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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
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5.2 Comunicação dos resultados aos candidatos não escolhidos e aos
candidatos selecionados........................................................................................ 41
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 FUNDAMENTOS DA GESTÃO DE PESSOAS
Fonte: https://pixabay.com/
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De acordo com Chiavenato (2003), “entre estas práticas e políticas adotadas
no processo de Gestão de pessoas estão”:
➢ Contratação;
➢ Treinamento;
➢ Avaliação;
➢ Remuneração;
➢ Oferecimento de bom ambiente de trabalho;
➢ Conduzir análise de cargos;
➢ Prever necessidades de trabalho e recrutar candidatos;
➢ Orientar e treinar novos funcionários;
➢ Gerenciar recompensas e salários;
➢ Avaliar desempenho;
➢ Treinar e desenvolver;
➢ Construir o comprometimento do funcionário.
Chiavenato (2003) também afirma claramente que “a falta dessa gestão pode
levar a algumas consequências”:
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chamadas de colaboradores, pelo entendimento que eles colaboram de forma
fundamental para o crescimento de uma empresa.
Entre 2010 e 2015, foram realizados diversos estudos sobre políticas de gestão
de pessoas. Ressalta-se que nesses achados sobre a política de GP, todas as
organizações brasileiras focam nos desafios da adoção de novas práticas e na
compreensão da evolução dessas práticas. A integração organizacional continua
sendo um desafio a ser enfrentado e superado, enquanto a responsabilidade social
Ainda não é considerada uma prioridade.
Em ordem de importância, destacam-se as seguintes políticas de gestão de
pessoas adotadas pelas organizações brasileiras nos últimos anos:
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funcionários em trabalhadores multifuncionais, capazes de
desempenhar várias funções conforme necessário, em vez de se basear
no que os funcionários são capazes. As empresas procuram
generalistas, não especialistas;
➢ Desenvolvimento Organizacional: Cada vez mais as empresas se
preocupam com o relacionamento com seus colaboradores, tornando-os
parte da empresa (corpo, alma e mente), e para isso buscam
constantemente mensurar o impacto de suas políticas no
comportamento dos membros da organização e sua evolução;
➢ Relações com empregados e relações sindicais: As empresas não se
preocupam mais com os sindicatos. Eles permitem e até incentivam os
funcionários a buscarem os benefícios da sindicalização, mas o que
estamos vendo é o descrédito das instituições sindicais e o completo
abandono dos trabalhadores que finalmente entendem que a empresa é
sua fonte de renda e sobrevivência e por isso buscam se adequar
políticas organizacionais.
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2.2 Processos de Gestão de Pessoas
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A verdadeira vantagem de a organização elucidar seu Capital Intelectual está
em elaborar modelos de aperfeiçoamento de processos e em alavancar os resultados
dos produtos e serviços oferecidos, a fim de se destacar no mercado seja qual for seu
segmento de negócio.
A principal fonte de sucesso das organizações é seu Capital Intelectual, ou seja,
o conhecimento de seu grupo de colaboradores. Isso significa que o valor do produto
ou serviço que oferecem depende muito mais do talento dos funcionários e da eficácia
de seus sistemas do que de seus ativos fixos. Com a globalização as empresas e os
indivíduos passaram por grandes transformações, as quais podemos destacar:
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As empresas estão sempre buscando formas de entregar melhores resultados,
ao mesmo tempo em que as colocam em posição competitiva em relação aos
mercados em que atuam. Considerar um modelo de gestão que trabalha diretamente
com as pessoas e atinge metas por meio delas pode trazer muitas vantagens e
crescimento permanente para colaboradores e organizações.
