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Sérgio Seunzane Chimphene

Uweld Romão Romano

Yumbe inzé Naite

Zainaba Assuba

Zito Momade

Zura Binamo

Estrutura de um Laboratório de Biologia


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Sérgio Seunzane Chimphene

Uweld Romão Romano

Yumbe inzé Naite

Zainaba Assuba

Zito Momade

Zura Binamo

Estrutura de um Laboratório de Biologia

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado no Departamento de Ciências
Naturais e Matemática, curso de
Licenciatura em Ensino de Biologia com
Habilitação laboratoriais, na cadeira de
Laboratório de Biologia I, 4º ano. Primeiro
Semestre, leccionada por: dr. José Celestino
Lyavila.

Universidade Rovuma
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Cabo Delgado, 2023

Índice

1. Introdução....................................................................................................................................3

2. Fundamentação Teórica...............................................................................................................4

2.1. O laboratório de Biologia.................................................................................................................4

2.2. Estrutura física...................................................................................................................................4

2.3. Organização e materiais....................................................................................................................5

2.4. Propostas de organização e utilização de um laboratório de Biologia.....................................6

2.5. Listagem de materiais diversos, vidraria e reagentes de grande utilidade em um laboratório


escolar de Biologias.........................................................................................................................6

2.5.1. Reagentes:..............................................................................................................................6

2.5.2. Materiais diversos:.................................................................................................................7

2.5.3. Vidraria:.................................................................................................................................7

2.5.4. Bordões de comprometimento individual divulgados para que as vivacidades ocorram


imperturbavelmente.........................................................................................................................8

3. Conclusão..................................................................................................................................10

4. Referências bibliográficas.........................................................................................................11
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1. Introdução

O laboratório é um local privilegiado para aceder à informação para a produção do


conhecimento. Independentemente do tipo de formatos que eventualmente possam existir, a sua
importância baseia-se na possibilidade de os conteúdos informacionais (analógicos ou digitais),
existentes no seu acervo, serem recuperáveis pelos seus utilizadores. É desta concepção que
surge a presente pesquisa, que tem como objectivos conhecer as realidades actuais dos
laboratórios universitários, e, o seu âmbito na Sociedade da Informação e do Conhecimento
cientifico, particularmente no contexto da universidade Rovuma na Extensão de cabo delgado.

Procurou-se ainda, compreender as estruturas organizacionais laboratoriais de uma universidade


pública concretamente a universidade Rovuma. A garantia do acesso à informação passa pela
formação contínua dos profissionais, professores e estudantes. Esta possibilidade poderá fazer
com que os recursos informacionais existentes sejam reunidos, quer de acordo com as
necessidades institucionais, quer com a procura dos utilizadores. Moçambique tem vindo a
registar um contínuo aumento de instituições de ensino superior em todas as províncias do país.

Neste contexto, os resultados da presente investigação enfatizam a necessidade da definição de


estratégias informacionais para os utilizadores, assim como a necessidade de formar profissionais
de informação qualificados face às novas realidades tecnológicas do ensino superior.

Desta forma, é imperioso que os seus dirigentes tomem consciência da urgência da adopção de
boas práticas laboratoriais e informacionais para o apoio à produção do conhecimento científico.
Outrossim, é fundamental que os profissionais da informação laboratorial estejam conscientes da
sua missão para o desenvolvimento institucional e social, pelo que devem trabalhar não somente
como “servidores” de livros, mas também como intermediários na produção do conhecimento.
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2. Fundamentação Teórica

2.1. O laboratório de Biologia

De acordo com Cossa, Buque, & Premugy (2019), o local escolhido para se realizar o trabalho
foi a Universidade localizada na região central da cidade de Botucatu e criada em 30 de
Dezembro de 1910. Mais tarde, em 5 de Maio de 1989, o prédio foi tombado. A escola, no ano
de 2002, contava com 35 classes, duas salas de vídeo, um laboratório de informática, uma
biblioteca, uma videoteca, uma sala para palestras, além de dois laboratórios, tendo sido o maior
deles escolhidos para a realização deste projecto.

Para Abrão (2018), a situação real do laboratório, os materiais que possuía e qual a sua condição
de uso, a estrutura física, se estavam sendo realizadas actividades, enfim, conhecer o laboratório
da escola para poder definir a estratégia de acção mais adequada.

Fez-se o levantamento de quais materiais a escola possuía (inventário) e verificou-se também se


havia outros componentes laboratoriais em outras dependências da escola.

Após a conclusão dos trabalhos de organização, algumas actividades experimentais foram


realizadas com esse grupo de alunos. As actividades foram preparadas para serem aplicadas da
seguinte forma (com excepção da primeira, que foi uma aula de microscopia): os alunos recebem
a primeira folha referente ao experimento, onde não consta o nome da actividade, nem respostas
ou conclusões. Em seguida, organizam o material necessário para a execução. Realizam, então,
os procedimentos atentamente. Durante os procedimentos e, principalmente, ao final deles, os
estudantes são estimulados a solucionar o problema que está instaurado. Após reflexões e
discussões, os estudantes recebem a segunda folha, que apresenta informações importantes para a
solução da situação ou problema e são ressaltados os aspectos mais importantes.

