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Resumo das aulas de Biologia Celular e Molecular 1º Ano | 2022

EXTENSÃO DE NIASSA
Introdução à Biologia Celular e Molecular

Citologia, ou biologia celular, é a ciência que estuda os vários sistemas celulares, a maneira
como as células são reguladas e a compreensão do funcionamento de suas estruturas. A
construção dos microscópios óticos foi um passo decisivo para a descoberta das células, e
acredita-se que o primeiro tenha sido inventado em 1592, por Jeiniere da Cruz e seu pai,
Zacharias Jansen, dois holandeses fabricantes de Óculos. Tudo indica, porém, que o
primeiro a fazer observações microscópicas de materiais biológicos foi o holandês Antonie
van Leeuwenhoek (1632-1723). O Microscópio simples com apenas uma lente, construído
por Leeuwenhoek, foi aprimorado por Robert Hooke em 1665, ganhando mais uma lente.

A partir dos estudos de Hooke em biologia, publicados em um livro intitulado Micrographia


(1665), que analisou cortes finos de cortiça obtidos da casca do sobreiro, verificou que estes
eram constituídos por pequenas cavidades poliédricas (no latim, cella), as quais foram
denominadas células. Estes compartimentos representavam as paredes das células vegetais
mortas. Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden descreveu que a célula era a
unidade básica de todas as plantas e, mais tarde, em 1839, o zoólogo alemão Theodor
Schwann chegou a mesma conclusão para os animais. Com base nestes conhecimentos,
elaborou-se a teoria celular que foi proposta por Schleiden e Schwann. Posteriormente, a
associação de técnicas de coloração e de citoquímica foi capaz de revelar as estruturas e a
fisiologia das células.

O grande avanço no conhecimento da biologia celular, sem dúvida, foi a invenção dos
microscópios eletrónicos em 1931, por dois engenheiros alemães Ernst Ruska e Max Knoll, o
que possibilitou a visualização dos organelos celulares em grande detalhe.

A célula é uma unidade funcional que estabelece interação entre seus componentes, sob o
aspecto fisiológico, biossintético e reprodutivo. A dinâmica celular para a manutenção da
vida é regida por um processo de auto-manutenção, que compreende a modificação de
estruturas, a substituição de componentes, de tal forma articulada que garanta a sua
organização estrutural e funcional.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 1


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Células procarióticas e eucarióticas


A divergência entre procariontes e eucariontes deve ter ocorrido após serem estabelecidos
os mecanismos de replicação e transcrição do ácido desoxirribonucleico (DNA), a tradução,
o sistema de codões e os metabolismos energéticos e biossintéticos.

O principal critério de distinção entre estes grupos é a sua organização celular. As células
procarióticas (do latim pro = primeiro e cárion =˙núcleo) são relativamente simples e se
caracterizam por não apresentarem membrana, segmentando os ácidos nucleicos (DNA) e
ribonucleicos (ARN) do citoplasma. Além disso, algumas destas células apresentam uma
membrana plasmática circundada externamente pela parede celular. As células eucarióticas
(do latim eu - verdadeiro e carion - núcleo) constituem o tipo celular da constituição dos
fungos, protozoários, animais e plantas.

Estruturalmente, são células mais complexas, ricas em membranas que formam


compartimentos, ou seja, uma diviso de funções metabólicas entre os organelos
citoplasmáticos e o núcleo, circundado pelo envoltório nuclear, onde está contido todo seu
material genético. Para os eucariontes, a comparti mentalização de atividades celulares em
organelos circundadas por membranas fosfolipídicas foi decisiva para a homeostase celular.

Os componentes das células eucarióticas compreendem: a membrana citoplasmática, o


citoplasma, o núcleo, o retículo endoplasmático, o complexo de Golgh, os lisossomas, as
mitocôndrias, os peroxissomas, as inclusões lipídicas, o glicogénio, o citoesqueleto, os
centríolos, o centrossomo, os cloroplastos (encontrados em vegetais) e a parede celular,
sendo esta ˙ultima encontrada em fungos e vegetais. As características morfológicas e
fisiológicas das principais estruturas encontradas nas células eucarióticas serão
apresentadas a seguir.

