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Introdução

O presente trabalho tem como tema: Projecto de Implementação de construção de um


Laboratório de Biologia de Referência na Escola Secundaria de Ocuas-Chiúre (2022-2023),
que a implementação ou montagem do laboratório é necessário seguir as de Normas
Regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aprovadas pela Portaria
nº 3.214, de 08-06-1978, e Normas (NBR’s), da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). E ainda também deve-se levar em consideração, a legislação referente aos portadores de
necessidades especiais, conforme a LDB – Lei no 9.394, de 20-12-1996, capítulo V, artigos 58 a
60.

Objectivo geral:

 Conhecer a Implementação de Construção de Laboratório de Biologia de Referência.

Objectivos específicos:

 Identificar os tipos de instalações de um laboratório de Biologia de Referência;


 Mencionar os tipos de Salas, Paredes, Teto, Portas, Janela, Mobiliários, Capelas entre
outros.
 Descrever todos os mecanismos de segurança no Laboratório de Biologia.

Metodologias

A metodologia usada na elaboração do trabalho foi a consulta bibliográfica que consistiu na


leitura, crítica e análise das informações de várias obras que debruçam sobre o tema em estudo.
Os autores das referidas obras estão devidamente citados dentro do trabalho e na referência
bibliográfica.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura: Introdução, onde contém o tema, Objectivos do


trabalho, Metodologias, Desenvolvimento, Conclusão e a Referência Bibliográfica onde constam
as obra usadas na elaboração do trabalho.
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1. Tema: Projecto de Implementação de construção de um Laboratório de Biologia de


Referência na Escola Secundaria de Ocuas-Chiúre (2022-2023).

1.1. Delimitação do projecto de instalação:


 Delimitação espacial: Escola Secundaria de Ocuas-Chiúre – C. Delgado;
 Delimitação temporal: Período de 2022 – 2023.

1.2. Objectivos

Objectivo geral:

 Instalar o Laboratório Escolar de Biologia.

Objectivos específicos:

 Projectar a instalação do bloco laboratorial de Biologia.


 Descrever as formas de instalação do bloco laboratorial.
 Propor metodologias visando melhorar de instalação da infra-estrutura Escolar para que
seja de Referência.

1.3. Questões da instalação


1. Que instalação advêm para construção do Laboratório Escolar de Biologia na Escola
Secundaria de Ocua?
2. Será que as metodologias de projecção do projecto não interferem a instalação do
laboratório Escolar de referência segundo a localização da infra-estrutura?

1.4. Problematização

A Escola Secundaria de Ocua, não apresenta uma Sala de Laboratório Escolar de Biologia, o
que implica a questão de experimentos laboratoriais com exactidão, se uma Sala de laboratório
não tem boa instalação própria poderá trazer problemas, de segurança, manipulação e acidentes
experimentais/trabalho. Que instalações influenciam na falta das actividades experimentais da
Escola Secundaria de Ocua?
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1.5. Justificativa

A Instalação de Laboratório de Biologia de referência, para a Escola Secundária de Ocua. No


entanto a existência de laboratório de referência é muito importante seguindo todas regras de
segurança.

1.6. Hipóteses

Hipótese 1: Enquanto não há laboratório de Biologia referencial implica na existência de


actividades laboratoriais.

Hipótese 2: A falta de equipamentos de preferência biológica implica na elaboração de plano


específico para as aulas laboratoriais;

Hipótese 3: Enquanto não houver técnicos profissional em Gestão de Laboratório de Biologia


pode ocasionar a ausência de sala do laboratório Escolar de Biologia.

1.7. Metodologia

Método

Para esta pesquisa, serão usados os métodos:

 Indutivo, estatístico e bibliográfico.

Será usado o método indutivo por se tratar de um método que parte do particular e colocar a
generalização como um produto posterior do trabalho de colecta de dados particulares.

Assim, o uso do método indutivo neste projecto de instalação visa fazer generalização de
casos do que se constatou no concreto a partir dos confirmativos da realidade. Também com base
nas opções escolhidas pela autora, permitiu chegar a proposições gerais, podendo ser
generalizado para todo os alunos da Escola Secundaria de Ocua.

