Você está na página 1de 11

1

Elsa da Lucia Gervasio


Wiliam Jose Naval Shanker

Vias Evolutivas dos Animais


Licenciatura em ensino de Biológia com Habilitações em Gestão Laboratorial

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
2

Elsa da Lucia Gervasio


Wiliam Jose Naval Shanker

Vias Evolutivas dos Animais

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue ao departamento de Ciências
Naturais e Matemática no Curso de
Biologia na cadeira de Biologia
Evolutiva, 4o ano, regime laboral,
cadeira leccionada pelo:
drː Idiamine Mussa Sabe

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
3

Índice
Introdução.................................................................................................................................4
Conceito de Evolução...............................................................................................................5
Variabilidade genética..............................................................................................................5
Evolução dos animais...............................................................................................................5
Origem e grupo dos animais.....................................................................................................6
Fósseis da fauna de Ediacara....................................................................................................7
Conclusão...............................................................................................................................10
Referencias Bibliográficas.....................................................................................................11
4

Introdução
O presente Trabalho aborda sobre as vias evolutivas dos animais em que os animais tenham se
formado a partir de um grupo de protoctistas heterótrofos chamados coanoflagelados. Estes são
seres unicelulares cuja morfologia lembra a dos coanócitos, um tipo de célula presente nos
poríferos e relacionada com a alimentação. Alguns dos coanoflagelados formam colônias. Pode-
se pensar que o precursor dos animais seria parecido com uma dessas colônias.

Objetivo Geral

 Conhecer as Vias evolutivas dos Animais.


Objetivos Específicos
 Explicar a Evolução dos animais;
 Falar dos Fósseis da fauna de Ediacara.
5

1. Vias evolutivas dos animais


1.1. Evolução dos animais

É provável que os animais tenham se formado a partir de um grupo de protoctistas heterótrofos


chamados coanoflagelados. Estes são seres unicelulares cuja morfologia lembra a dos
coanócitos, um tipo de célula presente nos poríferos e relacionada com a alimentação. Alguns
dos coanoflagelados formam colônias. Pode-se pensar que o precursor dos animais seria parecido
com uma dessas colônias.

A partir do ancestral comum a todos os animais relacionados teriam se formado os seguintes três
ramos:

 O das esponjas, que guardam pouca relação com os demais animais;


 O dos cnidários e outros animais relacionados com estrutura muito sensível, como os
ctenóforos ou pentes do mar;
 Os animais restantes, desde os vermes até os vertebrados, com simetria bilateral.

É de supor que os primeiros animais teriam corpo mole, sem conchas ou carapaças. Por isso, é
muito difícil encontrar fósseis que nos contem sobre o início dos primeiros passos da evolução
dos animais.

2. Origem e grupo dos animais


6

O surgimento dos primeiros vertebrados


Os vertebrados fósseis mais antigos conhecidos são os peixes, que datam das épocas do Cambriano
ou mesmo (alguns fósseis da China, recentemente descritos) do Pré-cambriano superior.
Durante o Devoniano elas proliferaram às margens das águas. A presença de plantas com suas raízes
crescendo para dentro de água e a fauna de artrópodes associada a elas combinaram-se para criar um
novo habitat à beira da água. Os peixes teriam evoluído para explorar aqueles recursos. O registro
fóssil revela, com excelentes detalhes, a transição evolutiva dos peixes para os anfíbios terrestres. Os
anfíbios foram o primeiro grupo de tetrápodes a evoluir. (Tetrápodes são os animais vertebrados de
quatro patas: os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos). Ridley (2006) destaca alguns aspectos
dessa história.
Os peixes actuais (ou, mais exactamente, os peixes ósseos) dividem-se em dois grupos principais: os
peixes de nadadeiras raiadas e os peixes de nadadeiras lobadas. A maioria dos peixes tem nadadeiras
raiadas, mas os tetrápodes actuais descendem de peixes ancestrais de nadadeiras lobadas. Os peixes
pulmonados actuais e o celacanto são peixes de nadadeiras lobadas. Dentre os peixes de nadadeiras
lobadas, supõe-se que os pulmonados, e não o celacanto, são os parentes mais próximos dos
tetrápodes .

A evidência fóssil que mostra a transição gradual é notável por si mesma porque poucas transições
evolutivas importantes estão tão bem documentadas. Ela também revela alguns detalhes importantes,
como a condição de que os tetrápodes parecem ter evoluído, de início, em vertebrados inteiramente
aquáticos.

• Evolução dos tetrápodes


Nos tetrápodes actuais, o pé sempre tem cinco dígitos (ou, se o número difere de cinco, pode-se
constatar que derivou de uma condição pentadáctila). Os tetrápodes do Devoniano, porém, incluem
formas com números de dígitos diferentes, como sete ou nove. Presumivelmente, os tetrápodes
actuais acabaram derivando de ancestrais pentadáctilos e mantiveram essa condição. O grande passo
subsequente na evolução dos vertebrados terrestres foi o surgimento do ovo amniótico (figura 52): os
répteis, as aves e os mamíferos são amniotas (i.e., todos os animais cujos embriões são rodeados por
uma membrana durante a fase embrionária) e os membros desses grupos, ao contrário da maioria dos
anfíbios, não retornam para a água durante as etapas iniciais de seu ciclo de vida.
Embora a origem dos tipos de ovos não possa ser traçada directamente no registro fóssil, há boas
evidências de mudanças morfológicas na estrutura esquelética dos répteis. Provavelmente os répteis
evoluíram no Carbonífero, como sugere a pequena criatura tipo-lagarto encontrada nos depósitos
fósseis da Nova Escócia. Acredita-se que o Hylonomus, cujo nome significa “morador da floresta”,
foi um dos primeiros répteis conhecidos, que viveu há aproximadamente 315 milhões de anos atrás
durante o Carbonífero no Canadá.
Depois do surgimento dos répteis, os dois principais eventos na evolução dos vertebrados foram (i) o
surgimento do voo das aves e (ii) a origem dos mamíferos. Não examinaremos aqui a evolução das
aves, dando uma ênfase mais aprofundada no surgimento dos mamíferos, já que é uma das transições
mais bem-documentadas no campo da Biologia Evolutiva, com evidências robustas no documentário
fóssil (Ridley, 2006)
7

