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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE QUIMICA

MENDOSO CARTINO AUGUSTO

PROPOSTA DE MATERIAS E REAGENTES NÃO

CONVENCIONAIS PARA AS AULAS LABORATORIAIS

DE QUIMICA, NA 8O CLASSE: CASO EM ESTUDO

ESCOLA SECUNDARIA GERAL DE COALANE -

QUELIMANE

Quelimane

2023
MENDOSO CARTINO AUGUSTO

PROPOSTA DE MATERIAS E REAGENTES NÃO


CONVENCIONAIS PARA AS AULAS LABORATORIAIS DE

QUIMICA, NA 8O CLASSE: CASO EM ESTUDO ESCOLA

SECUNDARIA GERAL DE COALANE - QUELIMANE


Projecto científico a ser entregue na Faculdade de
Educação no Departamento de Ciências Naturais e
Matemática como requisito para a escrita de
Monografia Científica para obtenção do grau
académico de Licenciatura em Ensino de Química com
Habilitações em Gestão em laboratório.

Orientador:

Quelimane

2023
Sumário Pág
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................3

1.1. Introdução.................................................................................................................................3

1.2. Problematização........................................................................................................................4

1.3. Objectivos.................................................................................................................................5

1.3.1Geral.........................................................................................................................................5

1.3.1.2 Específicos...........................................................................................................................5

1.4. Hipótese.....................................................................................................................................5

1.5. Justificativa...............................................................................................................................5

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................7

2.1. Conceitos básicos......................................................................................................................7

2.1.1. Observação do ensino de química a partir da sala de aula.....................................................7

2.1.2. Actividades experimentais – melhorando a aprendizagem e o conhecimento.......................9

2.3. A importância do professor na experimentação......................................................................10

2.4. A importância da experimentação Química utilizando materiais e Reagentes alternativo de


baixo custo.....................................................................................................................................11

CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................14

3.1. Tipo de pesquisa......................................................................................................................14

3.2. Técnicas e instrumentos de colecta de dados..........................................................................15

3.3. Universo e Amostra.................................................................................................................16

3.4. Cronograma de actividade.......................................................................................................16

3.5. Orçamento...............................................................................................................................17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................18
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
A busca constante por inovação e aprimoramento no ensino de química tem levado
educadores a explorar novas abordagens, especialmente nas aulas laboratoriais da 8ª classe.
Nesse contexto, uma proposta intrigante emerge: a introdução de materiais e reagentes não
convencionais. Ao desviar-se dos métodos tradicionais, essa abordagem promete não apenas
despertar o interesse dos alunos, mas também proporcionar uma compreensão mais profunda dos
conceitos químicos fundamentais.

Ao considerarmos a 8ª classe, fase crucial no desenvolvimento educacional, é imperativo


adoptar estratégias que cativem a atenção dos estudantes. A utilização de materiais não
convencionais pode transformar as aulas laboratoriais em experiências envolventes, instigando a
curiosidade natural dos alunos. Essa proposta não se limita apenas a elementos exóticos, mas
também se estende a substâncias do quotidiano, permitindo uma conexão mais directa entre a
teoria e a prática.

Nesta vertente, O presente projecto intitulado proposta de matérias e reagentes não


convencionais para as aulas laboratoriais de química, na 8º classe: caso de estudo escola
Secundária Geral de Coalane – Quelimane 2023, tem em vista demonstrar a grande
importância das aulas experimentais na disciplina de química, uma vez que não se fala das
actividades experimentais, problema este que se faz sentir em todas as escolas secundárias geral
de Moçambique, fazendo com que o ensino seja extremamente teórico.

A diversificação de materiais e reagentes não só torna as aulas mais emocionantes, mas


também enfatiza a aplicação prática dos princípios químicos. Essa abordagem inovadora
proporciona uma visão mais holística da disciplina, permitindo que os estudantes visualizem a
química em acção em diferentes contextos. A experiência prática com esses elementos não
convencionais pode estimular o pensamento crítico e a resolução de problemas, habilidades
essenciais para o desenvolvimento académico e profissional.