Localização física da escola

Localiza-se no bairro Samilala, a sua afrente a estrada de principal da entrada do posto


administrativo de Ocua, ao lado direito possui 2km da EN1, distrito de Chiúre, província de Cabo
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Delgado. Com o estatuto de uma escola urbana, intervém em órgãos oficias organização da
Escola.

2.1. Descrição física da escola.

A escola possui duas áreas para desportos/jogos da escola; os edifícios em número de quatro
de construção convencional e dispõem de passeios com dez (10) salas de aulas, a escola dispõe de
árvores de sombras; dispõe de uma sala para professores; possui um mastro para bandeira; dispõe
de vitrina onde são afixados os documentos e algumas informações adicionais; dispõe de quatro
(4) casas banhos e são operacionais; os edifícios dispõem de janelas, dispõe gabinetes
administrativos, uma oficina pedagógica.

2.2. Condições de segurança

A escola dispõe de portões e possui a vedação, o que existem condições de segurança que
permitem que os alunos sejam protegidos de fenómenos malignos. A escola não dispõe de um
dispositivo contra incêndios “Extintor”.

2.3. Outras observações

Tem casas de banho para rapazes e raparigas; as casas de banho não são comuns para ambos
os sexos, a escola é limpa, tem uma boa aparência e está bem localizada. E os corredores são
seguros e iluminados. A escola é de construção convencional, por esse motivo são leccionadas as
aulas do período nocturno.

2.4. Estrutura orgânica da Escola.

Director

Director Adjunto Pedagógico

Técn. da secretaria Professores

Alunos
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Conselho da Escola

Director

Director Adjunto Pedagógico

Coordenador do ciclo Coordenadores da área


Chefe da secretaria

Turmas

Fonte: Direcção da Escola

Projecto de Implementação de laboratório Escolar de Biologia.

A montagem do laboratório deve incluir todos os requisitos de segurança. Para tanto, é


fundamental a elaboração de um projecto detalhado para que haja funcionalidade, eficiência,
segurança e se minimizem futuras alterações.

Assim, não podem ser desprezados itens como a topografia do terreno, orientação
solar, ventos, segurança do edifício e do pessoal, bancadas, capelas, estufas,
muflas, tipo de piso, materiais de revestimento das paredes, iluminação e
ventilação do ambiente. Deve-se levar em consideração, ainda, a legislação
referente aos portadores de necessidades especiais, conforme a LDB – Lei no
9.394, de 20-12-1996, capítulo V, artigos 58 a 60. (PEREIRA, MARIETTE M,
ESTRONCA et al 2006.pag. 4)

Cada projecto deve ser planejado e realizado de acordo com as actividades experimentais a
serem realizadas, e os recursos disponíveis. Para Pino e Krüger (1997), ao projectar um
laboratório é preciso levar alguns aspectos em consideração:

 Local que será construída especialmente para esta finalidade;


 Local existente que será adaptada para laboratório;
 Exclusividade de uso.
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3.1. Pisos

O piso deve ser impermeável, antiderrapante, resistente mecânica e quimicamente não deve
apresentar saliência nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a
movimentação. O piso de cerâmica comum é o mais recomendável pelo seu baixo custo,
facilidade na colocação e limpeza, segurança oferecida, óptima resistência e durabilidade. No
entanto, há várias alternativas de piso como os de: granulite, madeira (tacos), borracha.

“De acordo com a NBR14050-ABNT, recomenda-se que todos os laboratórios


tenham piso do tipo Argamassa polimérico com grande quantidade de carga
mineral constituído por resina hipoxia e quartzo seleccionado de alta dureza. Este
tipo de piso é indicado para pisos industriais que demandam elevada resistência
química e mecânica. Ideal para áreas de tráfego pesado. “ (PEREIRA,
MARIETTE M, ESTRONCA et al 2006.pag. 5)

A espessura mínima deve ser de 3mm, com acabamento antiderrapante, e rodapés meia
cana, conferindo facilidade na limpeza e maior segurança nos ambientes de trabalho.

