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Índice

1. TEMA..................................................................................................................................1
2. PROBLEMA........................................................................................................................2
3. HIPÓTESES.........................................................................................................................2
4. JUSTIFICATIVA.................................................................................................................2
5. OBJECTIVOS......................................................................................................................3
5.1. Objectivo geral.............................................................................................................3
5.2. Objectivos específicos..................................................................................................3
6. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................3
7. METODOLOGIA................................................................................................................5
8. CRONOGRAMA.................................................................................................................6
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................6

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1. TEMA
Assunto: Laboratório de Química.

Tema: Falta de laboratório de Química: Impacto na aprendizagem dos alunos na Escola


Secundária Mateus Sansão Mutemba (Cidade da Beira).

2. PROBLEMA
Problema: Em que medida a falta de laboratórios de Química na Escola Secundária
Mateus Sansão Mutemba pode influenciar na aprendizagem dos alunos?

3. HIPÓTESES
Hipótese 1: Escola com laboratório de Química minimiza os problemas da falta de
compreensão sobre as matérias leccionadas pelos professores durante as aulas.
Hipótese 2: Com a existência de laboratório de Química na escola, os alunos podem
conciliar a aula teórica com a prática.
Hipótese 3: A disciplina de Química, como ciências naturais que nalgum momento
exige experiências, quando leccionada com auxílio de um laboratório de Química,
garante uma aprendizagem digna e segura aos alunos.

Hipótese 4: A existência de laboratório de Química na escola pode garantir que os


alunos sejam bem formados no Ensino Secundário Geral, o que pode gerar maior
probabilidade de se formarem com sucesso no Ensino Superior e ser bons futuros
profissionais, capazes de responder com sucesso as exigências do mercado actual, desde
da empregabilidade até ao mundo das ciências e tecnologias.

4. JUSTIFICATIVA
Vygotsky, ao propor os instrumentos como um dos meios intermediários no processo da
aprendizagem do indivíduo (Manroe, 2008), já defendia a importância de existência de
laboratórios devidamente equipados como meios facilitadores para aprendizagem dos
alunos na disciplina de Química. Ou seja, os instrumentos, ao se interpor entre o homem
e o mundo, eles ampliam as possibilidades de transformação da natureza.

Tendo em vista o desenvolvimento no mundo educacional actual, percebe-se que os


laboratórios de Química, tidos como um dos principais meios facilitadores no processo

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de ensino e aprendizagem nas escolas, sobre tudo do ensino geral, têm-se tornado
essencialmente necessários. Com o avanço da ciência e tecnologia é quase impossível o
aluno ter uma aprendizagem condigna na área de ciências naturais sem aliar a teoria a
prática num espaço preparado para o exercício das actividades.
O Sistema Nacional de Educação considera que a Química é uma das disciplinas
fundamentais do programa curricular para o ensino secundário geral (MINED e INDE,
2007). Segundo Bueno et al (sd), a Química é uma disciplina que apresenta duas
grandes actividades (teórica e prática) que estão intimamente ligadas. Esta ligação
possibilita ao aluno a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo
físico de forma abrangente e integrada, e permiti com que julgue, com fundamentos, as
informações adquiridas por outros meios, para a partir daí, tomar suas decisões e dessa
forma, interagir com o mundo enquanto indivíduo e cidadão.
A escolha do tema decorre da necessidade de evidenciar a importância da existência de
laboratórios de Química nas Instituições de Ensino Geral em Moçambique, como meios
facilitadores da aprendizagem na disciplina de Química na medida em que os alunos
fazem o uso delas para aliar a teoria a prática.

5. OBJECTIVOS

5.1. Objectivo geral


 Analisar a influência de falta de laboratório de Química nas Escolas do Ensino
Secundário Geral em Moçambique.

5.2. Objectivos específicos


 Averiguar o quanto os laboratórios de Química possibilitam uma boa
aprendizagem aos alunos numa Escola Secundária Geral.
 Diagnosticar junto aos alunos e professores as dificuldades no processo de
ensino-aprendizagem na disciplina de Química.
 Identificar os métodos e técnicas de ensinos utilizados pelos professores no
ensino de Química, buscando a compreensão de como estes interferem no
aprendizado da disciplina.
 Propor formas alternativas de implementação de laboratório de Química para o
exercício das aulas ou actividades práticas.

