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A França também tem uma administração que pode ser considerada muito
centralizada e merece uma análise separada, em função de algumas peculiaridades, não
tanto na gestão do sistema, que em termos de controle do Estado é semelhante ao Japão
e Coréia, mas pela forma que a cultura vem trabalhando a questão e as reflexões que
podem contribuir para o esclarecimento deste problema do papel do Estado na gestão da
educação.
O poder central garante seu controle sobre o sistema através dos seguintes
mecanismos: o Estado é responsável pela gratuidade do ensino a manutenção total das
escolas públicas e parcial das privadas sob contrato; o provimento do material escolar; o
recrutamento, formação e gestão de pessoal e estabelecimento do currículo. As medidas
no sentido da descentralização foram: transferência para as autoridades regionais da
responsabilidade da formação profissional, planejamento escolar e transporte dos
alunos.
A época medieval não está fora da busca pela questão da finalidade do ensino.
Portanto, temática realça-se uma análise dos elementos das filosofias da educação de
Santo Agostinho (354-430) e Tomás de Aquino (1225-1274), pensadores situados no
horizonte da educação medieval. A conexão entre esses horizontes revela certa
legitimidade da filosofia da educação indicando um télos para a educação subjacente a
todo movimento que lhe é concernente. Esta parece ser uma questão elementar para a
educação: sua motivação e finalidade. Mas também pode ser uma questão para a
filosofia, pois em qualquer época o homem se depara com esta interrogação,
especialmente quando se inquieta com a produtividade de sentidos em sua formação
intelectual; quando se depara com o modus operandi do ensino, seu como, sua
linguagem. A época medieval não está fora da busca pela questão da finalidade do
ensino, ou seja, também ali se encontra um télos, assim como na Antiguidade Clássica e
na modernidade.
Assim como o contraste entre o verão e o inverno era mais severo do que para
nós, também o era o contraste entre a luz e a escuridão, o silêncio e o ruído.O contraste
contínuo e as formas simbólicas com as quais tudo se imprimia na alma conferiam à
vida cotidiana uma excitação e um poder de sugestão que se manifestavam nos ânimos
instáveis de emotividade tosca, crueldade extrema e ternura íntima entre os quais se
movia a vida urbana medieval.
Como pode-se perceber, a Igreja ergue-se como uma estrutura a partir da qual
se produzia também uma inserção social que acabou promovendo, significativamente,
um destaque para a escola como lugar de ascensão social. Mas não é só isto. Como
vimos, além de uma demanda pela formação clerical havia também uma demanda pela
especialização dos ofícios que a cidades apresentavam. Ou seja, a escola foi surgindo
pari passu com os interesses da época, fossem eles de ordem laica ou religiosa.
Segundo Jacques Le Goff, assim como Alain De Libera, a Idade Média dos
séculos XII e XIII viu florescer uma das experiências humanas mais marcantes e
decisivas não só para sua época, mas especialmente par o racionalismo ocidental dos
tempos posteriores: a criação e assunção da universidade como lugar maior do espírito
humano na identidade do intelectual, dado a pensar o mundo para além do prosaico do
cotidiano. No entanto, conforme sinalizamos anteriormente, cabe lembrar que a
heterogeneidade cultural na Idade Média estendeu-se ao universo das Universidades,
pois, Conforme a autora sinaliza, encontra-se uma presença significativa daquelas
culturas precedendo os trabalhos que serão desenvolvidos nas Universidades europeias
(inclusive porque, como sabemos, desde o século X o Oriente já se adiantara na
experiência universitária).