De acordo com Dutra (2002), o conceito de competência foi proposto de forma
estruturada pela primeira vez por McClelland (1973), na busca de uma abordagem
mais efetiva do que os testes de inteligência nos processos de escolha de pessoas
para as organizações. A gestão por competências surgiu da necessidade de alinhar e
direcionar o que as pessoas têm de melhor, como forma da empresa atingir suas
metas e crescer. Para que isso aconteça, esse modelo de gerenciamento oferece
instrumentos de análise para verificar o que a organização deve fazer para alcançar o
que almeja. Esse modelo de gerenciamento indica que, primeiramente, é necessário
mapear as competências organizacionais da empresa e, em seguida, identificar as
competências necessárias para a execução de cada tarefa específica (de acordo com
as atividades e funções primordiais para o negócio). Somado a isso, é preciso
identificar as competências individuais de cada um para realizar o cruzamento dessas
informações e detectar as necessidades de treinamento e desenvolvimento das
pessoas.
Na era do conhecimento, a gestão por competências permite que as empresas
atraiam, desenvolvam e avaliem as competências necessárias para atingir seus
objetivos. Ao selecionar os profissionais certos para cada função/cargo dentro de uma
organização, a busca visa encontrar as principais características das pessoas como:
conhecimentos, atitudes e habilidades, aumentando assim a eficiência organizacional
de uma empresa e das pessoas que ali trabalham, desenvolvendo continuamente
suas capacidades. Produzir resultados por meio do comprometimento pessoal em
busca de atingir metas pessoais e organizacionais (GIOVELLI, 2012; RUZZARIN,
2006; VILAS BOAS, 2009 apud FREITAS et al 2018).
Contudo, antes disso, é imprescindível entender do que se tratam as
competências individuais ou humanas, como muitos autores as chamam. Há várias
publicações que se referem às competências individuais como a soma de
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conhecimentos, habilidades e atitudes, mais conhecida como CHA. Para Leme (2005),
se entende da seguinte forma:
Fonte: https://yotube.com/
Somente isso, porém, não assegura que a pessoa tenha a competência para a
sua função, pois ela precisa estar comprometida com a empresa e com as tarefas a
serem cumpridas e entregues no prazo necessário.
Para Dutra (2001, 2004) e Fleury (2002), as competências humanas podem ser
entendidas como um conjunto de conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer) e
atitudes (saber ser), e eles ainda adicionam o conceito de entrega, pois assim é
possível compreender sua aplicação prática a fim de gerar valor para a empresa.
Outra contribuição significativa de Fleury (2004, p. 30) é o entendimento de
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competência individual como o “saber agir responsável e reconhecido, que implica
mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidade, que agreguem
valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”.
A gestão por competência auxilia no mapeamento e acompanhamento das
pessoas dentro da organização, pois prega o desenvolvimento constante de seus
funcionários. Esse desenvolvimento pode atingir diferentes níveis em cada tipo de
pessoa, dependendo de suas competências presentes e as que necessitam de
desenvolvimento. Por isso, alguns autores entendem que a competência individual
tem o lado técnico e o comportamental. Por meio do quadro 3 você poderá
compreender suas diferenças, de acordo com Leme (2005).
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Para melhor entendimento, segue abaixo uma figura que demonstra como as
competências técnicas e as competências comportamentais são divididas através da
análise CHA:
Fonte: https://yotube.com/
Fonte: https://yotube.com/
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A gestão de uma organização também deve estar atenta às estratégias da
empresa, a fim de alinhar as competências individuais às organizacionais, que são
essenciais para o negócio. Isso é extremamente importante para esse modelo de
gerenciamento, pois as entregas esperadas das pessoas devem estar focadas no que
é essencial (DUTRA, 2002).
A partir de um plano estratégico bem estruturado, uma empresa pode listar e
visualizar claramente as capacidades organizacionais que a organização precisa para
trabalhar em conjunto com base em sua visão, missão, valores e estratégia. Assim,
através da construção de um conjunto de conhecimentos técnicos, habilidades e
técnicas, será possível obter vantagem competitiva nos mercados em que a empresa
atua. Por exemplo, uma empresa cuja estratégia é a inovação de produtos precisa
identificar suas capacidades organizacionais e, posteriormente, as capacidades
individuais, para sustentar essa estratégia e atingir seus objetivos.