Além disso, a introdução de materiais não convencionais pode contribuir para a


sustentabilidade ambiental, uma preocupação cada vez mais premente. Ao substituir substâncias
tradicionais por alternativas mais ecológicas, os educadores não apenas promovem a
conscientização ambiental, mas também instigam os alunos a considerar o impacto de suas
escolhas na sociedade e no meio ambiente. Essa perspectiva não apenas alinha as aulas com os
valores contemporâneos, mas também prepara os estudantes para serem cidadãos responsáveis.
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Em suma, a proposta de utilizar materiais e reagentes não convencionais nas aulas


laboratoriais de química para a 8ª classe representa uma abordagem inovadora e eficaz para
enriquecer o processo de aprendizagem. Essa mudança de paradigma promete não apenas
transformar as experiências educacionais, mas também preparar uma geração de estudantes para
enfrentar os desafios científicos e sociais do futuro.

1.2. Problematização
A introdução de materiais e reagentes não convencionais nas aulas laboratoriais de
química tem implicações profundas no processo de ensino e aprendizagem em Moçambique. Em
um nível mais amplo, o sistema educacional moçambicano enfrenta o desafio de modernizar suas
práticas pedagógicas para acompanhar os avanços globais, proporcionando uma educação mais
prática e envolvente. Portanto, a falta de recursos e a dependência de métodos convencionais tem
limitado a eficácia do ensino de química, impedindo os alunos de explorarem plenamente os
conceitos científicos de maneira prática.

Sendo assim, à medida que essa temática é contextualizada nas escolas moçambicanas,
observa-se uma disparidade na disponibilidade de recursos entre as instituições, onde muitas
escolas, especialmente aquelas localizadas em áreas rurais ou com orçamentos mais restritos,
podem enfrentar dificuldades em adoptar abordagens inovadoras devido à escassez de materiais e
reagentes não convencionais. Esse cenário contribui para uma lacuna no acesso à educação
prática e impacta directamente na qualidade do ensino de química em todo o país.

Nas escolas da cidade de Quelimane, esse desafio pode ser amplificado pela dinâmica
urbana e pela diversidade socioeconómica da região. Algumas instituições podem ter mais
recursos disponíveis para investir em materiais não convencionais, enquanto outras podem
enfrentar restrições orçamentárias significativas. Essa variabilidade cria discrepâncias no acesso
dos alunos a uma educação prática e, consequentemente, na compreensão e apreciação dos
conceitos químicos.

Hoje a disciplina de química é leccionada de uma forma teórica dificultando a


aprendizagem do próprio aluno, que por sua vez para se concretizar esta teoria e necessário que
haja a prática das actividades experimentais, pese embora estes desafios adicionais relacionados à
o envolvimento de teoria e pratica e falta de conscientização sobre os benefícios dessa
abordagem torna o ensino monótono, criando desta forma um ensino de química sem motivação.
Perante esta situação surge a seguinte questão: Como poderá ser implementada a proposta de
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introduzir materiais e reagentes não convencionais nas aulas laboratoriais de química para a
8ª classe na Escola Secundária Geral de Coalane em Quelimane?

1.3. Objectivos
1.3.1Geral
 Propor de utilização de materiais e reagentes não convencionais nas aulas laboratoriais de
química na 8ª classe da Escola Secundária Geral de Coalane em Quelimane

1.3.1.2 Específicos
 Seleccionar as possíveis experiencia a ser realizadas nas aulas laboratoriais de química na
8ª classe da Escola Secundária Geral de Coalane em Quelimane
 Identificar materiais e reagentes não convencionais para as aulas laboratoriais da 8ª classe
na Escola Secundária Geral de Coalane em Quelimane
 Elaborar o guião de experiencias com materiais e reagentes não convencionais
 Realizar aulas experimentais com materiais e reagentes não convencionais
 Avaliar o grau de assimilação a partir da implementação da aula laboratorial aplicado aos
alunos sobre proposta de materiais e reagentes não convencionais das experiencias
realizadas na 8ª classe.