Bittar também apresenta, à luz de Etienne Gilson, um estudo sobre esta marca
histórica fundamental desvelando a importância da passagem dos árabes na história da
filosofia medieval cristã. Neste ponto vale uma breve incursão no tema. Segundo o
estudo de Bittar, aqui exposto de modo muito resumido, a trajetória da cultura grega
antiga não aconteceu em relação direta e imediata para a filosofia medieval cristã. Com
o fechamento das escolas atenienses por Justiniano, no século VI de nossa era, as
abadias se tornaram o primeiro reduto de conservação e preservação de um patrimônio
intelectual e cultural , ou seja, dos textos clássicos helenistas. Em consonância a este
fato, sírios, árabes e judeus (estes dois últimos na Espanha) compõem a trajetória da
preservação deste patrimônio (e, neste cenário, o autor destaca especialmente as figuras
de Avicena, Averróis e Maimônedes, na Espanha).
podese considerar que tanto a criação das universidades quanto a das ordens
religiosas reflete as grandes transformações pelas quais passa o mundo europeu nesse
período. É significativo, portanto, que se deem praticamente no mesmo momento e
sejam aprovadas pelo mesmo papa, Inocêncio III. As universidades surgem em
consequência do grande desenvolvimento das escolas ligadas às abadias e catedrais no
processo iniciado desde o período carolíngio. Com o crescimento dos núcleos urbanos e
o enriquecimento da sociedade, a demanda por educação aumenta progressivamente,
tanto no sentido eclesiástico, visando à formação de uma elite para combater os hereges,
quanto no leigo e civil, relacionada às necessidades do governo e da administração
pública. As primeiras universidades resultam, na verdade, da aplicação do modelo das
ligas ou corporações de ofício no campo da educação, reunindo por um lado mestres e
por outros estudantes, provenientes de diferentes regiões da Europa em uma
determinada escola ou cidade.
É por meio da articulação afinada entre currículo e método que valorizam o uso
da linguagem que a figura do mestre na Escolástica, personagem maior daquela
estrutura, interroga sua época sobre a verdade do ensino: somente Deus pode ser
chamado de mestre, porque ensina, ou ao homem também é possível atribuir-se essa
tarefa? O projeto desta paidéia cristianizada era o de fortalecer a fé por meio da
linguagem. Por que unir fé e razão? Como? Qual a importância da educação no projeto
teológico e filosófico medieval?
Três coisas são, portanto, necessárias de serem ditas para quem quiser ajudar e
não dificultar as condições do agir pedagógico:
A partir desse conjunto de ideais, as pedagogias modernas, nos seus vários matizes,
adquirem suas peculiaridades, formulando distintos entendimentos sobre as formas de
conhecimento, função da ciência, conceito de liberdade, etc., sem, todavia, renunciar à
ideia de criação de uma sociedade racional.
Uma reavaliação dos paradigmas teóricos de referência que até hoje tem
norteado a produção do conhecimento, especialmente o legado da tradição
iluminista.
Uma sistematização, uma ordenação, das explicações de fenômenos novos que
surgem na sociedade: o espetáculo, o efêmero, o modismo, a cultura do
consumo, a emergência de novos sujeitos sociais etc.
Um mapeamento das transformações que vão ocorrendo no mundo
contemporâneo (e que caracterizam a chamada "condição pós-moderna") para
aguçar a consciência dos que se propõem a manter-se dentro de um
posicionamento crítico.
Correntes Modalidades
1. Racional-tecnológica Ensino de excelência
Ensino Tecnológico
2. Neocognivistas Construtivismo pós-piagetiano Ciências
cognitivas
Os professores que atuam na linha de frente, por sua vez, se vêm confusos em
face da diversidade de discursos e posições dos que falam sobre a sua própria prática e,
frequentemente, não conseguem saber sequer do que se está falando. Ora se
sensibilizam com discursos críticos em relação à escola, que ela é reprodutora do
sistema capitalista, é instrumento do neoliberalismo, é exploradora do trabalho do
professor, mas frustram-se por não ouvir algo que responda mais concretamente a suas
dificuldades profissionais.
O hibridismo ajuda?
Esta última, pode ser possível por duas razões: primeiro porque os alunos sabem
previamente as matérias a ser lecionadas, segundo porque a partir das primeiras aulas
práticas, a pesquisa aí fomentada pode ser incorporada nestas sessões mais teóricas.
