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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL-SUAS
Fonte: faculdadelaboro.com.br
Fonte: laboro.edu.br
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como sujeito e possuidor de direitos, dentre os quais estava o direito à Seguridade
Social.
Um marco importante foi a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), de 1993,
que estabelece os objetivos, princípios e diretrizes das ações. Esta lei também
determina que a assistência social seja organizada em um sistema descentralizado e
participativo, composto pelo poder público e pela sociedade civil (MIOTO,
NOGUEIRA, 2013).
Após a IV Conferência Nacional de Assistência Social foi deliberada a
implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que passou a articular
meios, esforços e recursos para a execução dos programas, serviços e benefícios
sócio assistenciais (MIOTO, NOGUEIRA, 2013).
O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) foi planejado e é executado
pelos governos federal, estaduais e municipais, em parceria com a sociedade civil. O
SUAS organiza serviços, programas e benefícios destinados a milhões de brasileiros,
em todas as faixas etárias (RIZOTTI, 1998).
Fonte: cress-mg.org.br
O Sistema Único integra uma política pactuada nacionalmente, que prevê uma
organização participativa e descentralizada da assistência social, com ações voltadas
para o fortalecimento da família.
Baseado em critérios e procedimentos transparentes, o Sistema altera
fundamentalmente operações como o repasse de recursos federais para estados,
municípios e Distrito Federal, a prestação de contas e a maneira como serviços e
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municípios estão hoje organizados. O marco oficial para a implantação do Sistema foi
quando o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprovou a Norma
Operacional Básica do SUAS, estabelecendo um conjunto de regras que disciplinam
a operacionalização da Assistência Social e a transição do antigo para o novo modelo
(LACERDA, 2014).
As ações do SUAS são baseadas nas orientações da Política Nacional de
Assistência Social (PNAS), aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social
(CNAS) em 2004, e pela NOB SUAS 2012, publicada em 03 de janeiro de 2013, por
meio da resolução nº 33, de 12 de dezembro de 2012, que representa um marco
fundamental na estruturação do SUAS, imprimindo um salto qualitativo na sua gestão
e na oferta de serviços sócio assistenciais em todo o território nacional, tendo como
base a participação e o controle social (LACERDA, 2014).
Uma das inovações do SUAS é a classificação dos municípios em três níveis
de gestão (Inicial, Básica e Plena), de acordo com a capacidade de gestão que cada
cidade tem de executar e co-financiar os serviços da assistência social.
Fonte: newslettersocial.pot.com
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3 NOVA CLASSIFICAÇÃO PARA PROGRAMAS E SERVIÇOS
Fonte: cresspr.org.br
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familiar ou comunitário. Abrigos e albergues são alguns exemplos de serviços de
proteção social de alta complexidade.
Fonte: cursosabrafordes.com.br
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Os Conselhos de Assistência Social são órgãos deliberativos, de atuação
permanente, instituídos em cada esfera de Governo. Têm composição paritária, com
metade dos membros representando o Governo e metade representando a sociedade.
O Conselho Nacional de Assistência Social é composto por 18 (dezoito)
membros, sendo 9 (nove) representantes do Governo Federal e 9 (nove)
representantes de organizações da sociedade civil.
São suas atribuições:
Expedir as normas gerais para a Assistência Social;
Aprovar a Política Nacional de Assistência Social;
Aprovar a proposta orçamentária para a Assistência Social;
Acompanhar e avaliar a gestão dos recursos e a execução dos programas e
projetos pelos Estados e Municípios.
Os Conselhos de Assistência Social dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios devem aprovar os respectivos Planos de Assistência Social e exercer as
funções de fiscalização e controle dos programas e projetos de assistência social em
cada uma dessas esferas de Governo.
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Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo
e sociedade civil;
Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos
Conselhos de Assistência Social;
Plano de Assistência Social;
Comprovação orçamentária dos recursos próprios destinados à
Assistência Social, alocados em seus respectivos Fundos de Assistência
Social.
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Facilitam o acompanhamento das ações e a fiscalização dos gastos pela
população, pelos conselhos de assistência social e pelos gestores locais,
estaduais e federal.
Assim sendo, é evidente que os fundos têm um papel essencial na evolução da
política de assistência social, uma vez que concretizam meios para se fazer uma
gestão transparente e racionalizada a recursos. Além disso, amplia as possibilidades
de participação popular, alavancando o alcance da efetivação da promoção da
proteção social, da vigilância sócio assistencial e da defesa de direitos (REIS, 2019).