1.4. Hipótese
Como resposta prévia para a pergunta colocada tem-se as seguintes hipóteses:

 H1: Os materiais não convencionais podem proporcionar experiências práticas mais


envolventes, tornando as aulas mais dinâmicas e favorecendo uma compreensão mais
profunda dos conceitos químicos
 H2 : A proposta de materiais e reagentes não convencionais pode ser rejeitada com base na
possibilidade de resistência por parte dos professores ou falta de recursos adequados para
implementação.
1.5. Justificativa
A escolha do tema "Proposta de Matérias e Reagentes Não Convencionais para as Aulas
Laboratoriais de Química na 8ª Classe: Caso de Estudo Escola Secundária Geral de Coalane –
Quelimane 2023" é fundamentada na necessidade de promover uma abordagem inovadora e
contextualizada no ensino de química, especialmente em laboratórios, visando o engajamento dos
alunos e a melhoria do processo de aprendizagem.
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A justificativa académica para a escolha desse tema reside na importância de actualizar o


currículo de química na 8ª classe, incorporando novas práticas e conhecimentos que estejam
alinhados com os avanços científicos e tecnológicos contemporâneos. A introdução de matérias e
reagentes não convencionais proporciona aos estudantes uma experiência prática mais próxima
da realidade, estimulando a curiosidade científica e a capacidade de análise crítica.

No âmbito escolar, a proposta visa tornar as aulas laboratoriais mais atractivas e


envolventes, contribuindo para a diminuição da evasão escolar e o aumento do interesse dos
alunos pela disciplina de química. A abordagem não convencional pode promover um ambiente
de aprendizagem mais dinâmico, incentivando a participação activa dos estudantes e a construção
colectiva do conhecimento.

A nível profissional, a implementação de práticas laboratoriais inovadoras na 8ª classe pode


preparar os alunos para desafios futuros, desenvolvendo habilidades práticas e competências
analíticas que são valorizadas no mercado de trabalho. Além disso, ao adoptar uma abordagem
mais contemporânea, a escola contribui para a formação de cidadãos críticos e capacitados para
lidar com as demandas da sociedade moderna.

Dessa forma, a escolha desse tema se justifica pela necessidade de actualização e


aprimoramento do ensino de química, não apenas para acompanhar os avanços científicos, mas
também para proporcionar uma formação mais completa e relevante para os estudantes da 8ª
classe da Escola Secundária Geral de Coalane – Quelimane.
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CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA


Este capítulo apresenta a síntese do debate de estudos realizados sobre a pesquisa em
estudo, na perspectiva de diferentes autores que desenvolveram estudos em diversas áreas sobre o
tema em estudo e de seguida apresenta alguns conceitos importantes para a compreensão do tema
em análise.

2.1. Conceitos básicos


2.1.1. Observação do ensino de química a partir da sala de aula
No tempo de adequação em sala de aula, é perceptível a forma com que os alunos se
comportam em relação ao estudo de química. Em geral, esse fato está relacionado à falta de
comunicação e uma didáctica diferenciada, muitas vezes dinâmica com relação a parte da
química que lhes chama atenção, as aulas práticas.
O experimento químico é de extrema importância para o aprendizado do aluno do ensino
médio, pois facilita no processo ensino-aprendizagem do aluno e desperta o interesse pela
matéria de química, incitando o docente a ministrar suas aulas de acordo com a necessidade dos
seus alunos (Fita, 2003)
A utilização das actividades experimentais bem planejadas facilita muito a compreensão da
produção do conhecimento em química, os docentes fazem demonstrações para o aluno absorver
o conteúdo de forma eficiente, os experimentos para confirmação do assunto. A aplicação de
actividades é importante na formação dos alunos, pois incentiva sobre a disciplina de química
(Giordan, 1999)

As actividades experimentais auxiliam o aluno na compreensão de conceitos químicos,


porém, com o fato de que nem todas as escolas dispõem de materiais para esse tipo de aula,
entram em meios viáveis para a execução, planejadas pelos docentes com materiais alternativos
de baixo custo, que podem ser realizados em sala de aula, enriquecendo e fortalecendo o
desenvolvimento do aluno.

