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Índice

CAPÍTULO I: Introdução.................................................................................................................3

1.1. Tema..........................................................................................................................................4

1.1.1. Enquadramento da pesquisa...................................................................................................4

1.1.2. Delimitação espacial...............................................................................................................4

1.1.3. Delimitação temporal.............................................................................................................4

1.2. Problematização........................................................................................................................4

1.3. Justificativa................................................................................................................................5

1.4. Objectivos..................................................................................................................................6

1.4.1. Objectivo geral.......................................................................................................................6

1.4.2. Objectivos específicos............................................................................................................6

1.5. Hipóteses...................................................................................................................................6

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................7

2.1. Objectivos de um Laboratório...................................................................................................7

2.2. Projecto de construção...............................................................................................................9

2.3. Projecto de instalações............................................................................................................11

2.4. Segurança no laboratório.........................................................................................................14

2.5. Classes de incêndio..................................................................................................................15

2.6. Planeamento da Implementação..............................................................................................16

2.7. Laboratório de Optimização e Aprendizagem Interactiva.......................................................17

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA.....................................................................18

3.1. Tipos de pesquisa....................................................................................................................18

3.1.1. Quanto à natureza.................................................................................................................18


3.1.2. Quanto à abordagem do problema de pesquisa....................................................................18

3.1.3. Quanto aos objectivos...........................................................................................................18

3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos.....................................................................................18

3.2. Técnicas de colecta de dados...................................................................................................19

3.2.1. Observação...........................................................................................................................19

3.2.2. Entrevista..............................................................................................................................19

3.2.3. Questionário.........................................................................................................................19

3.3. Universo e amostra..................................................................................................................20

3.3.1. Universo da Pesquisa............................................................................................................20

3.3.2. Amostra da Pesquisa.............................................................................................................20

CAPÍTULO IV: RESULTADOS ESPERADOS...........................................................................21

4.1. Cronograma.............................................................................................................................21

4.2. Plano Orçamental....................................................................................................................22

Referências Bibliográficas..............................................................................................................24
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CAPÍTULO I: Introdução

O presente projecto pretende não só focar em desenvolver meios de como poderá instalar-se um
Laboratório de Ensino para a Escola Secundária Fraternidade de Pemba, mas também transmitir
algum conhecimento a respeito de uma estrutura exemplar de um Laboratório de Ensino de
Química e sua importância académica.

Geralmente, as teorias, leis, princípios e fundamentos das ciências experimentais como a Física,
Química entre outras ciências, podem ser compreendidas melhor através de práticas laboratoriais
porque é com base nos fenómenos observados durante os experimentos que surgem as
interpretações que possibilitam no desenvolvimento de vários princípios, leis e fundamentos
científicos abordados nas aulas teóricas. As aulas teóricas da disciplina de Química, reflectem
muitos fenómenos Químicos que ocorrem na natureza e que podem ser testados através de
actividades experimentais, por isso a prática laboratorial é necessária no ensino da Química e o
Laboratório é um recurso indispensável neste ensino.

O investigador, que muitas vezes teve a oportunidade de observar a Escola Secundária


Fraternidade de Pemba, notou a falta de um Laboratório de Ensino de Química e os alunos
simplesmente assistem aulas teóricas da disciplina desde o primeiro até o último ano do Ensino
Secundário. No ensino de Ciências Experimentais, a realização de experiências permite ao aluno
a aquisição de conhecimentos sólidos e de máximo rigor científico que serão lembrados por
muito tempo, sendo assim, não seria o suficiente para a compreensão dos Fundamentos e
princípios da Química, os alunos precisam praticar o que aprendem em teoria.

Para que a prática de laboratório atinja o seu objectivo de auxiliar na compreensão dos
fundamentos das ciências experimentais, recomenda-se que, além da estrutura física, a escola
disponibilize carga horária suficiente, por disciplina, para que seus docentes possam planear e
organizar essas aulas.
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1.1. Tema

Projecto de Instalação de um Laboratório de Ensino, Caso da Escola Secundária Fraternidade de


Pemba

1.1.1. Enquadramento da pesquisa

A Pesquisa enquadra-se na Educação, porque o projecto visa melhorar a qualidade do ensino nas
escolas públicas, por meio da instalação de laboratórios de ensino equipados com equipamentos e
materiais de qualidade.

