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A VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL COMO

ESTRATÉGIA DE PLANEJAMENTO DO
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
 ANTONIA MILENA ELMIRO FURTADO CID
 01/11/2022
 SEM COMENTÁRIOS
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CONTEÚDO
 RESUMO
 1. INTRODUÇÃO
 2. DESENVOLVIMENTO
 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 REFERÊNCIAS
 APÊNDICE – REFERÊNCIA NOTA DE RODAPÉ
 Antonia Milena Elmiro Furtado Cid
ARTIGO ORIGINAL

CID, Antonia Milena Elmiro Furtado [1], SILVA, Amanda Franco da [2],


COLAÇO, Ana Laíse Tavares [3], MORAIS, Emanuela Maria Patrício de
Almeida [4], SANTOS, Maria do Socorro Martins dos [5], ALMEIDA, Nélida
Martins de [6]

CID, Antonia Milena Elmiro Furtado. Et al. A vigilância socioassistencial


como estratégia de planejamento do sistema único de assistência
social. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano.
07, Ed. 10, Vol. 09, pp. 125-141. Outubro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link
de
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/ciencias-sociais/vigilan
cia-socioassistencial

RESUMO
A Vigilância Socioassistencial compõe os objetivos da Lei Orgânica da
Assistência Social, juntamente com a proteção social e a defesa de
direitos, e nessa perspectiva é fundamental compreender como esses
objetivos se configuram e quais as suas implicações na vida dos indivíduos
que necessitam da assistência social, tendo em vista que a mesma é
direito do cidadão e dever do estado. Desse modo, visa-se responder:
quais são as possibilidades de utilização da Vigilância Socioassistencial
para subsidiar a tomada de decisão no Sistema Único de Assistência
Social? Tendo como objetivo analisar o uso da Vigilância Socioassistencial
como ferramenta para a deliberação acerca das ações da Assistência
Social. O presente estudo foi realizado através de uma revisão
bibliográfica e análise documental, tendo uma abordagem qualitativa. O
referencial teórico teve como base as análises de Behring (2016),
Boschetti (2009), Bertollo (2016), entre outras. Esta pesquisa proporcionou
uma reflexão sobre o setor da Vigilância Socioassistencial e a amplitude
da política de assistência social, além de identificar a importância desta
para os usuários.

Palavras-chave: Planejamento, Vigilância Socioassistencial, Assistência


Social.

1. INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1988 representa um marco histórico para a
população brasileira, pois através de sua natureza política, na qual rompia
com um regime militar foi possível dar lugar a um regime democrático de
direitos, assegurando em seu artigo 194 essencialmente que a seguridade
social deve ser compreendida como um conjunto integrado de ações,
envolvendo os Poderes Públicos e a sociedade, voltadas à garantia dos
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. De acordo
com Carvalho (2011):

Ao lado da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a crença em


que o caminho para efetivá-los é a mobilização pública do sentimento de
justiça […]. Em outras palavras, considera-se cada vez mais importante
que os direitos estejam fortemente conectados com a plena autonomia
política dos indivíduos, a fim de que não sejam vividos como “favores”
concedidos por governantes, filantropos, patronos ou equivalentes
(CARVALHO, 2011, p. 105).

Diante dessa perspectiva em que Carvalho (2011) destaca a garantia de


direitos, a assistência social passou a ganhar visibilidade, tornando-se
reconhecida em âmbito nacional, mesmo que lentamente, comparada aos
aspectos referentes à saúde e/ou previdência. No decorrer dessa trajetória
houve outro grande marco, impulsionado pela promulgação da
Constituição Federal vigente, sendo ele a Lei nº 8.742/93 – Lei Orgânica
da Assistência Social (LOAS), que versa sobre a organização da
assistência social, contribuindo para sua regulamentação e definindo em
seu artigo 1º que a assistência social se enquadra como direito do cidadão
e dever do Estado, sendo uma Política de Seguridade Social
completamente não contributiva, garantindo por tanto os mínimos sociais
(BRASIL, 1993).
Nessa perspectiva, um novo olhar foi lançado sobre a assistência social,
visando garantir os direitos sociais dos indivíduos e contribuindo para a
sua consolidação no Brasil, diferenciando-a taxativamente da previdência
social, que está compreendida no mesmo artigo da CF/88 (BRASIL, 2008).