2.2. Estrutura física

Segundo Castells (1999), um laboratório deve ser de planta baixa e grande (10 m de
comprimento x 7 m de largura), de pisos, paredes, rodapés, ter acessos e janelas normais que
permitem uma boa ventilação e localizadas todas em ambos lados da sala, instalação eléctrica,
hidráulica, iluminação e climatização, bancadas e equipamentos.
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As cinco bancadas quatro para os estudantes e uma para o professor são fixas e possuem pias e
tubulação de gás, e, juntamente com os bancos,. Junto ao laboratório, existe uma sala de
preparação grande (5,5 m de comprimento x 4 m de largura), com um armário e três balcões,
também recentemente reformados. Ainda um pequeno cômodo conectado à sala de preparação,
onde ficam guardados os reagentes dentro de um armário.

2.3. Organização e materiais

De acordo com Carvalho (2006), para realizar a limpeza, levantamento dos componentes
laboratoriais e organização, um grupo de estudantes e Técnicos Auxiliares são seleccionados
para tal. Para os estudantes também participariam mais tarde das actividades experimentais.

Na inédita vez que entramos no laboratório, percebemos que a quantidade de componentes


laboratoriais ali presentes era imensa, o mesmo se poderia se dizer da quantidade de peira e da
desarrumação.

Foi um dia de trabalho, que fui fazer inquérito, as principais actividades foram a lavagem da
vidraria, descarte de materiais quebrados e impróprios para o uso, limpeza e desinfecção dos
armários, levantamento e organização dos produtos químicos, verificação dos materiais
guardados na escola, organização e contagem da vidraria. Essa etapa levou muito mais tempo do
que o esperado, devido à enorme quantidade de materiais encontrados, principalmente vidraria.

Existiam na sala de preparação materiais de biologia, química e física. Os materiais específicos


de química e principalmente de física foram separados, encaixotados e colocados em uma sala ao
lado, durante o processo de organização. Os que eram comuns à biologia foram mantidos no
próprio laboratório.

Ao final da organização, listagens com os componentes encontrados no laboratório (materiais e


reagentes) e suas respectivas quantidades foram elaboradas.

Observando as listagens, notamos que são extremamente abundantes qualitativas e


quantitativamente os materiais e reagentes disponíveis no laboratório da Universidade Rovuma,
que evidencia o seu grande potencial de utilização. Determinados objecto existiam em
quantidades exageradas (por exemplo, tubos de ensaio - 738 unidades, diversos ainda na
embalagem; Béquer – 400 unidades), outros são pouco comuns para uma Universidade Rovuma,
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corroborando a ideia de que há uma provável falta de conhecimento sobre laboratório e de


panejamento, de modo que materiais acabam sendo comprados sem que a necessidade realmente
exista.

2.4. Propostas de organização e utilização de um laboratório de Biologia

Após a realização de todas essas actividades no laboratório de Biologia e leitura de vvrios textos
sobre o assunto, uma série de conclusões pode ser obtida e estendida a outros laboratórios
escolares, principalmente os de Biologia.

Para Baptista (2019), uma questão que se coloca é sobre os materiais que devem constar em um
laboratório de Biologia. Nesse sentido, acreditamos que os materiais abaixo são bastante úteis
para que um laboratório funcione satisfatoriamente. Sabemos, ainda, que tais materiais não são
insubstituíveis e que com criatividade e empenho podem-se achar soluções bastante interessantes
para suprir a carência dos mesmos. Já as drogas (reagentes) são de mais difícil substituição.

2.5. Listagem de materiais diversos, vidraria e reagentes de grande utilidade em


um laboratório escolar de Biologias

2.5.1. Reagentes:

1. Formol, Água destilada;


2. Hidróxido de sódio;
3. Álcool etílico;
4. Permanganato de potássio;
5. Azul-de-metileno;
6. Reagente de Benedict;
7. Bicarbonato de sódio;
8. Solução de iodo, Carbonato de cálcio;
9. Sulfato de cálcio;
10. Cloreto de cálcio;
11. Sulfato de cobre;
12. Cloreto de sódio;
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13. Sulfato de potássio e Clorofórmio;


14. Ácido acético;
15. Detergente;
16. Ácido clorídrico;
17. Éster;
18. Ácido nítrico;
19. Ácido nítrico;
20. Fenolftaleína; e
21. Ácido sulfúrico.

2.5.2. Materiais diversos:

 Alfinetes;
 Papel de filtro;
 Algodão;
 Pinças metálicas;
 Aquário;
 Pinças de madeira; e
 Balança de precisão até 0,1g.

