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ZOOLOGIA GERAL

YA N G AMA
1 º /2º AG RONOMIA – A A 1
INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA E FILO NEMATODA
A VIDA E A CIÊNCIA DA ZOOLOGIA (1.1)
Na biologia, a vida se separa a princípio em dois grupos: eucariotos e procariotos.

Mas o que define biologicamente o conceito de vida?


Existem algumas propriedades que determinam o que tem ou não vida.
A VIDA E A CIÊNCIA DA ZOOLOGIA (1.1)
1- Singularidade química: todos os seres vivos e não vivos do planeta apresentam os mesmos átomos, no
entanto, o que muda é sua complexidade, que garante a formação de quatro macromoléculas que todos
os seres vivos tem: proteínas, ác. Nucleicos, lipídeos e carboidratos.
2- Grande complexidade e organização hierárquica: seres vivos tem níveis sistêmicos hierárquicos que
incorporam o nível anterior (Exemplo: ...>célula>tecido>órgão>sistema>organismo>população>...)
3- Capacidade de autorreplicação: capacidade de reprodução.
4- Presença de material genético: DNA
5- Metabolismo: reações químicas que processam substâncias através de catabolismo e anabolismo.
6- Desenvolvimento do organismo: alterações físicas que ocorrem no organismo durante a vida.
7- Interação ambiental: respostas à estímulos externos do ambiente.
8 – Movimento: em nível celular.
A VIDA E A CIÊNCIA DA ZOOLOGIA (1.1)
Origem da vida
Teoria da Abiogênese
Teoria da vida espontânea, explica "a origem da vida a partir da matéria bruta, ou seja, de uma matéria
sem vida. Um dos exemplos clássicos é o lodo dos rios, que poderia dar origem à alguns anfíbios e répteis.

Teoria da Biogênese
Todos os seres vivos são originados de outros seres vivos preexistentes, ou seja, um rato não pode nascer
a não ser de outro rato.
Espécies de anfíbios e répteis só podem nascer de espécies preexistentes desses animais.
A VIDA E A CIÊNCIA DA ZOOLOGIA (1.1)
Experimento de Louis Pasteur
A VIDA E A CIÊNCIA DA ZOOLOGIA (1.1)
Origem da vida
A hipótese mais aceita, atualmente, sobre a origem da vida é a hipótese de Oparin e Haldane. Segundo
essa ideia, a Terra primitiva seria constituída por amônia, hidrogênio, metano e vapor d'água, os quais são
expelidos constantemente pelas atividades vulcânicas. A condensação desse vapor d'água deu origem a
um ciclo de chuvas, pois estas, ao atingirem a superfície ainda quente da Terra, voltavam a evaporar,
iniciando assim um novo ciclo.
Mediante ação das radiações ultravioletas do Sol e das constantes descargas elétricas, os elementos
presentes na atmosfera passaram a reagir, dando origem aos primeiros compostos orgânicos,
denominados aminoácidos. As chuvas carreavam esses compostos para os oceanos primitivos, os quais se
formaram quando ocorreu o resfriamento da superfície da terra, permitindo o acúmulo de água na
superfície.
Nos oceanos primitivos, esses aminoácidos uniram-se, formando compostos semelhantes
a proteínas (proteinoides), e, em seguida, após novas reações, essas deram origem aos coacervados. Estes
se tornaram mais estáveis e complexos, controlando as próprias reações químicas e sendo capazes de
autoduplicar-se, originando, assim, os primeiros seres vivos.
A VIDA E A CIÊNCIA DA ZOOLOGIA (1.1)
Teorias da Evolução de Darwin – Darwinismo
Darwinismo é o nome dado à teoria evolucionista baseada nas ideias de Charles
Darwin.
Assim como outras teorias evolucionistas, o darwinismo defende a descendência
com modificação, contrapondo, portanto, a ideia fixista de que as espécies são
imutáveis.
O darwinismo baseia-se em dois pilares: a ancestralidade comum e a seleção natural.
Após os conhecimentos sobre genética serem adicionados às ideias darwinistas,
Darwinho
surgiu a teoria que chamamos de neodarwinismo.
Estão incluídas na ideia de “Darwinho” as seguintes teorias: Mudança perpétua; Descendência comum;
Multiplicação de espécies; Gradualismo; Seleção Natural.
Princípios do desenvolvimento e padrões de arquitetura
corporal dos animais (1.2)
Antigamente, acreditava-se que todas as partes de um organismo já estavam prontas no zigoto e apenas
cresciam para então se transformar em um adulto.
Só mais tarde que perceberam que na verdade o zigoto
mantinha um material celular que através da mitose produziria
o embrião.
Esse processo foi chamado de Epigênese.
Princípios do desenvolvimento e padrões de arquitetura
corporal dos animais (1.2)
Clivagem ou Segmentação
Processo que ocorre no início do desenvolvimento embrionário, no qual o zigoto ou célula ovo efetua uma
série de divisões mitóticas consecutivas, dando origem a
multicelularidade do embrião.
Cada uma das células resultantes da clivagem do zigoto é
denominada de blastômeros (célula embrionárias indiferenciadas).
Princípios do desenvolvimento e padrões de arquitetura
corporal dos animais (1.2)
Clivagem ou Segmentação
A partir da mórula geralmente ocorre um aumento no número de células e à medida que isso acontece,
os blastômeros vão se afastando uns dos outros, formando uma cavidade.
Neste momento, a estrutura passa a ser chamada de blástula, que é resultante do arranjo dos
blastômeros em torno da cavidade denominada de blastocele (do grego cele = cavidade).
Princípios do desenvolvimento e padrões de arquitetura
corporal dos animais (1.2)
Clivagem ou Segmentação
A quantidade de vitelo varia de espécie para espécie,
sendo definidos como:
➢ Isolécitos ou oligolécitos: pouco vitelo e distribuídos
igualmente entre os polos;
➢ Mesolécitos: quantidade moderada e concentrado no
polo vegetativo;
➢ Telolécitos ou megalécitos: muito vitelo e concentrado
no polo vegetativo;
➢ Centrolécitos: acumulam vitelo na região central.
Princípios do desenvolvimento e padrões de arquitetura
corporal dos animais (1.2)
Clivagem ou Segmentação
Em ovos com muito vitelo, como nas aves, o embrião gera um mini adulto, num desenvolvimento direto.
Quando existe pouco vitelo, o processo de formação tem que passar por fases de transformação, através
de mutações, passando por fases larvais até atingirem a fase adulta.
Quando se há vitelo, o processo de nutrição do embrião é feito através de um cordão ligado entre a mãe e
o embrião.
Princípios do desenvolvimento e padrões de arquitetura
corporal dos animais (1.2)