No transcorrer dos anos a LOAS foi ganhando notoriedade na sociedade


brasileira, contribuindo para a formulação e implantação da Política
Nacional de Assistência Social (PNAS) no ano de 2004, além da criação
do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), marcando a
transformação nos índices de extrema pobreza nos quais o Brasil estava
inserido (BRASIL, 2004).

A partir da implantação e implementação do SUAS, houve a necessidade


de criar estratégias que contribuíssem para o monitoramento dos
programas, projetos, serviços e benefícios ofertados pela PNAS nos
âmbitos Federal, Estadual e Municipal, diante disso ocorreu a formulação
de uma área que se apresenta como fundamental para a execução com
qualidade dos serviços, além de possibilitar o reconhecimento das
demandas sociais dos indivíduos e famílias em seus territórios, sendo
esta, a vigilância socioassistencial ou vigilância social, estando entre uma
das funções da política de assistência social, juntamente com a proteção
social e a defesa de direitos. A Norma Operacional Básica do SUAS
(NOB/SUAS) ressalta que:

Art. 87. A Vigilância Socioassistencial é caracterizada como uma das


funções da política de assistência social e deve ser realizada por
intermédio da produção, sistematização, análise e disseminação de
informações territorializadas, e trata:

 Das situações de vulnerabilidade e risco que incidem


sobre famílias e indivíduos e dos eventos de violação de
direitos em determinados territórios;
 Do tipo, volume e padrões de qualidade dos serviços
ofertados pela rede socioassistencial (BRASIL, 2012, p.
40).
Ou seja, a Vigilância Socioassistencial é fundamental para a elaboração de
ações a partir das demandas identificadas nos territórios. A partir da
análise e disseminação das informações territorializadas é possível buscar
estratégias para definir a implantação de equipamentos, projetos, serviços,
entre outros, que possam garantir a execução da Política de Assistência
Social de forma eficaz, assegurando ao usuário Proteção Social, evitando
assim a propagação de situações de vulnerabilidade e risco social.

Todavia, é possível observar que a Vigilância Socioassistencial ainda não


é compreendida como instrumento primordial para pensar a Política de
Assistência Social. De acordo com o Art. 88 da NOB SUAS:

Art. 88 (…) §1º As unidades que prestam serviços de Proteção Social


Básica ou Especial e Benefícios socioassistenciais são provedoras de
dados e utilizam as informações produzidas e processadas pela Vigilância
Socioassistencial sempre que estas são registradas e armazenadas de
forma adequada e subsidiam o processo de planejamento das ações
(BRASIL, 2012, p. 40).

É importante salientar que pensar o SUAS sem levar em consideração o


fortalecimento da Vigilância Socioassistencial e seus impactos futuros
pode guiar por um viés em que as tomadas de decisões são precipitadas
ou não fundamentadas nas reais demandas dos territórios, o ideal seria
garantir que o planejamento fosse baseado em informações técnicas
visando solucionar demandas apresentadas pelos territórios e seus
usuários.

É necessário fomentar o debate sobre essa questão, pois as políticas


públicas não devem ser programadas e implementadas sem que sejam
observadas as informações que dizem respeito ao público que deverá ser
beneficiado e suas principais necessidades/demandas.

Diante do exposto, é compreensível a necessidade de realizar um


planejamento eficiente e eficaz, tendo por base dados quantificados e
qualificados mediante indicadores sociais, visando contribuir para a
redução de vulnerabilidades sociais, através do desenvolvimento da
política pública de Assistência Social, além de atuar de forma integrada
com as políticas intersetoriais.

Cabe destacar que os indicadores sociais objetivam fomentar o


desenvolvimento de processos participativos e democráticos de avaliação,
planejamento e monitoramento dos programas, projetos, serviços e
benefícios da Assistência Social.

Nessa perspectiva, é de fundamental importância que questionamentos


sejam levantados sobre essa área que se apresenta nas normativas
vigentes como fundamental para o planejamento das ações da política
pública de assistência social, levando em consideração que é algo
relativamente novo, pois existe a pouco mais de uma década e baseia-se
na implementação do SUAS. Desse modo, visa-se responder: quais são as
possibilidades de utilização da Vigilância Socioassistencial para subsidiar a
tomada de decisão no Sistema Único de Assistência Social?