Teoria Celular
No século XIX generalizou-se a noção de que todos os organismos são constituídos por uma
ou mais células, a chamada Teoria Celular (CÉSAR e SEZAR, 2005). A Teoria Celular
admite que, apesar das diferenças quanto à forma e à função, todos os seres vivos têm em
comum o fato de serem constituídos por células.
História
A Teoria Celular foi criada por Robert Hooke em 1665. Ela estabelece a célula como a
unidade morfofisiológica dos seres vivos, ou seja, a célula é a unidade básica da vida.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 2


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No final da década de 1830, dois cientistas alemães, Matthias Jakob Schleiden, ex-advogado
que abandonou a profissão para estudar a estrutura e fisiologia das plantas, determinando
também que todas as plantas apresentavam organização celular, e Theodor Schwann,
médico dedicado ao estudo da anatomia dos animais, estendeu a teoria de Matthias aos
animais, formulando a hipótese de que todos os seres vivos são constituídos por células,
construindo a base da teoria celular.
Todos os seres vivos são constituídos por células, com exceção dos vírus.

Importância
A teoria celular, foi uma das mais importantes generalizações da história da biologia. Ficou
claro que, apesar das diferenças quanto à forma e função, todos os seres vivos têm em
comum o facto de serem formados por células. Portanto, para a plena compreensão do
fenómeno da vida, é preciso conhecer as células.
O entusiasmo pela teoria celular também levou os biólogos à investigação sobre a origem
das células vivas.
Alguns acreditavam que as células se formavam espontaneamente, a partir da aglomeração
de determinados tipos de substâncias, enquanto outros se opunham a essa ideia, afirmando
que uma célula somente podia originar-se de outra célula pré-existente.

A teoria celular foi "o alicerce" para todo o desenvolvimento do estudo biológico. Graças a tal
teoria foi possível chegarmos a uma conclusão mais facilmente através de muitos
experimentos e teses, desfazendo o até então "empirismo" e pondo em prática o "método
científico".
Toda célula se origina de uma outra célula pré-existente. Sendo que elas fazem a
reprodução assexuada.
A principal importância é que é na célula que se desenvolve o material genético, o DNA e o
RNA.

Principais ideias
A Teoria Celular tem três ideias principais:
 Todos seres vivos, são formados por células e pelos seus produtos. Portanto, as
células são as unidades morfológicas dos seres vivos;
 As atividades fundamentais que caracterizam a vida ocorrem dentro da célula.
Portanto, as células são as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 3


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 Novas células formam-se pela reprodução de outras células preexistentes, por meio
da divisão celular.

Esta última ideia foi uma conclusão do alemão Rudolph Virchow em 1855. Ele resumiu esta
ideia numa frase em latim, que se tornou muito famosa: "Omnis cellula ex cellula". A ideia de
Virchow foi apoiada, em 1878, pelo biólogo Walther Flemming, quem descreveu a ricos
detalhes o processo de reprodução celular.

De acordo com o cientista de Schwann (1810-1882), toda a célula se origina de outra pré-
existente, todos os seres vivos têm organização celular: alguns são formados por uma única
célula: outros por milhões delas. Já a teoria celular atual diz que nem todos os seres vivos
possuem organização celular, os vírus por exemplo, não possuem tal organização, sendo,
portanto, acelulares.

Níveis de organização

Em organismos unicelulares, a única célula executa todas as funções da vida. Ela funciona
de forma independente.
No entanto, muitos organismos unicelulares e multicelulares tem vários níveis de
organização dentro deles.
As células individuais podem executar funções específicas e também trabalhar juntos para o
bem de todo o organismo.
As células se tornam dependentes um das outras.
Organismos multicelulares têm as seguintes 5 níveis de organização que vão desde a
mais simples ao mais complexo:
NÍVEL 1 – Células
São a unidade básica da estrutura e função nos seres vivos. Pode servir uma função
específica dentro do organismo Exemplos- células sanguíneas, células nervosas, células
ósseas, etc.

NÍVEL 2 – tecidos
Composto de células que são semelhantes em estrutura e função e que trabalham juntos
para realizar uma atividade específica Exemplos – sangue, nervoso, ossos, etc. Os seres
humanos têm 4 tecidos básicos: conectivo, epitelial, musculares e nervosas.

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Nível 3 – Órgãos
Composta de tecidos que trabalham juntos para executar uma atividade específica
Exemplos – coração, cérebro, pele, etc.

Nível 4 – Sistemas de Órgãos


Grupos de dois ou mais tecidos que funcionam em conjunto para efetuar uma função
específica para o organismo. Exemplos – sistema circulatório, sistema nervoso, sistema
esquelético, etc. O corpo humano tem 11 sistemas de órgãos – circulatório, digestivo,
endócrino, excretores (urinário), imunológico (linfáticos), tegumentar, muscular, nervoso,
reprodutivo, respiratório, e esqueléticos.