2.5.3. Vidraria:

 Pisseta;
 Bico de Bunsen;
 Rolhas;
 Escovas para lavagem da vidraria;
 Suporte universal;
 Estante para tubos de ensaio;
 Tampas de borracha;
 Gaiolas, Telas de amianto;
 Garras;
 Termómetros;
 Lâminas de barbear;
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 Terrário;
 Lupas;
 Tesouras;
 Luvas cirúrgicas;
 Tripé e Microscópio;
 Baguetas;
 Funis;
 Béqueres;
 Pipetas;
 Conta-gotas;
 Placas de Petri;
 Erlenmeyers;
 Proveta;
 Lâminas para microscópio; e
 Tubos de ensaio e Lamícálcio.

2.5.4. Bordões de comprometimento individual divulgados para que as vivacidades


ocorram imperturbavelmente

 Todas as instalações, como fiação eléctrica e tubulação de ggs, devem estar em boas
condições e a manutenção deve ser feita periodicamente;
 O piso não deve ser escorregadio e sua limpeza deve ser fácil;
 O local de trabalho deve permitir a evacuação rápida das pessoas em caso de acidentes.
 O laboratório no manuseio de materiais, drogas e seres vivos;
 Todas as pessoas que estiverem no laboratório devem usar aventais;
 Alimentos não devem ser ingeridos no local de trabalho;
 O Laboratório deve ser bem iluminado e arejado e, de preferência, deve ser munido de
exaustores;
 Nunca se devem pipetas soluções usando a boca;
 Animais e plantas só podem ser mantidos em laboratórios se for possível realizar a
manutenção adequada;
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 Não se deve realizar extracção de sangue humano e utilizarem organismos patogênicos


em aula;
 Cuidados devem ser tomados para não se utilizarem excessivamente substâncias como
éter e clorofórmio;
 Difícil poder de combustão e fácil limpeza são propriedades importantes para os móveis.
 O laboratório deve conter uma caixa com materiais de primeiros socorros;
 É imprescindível a presença de extintores de incêndio;
 Materiais perigosos devem ficar em armários fechados;
 Os frascos com reagentes devem ser devidamente etiquetados e identificados;
 Os estudantes devem receber instruções sobre os cuidados que devem ser tomados;
 Para manusear espécimes conservados em formol deve-se sempre utilizar luvas
cirúrgicas; e
 No caso de uma pessoa apresentar qualquer sintoma como dificuldade de respirar,
sangramento, irritação (da pele, nariz, olhos ou garganta) ou outro tipo, ela deve ser
retirada do laboratório. Não se deve medicar sem a orientação de um profissional
adequado. Em casos graves, é necessário procurar socorro médico.
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3. Conclusão

O contexto do funcionamento dos laboratórios universitários da Unirovuma foi o entorno do


presente relatório. As suas estruturas e procedimentos potenciam-nas no processo de acesso à
informação e servem de base fundamental para o bom funcionamento da instituição enquanto
entidade responsável e gestora da produção de conhecimento; para os professores, enquanto
canal para a interacção com os estudantes; para os profissionais de informação, enquanto
dinamizadoras da partilha da informação laboratorial com estudantes e com toda a comunidade;
e para os estudantes, enquanto detentoras da informação que possibilita a produção de
conhecimento. Com o presente relatório percebeu-se que o percurso histórico do ensino superior
moçambicano é caracterizado por contínuas mudanças: pedagógicas, políticas, económicas e
sociais no que afecta nos seus laboratórios universitários.

A Pandemia da Covid-19 que forçou o Estado Moçambicano ao decretar o Estado de


Emergência, mais tarde decretado também a calamidade publica, criou restrições no
funcionamento normal das instituições públicas e privadas em Moçambique e muito mais os
laboratórios das universidades Publicas e afectou negativamente o processo de recolha de dados
institucionais para a revisão da literatura e para a resposta ao questionário do presente trabalho.
As dificuldades vivenciadas podem ser divididas de acordo com a localização. No caso de
Namuno vivenciou-se o encerramento algumas instituições publicas, razão pela qual o trabalho
em análise é constituído maioritariamente por recursos digitais; para Namuno, as dificuldades
devem-se especificamente aos planos de contingência adoptados pela universidade UniRovuma,
com vista à prevenção da epidemia mundial de corona vírus
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4. Referências bibliográficas

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Baptista, D. M., Sousa, M. do S. N. de, & Manini, M. P. (2019). Universidade, Biblioteca


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Campenhoudt, L. V., Marquet, J., & Quivy, R. (2019). Manual de Investigação em Ciências
Sociais. Lisboa: Gradiva.

Carvalho, A. M. (2006). Aprendendo metodologia científica: Uma orientação para os alunos de


graduação. (4.ª ed.). São Paulo: Nome da Rosa.

Castells, M. (1999). A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra.

Correia, P. J. de P. (2017). Da descolonização: do protonacionalismo ao póscolonialismo.


Coimbra. Tese de doutoramento em Relações Internacionais, na especialidade de Resolução de
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