Esta pesquisa objetiva analisar o uso da Vigilância Socioassistencial como


ferramenta para a deliberação acerca das ações da Assistência Social. Foi
realizada através de uma revisão bibliográfica e análise documental, tendo
uma abordagem qualitativa. De acordo com Moraes (2017), a pesquisa
oportuniza a aquisição e transformação de conhecimentos sobre diversos
fatores da vida, contribuindo para a renovação de uma realidade em
constante movimento, possibilitando reflexões e problematizações sobre a
superação das situações analisadas.

Desse modo, no decorrer da pesquisa iremos nos debruçar sobre a


temática em questão, visando compreender o atual cenário através de
problematizações e análise crítica.

2. DESENVOLVIMENTO
Diante das desigualdades que assolam o nosso país, a Política de
Assistência Social deve ser fortalecida através da junção de diversas
ações e estratégias com base em um planejamento eficiente, visando
contribuir com outras políticas públicas para a redução, e até mesmo a
erradicação, das situações de vulnerabilidade e risco social, além da
violação de direitos, e a Vigilância Socioassistencial é uma ferramenta de
fundamental importância para esse processo.

Contudo, para compreender a função da Vigilância Socioassistencial e a


sua atuação faz-se necessário conhecer o trajeto que conduz até ela,
levando em consideração desde a formulação de uma política pública até
a implementação da política nacional de assistência social, tendo por base
as nuances que permeiam o contexto social e político brasileiro.

A Política Nacional de Assistência Social foi implantada em 2004, ou seja,


primeira década do século XXI, e vem estruturando-se no decorrer dos
anos. Diante deste fato é possível perceber que mesmo a Assistência
Social estando no rol taxativo da Constituição Federal de 1988, esse não
foi o fator determinante para uma implementação rápida como foi o caso
do Sistema Único de Saúde (SUS) que foi regulamentado em 1990, dois
anos após a promulgação da CF/88 (BRASIL, 1988).

Levando em consideração os estudos de Behring (2016, p. 17), o ponto de


partida para a implementação da Assistência Social foi a natureza
controversa da própria política social e “dos direitos como categoria, como
modos de ser do ser social, síntese de determinações políticas,
econômicas e culturais e produto histórico da luta de classes no
capitalismo”. Isto é, as políticas sociais são permeadas pelas nuances
sociais e econômicas, tendo por base o cenário no qual serão
implementadas, bem como seu público-alvo. Vale salientar que elas são
contraditórias na medida em que atendem às demandas advindas da luta
dos trabalhadores, bem como aos interesses da burguesia.

Ainda de acordo com a autora supracitada, fica entendido a correlação na


estrutura social que vivemos do capitalismo tardio e as consequências que
este traz no espectro do desemprego estrutural, aumentando
proporcionalmente os programas sociais. À vista disso, Raichelis (2013, p.
611) reitera que “as políticas sociais representam a face de luta dos
movimentos sociais e a dimensão de conquista da classe trabalhadora
decorrente das pressões e mobilizações em busca de respostas às
necessidades sociais”. Ou seja, estão inseridas na dinamicidade do
cotidiano, expressando as principais demandas que a população vivencia
naquele momento, por isso são históricas e mutáveis, demandando
constante monitoramento, avaliação e aprimoramento.

As políticas sociais têm função primordial na conservação do Estado


democrático de direito, mas para tanto, Boschetti (2009, p. 3) argumenta
que, “como seu objetivo primeiro, devem ser entendidas e avaliadas como
um conjunto de programas, projetos e ações que devem universalizar
direitos”. E é nesse cenário que a Assistência Social está inserida,
permeada por crises cíclicas do capital e que impactam diretamente à vida
da população, ampliando as expressões da questão social que atingem
diretamente a classe-que-vive-do-trabalho, que de acordo com Antunes e
Alves (2004) é compreendida por uma categoria de sujeitos que
sobrevivem da troca de sua força de trabalho por salários, muitas vezes,
desproporcionais, sem acesso aos meios de produção.

