a fazer parte integrante do corpo da ciência se forem publicadas, na
forma de artigo, em uma revista especializada, credenciada pela comunidade científica.
Esse tipo de publicação é imprescindível, pois dá credibilidade às informações
levantadas, permitindo consultas e críticas.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS SERES VIVOS
 Todos os seres vivos possuem moléculas e elementos que são essenciais para a sua composição e
para o seu metabolismo. É uma grande variedade de substâncias orgânicas e inorgânicas que
fazem parte dessa composição.
 Nos seres vivos há cerca de vinte elementos químicos entre os mais de cem que hoje conhecemos.
Os mais abundantes são: oxigênio (O), hidrogênio (H), carbono (C), nitrogênio (N), fósforo (P),
enxofre (S). (CHONPS)
 Substâncias inorgânicas: Água e sais minerais.
 Substâncias orgânicas: Carboidratos, Lipídios, Vitaminas, Ácidos nucleicos e Proteínas.
ORGANIZAÇÃO CELULAR
 De acordo com as características da célula de um organismo, é possível classificá-lo em
procarionte ou eucarionte.
 Procariontes: A característica mais marcante de uma célula procarionte é a ausência de um núcleo
definido. Isso quer dizer que o material genético não está envolto por uma membrana nuclear e,
portanto, fica disperso no citoplasma.
 Eucariontes: As células eucariontes são mais complexas quando comparadas às procariontes.
Como principal critério de diferenciação entre elas, há a presença de um núcleo verdadeiro no
eucarionte, em que o material genético é envolvido por uma membrana nuclear.
NUTRIÇÃO
 Todos os organismos vivos necessitam de energia para realizar suas atividades e também de
biomoléculas para a construção de seu corpo. Com base no tipo de alimentação dos seres vivos e
na forma como obtêm carbono, podemos classificá-los em autotróficos e heterotróficos.
 Os seres autotróficos (do grego autós, “ de si mesmo”, e trophos, “alimentador”) são capazes de
sintetizar seu próprio alimento a partir de material inorgânico. Os processos utilizados por esses
seres vivos para realizar essa transformação são a fotossíntese e a quimiossíntese.
 Os seres heterotróficos (do grego heteros, “outro”, e trophos, “alimentador”) são aqueles que não
são capazes de produzir seu próprio alimento, necessitando de matéria orgânica já previamente
produzida. Isso quer dizer que os seres heterotróficos alimentam-se de outros seres vivos para
produzir energia e sintetizar suas biomoléculas.
REPRODUÇÃO
 Podemos dividir os tipos de reprodução em dois grandes grupos: a reprodução sexuada e a reprodução
assexuada.
 Reprodução sexuada: Na reprodução sexuada, observamos a participação de gametas e a combinação dos
genes herdados dos pais. É um tipo de reprodução que leva, portanto, à variabilidade genética. Nesse caso,
haverá descendentes semelhantes aos pais, não cópias idênticas.
 Reprodução assexuada: A reprodução assexuada difere-se da sexuada em vários aspectos, como o fato de ser
mais simples e, em geral, rápida. Um desses aspectos é a ausência de fusão de gametas e a geração de clones.
Esses clones nada mais são que indivíduos idênticos geneticamente ao indivíduo parental. Quando indivíduos
diferentes do parental surgem, geralmente é resultado de modificações no DNA, ou seja, mutações.
METABOLISMO
 O metabolismo é o conjunto de todas as reações bioquímicas que ocorrem no organismo, dividido
em duas formas: o anabolismo e o catabolismo.
 Anabolismo: O anabolismo compreende as reações que formam moléculas complexas a partir de
outras mais simples, com gasto de energia. Em resumo, o anabolismo é o conjunto de reações de
síntese ou construção.
 Catabolismo: O catabolismo abrange todas as reações em que compostos orgânicos complexos
são convertidos em moléculas mais simples. Assim, o catabolismo resume-se em reações de
degradação ou quebra.
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
 Átomo: são as unidades básicas da matéria. Um átomo é formado pelo núcleo, que é constituído pelos prótons e
nêutrons, e pela eletrosfera, região na qual os elétrons estão localizados.
 Molécula: estrutura química formada por dois ou mais átomos. Ela pode ser formada por átomos iguais ou elementos
diferentes.
 Organela: estrutura presente nas células que atua como pequenos órgãos. Mitocôndria, cloroplasto, retículo
endoplasmático e complexo golgiense são exemplos de organelas.
 Célula: unidades funcionais e estruturais dos seres vivos. Com exceção dos vírus, todos os organismos vivos apresentam
células em sua composição. Elas podem ser divididas em dois grupos básicos: eucariontes e procariontes. As células
procariontes não apresentam núcleo definido, estando o material genético disperso no citoplasma. As células eucariontes,
por sua vez, apresentam núcleo definido, além disso, possuem organelas membranosas em seu citoplasma.
 Tecido: conjunto de células que desempenha uma função específica. Diante dessa definição, fica claro que apenas
organismos multicelulares podem apresentar tecidos. Nos seres humanos, os quatro tipos de tecidos básicos encontrados
são: epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular. Vale destacar que, diferentemente do que alguns pensam, plantas também
possuem tecidos, como: epiderme, parênquima, colênquima, esclerênquima, xilema e floema.
 Órgão: formação composta pelo conjunto de dois ou mais tecidos. Coração, baço, fígado e pâncreas são exemplos de
órgãos encontrados no nosso corpo. Folhas, caules e raízes são exemplos de órgãos presentes nas plantas.
 Sistema: conjunto de órgãos que interagem e desempenham uma determinada função. Exemplos: sistema
cardiovascular, sistema digestório, sistema urinário e sistema endócrino.
 Organismo: forma individual de um ser vivo. Um ser humano é um organismo.
 População: conjunto de organismos da mesma espécie que vive em uma determinada região e em um determinado
período. Um conjunto de girafas, vivendo em uma área da savana africana, representa uma população.
 Comunidade: diz respeito ao conjunto de várias populações que vivem em uma determina área e período. Populações
de girafas, leões e zebras, vivendo em uma região da savana africana, formam uma comunidade.
 Ecossistema: conjunto de todos os seres vivos encontrados em uma região, junto a todos os componentes abióticos com
os quais eles interagem. Por componentes abióticos entendemos os elementos sem vida de um ambiente, como água,
solo, atmosfera e luminosidade.
 Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas encontrados no nosso planeta.

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