1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA.

TURMA -
PDE/2016.

Título: Compreendendo os fatores que influenciam na velocidade das

reações a partir de atividades experimentais investigativas

Autora: Flávia da Silva Camilo Tavares

Disciplina/Área: Química/Química

Escola de Implementação do Colégio Est. 14 de Dezembro - Ens. Fund., Médio,

Projeto e sua localização: Profissional e Normal

Município da escola: Alvorada do Sul

Núcleo Regional de Educação: Londrina - PR

Professoras Orientadoras: Profa. Dra. Eliana Aparecida Silicz Bueno

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina - UEL

Relação Interdisciplinar:

O Ensino de Química tem apresentado um

significativo declínio em função de diversos
fatores, destacando a carência ou ausência de
aulas experimentais, que na maioria das vezes
são pouco utilizadas pelos professores e de
forma ilustrativa, o que acaba dificultando a
compreensão dos conceitos por parte dos
alunos devido à forma como são trabalhados.
Resumo: Sendo assim, este projeto tem como principal
objetivo a realização de atividades
experimentais de caráter investigativo que
possibilitem a construção dos conceitos
necessários à compreensão do conteúdo de
Cinética Química. Para a implementação desta
proposta foi elaborada esta sequência didática
baseada na dinâmica dos Três Momentos
Pedagógicos (3MP) organizados por Delizoicov
e Angotti (1990) e Pernambuco (2012).
Experimentação investigativa; Cinética Química;
Palavras-chave:
Ensino de Química.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público alvo: Alunos da 3ª série do Ensino Médio

 As dificuldades apresentadas pelos alunos na compreensão dos conceitos
abordados na disciplina de Química têm levado à necessidade de elaborar
propostas alternativas para o Ensino de Química, que possibilitem aos alunos se
apropriarem de conhecimentos historicamente construídos pela cultura humana, ou
seja, conhecimentos químicos que lhes permitirão entender o mundo que os rodeia.
Nestes termos, enfatiza-se a estratégia da experimentação, a qual pode
tornar-se uma ferramenta pedagógica de grande potencial. Para tanto, ela deve ser
tratada como “fonte de investigação, de elaboração e testagem de hipóteses, de
busca de interpretações por parte dos alunos, configurando uma relação
epistemológica mais contemporânea entre teoria e experimentação” (SCHNETZLER,
2010, p. 68). Busca-se, portanto, valorizar o pensamento dos alunos de modo que
se tornem agentes do próprio aprendizado, questionando, discutindo e buscando
explicações para os fenômenos observados.
Assim sendo, esta produção didático-pedagógica visa responder à seguinte
questão de pesquisa: Como podemos avaliar a aprendizagem dos alunos sobre o
conteúdo de Cinética Química a partir da realização de atividades experimentais de
caráter investigativo?
Em busca da resposta a este questionamento, foram pensados experimentos
para serem desenvolvidos com alunos de uma 3ª série do Ensino Médio durante o
estudo do conteúdo de Cinética Química. Os roteiros das atividades experimentais,
os conceitos a serem estudados e outros materiais que compõem esta Unidade
Didática (UD) estão organizados na forma de uma Sequência Didática (SD) pautada
nos Três Momentos Pedagógicos (3MP) organizados por Delizoicov e Angotti (1990)
e Pernambuco (2012).
A expectativa é a de criar condições para que o aprendizado destes alunos
seja identificado a partir da apropriação de suas vivências, de forma a levá-los à
reconstrução dos conhecimentos químicos refazendo sua leitura de mundo.
 Em cada momento pedagógico, busca-se a efetiva participação dos alunos
nas atividades propostas, de modo que as discussões, resolução de exercícios,
apresentação de vídeo, entre outras, serão realizadas em sala de aula, já as
atividades experimentais serão desenvolvidas no laboratório de Ciência da escola. A
professora fará uma apresentação detalhada de todos os elementos estruturantes
da UD, antes de iniciar as tarefas que compõem cada momento.

PRIMEIRO MOMENTO PEDAGÓGICO

AS REAÇÕES QUÍMICAS

3.1 - Texto de apoio:

Como podemos controlar as reações químicas?