NÍVEL 5 – Organismos
Seres vivos inteiros que podem realizar todos os processos básicos da vida. O que significa
que pode ter em materiais, liberar energia a partir de alimentos, resíduos de lançamento,
crescer, respondem ao ambiente, e se reproduzir. Normalmente fez-se de sistemas de
órgãos, mas um organismo pode ser constituído por apenas uma célula, tal como bactérias
ou protistas. Exemplos – bactérias, ameba, cogumelo, girassol, humano.

Os níveis de organização na ordem correta, em seguida, são: células -> Tecidos ->
Órgãos -> sistemas de órgãos -> ORGANISMOS

Organização Celular – Componentes


Organização celular refere-se aos componentes de uma célula e como estas peças
individuais estão dispostas dentro da célula. As células são os menores níveis de
organização dos organismos vivos.

As células são divididas em vários compartimentos, cada um com uma estrutura


característica, composição bioquímica e função.
Estes compartimentos são chamados organelas. Eles são delimitados por membranas
compostas por bicamadas de fosfolípidos e um número de proteínas especializadas para
cada tipo de organelo.

Todas as células eucarióticas têm um núcleo rodeado por um invólucro nuclear e uma
membrana de plasma que faz fronteira com toda a célula.
A maioria das células eucarióticas também têm retículo endoplasmático, um aparelho de
Golgi, lisossomos, mitocôndria e peroxissomos.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 5


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As células vegetais possuem cloroplastos para a fotossíntese para além das organelas que
ambos eles e possuem células animais. Estes organelos são suspensas numa matriz
citoplásmica gellike composta por três tipos de polímeros de proteína chamados filamentos
de actina, microtúbulos e filamentos intermédios.

Além de manter a célula em conjunto, os filamentos de actina e microtúbulos atuam como


faixas para vários tipos diferentes de proteínas do motor que são responsáveis pela
motilidade celular e organelos movimentos dentro do citoplasma.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 6


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Todas as células animais contêm quatro componentes básicos.


O exterior de uma célula é conhecida como a membrana do plasma. Dentro desta camada
de uma substância semelhante a líquido chamado citoplasma, que contém todos os outros
componentes celulares. Os outros dois componentes primários de uma célula são ADN e
ribossomas. Moléculas de DNA segurar a informação genética, enquanto os ribossomas são
os locais primários para a síntese de proteínas.
As células podem ou não podem conter um núcleo. Se este componente está incluído, em
seguida, a célula é uma célula chamada eucariótica. As células procarióticas, por outro lado,
não contêm um núcleo.

PROCARIOTOS X EUCARIOTOS

Desenho representando uma célula eucariótica animal típica

A microscopia eletrônica demonstrou que existem fundamentalmente duas classes de


células: as procarióticas, cujo material genético não está separado do citoplasma por uma
membrana e as eucarióticas, com um núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório
nuclear. Embora a complexidade nuclear seja utilizada para dar nome as duas classes de
células, há outras diferenças importantes entre procariontes e eucariontes.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 7


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Do ponto de vista evolutivo (ver origem das células no capítulo anterior), considera-se que os
procariontes são ancestrais dos eucariontes. Os procariontes surgiram há cerca de 3 bilhões
de anos ao passo que os eucariontes há 1 bilhão de anos. E apesar das diferenças entre as
células eucarióticas e procarióticas, existem semelhanças importantes em sua organização
molecular e em sua função. Por exemplo, veremos que todos os organismos vivos utilizam o
mesmo código genético e uma maquinaria similar para a síntese de proteínas.

As células procarióticas caracterizam-se pela probreza de membranas, que nelas quase se


reduzem à membrana plasmática. Os seres vivos que têm células procarióticas
compreendem as bactérias e as cianofíceas ou algas azuis.

As células eucarióticas, por definição e em contraste com as células procarióticas, possuem


um núcleo (caryon, em Grego) que contém a maioria do DNA celular envolvido por uma
dupla camada lipídica. O DNA é assim mantido num compartimento separado dos outros
componentes celulares que se situam num citoplasma, onde a maioria das reações
metabólicas ocorrem. No citoplasma, no entanto, organelas distintas podem ser
reconhecidas. Dentre elas, duas são proeminentes, os cloroplastos (nas células vegetais) e
as mitocôndrias (animais e vegetais), envoltas numa bicamada de membrana que é distinta
da membrana nuclear. Ambas as organelas possivelmente têm origem simbiótica.

Apesar de possuírem uma estrutura relativamente simples, as células procarióticas


são bioquimicamente versáteis e diversas: por exemplo todas as principais
metabólicas são encontradas em bactérias, incluindo os três processos para obtenção
de energia: glicólise, respiração e fotossíntese.

