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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE ESTUDOS DO TRÓPICO ÚMIDO


MEDICINA VETERINÁRIA

Tipos Celulares
No ano de 1930, os cientistas alemães Mathias Jakob Schleiden e Theodor Schwann
elaboram a teoria celular, que hoje é universalmente aceita, e consiste na ideia de que todos os
seres vivos são compostos por células. Portanto, essa teoria afirma que a célula é a unidade
estrutural, fundamental e funcional para que haja vida. Através de estudos acerca do universo
biológico, é perceptível que a evolução produziu uma imensa variedade de formas vivas. Diante
desse cenário, torna-se imprescindível estudar os componentes da célula, conhecendo
primeiramente os dois tipos celulares existentes: procariontes e eucariontes.

As células procariontes, antecedem as eucariontes no ponto de vista evolutivo, sendo


assim, organismos procariontes são de maneira geral mais simples. Sua principal característica é a
ausência de uma membrana nuclear, ou seja, o material genético dos procariontes encontra-se
disperso no citosol, em uma região denominada de nucleiode. Além disso, os procariontes não
possuem organelas membranosas e citoesqueleto. Em contrapartida, eles possuem plasmídeos que
são moléculas circulares de DNA, bastante acionada em situações que necessita de resistência; e
ribomossomos, organelas envolvidas na síntese de proteínas. Os principais representante dos
procariontes são as bactérias.

Ademais, em alguns microorganismos procariontes, é notório a presença de outras


estruturas. Vale ressaltar que há uma parede celular rígida nesses seres, que são constituída por
uma camada de peptidoglicano e outra membrana externa. Em alguns casos, a bactéria pode ter a
presença de flagelo(s), envolvido no processo de locomoção e fímbrias que ajuda na aderência e
participa da conjugação (reprodução entre bactérias).

Já as células eucariontes, são as mais complexas e possui vários compartimentos e


estruturas, como o citoesqueleto, a membrana nuclear e diversas organelas membranosas. Cada
organela exerce uma função diferente. Em síntese, os lisossomos participam da digestão celular; o
complexo de golgi é responsável por modificar as moléculas e leva-las para lugares específicos, além
de formar os lisossomos; a mitocôndria libera energia (ATP); o retículo endoplasmático rugoso
(RER), é bastante importante na síntese de proteínas, o liso (REL) produz lipídeos; os ribossomos
estão livres e aderidos no RER, tendo a função de fabricar proteínas; e o núcleo é a maior organela e
nele está contido o material genético da célula. Os principais representante dos eucariontes são os
animais e plantas.

Vale ressaltar que nas células eucariontes vegetais há a presença de vacúolo, cloroplastos
e parede celular e a ausência de lisossomos. Os vacúolos são estruturas que armazenam substâncias
relacionadas à digestão ou à nutrição celular, enquanto os cloroplastos são responsáveis pela
realização da fotossíntese e a parede celular oferece proteção a célula e nos vegetais é composta
principalmente por celulose. Segundo a teoria endossimbiótica, estruturas como cloroplastos e
mitocôndrias, eram no passado células procariontes que entram na eucarionte e passaram a viver
juntas, através de uma relação de simbiose, ou seja, em que ambos sai beneficiado.

Por fim, é importante enfatizar que alguns autores consideram o vírus como um ser vivo
e outros não. Independente da classificação, o vírus não possui célula, mas necessita dela para
sobreviver, ou seja, são parasitas intracelulares obrigatórios. Apesar de serem acelulares, os vírus
tem a capacidade de sofrer mutação e se reproduzir.

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