Vocês sabiam que em algumas situações é necessário aumentar ou retardar a

velocidade das reações químicas? Por exemplo: a explosão de um gás de cozinha
pode ocorrer em microssegundos; a combustão de uma vela ocorre em minutos; o
enferrujamento de uma lâmina de ferro pode levar dias; já o apodrecimento da
madeira pode levar meses. Por isso, os químicos buscam mecanismos que permitam
o controle das reações químicas, diminuindo a velocidade daquelas que são
prejudiciais às pessoas e ao ambiente como, o processo de queima e, aumentando a
velocidade daquelas que contribuem para a vida cotidiana como, a conservação dos
alimentos.

É para isso que trabalha a Cinética Química: no controle da velocidade das

reações químicas.

Fonte: Adaptado de Santos; Mól (2013).

3.2 - Problematizando o Tema

Comentários: Neste momento deverá acontecer o reconhecimento e a discussão

dos conhecimentos prévios dos alunos em relação à problemática em questão a
partir do cotidiano dos mesmos, sendo desafiados a expor suas concepções e
entendimentos sobre situações reais vivenciadas. De acordo com (DELIZOICOV;
ANGOTTI, 1990), a problematização poderá ocorrer pelo menos em dois sentidos:
de um lado, pode ser que o aluno já tenha noções sobre as questões colocadas e
de outro, a problematização poderá permitir que o aluno sinta necessidade de
adquirir outros conhecimentos que ainda não detém, por isso, as questões e
situações devem ser problematizadas.

 Vamos ver um filme?

Título: Sete Vidas

Ano: 2008
Duração: 1:42:13
Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=9axaasx7acQ>

Sinopse do filme: Sete Vidas

Neste longa-metragem o protagonista Ben Thomas (Will Smith) se utiliza da

Cinética Química para controlar a velocidade de reações químicas e manter seus
órgãos conservados para poderem ser transplantados em sete pessoas, escolhidas
para viver.
3.3 - Atividades

Em uma das cenas do filme, Ben Thomas (Will Smith) no momento do

suicídio, liga para emergência médica e comunica seu objetivo, a doação de seus
órgãos após a morte. Depois de preparar uma banheira cheia de gelo, deita-se e
coloca uma espécie de medusa ou água-viva que possui um veneno mortal, acaba
morrendo pela ação da toxina do animal.
Os conceitos de Cinética Química que estão ligados à esta cena são:
 O processo de conservação pelo frio;
 A influência da temperatura na velocidade das reações químicas.
Portanto, será solicitado que os alunos respondam às seguintes questões:

a) Por que Will Smith encheu a banheira com gelo? Explique.

R:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
b) Qual a ação do gelo nessa situação? Explique.
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
c) Por que Will Smith jogou uma água-viva dentro da banheira? Explique.
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

As respostas dos alunos serão recolhidas para posterior análise e será

mediada uma discussão em torno das possíveis explicações para as questões, com
base nos conceitos de Cinética Química, mais precisamente, da influência da
temperatura na velocidade de ocorrência das reações químicas.
 SEGUNDO MOMENTO PEDAGÓGICO
ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO

Neste momento, os conhecimentos de Química necessários para a

compreensão do tema e da problematização inicial serão sistematicamente
estudados sob orientação do professor. Para os estudiosos responsáveis pela
elaboração dos Três Momentos Pedagógicos, neste momento
[...] a resolução de problemas e exercícios, tais como os propostos
em livros didáticos, pode desempenhar sua função formativa na
apropriação de conhecimentos específicos. No entanto, conforme se
tem destacado, esse é apenas um dos aspectos da problematização
necessária para a formação do aluno (DELIZOICOV; ANGOTTI;
PERNAMBUCO, 2012, p. 201).

O professor deverá explicar os conteúdos conceituais aos alunos fazendo uso

de todos os recursos disponíveis que julgar necessários, tais como: atividades
lúdicas, experimentos, leitura de textos, resolução de exercícios, entre outros.
Seguem, abaixo, os conhecimentos de Cinética Química a serem abordados.

 Teoria das colisões;

 Rapidez das reações;

 Energia de ativação;

 Mecanismos de reações.

Sugestões de Materiais Didáticos

MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Química: Ensino Médio. v. 2. São

Paulo: Scipione, 2014.

SANTOS, W. L. P..; MÓL, G. S. (coords.). Química cidadã. v. 2, 2ª ed. São

Paulo: Editora AJS, 2013.

FONSECA, M. R.M. Química. São Paulo: Ática, 2014.

