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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO

CAMPUS CATU

JOÃO PEDRO E RAÍ MIRANDA

RESUMO EXPANDIDO

“A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO QUÍMICA NAS ESCOLAS


PÚBLICAS: EM BUSCA POR NOVOS CAMINHOS DIDÁTICOS”.

CATU-BA

2022
JOÃO PEDRO E RAÍ MIRANDA

Resumo expandido apresentado como pré-


requisito para avaliação e obtenção de nota
na parte teórica da disciplina Práticas
pedagógicas 1 do Curso Licenciatura em
Química do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Baiano – IFBAIANO,
Campus Catu.

Professora: Mirna Ribeiro lima da Silva.

CATU-BA

2022
SUMÁRIO

RESUMO

Esse artigo tratar-se de um levantamento baseado em uma visita a uma escola


estadual,com ensino para a educação básica, feito pelos estudantes João Pedro e Raí
Miranda, haja vista será abordado sobre o desafio de ensinar Química. Além disso, a
visão desse artigo será baseada em evidências vivenciadas pelos autores e alusões,
desde relatos e artigos que comprovam tais óbices educacionais. Onde é proposto por
nós, um caminho didático onde é possível aprender com experimentação da Química,
articulando os fenômenos e teorias químicas com a sua experimentação em um
laboratório de baixo custo.

Palavra-chave: Ensinar; Química; Experimentação.

INTRODUÇÃO
O ensino de Química é algo totalmente desafiador, tanto no nível fundamental
como também no ensino médio, já que é sempre necessário construir uma ponte entre a
ciência da Química com o cotidiano dos alunos. O que em primeira mão não parece ser
algo tão difícil, já que a Química está em tudo e em todos os lugares. Porém, para o
ensino da mesma é necessário apresentar diversos conteúdos que são extremamente
complexos, onde é preciso por parte do aluno a memorização, aprendizado e
interpretação de diversas informações, conceitos e formulas, o que torna difícil a
compreensão e o interesse do aluno pela matéria, já que a mesma é muito extensa.

A ciência da Química foi sendo formada no século XVII a partir dos estudos de
alquimia, onde seus princípios básicos foram vistos pela primeira vez na obra do
cientista irlandês Robert Boyle, na sua obra: The Sceptical Chymist (1661). Desde lá, o
conhecimento científico e a ciência foram se aperfeiçoando dia após dia, com diversas
novas teorias, evidências e respostas que tentavam esclarecer todas as nossas
descobertas. A grande característica da nossa ciência é que ela tem uma data de validade
para todas as respostas, leis e teorias. O que realmente acaba deixando-a complexa e não
tão acessível para diversas pessoas.

Isto faz com que o papel do professor de Química se torne muito mais
desafiador, já que é preciso fazer com que todos esses assuntos se tornem relevantes, de
fácil compreensão e interessantes. Utilizando diversos meios didático e opções
metodológicas, promovendo e estimulando a participação de todos dentro e fora da sala
de aula.

Porém, sabemos que não é bem assim que funciona em todas instituições. No
Brasil, é visto que grandes partes dos colégios públicos, devido a falta de investimento
necessário por parte do governo, acabam sofrendo com falta de infraestrutura dentro da
sala de aula, como também na falta espaços pedagógicos.

Sem contar que, de acordo com dados do Censo Escolar de 2017 realizado pelo
INEP (2018), 78,4% dos professores que atuam na Educação Básica possuem formação
superior, 6,5% são acadêmicos e ainda há um percentual significativo de 15,1% que não
possuem graduação e não estão matriculados em instituições de ensino superior. O que
de certa forma prejudica os alunos, já que o profissional não está totalmente preparado
para os desafios que vai encontrar na sala de aula.
Visto todos os problemas acima, quando realizamos a visita para a pesquisa de
campo na escola estadual Pedro Ribeiro Pessoa, os estudantes se sentiram
desconfortáveis pela situação, já que, eram pessoas de fora entrando em um espaço
desconhecido e diferente que causava alvoroço, haja vista os pré-conceitos enraizados
na sociedade, quando falamos em uma empresa que não seja privada, principalmente
quando se fala em educação, existe.

Não obstante, nada atrapalhou o andamento da pesquisa de campo, com a ajuda


dos professores, entraram na sala de aula e começaram a análise. Diante do exposto, foi
observado que a estrutura a escola tinha um ambiente precário, ademais, observando o
comportamento da sala, foi visado a modificação de interesse com o passar da aula, haja
vista, a grande maioria prestava atenção, contudo a partir do meio da aula, os alunos
começaram a se dispersar e mexer nos celulares; O educador tentava chamar a atenção
dos estudantes, com brincadeira, porém não obteve sucesso. Diante disto, ver a
necessidade de abordar, sobre os desafios de ensinar química no ensino médio e formas
de chamar o discente para a aula, resolvendo assim, alguns dos óbices que urge a
educação brasileira.

