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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Grupo de Apoio Técnico Especializado

Diretriz Técnica 002/2017


12 de setembro de 2017.

MPRJ 201700448532
Solicitante: Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Idoso e à Pessoa
com Deficiência – CAO Idoso
Objeto: Serviços socioassistenciais previstos no âmbito do SUAS para atendimento a
pessoas idosas.

DIRETRIZ TÉCNICA.
Sistema Único de Assistência Social. Proteção
Social Básica. Proteção Social Especial.
Elaboração de diretriz técnica a pedido de
membros.

1 – Introdução

A presente Diretriz Técnica tem fundamento no art. 2º, VII da Resolução GPGJ
1.695/11 e na Ordem de Serviço/GATE nº 001/2017 e foi elaborada por solicitação do Centro
de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com
Deficiência para atendimento ao contido no Plano Geral de Atuação – PGA do ano de 2017.
Partindo da avaliação de que a realidade do Estado do Rio de Janeiro ainda está muito
aquém do proposto pela Política Nacional do Idoso – PNI, o referido Centro de Apoio
entendeu necessário concentrar esforços no fomento da rede de serviços de atendimento a
pessoa idosa nos municípios e optou pelo recorte da política de assistência social por
considerar estratégico iniciar pelos serviços que se direcionam para os idosos em situação
de risco ou vulnerabilidade social. Como parte deste movimento, requisitou ao Grupo de
Apoio Técnico Especializado do MPRJ - GATE a produção de material técnico que subsidie
esta iniciativa institucional.
Para tanto, este documento apresentará os serviços previstos na Política de
Assistência Social para atendimento a idosos e os parâmetros gerais para a oferta dos
mesmos, organizando um catálogo de referências que auxilie os Promotores de Justiça no
processo de fiscalização dos serviços socioassistenciais.
Este estudo técnico pauta-se pelos marcos normativos do Sistema Único de
Assistência Social e da Atenção ao Idoso, em especial a Lei nº 8.842/94 – Politica Nacional
do Idoso, a Lei nº 10.741/03 – Estatuto do Idoso, a Lei nº 8.742/93 – Lei Orgânica da
Assistência Social, a Resolução CNAS nº 33/2012 – Norma Operacional Básica do SUAS e
a Resolução CNAS nº 109/09 – Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais.

2 – Atendimento ao Idoso na Assistência Social – Breve Histórico

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A atenção ao idoso é tradicional no campo da assistência social. A historiografia


registra que ações de caráter assistencial para atendimento aos idosos ocorrem no Brasil
desde o período colonial (Rizzini, 2008), sendo inquestionável que os idosos pobres sempre
figuraram, ao lado de crianças e adolescentes, como público prioritário para as ações de
assistência social.
Contudo, esse histórico se desenhou sem a participação do Estado. A atenção
governamental ao idoso é fato recente no Brasil, tal qual o é o reconhecimento da assistência
social como política pública. Por muitos anos as ações assistenciais para atender
necessidades da população idosa foram executadas exclusivamente por instituições
privadas confessionais e filantrópicas, sem qualquer auxílio ou orientação do poder público.
Somente a partir de 1940 a Legião Brasileira de Assistência – LBA começa a introduzir os
primeiros projetos públicos de atendimento aos idosos, mas ainda limitados à assistência
emergencial ou pequenos grupos de convivência.
Embora tenham existido iniciativas anteriores1, a preocupação com o envelhecimento
só ingressa na agenda pública brasileira com a Constituição Federal de 1988, com o texto
constitucional explicitando o dever do Estado de amparar as pessoas idosas. Em decorrência
do reconhecimento desta obrigação estatal, políticas públicas específicas para atendimento
aos idosos começaram a se configurar na década de 90, período em que o fenômeno da
longevidade, somado a outras transformações societárias, ampliavam a visibilidade da
questão do envelhecimento, bem como dos grupos, estudos e debates em torno dos direitos
dos idosos2.
A efervescência dos debates sobre envelhecimento no Brasil coincidiu com o momento
de estruturação e regulamentação de áreas que haviam sido elevadas à condição de política
pública pela Constituição Federal de 1988, como a assistência social e a saúde, o que
facilitou a absorção de algumas demandas da população idosa por estes setores.
Neste contexto, a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS3 foi promulgada
reafirmando a pessoa idosa como público de atenção prioritária. Um dos grandes ganhos
que a LOAS representou foi a instituição do Benefício Assistencial de Prestação Continuada
– BPC, cuja transferência direta de renda teve significativo impacto na melhoria das
condições de vida de idosos extremamente pobres. O BPC beneficia atualmente cerca de
02 milhões de idosos no Brasil, quase 200 mil só no Estado do Rio de Janeiro4.