1.1.2. Delimitação espacial

O projecto trata de instalação de um Laboratório de Ensino de Química, que será desenvolvida na


Escola Secundária Fraternidade de Pemba, na Cidade de Pemba.

1.1.3. Delimitação temporal

Este projecto tem uma pesquisa que compreende o período de 2023 à 2024.

1.2. Problematização

A pesquisadora, notou que a falta de laboratórios de ensino nas escolas é um problema sério.
Isso limita o acesso dos estudantes à equipamentos e materiais de qualidade, necessários para
uma aprendizagem significativa em diversas áreas do conhecimento.

Não existe um modelo definido de laboratório. Cada um deve ser planeado e seu projecto
realizado de acordo com as actividades experimentais a serem realizadas, e os recursos
disponíveis (IFSC, 2014). Para Pino e Krüger (citados em IFSC, 2014), ao projectar um
laboratório é preciso levar alguns aspectos em consideração: local que será construída
especialmente para esta finalidade; local existente que será adaptada para laboratório;
exclusividade de uso.
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O laboratório mínimo deve contemplar instalações, equipamentos e materiais que permitam a


realização, pelos alunos, sob condições de segurança (Cabral, 1998).

Laboratórios diferem-se de outros lugares pela necessidade de adoptar procedimentos especiais


nas actividades realizadas neste recinto. Os riscos existentes em um laboratório químico
decorrem de vários factores, como intoxicações e ferimentos. O profissional que exerce funções
neste local deve ter consciência da necessidade de atenção e responsabilidade em seguir as
orientações indispensáveis para minimizar ao máximo a possibilidade de acidentes.

Com base no argumento acima, a pesquisadora faz a seguinte questão de partida: O que impede a
instituição de fazer uma instalação de um Laboratório de Ensino de Química?

1.3. Justificativa

A escolha do tema foi motivada pelo facto de ter-se verificado a ausência de um Laboratório de
Ensino de Química para a disciplina de Química que na verdade vai contra o padrão de ensino da
disciplina de Química, pois trata-se de uma ciência experimental cujos tópicos e suas abordagens
teóricas devem ser acompanhadas de práticas laboratoriais. A realização das actividades
experimentais não só podem desenvolver conhecimentos sólidos e de rigor científico aos alunos,
estas actividades também servem para a motivação, despertar interesse nos alunos e permiti-los
desenvolver problemas relacionados ao meio onde se encontram para resolvê-los, por isso,
quando as práticas laboratoriais são bem planeadas e realizadas podem proporcionar um grande
rendimento académico.

O projecto para a Escola em questão, poderá trazer resultados positivos no âmbito das práticas
laboratoriais para os alunos na disciplina de Química, garantir a transmissão de conhecimentos de
máximo rigor científico e elevar qualidade de formação na instituição. Um Químico deve ser
céptico, isto é, não deve acreditar, mas sim concordar e para isso há necessidades de investigar
até chegar a um certo resultado que define a hipótese com falsa ou correcta, no entanto, os alunos
precisam realizar certos experimentos Químicos que os levarão à resultados que farão eles
concordarem com certos princípios Químicos e não simplesmente acreditar e memorizar por
meio de teorias. O método experimental, traz uma visão nova para os alunos, pois permite aos
alunos testar a hipótese para a rejeição ou aceitação da mesma a respeito de um problema, eles
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passam a não observar o mundo somente empiricamente pois já vêem as coisas sob uma
perspectiva científica.

Fazendo-se a instalação de um laboratório de ensino de Química, facilitará a aprendizagem por


parte dos alunos pelo acompanhamento das aulas demonstrativas.

1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo geral
 Analisar a situação sobre a instalação de um laboratório de ensino de Química na Escola
Secundaria Fraternidade de Pemba.
1.4.2. Objectivos específicos
 Reflectir sobre as causas da não instalação de um laboratório de um ensino de Química na
Escola Secundária Fraternidade de Pemba;
 Descrever as estratégias para instalação de um laboratório de ensino de Química;
 Falar das contribuições de um laboratório de ensino de Química para uma Escola.
1.5. Hipóteses

De acordo com a questão feita, o proponente elaborou as seguintes respostas:

H1: Devido a falta de fundos monetários para adquirir os recursos necessários para fazer a
instalação de um laboratório de ensino de Química;

H2: Por falta de Técnicos especializados na área de gestão de um Laboratório de ensino de


Química;

H3: Devido a localização da Escola que não oferece condições ideais para instalação de um
Laboratório de ensino de Química.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Camargo et al. (2015), as pesquisas vêm aumentando ao longo do tempo sobre o ensino
de ciências no fundamental, objectivando um suporte aos professores e a ampliação do
conhecimento para um ensino de qualidade.