É de primordial importância que não haja desníveis ou elevações no piso, a fim de evitar
tropeços e possíveis acidentes. Outro aspecto importante a considerar quanto ao piso, refere-se a
sua constante manutenção e limpeza. Os reparos que se fizerem necessários devem ser feitos
imediatamente, mantendo se o bom estado mesmo.

3.2. Paredes.

As paredes devem ser de alvenaria revestida, reboco, massa corrida e pintura acrílica semi-
fosca, em cores claras. Devem ser impermeáveis, revestidas com material que permita o
desenvolvimento das actividades em condições seguras, sendo resistentes ao fogo e a substâncias
químicas, além de oferecer facilidade de limpeza. De acordo com NR-8, item 8.4.1, as partes
internas, como todas que separem unidades autónomas de uma edificação, ainda que não
acompanhem sua estrutura, deve obrigatoriamente observar as normas técnicas oficiais relativas a
resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência
estrutural e impermeabilidade.
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Teto

O teto deve atender as necessidades do laboratório quanto a passagem de tubulações


luminárias, grelhas, isolamento térmico e acústico, estática, A NE-8, item 8.2, preconiza que os
locais de trabalho deve ter altura do piso ao teto, pé direito, de acordo com as posturas
municipais, atendidas as condições de conforto, segurança e salubridade, estabelecida na
portaria 3.214/78. (Redacção dada pela Portaria nº23, 9/10/2001).

Portas e janelas

As janelas e portas devem ser amplas e distribuídas de tal forma que permita uma boa
iluminação e arejamento do laboratório. Recomenda-se janelas basculantes por apresentarem
maior segurança e por ser facilmente abertas e fechadas com um só comando de mão.

Janelas

As janelas devem ser localizadas acima de bancadas e equipamentos, numa altura


aproximada de 1.20m do nível do piso e que a área de ventilação/ iluminação seja proporcional a
área do recinto numa relação mínima de 1:5 (um para cinco). Deverá haver sistema de controle de
raios solares, como persianas metálicas (anteparos externos instalados nas janelas que impeçam a
entrada de raios solares, mas não impeçam a entrada de claridade). Porém, sob nenhuma hipótese
deverão ser instaladas cortinas de material combustível.

“Os caixilhos devem ser amplos e facilmente manipuláveis. As janelas devem


estar afastadas das áreas de trabalho e dos equipamentos, tais como cabines de
segurança biológica, balanças, estufas, fornos industriais e capelas de exaustão
química, entre outros que possam ser afectados pela circulação de ar.”
(OLIVEIRA, MANCILHA et al. Pag. 3)

Devem ser empregados materiais de construção e acabamentos que retardem o fogo que
proporcionem boa vedação, sejam lisos, não porosos, de fácil limpeza e de manutenção. As
janelas devem ser dotadas de dispositivos de abertura, sempre que necessário.
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Portas

Considerando a NR-23, do TEM (15), que regulamenta sobre protecção contra incêndios,
nos locais de trabalho deverão dispor de saídas em números suficientes, de modo que aqueles que
encontrarem neles locais possam abandona-las com rapidez e segurança em caso de emergência.

As portas deverão ser amplas com largura mínima de 1,20m e com abertura para o lado de
fora do laboratório. Recomenda-se o uso de visores em divisórias, paredes, portas e onde mais for
possível. Os acabamentos das portas devem ser em material que retarde o fogo.

“É recomendável que se tenha mais de uma saída e sempre distantes entre si.
Caso não seja possível, as janelas devem favorecer a saída de emergência. Por
isto, não devem ser obstruídas com armários, a fim de proporcionarem ema
alternativa para saída de emergência. e com sentido de abertura da porta para a
parte externa do local de trabalho.” (PEREIRA, MARIETTE M, ESTRONCA et
al 2006.pag.7)

Sala ou área

São salas ou áreas do laboratório onde estão localizados fornos, muflas, capelas, estufa e
maçarico. Além da temperatura elevada, nestes locais há maior probabilidade de ocorrência de
explosões, incêndio ou ainda intoxicações. Devido a esses factores, os usuários devem ser
alertados quando alto risco de acidentes e orientados a não manusear produtos inflamáveis nessa
área.

