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CURSO

ATUALIZAÇÃO DE
PLANOS DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Curso direcionado a gestores e técnicos
das secretarias municipais da assistência
social ou congêneres, tem como objetivo:
capacitar diferentes atores envolvidos na

O Curso formulação dos Planos de Assistência


Social nos conhecimentos, metodologias e
procedimentos aplicáveis ao processo de
sua elaboração, monitoramento e
atualização
Para tanto é necessário fortalecer:
- Capacidade de análise de conjuntura na qual se
constitui/insere a Política de Assistência Social
enquanto política de Estado;
O Curso - Compreensão conceitual sobre objeto;
- Desenvolvimento de práticas que busquem a
emancipação e autonomia dos sujeitos .

“A educação não muda o


mundo. A educação muda o
homem, o homem muda o
mundo”
Paulo Freire
✘ MÓDULO 1 - PLANEJAMENTO E POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL
§ Planejamento governamental e o ciclo de gestão de políticas
§ Articulação dos instrumentos de Planejamento com a Política
de Assistência Social
§ O que é o Plano de Assistência Social (PAS)?

✘ MÓDULO 2 - A CONSTRUÇÃO DO PLANO DE


ASSISTÊNCIA SOCIAL
§ O diagnóstico socioterritorial
§ O processo de elaboração do Plano

✘ MÓDULO 3 - MONITORAMENTO E CONTROLE SOCIAL DO PAS


§ A importância do monitoramento no ciclo de gestão do PAS
§ O papel do controle social no monitoramento da execução do PAS
§ Utilização de indicadores de monitoramento do PAS
§ Articulação entre o monitoramento da execução do PAS
•compreender o conceito e a
Modulo I
prática de planejamento estatal no
PLANEJAMENTO contexto da construção de
políticas públicas
E POLÍTICA DE
ASSISTÊNCIA •compreender e diferenciar os
modelos de planejamento
SOCIAL aplicados às políticas públicas

•compreender o ciclo
orçamentário no contexto do
planejamento e da Política de
Assistência Social.
Construindo o Perfil do Grupo
- Quem é novo na política de assistência social?
- Quem está iniciando em novo município?
- Quem continuou atuando no mesmo município?
- Quem atua exclusivamente no setor de planejamento?
- Quem trabalha no setor de vigilância socioassistencial?
- Quem já participou da elaboração do Plano Municipal?
- Quem é gestor?
- Quem é técnico?
- Quem atua em CRAS ou CREAS?
- Quem é concursado?
A política de Assistência
Social e o sistema único da
assistência social – suas:
reflexões acerca dos
princípios da proteção
social na perspectiva dos
direitos sociais
CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL BRASILEIRO:
MODELO, DILEMAS E DESAFIOS. (YAZBECK )s
Estas reflexões colocam em questão alguns dos dilemas,
desafios e perspectivas que se apresentam para as
políticas de Proteção Social brasileiras, neste início de
século XXI, com ênfase nas ações voltadas ao
enfrentamento da desigualdade social e da pobreza, nos
atuais cenários e tendências de transformações
societárias que caracterizam o capitalismo
contemporâneo, especialmente em sua periferia.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
Apesar das variações históricas e culturais, é
preciso não perder de vista que é nos
primórdios da industrialização, quando a
questão social se explicita pela primeira vez,
que se transformam radicalmente os
mecanismos de proteção social dos
indivíduos, desenvolvidos até então,
principalmente pelas famílias, ordens
religiosas e comunidades, por meio de
regimes de obrigações pessoais.
Quais os desafios
e possibilidades do SUAS na afirmação
da assistência social
como direito e política pública?
A Assistência Social, conforme art. 1º da LOAS é
direito do cidadão e dever do Estado. É Política
de Seguridade Social não contributiva, que
provê os mínimos sociais. É uma política
realizada através de um conjunto integrado de
ações de iniciativa pública e da sociedade, para
garantir o atendimento às necessidades básicas.
A ASSISTÊNCIA
SOCIAL COMO
POLÍTICA DE
SEGURIDADE SOCIAL
•Campo do direito;
•Universalização do acesso;
•Responsabilidade estatal;
•Superação do assistencialismo;
•Ampliação do protagonismo dos usuários;
•Participação da população;
•Descentralização político- administrativa.
A ASSISTÊNCIA
SOCIAL NO CAMPO
DA SEGURIDADE
SOCIAL
•No âmbito da Seguridade Social, a
Assistência Social é uma política de
proteção social não- contributiva;
•A Política de Assistência Social dirige-
se a quem dela necessita a partir de sua
condição inerente de ser de direitos;
•A Política de Assistência Social funda-
se no princípio da dignidade da pessoa
humana;
COMO VEM SENDO ESTRUTURADO
O SUAS ?
§INSTRUMENTOS:

•1993 - Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS;