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Portanto, o texto da Carta Magna remete a gratuidade dos benefícios e serviços
oferecidos e disponibilizados indistintamente a quem necessitar, sobretudo, o acesso
e a garantia dos direitos, respeitando a autonomia dos cidadãos bem como as
diferenças culturais, regionais, sociais, religiosas e territoriais. A seguridade social no
Brasil foi regulamentada pela Lei nº 8.742 de 1993, a Lei Orgânica de Assistência
Social (LOAS) - alterada pela Lei nº 12.435, de 6 de julho de 2011.
Além disso, a Política Nacional de Assistência social, baseada no artigo 204 da
Constituição da República Federativa do Brasil, trouxe a importância da participação
da sociedade civil, tanto na execução dos programas através das entidades
beneficentes e de assistência social, bem como na participação, na formulação e no
controle das ações em todos os níveis (BRASIL, 2014).
Para Campos (2006), sem a presença ativa da sociedade civil, a política de
assistência social não se realiza em conformidade com os princípios e as diretrizes
que a orientam, ou seja, sem a participação militante e politicamente qualificada da
sociedade civil, o paradigma expresso na Lei Orgânica de Assistência Social é
desdenhado.
Fonte: depositphotos.com
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5 CRIAÇÃO, DISCUSSÃO E MONITORAMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Fonte: ilemulher.org.br
Fonte: grupomartins.adv.br
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Apesar da legislação da assistência social ter acompanhado o movimento de
modernização da administração pública, pode-se afirmar que na prática os
instrumentos de gestão ainda são percebidos a partir de visão técnica operacional e
sob a perspectiva instrumental de aprimoramento da política, programas, de projetos
e de benefícios (GOMES, 2001).
A legislação na área da assistência social se estruturou tendo como um de seus
pressupostos a consolidação da informação, do monitoramento e da avaliação como
elementos que, além de possibilitar o aprimoramento da gestão, dos serviços,
programas, projetos e benefícios, pudessem contribuir para o controle social da
sociedade sobre o Estado. Estes elementos devem estar articulados entre si e ainda
entre os entes federados, ou seja, seguem normas gerais do governo federal, mas
Estados e Municípios podem e devem elaborar seus próprios instrumentos, conforme
as particularidades locais (GOMES, 2001).
A NOB/SUAS de 2005 estabelece entre as responsabilidades dos Estados o
apoio técnico aos municípios na estruturação e implantação de seus sistemas
municipais de assistência social e, ainda, a instalação e coordenação de sistema
estadual de monitoramento e avaliação das ações da assistência social, de âmbito
estadual e regional, por nível de proteção básica e especial, em articulação com os
sistemas municipais e validados pelo sistema federal (JANUZZI, 2011).
Os municípios, por sua vez, habilitados na gestão básica e plena do SUAS,
também assumem a responsabilidade de instituir um plano de acompanhamento,
monitoramento e avaliação. Segundo o documento os municípios devem: “instituir
plano de acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações de proteção social
na rede própria e na rede prestadora de serviços, em articulação com o sistema
estadual e de acordo com o sistema federal, pautado nas diretrizes da PNAS/2004”
(BRASIL, 2005).
Assim, considerando que o SUAS é um sistema orgânico e articulado entre as
três esferas do governo, a responsabilidade pela realização de seu monitoramento e
avaliação é da união, estados e municípios.
Contudo, pensar neste processo de gestão de modo que, ao mesmo tempo
envolva os entes federativos, inclua todos os aspectos do SUAS e não gere
sobreposições e contradições é um grande desafio. Sabe-se que, no modelo
federativo brasileiro, estados e municípios são entes com autonomia política e
administrativa e, além disso, possuem competências comuns. Contudo, a articulação
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entre competências comuns e a necessidade de uma coordenação mínima exige
políticas articuladas e com definição clara das responsabilidades (VAITSMAN, PAES,
2011).
No que se refere ao monitoramento e avaliação da política de assistência social
há ainda uma indefinição quanto ao papel de cada ente federado na sua execução.
Neste sentido, o governo federal privilegia o monitoramento e a avaliação dos
serviços, programas e projetos financiados, os estados privilegiam os seus programas
de governo e os municípios ainda possuem muitas dificuldades técnicas e políticas
para elaborar seus próprios planos de monitoramento e avaliação (JANUZZI, 2011).
Fonte: lugastal.com.br
Fonte: slideplayer.com.br
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conservadora e neoliberal, em que o Estado atuaria a partir do princípio da
subsidiariedade. Como exemplo disto aponta-se duas das diretrizes indicadas na
Norma Operacional Básica da Assistência Social de 1998 (SPOSATI, 2013).
Com o diferencial de ser a primeira NOB que versou sobre o SUAS, sistema
instituído pela Política Nacional de Assistência Social de 2004, em observância à
deliberação da IV Conferência Nacional de Assistência Social, foi aprovada pela
Resolução CNAS nº 130, de 15/07/2005, a NOB/SUAS-2005 incorporou e aprimorou
as conquistas que foram alcançadas com as normativas anteriores.