3. Fósseis da fauna de Ediacara

Na evolução dos animais encontram-se vários marcos importantes; em primeiro lugar, a


passagem das esponjas aos cnidários. Estes já apresentam simetria, ainda que radial. Suas células
se dispõem formando dois tecidos diferentes, uma epiderme externa e uma gastroderme interna.
Entre ambas, dispõe-se uma camada gelatinosa. Têm, além disso, uma rede nervosa difusa.

Outro marco significativo foi o surgimento dos primeiros vermes achatados, com simetria
bilateral e uma terceira camada de células, o mesoderma. A presença de simetria bilateral define
um polo anterior, no qual as células nervosas e os órgãos dos sentidos começam a se concentrar
para formar uma cabeça primitiva.

A partir dos anelídeos surge o celoma, uma cavidade cheia de líquido na qual podem situar-se
vários órgãos. Também aparece a segmentação, ou seja, seu corpo é formado por uma série de
módulos com uma estrutura similar que se repete.

Os artrópodes desenvolvem um esqueleto articulado externo, uma carapaça que recobre todo o
corpo e seus numerosos apêndices, com os quais se tomam mais eficientes para o deslocamento.
Os insetos foram os primeiros animais que conquistaram plenamente o meio terrestre. Além
disso, influenciaram na evolução das plantas com flores, pois muitos deles participam na
polinização.
8

Os fósseis são uma ótima evidência de que as espécies sofrem modificações

Desde a Antiguidade a Biologia Evolutiva intriga pesquisadores e a população em geral. O termo


evolução tem origem latina e deriva da palavra “evolutio”, que significa desenrolar. A evolução
refere-se, portanto, à mudança.

Na Antiguidade, uma ideia era bastante difundida a respeito da origem das espécies: o fixismo.
De acordo com essa linha de raciocínio, todos os seres vivos que hoje existem já existiam no
passado e teriam sido criados por Deus. Sendo assim, de acordo com esse pensamento, as
espécias não sofriam modificações ao longo do tempo e, consequentemente, não ocorria
evolução.

Com os avanços dos estudos dos fósseis e das rochas sedimentares, ficou cada vez mais claro
que as espécies de hoje não eram as mesmas que existiram há milhões de anos, bem como que
muitos seres diferentes existiram no passado e extinguiram-se. Assim sendo, no século XVIII,
iniciou-se a disseminação por vários naturalistas, incluindo-se Buffon, da ideia de que os seres
sofriam modificações no decorrer do tempo. Entretanto, nenhum desses pesquisadores tentou
explicar esse mecanismo evolutivo.
9

A primeira teoria evolucionista apresentada foi a de Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829). No seu


trabalho Philosophye Zoologique (1806), Lamarck tentou explicar, no sentido da complexidade,
como as espécies evoluíam. Esse estudioso lançou mão de dois princípios básicos: a lei do uso e
desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos.

Segundo a lei do uso e desuso de Lamarck, as espécies apresentavam modificações em seus


corpos como consequência do uso frequente de determinado órgão ou da falta de uso de uma
estrutura. Ao usar bastante um órgão, por exemplo, ele tornar-se-ia mais forte e mais
desenvolvido. Já os órgãos poucos utilizados caminhavam em direção à atrofia. Ainda segundo a
teoria proposta por Lamarck, todas as características adquiridas durante a vida de um ser vivo
eram transmitidas para seus descendentes.
10

Conclusão
O Grupo chegou à conclusão que A primeira teoria evolucionista apresentada foi a de Jean-
Baptiste Lamarck (1744-1829). No seu trabalho Philosophye Zoologique (1806), Lamarck tentou
explicar, no sentido da complexidade, como as espécies evoluíam. Esse estudioso lançou mão de
dois princípios básicos: a lei do uso e desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos.
11

Referencias Bibliográficas

1. Cavalier-Smith, T. (2010). Deep phylogeny, ancestral groups and the four ages of life.
Philosophical Transactions of the Royal Society B 365: 111-132.
2. Cavalier-Smith, T. (2017). Origin of animal multicellularity: precursors, causes,
consequences—the choanoflagellate/sponge transition, neurogenesis and the Cambrian
explosion. Philosophical Transactions of the Royal Society B 372: 20150476.
3. Dayel, M. J., Alegado, R. A., Fairclough, S. R., Levin, T. C., Nichols, S. A., McDonald, K.
& King, N. (2011). Cell differentiation and morphogenesis in the colony-forming
choanoflagellate Salpingoeca Rosetta. Developmental Biology 357: 73–82.
4. Shen, S., Zhu, M., Wang, X., Li, G., Cao, C. & Zhang, H. (2010). A comparison of the
biological, geological events and environmental backgrounds between the Neoproterozoic-
Cambrian and Permian-Triassic transitions. Science China Earth Sciences 53: 1873-1884.

Você também pode gostar