Quanto às competências organizacionais, destacam-se os conceitos propostos
por Ruas, Antonello e Boff (2005) e o de Prahalad e Hamel (1998) sobre competência
essencial, analisado e adaptado para uma realidade mais abrangente.
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➢ Competências essenciais: fundamentais para a sobrevivência da
organização e centrais em sua estratégica;
➢ Competências distintas: reconhecidas pelos clientes como diferenciais
em relação aos competidores e conferem vantagem competitiva à
organização;
➢ Competência de unidade de negócios: pequeno número de
atividades-chave (entre três e seis) esperadas pela organização das
unidades de negócios;
➢ Competências de suporte: atividades que servem de alicerce para
outras atividades da organização. Por exemplo, a construção e o
trabalho eficientes em equipes podem ter grande influência na
velocidade e na qualidade de muitas atividades dentro da organização.
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2. Determinação de novas direções e possibilidades: seria a construção de
um novo modelo, o desenvolvimento do programa e a definição do grau de
envolvimento dos funcionários.
3. Definição do plano de ação: trata-se do desenho de quais serão as
estratégias de implementação e a criação de um plano piloto.
4. Manutenção da mudança: definição dos resultados em longo prazo,
publicação oficial do programa e estabelecimento de uma avaliação contínua do
processo
Para construir com sucesso esse modelo, é fundamental a participação de
todas as pessoas da organização, pois todos podem contribuir com ideias e
contribuições em sua área de trabalho ou na empresa como um todo. Uma técnica
que pode ser utilizada, principalmente na primeira etapa, é o brainstorming, ferramenta
para geração de novas ideias, conceitos e soluções para qualquer tema.
Nesse momento, todos os participantes são incentivados a expressar suas
opiniões, não ter medo de criticar, falar o que pensam e estimular sua imaginação
para colaborar com novas ideias. Esses comentários precisam ser considerados na
definição do modelo a ser implementado e na manutenção dessa mudança.
Dutra (2001) argumenta que existe uma estreita relação entre as capacidades
individuais e organizacionais e que elas contribuem umas para as outras como
resultado da interdependência em um sistema de retroalimentação/feedback. Por um
lado, as empresas emprestam suas habilidades às pessoas, capacitando-as a
enfrentar diferentes situações; por outro, as pessoas devolvem o aprendizado para a
organização, permitindo que elas sobrevivam e prosperem. Portanto, os gestores
precisam se preocupar em desenvolver as estratégias da empresa, para que ela possa
construir e fortalecer suas competências essenciais.
Isso também pode ser visto como um aprendizado contínuo, no qual as
capacidades organizacionais e humanas são continuamente nutridas, formando um
ciclo, como mostra a figura 5.
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Fonte: https://yotube.com/
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somatório de “gaps” de conhecimento para cada unidade organizacional estudada.
Essas "gaps" são criadas subtraindo a proficiência necessária para executar o
processo menos a proficiência disponível para os profissionais do conhecimento. Isso
ocorre quando essa operação matemática produz um valor não nulo positivo (por
exemplo, quando uma unidade organizacional requer um alto nível de conhecimento
X para realizar suas atividades e seus profissionais possuem nível de conhecimento
inferior ao necessário, ou seja, neste caso médio ou baixo), pode-se concluir que o
conhecimento não está totalmente coberto dentro da unidade organizacional, ou seja,
a unidade precisa conhecer o tema em um nível superior.
Por meio dessa análise, é possível determinar se existe uma unidade
organizacional ou profissional abaixo daquela necessária para a execução da
atividade, e a partir daí orientar a atividade de formação de acordo com o processo.
Percentual de cobertura da árvore de conhecimento necessário: A
cobertura de uma unidade organizacional consiste no percentual de completude
fornecido pelos profissionais em relação à sua árvore de conhecimento necessária. É
calculado usando duas variáveis: necessidades de conhecimento (o indicador
mencionado acima) e a quantidade total de conhecimento necessária. Essa métrica é
inversamente proporcional às necessidades de treinamento, afinal, se uma unidade
organizacional possui baixa necessidade de treinamento, é por causa de sua alta
cobertura da árvore de conhecimento necessária.