Instalações do laboratório

Iluminação

As luminárias devem, sempre que possível, ser embutidas no forro, ter lâmpadas
fluorescentes e proporcionarem nível de iluminação de no mínimo 500 luxes, sobre as áreas de
trabalho.

Nas áreas que se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, as luminárias e interruptores


deverão ser a prova de explosão.
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Instalações Eléctrica

Preferencialmente deverão ser externas às paredes (facilitando qualquer manutenção) e


embutidas no forro (desde que se tenha facilidade de acesso às mesmas). Os pontos que
alimentarão as bancadas deverão ser deixados a 60 cm do piso, isto é, sempre abaixo dos tampos
das bancadas;

Para a elaboração de um projecto eléctrico é necessário que o responsável pelo laboratório,


forneça ao projectista os equipamentos que serão instalados, com a potência, tensão e localização
dos aparelhos sobre as bancadas ou sobre o chão.

As tomadas sobre as bancadas, devem estar a mais ou menos 1,0 m distantes entre si, sendo
que em cada ponto (cada caixa do tipo pedestal) deverá ter uma tomada 110V e uma 220V (onde
houver tais tensões). Deve-se considerar que as tomadas de uso geral nas bancadas (onde não
tiver um equipamento específico instalado) têm potência de 200W para tomada 110V e 200W
para a 220V.

Nas áreas onde se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, toda instalação eléctrica
(Electrodutos, caixas de passagem, tomadas, interruptores e luminárias) deverá ser à prova de
explosão. Os eletrodutos e condolentes deverão ser identificados com a cor padronizada pela
norma da ABNT e as tomadas 110V e 220V deverão ter plaquetas de identificação.

3.3. Instalação Hidráulica e de Gases

Tanto como nas instalações eléctricas, as instalações de água e gases deverão, sempre que
possível, ser externas, facilitando assim a manutenção. Atenção, procure evitar a instalação de
gás GLP embutida no forro, (o que só é permitido com tubo luva), pois se houver vazamento,
haverá acúmulo de gás dentro do forro, e quando as luminárias forem acesas, haverá a ocorrência
de faísca, que por sua vez provocará a combustão do gás GLP. Também, tal como nas instalações
eléctricas, os pontos de alimentação das utilidades nas bancadas (válvulas de gases, água, ar
comprimido, vácuo, etc.) deverão estar entre 15 cm e 50 cm do chão, isto é, sempre abaixo do
tampo das bancadas. Instalação de água.
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Todas as redes de água devem dispor de uma válvula de bloqueio, de fácil acesso, para o
fechamento rápido quando houver a necessidade de interromper o suprimento de água. As pias
devem ser de material quimicamente resistente, e a tubulação de esgoto deve ser resistente, de
material inerte. Recomenda-se, ao menos, uma cuba com profundidade para a limpeza de buretas.
A cor das tubulações de água deve ser verde, ou vermelho para água destinada ao controle de
incêndios, conforme recomenda NBR 6.493.

Instalação de Esgoto

 Os ralos deverão ter grelhas de aço inoxidável do tipo abre-fecha;


 A tubulação deve ser de material com resistência química aos produtos comumente
usados nos laboratórios, tal como o polipropileno (deve-se evitar o uso do PVC branco
para esgoto, bem como o ferro fundido).

Bancadas de trabalho

As bancadas deverão serão construídas de acordo com a disposição de cada tipo de


laboratório, classificadas em quatro tipos:

 Ilha: geralmente se encontra no centro da sala, com os usuários em sua volta. É


totalmente isolada e quase sempre tem pias nas extremidades e uma prateleira central.
 Península: possui um de seus lados acoplado a uma parede e dessa forma deixa três lados
para uso dos usuários.
 Parede: está totalmente anexa a uma parede, deixando apenas um de seus lados para os
usuários. É quase sempre usado para estufas, muflas, balanças, potenciómetros, entre
outros.
 U: é uma variação do tipo “ilha”, sendo mais utilizada para colocação de aparelhos, tais
como cromatografia, permitindo ao laboratorista o acesso fácil à parte traseira desses
aparelhos para refazer ou modificar conexões e pequenos reparos.