Trataremos agora da Política de Assistência Social, levando em


consideração a sua tardia implementação na sociedade brasileira, ou seja,
a mesma possui menos de duas décadas, ainda é recente o seu processo
de implantação, ouso dizer que se encontra em fase de adaptação ao
contexto brasileiro, adequando-se às questões sociais e ligadas à
vulnerabilidade e risco social, todavia, a sua aprovação demonstra a ação
do Estado junto à sociedade civil com o objetivo de materializar o que a
Constituição Federal e a LOAS expressam, representando um marco para
a preservação da cidadania, isto é, a política de assistência social traz
para o cenário brasileiro uma nova percepção de garantia de direitos,
significando que esses direitos são para todos os cidadãos que dela
necessitam, isenta de contribuição prévia.

A PAS[7] teve grande ascensão em um cenário político que buscava


erradicar a extrema pobreza. De acordo com o relatório “Sobre a evolução
recente da pobreza e da desigualdade”, produzido pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2009, levando em consideração
as estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD, 2009), “entre 2001 e 2008 a extrema pobreza no Brasil
reduziu 8,7”. Número expressivamente significativo, tendo em vista a
realidade do país. Esse fato foi fruto das ações conjuntas entre setores
diversos do Estado. A Política de Assistência, nesse contexto, acontece de
maneira integrada as outras políticas, levando em consideração as
desigualdades socioterritoriais, “visando seu enfrentamento, à garantia dos
mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências
sociais e à universalização dos direitos sociais” (BRASIL, 2004, p. 33).

A abordagem conduzida pelo Estado a partir do início do Século XXI


contribuiu para assegurar ações que solidificaram a PAS, além de construir
o SUAS,

Cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, constitui-se na


regulação e organização em todo o território nacional das ações
socioassistenciais. Os serviços, programas, projetos e benefícios têm
como foco prioritário a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o
território como base de organização, que passam a ser definidos pelas
funções que desempenham, pelo número de pessoas que deles
necessitam e pela sua complexidade. Pressupõe, ainda, gestão
compartilhada, co-financiamento da política pelas três esferas de governo
e definição clara das competências técnico-políticas da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, com a participação e mobilização da
sociedade civil, e estes têm o papel efetivo na sua implantação e
implementação (BRASIL, 2004, p. 39).

Sob essa ótica, apresenta-se o SUAS como sistema capaz de fortalecer a


LOAS e a PAS, materializando seus conteúdos “para a realização dos
objetivos e resultados esperados que devem consagrar direitos de
cidadania e inclusão social” (BRASIL, 2004, p. 39).

Assim é possível compreender o papel fundamental da Assistência Social


no cenário brasileiro, tendo em vista a sua atuação de forma intersetorial e
integrativa, buscando contribuir com demais políticas públicas a partir do
seu viés taxativo que propõe o seu pertencimento à Seguridade Social, de
acordo com a CF/88 (BRASIL, 1988).

Faz-se necessário refletir sobre o fortalecimento dessa política e a sua


relevância no contexto brasileiro,

Tendo em vista que a política de Assistência Social sempre foi espaço


privilegiado para operar benefícios, serviços, programas e projetos de
enfrentamento à pobreza, considera-se a erradicação da fome
componente fundamental nesse propósito. A experiência acumulada da
área mostra que é preciso articular distribuição de renda com trabalho
social e projetos de geração de renda com as famílias (BRASIL, 2004, p.
59).

Isto é, sua atuação enquanto política pública, priorizando as demandas


sociais emitidas pela população em detrimento de interesses meramente
políticos, é fundamental para o fortalecimento da autonomia do usuário,
além de possibilitar a saída da situação de vulnerabilidade e risco social,
através das articulações entre distribuição de renda, trabalho social e
projetos de geração de renda com as famílias. Gestores e/ou governantes
não podem omitir-se nesse cenário, pois é necessário atuar em prol do
bem coletivo, fomentando ações que colaborem com a Política de
Proteção Social no Brasil.

De acordo com a Resolução nº 15 do Conselho Nacional de Assistência


Social (2014), tem-se assim uma maior participação popular, contando
com a contribuição dos sujeitos dos territórios com a finalidade de planejar
estratégias e tomar decisões quanto às políticas públicas brasileiras, como
exemplo disso, a nível municipal temos o Conselho Municipal de
Assistência Social (CMAS) que possui entre as suas principais atribuições
a de avaliar e monitorar a Política de Assistência Social. O aferimento das
políticas sociais públicas, segundo Boschetti (2009, p. 4), “deve ser
orientada pela intencionalidade de apontar em que medida as políticas e
programas sociais são capazes e estão conseguindo expandir direitos,
reduzir a desigualdade social e propiciar a equidade”.