Dispôs também sobre os níveis de gestão, acerca das responsabilidades dos
entes federativos, sobre as competências das instâncias de pactuação e deliberação,
os instrumentos de gestão e atualizou e aprimorou o capítulo sobre o co-financiamento
e os critérios de partilha do SUAS (PAGANINI, VIEIRA, 2014).
Referente aos princípios da NOB/SUAS-2005, estes estão expressos como de
tipologia “organizativos”, ou seja, imprimem uma dada forma de organização com
vistas à implementação/operacionalização da assistência social enquanto política
pública e direito social (PAGANINI, VIEIRA, 2014).
Ainda, quanto ao seu conteúdo, alguns dos princípios desta NOB apresentam
correlação com as diretrizes da LOAS e não propriamente com os respectivos
princípios. Assim, destacando aqueles que guardaram correspondência total ou
parcial de conteúdo junto aos da LOAS, teve-se na NOB/SUAS-2005 sobre:
A “Universalização dos direitos sociais”, o princípio organizativo de
fixação de níveis básicos de cobertura num sistema compreendido por
benefícios, serviços, programas, projetos e ações de Assistência Social
de provisão partilhada entre os entes federativos; a garantia de acesso
aos direitos sócio assistenciais a todos que deles necessitarem; a
articulação de cobertura com as demais políticas sociais e econômicas,
em especial as de Seguridade Social;
Frente ao processo de aprovação das diversas Normas Operacionais
Básicas (NOBs) por meio de resoluções do Conselho Nacional de
Assistência Social (CNAS), portanto, decorrentes da participação de
diversos setores societários/organizados, tanto do Estado quanto da
sociedade civil, tem-se o aprimoramento e adensamento desta política–
Pressupõe-se um adensamento, pois, a prioridade, se as diretrizes e,
principalmente, os princípios fundamentam político-juridicamente a
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política de assistência social e faculta coerência ao Sistema Único de
Assistência Social/SUAS (a unicidade e a lógica), numa linha histórica
tem-se a LOAS de 1993 que teve importantes e profundas alterações
em 2011 por meio da Lei nº 12.435, principalmente pela incorporação
do Sistema Único de Assistência Social.
O Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a
benefícios, serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de
necessidade”, que houvesse a referência de normas operacionais
básicas que estabelecessem padrões de desempenho, padrões de
qualidade e referencial técnico-operativo; além de expressar a
“Proteção Proativa” como princípio da Proteção Social;
A “Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projeto
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e
do critérios para sua concessão”, estabeleceu o princípio organizativo a
parti de sistema democrático e participativo de gestão e de controle
social através: a) dos Conselhos e das Conferências de Assistência
Social realizadas a cada biênio organizadas e sustentadas pela
respectiva esfera de governo; b da publicação de dados e informações
referentes às demandas e necessidades, da localização e padrão de
cobertura dos serviços sócio assistenciais; c) de canais de informação
e de decisão com organizações sociais parceiras, submetidos a controle
social, por meio de audiências públicas; d) mecanismos de audiência
da sociedade, de usuários, de trabalhadores sociais e) conselhos
paritários de monitoramento de direitos sócio assistenciais; f) conselhos
de gestão dos serviços.
A NOB/SUAS disciplina a gestão pública da política de assistência social no
território brasileiro, exercida de modo sistêmico pelos entes federativos, em
consonância com a Constituição da República de 1988, a Lei Orgânica da Assistência
Social - LOAS e as legislações complementares a ela aplicáveis. Caráter do Sistema
Único de Assistência Social – SUAS.
Ainda sobre os princípios organizativos presentes na NOB/SUAS-2005,
constata-se que o de Matricialidade sócio familiar foi reafirmado como “Princípio da
Proteção Social”. Continuando sobre a linha histórica de normatizações da política de
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proteção sócio assistencial brasileira, a partir da análise dos princípios e diretrizes, na
NOB/SUAS-2012 (Resolução CNAS nº 33, de 12 de dezembro de 2012) observa-se
que há “Diretrizes Estruturantes e Princípios Organizativos” do Sistema Único, além
de haver a continuidade sobre os avanços da Lei nº 12.435/2011 (IAMAMOTO, 2007),
Dentre os princípios organizativos desta NOB em vigor, há a reafirmação da
gratuidade, sendo a assistência social prestada sem exigência de contribuição ou
contrapartida, porém com observância ao disposto no artigo 35 do Estatuto do Idoso
(Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003).