•2004 - Política Nacional de Assistência Social – PNAS/SUAS ;
•2005 - A Norma Operacional Básica – NOB/SUAS;
•2006 - A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos
do SUAS. Nob-RH/SUAS;
•2009 - Tipificação dos Serviços Socioassistenciais;
•2010 - Senso Suas;
•2011 - Lei Do Suas;
•2012 - NOB/SUAS;
•2013 - Política Nacional de Educação Permanente SUAS.
O texto constitucional será regulamentado em 1993 através da
Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) colocando a Política
de Assistência Social como:

q Primazia da responsabilidade do Estado


q Estrutura descentralizada e democrática
q Cofinanciamento pelos três níveis de governo
q Conselho, Plano e Fundo como elementos fundamentais
de gestão
Com base nas deliberações da IV Conferência Nacional de
Assistência Social (2003) = Política Nacional de Assistência
Social – PNAS (2004) = SUAS
q Municípios classificados por porte: Pequeno Porte I - até
20.000 habitantes / Pequeno Porte II - de 20.001 a
50.000 habitantes / Médio Porte – de 50.001 a 100.000
habitantes / Grande Porte - de 100.001 a 900.000
habitantes / Metrópole - mais de 900.000 habitantes
q Princípios/elementos norteadores: territorialização, a
matricialidade sociofamiliar e a intersetorialidade.
q Serviços socioassistenciais organizados em níveis de
proteção: básica e especial, sendo a especial dividida
em média e alta complexidade.
NORMA OPERACIONAL BÁSICA (2005)
NOB/SUAS:
ASPECTOS FUNDAMENTAIS

• Disciplina e normatiza a operacionalização


da gestão da política de Assistência Social;

• As Normas Operacionais Básicas da


Assistência Social nos anos anteriores
conceituaram e definiram as estratégias,
princípios e diretrizes da LOAS.
ESTRUTURA
✘ Norma Operacional Básica 2005/2012

• Níveis de Gestão do Sistema Único de Assistência Social;


• Instrumentos de Gestão;
• Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação;
• Financiamento.
NORMA OPERACIONAL BÁSICA
2005/2012

Operacionalidade do Sistema Único de


Assistência Social:

Como política pública afiançadora de


direitos, deve se realizar por meio de uma
estrutura político administrativa que ressalte a
fundamental relevância do processo de
descentralização.
NORMA OPERACIONAL BÁSICA
2005/2012

Papel das esferas de governo na construção do


SUAS:

O princípio ordenador das ações a serem


desenvolvidas pelo poder público no âmbito da
constituição do SUAS pode ser identificado em todos
os itens que compõem a Norma Operacional Básica.
NÍVEIS DE GESTÃO DO SISTEMA
ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

✘Municípios: Três Níveis Gestão:


1. Gestão Inicial;

2. Gestão Básica;

3. Gestão Plena.
INSTRUMENTOS DE GESTÃO

• Plano de Assistência Social;

• Orçamento da Assistência Social;

• Gestão da Informação, Monitoramento e


Avaliação;

• Relatório Anual de Gestão.


INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO,
PACTUAÇÃO E DELIBERAÇÃO

O princípio da democratização e a diretriz da


descentralização, presentes na Constituição Federal de
1988 e na LOAS, se concretiza na implantação e no
fortalecimento das instâncias de articulação, pactuação e
de deliberação.
Articulação

São espaços de partipação aberta, com função propositiva no nível Federal,


Estadual, do Distrito Federal e Municipal, podendo ser instituídos
regionalmente.

Pactuação

Pactuação, na gestão da assistência social, são as negociações e definições


estabelecidas com a anuência das esferas de governo envolvidas,no que
tange à operacionalização da política (Comissões Intergestoras: Bipartite e
Tripartite).

Deliberação

O princípio de democratização presente na CF/88 e na Loas/93 se solidifica


no fortalecimento dos espaços de gestão colegiada entre o poder público e a
sociedade civil nas três esferas de governo (Conselhos e Conferências).
SUAS

✘ O SUAS como Sistema Único supõe unir para


garantir o rompimento com a fragmentação:

• Programática;
• Entre as esferas do governo;
• Ações por categorias e segmentos sociais.
CONTEÚDO ESPECÍFICO

SEGURANÇAS QUE A PROTEÇÃO SOCIAL


DEVE GARANTIR:

1. Segurança da provisão de necessidades


humanas básicas;

2. Segurança social de renda;

3. Segurança de acolhida como ser de direitos;


4. Segurança do convívio ou vivência familiar,
comunitária e social;

5. Segurança do desenvolvimento da autonomia


individual, familiar e social;

6. Segurança de sobrevivência a riscos


circunstanciais.
MAS SERÁ QUE AFIANÇAR
SEGURANÇAS NA ASSSITÊNCIA SOCIAL
É TÃO AUTOMÁTICO ASSIM?
Assistência Social como Política
de Proteção

Garantia de Direitos
Socioassistenciais

SUAS como exigência


político - estratégica
• Os serviços socioassistenciais no SUAS são
organizados segundo as seguintes referências:
Vigilância social, proteção social e defesa social e
institucional.
• Assistência Social e as proteções Asseguradas:
PROTEÇÃO SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL
BÁSICA ESPECIAL

Modalidade de atendimento às
Serviços, Programas e Projetos famílias e pessoas que se
de acolhimento, convivência e encontram em situação de risco
socialização de crianças, pessoal e social em decorrência
adolescentes, jovens, adultos e de abandono, maus tratos físicos
idosos, tendo como foco ou psíquicos, abuso sexual,
prioritário a FAMÍLIA. situação de trabalho infantil,
dentre outros.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

O SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS


Sistema público não contributivo, descentralizado tem por função
a gestão do conteúdo específico da assistência social

RESOLUÇÃO Nº 33, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012


Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social
NOB/SUAS.