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6. REVISÃO DA LITERATURA
A Química é ciência das substâncias das suas propriedades e do que acontece quando se
misturam umas com as outras. A química é a resposta a uma curiosidade fundamental:
de que é que são feitas as coisas? (Calado, 2011). A Química é a ciência que estuda a
matéria, as transformações químicas por ela sofrida e as variações de energia que
acompanham estas transformações. Ela representa uma parte importante em todas as
ciências naturais, básicas e aplicadas.

Segundo o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano MINED e Instituto


Nacional do Desenvolvimento da Educação INDE (2007), O Sistema Nacional de
Educação considera a Química como sendo uma das disciplinas fundamentais do
programa curricular para o Ensino Secundário Geral em Moçambique.

O laboratório de Química na escola, pode ser definido como um espaço próprio,


constituído por vidrarias, reagentes, instrumentos e materiais, para exploração do
desconhecido, ou seja, é participante activo do processo de ensino e aprendizagem, onde
o aluno pode questionar sem restrições ao professor, os colegas e a si (Ferreira e Freitas,
2016).

Segundo Bueno et al (s/d), na disciplina de Química, podemos distinguir duas


actividades principais: a teoria e a prática. Em quanto a actividade teórica se verifica
quando se procura explicar a matéria, em nível microscópico, a actividade prática ocorre
no manuseio e transformação de substâncias nos laboratórios e nas indústrias, quando
então se trabalha em nível macroscópico, isto é, em coisas visíveis. Entretanto, não
havendo uma articulação entre os dois tipos de actividades “a teoria e a prática” os
conteúdos não serão muito relevantes à aprendizagem e formação do aluno ou
contribuirão muito pouco ao desenvolvimento cognitivo deste.

As actividades experimentais foram inseridas nas escolas, devido à forte influência de


trabalhos desenvolvidos nas universidades cujo objectivo era o de melhorar a
aprendizagem do conhecimento científico através da aplicação do que foi aprendido
(Galiazzi et al, 2001 apud Da Silva, 2016). Para uma aprendizagem satisfatória na
disciplina de Química, dentre diversos factores a serem considerados, está um lugar
próprio (laboratório de Química) para que os alunos possam, através da prática,

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despertar seus interesses, desenvolver suas habilidades através da busca por explicações
do que lhes é desconhecido, e compreender os conceitos teóricos.

As actividades em Química englobam sempre uma interacção entre o pensar e o fazer


"teoria e a apática ". Ou seja, a teoria, quando aliada a prática, permite que os alunos
manipulem objectos e ideias e negociem significados entre si e com o professor durante
a aula.

Sabe-se que a experiência tem a capacidade de despertar o interesse dos alunos e


promover o aumento da capacidade de aprendizagem, ou seja, o uso da experiência no
ensino de Química se tornou uma forma de despertar no aluno um maior interesse, na
busca de conhecimento científico em grupo, à possibilidade de promover discussões e
investigações que permitam um enriquecimento do conhecimento a partir dos
conhecimentos prévios do aluno (Giordan, 1999 apud Da Silva, 2016). Entre tanto, por
ser uma abordagem experimental, que envolve produtos e reagentes químicos, deve ser
efectivada maioritariamente em lugares próprios “laboratórios de Química”.

7. METODOLOGIA
Buscando analisar a temática proposta, este trabalho será realizado na investigação a
respeito do tema proposto, de forma a garantir a maior veracidade possível no processo
de conhecimento da problemática a ser estudada.