Fonte: ameosc.org.br
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Adotar essa concepção abrangente de público, como modo democrático de
existir e equacionar as questões que afetam a cidadania e que, portanto, interpelam
tanto a sociedade quanto o Estado, não significa eliminar a responsabilidade
estritamente estatal pela garantia dos direitos e de sua universalização.
No caso da política de assistência social, a primazia do Estado na sua
condução é claramente definida pela LOAS, como garantia da universalização do
acesso a direitos e serviços sociais qualificados por parte dos seus destinatários
(SICSÚ, PAULA, MICHEL, 2005).
Ao mesmo tempo, enfatiza a participação da sociedade como uma condição
fundamental para o exercício do controle social e ativação da capacidade, dos sujeitos
sociais imprimirem lógicas societárias nos espaços de produção das políticas
públicas.
No novo patamar do SUAS, de construção da assistência social como campo
de definição política, tal conceito de público implica, pois, imprimir às práticas
desenvolvidas por órgãos governamentais e por organizações não-governamentais,
compromissos com a alteração dos índices sociais visando a melhoria da qualidade
de vida dos seus usuários. Para isso a implantação de sistemas oficiais de informação,
de monitoramento e avaliação, são ferramentas estratégicas para a publicação da
Política de Assistência Social (RAICHELIS, 2011).
Tais sistemas favorecem a gestão democrática, o controle social e a
participação ampla, contemplando:
A disponibilização de um conjunto de dados e informações que possam
subsidiar as decisões quanto a benefícios, serviços, programas e projetos a
serem implantados;
A utilização de indicadores de avaliação de impactos e resultados da Política;
A implementação do sistema de acompanhamento do desempenho da rede
sócio assistencial.
O fortalecimento da dimensão pública da assistência social exige, portanto,
ampla disseminação de informações qualificadas, interlocução do Estado com a
sociedade civil, que imprimam transparência e visibilidade a serem assumidas pela
política dessa área.
A concretização do público na assistência social pressupõe, conforme Raichelis
(1998), entre outros elementos:
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A participação da população na definição de prioridades voltadas ao
atendimento de suas necessidades sociais;
Visibilidade e transparência das informações a serem veiculadas a todos os
sujeitos e organizações integrantes do sistema de assistência social,
principalmente os usuários dos serviços;
O exercício do controle social na perspectiva de democratização das decisões
sobre conteúdos e padrões de atendimento dos serviços, programas, projetos
e benefícios assistenciais;
Incorporação de interesses coletivos nos espaços públicos decisório
fortalecendo a representação das organizações populares;
A consolidação da cultura pública visando a superação da cultura autoritária e
burocrática ainda presente no campo da assistência social;
Assim, a implementação de tais diretrizes vai apontar para a necessidade de
adequação dos arranjos institucionais, com definição de novas regras e
procedimentos e, mais ainda, para uma profunda mudança na ordenação
programática da assistência social.
A implementação do SUAS é um marco fundamental na regulamentação da
Política de Assistência Social e crucial para o seu reconhecimento como política
pública de proteção social. Resultado de um amplo processo de construção sócio
histórica, o SUAS visa a estabelecer um padrão de gestão descentralizada que supere
a trajetória de centralização, fragmentação e descontinuidade que historicamente
marcaram a Política de Assistência Social brasileira (TEXEIRA, SALVADOR, 2013).
A constituição de um sistema de gestão é uma demanda reconhecida desde a
aprovação da LOAS, cinco anos após seu reconhecimento como parte da Seguridade
Social brasileira, na Constituição Federal.
É importante destacar, ainda, os instrumentos de gestão do SUAS, que
representam avanços em termos de organização e planejamento técnico e financeiro
nas três esferas de gestão: Plano de Assistência Social; orçamento; monitoramento,
avaliação e gestão da informação; e relatório anual de gestão (NOB-SUAS, 2013).
De acordo com Boschetti, Teixeira e Salvador (2013), passados 20 anos da
aprovação da LOAS, a implementação do SUAS traz uma série de inovações e
avanços importantes.
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Do ponto de vista da concepção de assistência social, é inegável que a
institucionalidade do SUAS tenta retirar a assistência social do arcabouço da
filantropia e cria diretrizes, critérios e forte arcabouço legal, antes inexistente e de
difícil estruturação em uma nação federada, com fortes disparidades nacionais e
locais. A definição conceitual de assistência como política de proteção social presente
na PNAS e no SUAS amplia suas feições e funções ali determinadas, rompendo com
a histórica nomenclatura até então existente (ALVES, 2013).
Entretanto, apesar de esse novo arcabouço teórico-normativo comportar uma
série de importantes mudanças, não é isento de introduzir e/ou reproduzir conceitos
conservadores, além de estar ausente um debate que abarque as determinações mais
fundamentais da pobreza e da desigualdade social como estruturais da sociedade,
cuja contradição fundamental se localiza na luta de classes (BEHRING, 2010).