Art. 1º A política de assistência social tem por funções:

Proteção social - Vigilância socioassistencial - Defesa de direitos.


http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/nob_suas.pdf
PROTEÇÃO SOCIAL

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Serviços Serviços de Serviços de


Programas Proteção Social Proteção
Especial de Social Especial
Benefícios
Média de alta
Complexidade Complexidade
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

SERVIÇOS PROGRAMAS BENEFÍCIOS


SOCIOASSISTENCIAIS
●Serviço de Proteção e ● Programa Nacional de
Atendimento Integral à ● Benefício de prestação
Promoção do Acesso
Família (PAIF); Continuada (BPC)
● Serviço de ao mundo do Trabalho
Convivência e ● Benefícios Eventuais
/ Acessuas Trabalho
Fortalecimento de ● Programa Bolsa Família
Vínculos; ● BPC na Escola
● Programas estaduais e
● Serviço de Proteção ● BPC Trabalho
Social Básica no Domicílio municipais de
● Primeira Infância
para Pessoas com transferências de renda
Deficiência e Idosas.
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
MÉDIA COMPLEXIDADE
q Serviço de Proteção e Atendimento
Especializado a Famílias Indivíduos
ALTA COMPLEXIDADE
(PAEFI);
q Serviço Especializado em Abordagem q Serviço de Acolhimento
Social; Institucional;
q Serviço de proteção social a de
q Serviço de Acolhimento em
adolescentes em cumprimento
medida socioeducativa de Liberdade República;
Assistida (LA) e de Prestação de q Serviço de Acolhimento em
Serviços à Comunidade (PSC); Família Acolhedora;
q Serviço de Proteção Social Especial
para Pessoas com Deficiência, q Serviço de proteção em
Idosas e suas Famílias; situações de calamidades
q Serviço Especializado para Pessoas públicas e de emergências.
em Situação de Rua.
Vigilância socioassistencial

Vigilância de Riscos e Vulnerabilidade

Vigilância de Padrões e Serviço


BASES ORGANIZACIONAIS DE
DESTAQUE NA GESTÃO DO
SUAS

MATRICIALIDADE CONTROLE
TERRITORIALIZAÇÃO
FAMILIAR SOCIAL
MATRICIALIDADE
SOCIOFAMILIAR
Ênfase da PROTEÇÃO SOCIAL DA ASSISTÊNCIA
SOCIAL na FAMÍLIA: Famílias com diferentes
configurações e arranjos é MEDIADORA DAS
RELAÇÕES ENTRE INDIVÍDUO E COLETIVIDADE

FAMÍLIA como NÚCLEO FUNDAMENTAL DA


SOCIEDADE, com DIREITO À PROTEÇÃO DA
SOCIEDADE E DO ESTADO
MATRICIALIDADE
SOCIOFAMILIAR
impõe uma reflexão

O QUE É FAMÍLIA NO ÂMBITO DA


POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA e como
tratá-la nos processos de proteção
social via Assistência Social?
MATRICIALIDADE
SOCIOFAMILIAR

✘ Espera-se que a família possa cuidar, proteger e


desenvolver laços de afetividade, em um processo de
construção de identidades e vínculos relacionais de
pertencimento. Que possam promover uma melhor
qualidade de vida aos seus membros, favorecendo a
efetiva inclusão social na comunidade e na sociedade
em que vivem.
TERRITORIALIZAÇÃO

Descentralização exigindo LEITURA TERRITORIAL:


conjunto de relações/ condições e acessos.

Milton Santos: cidade com significado vivo a partir dos


“atores que dele se utilizam”.
TERRITORIALIZAR:

Partir de recortes territoriais que identifiquem CONJUNTOS


POPULACIONAIS em situações similares

Identificar problemas concretos/potencialidades/soluções

Intervir através da Política de Assistência Social de forma articulada


com outras políticas públicas com o objetivo de alcançar
resultados integrados e promover impacto positivo nas condições
de vida

ALDAIZA SPOSATI
“atender a necessidade e não o necessitado”
CONTROLE SOCIAL

Concepção advinda da Constituição de 1988 enquanto


instrumento da efetivação da PARTICIPAÇÃO POPULAR
NO PROCESSO DE GESTÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA- FINACEIRA E TÉCNICO-
OPERATIVA, com caráter democrático e descentralizado.
CONTROLE SOBRE O ESTADO E EXERCIDO
PELA SOCIEDADE NA GARANTIA DOS
DIREITOS E DOS PRINCÍPIOS
DEMOCRÁTICOS

SUAS =
Espaços privilegiados de CONTROLE SOCIAL =
CONSELHOS/CONFERÊNCIAS
QUAIS OS DESAFIOS?
1. Efetivar uma gestão pública pautada em
princípios éticos e técnicos.
2. Garantir a Intersetorialidade;
• Disseminação da concepção de direitos a todos os
cidadãos;
• Financiamento;
• Descentralização de serviços.
3. Necessidade de diagnósticos para embasar o co-
financiamento da Assistência Social (quanto custa a
materialização da política?);
QUAIS OS DESAFIOS?