A experimentação prioriza o contacto dos alunos com os fenómenos químicos,


possibilitando ao aluno a criação dos modelos que tenham sentidos para ele, a partir de suas
próprias observações, (Giordan, 1999). Por isso, é fácil notar por que é necessário utilizar esse
método para o ensino da química nas escolas, e a partir disso será minimizada a dificuldade dos
alunos em compreender conteúdos de química, através das aulas experimentais, que o auxilia na
compreensão dos temas abordados e em suas aplicações no quotidiano.
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A disciplina de química na escola pública enfrenta barreira sem relação aos alunos a aderir
a disciplina, pois os mesmos afirmam que a disciplina é maciça e apenas a decoram, não
compreendendo de fato o que a química estuda e do que ela se trata, preocupando-se somente
com a aprovação final.

Por conta disso, há também professores que não buscam envolver os seus alunos com a
disciplina, por ser considerada complicada aos olhos dos alunos. Como consequência, parte dos
docentes não buscam novos métodos para transmitir conhecimento, esses factores prejudicam na
aprendizagem dos mesmos.

Segundo Jesus (2004), percebe-se a desmotivação total dos professores por questões
financeiras e a desvalorização no mercado de trabalho. Esses factores trazem consequências na
forma de como leccionar as aulas, pelo fato que os professores possuem salários baixos, assim
fazendo com que os mesmos não ministrem suas aulas com coerência, assim não se preocupando
se o aluno está realmente aprendendo, gerando desinteresse total por partes dos discentes.

Outro factor bastante preocupante é a falta de laboratório no ambiente escolar,


principalmente nas escolas públicas onde em uma sala de aula com mais de 40 alunos além de
não ter ventilação necessária. Factores como esses interferem bastante em relação à ministração
das aulas e na assimilação dos conteúdos pelo aluno.

Por falta de estruturas adequadas em sala de aula o docente se sente desconfortável na sala
de aula, dificultando o processo, neste caso o uso das aulas experimentais seria melhor porque os
alunos estariam motivados com a aula em relação as aulas teóricas uma vez regista se um
enchente de alunos em sala de aula (Zabala, 1998)

O lúdico e a experimentação torna-se uma motivação para os alunos presentes em sala de


aula, pois o professor pode construir novos conhecimentos, iniciando o processo de motivação e
fortalecendo os interesses e curiosidades do alunado pela química, assim o envolvendo o mesmo
na disciplina(Ronca 1989).

A grande preocupação em relação à disciplina de Química tem feito com que vários
pesquisadores busquem novas alternativas para tornar a disciplina atraente de modo que os
alunos tenham facilidade em aprender assim fazendo com que os pesquisadores desenvolvam
experimentos químicos utilizando materiais e reagentes alternativos, assim ajudando o aluno no
entendimento de ciências, principalmente a Química, (Amaral, 1996).
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A maioria dos alunos de ensino médio visualiza a química como uma disciplina que possui
bastante dificuldade e de difícil compreensão. Grande parte dos alunos não aprende de fato o
conteúdo estudado em sala de aula, e acabam decorando conceitos e fórmulas, não se
preocupando com o que a disciplina realmente oferece. (Miranda, 2007).

A química é uma disciplina onde é a experimentação é fundamental para o aprendizado. Se


o professor trabalhar apenas na teoria utilizando apenas livros didácticos e quadro, os alunos não
irão absorver e nem obter conhecimento esperado, pois, para muitos alunos a química é uma
disciplina considerada difícil. Entretanto, a fim de mudar esta situação, é muito importante o
professor unir a teoria com prática, utilizando materiais e reagentes não convencionais ou
alternativos, de baixo custo e encontrados no nosso dia-a-dia. (Hess, 1997).

2.1.2. Actividades experimentais – melhorando a aprendizagem e o conhecimento.


As actividades experimentais são elaboradas com o intuito de melhorar o crescimento dos
alunos na aprendizagem e no conhecimento, pois a experimentação é de grande importância para
se aprender sobre química com mais facilidade, pois as mesmas despertam um grande interesse
nos alunos, além de torná-los cidadãos investigaremos (Benite & Benite, 2009).