Fonte: findes.com.br
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média e de alta complexidades) requer que se situem estas formas de proteção no
conjunto de proteções previstas pela Seguridade Social.
Esta é, pois, uma condição indispensável para não incorrer no equívoco de
conceber e operacionalizar a Política de Assistência Social de forma desarticulada das
demais políticas que compõem a seguridade social. Se assim não ocorrer, pode-se
cair no equívoco de identificá-la como dotada de exclusividade e como se pudesse
por si só dar conta de inúmeras situações que as expressões da questão social
impõem às formas interventivas estatais (ALVES, 2013).
Neste sentido, Boschetti (2005) aponta que, na implantação da proteção social
básica, “é um desafio do SUAS buscar articulação com a proteção social garantida
pela saúde, previdência e demais políticas públicas, de modo a estabelecer
programas gerais e preventivos”
Essa breve explanação acerca dos avanços e limites da Política de Assistência
Social permite inferir que tais processos se realizam no interior de um movimento mais
amplo, cujas determinações estão fincadas nas transformações societárias vigentes.
Todo o aparato de regulamentação da política em foco resulta de lutas intensas que
tencionam e dinamizam o formato e o lugar que a Assistência Social ocupa no campo
da proteção social brasileira (SCHMIDT, SILVA, 2015).
Isto é, a direção social da aludida política está em constante disputa por
projetos societários antagônicos. Podemos assim dizer que há campos de resistência,
mas o atual contexto aponta para a preponderância de um projeto conservador que
tem conferido à Assistência Social um nítido corte seletivo, focalizado, assistencial e
filantrópico (ALVES, 2013).
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9 A IMPORTANCIA DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTENCIA SOCIAL
Fonte: jaguaribe.ce.gov.br
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Respeita a diversidade das regiões, decorrente de características culturais,
socioeconômicas e de políticas em cada esfera de gestão, da realidade das
cidades e da sua população urbana e rural.
Reconhece que as diferenças e desigualdades regionais e municipais que
condicionam os padrões de cobertura do sistema e os seus diferentes níveis
de gestão devem ser consideradas no planejamento e execução das ações;
Articula sua dinâmica às organizações e entidades de assistência social com
reconhecimento pelo SUAS.
São eixos estruturantes da gestão do SUAS:
Precedência da gestão pública da política;
Alcance de direitos sócio assistenciais pelos usuários;
Matricialidade sócio familiar;
Territorialização;
Descentralização político-administrativa;
Financiamento partilhado entre os entes federados;
Fortalecimento da relação democrática entre estado e sociedade civil;
Valorização da presença do controle social;
Participação popular/cidadão usuário;
Qualificação de recursos humanos; e
Informação, monitoramento, avaliação e sistematização de resultados.
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A assistência social, assim como a saúde, é direito do cidadão que depende
de sua contribuição prévia e deve ser provido pela contribuição de toda a
sociedade. Ocupa-se de prover proteção à vida, reduzir danos, monitorar
populações em risco e prevenir a incidência de agravos à vida face às
situações de vulnerabilidade (BEHRING, 2011. Apud BRASIL, 2014).
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Esse empreendimento tem implicações importantes para a Política de
Assistência Social, na medida em que a mesma passa a ter a incumbência prioritária
de enfrentamento da pobreza.
Segundo Mauriel (2012), a institucionalização tardia da Política de Assistência
Social se dá em um ambiente em que a intervenção na questão social, centrada no
combate à pobreza focalizada, “aprofunda o processo de desconstrução simbólica e
ideológica da Seguridade enquanto base para pensar e construir as políticas sociais,
dificultando justamente o caráter Inter setorial que tal política deveria ter com as
demais políticas públicas”.
Nesta mesma direção, é importante a análise de Mota (2008), ao enfatizar que
as diretrizes e organização da Política de Assistência Social contemporânea indicam
que o direito à Assistência Social assume, cada vez mais, o papel de “integração” à
sociedade, substituindo o direito ao trabalho.
Desse modo, aparece não apenas como a forma instituída legalmente de dar
conta dos “excluídos” do mercado de trabalho, mas também de mantê-los ativos na
esfera do consumo, assumindo uma função social na reprodução da força de trabalho.
Assim, pode-se apontar que essa expansão, apesar dos avanços, tem se legitimado
por uma lógica avessa àqueles propósitos que embasaram a construção da
Constituição Federal de 1988, cuja perspectiva sinalizava a possibilidade de um
sistema de seguridade social universal (SCHMIDT, SILVA, 2015).