Avaliação contínua
Avaliação sumativa
2.Programa
Desenvolvimento do Programa
Na explanação dos conteúdos programáticos, optou-se por reproduzir o
itinerário letivo com uma pequena síntese das aulas teóricas e práticas (dando
naturalmente maior relevo às primeiras face às novidades de conteúdo, por um lado, e
ao cunho essencialmente prático das segundas) estruturando as sessões tal como são
visualizadas inicialmente pelos alunos que chegam à sala (tema, tópicos de incidência e
bibliografia básica).
A bibliografia básica terá sempre uma referência com (*) para significar a que
privilegiamos, não invalidando a possibilidade de, em função dos alunos e dos seus
interesses serem sugeridas alternativas dentro do que é apresentado.
AULAS TEÓRICAS
Tópicos de incidência
AULAS TEÓRICAS
Desenvolvimento sumário
Apresentação de uma Ficha diagnóstico que permita conhecer os interesses dos alunos
na disciplina – trata-se de uma disciplina de opção que, por isso mesmo, tem uma forte
carga de motivação individual – e enquadrar, se necessário adaptando perspetivas e
opções assumidas, no contexto da lecionação da disciplina.
alunos no sentido de garantir uma compreensão das regras, dos conteúdos e das
expetativas
Ao longo dos três séculos da Era Moderna, a forma escolar foi-se impondo
aos modos tradicionais de socialização, de aprendizagem e de transmissão cultural. Em
meados do século XVIII, graças ao trabalho dos jesuítas e de outras congregações
docentes, o modelo escolar encontra- se já razoavelmente definido: a educação das
crianças e dos jovens realiza-se num espaço próprio, separado da família e do trabalho,
sendo da responsabilidade de um ou de vários mestres que ensinam um elenco de
matérias previamente definidas através de determinados procedimentos didáticos.
Tópicos de incidência
A) A nova Filosofia Educativa em meados do século XVIII.
B) Da teoria racional à prática institucional.
C) Etapas das alterações educativas.
D) Sentido das alterações do último quartel do século XVIII.
Tópicos de incidência
A) Reação conservadora à política pombalina.
B) A Revolução de 1820 e as propostas educativas.
C) O triunfo liberal (1834) como condição de renovação.
D) As propostas de Passos Manuel e de Costa Cabral.
Tópicos de incidência
A) A Escola e o Ensino; o Progresso e a Riqueza.
B) Ensino Primário: principais iniciativas.
C) Ensino Secundário: da institucionalização dos liceus ao (re)nascimento ao ensino
técnico.
D) Ensino Profissional: Agrícola, Industrial e Comercial
multiplicação das escolas de um e outro sexo, que estas sejam pagas com exatidão e
regularidade, colocadas em edifícios públicos e visitadas pelos comissários dos estudos,
ou pelos seus subdelegados, e que se escolham bons professores habilitados em escolas
normais. A instrução secundária e complementar carece de dilatar a esfera do ensino, na
parte relativa às disciplinas industriais, adiantar os conhecimentos práticos e de
aplicação, tão necessários para o progresso da agricultura e para o desenvolvimento de
todas as artes e ofícios.
Este sentido de mudança era corroborado pelas diferentes gerações de intelectuais que
associavam a necessidade de qualificação educativa e profissional da população
portuguesa ao progresso que o País parecia apostado em trilhar, uma vez adquirida a
ambicionada estabilidade política em 1851. Multiplicam-se as opiniões na segunda
metade de oitocentos que insistem na relação riqueza-instrução. Em 1881, José Maria da
Ponte Horta afirma que “. Só pela instrução do povo e para o povo as nações logram
adquirir com a sua independência, a riqueza e a liberdade.
PRIMEIRA PARTE
A mais ordinária das fábulas reza que a Idade Média foi uma idade das trevas,
uma época de barbárie. Evidentemente, o termo trevas é apenas uma metáfora que
serviria para designar a ignorância difusa e persistente num período de mil anos.