Quadro comparativo entre procariontes e eucariontes:


Procariontes Eucariontes
Envoltório extracelular: cápsula e parede Envoltório extracelular: glicocálix
bacteriana (proteínas e glicosaminoglicanos) (glicoproteínas, glicolipídios e
proteoglicanas) ou parede celular (celulose e
pectina)
Abundância de moléculas de Membrana plasmática constituída por
lipopolissacarídeo na membrana plasmática, fosfolipídios, colesterol, glicolipídios,
que conferem proteção como a resistência glicoproteínas e proteoglicanas
às enzimas hidrolíticas e aos sais biliares
das bactérias entéricas
Ausência de organelas membranosas Presença de organelas membranosas

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 8


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Moléculas da cadeia respiratória presentes Moléculas da cadeia respiratória situadas na


na membrana interna da membrana membrana interna das mitocôndrias
plasmática
Nucleoide: ausência de envoltório nuclear, Núcleo: presença de envoltório nuclear,
DNA circular, não associado a proteínas moléculas de DNA lineares, associadas a
histônicas e que não se condensa em histonas e que se condensam em
cromossomos cromossomos no momento da divisão
Presença de filamentos circulares de DNA Não há plasmídeos
extracromossômicos (plasmídeos)
Ribossomos livres; coeficiente de Ribossomos livres ou associados ao retículo
sedimentação do ribossomo: 70S endoplasmático; coeficiente de
(subunidades ribossômicas: 50S+30S) sedimentação do ribossomo: 80S
(subunidades ribossômicas: 60S+40S)
Não há separação entre os processos de Há separação entre os processos de
duplicação de DNA (replicação), síntese de replicação e transcrição, que ocorrem no
RNA a partir do DNA (transcrição) e síntese núcleo, e a tradução, que acontece no
de proteínas a partir do RNA (tradução) citoplasma
Ausência de citoesqueleto Presença de citoesqueleto
Não realizam endocitose e exocitose Realizam endocitose e exocitose
Frequentemente partem da superfície Não há fímbrias e, naquelas células com
prolongamentos filamentosos: os flagelos e flagelo, a sua constituição envolve a
as fímbrias. Os flagelos são estruturas polimerização da proteína tubulina
rígidas, constituídas por três espirais da
polimerização da proteína flagelina e com
um gancho na ponta, que servem para a
movimentação da bactéria ao encontro de
nutrientes ou afastando-se de substâncias
tóxicas. As fímbrias são mais curtas e mais
finas que os flagelos e promovem a
aderência das bactérias às células
hospedeiras ou a transferência de DNA
entre duas bactérias durante a conjugação
Fissão Mitose ou meiose

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Visão geral da célula


Diversidade celular e complexidade
As células são a unidade fundamental da vida. Isso quer dizer que, com a exceção dos vírus,
todos os organismos vivos são compostos por elas. Nesse sentido, podemos classificar
os seres vivos pela sua constituição celular ou complexidade estrutural, existindo os
unicelulares e os pluricelulares. Os organismos unicelulares são todos aqueles que são
compostos por uma única célula, enquanto os pluricelulares, aqueles formados por mais de
uma. Com relação a seu tamanho, existem células bem pequenas que são visíveis apenas
ao microscópio, como bactérias e protozoários, e células gigantes visíveis a olho nu,
como fibras musculares e algumas algas.

Assim como acontece com o tamanho, as células se apresentam em diversas formas:


retangulares, esféricas, estreladas, entre outras. Isso ocorre porque a forma é um reflexo da
função celular exercida, por exemplo, as fibras musculares são afiladas e longas, o que é
adequado ao caráter contrátil das mesmas. Entre os diversos tamanhos e formas celulares,
basicamente, existem apenas duas classes de células: as procariontes, nas quais o material
genético não é separado do citoplasma, e as eucariontes, cujo núcleo é bem delimitado por
um envoltório nuclear denominado carioteca. Em resumo, pode-se dizer que a diferença
entre as classes reside na complexidade das células.

As células procariontes têm poucas membranas, em geral, apenas a que delimita o


organismo, denominada de membrana plasmática. Os seres vivos que possuem esse tipo de
célula são chamados de procariotas e o grupo representativo dessa classe é o das bactérias.
Já as células eucariontes são mais complexas e ricas em membranas, existindo duas
regiões bem individualizadas, o núcleo e o citoplasma. Assim, os portadores dessa classe de
células são denominados eucariotas, existindo diversos representantes desse grupo, como
animais e plantas, por exemplo.