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Quando a assistência social se amplia pela via da expansão quantitativa do
PBF em detrimento do próprio SUAS, ou da rede de serviços que ele supõe e requer,
uma série de implicações impõe sérias restrições à consolidação do SUAS:
Fonte: slideplayer.com.br
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Tal padrão se realiza a partir dos parâmetros de proteção elencados na
PNAS/2004 que demarcam a sua especificidade no campo das políticas sociais,
responsabilidades de Estado próprias a serem asseguradas aos cidadãos brasileiros,
a proteção social básica e a proteção social especial de média e alta complexidade
(ALENCAR, 2011).
Fonte: pensionatosfa.com.br
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Fonte: pt.slideshare.net.com
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(Comissões Inter gestores Bipartite - CIB’S, Comissão Inter gestores Tripartite – CIT,
Conselhos, Colegiado Estadual e Municipal de Gestores da Assistência Social.
Esses espaços considerados instâncias da gestão pública da assistência social tem
como missão primar pelos princípios e diretrizes organizativas do SUAS (MAURIEL,
2012).
São princípios organizativos do SUAS:
Universalidade: Correspondem à cobertura de benefícios, serviços, programas e
ações da Assistência Social entre os entes federativos; na garantia de acesso aos
direitos sócio assistenciais; na articulação com as demais políticas;
Gratuidade: Corresponde à ausência de custos para o usuário no momento de acesso,
o que não implica que a população seja isenta de contribuir par financiamento do
sistema através de impostos e taxas.
Integralidade da Proteção Social: Corresponde as ações articuladas entre os
serviços/equipes nos níveis de proteção e suas complexidades;
Intersetorialidade: Corresponde ao princípio de gestão das Políticas Sociais que
privilegia a integração das políticas em sua elaboração, execução, monitoramento e
avaliação. Busca superar a fragmentação das políticas, respeitando a especificidades
de cada área;
Equidade: Corresponde ao reconhecimento e a efetivação, com igualdade, dos
direitos da população, sem restringir o acesso a eles nem estigmatizar as diferenças
que conformam os diversos segmentos que a compõem, - contexto associado à
imparcialidade e à justiça.
O princípio da democratização e a diretriz da descentralização, presentes na
Constituição Federal de 1988 e na LOAS, se concretizam na implantação e no
fortalecimento das instâncias de articulação, pactuação e de deliberação.
Articulação
São espaços de participação aberta, com função propositiva no nível federal,
estadual, do Distrito Federal e municipal, podendo ser instituídos regionalmente.
São constituídos por organizações governamentais e não-governamentais com a
finalidade de articulação entre: conselhos; união de conselhos; fóruns estaduais,
regionais ou municipais; associações comunitárias, entre outros.
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Pactuação
Entende-se por pactuação, na gestão da assistência social, as negociações
estabelecidas com a anuência das esferas de governo envolvidas, no que tange à
operacionalização da política, não pressupondo processo de votação nem tão
pouco de deliberação. As pactuações de tais instâncias só são possíveis na medida
em que haja concordância de todos os entes envolvidos, sendo formalizada por
meio de publicação da pactuação e submetidas às instâncias de deliberação.
Deliberação
Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais são
instâncias deliberativas do Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência
Social, regulamentado na PNAS/2004 na forma do SUAS. O CNAS, instituído pela
LOAS, e os Conselhos das demais esferas, tratados na referida Lei e instituídos
por legislação especifica, tem caráter permanente e composição paritária entre
governo e sociedade civil. São vinculados ao Poder Executivo e a sua estrutura
pertencente ao órgão da Administração Pública responsável pela coordenação da
Política de Assistência Social, que lhes dá apoio administrativo assegurando
dotação orçamentária para seu funcionamento.
Fonte: cress-mg.org.br
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Nesse sentido, a oferta do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à
Família (PAIF), de caráter continuado, tem a função protetiva da família, na forma de
evitar que vínculos familiares e/ou comunitários sejam rompidos, permitindo o acesso
dos usuários aos programas de transferência de renda como o Bolsa Família (BF) e o
Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O Programa de Atenção Integral à Família - PAIF é o principal programa de
Proteção Social Básica, do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Desenvolve
ações e serviços básicos continuados para famílias em situação de vulnerabilidade
social na unidade do CRAS. O PAIF tem por perspectivas o fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários, o direito à Proteção Social Básica e a ampliação da
capacidade de proteção social e de prevenção de situações de risco no território de
abrangência do CRAS (SOUZA, LOPES, AZEVEDO, 2005).
O PAIF é necessariamente ofertado no CRAS. Em áreas com espalhamento
ou dispersão populacional, por meio do deslocamento de sua equipe.