4. Necessidade de construção de um sistema de


informação, monitoramento e avaliação;

5. Implantação de uma política de Recursos Humanos


em um contexto no qual o Estado foi reformado na
perspectiva do encolhimento de sua
responsabilização social;
6. Garantir a “desprecarização” dos vínculos dos
trabalhadores do SUAS e o fim da Terceirização;
7. Garantir condições dignas de trabalho.
8. Garantir a gestão participativa e controle social.
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

v O CENÁRIO BRASILEIRO É DE RETROCESSO!

v Vivenciamos uma RESTAURAÇÃO CONSERVADORA, não apenas


contra os avanços da última década, mas contra a própria possibilidade de
novos avanços!

v Destituição de direitos e conquistas (PEC 241, congelamento-EC95), (lei


da terceirização 13.429), (lei da reforma trabalhista 6.787/16), (PEC
287/16 reforma previdenciária).

v Desmonte de Políticas Sociais, garantidoras de Direitos Sociais: a


exemplo de programas e projetos focalizados, sem continuidade como o
Programa Criança Feliz;

v Esse desmonte do SUAS significa um retrocesso da proteção social às


famílias pobres brasileiras. Para além do PERIGO do rebaixamento da
ASSISTÊNCIA SOCIAL COMO POLÍTICA PÚBLICA DE ESTADO
PARA REFLETIR

v Como garantir direitos e o fortalecimento do SUAS na


atual conjuntura de desconstrução/desmonte de direitos
e retrocessos da Política de Assistência Social?

v Quais são as possibilidades e limites de consolidação


do SUAS, no Brasil contemporâneo, considerando o
cenário de AJUSTES?

v Até que ponto é possível pensar a Assistência Social


com este horizonte de política emancipatória de alcance
transformador?
PARA REFLETIR

v O Momento presente exige que lutemos por melhores condições de


trabalho, mas considerando esse contexto de desmonte, retrocessos e de
incertezas, ou seja, ARTICULANDO-SE A MOVIMENTOS QUE EMERGEM
EM TODO O PAÍS, EM DEFESA DO SUAS E DA SEGURIDADE SOCIAL!

v É preciso avançar na LUTA PELA DEMOCRACIA, PELA SEGURIDADE


SOCIAL, PELA LOAS, PELO SUAS.... Como materializá-lo sem o
compromisso das instituições de controle social que hoje estão aliados a um
projeto societário que só tem compromisso com o capital.

v É importante destacar que este desmonte de direitos e conquistas NÃO


PODE APAGAR O ACÚMULO POLÍTICO-CULTURAL QUE CONSTRUÍMOS
E, É ESTE ACUMULO POLÍTICO-CULTURAL QUE REVIGORA ENERGIAS
E CONFERE FORÇA E VITALIDADE A ESTE “MOVIMENTO ÉTICO –
POLÍTICO-SOCIAL PELO SUAS”
Um pouco de história para entender o
momento atual
1º momento:

§ Assistência aos pobres que surgem com o processo de


industrialização: assistencialista, caritativa;
§ Assistência esmolada e disciplinada: Estado mantinha relação
com grupos privados e religiosos na assistência aos pobres
através de isenção fiscais clientelistas;

2º momento :

§ Quando as lutas sociais conduzidas pela classe de


trabalhadores pobres começa a pressionar o Estado a
questão social passa a ocupar a agenda pública = força a
ampliação da atuação do Estado na área social.
Um pouco de história para entender o
momento atual
3º momento:
- Estado cria instituições que atuam tanto na proteção dos
trabalhadores formais quanto aos trabalhadores
informalizados ou desempregados = Exemplo: LBA

Mas ... LBA reproduz na esfera pública o modelo


assistencialista, clientelista privado = reforça laço de
dependência dos mais vulneráveis = primeiro damismo.

Assim ... tudo continuava igual: LBA se espalha pelo Brasil


estimulando o VOLUNTARIADO FEMININO e a
CARIDADE e BENEMERÊNCIA.
Um pouco de história para entender o
momento atual
Destaque: Ações fragmentadas e pontuais e as e
Entidades privadas determinavam (planejavam) como e
para quem se daria o atendimento.
O Brasil tem 517 anos de história, somente 29 anos de
reconhecimento da Assistência Social como política de
proteção social!
4º Momento: Constituição 1988 Assistência Social é
reconhecida como Política Pública integrante da
Seguridade Social
Aqui começam a se instalar rupturas importantes onde o
planejamento torna-se processo imprescindível num
modelo de gestão descentralizado e participativo!!!!
Avanços técnicos e normativos, assegurando a
institucionalidade da política de assistência
social:
1 ANO
1 ANO
1 ANO
1 ANO
4 ANOS 2012 2013
2011 PNEP
1 ANO 2010 LEI SUAS NOB SUAS
2009 CENSO SUAS 2011 BSM
2005
11 ANOS TIPIFICAÇÃO
2004 NOB
5 ANOS PNAS SUAS
1993
1988 LOAS
CF
O que há de novo?
- Vimos que a assistência social se consolidou enquanto modelo de

política orientada pela improvisação e pela vontade política de


interesses do grupo dominante;

Porém,

•Na atual Política Nacional de Assistência Social, organizada em


Sistema Único, reforçam-se os modelos e sistemas de gestão
democrático e participativo, o efetivo controle social, qualifica
enquanto “providências urgentes” a formulação e a
implementação de sistemas de planejamento, monitoramento
e avaliação.
ATIVIDADE 1

REFLEXÃO EM GRUPO SOBRE


MATERIAL EXPOSTO – DE
PREFERENCIA GRUPOS
REPRESENTADOS POR
MUNICIPIOS DIFERENTES

46/49
ATIVIDADE 2

CONSTRUINDO O PAINEL SUAS

O SUAS QUE TEMOS E O SUAS QUE QUEREMOS.