Refletir sobre a Vigilância Socioassistencial significa pensar sobre


maneiras de compreender as demandas socioterritoriais da população
brasileira, através de uma perspectiva de coleta de dados, análise e
sistematização, visando à formulação e adequação das políticas públicas
de assistência social, ou seja, traduz-se no “desenvolvimento da
capacidade e de meios de gestão assumidos pelo órgão público gestor da
Assistência Social para conhecer a presença das formas de
vulnerabilidade social da população e do território pelo qual é responsável”
(BRASIL, 2005, p. 93).

De acordo com a NOB/SUAS (2012) em seu Artigo 89,

A Vigilância Socioassistencial deve analisar as informações relativas às


demandas quanto às:

I – incidências de riscos e vulnerabilidades e às necessidades de proteção


da população, no que concerne à assistência social; e
II – características e distribuição da oferta da rede socioassistencial
instalada vistas na perspectiva do território, considerando a integração
entre a demanda e a oferta (BRASIL, 2012).

A Vigilância Socioassistencial está intimamente vinculada à gestão da


informação, devendo cooperar com a tomada de decisão do gestor público
da assistência social através de uma análise técnica, comprometendo-se
com “a efetivação do caráter preventivo e proativo da política de
assistência social, assim como para a redução dos agravos, fortalecendo a
função de proteção social do SUAS” (BRASIL, 2012, p. 41).

De acordo com as Orientações Técnicas da Vigilância Socioassistencial,


os principais instrumentos e fontes de informações oficiais são:

– Cadastro Nacional do SUAS (CadSUAS);

– Censo SUAS;

– Registro Mensal de Atendimentos (RMA);

– Prontuário SUAS;

– CadÚnico e CECAD;

– IDV – Sistema de Identificação de Domicílios em Vulnerabilidade;

– Matriz de Informações Sociais e Relatórios de Informações Sociais (MI-


SAGI e RI-SAGI);

– SUASWEB – Informações do cofinanciamento federal (BRASIL, 2005, p.


32-37).

Os instrumentos mencionados acima atuam de forma conjunta, com o


objetivo de fornecer os subsídios necessários para a atuação da Vigilância
Socioassistencial no território brasileiro, todavia, eles nos trazem dados
brutos, isto é, apenas os dados coletados. Dessa forma, demonstra-se a
necessidade de profissionais qualificados para analisar e sistematizar os
dados, contribuindo assim, diretamente, com a gestão local da assistência
social. Cabe salientar que alguns desses instrumentos são executados em
todos os entes federados, porém não é uma regra geral, tendo em vista
que alguns se adequam à realidade do território e às demandas de
informações existentes. Ainda de acordo com as Orientações Técnicas da
Vigilância Socioassistencial,
A equipe da Vigilância deve ser multidisciplinar. Sugere-se que nos
estados, nas metrópoles e nos municípios de grande porte a equipe da
Vigilância Socioassistencial inclua profissionais das seguintes formações:

 Sociologia;
 Estatística;
 Serviço Social;
 Psicologia (BRASIL, 2005, p. 48).
Possuir uma equipe mínima completa e qualificada é fundamental para
impulsionar a boa execução da Vigilância Socioassistencial, além da
notória demonstração de interesse do gestor, seja ele federal, estadual ou
municipal, em utilizar essa área como base das decisões a serem tomadas
sobre ações, projetos, programas, serviços e benefícios da política de
assistência social local. Decisões baseadas em análises técnicas,
observando aspectos referentes à estrutura e à conjuntura atual.

De acordo com esse manual de orientações, algumas outras profissões


podem ser incorporadas à equipe, tendo como base a Resolução do
Conselho Nacional de Assistência Social nº 17/2011, tais como pedagogo
e terapeuta ocupacional, porém não se restringe a estes. A resolução
apresenta uma listagem com 11 formações possíveis. Nessa perspectiva,
“o ideal é que exista uma equipe específica e permanente, uma vez que a
Vigilância demanda um processo de construção de conhecimento, o que
não é possível quando a equipe é muito fluída” (BRASIL, 2011, p. 40).