A principal contribuição deste indicador é a capacidade de verificar a evolução
das unidades organizacionais e/ou pessoas em relação ao seu aprendizado visando
o alcance de seus atributos. Além disso, essa métrica ajuda a inferir a aderência de
um indivíduo aos conhecimentos adquiridos e aos conhecimentos necessários para o
cargo que ocupa (ou o cargo que venha a ocupar), constituindo-se em uma ferramenta
para mensurar e orientar projetos de recolocação profissional.
Excesso de conhecimento aderente ou necessário: A partir de um
levantamento das necessidades de conhecimento por processo e disponibilidade de
conhecimento de cada indivíduo, também é possível determinar se existem unidades
organizacionais e/ou profissionais com mais conhecimento do que o necessário para
desempenhar suas atividades.
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O conhecimento adicional excessivo ocorre quando um profissional requer um
nível médio de conhecimento Y para realizar uma atividade, mas possui um alto nível
de proficiência no mesmo conhecimento. Ou seja, o profissional possui uma
proficiência superior à proficiência exigida em determinado conhecimento necessário
ao desempenho de sua função. Por exemplo, a métrica pode ajudar a inferir a
probabilidade de realocação de funcionários para melhor utilizar o "capital
intelectual/humano" de uma organização ou para melhorar a satisfação dos
funcionários.
Excesso de conhecimento extra: Por meio dessa classificação, é possível ver
se algum departamento possui mais conhecimento do que o necessário para realizar
suas atividades, ou seja, quais unidades possuem o conhecimento necessário para
realizar suas atividades. Semelhante ao problema da super dependência do
conhecimento, este indicador revela unidades organizacionais que possuem mais
conhecimento do que o necessário ou, mais precisamente, não são utilizadas para
desempenhar suas funções. Em todas as organizações analisadas, o conhecimento
adicional fornece uma perspectiva mais diversificada sobre questões que surgem no
trabalho diário. Nesse sentido, embora não seja estritamente necessário, o
conhecimento adicional contribui significativamente para o desempenho da
organização.
Por exemplo, a criatividade é significativamente aprimorada quando há uma
certa "diversidade de necessidades" em uma organização (Nonaka e Takeuchi, 1998;
apud Cardoso et al., 2002), de modo que um grande número de ideias de diferentes
pontos de vista se combine para produzir algumas novidades, que podem não ter sido
imaginadas em um grupo mais homogêneo. Assim, podemos dizer que as categorias
de questões previamente formuladas, "lacunas" e conhecimentos anexados têm
precedência sobre questões adicionais, porém, alguma atenção deve ser dada a esse
aspecto (CARDOSO et al., 2002).
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buscar melhores resultados nos processos de negócios. Os principais aspectos para
que seja concluída essa análise são:
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4 OS NOVOS PAPÉIS DA GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES
Você sabe para que serve o novo modelo de gestão de pessoas? Busca unificar
as capacidades encontradas nas organizações para ter sucesso neste ambiente
altamente competitivo. Muitas organizações perceberam que isso só pode ser
alcançado através das pessoas. Eles são o maior capital da empresa. No passado, o
maior capital era maquinário, estrutura física e renda. Claro que são detalhes
importantes de todo o processo, afinal, sem esses elementos a organização não
existiria. No entanto, são as pessoas que dão vida a essa estrutura caótica.
Como todas as áreas da nossa sociedade, a forma como as organizações lidam
com os seus colaboradores precisou evoluir ao longo dos anos, como já falamos
anteriormente o foco das empresas antigamente não era em seus colaboradores, mas
em outros aspectos que visavam o lucro, mas não se enganem, o objetivo principal de
uma indústria continua sendo o seu lucro, porém os resultados são mais significativos
quando os colaboradores são mais valorizados e estão satisfeitos.