- Sujeitos sociais;
- Materialização dos serviços ;
- Realidade contemporânea –
- Condições de trabalho, capacitação, Gestão e
controle social
Vídeo
Foco na Tarefa x Foco no Resultado
https://www.youtube.com/results?search_query=foco+na+tarefa+x+foco+no+resultado
Planejamento no ambiente institucional ou na
implementação de políticas públicas
q Submetido a um conjunto de normas e códigos exatamente
por tratar de questões que transcendem a decisão particular.

q Envolve um conjunto de atores com visões e


expectativas diversas e uma infinidade de fatores
políticos-institucionais.

q Planejamento assume características = ferramenta de


trabalho utilizada para tomar decisões e organizar ações =
promovem as transformações desejadas na realidade da
instituição ou da sociedade
Modelos de planejamento

Planejamento Tradicional: ator


importante: formulador,
indivíduo que detém
conhecimento técnico e
trabalha a serviço dos que têm planejamento estratégico
poder de decisão situacional: Este prevê a
participação de diferentes
agentes, considerando a
importância dos diferentes
conhecimentos, não só o técnico
DIMENSÕES DO
PLANEJAMENTO

TÉCNICA POLÍTICA
Dimensão Técnica

Ø Quando o planejamento é instrumento de


organização da ação – contrário de “fazer o
que é possível”;
Ø Quando sistematiza o conjunto das
informações com tratamento técnico e
científico dos dados ;
Ø Quando, a partir disso = subsidia a tomada
de decisões = acertadas.
Dimensão Política: Planejamento é um processo contínuo
de tomadas de decisões, inscritas nas relações de poder.
(BAPTISTA, 2000: 17)

Planejar é agir de um determinado modo para um determinado


fim. É o processo de construir a realidade com as
características que se deseja para a mesma.
PLANEJAMENTO

Guarda relação com poder Dependência com conhecimento

Poder = autonomia / divisão de poder / processos coletivos


Conhecer: da realidade, do objeto, das técnicas a serem
utilizadas.
vPlanejar é construir o futuro desejado e não se

deixar ser arrastado pelos acontecimentos


(MATUS, 1985) = oposto de improviso.

vCompromissos históricos da Política de


Assistência Social = Rompimento com práticas
espontâneas baseadas na caridade, clientelismo,
assistencialismo para construção de um sistema
público de proteção social (tripé da seguridade
social) e enfrentamento as situações de
vulnerabilidade e exclusão social.
• A Função do Planejamento é tornar a ação: Clara –
precisa – eficiente e eficaz – direcionada –
transformadora. (GANDIN, 2001).

• O planejamento governamental é a atividade que, a


partir de diagnósticos e estudos, orienta as escolhas de
políticas públicas, conforme define a Lei nº 12.593 de 18

de janeiro de 2012.
Por isso, a elaboração do planejamento é uma atividade
fundamental para os governos!!

Plano é o
Planejamento
produto
é forma

Portanto,

Os modelos de planejamento são metodologias para


a elaboração dos planos
PLANO :

✘ Nele, estão definidos os objetivos, como serão


atingidos e como serão avaliados os impactos
das ações.

✘ Consiste em um documento orientador das


ações dos governos e também em uma forma
de publicizar suas intenções = É a ferramenta
que “PODE” promover a transparência
Um problema adquire relevância
política = prioridade dos gestores
DEFINIÇÃO DA públicos.
AGENDA
Quando entra na agenda vai
impactar as alternativas e as
soluções que a ele serão
apresentadas.
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
E O CICLO DE GESTÃO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS

PLANEJAMENTO: Mecanismo pelo qual o Estado


viabiliza o acesso aos bens e serviços considerados
direitos sociais aos seus cidadãos = através das
POLÍTICAS PÚBLICAS

Portanto, o planejamento incide em todas as etapas


da gestão de uma política pública desde a definição
de sua agenda e prioridades, até a avaliação de sua
execução.
ÃO
DEFINIÇÃO

ST
DA AGENDA
GE
FORMULAÇÃO
DE

DAS
AVALIAÇÃO
ALTERNATIVAS
LO
CIC

IMPLEMENTAÇÃO TOMADA
DE
DECISÃO
Definição das possibilidades para
tratamento do problema priorizado,
conforme os objetivos a serem
alcançados e os meios
FORMULAÇÃO disponíveis para a solução do
DAS problema identificado.
ALTERNATIVAS
Envolve: avaliação preliminar sobre
os custos e benefícios e das chances
do projeto se impor na arena
política.
Etapa em que se adota uma ou um
conjunto de alternativas possíveis,
ponderando expectativas de
resultados e custos para sua
TOMADA DE obtenção, segundo os meios a serem
DECISÃO empregados.
Normalmente precedem ao ato de
decisão processos de conflito e
de acordo envolvendo os atores
mais influentes na política e na
administração.
Conexão entre a intenção
do planejamento e o
resultado alcançado.
Nesta etapa se põe à prova a
qualidade da decisão tomada e
IMPLEMENTAÇÃO sua adequação ao mundo do
possível.
Nesse momento surgem os
obstáculos, previstos ou não,
planejado, exigindo desenvoltura e
liderança dos gestores para superá-
los.
Verificação do que foi e não
alcançado em relação aos
AVALIAÇÃO resultados esperados, assim
DOS como os efeitos colaterais
RESULTADOS
indesejados = ajuda na definição
das ações necessárias daí em
diante: suspensão da política,
modificação ou manutenção.
DEFINIÇÃO
DA AGENDA
ÍV S
SS IO
EIS
FORMULAÇÃO
PO ÁR