1
Aponta-se, como exemplo, a constituição legal da subvenção social às entidades assistenciais, em 1964 e a
garantia de assistência previdenciária às pessoas com mais de 70 por meio da Lei 6.179, em 1974.
2
Particular destaque é dado pela literatura de referencia para a organização dos idosos aposentados e
pensionistas no período de 1980-1990, bem como para a ativa atuação das instituições/grupos envolvidos com
a temática do envelhecimento como a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e o SESC, ressaltando
também a contribuição relevante de organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS),
a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Associação Internacional de Gerontologia (AIG) na indução de
políticas públicas para idosos por meio das recomendações publicadas e eventos realizados a partir da década
de 70.
3
Lei nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993.
4
Consulta DATAPREV, mês de referência: julho de 2017.

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Logo em sequência, foi aprovada a Lei nº 8.842/1994 que institui a Política Nacional do
Idoso. Apesar do caráter transversal e de prever ações em diferentes áreas, a PNI atribui ao
órgão gestor da assistência social a competência de coordenar a Política de Atendimento ao
Idoso, reconhecendo se tratar de política particularmente sensível às demandas deste
segmento. O texto da PNI também indicou a necessidade de novas modalidades de
atendimento para a área da assistência social, prevendo intervenções direcionadas também
para a convivência e ações de suporte aos familiares dos idosos.
Desde então, a Política Pública de Assistência Social vivenciou intenso processo de
normatização e de amadurecimento que culminou na estruturação do Sistema Único de
Assistência Social – SUAS como modelo de operacionalização desta política.
O SUAS representa a intenção de efetivar a assistência social como direito do cidadão
e dever do Estado, superando o caráter contingencial, fragmentado e desarticulado que até
então caracterizara as ações assistenciais. Não por acaso, o SUAS prevê continuidade na
oferta dos serviços, delimitação de responsabilidades para cada ator envolvido, além de
critérios de financiamento, monitoramento e gestão, aspectos sem os quais uma política
pública não se efetiva.
Com o SUAS, a assistência social passa a ter por diretriz estruturante a primazia da
responsabilidade do Estado na condução da política, com descentralização político
administrativa e comando único em cada esfera de governo5. Trata-se de reafirmar que é do
poder público, sobretudo dos governos municipais, o dever de ofertar serviços e benefícios
de assistência social para atender as necessidades da população, não podendo o Estado se
esquivar desta obrigação, nem repassá-la integralmente para a iniciativa privada, por meio
da ação filantrópica. Significa também que deve haver um único órgão, público, para
gerenciar a política de assistência social em cada esfera de governo, a quem cabe, entre
outras coisas, apoiar e assessorar a rede privada vinculada ao SUAS6.
A diretriz do comando único indica também que qualquer que seja a ação, pública ou
privada, no campo da assistência social terá que observar as normas expedidas pelo
Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, a quem compete a ação de normatizar no
âmbito do SUAS, como prevê o artigo 7º da Lei nº 8.742/93.
Exatamente neste intuito, de resguardar a unidade e a regularidade na oferta dos
serviços, o CNAS definiu quais são os serviços socioassistenciais passíveis de serem
ofertados no campo da assistência social, tipificando-os por meio da Resolução CNAS nº
109/09.
Embora o SUAS direcione os serviços de assistência social para atendimento às
famílias, e não mais atendimento focalizado em questões individuais, manteve em seu