Por conta disso, a gestão de pessoas tem acompanhado essa evolução,
trazendo o seu foco para a valorização do colaborador e analisando cada um
individualmente, encontrando os seus pontos fortes e pontos que possam ser
melhorados, trazendo à luz suas habilidades e aproveitando isso para o crescimento
da empresa.
Abaixo veja alguns benefícios desse novo formato em gestão de pessoas:
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➢ Conduzir mudanças organizacionais.
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Fonte: https://www.employmentcrossing.com/
O capital humano faz referência ao valor que o ser humano tem dentro de uma
organização. As empresas inovadoras acreditam que as pessoas são o seu maior
patrimônio e que elas responderão pelo sucesso ou fracasso das organizações. E
esse é realmente um pensamento correto, pois você pode ter os melhores
equipamentos, as melhores estruturas, se o seu capital humano não acompanhar o
nível dessas situações citadas de nada isso adiantará.
As características que o capital humano apresenta estão apresentadas na
figura abaixo.
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Fonte: https://yotube.com/
O termo capital humano diz respeito ao valor agregado pelos profissionais por
meio dos seus conhecimentos técnicos, suas experiências, suas habilidades, seus
comportamentos e suas competências pessoais. Em termos simples, podemos definir
o capital humano como o conjunto de competências, comportamentos, conhecimentos
e habilidades que os profissionais devem possuir para desempenhar suas funções no
trabalho. Investir nesse conjunto é fundamental para as atividades que realmente
agregam valor aos resultados do negócio.
A gestão adequada deste recurso tem impacto direto no crescimento da
empresa. Como as pessoas são as principais responsáveis por manter os processos
funcionando a todo vapor, entender suas necessidades, como desenvolver o potencial
de cada indivíduo e promover um bom clima organizacional é de inteira
responsabilidade dos gestores.
Os gestores precisam identificar pessoalmente os aspectos mostrados no
diagrama da figura anterior e integrar as pessoas à equipe, de forma que seja
confortável e acolhedora ao processo organizacional. Se esse ambiente não for
acolhedor, o talento pode não se desenvolver e, portanto, deixar a organização.
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4.3 Capital intelectual
Fonte: https://yotube.com/
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➢ Conhecimento teológico: preocupa-se com a verdade absoluta,
através da fé e da religião;
➢ Conhecimento científico: precisa ser provado com ferramentas e
métodos comprobatórios.
Fonte: https://www.youtube.com/
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4.4 Conhecimento tácito, explícito e cultural
Fonte: https://www.istockphoto.com/
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Uma boa gestão por competências começa ainda no recrutamento e seleção
de pessoas, esse processo é fundamental para que o gestor tenha sucesso em sua
análise e consiga aproveitar todo o potencial do colaborado que será contratado. Se
esse processo for bem feito evitará inúmeros problemas que podem surgir por conta
de uma seleção má feita, como a incompatibilidade com a função do cargo.
Um dos grandes desafios de todo gestor é atrair e reter novos talentos para a
sua equipe. O início desse processo é feito no recrutamento e seleção de pessoas e
deve ser feito com extrema paciência e cuidado pois, como já vimos anteriormente, o
sucesso de uma organização se dá principalmente por conta dos colaboradores que
ali atuam.
Desde os tempos da gestão clássica, todas as empresas recrutaram e
selecionaram novos colaboradores de alguma forma. No entanto, isso era feito de
forma não estratégica porque os valores organizacionais eram diferentes do que são
agora. Como todos sabemos, atualmente as empresas investem cada vez mais no
talento, e o primeiro passo para ter sucesso em um negócio está em saber selecionar
pessoas que possam causar impacto positivo na empresa, não apenas pelo seu
conhecimento técnico, mas também porque devem estar alinhadas com as
características que cada organização busca.