Este estudo propõe investigar mais detalhadamente a realidade dos fenómenos


subjectivos e objectivos do impacto da falta de laboratório de disciplina de Química no
processo de ensino-aprendizagem, com base em uma metodologia pautada em um
estudo descritivo e explicativo, por descrever os fatos e fenómenos de determinada
realidade e por se preocupar em identificar os factores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenómenos (Trivinos, 1987 e Gil, 2007 apud Gerhardt
e Silveira, 2009). É um estudo que vai usar abordagem mista “quantitativa e
qualitativa”, por considerar que produz a triangulação metodológica, na medida em que
numa relação entre opostos complementares, busca a aproximação do positivismo e do
compressivísmo (Bruggemann e Parpinelli, 2008). Ou seja, a partir da vinculação entre
as abordagens quantitativa e qualitativa, os estudos promovem o entendimento sobre o

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fenómeno em questão de uma forma que não se obteria com a utilização de somente
uma abordagem.

Para obter dados ligados a aspectos do fenómeno em estudo, far-se-á a utilização dos
seguintes instrumentos: análise documental, observação directa artificial não
estruturada, questionário aberto, e entrevista semiestruturada.

O estudo seguirá distribuído em, 5 fases distintas que serão avaliadas separadamente. A
primeira fase buscará o conhecimento teórico referente ao fenómeno em questão, a
segunda buscará fazer a discussão dos resultados colectados através dos instrumentos
supracitados e aplicando as seguintes fontes: instituição, órgãos directivos, professores,
alunos e encarregados de educação, a terceira vai trazer a importância e a relação entre
laboratório de Química, aulas teórica e práticas e aprendizagem do aluno, a quarta fase
será responsável por definir o conceito de laboratório de Química e laboratório
improvisado de química e evidencia a suas características, e por último a quinta fase irá
propor formas alternativas para instalação de laboratório de Química.

8. CRONOGRAMA
Descrição das fases Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Revisão bibliográfica x x x x x
Colecta de dados x x
Analise dos dados e x
elaboração da tese
Primeira redacção e x x
correcção da tese
Entrega da tese final x

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bueno, L. et al (s/d). O ensino de química por meio de actividades experimentais: a
realidade do ensino nas escolas. Universidade Estadual Paulista e Faculdade de
Ciências e Tecnologia. Consultado em. Disponível em:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:eHy9R4hEb8sJ:unesp.br/
prograd/ENNEP/Trabalhos%2520em%2520pdf%2520-%2520Encontro%2520de
%2520Ensino/T4.pdf+&cd=1&hl=en&ct=clnk&gl=mz

Bruggemann, O. M. e Parpinelli, M. A. (2008). Utilizando as abordagens quantitativa e


qualitativa na produção do conhecimento. Esc Enerm USP. Florianópolis. Consultado
em. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n3/v42n3a20

Calado, J. (2011). Haja luz!: uma história da Química através de tudo. 1ª Edição:
Lisboa. Consultado em. Disponível em:
http://www.instituto-camoes.pt/images/stories/tecnicas_comunicacao_em_portugues/
Quimica/Quimica%20-%20O%20que%20e%20a%20Quimica.pdf

Da Silva, V.G. (2016). A importância da experimentação no ensino de química e


ciências. unesp. Bauru. Consultado em. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/136634/000860513.pdf

Freitas, A.S. e Ferreira, R. M. (2016). A função metodológica do laboratório de química


no processo de ensino e aprendizagem para o ensino médio em duas escolas da rede
pública estadual em São Luis-ma. XVIII Encontro Nacional de Ensino de Química:
Florianópolis. Consultado em. Disponível em:
http://www.eneq2016.ufsc.br/anais/resumos/R0336-1.pdf

Gerhardt, T.E e Silveira, D. T. (2009). Métodos de pesquisa. Universidade Federal do


Rio Grande do Sul. 1ª Edição Consultado em. Disponível em:
http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf

Manroe, C. (2008). Vygotsky e o conceito de aprendizagem mediada. Nova escola:


gestão escolar. https://novaescola.org.br/conteudo/274/vygotsky-e-o-conceito-de-
aprendizagem-mediada

MINED e INDE. (2007). Plano Curricular do Ensino Secundário Geral (PCESG):


Documento Orientador, Objectivos, Política, Estrutura, Plano de Estudos e Estratégias

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de Implementação. Imprensa Universitária, UEM: Maputo. Consultado em. Disponível
em http://www.eln.co.mz/wp-content/uploads/2015/04/programa.pdf

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