Para Bizzo (2009), o ensino de ciências possibilita a compreensão e o entendimento do mundo,


contribuindo para formação de futuros cientistas. O autor também enfatiza como ponto
importante o entendimento do conhecimento científico e sua importância na formação dos
discentes.

Catelan e Rinaldi (2018), ressaltam que as actividades experimentais são estratégias didácticas
que contribuem para o ensino e aprendizagem na sala de aula. Desde a década de 60 as tentativas
para melhorar o ensino se baseiam em aulas experimentais.

Segundo Borges (2004), os estudantes devem conhecer alguns dos principais produtos usados na
Ciência, entender como o método científico é usado pelos cientistas para o desenvolvimento de
novos conhecimentos e como ela é importante para transformar o mundo.

Sabe-se hoje que os alunos necessitam desde cedo ter contacto com aulas em laboratórios de
ciências em suas respectivas escolas, para que possam aprender manipular os objectos de
experimentação e observação do laboratório (Zimmermann, 2005).

2.1. Objectivos de um Laboratório

Acerca dos objectivos de um laboratório, Feisel e Rosa (2005) afirmam que “projectar uma
experiência laboratorial sem objectivos instrutivos claros é como projectar um produto sem um
conjunto claro de especificações”. Acrescentam ainda, referindo que um laboratório sem
objectivos torna a inovação do mesmo mais difícil de ser alcançada, devido ao facto de não
existirem alvos para inspirar novas mudanças e também não existirem padrões pelas quais as
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mudanças possam ser reflectidas. Para evitar problemas desta natureza, os autores enumeraram
um conjunto de 13 objectivos que devem ser alcançados após a prática num laboratório:

Instrumentos - Devem ser aplicados os instrumentos e as ferramentas de software apropriados


para serem feitas as medições necessárias, conforme o problema em questão (Valente, 2017).

Modelos - Com este objectivo devem ser identificados os pontos fortes e as limitações que os
modelos teóricos apresentam, tendo em conta que são estes que serem como base à
experimentação de determinado problema.

Experimentação - Desenvolver uma abordagem experimental, passando por especificar e


implementar os procedimentos adequados, e no final interpretar os resultados obtidos com vista a
caracterizar um sistema.

Capacidade Analítica - Este objectivo, que se encontra relacionado com o anterior, passa por o
aluno ganhar capacidades para recolher, analisar e interpretar dados, formulando conclusões
posteriores.

Projectar - Este objectivo envolve idealizar, construir ou agrupar partes de um sistema, através
do uso de metodologias ou equipamentos apropriados para o caso em específico, tendo em conta
determinadas especificações ou requisitos.

Aprendizagem através do insucesso - Este objectivo passa pela identificação de todos os


resultados que não foram os esperados, tanto devido às condições envolventes como ao próprio
processo. Sendo que, de seguida, essas soluções são reformuladas para serem obtidos os
resultados desejados.

Criatividade - Este objectivo pretende que possam ser demonstradas capacidades de pensamento
e criatividade, capazes de resolver problemas num ambiente real.

Aquisição de competências psicomotoras - As competências a adquirir referem-se à selecção e


alteração de operações que sejam apropriadas aos recursos e às ferramentas disponíveis.
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Segurança - Devem ser identificadas questões de segurança e saúde e questões relacionadas com
o meio ambiente, lidando com elas de forma responsável ao longo de todo o processo de
experimentação.

Comunicar de maneira eficaz - A comunicação pode ser oral, através de apresentações, e por
escrito, através de relatórios.

Trabalhar em equipa - Este objectivo, já referido em secções anteriores, pretende que se


atribuam tarefas e responsabilidades, tanto individuais como em grupo, para chegar ao produto
final eficazmente.

Ética - Os alunos devem-se comportar exemplarmente e interagir com integridade.

Uso dos sentidos - Este objectivo diz respeito ao uso dos sentidos na recolha de informação e
para fazer apreciações com uma base de engenharia, na formulação de conclusões sobre
problemas aplicados ao mundo real.