3.4 - Atividades Experimentais

Após a explanação e discussão dos conceitos acima, serão realizadas quatro

atividades experimentais de caráter investigativo com a finalidade de discutir os
fatores que influenciam a rapidez das reações. Os alunos deverão ser capazes de
elaborar hipóteses acerca do fenômeno observado, uma vez que “atividades de
laboratório meramente reprodutivas e com caráter comprobatório são pobres para se
alcançar a relação desejada entre a teoria e o mundo concreto que o homem tem
diante de si” (SILVA; MACHADO; TUNES, 2010, p. 241).

Orientação ao professor:

O professor deverá sugerir aos alunos a formação dos grupos de trabalho.

A partir da leitura dos roteiros e discussão das questões de investigação com
os integrantes do grupo e com o professor, os mesmos farão a separação dos
materiais a serem utilizados e em seguida iniciarão os experimentos.

Após a realização de cada experimento e coleta de dados, os alunos

deverão responder individual, às questões propostas em cada roteiro,
inclusive a de investigação.

Serão abordados os seguintes fatores que influenciam na rapidez das

reações:

Cada um deles será desenvolvido com a utilização dos roteiros abaixo

apresentados.
 Roteiro para o desenvolvimento dos
experimentos

Experimento 1

INVESTIGANDO A INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA

CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS

Em geral, um aumento de temperatura gera aumento na rapidez das

reações químicas, enquanto o abaixamento da mesma reduz a rapidez destas. A
energia das moléculas, no momento da colisão, constitui um fator determinante
para a ocorrência de reações químicas. Muitas vezes há a necessidade de fornecer
energia às substâncias ou matérias para que a energia cinética aumente e as
reações comecem. Assim, variações de quantidade de energia das moléculas
fazem com que as reações ocorram com maior ou menor rapidez.

(Adaptado de: SANTOS; MÓL, 2013).

 Por que os alimentos se conservam por muito mais tempo quando

guardados na geladeira do que quando estão em temperatura
ambiente? Materiais e Reagentes:
- Água gelada;
- Água quente;
- 2 Béqueres;
- 2 Comprimidos efervescentes;
-Cronômetro;
- Vinagre.
Figura1: Congelamento e resfriamento Procedimento:
1ª Etapa:
Em um béquer colocar água gelada e no
outro, água quente. Acrescentar em cada
um, um comprimido efervescente. Anotar o
tempo que decorre a dissolução completa
em cada béquer nas três etapas.
2ª Etapa:
Em dois béqueres colocar água a
temperatura ambiente e em um adicionar
um comprimido efervescente inteiro e em
1 outro um comprimido triturado.
Fonte
3ª Etapa:
Em um béquer com água a temperatura
ambiente e em outro colocar três colheres
de vinagre e completar com água e em
seguida ao mesmo tempo adicionar nos
dois béqueres ao mesmo tempo um
comprimido inteiro.

1
Disponível em: <
http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/471frangocong.jpg>. Acesso
em:10 dez. 2016.
Para pensar, debater e responder:

1) É possível afirmar que ocorreu reação química nesse experimento? Justifique

R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2) O que ocorreu em cada béquer?

R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3) Explique como a superfície de contato altera a velocidade da reação?

R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4) A reação se processa com mesma velocidade em todos os béqueres nas três

etapas? Justifique.
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Experimento 2

Experimento 2
INVESTIGANDO A INFLUÊNCIA DA SUPERFÍCIE DE CONTATO EM
COMPRIMIDOS EFERVESCENTES
Quanto maior o número de moléculas em contato, maior será o
número de colisões. Portanto, quando aumenta a superfície de contato entre
as partículas dos reagentes, aumenta a frequência de choques entre elas, o
que provoca um aumento na quantidade de choques efetivos e influencia na
rapidez da reação.
(Adaptado de: SANTOS; MÓL, 2013).

 Por que quando trituramos um comprimido efervescente ele se dissolve

mais rápido?

Materiais e Reagentes:
Figura 2: Comprimido efervescente
-Pedaço de espoja de aço com
aproximadamente a mesma massa do
prego.
- 2 Provetas;
- 1 Prego;
- Solução de sulfato de cobre (II) 0,2
mol L-1.

Procedimento:

Em duas provetas adicionar 5 mL de

solução de CuSO4. Acrescentar um
Fonte: arquivo da autora
pequeno pedaço de espoja de aço em
uma proveta e na outra um prego.
Observar e anotar as mudanças.