Aves Besouro
Princípios do desenvolvimento e padrões de arquitetura
corporal dos animais (1.2)
Fundamentos de taxonomia e filogenia dos animais
(1.3)
Sistemática e Taxonomia
A organização da diversidade animal de um modo hierárquico, de acordo com as relações evolutivas que
podem ser observadas pelo compartilhamento de características homologas, ou seja, que compartilham
uma mesma origem no desenvolvimento ou na evolução, é chamado de Sistemática.
Já a Taxonomia é a nomeação formal para as espécies e grupos de animais que detém características
semelhantes na sistemática.
Carolus Linnaeus, botânico sueco, criou o sistema de categorização utilizado até hoje, que divide em sete
níveis os seres vivos:
Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie

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Fundamentos de taxonomia e filogenia dos animais
(1.3)
Espécie pode ser definida como um grupo de organismos capazes de se reproduzir e originar
descendentes férteis.
Esse conceito, que propõe que mecanismos de isolamento reprodutivo sejam os responsáveis pela
existência das espécies, também é conhecido como conceito biológico de espécie.

O LIVRO AINDA COLOCA QUE DEVEM TER UM ACESTRAL COMUM!

No entanto, se pensarmos bem, essa característica não pode ser analisada como definitiva para ser uma
espécie, visto que todos temos um ancestral comum, mas nem por isso somos todos da mesma espécie.
Fundamentos de taxonomia e filogenia dos animais
(1.3)

???
Fundamentos de taxonomia e filogenia dos animais
(1.3)
De acordo com a classificação proposta por Linnaeus, o filo e a categoria mais alta dentro do Reino
Animal. Atualmente, os filos animais são agregados em grupamentos informais entre o nível de reino e
filo. A classificação filogenética dos metazoários e difícil de se obter tanto por métodos morfológicos
quanto moleculares. Uma das possíveis classificações (e que será utilizada nesta disciplina) e a seguinte:
– Ramo A (Mesozoa): filo Mesozoa.
– Ramo B (Parazoa): filos Porifera e Placozoa.
– Ramo C (Eumetazoa): demais filos.
– Grado I (Radiata): filos Cnidaria e Ctenophora.
– Grado II (Bilateria): demais filos.
Divisão A (Protostomia): Cheatognatha.
Lophotrochozoa: filos Annelida, Mollusca, entre outros.
Ecdysozoa: filos Nematoda, Arthropoda, entre outros.
Divisao B (Deuterostomia): filos Chordata, Hemichordata, Echinodermata.
Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
Os nematódeos, também conhecidos como nematoides e nematelmintos, são animais invertebrados
pertencentes ao filo Nematoda que apresentam corpos não segmentados, cilíndricos, alongados e com
suas extremidades afiladas.
Algumas espécies são microscópicas, enquanto outras podem atingir mais de um metro de comprimento.
Esses animais apresentam a parede do corpo formada externamente por uma cutícula complexa, e
internamente, observa-se uma camada de músculos longitudinais.
Os nematódeos são como um tubo dentro de outro, sendo o tubo interno o sistema digestório.
Entre a parede corporal e o tubo digestivo há uma cavidade preenchida por líquido (pseudoceloma), que
atua como um esqueleto hidrostático.
Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
Os nematódeos são seres:

- Triblásticos: possuem três folhetos germinativos (ectoderme, endoderme e mesoderme).

- Pseudocelomados: possuem uma cavidade corporal, entretanto essa cavidade é delimitada em parte

pela mesoderme, em parte pela endoderme.

- Protostômios: no desenvolvimento embrionário, a boca é formada antes do ânus.

- Bilateralmente simétricos: o corpo apresenta duas partes semelhantes, sendo seu corpo dividido por um

único plano de simetria.


Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
Nematódeos possuem sistema digestório completo, ou seja, seu tubo digestivo inicia-se com a boca e
termina no ânus.
Trata-se basicamente de um tubo praticamente reto que se estende da parte anterior do animal até a
porção posterior.
O sistema nervoso dos nematódeos é parcialmente centralizado, sendo possível observar um anel nervoso
ao redor da faringe.
Nos nematódeos, o sistema respiratório está ausente, e as trocas gasosas ocorrem por difusão através do
tegumento.
Também não possuem sistema circulatório.
Nos nematódeos, os nutrientes são transportados pelo corpo do animal no líquido encontrado no
pseudoceloma.
Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
Os nematódeos podem ser encontrados em diferentes
hábitats, sendo animais considerados muito bem-sucedidos
ecologicamente.
Eles podem ser observados, por exemplo, no ambiente
terrestre, marinho e de água doce.
Algumas espécies de nematódeos são parasitas, que podem
ser observadas, portanto, no corpo de outros seres vivos.
Esse é o caso das lombrigas, que podem ser vistas habitando
o intestino de alguns indivíduos.
Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
A maioria dos nematódeos é dioica, ou seja, existem indivíduos de sexos diferentes.
Machos e fêmeas de algumas espécies apresentam nítido dimorfismo sexual, sendo possível observar, por
exemplo, fêmeas maiores que os machos.
A fecundação nos nematódeos é interna, e os machos
colocam seus espermatozoides no poro genital das fêmeas.
O ciclo de vida dos nematódeos pode ser direto ou indireto.
Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
Algumas espécies de nematódeos destacam-se por

serem parasitas, retirando os nutrientes que precisam

do corpo de um hospedeiro.

Dentre as espécies parasitas, existem aquelas que

parasitam plantas e as que retiram seus nutrientes de

animais, incluindo os seres humanos.


Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
• Ascaridíase: essa doença é causada pelo parasita Ascaris lumbricoides, a lombriga. A doença, em geral,

não provoca sintomas, mas em algumas situações pode provocar diarreia, náusea, dor abdominal e

anorexia. A obstrução intestinal pode ser observada quando um grande número de vermes é

observada no intestino.

• Ancilostomíase: essa doença é causada por nematódeos da família Ancylostomidae: A. duodenale e

Necator Americanus. É também conhecida por “amarelão”, devido ao fato de que em casos graves

pode provocar anemia ferropriva.


Filo Nematoda: classes Secernentea e Adenophorea
(1.4)
• Filariose: é causada por um nematódeo chamado Wuchereria bancrofti, o qual é adquirido por meio

da picada do mosquito Culex quinquefasciatus. A doença pode provocar a obstrução de vasos

linfáticos, causando grande inchaço, principalmente na região das pernas, bolsa escrotal e mamas.

• Bicho-geográfico: é causado mais comumente pelo Ancylostoma brasiliensis, um nematódeo que

parasita cachorros, gatos e humanos. Esses animais eliminam os ovos do parasita no solo, que, após

eclodirem, liberam larvas que podem penetrar na pele dos seres humanos. A larva então começa a

migrar no tecido subcutâneo, formando verdadeiros túneis, os quais provocam muita coceira.

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