5 Lei nº 8.742/93, artigo 5º, inciso I.


6
Nem toda instituição filantrópica é uma entidade de assistência social. São consideradas entidades privadas
de assistência social somente aquelas cadastradas no Conselho Municipal de Assistência Social e registradas
no Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social (CNEAS). São necessariamente instituições sem fins
lucrativos e estão sujeitas à normativa do SUAS, independente de receberem recursos públicos.

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escopo serviços direcionados a alguns grupos específicos, considerados públicos


prioritários, como os idosos.
Os serviços de assistência social previstos para atendimento aos idosos guardam
coerência com as modalidades de atendimento indicadas na Política Nacional do Idoso, bem
como se mostram alinhados aos princípios que norteiam o Estatuto do Idoso. Em conjunto,
estes serviços tem a potencialidade de conformar uma rede consistente de proteção
socioassistencial, que se executada em articulação com os serviços das demais políticas
públicas podem responder de forma suficiente às demandas da população idosa.
Contudo, na pratica, a retaguarda assistencial existente para atendimento aos idosos
ainda é pouco expressiva. A experiência de fiscalização nos municípios do Estado do Rio de
Janeiro tem explicitado que os serviços socioassistenciais direcionados a este segmento se
limitam ao acolhimento institucional em ILPIs ou atividades de convívio para idosos ativos,
ao passo que os demais serviços previstos, principalmente os voltados para idosos
dependentes, sequer chegam a ser implantados. Assim, a despeito dos avanços, a realidade
atual dos municípios ainda não difere muito daquela observada antes da criação de uma
Política Nacional do Idoso e até mesmo antes da criação do SUAS.
Nos últimos oito anos, por exemplo, somente 02 novos abrigos públicos para idosos
foram implantados em todo o Estado do Rio de Janeiro7. Este quantitativo pode ser
considerado subestimado se considerarmos que todas as unidades públicas já instaladas
funcionam com a capacidade máxima ocupada8 e que somente no ano de 2016 a rede de
assistência social do Estado do Rio de Janeiro identificou mais de 1.700 idosos em situação
de rua9.
Um único município do Estado possui Centro-Dia público para idosos em
funcionamento10 e nenhum dos 92 municípios existentes desenvolve de modo formal e
instituído o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio. São constatações que destoam
da conjuntura de crescimento acelerado do número de idosos dependentes, dando margens
à interpretação de que a condução da Política de Assistência Social nos municípios tem se
mantido alheia às projeções demográficas.
Em certa medida, o fato dos serviços destinados especificamente a idosos não ter
composto a agenda estratégica de expansão SUAS em seus primeiros anos pode ter
contribuído para a formação deste hiato entre o que está previsto na tipificação nacional dos
serviços e realidade dos municípios11. Contudo, o fim da vigência do 1º Plano Decenal de

7
Cadastro Nacional do SUAS. Consulta realizada em julho de 2017.
8
Censo SUAS 2016, base de dados sobre acolhimento.
9
Relatórios Mensais de Atendimento, 2016. Acesso em julho de 2017.
10
Censo SUAS 2016, base de dados Centro-Dia. Apenas o município de Volta Redonda conta com Centro-Dia
para idosos.
11
Na perspectiva de consolidar um novo modelo de gestão socioassistencial o Governo Federal direcionou
recursos de cofinanciamento, estímulos e orientações técnicas para a expansão e qualificação dos Centros de
Referência de Assistência Social, mais diretamente associados à matriz de atenção familiar. Isto contribuiu para
que os serviços destinados a segmentos específicos ficassem em segundo plano.