Para pensar, debater e responder:

1) É possível afirmar que ocorreu uma reação química nesse experimento?

2) Em qual estado físico os reagentes se encontram antes e após a reação?

3) É importante conhecer a rapidez de uma reação e identificar quais fatores

a alteram? Justifique.

4) Por que a massa do Bombril (esponja de aço) deve ser igual à do prego?

5) Por que a esponja de aço oxida (enferruja) rapidamente após o contato

com a água e o detergente?

6) Como você solucionaria a questão inicial após a realização do

experimento?
Experimento 3

INVESTIGANDO A INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DO ÁLCOOL

COMERCIALIZADO

Considerando a teoria das colisões, quanto maior o número de

partículas dos reagentes, maior será a probabilidade de choques entre elas e,
consequentemente, mais rápida será a reação.
(Adaptado de: SANTOS; MÓL, 2013).

 Por que a venda de álcool etílico 92,8° INPM em supermercados é

proibida?
Materiais e Reagentes:

Figura 3: Bebidas alcóolicas - 3 Béqueres;

- 3 Pregos;
- Cronômetro;
- Sulfato de cobre 1,0 mol/L;
- Sulfato de cobre 0,1 mol/L;
- Sulfato de cobre 0,01 mol/L;
- Vidro de relógio.

Procedimento:

Em três béqueres de 50 mL colocar 20

mL de solução de sulfato de cobre 1,0
mol/L no primeiro, 0,1 mol/L no
segundo e 0,01 mol/L no terceiro.
Fonte 2 Mergulhar em cada béquer, ao mesmo
tempo, um prego amarrado a um
pedaço de linha e deixá-los
mergulhando por aproximadamente 3
minutos. A seguir, retirar os pregos
puxando-os pela linha e colocá-los
sobre o vidro de relógio tomando
cuidado de não os misturar. Comparar
os três pregos, anotar suas
observações.
Para pensar, debater e responder:
1) É possível afirmar que ocorreu reação química nesse experimento?
2) Qual é o aspecto dos reagentes antes e após a reação? Justifique.
3) Como a concentração da solução influenciou na velocidade da reação?
4) Após a realização do experimento, como você responde a questão inicial?

2
Disponível em:<
http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/942bebidas.jpg>. Acesso em:
11 dez. 2016.
Experimento 4

INVESTIGANDO A AÇÃO DO CATALISADOR NOS AUTOMÓVEIS

Os catalisadores são substâncias ou materiais que alteram a rapidez de

reações químicas, sem serem consumidos de forma considerável.
(Adaptado de: SANTOS; MÓL, 2013).

 O que são conversores catalíticos? E como eles funcionam nos

automóveis?
Materiais e Reagentes:

- Água oxigenada10, 20 e 100

volumes;
Figura 4: Catalisador automotivo - Bastão de vidro;
- Detergente líquido;
- Espátula;
- Iodeto de potássio;
- 2 Provetas de 100 mL.

Procedimento:

Em duas provetas de 100mL

colocar em cada uma delas 15 mL
de água oxigenada 10 volumes e
cinco gotas de detergente, agitar
com o auxílio de um bastão de
vidro e anotar o que foi observado.
Em seguida, adicionar um pouco
de iodeto de potássio com a
3
Fonte espátula na proveta e agitar
novamente. Observar o que
aconteceu. Repita o procedimento
com a água oxigenada 20 e 100
volumes.

Para pensar, debater e responder:

1) É possível afirmar que ocorreu uma reação química nesse experimento?
2) O que você observou após a adição do iodeto de potássio?
3) Qual a função do iodeto de potássio nessa reação?
4) O que você observou na velocidade das reações quando foram utilizadas
diferentes concentrações de água oxigenada?
5) Apresente a equação balanceada para a decomposição da água
oxigenada.
3
Disponível em:<
http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/221catalis.jpg.>. Acesso em:11
dez. 2016.
3.4.1 Relatório

Ao término do desenvolvimento das atividades experimentais, além da

discussão das questões pós-laboratório e solução do problema inicial de cada
experimento, cada grupo deverá elaborar e entregar ao professor, um relatório
contemplando as quatro atividades, devendo conter os seguintes itens:

 Introdução;

 Procedimento;

 Resultados e conclusão.