A importância das actividades experimentais no ensino médio está no centro por ser uma
forma de despertar o interesse do aluno, e fazer com que ele relacione o que aprende na teoria
com a prática. (Alves, 2007).

As actividades experimentais ilustram a teoria que serve para verificar conhecimentos,


assim motivando os alunos, a maioria dos docentes enxerga as actividades práticas como uma
dificuldade na aplicação, isso por falta de laboratórios nas escolas públicas. Grande parte das
actividades experimentais podem ser feitas utilizando materiais e reagentes alternativos e
realizados em sala de aula (Rosito, 2003).

Segundo a ideia de Coelho, os professores afirmam que não desenvolvem actividades


experimentais, por falta de laboratórios e ausência de materiais e reagentes, aparelhos
electrónicos. Porém, para ele essas barreiras podem e devem ser quebradas, assim enfrentando a
carência de laboratórios e planejando experimentos com outros métodos, que possam ser
realizados em sala de aula sem perigo algum para os alunos.

As actividades experimentais, utilizando ou não o ambiente de laboratório escolar


convencional, podem ser o ponto de partida para a compreensão de conceitos e sua relação com
as ideias a serem discutidas em aula. Os estudantes, assim, estabelecem relações entre a teoria e a
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prática e, ao mesmo tempo, expressam ao professor suas dúvidas (Directrizes curriculares da


Educação Básica, 2008).

2.3. A importância do professor na experimentação


O docente tem como principal objectivo transformar a sociedade, é através dele que as
pessoas de classe baixa se integram na sociedade, e conseguem se graduar, ter uma boa profissão.
Através dele, surgem as oportunidades de saída da população menos favorecida em determinadas
comunidades pobres (Saviani, 2000).

O professor é a peça fundamental para educação, e através dele que muitos cidadãos são
formados. Nenhum sistema é capaz de substituir o professor, ele é essencial na educação, o
tempo da graduação serve para adquirir habilidades para transferir no futuro conhecimentos para
seus alunos (Alves, 2007).

Na escola pública, as aulas ministradas pelo professor em sala de aula são consideradas
desanimadoras por parte dos alunos, por isso o ensino da disciplina de química tem que ser
reformulado, assim percebe-se que a inclusão das actividades práticas ainda é uma das melhores
formas de transmitir conhecimento ao aluno (Amaral, 1996).

Há uma contradição muito grande na educação, pois os professores além de ter o dever de
ministrar aulas tradicionais, eles também devem criar novas metodologias, para ocorrer a
incentivacão pela disciplina por partes dos alunos. Mas na sociedade em que vivemos umas
dessas tendências sempre será dominante, por isso que os docentes de química devem unir as
duas tendências, assim quebrando esse sistema educacional (Gadotti, 1998).

Segundo Gadotti (2000) os professores têm o poder de transformar a sociedade,


contribuindo com seus conhecimentos. Essa transformação se deve pela injustiça da sociedade,
para ele o mundo seria melhor se todos tivessem voz, direitos iguais, assim minimizando os
problemas na sociedade.

Os professores possuem diversas responsabilidades e funções, com o pouco tempo que


possui para a realização de suas actividades, a disciplina faz com que os docentes estimulem seus
alunos, ministrando suas aulas com paciência e sabedoria. Fazendo que ocorra o crescimento dos
mesmo em relação à disciplina. (Esteve & Fracchia, 1988).

O professor tem uma importância significativa na escola, é nele que está depositado todo
conhecimento para serem transmitidos ao aluno. Ele possui o caráter investigativo, buscando
respostas e criando novas metodologias para melhorar na aprendizagem do aluno. Para Paulo
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Freire, a aprendizagem é uma forma fácil de absorção de conteúdo estudado e construa novos
conhecimentos assimilando sempre com os conhecimentos anteriores que aprendeu.