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1.2. Organização estrutural


Estrutura de uma célula procariótica (Protócitos)

Célula Eucariótica (Eucíto) Animal Célula Eucariótica (Eucíto) Vegetal

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 11


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Organização geral dos Protócitos e Eucítos

Organização geral dos Protócitos


Existem alguns ingredientes-chave que uma célula precisa para ser uma célula,
independentemente de ela ser procariótica ou eucariótica. Todas as células compartilham
quatro componentes principais:
 A membrana plasmática é o revestimento externo que separa o interior da célula do
ambiente ao seu redor.
 O Citoplasma consiste de um citosol gelatinoso no interior da célula, mais as
estruturas celulares suspensas nele. Nos eucariontes, citoplasma significa
especificamente a região fora do núcleo, mas dentro da membrana plasmática.
 O DNA é o material genético da célula.
 Os Ribossomas são máquinas moleculares que sintetizam as proteínas.

Um procarionte é um organismo simples, unicelular, sem núcleo ou organelas limitadas por


membrana. A maior parte do DNA dos procariontes encontra-se em uma região central da
célula chamada nucleoide e normalmente consiste de um único grande laço chamado um
cromossomo circular. Outros componentes da célula procariótica são:

 A parede celular - Entretanto, a maioria das bactérias são circunscritas por uma
parede celular rígida feita de peptidoglicano, um polímero composto de carboidratos
ligados e pequenas proteínas. A parede celular fornece uma camada extra de
proteção, ajuda a célula a manter sua forma e previne a desidratação.
 A cápsula - Muitas bactérias possuem também uma camada externa de carboidratos
chamada de cápsula. A cápsula é pegajosa e ajuda a célula a se aderir às
superfícies em seu meio.
 Os flagelos - Algumas bactérias também possuem estruturas especializadas
encontradas na superfície da célula que ajudam-nas a se mover, aderir a superfícies
ou mesmo trocar material genético com outras bactérias. Por exemplo,
os flagelos são estruturas como um chicote que atuam como motores rotatórios que
ajudam as bactérias a se mover.
 As fímbrias - As fímbrias são estruturas em forma de cabelo, numerosas, que são
usadas para fixação nas células hospedeiras e outras superfícies.
 Pili - As bactérias também podem possuir estruturas em forma de bastão conhecidas
como pili, que podem ser de diferentes tipos. Por exemplo, alguns tipos de pili

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 12


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permitem a transferência de moléculas de DNA de uma bactéria para outra,


enquanto que outros estão envolvidos na locomoção bacteriana — ajudando a
bactéria se mover.

Organização geral dos Eucítos

Membrana plasmática: é o invólucro que mantém a integridade celular, separa o meio


intracelular do meio extra celular e é a principal responsável pelo controlo das trocas entre a
célula e o seu meio ambiente, quer se trate de um meio líquido ou de outras células. A
membrana permite a passagem de algumas substâncias mais facilmente que outras. Esta
importantíssima propriedade é chamada de permeabilidade selectiva da membrana.

Núcleo: é geralmente o maior organelo da célula, funcionando como centro de controlo da


célula, contém o ADN e é limitado pela membrana nuclear.

Mitocôndrias: estão envolvidas em processos de obtenção de energia por parte da célula,


são a sede de importantes fenómenos respiratórios.

Cloroplastos: são organelos que possuem dupla membrana e estruturas lamelares


mergulhadas no estroma, é nos cloroplastos que ocorre a fotossíntese.

Vacúolos: são organelos de tamanho variável, rodeados por uma membrana, podem
armazenar gases, pigmentos, açúcares, proteínas ou outras substâncias, participa no
equilíbrio hídrico da célula.

Parede celular: confere e envolve as células conferindo-lhes protecção, rigidez e


resistência.
Centríolos: intervêm na formação do fuso acromático na divisão celular.
Retículo endoplasmático: consiste num sistema de sáculos, vesículas e interligados onde
se circulam materiais produzidos pela célula. Pode ser liso (agranular) ou rugoso (granular).
Este último está ligado ao núcleo e coberto por ribossomas e envolvido na síntese de
proteínas. O retículo endoplasmático liso está associado à produção de lípidos e hormonas.

Aparelho ou complexo de Golgi: tem como funções a acumulação e o transporte de


proteínas, intervém em fenómenos de secreção.

Lisossoma: organito onde ocorre a decomposição de moléculas e estruturas celulares.


Ribossomas: responsável por uma etapa da síntese proteica por vezes associadas ao
retículo endoplasmático.

Citosqueleto: responsável pela forma da célula consiste numa rede de fibras intercruzadas.

Elaborado por: Balduíno Milton Aleixo 13

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