Exercitando o aprendizado

3.4.2 Leia com atenção e responda às questões abaixo:

Questão 1

(ENEM – 2010) Alguns fatores podem alterar a rapidez das reações químicas. A
seguir destacam-se três exemplos no contexto da preparação e da conservação de
alimentos:

1. A maioria dos produtos alimentícios se conserva por muito mais tempo quando
submetidos à refrigeração. Esse procedimento diminui a rapidez das reações
que contribuem para a degradação de certos alimentos.

2. Um procedimento muito comum utilizado em práticas de culinária é o corte dos

alimentos para acelerar o seu cozimento, caso não se tenha uma panela de pressão.

3. Na preparação de iogurtes, adicionam-se ao leite bactérias produtoras de enzimas

que aceleram as reações envolvendo açúcares e proteínas lácteas.
Com base no texto, quais são os fatores que influenciam a rapidez das
transformações químicas relacionadas aos exemplos 1, 2 e 3, respectivamente?

a) Temperatura, superfície de contato e concentração.

b) Concentração, superfície de contato e catalisadores.
c) Temperatura, superfície de contato e catalisadores.
d) Superfície de contato, temperatura e concentração.
e) Temperatura, concentração e catalisadores.

Fonte: Disponível em:<

<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2010/AZUL_quartafeira_GAB.pdf>.
Acesso em:14 dez. 2016.

Questão 2

A carne fragmentada ou moída tem um prazo de validade menor que a carne em

pedaço inteiro. Essa característica refere-se a qual fator cinético? Justifique sua
resposta.
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Questão 3

(ENEM, 2002) O milho verde recém-colhido tem um sabor adocicado. Já o milho

verde comprado na feira, um ou dois dias depois de colhido, não é mais tão doce,
pois cerca de 50% dos carboidratos responsáveis pelo sabor adocicado são
convertidos em amido nas primeiras 24 horas. Para preservar o sabor do milho
verde pode-se usar o seguinte procedimento em três etapas:
1) descascar e mergulhar as espigas em água fervente por alguns minutos;
2) resfriá-las em água corrente;
3) conservá-las na geladeira.
A preservação do sabor original do milho verde pelo procedimento descrito pode ser
explicada pelo seguinte argumento:
a) O choque térmico converte as proteínas do milho em amido até a saturação; este
ocupa o lugar do amido que seria formado espontaneamente.
b) A água fervente e o resfriamento impermeabilizam a casca dos grãos de milho,
impedindo a difusão de oxigênio e a oxidação da glicose.
c) As enzimas responsáveis pela conversão desses carboidratos em amido são
desnaturadas pelo tratamento com água quente.
d) Microorganismos que, ao retirarem nutrientes dos grãos, convertem esses
carboidratos em amido, são destruídos pelo aquecimento.
e) O aquecimento desidrata os grãos de milho, alterando o meio de dissolução onde
ocorreria espontaneamente a transformação desses carboidratos em amido.

Fonte: Disponível em:

<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2002/2002_amarela.pdf>
Questão 4

Como se classificam os tipos de reações químicas em relação ao tempo com que

elas se processam? Além disso, para que uma reação aconteça é necessário que
haja condições especiais. Justifique sua resposta.
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Questão 5

Os conversores catalíticos são conhecidos popularmente como catalisadores, sendo

utilizados em descargas de automóveis. Em relação à esta afirmação, explique a
função e funcionamento do catalisador automotivo.

R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Questão 6

Em relação à dissolução de um comprimido efervescente em um copo com água

gelada e em outro com água quente, é possível concluir que:

a) O número de colisões efetivas será maior no copo com água gelada.

b) A superfície de contato entre os reagentes será menor no copo com água quente
e se o comprimido estiver inteiro.
c) Quanto mais triturado estiver o comprimido, mais rápida será a dissolução do
mesmo.
d) Quanto maior a superfície de contato entre os reagentes, menor será a taxa de
desenvolvimento da reação e vice-versa.
e) Durante a dissolução do comprimido a massa do sistema se mantém inalterada.

Questão 7

De acordo com a teoria das colisões e mecanismo de reação, é possível concluir

que:
a) A ocorrência das reações químicas acontece quando as partículas das
espécies químicas envolvidas não se colidem, sendo favorável a formação de
novas ligações químicas.
b) É por meio da energia de ativação que as moléculas das substâncias entram
em contato e reagem.
c) Para que haja colisões entre as moléculas, a orientação deve ser favorável e
a energia suficiente para que se forme o produto.
 d) As velocidades das reações químicas não variam por uma determinada faixa
de tempo.
e) O complexo ativado é a energia mínima que os reagentes devem ter para que
se formem os produtos.