Um dos pontos mais importante no livro de Paulo Freire (Pedagogia na autonomia) fala da
importância do professor para a sociedade, onde o professor tem autoridade sobre seus alunos,
essa autonomia faz com que ele e a escola alcance um ensino de qualidade, onde será referência
na sociedade, O docente não precisa têm doutorado para ser um bom professor é que ele tenha
feito uma graduação de excelência, e saber o que é preciso para transmitir para os alunos o
conteúdo com coerência e clareza.

As actividades experimentais no ensino de química, é uma forma criativa de despertar ainda


mais o interesse dos alunos, pois promovem uma construção efectiva no conhecimento dos
alunos, mas infelizmente o ensino da disciplina de química está desfasado, segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), estão sendo realizadas apenas as aulas teóricas, sem
inovação nenhuma na educação fazendo com que o docente se limite apenas as aulas teóricas não
explorando metodologias novas, ocorrendo o desinteresse total por parte dos alunos. (Brasil,
1999).

2.4. A importância da experimentação Química utilizando materiais e Reagentes


alternativo de baixo custo
No ensino de Química um dos grandes desafios é buscar diferentes metodologias para que
os professores adquiram competências e habilidades necessárias para a sua formação, para que no
futuro possa transmitir seus conhecimentos. Nos últimos anos percebem-se dificuldades nas
escolas públicas, principalmente nos laboratórios, uma vez que muitos deles estão em péssimas
condições de uso, deteriorados.

Então, para diminuir essas dificuldades é necessário a construção de metodologias simples


e acessíveis, com fácil entendimento para assimilação por parte dos alunos (Alves, 1998). Os
materiais e reagentes convencionais ou alternativos de baixo custo são bastante úteis além de
simples, e de fácil condução. Esses materiais e reagentes facilitam o processo de ensino-
aprendizagem, e devem ser separados de acordo com a série de cada escola, com o conteúdo
(Krasilchik, 1996).

A experimentação química com materiais e reagentes alternativos, proporciona busca por


novos conhecimentos aproximando a relação aluno-disciplina fazendo com que a disciplina não
seja apenas teórica, mas sim prazerosa ao ser estudada cada vez mais. Os experimentos além de
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trazer grande utilidade aumentam e envolvimentos aluno com o aprendizado e o conhecimento


(Oliveira, 2008).

Os materiais e reagentes alternativos de baixo custo ajudam muito na realização dos


experimentos químicos, principalmente nas escolas públicas onde não há laboratório nem
materiais e reagentes convencionais, pois a maioria não são caros para a nossa realidade
Moçambicana. Quando bem planejadas e bem utilizadas, as actividades experimentais são
leccionadas com objectivos claros, voltados para a vida social do aluno sempre envolvendo e
evidenciando os problemas do seu quotidiano.

Segundo o Professor Vasco (2007) os docentes que trabalham com as Ciências Naturais,
mostram-se pouco satisfeitos com as péssimas condições de infra-estrutura, principalmente nas
instituições públicas. Eles usam essa justificativa para justificar o não procedimento das
actividades experimentais, mas no ensino médio é essencial sua inclusão para facilitar na
aprendizagem da disciplina química para os alunos.

As aulas experimentais são fundamentais para o ensino de química, principalmente aquelas


que são utilizadas materiais alternativos de baixo custo e de fácil aquisição, pois além de serem
realizadas nas próprias salas de aula, ou mesmo em laboratórios, promovem a superação das
dificuldades infra-estruturais presentes na maioria das escolas (Maldaner e Zanon, 2007).

Essas aulas proporcionam aos alunos, novos conhecimentos e permitem que desenvolvam
suas próprias habilidades em relação aos experimentos estudados em sala de aula como, análise
crítica e avaliação de dados acerca do assunto estudado, assim fazendo com que os alunos visem
nova reflexão sobre os problemas voltados para o quotidiano, sendo de muita importância a
adequação para a experimentação.