No mais, como fica demonstrado no decorrer desta pesquisa, é


fundamental um olhar sensível do gestor, com o objetivo de estruturar a
Vigilância Socioassistencial e torná-la pública através das suas ações e
magnitudes possíveis, tendo em vista a sua característica prévia de
análise e sistematização de dados.

A Vulnerabilidade e o Risco Social apresentam-se como focos de atuação


da Vigilância Socioassistencial, como já citado anteriormente, “a vigilância
socioassistencial […] trata das situações de vulnerabilidade e risco que
incidem sobre famílias e indivíduos” (BRASIL, 2012, p. 40), e nessa
perspectiva é fundamental lançar o olhar sobre a compreensão do que
vem a ser a vulnerabilidade e o risco social,

Dentre os vários enfoques atribuídos ao termo vulnerabilidade social,


observa-se uma aceitável concordância, em volta de uma questão nodal: a
capacidade do termo em captar situações intermediárias de risco
localizadas entre situações extremas de inclusão e exclusão, dando um
sentido dinâmico para o estudo das desigualdades. Os estudos sobre
vulnerabilidade social, nos países menos desenvolvidos, estão associados
também à ideia de risco frente ao desemprego, à precariedade do
trabalho, à pobreza, à falta de proteção social ou acesso aos serviços
públicos, à fragilidade dos vínculos familiares e sociais
(CRONEMBERGER; TEIXEIRA, 2013, p. 18).

Assim, o conceito de vulnerabilidade e risco social apresenta-se mutável,


variando de acordo com a realidade no qual está inserido. Perante o
exposto, Cronemberger e Teixeira destacam ainda que,

O surgimento de termos, como exclusão, vulnerabilidade e risco social,


implica considerar aspectos objetivos, como restrição de renda, condições
de vida dos indivíduos; e aspectos subjetivos, como a desvalorização
social, a perda da identidade, falência de laços comunitários, sociais e
familiares, em que a tônica do problema é dada pelo empobrecimento das
relações sociais, econômicas, culturais e das redes de solidariedade
(CRONEMBERGER; TEIXEIRA, 2013, p. 19).

De acordo com dados do IPEA a partir do Índice de Vulnerabilidade Social


e o Atlas da Vulnerabilidade Social, “foram construídos 16 indicadores que
estão intimamente ligados à vulnerabilidade social”, sendo estes:

– Dimensão Infraestrutura urbana:

Coleta de lixo; Água e esgoto inadequados; Tempo de deslocamento casa-


trabalho.

– Dimensão Capital Humano:

Mortalidade infantil; Crianças de 0 a 5 anos fora da escola; Não estudam,


não trabalham e baixa renda; Crianças de 6 a 14 anos fora da escola;
Mães jovens (10 a 17 anos); Mães sem fundamental + filhos de até 15;
Analfabetismo; Crianças em domicílio em que ninguém tem o fundamental
completo.

– Dimensão renda e trabalho:

Renda menor ou igual a R$ 255; Baixa renda e dependente de idosos;


Desocupação; Trabalho infantil; Ocupação informal sem ensino
fundamental (IPEA, s.d.).
Diante dessas três dimensões é possível refletir sobre as principais
características vinculadas à vulnerabilidade social no Brasil, pois leva em
consideração aspectos variáveis e complementares, desde o tempo de
deslocamento casa-trabalho até situações de trabalho infantil,
demonstrando a importância de não segregar o olhar, pensar a
vulnerabilidade social em seu contexto amplo, diante das possibilidades e
variedades, compreendendo que o Brasil é um país diverso, envolvido em
uma desigualdade que reverbera desde a sua independência, porém, com
o advento do capitalismo essas questões fortaleceram-se, contribuindo
ainda mais para a segregação e fomento a desigualdade, no qual a
população sofre diariamente as consequências das ações capitalistas e
desiguais, desde condições salariais a acesso aos serviços, tais como
lazer e cultura.

Dessa maneira, a vulnerabilidade ocupa lugar central na Política de


Assistência Social, que pretende garantir a proteção social aos indivíduos
e famílias em seus territórios. E a vigilância socioassistencial representa a
possibilidade de atender as demandas desses sujeitos que se encontram
envoltos na vulnerabilidade social, proporcionando a chance de modificar
esse cenário e cooperar para a redução dos IVS.