Questão 8

Diante dos conceitos relacionados à cinética química, assinale a única opção correta
e diante das incorretas reescreva sua resposta.

a) A adição de um catalisador numa reação diminui a energia de ativação.

b) Um inibidor tem a função de favorecer a formação do complexo ativado.
c) A concentração, a temperatura, a pressão, a luz e o catalisador são
mecanismos de reações necessários para que uma reação aconteça.
d) A utilização de catalisadores é uma das formas de aumentar a rapidez de
reações químicas.
e) O estudo do controle das reações químicas é denominado termoquímica.

Questão 9

Algumas frutas em pedaços ou fatias escurecem rapidamente quando estão

expostas ao ar. Como isso acontece? E qual é o fator que afeta a velocidade dessa
reação?
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Questão 10

Justifique a relação da concentração, da temperatura e da pressão em função do

tempo em uma reação química?

R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
 TERCEIRO MOMENTO PEDAGÓGICO
APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO

No terceiro momento acontecerá a abordagem sistemática do conhecimento

através dos conceitos adquiridos nos momentos anteriores. Pretende-se, portanto,

[...] capacitar os alunos ao emprego dos conhecimentos, no intuito de

formá-los para que articulem, constante e rotineiramente, a
conceituação científica com situações reais, do que simplesmente
encontrar uma solução, ao empregar algoritmos matemáticos que
relacionam grandezas ou resolver qualquer outro problema típico dos
livros-textos (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2012, p.
202).

Desta forma, serão exploradas situações diferenciadas daquelas

apresentadas na problematização inicial e na organização do conhecimento, de
modo que os alunos as interpretem e busquem soluções com base no conteúdo
abordado, atividades realizadas e discussões ocorridas ao longo dos momentos
anteriores.

Orientação ao professor:

Nesta etapa serão retomados os conceitos teóricos já estudados e

formulados nas etapas anteriores sobre o assunto: velocidade das reações
e fatores que nelas interferem. Em seguida será desenvolvida uma
atividade lúdica por meio de novas situações problema a partir da leitura de
imagens e questionamentos, a fim de sistematizar o conhecimento a partir
de questões relevantes e significativas aos conceitos já abordados. Busca-
se que os estabeleçam relações e articulem os conhecimentos adquiridos
diante de situações propostas.

3.5 - As imagens apresentadas a seguir, ilustram transformações químicas que

ocorrem ao nosso redor, todos os dias. Observe-as e depois respondam às
questões solicitadas:
Figura 5

Fonte: <http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/868remedios.jpg>. Acesso em:

11 Dez. 2016.

Figura 6

Fonte: <http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/568fogomata_copy.jpg>.
Acesso em: 11 Dez. 2016.

Figura 7

Fonte: <http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/6_10airbag.jpg>. Acesso em:

11 Dez. 2016.
Figura 8

Fonte: <http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/280vela.jpg>.
Acesso em: 11 Dez. 2016.

Figura 9

Fonte: < http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/763paneladepressao.jpg >.

Acesso em: 17 Dez. 2016.
Figura 10

Fonte: <http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/3/439fogo2.jpg>.
Acesso em: 11 Dez. 2016.

Figura 11

Fonte: <http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/4/574quim_ind2.jpg>. Acesso

em: 11 Dez. 2016.

PRESTARAM
ATENÇÃO???!!!

Então respondam...
3.6 – Responda:

 Vocês conseguem identificar alguma semelhança entre as figuras

apresentadas?
 E diferenças?
 É possível agrupá-las em categorias? Se sim, quais?
 Existe alguma coisa que podemos fazer para evitar ou forçar essas
transformações a acontecerem?

Comentários: o professor poderá direcionar a interpretação das observações

considerando as seguintes questões:
Alguns medicamentos são acondicionados em frascos escuros, opacos e com
informações de armazenamento em locais arejados e frescos. Você já leu essas
informações? O que isso significa?
Por que os incêndios nas florestas se propagam com maior rapidez quando está
ventando?
Você sabe quanto tempo um air bag demora para ser acionado? E como isso
acontece?
Você já parou para pensar porque ao abanarmos uma churrasqueira a chama
aumenta? E por que ao assoprar uma vela a chama se apaga?
Por que os alimentos cozinham mais rápido na panela de pressão?
Para que servem os catalisadores nos processos industriais?