DAS
AVALIAÇÃO
ALTERNATIVAS
N
CE

IMPLEMENTAÇÃO TOMADA
DE
DECISÃO
É POSSÍVEL??
CENÁRIO 1 CENÁRIO 2

DEFINIÇÃO
DA
AGENDA DEFINIÇÃO
DA AGENDA

FORMULAÇÃO
IMPLEMENTAÇÃO DAS
ALTERNATIVAS

IMPLEMENTAÇÃO TOMADA
TOMADA DE DE DECISÃO
DECISÃO
ATENTAR PARA O ATUAL MOMENTO DE
DESMONTE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS:

DESAFIOS RELEVANTES - PROCESSO DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL


1. Agenda política atual:
ANTES: crescimento econômico com desenvolvimento social
HOJE: . “Pauta Bomba” = Equilíbrio contas públicas!!!! Superação da crise.
2. Alternativas do governo: Auditar dívida púbica*
Taxar grandes fortunas**
Taxar a exploração dos recursos naturais por
parte das empresas estrangeiras
ou
Congelar os gastos em políticas públicas
(primários) ***
Precarizar as relações de trabalho **** Lista
Mudar regras da concessão de benefícios
60

50

40

**Distribuição 30 1%
99%
riqueza no 20
planeta
10

0
2011 2013 2015 2017

http://www.redebrasilatual.com.br/economia/2016/01/em-2017-grupo-com-1-dos-mais-ricos-do-
%20mundo-vai-superar-os-99-mais-pobres-3617.html
q 10% da população concentram 43,4% de
toda a renda recebida no Brasil.

q 56,6% da massa de rendimento mensal real


domiciliar do pais está distribuída entre os
Distribuição 90% restante da população brasileira.
riqueza no
Brasil Os números, que mostram a desigualdade e a
concentração de renda no país, integram o
módulo Rendimento de todas as fontes da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
(PNAD- IBGE - 2017) .
• GOLPE (Estado capitalista burguês)
vEmenda Constitucional 95\2016– Congela investimentos
em políticas públicas/Assistência Social e institui um novo regime fiscal;
https://www.youtube.com/watch?v=MyNsghBhd3U https://www.youtube.com/watch?v=K6qkazh7JFQ

A EC, por exemplo, anula a validade dos artigos constitucionais que


garantem a aplicação de mínimos percentuais da receita em saúde e
educação.
vPEC 287 – Reforma da Previdência – E.C.103/2019
- (BPC) ao idoso e pessoa com deficiência:
“Em relação ao benefício de que trata o inciso V, a lei disporá ainda
sobre:
§ o valor e os requisitos de concessão e manutenção;
§ a definição do grupo familiar;
§ o grau de deficiência para fins de definição do acesso ao
benefício e do seu valor.
• GOLPE (Estado capitalista burguês)
vPEC 287 – Reforma da Previdência
§ exigirá um ano a mais, na idade, a cada dois anos,
contados da data promulgação da EC, até atingir o
limite de 70 anos, ao final de dez anos, após esta data.

Com a aprovação da reforma da previdência em 2019, a


partir de 2020, serão exigidos 66 anos a partir de 2021, 67;
até chegar a 70 anos, em 2029.
“As mudanças da Previdência e da assistência social visam
a reduzir alguns de seus benefícios ao mínimo possível,
suprimir outros e aumentar drasticamente as exigências
para alcança-los” (José Geraldo de Santana Oliveira*).
A Nova Previdência entrou em vigor na data de publicação da emenda
constitucional nº 103 no Diário Oficial da União, em 13 de novembro
de 2019. As novas regras valem para segurados do Regime Geral
de Previdência Social (RGPS) e do Regime Próprio
de Previdência Social (RPPS) da União.
No Regime Geral de Previdência Social (RGPS), para trabalhadores da
iniciativa privada e de municípios sem sistema previdenciário próprio,
entre outros, a regra geral de aposentadoria passa a exigir, das
mulheres, pelo menos 62 anos de idade e 15 anos de contribuição. No
caso dos homens, 65 anos de idade e 20 anos de contribuição. O tempo
de contribuição mínimo permanecerá em 15 anos somente para os
homens que estiverem filiados ao RGPS antes de a emenda
constitucional entrar em vigor.
Já para os servidores públicos federais, que contribuem para o Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) da União, a nova regra geral exigirá 62 anos de idade para
mulheres e 65 para os homens, com pelo menos 25 anos de contribuição, 10 anos
de serviço público e 5 anos no cargo em que se dará a aposentadoria.
A Nova Previdência prevê regras diferentes para algumas categorias
profissionais. Para os professores, por exemplo, são 25 anos de contribuição
e idade mínima de 57 anos, para as mulheres, e de 60 anos para os homens.
Essa regra somente se aplicará aos professores que comprovarem,
exclusivamente, tempo de efetivo exercício nas funções de magistério na
educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio.
Policiais, tanto homens quanto mulheres, poderão se aposentar aos 55 anos
de idade, desde que tenham 30 anos contribuição e 25 anos de efetivo
exercício da função. Essa regra se aplicará aos cargos de agente
penitenciário, agente socioeducativo, policial legislativo, policial federal,
policial rodoviário federal, policial ferroviário federal e policial civil do Distrito
Federal.
Para a aposentadoria de trabalhadores e trabalhadoras rurais, estão
mantidos o tempo de contribuição de 15 anos e as idades mínimas de
aposentadoria de 55 anos para as mulheres e de 60 anos para os homens.
GOLPE (Estado capitalista burguês)

vPEC 287 – Reforma da Previdência:

§ A PEC 287 é um passo a mais na corrosão da confiança no


sistema da Previdência pública e, portanto, coloca em
risco a Previdência Social e toda a estrutura de proteção
social construída a partir da Constituição de 1988. (Dieese,
Fátima Guerra)

§ “Desconstrução do Estado de bem-estar social”

Texto de Apoio: O novo regime fiscal e suas implicações


para a política de assistência social no Brasil - IPEA
• GOLPE (Estado capitalista burguês)

v Decreto 8.949/2016: Aprova a Estrutura Regimental e o


Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Funções de Confiança do Ministério do Desenvolvimento
Social e Agrário = 16 para 09 funcionários CNAS
v MP 746 – Reforma do Ensino Médio
§ Amplia progressivamente a carga horária anual de 800 h para
1.400 h.(Altera o artigo 24/LDB)
§ Retira a obrigatoriedade da oferta de Educação Física e Artes
do EM (Altera o artigo 26/LDB)
§ Define a língua inglesa como a única obrigatória no Ensino
Médio (Altera o artigo 26/LDB)
§ Retira a obrigatoriedade do ensino de filosofia e sociologia no
EM. (Altera o artigo 36/LDB)
v Trabalho Intermitente (PL 3785/2012 )
ATENTAR PARA O ATUAL MOMENTO DE

DESMONTE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS:


DESAFIOS RELEVANTES AO PROCESSO DE
PLANEJAMENTO
3. Tomada de decisão:
Atual, onde as decisões estão sendo tomadas de forma
AUTORITÁRIA, CENTRALIZADAS NO LEGISLATIVO, SEM
DISCUSSÃO E PARTICIPAÇÃO POPULAR...PEC e DECRETOS
Mas,

Não sem a resistência dos trabalhadores, estudantes, sindicatos, Fórum


dos Trabalhadores do SUAS (Nacional, Estaduais), Conselhos!!!

A quem interessa qual decisão? E nós? Como nos


colocamos????
ATENTAR PARA O ATUAL MOMENTO DE
DESMONTE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS:

DESAFIOS RELEVANTES AO PROCESSO DE


PLANEJAMENTO
4. Implementação:
Mudança legais, constitucionais terão impacto sobre a forma de
organização, cofinanciamento, especificidades advindas da ruralidade,
do mundo urbano; às especificidades regionais; características de
grupos populacionais, dentre outros.
Conceito de família: Legislação que irá definir para concessão de benefícios
Grau de deficiência como critério para determinar o valor do benefício
Menos recursos, menos oferta.
ATENTAR PARA O ATUAL MOMENTO DE
DESMONTE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS:

DESAFIOS RELEVANTES AO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

5. Avaliação:
Processo histórico que está em construção onde o embate atual
entre o que está sendo planejado e executado por um governo
determinado a reduzir e congelar gastos, concentrar riqueza
na mãos do grande empresariado e banqueiros e o projeto
político planejado para atender a demanda da classe
trabalhadora, definirão os rumos do país e os resultados a
serem alcançados.
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
ORÇAMENTÁRIO: PPA, LDO E LOA

O orçamento público, em sentido amplo, é um


documento legal, aprovado por lei, contendo a previsão
de receitas (federais, estaduais e municipais) e a
estimativa de despesas a serem realizadas por um
Governo em um determinado exercício

Elaborado = Iniciativa privativa do Poder Executivo


(art.165 da CF/88)
Discutido, aprovado para ser convertido em lei = Poder
Legislativo

CNAS: Acompanha e fiscaliza esse ciclo.


O ORÇAMENTO PÚBLICO

• Instrumento estratégico de planejamento das ações do


Estado que, ao definir os campos de investimento e
custeio* priorizados torna-se fundamental para a
implementação das políticas públicas.

• É um instrumento utilizado para gerenciar e controlar a


aplicação dos recursos públicos e monitorar os gastos
realizados pelo governo
O orçamento público: É o compromisso do governante
com a sociedade para a execução de políticas públicas.
Por meio dele, todos os cidadãos podem visualizar
onde, quando, como e por quanto será realizada uma
obra ou fornecido um serviço.