Ademais, gostaríamos de propor uma reflexão sobre direitos sociais e


cidadania, tencionando para uma compreensão da completude que ambos
os conceitos representam ao pensar a PAS, levando em consideração o
Artigo 5º da Constituição Federal vigente que versa sobre os direitos e
deveres individuais e coletivos. Dessa forma, “diz-se, afinal, que a Carta de
1988 é cidadã exatamente porque, dentre outros dispositivos, adotou uma
concepção de direitos e um controle de constitucionalidade de grande
valor para a promoção da cidadania” (CARVALHO, 2011, p. 108).

Desta forma, desde 1988 vêm concebendo-se como eixos estruturantes


das políticas públicas brasileiras os direitos sociais e a cidadania, por
entender que ambos são indissociáveis e inalienáveis, isto é, atuam de
forma conjunta e representam direitos de cada indivíduo, que não podem
ser cedidos e/ou vendidos a outro. Sob essa ótica, Faleiros evidencia que,

Considerando que a cidadania tem como pressuposto a participação e a


garantia e a efetividade de direitos, isso implica a real prestação de
serviços pelo poder público e existência de condições (ou meios) de vida,
com desenvolvimento pessoal na diversidade explícita de culturas, gênero,
raça, etnia e opções religiosas, sexuais, e de modos de existência. A
negação da cidadania, por sua vez, pressupõe o impedimento e ausência
desses direitos e dessas condições (FALEIROS, 2006, p. 6).
Assim, mais uma vez o Estado ganha papel fundamental, pois no Brasil é
o principal responsável por garantir a efetivação da cidadania e dos
direitos sociais, todavia é necessário refletir sobre a atuação que o mesmo
vem desenvolvendo de acordo com o contexto político atual e o jogo de
interesses que diversas vezes embasa as decisões estatais.

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (UNICEF,


1948), em seu Artigo 1º: “todos os seres humanos nascem livres e iguais
em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir
em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. É possível
identificar uma articulação em âmbito nacional e internacional para
assegurar os direitos aos indivíduos, perpassando desde a Constituição
Federal até a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Além disso,
existem instrumentos e órgãos que atuam de forma internacionalizada, tais
como tratados, acordos e convenções, instituindo parâmetros para as
atuações nacionais, disseminando-se pelos estados e municípios, visando
assegurar e efetivar os direitos dos indivíduos.

E nesse ínterim o Assistente Social apresenta-se como profissional


fundamental para refletir e analisar as políticas públicas e as novas
expressões da questão social que são evidenciadas no cenário atual. Ao
pensar a Vigilância Socioassistencial de forma imediata é feita uma
correlação entre planejamento e execução, pois esta é quem é
responsável por fornecer informações a partir da análise e sistematização
de forma técnica dos dados coletados através dos instrumentos oficiais ou
não, contribuindo para o planejamento da PAS e a sua execução posterior,
além de cooperar com a qualidade dos serviços ofertados pela rede
socioassistencial, abrangendo também a rede privada que faz parte desse
cenário, tais como, organizações não governamentais, acolhimentos
institucionais, entre outros.

De acordo com Carlos Matus (2012), em entrevista sobre planejamento,

Planejar significa pensar antes de agir, pensar sistematicamente, com


método; explicar cada uma das possibilidades e analisar suas respectivas
vantagens e desvantagens; propor-se objetivos. É projetar-se para o
futuro, porque as ações de hoje terão sido eficazes, ou ineficazes,
dependendo do que pode acontecer amanhã. O planejamento é a
ferramenta para pensar e criar o futuro porque contribui com o modo de
ver que ultrapassa as curvas do caminho e chega à fronteira da terra
virgem ainda não-palmilhada e conquistada pelo homem. Essa visão
ampla serve como suporte das decisões de cada dia: os pés no presente e
o olhar no futuro. É, portanto, uma ferramenta vital. Ou sabemos planejar
ou estamos condenados à improvisação (MATUS, 2012, p. 1).
Matus (2012) é um estudioso das ações de planejamento, por isso sua
contribuição é tão significativa para pensar essa estratégia, tendo em vista
que o autor destaca que é necessário planejar para projetar o futuro, isto é,
no caso da assistência social, reduzir os índices de vulnerabilidade social,
corroborando para a autonomia do usuário.