Sugestões de Materiais de Leitura

SILVA, Joab Trajano. A Química por dentro do ‘Airbag’. 21/10/2011. Disponível
em:<http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-quimica-por-dentro-do
%E2%80%98airbag%E2%80%99/>. Acesso em: 14 Dez. 2016.

EVANS, Jhon. Monóxido de Carbono. Química Nova na Escola. 05 de maio 1999.

Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/atual.pdf >. Acesso em: 17
Dez. 2016.

SANTOS, Amanda V. et al. O incrível mundo dos materiais porosos –

características, propriedades e aplicações.10 jan. 2015. Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_1/03-QS-75-14.pdf>. Acesso em: 17 Dez.
2016.
 AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada com base nas respostas fornecidas pelos alunos à
problematização inicial; as questões pós-laboratório pertencentes a cada atividade
experimental, bem como, a resolução da situação problema, e aos questionamentos
finais da UD, com a finalidade de realizar-se uma análise do conteúdo destas
respostas para identificar as implicações desta proposta pedagógica de ensino.
Sabe-se bem que estas experiências não serão o único indicativo do
aprendizado deste grupo de alunos, com os quais foram desenvolvidas tais
atividades, o processo avaliativo perpassa os momentos em salas de aula, mas, eles
servem para que o professor tenha parâmetros para continuar ou retomar conteúdos
curriculares.
O que se espera é que os alunos tenham ampliado o significado sobre aquilo
que já conhecem. Por isso, é muito importante desenvolver experimentos e
atividades que sejam conteúdo parte da realidade dos alunos, para que eles tenham
menos dificuldades no aprendizado.
Estas estratégias irão considerar como o sujeito aprende e como ele é capaz
de dirigir seu aprendizado, e isto será avaliado.
Considerando que a avaliação é um processo que deve permitir ao aluno a
leitura, a reflexão, a relação, a operação mental e a demonstração, será necessário
oferecer recursos a ele, para que consiga desenvolver as tarefas mais complexas
aqui apresentadas e depois delas.
Espera-se que as atividades experimentais indiquem que os alunos
conseguiram apreender os conceitos e relacioná-los com suas vivências e eles
deverão responder aos questionamentos de acordo com as atividades experimentais
e serem capazes de formar o construir os conceitos científicos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica
(Química) os alunos serão avaliados por várias formas de expressão solicitada na
Unidade Didática, como: “leitura e interpretação de textos, produção de textos,
relatórios de aulas em laboratório, entre outras. Esses instrumentos devem ser
selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino” (PARANÁ, 2008).
4 REFERÊNCIAS

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciência. São Paulo:

Cortez, 1990.

_________; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de ciências:

fundamentos e métodos. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.

FONSECA, Martha Reis Marques. Química. São Paulo: Ática, 2013.

MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andréa Horta. Química: Ensino Médio. v.

2. São Paulo: Editora Scipione, 2014.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Química. Curitiba:

Secretaria de Estado da Educação/SEED, 2008.

SANTOS, W. L. P. dos; MÓL, G. S. (coords.). Química cidadã. v. 2. São Paulo:

Editora AJS, 2013.

SANTOS, W. L. P. dos; MÓL, G. S. (coords.). Química e Sociedade. São Paulo:

Nova Geração, 2008.

SCHNETZLER, Roseli Pacheco. Apontamentos sobre a história do Ensino de

Química no Brasil. In: Ensino de Química em Foco. SANTOS, W. L. P. dos;
MALDANER, O. A. (Orgs.). Ijuí: Editora Unijuí, 2010. p. 51-76.

SILVA, R. R.; MACHADO, P. F. L.; TUNES, E. Experimentar sem medo de errar. In:
Ensino de Química em Foco. SANTOS, W. L. P. dos; MALDANER, O. A. (Orgs.).
Ijuí: Editora Unijuí, 2010. p. 51-76.

UNESP. Cinética Química: velocidade e ocorrência de reações. Universidade

Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Bauru, SP. Disponível em: <
http://www2.fc.unesp.br/icientifica/downloads/rtcinetquim.pdf>. Acesso em: 16 Set.
2016.