De fato, o recrutamento e a seleção são entendidos como dois processos
baseados na necessidade de preenchimento de uma vaga na empresa, seja por
demissões, transferências ou necessidade de aumento do número de funcionários.
Para ter sucesso nesses processos, é necessário que os novos colaboradores entrem
alinhados com a estratégia organizacional para seguir os objetivos da empresa.
O recrutamento consiste em encontrar os profissionais necessários e definir as
divulgações para as vagas. Essa busca é baseada nos perfis dos profissionais
identificados pelo gerente regional solicitante. Limongi-França (2008) menciona que
uma variável importante no processo de recrutamento tem a ver com a imagem da
empresa no mercado de trabalho, caso a empresa seja vista como “um bom lugar para
se trabalhar”.
Quando a empresa chama atenção do mercado de trabalho, a tendência é que
atraia profissionais mais capacitados, com isso o recrutamento fica mais seleto e
provavelmente essa empresa terá um colaborador muito mais preparado e motivado
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para as suas funções. Porém o contrário também pode acontecer, caso a empresa
não seja bem vista pelo mercado de trabalho não haverá uma procura tão seleta e por
mais que a empresa contrate um ótimo profissional, se a mesma não der suporte e
valorização para o seu colaborador, fatalmente em algum momento ele procurará
mercados mais atrativos e compatíveis com os seus talentos, habilidades, experiência
e nível profissional.
Para ter sucesso na etapa de recrutamento, é necessário divulgar
adequadamente a vaga, detalhando o cargo, pré-requisitos e competências
necessárias. Vale ressaltar que o recrutamento pode ser feito tanto interna quanto
externamente: atraindo pessoas que a empresa já contratou, ou vasculhando o
mercado de trabalho em busca de candidatos que não estejam diretamente ligados à
empresa.
O recrutamento interno é sempre uma boa opção e em muitos casos deve ser
pensado primeiramente, pois como esse recrutamento é feito com os talentos que já
estão na empresa, esses estarão já inseridos nessa organização e compreendem
como funciona esse sistema, por mais que o cargo ou o setor seja outro, a
ambientação desse colaborador se dará de uma forma muito mais rápida e natural
pois ele de fato já faz parte dessa organização. Além do mais os próprios
colaboradores se sentem mais valorizados e isso é uma motivação a mais, pois
quando eles enxergam possibilidades de crescimento institivamente o seu trabalho se
dará de uma forma mais empenhada.
Mas nem sempre o recrutamento interno suprirá todas as necessidades da
empresa, alguns cargos requerem uma capacitação ou experiência específica que
pode não ser encontrada pelos colaboradores que ali já estão, nesse caso é preciso
voltar sua busca ao mercado de trabalho para que encontre o profissional certo para
a vaga disponível.
Já o processo de seleção se trata da escolha do candidato mais adequado para
a vaga, dentre os candidatos recrutados. Limongi-França (2008) ressalta que o
processo de seleção nem sempre significa escolher candidatos que revelam aptidões
ou capacidades nos seus índices mais elevados, mas sim a escolha do candidato com
maior afinidade das suas expectativas e potencialidades com as expectativas e
necessidades previstas para o cargo ou posição em processo de preenchimento.
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5.1 Etapas e elementos que compõe o recrutamento e a seleção
2. Definição da estratégia
■ Recrutamento interno ou externo.
■ Utilização de recursos internos da empresa para seleção x Contratação de
empresas terceirizadas especializadas em recrutamentos.
3. Recrutamento
5. Seleção de pessoal
■ Etapas definidas.
■ Participação de especialista de gestão de pessoas e requisitante da área.
6. Escolha do candidato
■ Negociação salarial.
■ Contratação do candidato (exame médico, cadastro, etc.).
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algumas tarefas são redistribuídas dentro do grupo). Muito provavelmente, todas as
empresas formalizaram essa fase, possivelmente com um formulário de inscrição de
pessoal, ou simplesmente decidiram em uma reunião de estratégia da empresa.