OBJETIVOS
• Introduzir um laboratório de baixo custo nas escolas públicas.

• Estimular o pensamento cientifico, crítico, criativo e investigativo


dos alunos.

• Facilitar o aprendizado da Química por meio das experimentações da


Teoria.

DESENVOLVIMENTO

Tendo em vista que o ensino da Química precisa de diversos meios alternativos


para a sua compreensão, torna-se necessário o uso da experimentação das teorias
químicas por meio de laboratórios didáticos de baixo custo para seu ensino nos colégios
públicos.

Um dos maiores desafios do


ensino de Química, nas escolas de nível
fundamental e médio, é construir uma
ponte entre o conhecimento escolar e o
mundo cotidiano dos alunos.
Frequentemente, a ausência deste
vínculo é responsável pela apatia e
distanciamento entre alunos e
professores (Valadares,2001).

Desse modo, o grande desafio de ensinar química no ensino médio, além da


forma de ensino, é a possibilidade de dar uma educação amigável e lúdica, já
que, a abordagem do ensino da química é estritamente formal, o em muitas
escolas, o que distancia o aluno da matéria, com a criação de um método de
ensino didático e conectivo, acaba-se por contemplar as possibilidades para
tornar a Química facilmente compreendida, maleável e associá-la com avanços
tecnológicos.

O que se faz necessário a experimentação de baixo custo, já que os


laboratórios são construções caras e inviáveis para os colégios públicos. A
experimentação de baixo custo pode ser feita por meio da criação/implementação
de modelos das concepções teóricas, aplicando-as para o entendimento dos
fenômenos químicos na natureza. Cabendo ao profissional, utilizar de seus
conhecimentos para fazer associações com o cotidiano de seus alunos, por meio
de exemplos práticos e interessantes. Como por exemplo, utilizar da água para
explicar as transformações do estado físico da matéria, associando-a também
com sua molécula H2O. Podendo em um só exemplo, ser associado com milhares
de assuntos.

Sendo necessário somente um lugar (fora da sala de aula) destinado para


todas essas explicações, onde seja possível realizar estes experimentos de baixo
custo, como por exemplo: ferver a água até seu ponto de ebulição, para mostrar a
mudança de seu estado líquido para o gasoso, podendo associar o experimento
com a parte teórica do movimento das partículas em cada estado físico.

Neste laboratório, é importante que os alunos consigam ter espaço de fala.


Para que possam propor e elaborar experimentos, utilizando de recursos de fácil
acesso pelos mesmos, possibilitando uma metodologia do ensino de uma química
simples, factível e com a participação efetiva dos alunos no processo de
aprendizado de Química Ensino Fundamental e Médio. Construindo assim, um
pensamento cientifico, crítico, criativo e investigativo. Possibilitando aos alunos
buscarem soluções inovadoras para problemas de suas realidades, mas usando
sempre o conhecimento e a análise crítica na busca dessas soluções.

CONCLUSÃO
Dessarte, o local fora da sala se tornaria locais de experimentos, sendo viável,
ademais não seria caro de manter e seria melhor as aulas de química, tanto para os
docentes, com uma projeção melhor, quanto para os discentes que poderiam se
ambientalizar com a aula de química e ajudar a desmitificar "que a química é uma
matéria bruta e difícil entendimento". Desta forma, as implicações pedagógicas
discutidas seriam ouvidas.
REFERÊNCIAS
BENITE, Anna Maria Canavarro; BENITE, Claudio Roberto Machado. O laboratório
didático no ensino de química: uma experiência no ensino público brasileiro. 2009.

PEREIRA, Cleyciane Bizerra. Contextualização do Ensino de Química através de


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Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza-CE, 2009.

SILVA, A. M. e BANDEIRA. J.A. A Importância em Relacionar a parte teórica das


Aulas de Química com alertar o professor de Química para alternar o seu as
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EDUCAÇÃO QUÍMICA. Fortaleza. CD de Resumos do IV SIMPEQUI, 2006.

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OLIVEIRA, Henrique Rolim Soares. A Abordagem da Interdisciplinaridade,


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SCHNETZLER, Roseli P. A pesquisa em ensino de química no Brasil: conquistas e


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PORTO, Edimilson Antonio Bravo; KRUGER, Verno. Breve histórico do ensino de


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BRANCO, Emerson Pereira et al. O ENSINO DE CIÊNCIAS NO BRASIL:


DILEMAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS. Revista Valore, v. 3, p. 714-725,
2018.

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