Muitos destes objectivos podem ser facilmente alcançados tanto em ambientes laboratoriais
físicos como em ambientes laboratoriais online, no entanto, para este último tipo de laboratório,
existe uma dificuldade em alcançar objectivos como a aquisição de competências psicomotoras e
como o uso dos sentidos. Na subsecção seguinte serão abordados em maior detalhe estes
diferentes formatos de laboratório existentes.

2.2. Projecto de construção

PISO
O piso deve ser impermeável, antiderrapante, resistente mecânica e quimicamente e não deve
apresentar saliência nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação
de materiais (Menezes, et al., 2010).

O piso de cerâmica comum é o mais recomendável pelo seu baixo custo, facilidade na colocação
e limpeza, segurança oferecida, óptima resistência e durabilidade. No entanto, há várias
alternativas de piso como os de: granilite, madeira (tacos), borracha.
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A espessura mínima deve ser de 3mm, com acabamento antiderrapante, e rodapés meia cana,
conferindo facilidade na limpeza e maior segurança nos ambientes de trabalho.

É de primordial importância que não haja desníveis ou elevações no piso, a fim de evitar tropeços
e possíveis acidentes. Outro aspecto importante a considerar quanto ao piso, refere-se à sua
constante manutenção e limpeza. Os reparos que se fizerem necessários devem ser feitos
imediatamente, mantendo-se o bom estado do mesmo.

PAREDES
As paredes devem ser de alvenaria revestida com reboco, massa corrida e pintura acrílica semi-
fosca, em cores claras. Devem ser impermeáveis, revestidas com material que permita o
desenvolvimento das actividades em condições seguras, sendo resistentes ao fogo e a substâncias
químicas, além de oferecer facilidade de limpeza (Menezes, et al., 2010).

TETO
O teto deve atender às necessidades do laboratório quanto à passagem de tubulações,
luminárias, grelhas, isolamento térmico e acústico, estática (Menezes, et al., 2010).

PORTAS E JANELAS

As janelas e portas devem ser amplas e distribuídas de tal forma que permitam uma boa
iluminação e arejamento do laboratório.

Recomendam-se janelas basculantes por apresentarem maior segurança e por serem facilmente
abertas e fechadas com um só comando de mão.

As janelas devem estar localizadas acima de bancadas e equipamentos, numa altura aproximada
de 1,20m do nível do piso e que a área de ventilação/iluminação seja proporcional à área do
recinto, numa relação mínima de 1:5 (um para cinco). Deverá haver sistema de controlo de raios
solares, como persianas metálicas ou breezes (anteparos externos instalados nas janelas que
impeçam a entrada de raios solares, mas não impeçam a entrada de claridade). Porém, sob
nenhuma hipótese deverão ser instaladas cortinas de material combustível.
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As janelas devem estar afastadas das áreas de trabalho e dos equipamentos, tais como cabines de
segurança biológica, balanças, estufas, fornos industriais e capelas de exaustão química, entre
outros que possam ser afectados pela circulação de ar.

As portas deverão ser amplas com largura mínima de 1,20m e com abertura para o lado de fora
do laboratório. Recomenda-se o uso de visores em divisórias, paredes, portas e onde mais for
possível. Os acabamentos das portas devem ser em material que retarde o fogo.

É recomendável que se tenha mais de uma saída e sempre distantes entre si. Caso não seja
possível, as janelas devem favorecer a saída de emergência. Por isto, não devem ser obstruídas
com armários, a fim de proporcionarem ema alternativa para saída de emergência e com sentido
de abertura da porta para a parte externa do local de trabalho.

2.3. Projecto de instalações

ILUMINAÇÃO
As luminárias devem, sempre que possível, ser embutidas no forro, ter lâmpadas fluorescentes e
proporcionarem nível de iluminamento de no mínimo 500 lux, sobre as áreas de trabalho.

Nas áreas que se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, as luminárias e interruptores


deverão ser a prova de explosão.

Para os laboratórios que possuem equipamentos e/ou produtos químicos sensíveis à


luz solar, deve-se projectar a construção (ou reforma) excluindo-se a luz solar directa sobre o
laboratório.

INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Preferencialmente deverão ser externas às paredes (facilitando qualquer manutenção) e embutidas


no forro (desde que se tenha facilidade de acesso às mesmas).