5.1.3 Recrutamento
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➢ Anúncio de vagas em locais visíveis da empresa ou em locais específicos
(faculdades, por exemplo);
➢ Cadastros de outros recrutadores e grupos informais;
➢ Intercâmbio entre empresas;
➢ Sites especializados em oferta de candidatos;
➢ Empresas de outplacement;
➢ Anúncios em jornais, revistas, rádio, TV;
➢ Agências de emprego/headhunters.
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o processo de acordo com a vaga em aberto. Normalmente, as técnicas descritas
abaixo são aplicadas durante a seleção.
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personalidade, como o próprio nome diz, verificam traços de personalidade,
como aspectos motivacionais, interesses, distúrbios, etc.
d) Técnicas vivenciais: segundo Limongi-França (2008), são técnicas que
criam situações para os candidatos interagirem e participarem ativamente,
de forma a ser avaliado seu comportamento social em situações pré-
selecionadas. Geralmente, as situações apresentadas aos candidatos, são
projetadas para comportamentos em cargos futuros, ou seja, para a função
que será exercida pelo candidato selecionado. Essas técnicas podem
incluir:
■ provas situacionais — relacionadas às tarefas do cargo, por exemplo,
teste de direção, para a vaga de uma função de motorista;
■ dinâmica de grupo — se trata de um jogo de grupo, em que, a partir de
uma situação estruturada, os integrantes da dinâmica interagem. Desse
modo, é possível observar, por exemplo, problemas de relacionamento,
integração social e liderança. É recomendável que, mais de uma pessoa
esteja observando a interação entre os candidatos, pois assim é possível
confrontar as observações no momento de realizar a escolha do candidato.
Muitas empresas pecam por conta dessa falta de comunicação. Hoje em dia
com as redes sociais e o mundo globalizado um comentário negativo circula muito
rápido, e algumas vezes até de forma distorcida, e isso pode afetar possíveis novas
contratações, pois a falta de confiança em uma determinada empresa pode fazer até
com que alguns talentos escolham outras organizações para se candidatarem.
Para os candidatos selecionados, após as diversas etapas do processo de
planejamento e execução, é importante que a gestão de pessoas oriente da melhor
forma possível para a adaptação dos novos colaboradores. Isso é relevante porque
há um momento de imersão na cultura organizacional e nas novas atividades a serem
desenvolvidas, essa etapa é chamada de ambientação. Em primeiro lugar, é
importante apresentar a pessoa selecionada ao restante da empresa para deixar claro
quem é o novo funcionário, quem participará das atividades do dia a dia da empresa
e em quais atividades ele estará envolvido. A maioria das empresas planeja um ou
mais dias de ambientação, geralmente com um grupo de novas contratações, quando
a gestão de pessoas detalha a empresa, seu nicho de mercado, os produtos ou
serviços que vende, a participação da empresa no mercado, seu mercado atual, quais
são seus principais concorrentes, etc.
Durante a ambientação também é importante que o novo funcionário se sinta
“parte do time”, um ambiente acolhedor e receptivo é fundamental para isso. Todo
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novo ciclo é difícil no começo, se o novo colaborador encontrar rivalidades logo de
cara é possível que isso o desestimule ou então crie uma competição hostil dentro da
equipe, causando mal-estar e um ambiente complicado de trabalho, e isso ao longo
prazo com certeza não será bom para a empresa.
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Portanto, é fato que as empresas estão cada vez mais competitivas e nas atuais
circunstâncias é necessário atrair e contratar profissionais diferenciados. Isso mostra
a importância de buscar constantemente a gestão de pessoas para a melhoria
contínua do processo de recrutamento e seleção, pois, assim as chances de sucesso
nesses processos serão maiores e o processo ficará cada vez mais confiável.
Juntamente, a gestão de competências é uma grande aliada em todo esse processo,
afinal ela auxiliará nas contratações certeiras aproveitando e utilizando o talento e o
potencial dos novos colaboradores da melhor forma possível.
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