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MINISTÉRIO PÚBLICO
E A FISCALIZAÇÃO DO SUAS
GOIÂNIA
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
2015
OS NINGUÉNS
Eduardo Galeano
SUMÁRIO
1 - APRESENTAÇÃO................................................................05
2 - INTRODUÇÃO.....................................................................09
3.7 - FINANCIAMENTO..............................................................69
4 - O CONTROLE EXTERNO DO SUAS.................................................83
5 - ANEXO.................................................................................................97
5.1 - LISTA DE SIGLAS.......................................................97
6 - ANOTAÇÕES......................................................................................99
1 - APRESENTAÇÃO
1
Art. 31. Cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos estabelecidos
nesta lei.
5
No âmbito do MP-GO, a matéria merece destacada impor-
tância diante do tema eleito para o Plano Geral de Atuação (PGA)
do biênio 2014/2015, a saber: “a intensificação da atuação no com-
bate à corrupção, por meio de ações preventivas e repressivas, com
especial enfoque na fiscalização da aplicação de verbas públicas e
no controle da qualidade e eficiência dos serviços públicos”.
6
de esgotar o tema ou abordar todas as vertentes da assistência
social, mas apenas de oferecer a membros e servidores do Mi-
nistério Público maiores subsídios para uma introdução ou apri-
moramento dos estudos nessa área.
7
8
2 - INTRODUÇÃO
9
previsto nas Resoluções do CNAS. A partir de então, o SUAS
ganha status de lei ordinária e, com isso, mais força, sinalizando
o legislador pela aprovação do sistema antes regulamentado em
nível infralegal. Ratifica-se, assim, o caráter obrigatório do
SUAS, deixando evidente o sistema como a única alternativa
correta para o funcionamento e oferta da assistência social em
todo país.
10
RESOLUÇÕES n.145/04 (Aprova a Política Nacional de
DO CNAS Assistência Social)
11
da rede, a segunda traz os princípios e diretrizes para a gestão
do trabalho no SUAS, inclusive os quantitativos mínimos de pro-
fissionais de equipes de referência para alguns equipamentos.
12
3 - O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
- descentralização político-administrativa;
2
Art. 1º da Lei n. 8.742/93.
3
Art. 1º, NOB/SUAS2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012 4.
4
Art. 5º, incisos I a III, da Lei n. 8.742/93.
5
Art. 6º, caput, da Lei n. 8.742/93.
13
A compreensão desse sistema, suas características
e finalidades, é fundamental não apenas para direcionar o
gestor na execução da política pública ou a entidade privada
em sua atuação na área, mas também para a fiscalização do
sistema, quando será necessário distinguir quais atividades
podem ser caracterizadas como de assistência social e, por
consequência, estariam aptas a serem financiadas com ver-
bas previstas no orçamento desta política.
6
Capacitação para Controle Social nos Municípios: Assistência Social e Programa
Bolsa Família. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília.
2010. p. 89.Art. 30 da Lei n. 8.742/93.
14
Dentre outras exigências, como condição para receber recursos
(federais e estaduais), os Estados e Municípios devem ter insti-
tuídos e em funcionamento, Conselhos de Assistência Social,
Fundos de Assistência Social e Planos de Assistência Social em
cada esfera de governo. Além disso, para receber recursos do
Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), Estados e Muni-
cípios ainda devem comprovar a alocação de recursos próprios
em seus respectivos Fundos de Assistência Social7.
7
Art. 30 da Lei n. 8.742/93.
8
Art. 119, NOB/SUAS2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012.
15
Social, atuando de forma específica em cada esfera de governo.
Assim, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
deverão instituir os conselhos por meio de edição de lei especí-
fica, conforme determina a LOAS9.
9
Art. 119°,§1° NOB/SUAS2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012.
10
Art. 113°, NOB/SUAS2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012.
11
Art. 121°, VIII, NOB/SUAS2012, Atualizada pela Resolução n.33/2012.
12
Art. 117°, NOB/SUAS2012, Atualizada pela Resolução n.33/2012.
13
Podem ser realizadas etapas preparatórias ás conferências, mediante a convoca-
ção de pré-conferências, reuniões ampliadas do conselho ou audiências públicas,
entre outras estratégias de ampliação da participação popular, conforme prevê o art.
118, §2 NOB/SUAS2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012.
16
Destacam-se, ainda, as audiências públicas e outros me-
canismos de audiência da sociedade, de usuários e de traba-
lhadores sociais não definidos na LOAS, mas acertadamente
mencionados no art. 116 da NOB/SUAS 2012, subsidiados, atra-
vés de dados e informações concernentes às demandas e as
necessidades sociais.
17
área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e me-
lhorar os benefícios e os serviços assistenciais.
18
subalternatividade, realizando a garantia de proteção social
ativa, isto é, volta-se à conquista de condições de autonomia,
resiliência e sustentabilidade, protagonismo, oportunidades, ca-
pacitações, serviços, condições de convívio e socialização, de
acordo com a capacidade, dignidade e projetos pessoais e so-
ciais dos usuários.
19
3.1.4 - Instâncias de Pactuação
14
Art. 133, NOB/SUAS 2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012.
15
Art.128, NOB/SUAS 2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012.
20
A CIB é composta pelas seguintes representações: o Es-
tado, pelo Órgão Gestor Estadual da política de assistência so-
cial e os Municípios representados pelo Colegiado Estadual de
Gestores Municipais de Assistência Social- COEGEMAS.
16
Art. 3° e art. 5°, NOB/SUAS2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012.
21
Da mesma forma, destacam-se as garantias abaixo17:
17
Art. 4°, NOB/SUAS 2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012.
22
3.3 - OS NÍVEIS DE PROTEÇÃO SOCIAL
18
Art. 6º-A, inciso I, da Lei n. 8.742/93.
19
A vulnerabilidade decorre da perda ou fragilidade dos vínculos de afetividade, per-
tencimento e sociabilidade; da desvantagem pessoal resultante de deficiências; e da
exclusão pela pobreza e/ou pela falta de acesso às demais políticas públicas.
23
programas e projetos socioassistenciais de proteção social
básica às famílias.
20
Art. 20° e 21° I e II, NOB/SUAS 2012, Atualizada pela Resolução n. 33/2012 21
21
NOB/SUAS 2012, artigo 64, parágrafos §2º e §3º.
24
I. ao número de famílias do território;
25
parâmetro de quantificação. Vejamos: se há a estimativa de que
existem no território 10.000 famílias com perfil para serem refe-
renciadas, este território precisará de 04 CRAS com capacidade
para referenciar até 2.500 famílias, ou de 03 CRAS com capaci-
dade para referenciar 2.500 a 3.500 famílias, ou, ainda, de 02
CRAS com capacidade para até 5.000 famílias. A escolha entre
essas opções dependerá das condições ofertadas pelo município
no que se refere à estrutura física e aos recursos humanos.
22
O CadÚnico é um banco de dados informatizado que identifica as famílias em si-
tuação de pobreza, fornecendo dados para a priorização de ações governamentais
na saúde, educação, trabalho, renda, habitação e segurança alimentar. O CadÚnico
orienta a seleção de beneficiários do PBF.
23
A estimativa de famílias pobres com Perfil Cadastro Único (baixa renda) foi feita a
partir da combinação da metodologia de Mapas de Pobreza do IBGE, elaborados a
partir do Censo Demográfico 2010 e de outros indicadores sócio-econômicos, le-
vando em consideração a renda familiar per capita de até meio salário mínimo.
26
Estimativa Quantidade
Cadastral de Famílias
MUNICíPIO de famílias Cadastradas Cobertura
pobres Referência: Cadastral
IBGE - 2010 07/2014 (%)
27
BARRO ALTO 667 1406 210,79
BELA VISTA DE GOIÁS 2321 2236 96,34
BOM JARDIM DE GOIÁS 1185 1561 131,73
BOM JESUS DE GOIÁS 2351 2758 117,31
BONFINÓPOLIS 850 1128 132,71
BONÓPOLIS 498 768 154,22
BRAZABRANTES 348 550 158,05
BRITÂNIA 766 885 115,54
BURITI ALEGRE 843 862 102,25
BURITI DE GOIÁS 280 518 185
BURITINÓPOLIS 583 661 113,38
CABECEIRAS 1148 1486 129,44
CACHOEIRA ALTA 675 1246 184,59
CACHOEIRA DE GOIÁS 175 254 145,14
CACHOEIRA DOURADA 860 1360 158,14
CAÇU 787 1490 189,33
CAIAPÔNIA 2135 2636 123,47
CALDAS NOVAS 5834 7570 129,76
CALDAZINHA 432 578 133,8
CAMPESTRE DE GOIÁS 512 731 142,77
CAMPINAÇU 650 748 115,08
CAMPINORTE 1318 1590 120,64
CAMPO ALEGRE DE GOIÁS 551 846 153,54
CAMPO LIMPO DE GOIÁS 808 1138 140,84
CAMPOS BELOS 2718 3554 130,76
CAMPOS VERDES 948 1163 122,68
CARMO DO RIO VERDE 1103 1850 167,72
CASTELÂNDIA 464 784 168,97
CATALÃO 4867 7818 160,63
CATURAÍ 603 911 151,08
CAVALCANTE 1604 2056 128,18
CERES 1562 2618 167,61
CEZARINA 934 1148 122,91
CHAPADÃO DO CÉU 304 705 231,91
28
CIDADE OCIDENTAL 5777 7904 136,82
COCALZINHO DE GOIÁS 2387 3697 154,88
COLINAS DO SUL 544 704 129,41
CÓRREGO DO OURO 302 447 148,01
CORUMBÁ DE GOIÁS 1335 1754 131,39
CORUMBAÍBA 868 1272 146,54
CRISTALINA 4915 6758 137,5
CRISTIANÓPOLIS 359 572 159,33
CRIXÁS 2004 2492 124,35
CROMÍNIA 478 729 152,51
CUMARI 310 345 111,29
DAMIANÓPOLIS 592 783 132,26
DAVINÓPOLIS 192 234 121,88
DIORAMA 320 329 102,81
DIVINÓPOLIS DE GOIÁS 949 1342 141,41
DOVERLÂNDIA 910 1439 158,13
EDEALINA 396 569 143,69
EDÉIA 958 1464 152,82
ESTRELA DO NORTE 305 580 190,16
FAINA 1072 1231 114,83
FAZENDA NOVA 833 1028 123,41
FIRMINÓPOLIS 1343 1757 130,83
FLORES DE GOIÁS 2114 2319 109,7
FORMOSA 10566 15885 150,34
FORMOSO 705 864 122,55
GAMELEIRA DE GOIÁS 397 387 97,48
GOIANÁPOLIS 1294 1543 119,24
GOIANDIRA 427 637 149,18
GOIANÉSIA 4727 5360 113,39
GOIÂNIA 75894 74820 98,58
GOIANIRA 3435 4900 142,65
GOIÁS 2900 3431 118,31
GOIATUBA 2689 2719 101,12
GOUVELÂNDIA 557 708 127,11
29
GUAPÓ 1730 2393 138,32
GUARAÍTA 364 418 114,84
GUARANI DE GOIÁS 777 895 115,19
GUARINOS 444 577 129,95
HEITORAÍ 559 745 133,27
HIDROLÂNDIA 1637 2842 173,61
HIDROLINA 561 928 165,42
IACIARA 1977 3381 171,02
INACIOLÂNDIA 670 982 146,57
INDIARA 1355 2384 175,94
INHUMAS 4349 6838 157,23
IPAMERI 2787 3416 122,57
IPIRANGA DE GOIÁS 401 599 149,38
IPORÁ 3116 2725 87,45
ISRAELÂNDIA 413 699 169,25
ITABERAÍ 3468 5112 147,4
ITAGUARI 453 843 186,09
ITAGUARU 629 995 158,19
ITAJÁ 453 814 179,69
ITAPACI 2106 2803 133,1
ITAPIRAPUÃ 1054 1319 125,14
ITAPURANGA 3004 4435 147,64
ITARUMÃ 553 910 164,56
ITAUÇU 857 861 100,47
ITUMBIARA 6950 8490 122,16
IVOLÂNDIA 392 524 133,67
JANDAIA 720 1157 160,69
JARAGUÁ 4382 6030 137,61
JATAÍ 6142 6838 111,33
JAUPACI 413 795 192,49
JESÚPOLIS 338 461 136,39
JOVIÂNIA 699 655 93,71
JUSSARA 2197 3259 148,34
LAGOA SANTA 136 315 231,62
30
LEOPOLDO DE BULHÕES 973 1264 129,91
LUZIÂNIA 19169 25211 131,52
MAIRIPOTABA 342 660 192,98
MAMBAÍ 1181 1703 144,2
MARA ROSA 1317 1576 119,67
MARZAGÃO 242 399 164,88
MATRINCHÃ 619 1046 168,98
MAURILÂNDIA 1132 1741 153,8
MIMOSO DE GOIÁS 456 723 158,55
MINAÇU 4094 4094 100
MINEIROS 4075 6093 149,52
MOIPORÁ 241 241 100
MONTE ALEGRE DE GOIÁS 1366 1811 132,58
MONTES CLAROS DE GOIÁS 913 927 101,53
MONTIVIDIU 804 1213 150,87
MONTIVIDIU DO NORTE 762 1037 136,09
MORRINHOS 3214 3544 110,27
MORRO AGUDO DE GOIÁS 360 550 152,78
MOSSÂMEDES 628 829 132,01
MOZARLÂNDIA 1446 2042 141,22
MUNDO NOVO 1062 1150 108,29
MUTUNÓPOLIS 623 720 115,57
NAZÁRIO 895 1479 165,25
NERÓPOLIS 2522 4291 170,14
NIQUELÂNDIA 4653 6714 144,29
NOVA AMÉRICA 281 560 199,29
NOVA AURORA 179 383 213,97
NOVA CRIXÁS 1570 2571 163,76
NOVA GLÓRIA 1342 1541 114,83
NOVA IGUAÇU DE GOIÁS 395 458 115,95
NOVA ROMA 624 678 108,65
NOVA VENEZA 921 1147 124,54
NOVO BRASIL 429 824 192,07
NOVO GAMA 11632 10812 92,95
31
NOVO PLANALTO 700 993 141,86
ORIZONA 1513 1416 93,59
OURO VERDE DE GOIÁS 521 679 130,33
OUVIDOR 415 885 213,25
PADRE BERNARDO 3865 4034 104,37
PALESTINA DE GOIÁS 395 608 153,92
PALMEIRAS DE GOIÁS 2276 3404 149,56
PALMELO 241 494 204,98
PALMINÓPOLIS 414 617 149,03
PANAMÁ 227 448 161,73
PARANAIGUARA 858 1501 174,94
PARAÚNA 1200 1679 139,92
PEROLÂNDIA 341 550 161,29
PETROLINA DE GOIÁS 1124 1263 112,37
PILAR DE GOIÁS 458 536 117,03
PIRACANJUBA 2212 2053 92,81
PIRANHAS 1485 1926 129,7
PIRENÓPOLIS 2713 3651 134,57
PIRES DO RIO 2348 2978 126,83
PLANALTINA 9713 11636 119,8
PONTALINA 2144 2399 111,89
PORANGATU 5410 7562 139,78
PORTEIRÃO 247 777 314,57
PORTELÂNDIA 358 712 198,88
POSSE 4530 5143 113,53
PROFESSOR JAMIL 377 567 150,4
QUIRINÓPOLIS 3379 5982 177,03
RIALMA 980 1557 158,88
RIANÁPOLIS 472 516 109,32
RIO QUENTE 291 515 176,98
RIO VERDE 13909 18029 129,62
RUBIATABA 2092 3124 149,33
SANCLERLÂNDIA 797 1370 171,89
SANTA BÁRBARA DE GOIÁS 643 1075 167,19
32
SANTA ISABEL 476 624 131,09
SANTA RITA DO ARAGUAIA 707 933 131,97
SANTA RITA DO NOVO DESTINO 444 646 145,5
SANTA ROSA DE GOIÁS 426 479 112,44
SANTA TEREZA DE GOIÁS 731 799 109,3
SANTA TEREZINHA DE GOIÁS 1554 2282 146,85
SANTO ANTÔNIO DA BARRA 542 822 151,66
SANTO ANTÔNIO DE GOIÁS 464 803 173,06
SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO 8160 13336 163,43
SÃO DOMINGOS 2152 1751 81,37
SÃO FRANCISCO DE GOIÁS 842 1001 118,88
SÃO JOÃO D´ALIANÇA 1405 1910 135,94
SÃO JOÃO DA PARAÚNA 203 290 142,86
SÃO LUÍS DE MONTES BELOS 2670 2615 97,94
SÃO LUÍZ DO NORTE 636 857 134,75
SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA 3102 4308 138,88
SÃO MIGUEL DO PASSA QUATRO 387 489 126,36
SÃO PATRÍCIO 264 488 184,85
SÃO SIMÃO 1409 2390 169,62
SENADOR CANEDO 8502 11635 136,85
SERRANÓPOLIS 676 870 128,7
SILVÂNIA 1763 2212 125,47
SIMOLÂNDIA 1144 1489 130,16
SÍTIO D´ABADIA 509 763 149,9
TAQUARAL DE GOIÁS 314 720 229,3
TERESINA DE GOIÁS 388 836 215,46
TEREZÓPOLIS DE GOIÁS 813 1116 137,27
TRÊS RANCHOS 256 441 172,27
TRINDADE 10384 15793 152,09
TROMBAS 581 884 152,15
TURVÂNIA 704 1052 149,43
TURVELÂNDIA 510 753 147,65
UIRAPURU 469 609 129,85
URUAÇU 3849 4439 115,33
33
URUANA 1934 2641 136,56
URUTAÍ 337 355 105,34
VALPARAÍSO DE GOIÁS 12227 13783 112,73
VARJÃO 392 799 203,83
VIANÓPOLIS 1146 1492 130,19
VICENTINÓPOLIS 768 1106 144,01
VILA BOA 714 1139 159,52
VILA PROPÍCIO 737 1078 146,27
34
Os serviços de proteção social básica são:
35
QUADRO DE SERVIÇOS DA PROTEÇÃO BÁSICA24
Consiste no trabalho social com
famílias, de caráter continuado,
SERVIÇO DE PROTEÇÃO E com a finalidade de fortalecer a
função protetiva daquelas, pre-
ATENDIMENTO INTEGRAL venindo a ruptura de seus vínculos,
À FAMÍLIA (PAIF) promovendo seu acesso e usu-
fruto de direitos e contribuindo
na melhoria de sua qualidade de
vida.
Tem por finalidade, em síntese,
complementar o trabalho social
com famílias prevenindo a
SERVIÇO DE ocorrência de situações de exclu-
são social, risco e a instituciona-
CONVIVÊNCIA E
lização. O serviço é organizado
FORTALECIMENTO DE de modo a garantir aquisições
VÍNCULOS progressivas aos seus usuários
de acordo com seu ciclo de vida,
destinado a crianças, adolescen-
tes e idosos.
SERVIÇO DE PROTEÇÃO Objetiva prevenir, também com-
SOCIAL BÁSICA plementando o trabalho social
NO DOMICÍLIO PARA com famílias, o isolamento e
confinamento de idosos e pes-
PESSOAS soas com deficiência e agravos
COM DEFICIÊNCIA que possam desencadear rompi-
E IDOSAS mentos de vínculos familiares e
sociais.
24
Resolução n. 109/09 do CNAS.
25
Art. 6º-A, inciso II, da Lei n. 8.742/93.
36
de situações de risco ou violação de direitos.
37
Apesar disto, ainda que a definição do número necessá-
rio de CREAS deva se pautar pela demanda do município, o Mi-
nistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ainda
utiliza, como um parâmetro de referência para estabelecer o nú-
mero mínimo de CREAS, o porte do município26:
26
Orientações sobre a Gestão do Centro de Referência Especializado de Assistência
Social – CREAS – 1ª Versão. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome. Brasília. 2011. p. 15
27
O porte municipal é uma classificação utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística – IBGE para dividir os municípios por número de habitantes. Esta clas-
sificação é utilizada pela assistência social nos casos em que é necessário considerar
o tamanho do município para fins de repasse financeiros, implantação de equipa-
mentos, entre outros.
38
do CREAS ou de qualquer outro serviço ou equipamento. Nesse
caso, estando o município recebendo verbas para esse fim, não
pode se escusar de ofertar o serviço/unidade.
I - de média complexidade:
28
Lei n. 12.435 de 2011, § 3º, art. 6º-C.
39
II- de alta complexidade:
- Abrigo Institucional;
- Casa-Lar;
- Casa de Passagem;
- Residência Inclusiva.
40
Proteção Social Atuação
Básica Preventiva
Proteção Atuação
Social Especial Restaurativa
Média Complexidade
(Violação de Direitos) (vínculos preservados)
Alta Complexidade
(vículos rompidos)
41
QUADRO DE SERVIÇOS DA PROTEÇÃO ESPECIAL29
Consiste no trabalho de apoio, orientação e acompa-
SERVIÇO DE nhamento a famílias com um ou mais de seus membros
PROTEÇÃO E em situação de ameaça ou violação de direitos. Com-
ATENDIMENTO preende atenções e orientações direcionadas para a
ESPECIALIZADO promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento
A FAMÍLIAS E de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o
INDIVÍDUOS
fortalecimento da função protetiva das famílias diante do
(PAEFI)
conjunto de condições que as vulnerabilizam e/ou as
submetem a situações de risco pessoal e social.
É aquele ofertado de forma continuada e programada
com a finalidade de assegurar trabalho social de aborda-
SERVIÇO gem e busca ativa que identifique, nos territórios, a inci-
ESPECIALIZADO dência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças
EM ABORDAGEM e adolescentes, situação de rua, dentre outras situações
SOCIAL de violação de direitos, devendo buscar a resolução de
necessidades imediatas e promover a inserção na rede
de serviços socioassistenciais e das demais políticas
públicas na perspectiva da garantia dos direitos.
SERVIÇO DE
PROTEÇÃO SOCIAL É o serviço destinado a prover atenção socioassistencial
A ADOLESCENTES EM a adolescentes e jovens em cumprimento de medidas
CUMPRIMENTO DE socioeducativas em meio aberto determinadas judicial-
MEDIDA SOCIOEDU- mente. Realiza-se a partir da elaboração do Plano Indi-
CATIVA DE LIBERDADE vidual de Atendimento (PIA) com a participação do
ASSISTIDA (LA) E DE adolescente e sua família, contendo objetivos, metas,
PRESTAÇÃO DE perspectivas de vida futura de acordo com as necessi-
SERVIÇOS À
dades do adolescente.
COMUNIDADE (PSC)
Esse serviço visa à oferta de atendimento especializado a
SERVIÇO DE famílias com pessoas com deficiência e idosas com algum
PROTEÇÃO SOCIAL grau de dependência, que tiveram suas limitações agra-
ESPECIAL PARA vadas por violações de direitos, tais como: exploração da
PESSOAS COM imagem, isolamento, confinamento, atitudes discriminató-
DEFICIÊNCIA, rias e preconceituosas no seio da família, falta de cuidados
IDOSAS E SUAS adequados por parte do cuidador, alto grau de estresse do
FAMÍLIAS cuidador, desvalorização da potencialidade/ capacidade
da pessoa, dentre outras que agravam a dependência e
comprometem o desenvolvimento da autonomia.
Tem por finalidade assegurar a pessoas que utilizam as
SERVIÇO ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência o
ESPECIALIZADO PARA atendimento e as atividades direcionados para o desen-
PESSOAS EM volvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortale-
SITUAÇÃO DE RUA cimento de vínculos interpessoais e/ou familiares que
oportunizem a construção de novos projetos de vida.
42
QUADRO DE SERVIÇOS DA PROTEÇÃO ESPECIAL
Serviço de acolhimento voltado a famílias e/ou indiví-
duos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados
que deve funcionar em unidade com características
residenciais. O atendimento deve ser personalizado e
em pequenos grupos, além de favorecer o convívio fa-
miliar e comunitário.
SERVIÇO DE Para crianças, adolescentes e idosos, o serviço deve ser
ACOLHIMENTO desenvolvido em Casa-Lar e Abrigo Institucional, para
INSTITUCIONAL adultos e famílias em Abrigo Institucional e Casa de Pas-
sagem, para jovens e adultos com deficiência em Resi-
dências Inclusivas. O serviço destinado especificamente
a crianças e adolescentes deve ser organizado segundo
as normas do ECA e documento “Orientações Técnicas:
Serviço de Acolhimento para Crianças e Adolescentes”,
aprovado pela Resolução Conjunta CONANDA-CNAS
no 01 de 18 de junho de 2009.
43
3.4 - ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
30
Art. 6º, §2º da Lei n. 8.742/93.
31
Art. 3º, caput, da Lei n. 8.742/93.
32
Art. 1º do Decreto n. 6308/07.
33
Art. 6º-B, §1º da Lei n. 8.742/93.
34
Art. 3º Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem
fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessora-
mento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa
e garantia de direitos.
44
integrar o sistema de cadastro de entidades mantido pelo MDS35.
45
Observe-se que, em qualquer hipótese, receba recursos pú-
blicos ou não, o regular funcionamento da entidade depende de pré-
via inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social (ou do DF,
quando for o caso), ao qual cabe sua fiscalização40. Também em qual-
quer caso, a entidade deve prestar assistência social seguindo os ob-
jetivos, diretrizes e princípios estabelecidos na NOB/SUAS 2012,
NOB/SUAS-RH e demais normativas da área. Além disso, os serviços
devem ser prestados em estrita observância à tipificação nacional de
serviços aprovada pela Resolução CNAS 109/09.
40
Art. 9º da Lei n. 8.742/93.
41
Art. 1º do Decreto n. 6.308/07.
42
Art. 2º da Lei n. 8.742/93.
43
Art. 3º da Lei n. 8.742/93 (Art. 3º Consideram-se entidades e organizações de as-
sistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam
atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como
as que atuam na defesa e garantia de direitos.
46
Deve obedecer ao princípio da universalidade do
ATENDIMENTO atendimento, sendo vedado dirigir suas ativida-
des exclusivamente a seus associados ou a ca-
tegoria profissional44.
47
3.5 - RECURSOS HUMANOS
48
em consideração o número de famílias e indivíduos referenciados,
o tipo de atendimento e as aquisições que devem ser garantidas
aos usuários”49, além de dispor sobre a composição mínima de cada
equipe nos CRAS, CREAS e nos serviços de acolhimento tempo-
rário, conforme quadros abaixo:
MUNICÍPIOS DE
MUNICÍPIOS DE MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE,
PEQUENO PORTE I PEQUENO PORTE II GRANDE PORTE E
METRÓPOLES
01 Coordenador com nível superior, concursado e experiência em trabalhos comu-
nitários e gestão de programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais
Até 2.500 famílias Até 3.500 famílias A cada 5.000 famílias
referenciadas referenciadas referenciadas
4 técnicos de nível su-
2 técnicos de nível su- 3 técnicos de nível su-
perior, sendo dois pro-
perior, sendo um pro- perior, sendo dois pro-
fissionais assistentes
fissional assistente fissionais assistentes
sociais, um psicólogo e
social e outro preferen- sociais e outro prefe-
um profissional que
cialmente psicólogo rencialmente psicólogo
compõe o SUAS
49
NOB/SUAS-RH, p. 14.
49
• Equipes de Referência nos CREAS:
50
• Equipes de Referência para os Centros de Acolhimento Institucional
com atendimento em pequenos grupos
(Abrigo Institucional, Casa-lar e Casa de Passagem)
51
• Equipes de Referência para os Centros de Acolhimento Institucional
com atendimento em pequenos grupos (cont.)
(Abrigo Institucional, Casa-lar e Casa de Passagem)
Atendimento Profissional Escolaridade Quantidade
Função
Assistente Social nível superior 1 profissional para acom-
panhamento de até 15 fa-
mílias acolhedoras e
atendimento a até 15 fa-
mílias de origem dos
PSICOS- usuários atendidos nesta
modalidade.
SOCIAL
Psicólogo nível superior 1 profissional para acom-
panhamento de até 15 fa-
mílias acolhedoras e
atendimento a até 15 fa-
mílias de origem dos
usuários atendidos nesta
modalidade.
(*) vinculada ao órgão gestor
52
• Equipe de Referência para Acolhimento em República:
Atendimento Profissional Escolaridade Quantidade
Função
Coordenador nível superior 1 profissional referenciado
para até 20 usuários.
53
Outro ponto importante consiste na possibilidade do pa-
gamento de pessoal com recursos oriundos de verbas de cofi-
nanciamento, trazida pela Lei n.12.435/11. Com o advento deste
diploma, que incluiu o art. 6º-E na LOAS, tais repasses passam
a poder ser aplicados no pagamento dos profissionais que inte-
gram as equipes de referência conforme percentual estabelecido
pelo MDS e aprovado pelo CNAS. Nessa esteira, foi aprovada a
Resolução n. 32/2011 do CNAS, que estabeleceu o limite de
60% dos recursos oriundos do FNAS para o pagamento desses
profissionais pelos Municípios.
54
3.6 - A RESPONSABILIDADE DOS ENTES FEDERATIVOS
NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL – SUAS
55
de assistência social em âmbito regional ou local;
III- atender, em conjunto com os Municípios, às ações assis-
tenciais de caráter de emergência;
IV- estimular e apoiar técnica e financeiramente as associa-
ções e consórcios municipais na prestação de serviços de as-
sistência social;
V- prestar os serviços assistenciais cujos custos ou ausência
de demanda municipal justifiquem uma rede regional de ser-
viços, desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado.
VI- realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistên-
cia social e assessorar os Municípios para seu desenvolvimento.
56
A lei definiu que, na estruturação e funcionamento dos
serviços de proteção básica e especial do Sistema Único de As-
sistência Social, o Município tem responsabilidade prepon-
derante na prestação dos serviços, cabendo aos Estados e à
União, salvo nos casos de emergência, uma atuação mera-
mente fiscalizatória e subsidiária, sem prejuízo de seu dever de
cofinanciamento, através de transferências automáticas, opera-
das fundo-a-fundo.
57
Presume-se que os municípios maiores apresentam
demanda por serviços de média complexidade e/ou de alta
complexidade. Contudo, ainda que não caiba a presunção
acima, persiste a responsabilidade do município sempre
que existente e comprovada a demanda.
58
3.7 - INSTRUMENTOS DE GESTÃO
c)Orçamento;
d)Processos de Acompanhamento;
e)Gestão da Informação;
f)Gestão do Trabalho.
Capacitação para Controle Social nos Municípios: Assistência Social e Programa Bolsa
50
59
a) Plano de Assistência Social
51
NOB/SUAS 2012, art. 20.
52
O Plano de Ação é o instrumento eletrônico de planejamento utilizado pela SNAS
para ordenar e garantir o lançamento e validação anual das informações necessárias
ao início ou à continuidade da transferência regular automática de recursos do cofi-
nanciamento federal dos serviços socioassistenciais.
53
O Suasweb é um sistema informatizado desenvolvido pelo Ministério do Desen-
volvimento Social e Combate à Fome – MDS especificamente para auxiliar na gestão
do SUAS. Ele é alimentado por estados e municípios que utilizam formulários espe-
cíficos, como o Plano de Ação e o Demonstrativo Sintético físico-financeiro.
60
b) Pacto de Aprimoramento do SUAS
54
NOB-SUAS 2012, art. 23
55
NOB SUAS 2012, art. 32.
56
Tabela disponível no endereço eletrônico do Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, no link http://www. mds.gov.br/assistenciasocial/cit-define-
prioridades-e-metas-municipais-para-o-periodo-2014-2017.
61
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
PRIORIDADE META
a) Acompanhamento familiar pelo PAIF Atingir taxa de acompanhamento do PAIF
das famílias cadastradas no CadÚnico de
15 % para municípios de Peq. I e 10%
para os demais portes.
b) Acompanhamento pelo PAIF das famí- Atingir taxa de acompanhamento do PAIF
lias com membros beneficiários do BPC das famílias com membros beneficiários
do BPC: 25 % para municípios de Peq.
Porte I e 10% para os demais portes.
c) Cadastramento das famílias com bene- Atingir os seguintes percentuais de Cadas-
ficiários do BPC no CadÚnico tramento no CadÚnico das famílias com
presença de beneficiários do BPC: Munic.
Peq I - 70%; Munic. Peq II – 70%; Médio
Porte – 60 %; Grande Porte – 60%; Me-
trópole – 50%.
d) Acompanhamento pelo PAIF das famí- Atingir taxa de acompanhamento pelo
lias beneficiárias do Programa Bolsa Fa- PAIF das famílias beneficiárias do Pro-
mília que apresentem outras grama Bolsa Família de 15% para os mu-
vulnerabilidades sociais, para além da in- nicípios de Peq. Porte I e 10% para os
suficiência de renda demais portes.
e) Acompanhamento pelo PAIF das famí- Atingir 50% de taxa de acompanhamento
lias beneficiárias do Programa Bolsa Fa- das famílias em fase de suspensão do
mília em fase de suspensão por Programa Bolsa Família em decorrência
descumprimento de condicionalidades, do descumprimento de condicionalidades,
cujos motivos sejam da assistência social cujos motivos sejam da assistência social
com respectivo sistema de informação.
f) Reordenamento dos Serviços de Convi- Atingir o percentual de 50% de inclusão do
vência e Fortalecimento de Vínculos público prioritário no Serviço de Convivên-
cia e Fortalecimento de Vínculos.
g) Ampliação da cobertura da Proteção Referenciar 100% da população constante
Social Básica nos municípios de grande no CadÚnico com ½ SM ou 20% dos do-
porte e metrópoles micílios do município aos CRAS.
h) Adesão ao Programa BPC na Escola Alcançar 100% de adesão dos municípios
ao Programa BPC na Escola.
62
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
PRIORIDADE META
a) Ampliação da cobertura do PAEFI Implantar 1 CREAS em todos os municí-
nos municípios com mais de 20 mil pios entre 20 e 200 mil habitantes e no
habitantes mínimo de 1 CREAS para cada 200 mil
habilitantes.
b) Identificação e cadastramento de Atingir no mínimo 70% de cadastro até fim
crianças e adolescentes em situação de de 2016 nos Municípios com alta incidên-
Trabalho Infantil cia que aderiram ao cofinancimento das
ações estratégicas do PETI em 2013. Atin-
gir no mínimo 70% de cadastro até fim de
2017 nos Municípios com alta incidência
que aderiram ao cofinancimento das
ações estratégicas do PETI em 2014. Atin-
gir 50% de identificação e o cadastro do
trabalho infantil para os demais municípios.
c) Cadastramento e atendimento da Po- Identificar e cadastrar no CadÚnico 70%
pulação em Situação de Rua das pessoas em situação de rua em
acompanhamento pelo Serviço Especiali-
zado ofertado no Centro Pop. Implantar
100% dos Serviços para população de rua
(Serviço Especializado para Pop Rua, Ser-
viço de Abordagem Social e Serviço de
Acolhimento para pessoa em situação de
rua) nos municípios com mais de 100 mil
habitantes e municípios de regiões metro-
politanas com 50 mil ou mais, conforme
pactuação na CIT e deliberação do CNAS.
d) Acompanhamento pelo PAEFI de fa- Acompanhar 60% das famílias com
mílias com crianças e adolescentes em criança ou adolescente nos serviços de
serviço de acolhimento acolhimento.
e) Reordenamento dos Serviços de Reordenar 100% dos serviços de acolhi-
Acolhimento para Crianças e Adoles- mento para crianças e adolescente em
centes conformidade com as pactuações da CIT
e resoluções do CNAS.
f) Acompanhamento pelo PAEFI das fa- Realizar em 100% dos CREAS o acom-
mílias com violação de direitos em de- panhamento de famílias com presença de
corrência do uso de substâncias violação de direitos em decorrência do uso
psicoativas de substâncias psicoativas.
g) Implantar Unidades de Acolhimento Implantar 100% das unidades de acolhi-
(residência inclusiva) para pessoas com mento (residência inclusiva), conforme
deficiência em situação de dependência pactuado na CIT e deliberado pelo CNAS,
com rompimento de vínculos familiares para pessoas com deficiência em situação
de dependência com rompimento de vín-
culos familiares.
63
GESTÃO
PRIORIDADE META
a) Desprecarização dos vínculos trabalhis- Atingir percentual mínimo 60% de traba-
tas das equipes que atuam nos serviços lhadores do SUAS de nível superior e
socioassistenciais e na gestão do SUAS médio com vínculo de servidor estatutário
ou empregado público.
b) Estruturação das SMAS com formaliza- 100% dos municípios de pequeno I e II e
ção de áreas essenciais médio porte com instituição formal, na es-
trutura do órgão gestor de assistência so-
cial, as áreas constituídas como
subdivisões administrativas, Proteção So-
cial Básica, Proteção Social Especial e a
área de Gestão do SUAS com competên-
cia de Vigilância Socioassistencial. 100%
dos municípios de grande porte e metró-
pole com instituição formal, na estrutura do
órgão gestor de assistência social, áreas
constituídas como subdivisões administra-
tivas a Proteção Social Básica, Proteção
Social Especial, com subdivisão de Média
e Alta Complexidade, Gestão Financeira e
Orçamentária, Gestão de Benefícios As-
sistenciais e Transferência de Renda, área
de Gestão do SUAS com competência de:
Gestão do Trabalho, Regulação do SUAS
e Vigilância Socioassistencial.
c) Adequação da legislação Municipal à le- 100% dos municípios com Lei que regu-
gislação do SUAS lamenta a Assistência Social e o SUAS
atualizada.
CONTROLE SOCIAL
PRIORIDADE META
a) Ampliar a participação dos usuários e Atingir 100% dos Conselhos Municipais
trabalhadores nos Conselhos Municipais de Assistência Social com representação
de Assistência Social da sociedade civil composta representan-
tes de usuários e dos trabalhadores do
SUAS.
b) Instituir o CMAS com instância de Con- Atingir 100% dos Conselhos Municipais
trole Social do Programa Bolsa Família de Assistência Social como instância de
controle social do PBF.
64
c) Orçamento
d) Processo de acompanhamento
65
O Plano de Providência é um instrumento de planeja-
mento das ações para a superação de dificuldades dos municí-
pios na gestão e na execução dos serviços, programas, projetos
e benefícios socioassistenciais identificadas nos processos de
monitoramento. Estes planos devem ser elaborados pelos Es-
tados e Municípios. Por meio deste instrumento, planejam-se
formas, recursos e responsabilidades necessários para correção
das situações inadequadas às normativas do SUAS.
e) Gestão da Informação
66
- Os sistemas e bases de dados relacionados à opera-
cionalização do Programa Bolsa Família e do Benefício
de Prestação Continuada, observadas as normas sobre
sigilo de dados dos respectivos cadastros;
- Os sistemas de monitoramento;
- O Censo SUAS57.
- Estrutura ou insumos;
- Processos ou atividades;
- Produtos ou resultados.
57
O Censo SUAS é uma ferramenta de levantamento de dados coletado por meio do
preenchimento autodeclaratório de um formulário disponibilizado pelo Governo Federal
aos municípios. Ele possibilita traçar um diagnóstico abrangente da execução do SUAS
nos municípios, identificando os aperfeiçoamentos necessários. A análise dos dados
do Censo SUAS permite uma fotografia da realidade dos municípios e contempla os
CRAS, CREAS, Gestão municipal, Conselhos e rede privada.
67
f) Gestão do Trabalho
68
3.8 - FINANCIAMENTO
58
Art. 12, II e 13, II da Lei n. 8.742/93.
59
NOB-SUAS 2012, art. 55, Paragrafo Único.
69
caracterizar autonomia administrativa e de gestão.
Art. 12, inciso II, art. 13, inciso II, combinados com o art. 28, §3º, todos da Lei n. 8.742/93.
60
70
Por ora, não há possibilidade de utilização dos recursos
federais repassados através das transferências automáticas
com despesas de capital, assim entendidas como aquelas rea-
lizadas com o objetivo de alterar o Patrimônio do Estado, ou
seja, as que impactam na aquisição de bens de capital, como,
por exemplo, aquisição de bem imóveis, obras que acarretam
sua ampliação, etc. Essa vedação, contudo, vem sendo objeto
de críticas - especialmente em razão da importância de incenti-
var-se o funcionamento de CRAS e CREAS em sedes próprias,
construídas respeitando orientações do MDS, os espaços míni-
mos e regras de acessibilidade - e poderá ser revista.
71
DESPESAS AUTORIZADAS NOS SERVIÇOS SOCIOASSIS-
TENCIAIS
72
- Aquisição de bens e materiais permanentes – como
mobiliário, equipamentos de informática, áudio e vídeo,
desde que sejam necessários ao desenvolvimento e ma-
nutenção dos serviços socioassistenciais e coerentes
com as atividades realizadas no âmbito destes serviços.
73
abas IGDSUAS-M e IDSUAS-E o Distrito Federal, Municípios e
Estados podem ser consultados os índices, valores repassados
e o teto mensal que compõe o IGDSUAS.
- O aprimoramento da gestão;
74
Despesas que não poderão ser realizadas:
75
em que foi repassado e vincular aos serviços (Portarias n.
440 e 442 de 2005); e
76
De acordo com a Resolução CNAS n. 109 /2009, que es-
tabelece a “Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais”,
as entidades e organizações só podem executar os seguintes
serviços socioassistenciais:
77
De acordo com a NOB-SUAS 201262, o cofinanciamento
Federal poderá ocorrer por Blocos de Financiamento, a saber:
o bloco de financiamento da proteção social básica e da prote-
ção social especial. Tais blocos são o agrupamento dos recursos
relativos a cada piso, organizados por nível de proteção social,
conforme a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassisten-
ciais. Os recursos de cada bloco só poderão ser aplicados nos
serviços e ações relativos ao seu respectivo nível de proteção,
e deverão obrigatoriamente ter a liberação do Conselho Munici-
pal de Assistência Social.
78
Pela sistemática prevista anteriormente, o repasse de re-
cursos federais aos municípios deve respeitar os níveis de gestão
em que estão habilitados os municípios. Trata-se, pois, de um sis-
tema de incentivos, com incremento de recursos federais para a
gestão conforme o nível de habilitação do município, que ocorre a
partir do cumprimento de requisitos previstos na NOB/SUAS 2005.
63
Art 10 - Os Municípios que não aderiram ao SUAS na forma da NOB/SUAS, aprovada
pela Resolução 130, de 15 de julho de 2005, do Conselho Nacional de Assistência So-
cial- CNAS, farão a adesão por meio da apresentação à Comissão Intergestores Bi-
partite- CIB de seu Estado dos documentos comprobatórios da instituição e
funcionamento do conselho, plano e fundo de assistência social, bem como da aloca-
ção de recursos próprios do fundo.
79
Importante ressaltar, contudo, que, conforme previsto pela
regra de transição da NOB/SUAS 201264, após a normatização
dos blocos de financiamento e da implantação efetiva de um sis-
tema de informatização que permita a aferição dos indicadores
de gestão, esta lógica de financiamento baseada em níveis de
gestão deixará de ser utilizada.
80
Em qualquer hipótese os repasses objetos do cofinan-
ciamento federal devem ser objeto de prestação de contas aos
conselhos de assistência social dos entes recebedores e à
união. A prestação de contas à União relativa aos repasses des-
tinados ao cofinanciamento de serviços e ao aprimoramento da
gestão devem ser realizadas em sistemas informatizados65.
2011.
81
82
4 - O CONTROLE EXTERNO DO SUAS
83
definidas para o adequado funcionamento do Sistema Único de
Assistência Social (SUAS):
84
Os serviços socioassistenciais, como visto, são padroni-
zados na forma da Resolução n.109 do CNAS (Tipificação Nacio-
nal de Serviços Socioassistenciais). Essa norma traz o conteúdo,
o público-alvo, os objetivos, as provisões necessárias à oferta
do serviço, as aquisições que os usuários devem ter com o ser-
viço, condições e formas de acesso dos usuários, unidade, pe-
ríodo de funcionamento e abrangência do serviço, articulação
em rede (conexão do serviço com outros serviços, programas,
projetos e organizações) e o impacto social esperado.
66
Como prevê a Lei Complementar n. 101/01 (LRF): “Art. 48. São instrumentos de
transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em
meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orça-
mentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: (...)
85
acerca dos recursos repassados pelo FNAS, FEAS e alocados
pelo próprio município em seu FMAS, assim como da existência
de saldo nas contas do Fundo. Conhecer esses dados é funda-
mental para o cotejo entre os valores disponíveis e os serviços
prestados. Deve se atentar, ainda, que a existência de saldo em
31 de dezembro na conta do FMAS, deveria ser o indicativo de
que os serviços foram prestados de forma suficiente e ade-
quada. A reprogramação dos valores repassados pelo FNAS,
aliás, pode ocorrer dentro do mesmo nível de proteção social
desde que os serviços que deveriam ter sido financiados com
esses recursos tenham sido devidamente oferecidos.
86
Como cediço, a competência da justiça estadual é defi-
nida de forma residual, quando inexistentes os pressupostos
normativos fixadores de competência federal. Neste sentido,
prevê o artigo 109 caber aos juízes federais julgar:
87
é realizado pelas três esferas de governo, ficando a cargo dos
orçamentos da seguridade social de cada ente federativo67 e
contribuições sociais específicas68. Atualmente tem-se consolidado
o entendimento de que esses repasses, quando oriundos do
Fundo Nacional de Assistência Social, caracterizam-se como
transferências obrigatórias, instrumentalizadas fundo-a-fundo69,
e que, como se verá adiante, passam a integrar o patrimônio do
Estado ou do Município a que se destinam, fatores fundamentais
à definição do ramo do Ministério Público com atribuição para
atuar na fiscalização sobre sua correta aplicação e, da mesma
forma, da justiça competente para processar e julgar eventual
lide decorrente de desvio ou malversação de verbas.
67
Art. 204, I, da Constituição da República.
68
Art. 195, §10, da Constituição da República.
69
Nesse sentido: BRASIL. Advocacia Geral da União. Consultoria Geral da União.
Departamento de Análise de Atos Normativos. Processo n. 71000.500998/2008-51.
Parecer 075/2011/DNOR/CGU/AGU.
70
Senado Federal. Manual de Obtenção de Recursos Federais para os Municípios.
Brasília: Instituto Legislativo Brasileiro. p. 8.
71
As características próprias das transferências para o Sistema Único de Saúde (SUS),
88
No caso específico da Assistência Social, há previsão
constitucional e legal para esse repasse de verbas como forma
de amparo ao sistema único. O artigo 204 da Constituição Fe-
deral, anteriormente citado, já torna claro que a descentralização
político administrativa e a participação de todos os entes fede-
rativos é premissa fundamental do SUAS. Além disso, a Lei n.
8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social) estabeleceu a or-
ganização do sistema determinando, em seu artigo 12, inciso II,
caber à União o cofinanciamento por meio de transferência au-
tomática, do aprimoramento da gestão, dos serviços, dos pro-
gramas e dos projetos de assistência social em âmbito nacional.
89
Assentadas as bases conceituais referente à natureza
das transferências de recursos de cofinanciamento no SUAS,
cabe analisar como tais elementos se comportam sob o prisma
do pensamento doutrinário e jurisprudencial predominante.
90
Estados ou Tribunais de Contas dos Municípios ou Conselhos
de Contas dos Municípios, quando o beneficiário for o Municí-
pio, e também ao Tribunal de Contas da União, quando por
este determinado.
72
A ADIN 1.934-7/DF alegava especialmente a contrariedade do artigo 1º da Lei n.
9.604/98 com o artigo 71, inciso VI da Constituição Federal, que dispunha competir ao
Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Constas da União fiscalizar a apli-
cação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste
ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.”
73
BRASIL. STF. ADIN 1.934-7/DF. Tribunal Pleno. Rel. Min. Moreira Alves. D.J. 22/10/99.
91
menos nebulosa, uma vez que não se têm claramente definidas
as hipóteses em que a verba se incorpora ao patrimônio do ente
destinatário nem o momento em que ocorre tal incorporação.
Além disso, o enunciado fora construído a partir de decisões lan-
çadas em processo criminais, não obstante o mesmo funda-
mento já houvesse sido utilizado pelo extinto Tribunal Federal
de Recursos em processos de índole civil, como na fixação de
competência em ações populares74.
74
Vide enunciado 133 da súmula do extinto TRF e BRASIL, TRF, CC n. 2273/PI, Rel.
Min. Hélio Mosimann, D.J. 25.11.91.
75
Vide art. 159 da Constituição Federal.
76
FONTES, Paulo Gustavo Guedes. Questões de Competência Relacionadas às Fis-
calizações da CGU em Municípios. Disponível em <http://www.prse.mpf.mp.br/artigos/>
Acessado em 25/02/2014.
77
BUENO, Marlene Nunes Freitas (Coord). Manual de Atuação na Defesa do Patrimônio
Público. Goiás: Ministério Público do Estado de Goiás. 1996, p. 37.
92
Nessa esteira, o próprio Supremo Tribunal Federal tem bus-
cado estruturar um critério mais racional para definir quando há efeti-
vamente a incorporação de repasses federais ao patrimônio do
beneficiário. Em um primeiro momento, o Tribunal sedimentou ju-
risprudência no sentido de que as verbas que originariamente ti-
vessem natureza estadual ou municipal, apenas sendo
arrecadadas pela União e obrigatoriamente transferidas aos Esta-
dos e Municípios, incorporar-se-iam ao patrimônio do ente destina-
tário, ao contrário das hipóteses de transferências voluntárias, onde
eventual desvio ou malversação continuaria a fixar a competência
da justiça federal e a atribuição do Ministério Público Federal para
sua fiscalização. Destaca-se a lição do Ministro Neri da Silveira:
DJ 27/06/97.
93
“Verba da União repassada a Estados ou Municípios. A Justiça
Federal é competente para o julgamento de processos refe-
rentes a verbas da União transferidas a Estados e Municípios,
mediante convênio ou não, para realização de tarefa de inte-
resse privativo da União ou comum a esta e ao ente federado
destinatário. Todavia, tratando-se de verba da União transfe-
rida a Estado ou Município para o cumprimento de tarefa des-
tes privativa, caso em que a subvenção se incorpora
definitivamente ao patrimônio do destinatário, a competência
é da Justiça Estadual.”79
79
BRASIL. STF. Tribunal Pleno. RE 232.093/CE. Rel. Ministro Sepúlveda Pertence.
DJ 28/04/00.
80
Art. 5º, inciso I, da Lei n. 8.742/93.
94
de verbas oriundas de cofinanciamento federal deverá reverter
para o próprio fundo lesado (municipal ou estadual) e não para
o fundo federal, deixando cristalina a inexistência de interesse
da União na hipótese.
95
96
5 -ANEXO
97
LOAS- LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
98
6 - ANOTAÇÕES
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