Os pontos que alimentarão as bancadas deverão ser deixados a 60 cm do piso, isto é, sempre
abaixo dos tampos das bancadas.
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Para a elaboração de um projecto eléctrico é necessário que o responsável pelo laboratório,


forneça ao projectista os equipamentos que serão instalados, com a potência, tensão e localização
dos aparelhos sobre as bancadas ou sobre o chão.

As tomadas sobre as bancadas, devem estar a mais ou menos 1,0 m distantes entre si, sendo que
em cada ponto (cada caixa do tipo pedestal) deverá ter uma tomada 110V e uma 220V (onde
houver tais tensões).

Deve-se considerar que as tomadas de uso geral nas bancadas (onde não tiver um equipamento
específico instalado) têm potência de 200W para tomada 110V e 200W para a 220V.

Nas áreas onde se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, toda instalação eléctrica
(eletrodutos, caixas de passagem, tomadas, interruptores e luminárias) deverá ser à prova de
explosão.

Os eletrodutos e conduletes deverão ser identificados com a cor padronizada pela


norma da ABNT e as tomadas 110V e 220V deverão ter plaquetas de identificação.

INSTALAÇÃO HIDRÁULICA E DE GASES

Tal como nas instalações eléctricas, as instalações de água e gases deverão, sempre que possível,
ser externas, facilitando assim a manutenção.

Atenção, procure evitar a instalação de gás GLP embutida no forro, (o que só é permitido com
tubo luva), pois se houver vazamento, haverá acúmulo de gás dentro do forro, e quando as
luminárias forem acesas, haverá a ocorrência de faísca, que por sua vez provocará a combustão
do gás GLP.

Também, tal como nas instalações eléctricas, os pontos de alimentação das utilidades nas
bancadas (válvulas de gases, água, ar comprimido, vácuo, etc...) deverão estar entre 15 cm e 50
cm do chão, isto é, sempre abaixo do tampo das bancadas.

Todas as redes de água ou gases devem ter uma válvula de bloqueio, do tipo fechamento rápido,
de fácil acesso para se ter agilidade quando houver necessidade de fechar o suprimento de água
ou gases.
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Sempre deve-se construir o abrigo de gases (GLP, nitrogénio, hélio, etc...) no lado externo do
laboratório.

INSTALAÇÃO DE ESGOTO

Os ralos deverão ter grelhas de aço inoxidável do tipo abre-fecha.

A tubulação deve ser de material com resistência química aos produtos comummente usados nos
laboratórios, tal como o polipropileno (deve-se evitar o uso do PVC branco para esgoto, bem
como o ferro fundido).

BANCADAS DE TRABALHO

As bancadas deverão ser construídas de acordo com a disposição de cada tipo de laboratório,
classificadas em quatro tipos:

“Ilha” – geralmente se encontra no centro da sala, com os usuários em sua volta. É totalmente
isolada e quase sempre tem pias nas extremidades e uma prateleira central.

“Península” – possui um de seus lados acoplado a uma parede e dessa forma deixa três lados para
uso dos usuários.

“Parede” – está totalmente anexada a uma parede, deixando apenas um de seus lados para os
usuários. É quase sempre usado para estufas, muflas, balanças, potenciómetros, entre outros.

“U” – é uma variação do tipo “ilha”, sendo mais utilizada para colocação de aparelhos, tais como
cromatógrafos, permitindo ao laboratorista o acesso fácil à parte traseira desses aparelhos para
refazer ou modificar conexões e pequenos reparos.

Orienta-se, ainda, prever um espaço de aproximadamente 0,40m entre bancadas laterais e a


parede e, também, no meio das bancadas centrais, a fim de permitir a instalação e manutenção de
utilidades e evitar corredores muito extensos e sem saídas, para não criar áreas de confinamento.
Evitar bancadas centrais com comprimento superior a 5 metros. Outros apoios, como prateleiras
superiores, castelos, racks e volantes para colocação de materiais de pequeno volume e peso,
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devem ser utilizados apenas durante a realização dos procedimentos laboratoriais e para
disponibilizar soluções de uso contínuo.

Para evitar ofuscamentos e cansaço visual, as bancadas devem receber iluminação de forma que
os raios de luz incidam lateralmente em relação aos olhos do usuário do laboratório, e não
frontalmente, ou em suas costas.