Aulas experimentais, além de despertar curiosidade nos alunos, há o incentivo e motivação


dos docentes para actuar na área experimental. A escolha dos experimentos feitos na disciplina
de química, mostra que é possível propor aulas experimentais substituindo os materiais originais
por materiais alternativos que encontramos no nosso dia-a-dia (Laburú, 2009).

Os experimentos utilizando materiais alternativos foram escolhidos para que os professores


atingissem seus objectivos no ambiente de trabalho, que é fazer com que o aluno aprenda sobre
química de maneira mais fácil, sendo que os materiais alternativos são mais acessíveis e
dinâmicos aos alunos. Estes experimentos transmitem conceitos da área de química e os docentes
têm como sua principal função transformá-los em objectos de pesquisa pedagógica, para que,
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através desta prática possa acontecer a construção de conhecimentos da disciplina de química,


visando a compreensão dos fenómenos e do mundo (Alves,1998).

A prática experimental aumenta a capacidade de aprendizado do aluno, pois a capacidade


do envolvimento do aluno com os assuntos estudados em sala de aula é maior, assim fazendo
com que ele assimile a prática com a teoria, vivenciada pelo quotidiano no sentido de contribuir
para aprendizagem (Casteleins, 2011).
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CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


Neste capítulo, serão traçados os caminhos seguidos de forma a materializar o estudo. Nesta
vertente, serão nesta etapa definidas como foi efectuada a investigação, o tipo de pesquisa,
técnicas e instrumento de colecta de dados, universo e participantes da pesquisa, orçamento da
pesquisa e a cronograma de actividade

3.1. Tipo de pesquisa


 Quanto a abordagem
O presente projecto de pesquisa previlegiar-se-a da pesquisa Mista, cuja escolha de uma
abordagem mista, combina com os elementos qualitativos e quantitativos, onde a pesquisa
fundamentar-se-á da necessidade de obter uma compreensão abrangente e aprofundada dos
efeitos da introdução de matérias e reagentes não convencionais nas aulas laboratoriais de
química na 8ª classe. A abordagem qualitativa permitira explorar as percepções, experiências e
atitudes dos alunos e professores em relação às mudanças propostas, oferecendo uma visão rica e
contextualizada.

Por outro lado, a abordagem quantitativa proporcionara a mensuração objectava de


variáveis específicas, como o desempenho académico dos alunos, fornecendo dados que podem
ser analisados estatisticamente para validar e complementar as conclusões qualitativas. A
combinação dessas abordagens contribuirá para uma compreensão mais holística e robusta dos
impactos da proposta no ambiente escolar.

 Quanto aos objectivos


Olhando a natureza da pesquisa, o estudo previlegiar-se-a da pesquisa Descritivo-
Exploratórios, sendo que os objectivos da pesquisa são delineados de forma descritiva-
exploratória, buscando uma análise detalhada e uma compreensão profunda dos efeitos da
introdução de matérias e reagentes não convencionais nas aulas laboratoriais de química. No
aspecto descritivo, a pesquisa visara caracterizar o cenário actual das aulas de química na 8ª
classe na Escola Secundária Geral de Coalane - Quelimane, identificando práticas existentes,
materiais utilizados e percepções dos envolvidos.

A abordagem exploratória concentra-se em investigar as potenciais mudanças e inovações


propostas, analisando seu impacto nas dinâmicas de ensino-aprendizagem e nas atitudes dos
participantes. A combinação desses objectivos permitirá não apenas descrever o contexto actual,
mas também explorar novas possibilidades e caminhos para o ensino de química na 8ª classe.
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 Quanto aos Procedimentos técnicos


Em relação aos procedimentos técnicos, o projecto previlegiar-se-a do estudo experimental,
cujos procedimentos adoptados serão de natureza experimental, buscando implementar e
observar directamente as mudanças propostas nas aulas laboratoriais de química, onde serão
seleccionadas turmas representativas da 8ª classe, divididas em grupos de controlo e
experimental.

No grupo experimental, as novas matérias e reagentes não convencionais serão


introduzidos, enquanto no grupo de controlo serão mantidas as práticas tradicionais. Serão
aplicados instrumentos qualitativos, como entrevistas e observações participantes, para colectar
dados sobre as percepções, experiências e atitudes dos alunos e professores.