O PAIF, criado em 18 de abril de 2004 (Portaria nº 78), pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, aprimorou a proposta do Plano
Nacional de Atendimento Integrado à Família – PNAIF, implantado pelo
Governo Federal no ano de 2003. Em 19 de maio de 2004, o PAIF tornou-se “ação
continuada da Assistência, social”, passando a integrar a rede de serviços de ação
continuada da Assistência Social, financiada pelo Governo Federal (Decreto
5.085/2004).
Os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) foram
instituídos para o atendimento das demandas da PSE de média complexidade para
as pessoas que tiveram seus direitos violados (violência física, exploração sexual,
violência psicológica ou negligência), mas que ainda mantêm vínculos familiares e
comunitários (CFESS, 2005).
O Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos
(PAEFI) abrange esta complexidade e está direcionado a crianças e adolescentes,
mulheres, idosos e pessoas em situação de rua. No caso de crianças e adolescentes
há o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e o Serviço de Orientação
e Acompanhamento a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa
(CFESS, 2005).
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Quanto aos serviços da PSE de alta complexidade, estes visam à proteção
integral de famílias e indivíduos que se encontram em situações de
abandono, ameaça ou que tiveram seus direitos violados necessitando sair
do seu núcleo familiar para serem acolhidos provisoriamente em locais
adequados que ofereçam boas condições de moradia, de higiene, de
segurança (CFESS, 2005. Apud SILVEIRA, 2011).
Fonte: economia.culturamix.com
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objetivando a integração da rede de serviços e a busca da continuidade e da
padronização de sua oferta nos equipamentos públicos e nas entidades privadas de
Assistência Social (SILVEIRA, 2011).
Em 2006, foi aprovada a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do
SUAS – NOB-RH/SUAS (Resolução nº 269, de 13 de dezembro de 2006 e Resolução
nº 01, de 25 de janeiro de 2007) que contém todos os princípios e diretrizes nacionais
para a gestão do trabalho no âmbito do SUAS e significou um importante instrumento
normativo para o reconhecimento institucional do trabalho assistencial, sendo um
grande desafio a sua implementação em âmbito estadual e municipal (SILVEIRA,
2011).
Em 2009, a Tipificação Nacional dos Serviços Sócio assistenciais (Resolução
CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009) padronizou os serviços ofertados pela
rede sócio assistencial e impôs um grande desafio para o poder público de implantar
e organizar os serviços de acordo com a padronização para dar resposta às
necessidades de proteção social à população (SILVEIRA, 2011).
Em 2011, foi aprovada a Lei nº 12.435, de 06 de julho de 2011, atualmente
conhecida como a Lei do SUAS trazendo mudanças bastante significativas no texto
da LOAS.
Se num primeiro momento a LOAS objetivou a normatização da política
conforme as indicações da CF/1988, em 2011 buscou aprimorar e legalizar em seu
conteúdo os avanços trazidos pela PNAS 2004, pela NOB/SUAS 2005 e pela NOB/RH
2006, e outras normativas subsequentes, na implantação e implementação da política,
através do esforço com que a União, os estados e, principalmente, os municípios
fizeram e continuam fazendo a fim de se adequarem aos novos preceitos (SILVA,
2012).
A NOB/SUAS 2012, aprovada pela Resolução CNAS nº 33, de 12 dezembro de
2012, veio preencher uma lacuna da NOB/SUAS 2005, que após sete anos, desde
sua aprovação, não continha o conjunto legal (leis, decretos, portarias e resoluções
da CIT e do CNAS) desenvolvido a partir da implantação do SUAS, necessitando da
inclusão das medidas adotadas ao aprimoramento da gestão e à operacionalização
do sistema, ocorridas durante o período (SILVA, 2012).
Além disso, o modelo de adesão ao sistema tornara-se inócuo em função das
necessidades de aperfeiçoamento, havendo a necessidade de novos instrumentos de
gestão, com pactuação de responsabilidades compartilhadas e metas, bem como a
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necessidade de aprimoramento dos serviços, programas, projetos e benefícios dos
SUAS (SILVA, 2012).