As bancadas devem estar e conformidade com o tipo de uso, levando em consideração


factores como humidade, peso de materiais, utilização de líquidos e substâncias químicas. As
superfícies devem ser impermeáveis, lisas, sem emendas ou ranhuras.
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Considerando o disposto nas NRs 8 e 17, do MTE, que estabelecem normas sobre Edificações
e Ergonomia, respectivamente, bem como literaturas técnicas consultadas, recomenda-se que as
bancadas:

 Sejam constituídas de material rígido para suportar o peso de materiais e equipamentos;


 Tenham a superfícies revestidas com materiais impermeáveis, lisos, sem emendas ou
ranhuras e resistentes a substâncias químicas. As opções mais utilizadas no mercado são o
granito, fórmica ou material similar;
 Possua profundidade aproximada de 0,60 ou 0,70 m, altura aproximada de 0,90m;
 Rodapé recuado no mínimo 0,15 m para posição em pé e bancadas livres para posição
sentada;
 Possuam cubas com profundidades adequadas ao uso, com o mínimo de 0,25m.

Orienta-se, ainda, prever um espaço de aproximadamente 0,40m entre bancadas laterais e a


parede e, também, no meio das bancadas centrais, a fim de permitir a instalação e manutenção de
utilidades e evitar corredores muito extensos e sem saídas, para não criar áreas de confinamento.
Evitar bancadas centrais com comprimento superior a 5 metros.

Outros apoios, como prateleiras superiores, castelos, racks e volantes para


colocação de materiais de pequeno volume e peso, devem ser utilizados apenas
durante a realização dos procedimentos laboratoriais e para disponibilizar
soluções de uso contínuo. Para evitar ofuscamentos e cansaço visual, as bancadas
devem receber iluminação de forma que os raios de luz incidam lateralmente em
relação aos olhos do usuário do laboratório, e não frontalmente, ou em suas
costas. (OLIVEIRA, MANCILHA et al. Pag. 11)

Mobiliários

As cadeiras, mesas, prateleiras e outros componentes de mobiliários devem atender aos


conceitos funcionalidade e ergonomia, de acordo cm a NR-17, do TEM (14). Os móveis devem
ser dispostos de modo a não comprometer a circulação dos usuários a manter os corredores com
largura mínima de 1,5m.
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Armários para reagentes

O laboratório deve possuir armários para guardar reagentes com 3,8m x 2m com paredes
resistentes a explosão, sistema de exaustão e bandeja de retenção de líquidos, a fim de que se
possa armazenar, principalmente os reagentes sensíveis a iluminação e inflamáveis.

Armários para vidrarias

O laboratório de biologia deve conter armários com dimensões 1,70m x 1,5m para guardar
somente vidrarias limpas e descontaminadas.

Ventilação e exaustão

Todos os laboratórios precisam de um sistema de exaustão e ventilação correctamente para as


actividades realizadas, incluindo capela, coifa, ar condicionado, exaustores e ventiladores. A
manutenção deve ser periódica, para garantir a eficiência das instalações. O projecto de
ventilação geral deve contemplar a troca continua do ar fornecido ao laboratório de forma a não
aumentar as concentrações as substâncias odoríferas ou tóxicas no transcorrer da jornada de
trabalho.

Capelas

As capelas devem ser construídas com material biologicamente inerte, possuir sistema de
exaustão, com no mínimo dois pontos de captação, e potência para promover a exaustão dos
vapores. A altura das chaminés de exaustão deve ser de dois a três metros acima do telhado, para
que os gases emitidos sejam diluídos no ar.

Na óptica de (OLIVEIRA, CELIA M. et al. Pag. 7) A localização das capelas deve ser
afastada das saídas de emergência, e também de locais de intenso trânsito de pessoas. Ainda,
não deve ser permitida a armazenagem de ácidos ou bases concentradas e líquidos inflamáveis
nos armários inferiores das capelas, pois podem causar corrosão nas partes metálicas da capela
e explosão.