Além disso, serão utilizados instrumentos quantitativos, como testes de desempenho


académico, para avaliar objectivamente o impacto das mudanças no aprendizado dos alunos. A
análise comparativa entre os grupos permitirá avaliar a eficácia da proposta, identificando
possíveis melhorias e ajustes necessários para optimizar o ensino de química na 8ª classe.

3.2. Técnicas e instrumentos de colecta de dados


Como técnicas e instrumento de colecta de dados, o projecto será desenvolvimento com os
seguintes: entrevista semi-estruturado, questionários e a observação directa

 Entrevista
Na abordagem da proposta de materiais e reagentes não convencionais para as aulas
laboratoriais de Química na 8ª classe, é crucial empregar a técnica de entrevista para obter
insights valiosos dos professores e alunos da Escola Secundária Geral de Coalane. Durante as
entrevistas, os professores podem compartilhar suas experiências, desafios e sugestões em
relação aos materiais tradicionais utilizados, enquanto os alunos podem expressar suas
preferências e interesses em métodos de aprendizado mais envolventes. Essas conversas directas
fornecerão uma compreensão profunda das necessidades específicas da comunidade escolar.

 Questionários
Para complementar as informações obtidas nas entrevistas, a aplicação de questionários oferece
uma abordagem mais estruturada. Os questionários podem ser distribuídos a uma amostra
representativa de professores e alunos, abordando questões específicas sobre a eficácia dos
materiais convencionais, as lacunas percebidas no aprendizado e as expectativas em relação a
novas abordagens. A colecta de dados por meio de questionários permitirá uma análise
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quantitativa, oferecendo uma visão mais abrangente das opiniões e preferências da comunidade
escolar em relação aos métodos de ensino em laboratório.

 Observação Directa
A observação directa no ambiente laboratorial proporciona uma compreensão prática da
dinâmica das aulas de Química na 8ª classe. Ao registar o uso actual de materiais e reagentes,
bem como a resposta dos alunos a esses recursos, os observadores podem identificar áreas de
melhoria e oportunidades para inovação.

A observação directa também permite capturar nuances que podem escapar durante
entrevistas ou questionários, fornecendo uma visão holística do cenário. Essa abordagem
combinada de colecta de dados garantirá uma base sólida para a proposta de materiais não
convencionais, alinhada às necessidades específicas da Escola Secundária Geral de Coalane.

3.3. Universo e Amostra


Segundo Lakatos & Marconi (2003) universo ou população é o conjunto de seres animados
ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. Sendo assim para o
estudo abrangerá todos os alunos da 8ª classe da escola secundária geral de Quelimane, num total
de 1573 alunos desagregados por sexos e idades. Como não será possível trabalhar com todos
eles farão parte da nossa pesquisa 30 alunos da 8ª classe de turmas diferente como forma de obter
dados precisos da pesquisa, cujo mesmo serão escolhidos a partir de uma amostragem aleatória
por acessibilidade.

3.4. Cronograma de actividade


Nesta vertente temos como cronograma do projecto a seguinte:
Tempo/Período
Acções a Realizar Fev. -Abril Maio- julho Ago.- Set. Out. - Nov. Dezembro.
Revisão de literatura
Trabalho de Campo
Análise e Apuramento
Materialização do
Trabalho
Submissão
Avaliação
Apresentação
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
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3.5. Orçamento
Para a concretização desta pesquisa temos como orçamento o valor de 18.250,00, mts.
Material Quant. P.Unit. (mts) V. Total (mts)
No.
1 Bloco de nota 1 50,00 50,00
2 Caneta 4 50,00 200,00
3 Taxa de internet 200 100,00 2000,00
4 Fotocopia 500 100,00 5000,00
5 Impressão 500 2,00 1000,00
6 Transporte 20 500,00 10.000,00
Total 208 161,00 18.250,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Alves, F. (2007). Qualidade na educação fundamental pública nas capitais brasileiras:
tendências, contextos e desafio. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.
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