A partir disso, foram incorporados os seguintes avanços normativos:
- A alteração da LOAS pela Lei nº 12.435/2011, que dispõe sobre a organização
da AS em um sistema descentralizado e participativo denominado SUAS;
- O Decreto nº 7.788/2012, que regulamenta o Fundo Nacional de AS e
estabelece o co-financiamento por meio dos blocos de financiamento do SUAS;
- O Decreto nº 7.736/2012, que regulamenta o repasse do IGD SUAS;
- O Decreto nº 5.209/2004, que cria o Programa Bolsa família e regulamenta o
IGD-PBF;
- O Decreto nº 7.734/2010, que institui o Censo SUAS;
- A Resolução CNAS nº 109/2009, que aprova a Tipificação Nacional de
Serviços Sócio assistenciais;
- A Resolução CIT nº 08/2010, que institui o Protocolo de Gestão Integrada dos
serviços, benefícios sócio assistenciais e transferências de renda para atendimento
de indivíduos e famílias beneficiárias do PBF, PETI, BPC e benefícios eventuais, no
âmbito do SUAS;
- A Resolução CIT nº 05/2010, que institui, de forma pactuada, as metas de
desenvolvimento dos CRAS por períodos anuais, visando sua gradativa adaptação
aos padrões normativos do SUAS, com início em 2008 e término em 2013;
- A Resolução CIT nº 17/2010, que estabelece as prioridades nacionais para o
Pacto de Aprimoramento da Gestão Estadual e do DF para o quadriênio 2011-2014;
- A Resolução CNAS n º 32/2011, que estabelece percentual dos recursos do
SUAS, financiados pelo governo federal que poderão ser gastos no pagamento de
profissionais que integrarem as equipes de referência, conforme o art. 6 º da Lei n º
8.742/1993.
Os desafios no processo de implementação do SUAS são inúmeros e se
ocupam principalmente das questões que se referem às atribuições dos estados e dos
municípios e sua participação no co-financiamento da política de assistência social.
A União ficou com a responsabilidade da coordenação da Política de
Assistência Social e na elaboração de normativas de orientação ao seu funcionamento
e aprimoramento e no repasse de incentivos financeiros aos estados e municípios,
para o co-financiamento das ações e serviços (SEMZEZEM, SILVA, 2015).
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Os municípios, por sua vez, ficaram com a execução dos programas, projetos,
serviços e benefícios, cabendo-lhes também a alocação de recursos próprios para a
participação no co-financiamento dos serviços sócio assistenciais. Já os estados
ficaram com a responsabilidade e o papel da assessoria técnica aos municípios sobre
a gestão do SUAS, a implantação de serviços regionalizados da PSE de média
complexidade, com cobertura para municípios de pequeno porte I, e o co-
financiamento dos serviços sócio assistenciais, com alocação de recursos próprios no
fundo estadual (SEMZEZEM, SILVA, 2015).
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Tratando-se dos deveres desse profissional, tem-se no artigo 3º do Código de Ética
o seguinte:
Desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade,
observando a Legislação em vigor;
Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da profissão;
Abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a censura,
o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando
sua ocorrência aos órgãos competentes;
Participar de programas de socorro à população em situação de calamidade
pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades.
Assim, o perfil do assistente social para atuar na Política de Assistência Social
deve afastar-se das abordagens tradicionais funcionalistas e pragmáticas, que
reforçam as práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas
pessoais que devem ser resolvidos individualmente.
O reconhecimento da questão social como objeto de intervenção profissional,
demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na
identificação dos determinantes socioeconômicas e culturais das desigualdades
sociais.
Os Parâmetros para atuação dos assistentes sociais na Política de Assistência
Social constituem-se num dos instrumentos para a aproximação do projeto ético
político do Serviço Social a uma Assistência Social como direito social e que tem que
atender a quem dela necessitar.
Os mesmos parâmetros reeditam competências gerais do assistente social em
qualquer espaço sócio ocupacional e, particularmente, na Assistência Social:
Apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das
relações sociais numa perspectiva de totalidade;
Análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as
particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as
particularidades regionais;
Compreensão do significado social da profissão e de seu
desenvolvimento sócio histórico, nos cenários internacional e nacional,
desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade;
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Identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular
respostas profissionais para o enfrentamento da questão social,
considerando as novas articulações entre o público e o privado.
Fonte: estudeadistancia.com.br
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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 8.742. Lei Orgânica da Assistência Social. Brasília, 7 de dez. 1993
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CARVALHO, José Murilo de. 1939 – Cidadania no Brasil: o longo caminho/ José
Murilo de Carvalho. - Civilização Brasileira, 2008.
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Guilherme (org.). Políticas Sociais e os Desafios para o Jornalismo. São Paulo: Cortez,
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RIBEIRO, Darcy. Sobre o Óbvio. In: CANELA, Guilherme (org.). Políticas Sociais e
os Desafios para o Jornalismo. São Paulo: Cortez, 2008.
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SILVEIRA, Jucimeire Isolda. Gestão do Trabalho: Concepção e significado para o
SUAS. In: BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
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TELLES, V. S. Direitos sociais. Afinal do que se trata? Belo Horizonte: UFMG, 2006.
URANI, André. Desigualdade e pobreza no Brasil. In: CANELA, Guilherme (org.).
Políticas Sociais e os Desafios para o Jornalismo. São Paulo: Cortez, 2008.
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