As capelas devem ser localizadas nas paredes laterais para que não sofram influência de
corrente de ar proveniente de tráfego de pessoas, proximidade de grelha de ar condicionado e
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equipadas com exaustores para evitar explosão, liberação de gases e vapores tóxicos e na
manipulação de quaisquer produtos químicos. O laboratório deve conter duas capelas com
dimensões 1,7m x 1,5m de altura.

O material mais usado para a construção de capelas são chapas de aço inoxidável e alvenaria.
O teto da capela deve ser em forma de cone ou pirâmide e possuir protecção resistente ao calor e
inquebrável, para as luminárias.

Coifa

As coifas só destinadas a capacitação de vapores, névoas, fumos e pós dispersos no ambiente.


Recomenda-se a estala cão de coifas em cubas de lavagem de vidraria. A instalação de coifa ou
capelas deve ser convenientemente situada para assegurar que as operações perigosas não sejam
desenvolvidas em bancadas a betas. As operações que envolvam riscos de incêndio ou explosão
ou possam liberar gases e vapores tóxicos, corrosivos ou agentes biológicos patogénicos devem
ser sempre conduzidas em capelas próprias para cada caso.

Pias

As pias devem ser inox com dimensões 60cm x 60cm e estar acoplada nas extremidades das
bancadas.

3.4. Almoxarifado

É necessário um almoxarifado para guardar estoques de reagentes utilizados no laboratório.

3.5. Sala de armazenamento de reagentes

Critérios rígidos devem ser seguidos para armazenar produtos químicos variados. Deve-se
levar em conta que produtos químicos podem ser: voláteis, corrosivos tóxicos, inflamáveis,
explosivos e peroxidáveis. Assim sendo, o local de armazenamento deve ser amplo bem
ventilado, preferencialmente com exaustão, dotados de prateleiras largas, seguras e instalações
eléctricas ‘a provas de explosões. Se necessário refrigerador ou câmara de refrigeração, o
equipamento deve ser aprova de explosões, isto é, isento de fichamento eléctrico na parte interna,
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como precaução contra explosões quando da necessidade de armazenar líquidos inflamáveis de


fulgor de 36ºC.

Quando são negligenciadas as propriedades físicas e químicas dos produtos


químicos armazenados podem ser ocasionados incêndios, explosões, emissão de
gases tóxicos, vapores, pós e radiações ou combinações variadas destes
efeitos.Segundo SAVOY 2003 citado por (PEREIRA, MARIETTE M.;
ESTRONCA et al 2oo6. Pag. 9)

VERGA Filho (2008), OLIVEIRA (et al. 2007), SAVOY (2003) e CARVALHO (1999),
apresentam algumas recomendações a serem seguidas em locais de armazenamento de
reagentes, apresentadas a seguir:

 Cartazes com avisos devem ser afixados, alertando aos empregados com referência à
manipulação das substâncias nocivas;
 Os materiais potencialmente perigosos devem estar protegidos em local dotado com
fechadura e chaves;
 Todas as entradas de ventilação devem estar protegidas por telas, de forma a evitar a
entrada de algum agente indesejável, como roedores;
 Os reagentes compatíveis devem ser estocados separados por famílias, com distância de
0,5m a 1m;
 As vidrarias não devem ser estocadas junto a reagentes;
 Não deve ser permitida a armazenagem de produtos não identificados, bem como o
armazenamento de produtos sem data de validade;
 Deverá ser feita a verificação permanente dos prazos de validade dos produtos e a
remoção dos reagentes vencidos;
 Os produtos corrosivos, ácidos e bases devem ficar nas prateleiras baixas, próximas ao
chão;
 Deverá ser evitado o armazenamento de reagentes em lugares altos e de difícil acesso;
 Os produtos inflamáveis e explosivos deverão ser mantidos a grandes distâncias de
produtos oxidantes;
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Instalações de gases

Armazenamento de cilindros de gases

Cilindros de gases oferecem um alto teor de risco em caso de vazamento ou quedas,


exigindo portanto cuidados especiais.