ARMÁRIOS PARA REAGENTES

O laboratório deve possuir armários para guardar reagentes com 3,8m x 2m com paredes
resistentes a explosão, sistema de exaustão e bandeja de retenção de líquidos, a fim de que se
possa armazenar, principalmente os reagentes sensíveis a iluminação e inflamáveis.

ARMARIOS PARA VIDRARIAS

O laboratório de química deve conter armários com dimensões 1,70m x 1,5m para guardar
somente vidrarias limpas e descontaminadas.

CAPELAS

As capelas devem ser localizadas nas paredes laterais para que não sofram influência de corrente
de ar proveniente de tráfego de pessoas, proximidade de grelha de ar condicionado e equipadas
com exaustores para evitar explosão, liberação de gases e vapores tóxicos e na manipulação de
quaisquer produtos químicos. O laboratório deve conter duas capelas com dimensões 1,7m x
1,5m de altura.

PIAS

As pias devem ser inox com dimensões 60cm x 60cm e estar acoplada nas extremidades das
bancadas.

ALMOXARIFADO

É necessário um almoxarifado para guardar estoques de reagentes utilizados no laboratório.

2.4. Segurança no laboratório


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O laboratório de Química deve apresentar os seguintes materiais de segurança:

CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

Em um laboratório de química é necessário ter uma caixa de primeiros socorros, sendo a sua
localização de preferência em local de fácil acesso. Estas caixas devem conter:

 Glicerina;
 Soro fisiológico;
 Gaze;
 Etanol;
 Esparadrapo;
 Algodão;
 Atadura;
 Pomada para queimaduras;
 Tesoura;
 Pinça metálica;
 Álcool iodado.

EXTINTORES DE INCÊNDIO

Os laboratórios devem estar equipados com extintores de combate a incêndios devidamente


sinalizados, bem como mantas anti-fogo e recipientes com areia (Menezes, et al., 2010). O
extintor é um instrumento simples de manusear, portátil e eficiente. A utilização de cada tipo de
extintor depende do tipo de incêndio. Existem quatro classes de fogos – A, B, C e D – com
características diferentes, logo com formas de extinção diferentes. O conhecimento do tipo de
fogo na maior parte dos casos leva a uma extinção apropriada.

2.5. Classes de incêndio

Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e
profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.;

Classe B - são considerados os inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície,
não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
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Classe C - quando ocorrem em equipamentos eléctricos energizados como motores,


transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.

Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircónio, titânio.

LUVAS

As luvas devem ser utilizadas para a protecção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes.

MÁSCARAS

É necessário o uso de máscaras de protecção, par evitar a inalação de vapores tóxicos liberados
por algumas substâncias.

ÓCULOS

Devem ser utilizados, de preferência durante as aulas que envolvam a manipulação de produtos
corrosivos. É utilizado também para protecção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas
volantes e raios ultravioletas.

LAVA-OLHOS E CHUVEIRO

Lava-olhos são equipamentos projectados de forma semelhante aos chuveiros de segurança, só


que com o objectivo específico de livrar os olhos de contaminantes. É de vital importância que
em áreas de manuseio de produtos químicos existam equipamentos que proporcionem este fluxo
de água , tais como: chuveiros, lava-olhos ou bisnagas.

Chuveiros de segurança e lava-olhos, por serem equipamentos de emergência, devem ser


mantidos de forma a estarem preparados para uso imediato a qualquer instante. É de
responsabilidade de cada sector manter em condições de uso os chuveiros de segurança e lava-
olhos em local sob sua jurisdição.
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JALECO
É muito importante o uso de jaleco no laboratório de química, já que evita o contacto de
reagentes nocivos com o corpo.

2.6. Planeamento da Implementação


 Preparação do espaço do laboratório;
 Encontrar parcerias que possam fornecer os materiais e equipamentos necessários ao
laboratório;
 Equipar o laboratório, não só com os materiais cedidos por esses parceiros, como outros
requisitados ao Técnico;
 Proceder a um teste piloto às actividades definidas, que inicialmente ainda não faziam
parte do programa das UC´s (Unidades Curriculares) do grupo de Operações e Logística.

Quando todos estes passos estiverem concluídos, o laboratório estará implementado, e pronto
para iniciar a sua actividade, nomeadamente ao nível do ensino.

2.7. Laboratório de Optimização e Aprendizagem Interactiva

O Laboratório de Optimização e Aprendizagem Interactiva, é um laboratório onde existe uma


instalação experimental que investiga optimizações avançadas, aprendizagem de máquinas e
análises a sistemas de suporte a decisões, bem como também a sua implementação em várias
situações reais (Valente, 2017).

