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A IMPORTANCIA DA CONTEXTUALIZAÇÃO NO

ENSINO DA QUIMICA.
Acadêmico¹
Tutor Externo²

1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como temática compreender a importância da contextualização dos conteúdos
ministrados através de aulas práticas no ensino da disciplina de química, correlacionado com a
dificuldade em profissionais da área de educação na contextualização dos temas ministrados dentro
da disciplina de química para os alunos, muitas vezes por não possuir recursos materiais ou
humanos nos locais onde são ministradas as aulas. Por este motivo que o presente trabalho busca
elucidar alguns dos desafios do professor da disciplina de química.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
“O professor tem como missão transformar a sociedade, porque é o personagem principal da
educação.” (SAVIANI, 2000). Tendo vista que, o papel do educador no processo de ensino e
aprendizagem para Freire (2008) é de compartilhar experiências com o aluno para construção do
conhecimento. Ele (o educador) tem o papel de mediador, ajudando no despertar de uma
consciência crítica da realidade. Segundo SANTOS,

O ensino de química, em muitos casos é tratado apenas com memorização de conceitos,


longe da realidade discente. Esse quadro acarreta uma série de problemas relacionados ao
processo ensino-aprendizagem. Por isso, surge à necessidade de contextualização.
Contextualizar permite a utilização de metodologias que facilitam o processo ensino-
aprendizagem, como por exemplo, aulas práticas que mostram a realidade do cotidiano dos
alunos. (SANTOS, A. P.)

A Química é uma ciência fatual e natural, pois o seu sistema de conhecimento é construído a partir
de fatos e os fatos que ela lida são os da natureza. (ZIMMERMANN, 1993). Assim, podemos
inferir que:
A utilização de métodos diversificados com aulas práticas bem planejadas facilita muito a
compreensão da produção do conhecimento em química, podemos incluir demonstrações
feitas pelo professor e experimentos realizados pelo próprio aluno buscando a confirmação
de informações já adquiridas em aulas teóricas, cuja interpretação leve a elaboração de
conceitos, sendo importantes na formação de elos entre as concepções espontâneas e os
conceitos científicos, propiciando aos alunos oportunidades de confirmar suas ideias ou
então reestruturá-las. (SALESSE, 2012 p.11).

Contrariamente ao modelo tradicional de ensino, defende-se que a aprendizagem de Química deve


possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico
de forma abrangente e integrada, para que estes possam julgá-la com fundamentos teórico-práticos
(ROCHA, J.S., VASCONCELOS, T.C. 2012)

1 José Nilton da Conceição


2 Pedro Henrique Simas
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Química (FLC338QUI) – Prática do
Módulo III - 13/12/21
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Portanto “Contextualizar a química [...] é propor situações problemáticas reais e buscar o


conhecimento necessário para entendê-las e procurar solucioná-las.” (PCN+, p.93).

O ensino tradicional é administrado de forma que o aluno saiba inúmeras fórmulas, decore
reações e propriedades, mas sem relacioná-las com as formas naturais que ocorrem em seu
meio. Trabalhar com as substâncias, aprender a observar um experimento cientificamente,
visualizar de forma que cada aluno descreva o que observou durante a reação, isto sim leva a
um conhecimento definido (QUEIROZ, 2004)

Cabe ao professor buscar alternativas [...], pois o objetivo da experimentação é possibilitar ao


aluno a criação de modelos que tenham sentidos para ele, a partir de suas próprias observações
(HESS, 1997).

3. MATERIAIS E MÉTODOS
O presente trabalho busca justamente demonstrar a necessidade da contextualização dos conteúdos
desta disciplina, a química pode ser considerada uma espécie de linguagem, que deve ser utilizada
como uma ferramenta facilitadora da leitura do mundo. Com isso a experimentação e
contextualização dos conteúdos ensinados poderá sobrepujar os limites da sala de aula, sendo
extrapolada pra o cotidiano dos alunos e potencializando o aprendizado dos alunos.

FIGURA 1 – EQUIPAMENTO SIMPLES PARA AULAS PRATICAS

Fonte: Disponível em: http://www.abq.org.br/cbq/2011/trabalhos/6/6-138-9493.htm

A Figura 1 representa um modelo de simples confecção para demonstração de soluções químicas


eletrolíticas e não-eletrolíticas em aulas práticas.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Assim como todas as ciências, a Química deve ser levada para o cotidiano dos alunos,
podendo assim desmitificar e ajudar a expandir a compreensão de mundo dos alunos. Existem
diversos meios de que podem ser utilizados para isso e cabe ao professor se preparar para repassar
os conhecimentos e fazer a tradução dos termos técnicos para as mais diversas reações químicas
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que acontecem a cada segundo no nosso entorno.

A contextualização do ensino de química apresenta-se como forma de tornar o processo


ensino-aprendizagem mais agradável e interessante, abordando temas dentro de um contexto de
linguajar de mais fácil acesso aos alunos e utilizando experimentos de baixo custo. Com isso a
possibilidade de tornar o aprendizado mais prazeroso facilita o entendimento dos alunos acerca da
disciplina como um todo, não se limitando aos conhecimentos teóricos expostos nas aulas.

REFERÊNCIAS

BRASIL, MEC. Em Aberto (Currículo: referenciais e tendências). INEP, Brasília, N.º 58, abril/jun.
1993.

FEITOSA, S. C. S. Método Paulo Freire: a invenção de um legado. Brasília: Liber Livro, 2008.

HESS, S. Experimentos de química com materiais domésticos: ensino médio.São Paulo. Moderna,
1997.

QUEIROZ, S. L.; ALMEIDA, M. J. P. M. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o


aprendizado de alunos de iniciação científica em química. Ciência e Educação, Bauru, v.10, n.1,
2004.

SALESSE, A.M.T A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: importância das aulas


práticas no processo de ensino aprendizagem. (Monografia de Especialização), 2012 – Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Paraná.

SAVIANI, O. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 7. ed. Campinas, SP: Autores


Associados, 2000

SANTOS, A. P, CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA: UMA FERRAMENTA


PARA A FORMAÇÃO CIDADÃ, 2011

ZIMMERMANN, A. O ensino de química no 2º. grau numa perspectiva interdisciplinar. Palotina.


SEED, 1993.

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