Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2024
1
2024
2
Índice
Introdução...............................................................................................................................3
2. Insucessos da OUA.............................................................................................................7
3. Desafios da OUA................................................................................................................7
Conclusão...............................................................................................................................9
Referencia Bibliográfica.......................................................................................................10
3
Introdução
O senso comum sobre a África parece limitar a análise do continente aos seus problemas
internos e considerar que sua inserção internacional é pautada pela busca de soluções para
eles. Essa visão ignora uma série de questões, como as tentativas promovidas pelos países
africanos de adoptar uma política autónoma de inserção internacional, as disputas entre eles
pela liderança do continente, os líderes políticos africanos que contribuíram com importantes
debates internacionais e o peso político que os países africanos possuem. Tomando como
estudo de caso a Organização da Unidade Africana (OUA), os seus objectivos, as suas
denúncias e as suas disputas internas pela liderança da África, são exemplos claros de que as
análises de política internacional são deficientes quando descartam a relevância política dos
países africanos.
Geral:
Específicos:
Para MAZULA (2002), “A OUA foi criada na reunião da Cúpula dos Estados Africanos
Independentes, acontecida em Adis-Abeba, capital da Etiópia, entre os dias 22 e 25 de Maio
de 1963, com a participação de trinta e um chefes de Estado e de Governos Africanos”.
Desta feita, a OUA foi o resultado de um processo de negociação entre os líderes dos países
africanos independentes naquele ano para que suas diferenças políticas fossem apaziguadas
em prol do objectivo comum de extirpar o colonialismo da África.
De acordo com KI-ZERBO (1999:402), “no Artigo 02 da carta da OUA são enumerados os
seguintes objectivos pela qual foi criado esse organismo”:
Com tudo, podemos encontrar outros objectivos como: Acelerar a integração política e
socioeconómica do Continente, Favorecer a cooperação internacional, tendo devidamente em
conta a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos do Homem, Trabalha
em colaboração com os parceiros internacionais relevantes na erradicação das doenças
susceptíveis de prevenção e na promoção da boa saúde no Continente.
5
O objectivo comum dentro e entre os dois grupos de acabar com o colonialismo na África
permitiu que eles se reunissem em 1963 em Addis Abeba a fim de resolver as principais
divergências entre eles e estabelecer um espaço de cooperação interafricana.
A Conferência dos Chefes de Estado e de Governo é instância suprema que reunia, pelo
menos, uma vez por ano;
6
“Por isso, foram estabelecidas cinco comissões especializadas nos campos seguintes: no
sector económico e social; da educação e cultura; da saúde, higiene e nutrição; defesa;
ciência, técnica e investigação”. (KI-ZERBO, 1999).
A nível político
A nível Económico
Na visão de DOPCKE (2002:78):
Esta ultima prevaleceu e sob proposta da O.N.U e adoptada em consenso pela OUA
África foi repartida em 4 regiões:
O grande objectivo era fortalecer cooperação económica e se houve-se êxitos conseguir então
instituir a Comunidade Económica Africana no final do século metendo vivo o sonho de
Nkrumam.
2. Insucessos da OUA
Durante quase 40 anos de existência, a OUA não conseguiu evitar os inúmeros conflitos que
assolaram o continente, nem promover de forma efectiva o seu desenvolvimento. Uma das
razões poderia ser o carácter consensual da organização, que nunca puniu os responsáveis por
esses problemas, ao contrário da Commonwealth ou da ONU, a primeira por vezes
suspendendo das suas actividades governos despóticos, a segunda decretando sanções sobre
políticos ou governos.
3. Desafios da OUA
A OUA reúne, uma vez por ano, a Conferência de Chefes de Estado e de Governo, com o fim
de coordenar e harmonizar a política geral. O seu Conselho de Ministros, integrando os
titulares dos Negócios Estrangeiros dos vários países, ou outros ministros acreditados
excepcionalmente, tem a função de preparar as cimeiras de chefes de Estado e de promover a
cooperação inter-africana.
Num outro olhar do autor, a OUA procurou resolver os problemas internos do continente,
numa tentativa de dispensar a intervenção de potências externas, mas os conflitos africanos
acabaram, de forma geral, a Organização da Unidade Africana perseguia os seguintes
objectivos: o combate ao colonialismo; a defesa do pan-africanismo; o combate ao apartheid.
Essa Organização visava incrementar a cooperação entre os seus membros, estabelecer a
unidade e a solidariedade dos Estados africanos, defender a integridade territorial, a
independência e a soberania e seus membros. Actuou na economia, na defesa, na segurança
colectiva e na cultura. A Carta da Organização da Unidade Africana tem sido definida como
uma carta de libertação, posto que as verdadeiras preocupações dos Estados africanos nela
contidas eram relativas à unidade africana, à não-interferência nos assuntos internos dos
países tomados individualmente e à libertação, não só do sistema colonial como também do
neocolonial
9
Conclusão
Em conclusão, vale ressaltar que, apesar de suas limitações – tais como a incapacidade de
evitar conflitos entre países africanos, os poucos recursos materiais e até mesmo o baixo
comparecimento das delegações nas cúpulas, a OUA conseguiu atender a muitas de suas
aspirações iniciais. Como exemplo pode-se citar a reforma do Conselho de Segurança para a
participação mais equitativa dos países africanos e o convite feito pela ONU para a OUA
participar de suas actividades. Tão importante quanto essas conquistas é a mensagem que a
OUA transmitiu para o mundo desenvolvido, ou seja, de que não se poderia mais negligenciar
a relevância do continente ou privá-lo de ganhos políticos e económicos, embora essa
mensagem tenda a desconsiderar a responsabilidade das próprias elites africanas em muitos
dos problemas locais.
10
Referencia Bibliográfica
ASANTE, S. K. B.; CHANAIWA, D. História Geral da África: África desde 1935. Brasília:
UNESCO, 2010. (O Pan-africanismo e a Integração Regional, 24)
BOAHEN, A. 2010 (ed.). História Geral da África VII: África sob dominação
colonial, 1880-1935. 2. ed. Brasília: UNESCO. p. 657 - 674.
MAZRUI, A. 2010 “Procurai o reino político...”. In: MAZRUI, A.; WONDJI, C. (Eds.).
História Geral da África VIII: África desde 1935. Brasília: UNESCO, p. 125 - 150.