O mesmo apresenta quatro diferentes áreas de aplicação, onde está incluída a área de aplicação
relacionada com a logística.

Está cada vez mais a aumentar a quantidade, a velocidade e a variedade de dados em cadeias de
abastecimento que são recebidos pelas empresas. Com este aumento, aumenta também a
necessidade de extrair e utilizar valores desses dados que permitam melhorar o controlo de uma
cadeia de abastecimento ou de um armazém e ainda melhorar a tomada de decisões a nível
logístico, quase em tempo real.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA

Nesta secção, serão apresentados todos os procedimentos Metodológicos usados na pesquisa.

3.1. Tipos de pesquisa


3.1.1. Quanto à natureza

É uma pesquisa básica de diagnóstico porque busca traçar um panorama de uma determinada
realidade. Entretanto, esta pesquisa compreende a realidade vivenciada pelos alunos da Escola
Secundaria Fraternidade Pemba.

3.1.2. Quanto à abordagem do problema de pesquisa

É uma abordagem quantitativa, pois reúne respostas pré-determinadas. Tem aplicação


recomendável nos seguintes casos:

 Categorias de análise não pré-determinadas;


 Estudo das questões com profundidade;
 Descrição detalhada sobre os fenómenos observados.

3.1.3. Quanto aos objectivos


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É uma pesquisa exploratória pois é empregada em levantamentos e entrevistas com pessoas


envolvidas com o problema objecto. No entanto, o nosso problema é a falta de laboratório de
ensino de Química na Escola Secundária Fraternidade de Pemba e as pessoas envolvidas com
este problema são professores, o Director da Escola e os alunos.

3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos, trata-se de pesquisa do campo, entrevista e questionário,


desenvolvida por meio de descrição por observação directa e interacção com informantes para
captar explicações.

De acordo com Vergara (2000), pesquisa do campo é “feita no local onde ocorre ou ocorreu um
determinado fenómeno, havendo nestes elementos que permitam explicá-los, sendo os dados
colectados por intermédio de entrevistas e questionários.”

3.2. Técnicas de colecta de dados

O projecto, é constituído por seguintes instrumentos ou técnicas de recolha de dados:


Observação, entrevista e questionário.

3.2.1. Observação

A observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza sentidos na
obtenção de determinados aspectos das realidades. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar fatos ou fenómenos que se deseja estudar (Lakatos & Marconi, 2003).

O pesquisador tem como local de observação a Escola Secundária Fraternidade de Pemba, esta
técnica permite desenvolver as primeiras bases sobre aprovação ou refutação das hipóteses.

3.2.2. Entrevista

“A técnica em que o entrevistador se apresenta frente ao entrevistado e lhe formula perguntas,


com o objectivo de obtenção de dados que interessam a investigação” (Gil, 1994).
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Esta técnica permite comprovar hipóteses através da realidade conhecida pelos entrevistados,
realidades que podem ir alem da observação realizada pelo pesquisador, pois nem tudo que se vê
é o que parece ser.

3.2.3. Questionário

De acordo com Lakatos & Marconi (1991:88), o questionário é um instrumento de colecta de


dados, constituído por uma série de perguntas ordenadas que devem ser respondidas por escrito e
sem a presença do pesquisador.

Esta técnica pode ser dirigida aos funcionários incluindo o Director da Escola para colectar
informações a respeito do conhecimento que tem sobre a escola.

Com o questionário consegue-se atingir um número significativo dos informantes, mesmo que se
separem geograficamente; pode-se usar o correio, diminuindo os custos de transporte e
alojamento, os questionados podem dar respostas a qualquer altura que disporem de tempo.

3.3. Universo e amostra


3.3.1. Universo da Pesquisa

“É o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica
em comum” (Lakatos & Marconi, 1991).

Para esta pesquisa temos como universo todos os funcionários e alunos da Escola Secundária
Fraternidade de Pemba.

3.3.2. Amostra da Pesquisa

Ao realizar-se uma pesquisa, o pesquisador geralmente trabalha com uma parte representativa do
universo, isto é, sem ter que envolver toda a população, porque isso custaria muito tempo e
recursos. Então, trabalhando com amostra, diminui os custos do trabalho da pesquisa e o tempo,
facilitando também organizar os dados obtidos durante a pesquisa.
21

Para esta pesquisa recorre-se uma amostra aleatória simples composta por 15 pessoas: 5
Profissionais da instituição em estudo, incluindo o Director, Director Adjunto da escola e três
professores; 5 alunos de diferentes classes, 5 encarregados de educação.