Vale ressaltar que cada município deve construir o seu Plano Plurianual de
Assistência Social, que versará sobre uma análise do contexto atual e
objetivos futuros. Compreende-se que um plano desse porte
eventualmente pode apresentar lacunas em sua execução, tendo em vista
aspectos econômicos, políticos e sociais, todavia, ele deve ser elaborado
priorizando as principais demandas dos territórios, abrangendo usuários e
suas famílias, além de fomentar a participação destes através do controle
social.

Perante o exposto, mais uma vez a Vigilância Socioassistencial apresenta-


se como essencial nesse processo de planejamento, pois contribui
diretamente para a sistematização de dados que colaboram para o
planejamento plurianual, bem como para a execução das ações. A
aplicação de uma metodologia do planejamento, de acordo com Bertollo
(2016, p. 341), “é influenciada pelo aspecto político de disputa entre
interesses distintos que consequentemente traduz e explicita a luta de
classes nesta sociabilidade capitalista”. Desse modo, o planejamento e a
avaliação não são neutros, baseiam-se na realidade social e nos olhares
dos avaliadores e planejadores das ações.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Vigilância Socioassistencial compõe os objetivos da Lei Orgânica da
Assistência Social, juntamente com a proteção social e a defesa de
direitos, e nessa perspectiva é fundamental compreender como esses
objetivos se configuram e quais as suas implicações na vida dos indivíduos
que necessitam da assistência social, tendo em vista que a mesma é
direito do cidadão e dever do estado. Dessa forma, são analisadas as
possibilidades de utilização da Vigilância Socioassistencial para subsidiar a
tomada de decisão no Sistema Único de Assistência Social.

Esta pesquisa proporcionou uma reflexão sobre o setor da vigilância


socioassistencial e a amplitude da política de assistência social, além de
identificar a importância desta para os usuários. A partir desta reflexão,
nota-se que a vigilância socioassistencial, através da coleta de dados,
análise e sistematização, busca a formulação e adequação das políticas
públicas de assistência social, compreendendo as demandas
socioterritoriais da população brasileira. E assim, por meio das
informações obtidas, é possível contribuir com o planejamento e a
execução da PAS, bem como cooperar com a qualidade dos serviços
oferecidos pela rede socioassistencial, englobando também a rede privada
que faz parte desse contexto, colaborando com a tomada de decisão do
gestor público desta política.

Também possibilitou compreender que o aprimoramento das ações faz-se


necessário para que seja possível atingir os objetivos previstos na LOAS e
na PNAS, tendo em vista que estas são as normativas norteadoras para a
execução da política supracitada, e contam com diretrizes e princípios que
especificam sua finalidade e o trajeto a ser percorrido, sem deixar de levar
em consideração que a sociedade e os contextos sociais, culturais,
econômicos e políticos são mutáveis, ressaltando a importância do
planejamento de forma estratégica e operacional das ações a partir da
realidade e das demandas que surgem em cada território.

REFERÊNCIAS
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na era da mundialização do capital. In: Educ. Soc., Campinas, vol. 25, n.
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https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadern
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humanos. Acesso em: 01 fev. 2022.

APÊNDICE – REFERÊNCIA NOTA DE RODAPÉ


7. Política de Assistência Social passará a ser chamada pela sigla PAS no
decorrer do texto.

 Mestra em Sociologia, Especialista em Gestão, Coordenação,


[1]

Planejamento e Avaliação Escolar, Graduada em Serviço Social e em


Ciências Sociais. ORCID: 0000-0001-5398-4849.

 Graduada em Ciências Sociais


[2]
e Graduanda em Psicologia.
ORCID:  0000-0001-5466-9824.

 Especialista em Legislação Social e Políticas Públicas: parâmetros para


[3]

o trabalho do/a assistente social e Graduada em Serviço Social.


ORCID: 0000-0001-7490-502X.

 Especialista em Saúde Pública e Graduada em Serviço Social


[4]

ORCID: 0000-0002-4548-7962.

 Especialista em Políticas Públicas e Saúde da Família, graduada em


[5]

Serviço Social. ORCID: 0000-0001-7782-8402.

 Especialista em Avaliação Psicológica/Neuropsicodiagnóstico; Graduada


[6]

em Psicologia e em Gestão de Recursos Humanos. ORCID: 0000-0002-


8459-4007.

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