O transporte de cilindros de gases deve ser feito em carinhos próprios. Durante o seu uso de
estocagem devem ser mantidos presos a paredes com correntes e cadeados. Os cilindros devem
ser armazenados, preferencialmente, do lado externo do laboratório. A transferência do gás do
cilindro até ao local de uso deverá ser feita por tubulações apropriadas.

 Os cilindros que apresentam válvulas emperradas ou defensivos devem ser devolvidas ao


oferecedor;
 Para cilindros de gás acetileno as tubulações devem ser de aço inox, nunca de cobre,
devido ao risco de explosão;
 Para os gases oxigénios e nitroso, as tubulações devem ser rigorosamente lavadas e secas
internamente para serem isentas de graxas e óleos, caso contrário haverá alto risco de
explosão.

As tubulações para o gás GLP não podem correr em canaletas fechadas,


ou postas em espaços confinados ataras de bancas. Devem sempre
percorrer espaços ventilados, serem pintados na cor amarela e atender a
norma NBR 13.932, da ABNT (3). É recomendável que o deposito de
gases externos seja o mais próximo possível do local de uso dano
laboratório. (Associação Brasileira de Normas Técnica. 2001. Pág. 6)

Protecção contra incêndios

Todos os deverão possuir instalações e equipamento de protecção contra incêndio em


atendimento a NR-23, do TEM (15).

A montagem de laboratório deve incluir instalações de protecção contra incêndios


apropriada para produtos químicos e biológicos perigosos. Caso sejam utilizados líquidos
inflamáveis em quantidade considerável devem ser tomadas precauções adicionais para reduzir o
risco de incêndio.
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A montagem de sistemas para aquecimento deve evitar, sempre que possível, a utilização de
queimadores de gás que tenha chama aberta. É recomendável a utilização de mantas eléctricas ou
aquecimento a vapor onde houver riscos de vapores inflamáveis oriundos de líquidos voláteis que
possam entrar em ignição ou explodir incêndios.

Segurança no laboratório

O laboratório de biologia deve apresentar os seguintes materiais de segurança:

 Caixa de primeiros socorros, Extintores de incêndio, Luvas;


 Máscaras, Óculos, Lava-olhos chuveiro, o Jaleco.

Caixa de primeiros socorros

Em um laboratório de biologia é necessário ter uma caixa de primeiros socorros,sendo a sua


localização de preferência em local de fácil acesso. Estas caixas devem conter:

 Glicerina, soro fisiológico, gaze;


 Etanol, esparadrapo, algodão;
 Atadura, pomada para queimaduras, tesoura;
 Pinça metálica, álcool iodado.

Extintores de incêndio

Os laboratórios devem estar equipados com extintores de combate a incêndios devidamente


sinalizados, bem como mantas anti-fogo e recipientes com areia. O extintor é um instrumento
simples de manusear, portátil e eficiente. A utilização de cada tipo de extintor depende do tipo de
incêndio. Existem quatro classes de fogos – A, B, C e D – com características diferentes, logo
com formas de extinção diferentes. O conhecimento do tipo de fogo na maior parte dos casos leva
a uma extinção apropriada.

4. Cronograma

O tempo previsto é de 12 meses (1 ano). O percurso desta instalação pode alterar o


cronograma. Da tabela abaixo, constam as actividades e os respectivos períodos de realização.
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Tabela 1: Cronograma

Actividades Janeiro (2022) Abril (2022) Março (2023)

Elaboração do
projecto.

Lançamento da
primeira pedra.

Data de entrega.

Fonte: autora, 2022.

5. Orçamento

Tabela 2: Orçamento de material de construção e equipamentos.

No Designação ou Quantidade Preço Total


material unitário

1 Matérias de construção Blocos, Cimento, Pedras, Britas, Variam no 3.844.000,00mts


Chapas de Zinco, Barrotes, Varão, intervalo de
Arames de ligação, Pregos Arreia, 22,00 -
Portas, Janelas, Cabo de instalação, 1.200mts
Tomadas, Lâmpadas, Interruptores,
Disjuntores……

2 Equipamentos/Materiais Microscópios, armários, geleira, Variam no 4.500.000,00mts


estufa, bancada, vidrarias, modelos, intervalo de
matérias de segurança……. 1.222,00 -
45.200mts

3 Total ………………. …… 8.344.000,00mts

Fonte: Autora

Estrutura da planta do laboratório


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Fonte: https://www.google.com/plantadelaboratoriodequimicaideal.htm
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Referência de bibliográfica

Manual de legislação atlas. Segurança e medicina do trabalho. Edificação –NR-8.60. ed. São
Paulo. Brasil. 2007.