Tabela 1: Amostra da pesquisa

Elementos da Amostra Número de elementos Técnica de colecta de


seleccionados dados
Profissionais da Instituição 5
Alunos 5 Entrevista e Questionário
Encarregados de educação 5

Fonte: Autora (2023).

CAPÍTULO IV: RESULTADOS ESPERADOS

Com este projecto espera-se que possa despertar a instituição em questão de modo que os seus
responsáveis possam desenvolver meios para conseguir recursos que tornarão possível a
implementação de um laboratório de ensino de Química na Escola Secundária Fraternidade
Pemba, consequentemente despertar mais interesse e motivação pela parte dos alunos com as
aulas práticas na disciplina de Química.

4.1. Cronograma

Delimitando o tempo para a realização da pesquisa que diz respeito ao projecto. O proponente
pretende desenvolver suas actividades de acordo com o cronograma que se segue:

Período

Actividades
Ano Ano Ano 2024

2022 2023 Janeiro Fevereiro Março Abril


22

Escolha do Tema X

Concepção do Projecto X

Recolha de dados X

Tratamento de dados X

Elaboração da monografia X X

Revisão do texto X

Entrega do Relatório X

Defesa do Trabalho X

4.2. Plano Orçamental

Material Quantidade Valor unitário Valor total

01

Caderno de anotações 1 50,00 Mts 50,00 Mts

02

Esferográficas 3 10,00 Mts 30,00 Mts

03
23

Lápis 2 5,00 Mts 10,00 Mts

04

Impressão de questionários 15 5,00 Mts 75,00 Mts

05

Lanche 500,00 Mts 500,00 Mts

06

Transporte 1000,00 Mts 1000,00 Mts

07

Pendrive 1 600,00 Mts 600,00 Mts

08

Encadernação da monografia 550,00 Mts 550,00 Mts

Total

2.815,00 Mts
24

Referências Bibliográficas

Marconi, M. A; Lakatos, E. V. Metodologia científica. São Paulo: Editora. Atlas, 1991.

Vergara, S. C. Projectos e relatórios de pesquisa em administração. 3.ed. Rio de Janeiro: Atlas,


2000.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São


Paulo: Atlas.

Cabral, O. H. (1998). Laboratório na área de Ciências Físicas e Biológicas nas escolas de


ensino médio. Comissão de ensino de 2º grau e superior. Rio grande do sul.

Barboza, W. F. et al. (2019). Projeto laboratório na escola: buscando melhorar o ensino de


ciências. VI Congresso Internacional das Licenciaturas Cointer. Salgueiro.

Menezes, S. et al. (2010). Projeto de Elaboração de um Laboratório de Química. Universidade


federal do pará - instituto de ciências exatas e naturais. Belém.

Valente, M. J. G. P. D. (2017). Planeamento da Implementação de um Laboratório de Ensino


Superior. Técnico Lisboa – Engenharia e Gestão Industrial. Lisboa.

IFSC (2014). Manual de utilização e segurança do laboratório de química. Campus São José.
25

Camargo, N. B. et al. (2015). O ensino de ciências e o papel do professor:


concepções de professores dos anos iniciais do ensino fundamental. Paraná in: XII
CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE.

Bizzo, Nelio (2009). Ciências: fácil ou difícil?. São Paulo: Biruta. 158 p.

Zimmermann, L (2005). A importância dos laboratórios de ciências para alunos da Terceira


série do ensino fundamental. 2005. Dissertação (de Mestrado em Educação em Ciências
e Matemática) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Borges, A.T. (2004). Novos rumos para o laboratório escolar de ciências. Cad. Bras. Ensino
Física.

Catelen, A.C.; Rinaldi C (2018). A atividade experimental no ensino de ciências naturais:


contribuições e contrapontos. Experiências em Ensino de Ciências. v.13, n.1.

Feisel, Lyle D., and Albert J. Rosa. (2005). “The Role of the Laboratory in Undergraduate
Engineering Education.” Journal of Engineering Education 94(1): 121–130.

Gil, Metodologia de investigação científica, 1994.

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