Exemplo:
Para que um Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS) seja construído, os técnicos remunerados e a
limpeza realizada, é preciso que haja antes a previsão
detalhada do que será feito e de quanto será gasto. Esta
previsão é expressa no texto do orçamento público.
I - Solicitar dos cursistas exemplos de
planos em vigor

II – Discutir sobre o Plano de


Exemplo Contingência - (A área da A.S. foi
Orçamento em considerada essencial na Pandemia).
Planos
III - Apresentar o Plano Decenal da
Politica de Assistência Social
Constituição Federal de 1988: Instrumentos
do Planejamento Orçamentário

Ø Plano Plurianual - PPA


Ø Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO
Ø Lei Orçamentária Anual – LOA
Plano Plurianual - PPA

vDeve conter as diretrizes, objetivos e metas da


administração pública.
v Como instrumento de planejamento estratégico é
formado por todos os programas e projetos que o
governo pretender realizar no período de quatro
anos.
vA consequência disso é que a construção do
PPA depende dos planos das políticas públicas
setoriais.
Plano Plurianual - PPA

Em sua essência, o PPA é um dos principais instrumentos de


planejamento: define por um período de quatro anos os
programas, projetos e ações do Poder Executivo.
MANDATO A MANDATO B

1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º
ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO

Vigência do PPA
Elaborado: 1º ano de mandato
Vigora: Início do 2º ano até o final do 1º ano do mandato seguinte.
ATENÇÃO:

q No tocante à Política de Assistência Social, é


importante que a proposta do PPA contemple
as reais necessidades do Município.
q MDS disponibiliza diversas ferramentas
informacionais que apoiam tanto a construção de
diagnósticos quanto a elaboração do PPA
Municipal.
q link = Relatório Subsídios para Elaboração do
PPA Municipal
http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php
LDO: Lei de Diretrizes Orçamentárias

Define as metas e prioridades do PPA para o próximo


exercício administrativo, estabelecendo as diretrizes
para a elaboração e execução da Lei Orçamentária
Anual (LOA).

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é uma lei


anual e estabelece a conexão entre o PPA e a LOA.
A LOA : Lei Orçamentária Anual

Define os recursos necessários para as ações da LDO.

A lei deve conter de forma detalhada:


§ Ações que serão implementadas e executadas
pelo poder público no período de um ano
§ Todas as receitas e todas as despesas relativas ao
orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social
e o orçamento de investimentos, para um ano de
exercício.
LOA

q É uma lei ordinária, cuja validade abrange somente


o exercício fiscal a que se refere.

q Tem como um dos objetivos centrais o cumprimento


ano a ano das etapas do PPA em consonância com a
LDO.

q É o orçamento propriamente dito. (Caderno de


Gestão Financeira e Orçamentária do SUAS, do
MDS, 2013b).
PORTANTO,

PPA Diretrizes, objetivos e


metas serviços e
benefícios para 04 anos

LDO Metas e prioridades entre


programas dispostos
PPA

LOA Definição dos recursos


CICLO ORÇAMENTÁRIO

PPA: diretrizes, objetivos e metas,


Programas, ações e atividades.
Validade de 04 anos

LDO: Metas, prioridades,


parâmetros de arrecadação e gasto.
Validade de 01 ano

LOA: Recursos necessários para


executar o PPA e LDO. Valores,
categorias de despesa, fontes de
financiamento. Validade de 01 ano
ARTICULAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE
PLANEJAMENTO COM A POLÍTICA DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL

§ Para que as ações de Assistência Social sejam


implementadas precisam, necessariamente (PNAS,
NOB/SUAS 2012), estar contempladas nas peças
orçamentárias: PPA, LDO e LOA.
§ Contemplando: apresentação dos programas e das
ações, em coerência com os Planos de Assistência
Social (PAS)= conhecer SUAS

Atenção: O PAS é o documento estratégico para a


construção do PPA da União, Estados e Municípios
ü Importante: A PNAS fornece a diretriz e a plataforma
conceitual para a elaboração dos Planos de Assistência
Social = Deve haver uma integração entre as políticas
setoriais e a política de assistência social

POLÍTICAS
SETORIAIS

PNAS 2004
PLANO
DECENAL PLANO
2005 / DECENAL
2016 /
2015
2026
O Plano Decenal de Assistência Social: Vai se refletir no
Pacto de Aprimoramento do SUAS.
O Plano Municipal de Assistência Social, por sua vez,
deve contemplar as prioridades e metas previstas no
Pacto de Aprimoramento do SUAS da gestão municipal
Plano
Decenal
Pacto de
Aprimoramento
do SUAS

Plano
Municipal de
Assistência
MAS AFINAL, O QUE É O PLANO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL?
Para cumprir definições e os
objetivos da LOAS:

POR QUE O PLANO É Art. 1º - “A assistência social,


NECESSÁRIO? direito do cidadão e dever do
Estado, é Política de
Seguridade Social não
Instrumento de planejamento contributiva, que provê os
estratégico que organiza e orienta a mínimos sociais, realizada
execução da Política Nacional de através de um conjunto
Assistência Social na perspectiva do integrado de ações de iniciativa
Sistema Único de Assistência Social – pública e da sociedade, para
SUAS garantir o atendimento às
necessidades básicas” (BRASIL,
1993).
NOB ( Norma Operacional Básica):
Governo é responsável por organizar e
coordenar o SUAS em seu território

Plano de Assistência
Social é a ferramenta para
É instrumento de gestão dar diretrizes, priorizar,
é um mecanismo de organizar e
transparência, além de operacionalizar a Política
condição para os de Assistência Social
repasses financeiros
dos recursos = CPF
No próximo módulo, iremos conhecer a Estrutura
básica do PAS (cf. Cap. III da NOB/SUAS, de 2012).

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