Manual de legislação atlas. Segurança e Medicina do Trabalho. Edificação: Segurança em


Instalações e Serviços em Eletricidade. –NR.10.60. Edição São Paulo, brasil. 2007.

OLIVEIRA, Celia M. et al. Guia de laboratório para o ensino de Química: instalação, montagem
e operação. Conselho Regional de Química - IV Região. São Paulo, 2007.

PEREIRA, Mariette M; ESTRONCA, Teresa M. Roseiro; NUNES, Rui Miguel D. R. Faculdade


de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Guia de segurança no

Laboratório de Química. Coimbra, 2006.

https://www.google.com/plantadelaboratoriodequimicaideal.htm
22

Índice

Introdução.........................................................................................................................................3
1. Tema:.........................................................................................................................................4
1.1. Delimitação do projecto de instalação:..................................................................................4
1.2. Objectivos..............................................................................................................................4
1.3. Questões da instalação...........................................................................................................4
1.4. Problematização....................................................................................................................4
1.5. Justificativa............................................................................................................................4
1.6. Hipóteses...............................................................................................................................5
1.7. Metodologia...........................................................................................................................5
Método..............................................................................................................................................5
Localização física da escola.............................................................................................................5
2.1. Descrição física da escola......................................................................................................6
2.2. Condições de segurança........................................................................................................6
2.3. Outras observações................................................................................................................6
2.4. Estrutura orgânica da Escola.................................................................................................6
Projecto de Implementação de laboratório Escolar de Biologia......................................................7
3.1. Pisos.......................................................................................................................................7
3.2. Paredes...................................................................................................................................8
Teto...................................................................................................................................................9
Portas e janelas.................................................................................................................................9
Janelas...............................................................................................................................................9
Portas..............................................................................................................................................10
Sala.................................................................................................................................................10
Instalações do laboratório...............................................................................................................10
Iluminação......................................................................................................................................10
Instalações Eléctrica.......................................................................................................................11
3.3. Instalação Hidráulica e de Gases.........................................................................................11
Instalação de Esgoto.......................................................................................................................12
Bancadas de trabalho......................................................................................................................12
Mobiliários.....................................................................................................................................13
23

Armários para reagentes.................................................................................................................14


Armários para vidrarias..................................................................................................................14
Ventilação e exaustão.....................................................................................................................14
Capelas...........................................................................................................................................14
Coifa...............................................................................................................................................15
Pias.................................................................................................................................................15
3.4. Almoxarifado.......................................................................................................................15
3.5. Sala de armazenamento de reagentes..................................................................................15
Instalações de gases........................................................................................................................17
Armazenamento de cilindros de gases...........................................................................................17
Protecção contra incêndios.............................................................................................................17
Segurança no laboratório................................................................................................................18
Caixa de primeiros socorros...........................................................................................................18
Extintores de incêndio....................................................................................................................18
4. Cronograma.............................................................................................................................18
5. Orçamento...............................................................................................................................19
Referência de bibliográfica.............................................................................................................21
24

Margarida David Mponda

Projecto de Implementação de construção de um Laboratório de Biologia de Referência na


Escola Secundaria de Ocuas-Chiúre (2022-2023)
Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilidades de Gestão de Laboratórios

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
25

Margarida David Mponda

Projecto de Implementação de construção de um Laboratório de Biologia de Referência na


Escola Secundaria de Ocuas-Chiúre (2022-2023)

Trabalho de carácter avaliativo, a ser


entregue no Departamento de Ciências,
Tecnologia, Engenharia e Matemática, na
cadeira de Organização e Gestão de
Laboratório, 3º ano, 2º semestre leccionado
porː

MA. Afido Juma Pirilau

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2022

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