Primeiro, releva notar que os historiadores ingleses costumam assim denominar a
primeira fase da Idade Média, quando os povos germânicos disseminados e fixados em
vários rincões do Ocidente desarticularam as estruturas da sociedade romana,
arruinaram as cidades, talaram as propriedades rurais e destruíram a rede escolar
estabelecida pelo Império Romano do Ocidente.
Em 114 a.C. o Império Romano foi atacado pelos cimbros que vieram a ser
derrotados por Caio Mário nas grandes batalhas de 102 e 101 a.C., e César, por sua vez,
venceu Ariovisto que invadira a Gálio, mas o germano Armínio derrotou o cônsul Varo,
destruindolhe um exército de três legiões no ano 9 d.C. Em 275 os germanos
atravessaram o rio Remo e os alamanos instalaram-se nos "Campos Decumatos". Em
402, o imperador Honório transferiu a sua corte de Milão para Ravena, por razões de
segurança.
SEGUNDA PARTE
Desde os primeiros dias da sua solidão, São Bento foi procurado pelos patrícios
de Roma e pelos habitantes da redondeza, para lhes educar os filhos. Por isso, a
atividade educacional vem desde a origem da Ordem Beneditina como uma das suas
características acidentais e por uma disposição da Providência divina.
Ao se tratar das escolas, do século V ao século XII, podemos analisar uma das
concepções errôneas divulgadas quanto a educação medieval. Assim, Arnould Clausse
cita um outro Clausse, Roger, autor da obra Critique matérialiste de l'éducation, e
endossalhe o parecer de que em Roma sob a República se pretendia formar cidadãos
romanos; sob o Império, funcionários, enquanto a Idade Média tinha concepções
ascéticas e a Renascença, intenções liberais e humanas. Tem-se a impressão de que
Arnould Clausse imaginou caracterizar muito bem o espírito medieval, mas a sua
expressão, com efeito, parece-nos infeliz, máxime numa obra pedagógica.
Pode asseverar-se que durante todas as fases da Idade Média perdurou o ideal
clássico quanto à formação da personalidade devendo observar-se, contudo, que acima
desse objetivo natural impunha-se sobranceiro o propósito de se plasmar o perfeito
cristão, o discípulo de Jesus Cristo que procura a felicidade eterna através da crença no
Evangelho, da prática dos mandamentos, da aquisição das virtudes, das mortificações,
enfim, por meio do constante aumento da vida em estado de graça, da vida sobrenatural
iniciada com o batismo. Esse era, e ainda é, o supremo objetivo educacional do povo
cristão.
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RuyNunesHistoriaDaEducacaoNaIdadeMedia2-3.htm (5 of 15)2006-06-02 22:31:48
Rui Afonso da Costa Nunes Professor de Filosofia da Educação : L.2, C.3. dedicado
mentor da escola palatina na qual introduziu o trivium e o quadrivium, tendo composto
opúsculos didáticos como os diálogos sobre gramática, ortografia, a retórica e as
virtudes, a dialética, a Disputa do jovem real e nobilíssimo Pepino com o escolástico
Albino, e mais um outro escrito sobre a lua e o ano bissexo. O herdeiro de Carlos
Magno, seu filho Luís, o Piedoso (+ 840), prosseguiu no império franco com as
reformas eclesiásticas.
O número sete era profundamente simbólico, uma vez que são sete as petições
do Padre-Nosso, sete os Dons do Espírito Santo, sete os sacramentos e existem sete
virtudes, sete pilares da sabedoria e sete céus. A dialética começou a ser estudada com
afinco na Idade Média desde o período carolíngio, quando as obras lógicas de Boécio
começaram, de fato, a ser lidas e estudadas. Ainda no século X intensificou-se o estudo
da matemática em Liège, Lobbes e Reims principalmente.
TERCEIRA PARTE
CAPÍTULO VII. O Renascimento do Século XII.