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Definição
Em meados do século XX o Pan-africanismo foi explicado como a doutrina política
defendida pela irmandade africana, libertação do continente africano de seus
colonizadores e ao estabelecimento de um Estado que buscasse a unificação de todo o
continente sob um governo africano. Alguns teóricos como George Padmore
acrescentaram a partir da Segunda Guerra Mundial, que o governo panafricano deveria
ser gerido segundo as premissas do socialismo cientifico. Outros teóricos postularam o
caminho do rastafarianismo político, que defende um governo imperial.
História
Imagem de 1890 mostrando o contraste entre norte-americanos ricos e a pobreza de ex-
escravos negros.
No início do século XIX, a escravatura ainda estava em vigor no sul dos Estados
Unidos, mas não no norte, graças um decreto de 1787, que estabelecia o limite legal no
Rio Ohio. Uma minoria de negros no norte tinha atingido uma posição socioeconômica
próspera e alguns dos representantes desta classe começaram a desenvolver um
sentimento de fraternidade racial que resultou no movimento "de volta para a África".
Entre eles Paul Cuffe, um negro nascido livre, de pai africano e mãe ameríndia, que
promoveu em 1815 uma tímida experiência de repatriamento para a África, antecessora
da Sociedade Americana de Colonização fundadora da Libéria, mas os custos da
empreitada dissuadiram-no.
O outro ponto de vista era dos que afirmavam que os descendentes dos escravos deviam
permanecer na América e que inclusive tinham que ser capazes de uma subsistência
independente. Mas, entre os mais acirrados abolicionista, não se acreditava que a raça
negra e a raça branca podiam viver no mesmo espaço e prosperar sem um perpétuo
conflito. Foi levado em consideração e pensado pelas próprias pessoas negras que, de
uma forma ou de outra, seriam exploradas pelo sistema do homem branco, enquanto não
tivessem a sua própria pátria. O elevado custo de envio de tantas pessoas para a África,
fez com que a a segunda opção prevalecesse.
Realizações da OUA
Durante quase 40 anos de existência, a OUA não conseguiu evitar os inúmeros conflitos
que assolaram o continente, nem promover de forma efetiva o seu desenvolvimento.
Uma das razões poderia ser o caráter consensual da organização, que nunca puniu os
responsáveis por esses problemas, ao contrário da Commonwealth ou da ONU, a
primeira por vezes suspendendo das suas actividades governos despóticos, a segunda
decretando sanções sobre políticos ou governos.
Outro campo em que a OUA teve sucesso foi na luta contra o apartheid, tanto ao nível
da ONU onde foram declaradas sanções contra os governos da África do Sul e da
Rodésia, mas ainda conseguindo que aquele regime fosse internacionalmente condenado
como “crime contra a Humanidade” na Conferência de Teerão de 1968.
Nos primeiros dez anos da sua existência, a OUA viu-se confrontada com uma série de
conflitos sobre a delimitação de fronteiras no norte, leste e centro da África mas, graças
aos seus esforços, estes conflitos foram resolvidos num verdadeiro espírito de unidade,
sem interferência externa.
Na promoção da cultura africana, a OUA organizou em Agosto de 1969, em Argel, o
Primeiro Festival Panafricano da Cultura e, em Outubro de 1970, em Mogadíscio, na
Somália, o Primeiro Workshop de Folclore, Dança e Música Africana.
A maioria dos países estava a favor da opção sub-regional e, neste sentido, a Comissão
Econômica da ONU para a África (ECA), propôs a divisão do continente em quatro
sub-regiões: oriental e austral, central, ocidental e o Norte de África.
Órgãos da OUA
Organizava-se em quatro órgãos: