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ICHA DE TRABALHO
DISCIPLINA: BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10ºANO
Grupo I
As esponjas possuem o corpo coberto de poros ligados a canais que permitem o fluxo da água do mar
para o interior de uma cavidade. São formadas por duas camadas de células unidas por um material
gelatinoso. Esta organização torna as esponjas nos animais mais simples que se conhecem.
A água do mar transporta partículas de alimento enquanto circula pelos canais. Estas partículas de
alimento são transportadas para o interior de células, que podem ser de dois tipos principais (figura 1):
amebócitos – são capazes de se transformar noutros tipos de células e desempenham funções na
obtenção de matéria, em especial no processamento das partículas de maiores dimensões;
coanócitos – encontram-se a revestir a camada mais interna, possuindo um flagelo. O batimento de
todos os flagelos origina o fluxo de água pelos poros e canais.
6. Indique a importância de as esponjas manterem um fluxo constante de água pelo seu corpo.
Um fluxo constante de água permite a entrada de nutrientes e a saída de excreções.
8. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, à respetiva biomolécula, na coluna
B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Polipétido com regiões polares e apolares, (1) Proteína intrínseca
atravessando a membrana plasmática. (2) Proteína extrínseca
(b) Molécula anfipática. (3) Colesterol
(c) Composto insolúvel em água, cujo teor influencia (4) Glicoproteínas
a fluidez da membrana plasmática. (5) Fosfolípidos
No final da década de 1980, Y. Ohsumi concentrou os seus esforços no estudo da degradação das proteínas
no interior dos vacúolos de leveduras. As leveduras são relativamente fáceis de estudar e, por isso, são
frequentemente usadas como modelo para as células humanas. O vacúolo das leveduras desempenha
funções idênticas às dos lisossomas das células humanas.
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Contudo, dadas as reduzidas dimensões destes seres, era difícil observar ao microscópio algumas das
estruturas celulares. Assim, inicialmente, Y. Ohsumi não conseguiu saber se existiam processos de autofagia
nas leveduras.
Na tentativa de contornar este problema, Y. Ohsumi pensou que se interrompesse o processo de
degradação, que estaria a ocorrer nos vacúolos, enquanto o processo de autofagia estava ativo, os
autofagossomas deveriam acumular-se no interior do vacúolo, tornando-se visíveis ao microscópio.
Para testar a sua hipótese cultivou leveduras com mutações, às quais faltavam enzimas degradativas
vacuolares. Paralelamente, estimulou autofagia não fornecendo alimento às leveduras.
Ao fim de algumas horas, os vacúolos apresentavam-se preenchidos por pequenas vesículas que não
tinham sofrido degradação. (Fig. 4)
Fig. 4 – Nas leveduras, os vacúolos correspondem aos lisossomas presentes nas células dos mamíferos. Y.
Ohsumi criou leveduras mutantes que eram incapazes de produzir enzimas degradativas
vacuolares. Quando estas leveduras eram sujeitas a stresse alimentar, rapidamente acumulavam
autofagossomas no interior do vacúolo.
Estas vesículas eram autofagossomas e Y. Ohsumi pôde concluir que a autofagia ocorria em leveduras. No
passo seguinte, Ohsumi estudou centenas de leveduras mutantes, o que lhe permitiu identificar 15 genes
que são essenciais ao processo de autofagia.
Após a descoberta dos genes envolvidos na autofagia, Y. Ohsumi caracterizou a funcionalidade das
proteínas por eles codificadas.
Os resultados permitiram-lhe concluir que a autofagia é controlada por uma cascata de reações que
envolvem proteínas e complexos proteicos, sendo cada um responsável pela regulação das diferentes
etapas de formação do fagossoma. (Fig. 5)
Fig. 5 – Os trabalhos de Ohsumi permitiram conhecer a função das proteínas codificadas pelos genes
envolvidos no processo de autofagia. Sinais de stresse desencadeiam a autofagia, para os quais é
necessária a intervenção de proteínas e complexos proteicos que promovem as diferentes etapas
necessárias à formação dos autofagossomas.
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Graças ao trabalho de Ohsumi e de outros que o seguiram, sabe-se que a autofagia está envolvida no
controlo de importantes funções fisiológicas, nas quais é necessário degradar e reciclar componentes
celulares. A autofagia pode fornecer, de forma rápida, substâncias que permitem a obtenção de energia ou
que são usadas para a renovação dos componentes das células, sendo assim essencial para a resposta das
células à falta de nutrientes e outras situações de stresse.
Na sequência de uma infeção, a autofagia permite eliminar bactérias e vírus que tenham invadido as
células. A autofagia está envolvida no desenvolvimento embrionário e na diferenciação celular.
As células recorrem à autofagia para eliminar proteínas e organelos danificados, constituindo um
mecanismo de controlo de qualidade crucial para contrariar as consequências do envelhecimento.
Alterações nos processos autofágicos têm sido relacionados com a doença de Parkinson, diabetes tipo 2,
cancro e outras doenças que surgem com o envelhecimento.
Uma intensa pesquisa tem vindo a ser realizada no sentido de desenvolver fármacos que interfiram com os
processos autofágicos associados a diversas doenças.
Fonte: www.nobelprize.org
1. Um autofagossoma é…
(A) formado no interior dos lisossomas.
(B) o mesmo que lisossoma.
(C) sempre formado no interior de vacúolos.
(D) uma vesícula transportadora.
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5. Os resultados dos trabalhos de Y. Ohsumi permitem concluir que as leveduras sujeitas a stresse
nutritivo…
(A) incrementam a autofagia.
(B) produzem mais lisossomas.
(C) degradam os seus vacúolos.
(D) deixam de produzir enzimas degradativas.
6. Explique em que medida a indução de mutações nas leveduras permitiu a Y. Ohsumi testar a sua
hipótese, contornando a dificuldade em observar a formação de autofagossomas.
7. A diabetes tipo 2 é uma doença que se caracteriza pela elevada concentração de glicose no sangue,
resultante da dificuldade deste glícido atravessar as membranas celulares.
Uma das formas da glicose entrar nas células musculares é através de uma proteína transmembranar
denominada GLUT4. Na ausência da insulina, estes transportadores são removidos da membrana,
sendo incorporados em vesículas de endocitose que se deslocam para o citoplasma. Na presença de
insulina estas vesículas fundem-se com a membrana citoplasmática, permitindo a incorporação de
GLUT4 no plasmalema.
Por outro lado, o elevado consumo de ATP também desencadeia a fusão destas vesículas com a
membrana citoplasmática.
Explique em que medida o exercício físico regular pode contribuir para a diminuição da incidência da
diabetes tipo 2.