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Assistência Social em 2015 exigiu que novas prioridades fossem pactuadas para os próximos
anos. O novo planejamento nacional do SUAS contemplou maior preocupação com o
envelhecimento e com a situação de dependência, o que pode representar uma oportunidade
de alteração deste quadro.

Aprovado pela Resolução CNAS nº 07/2016, o II Plano Decenal da Assistência Social


(2016-2026) registra em seu item 5.16 que a instituição de uma Política Nacional de Atenção
às Pessoas em Situação de Dependência deve ser uma das prioridades de gestão no âmbito
do SUAS. O plano detalha que nos próximos dez anos os gestores da assistência social
devem se empenhar no sentido de garantir alternativas de cuidados às pessoas
dependentes, inclusive idosas; viabilizar cofinanciamento para serviços de atenção no
domicílio e para a implantação de Centros-Dia de Referência para idosos; além de reordenar
os serviços de acolhimento para idosos, visando redimensionar a oferta de acordo com as
mudanças demográficas.

Em que pese o Plano Decenal ser um indutor de prioridades, sozinho ele não é capaz
de efetivar as mudanças pretendidas. Além disto, a carência de serviços para atendimento à
população idosa não pode esperar o fim de uma década para vislumbrar algum avanço. Por
isso, são necessários estímulos concretos e mais direcionados para que as metas
relacionadas à atenção ao idoso e à pessoa dependente, no conjunto de tantas outras
previsões, ganhem status de urgência e possam ser consideradas de fato prioritárias para
os municípios.
Conhecer os serviços exigíveis e algumas alternativas para fomentá-los é um primeiro
passo importante nesse processo.

3 – Serviços Socioassistenciais

Segundo o artigo 23 da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, serviços


socioassistenciais são atividades continuadas voltadas a melhoria de vida da população, que
observem os princípios e diretrizes da Política de Assistência Social.
O fato de ser uma intervenção continuada diferencia os serviços dos programas e dos
projetos, vez que estes últimos possuem tempo de duração definido, podendo ser extintos
ou interrompidos conforme opção ou conveniência dos governos. O caráter contínuo dos
serviços favorece, ao menos em tese, a regularidade e a segurança da oferta, essenciais
para a permanência de uma política pública. Por isso, o SUAS dá centralidade aos serviços,
tendo os programas e os projetos apenas como ações complementares.
A LOAS atribuiu ao Conselho Nacional de Assistência Social a competência para
instituir quais são os serviços socioassistenciais12. Este Conselho o fez por meio da

12
Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, art.23, §1º.

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Resolução CNAS nº 109/09 que aprovou uma tipificação nacional e definiu quais são os
serviços socioassistenciais brasileiros.
Os serviços socioassistenciais devem ser desenvolvidos nos termos exatos do que
prevê este dispositivo, sendo obrigatório que todos os municípios e estados utilizem a
nomenclatura nacionalmente tipificada.
Além disto, sendo a normatização dos serviços socioassistenciais atribuição privativa
do Conselho Nacional de Assistência Social, os gestores municipais não possuem
autorização para criar novos serviços, alterar o conteúdo dos existentes, nem implantar
ações que se sobreponham aos objetivos dos serviços já tipificados.
Na estrutura do SUAS há um conjunto de serviços de Proteção Social Básica e um
conjunto de serviços de Proteção Social Especial, estes últimos divididos entre serviços de
Proteção Social Especial de Média e de Alta Complexidade.
Em síntese, os serviços de Proteção Social Básica visam prevenir situações de risco e
rompimento de vínculos e, portanto, se destinam às famílias que apesar de mais vulneráveis
aos riscos sociais, não estão vivenciando violação de direitos e ainda possuem vínculos
familiares e sociais preservados.
Já os serviços de Proteção Social Especial possuem uma perspectiva mais restaurativa
e se destinam às famílias/indivíduos cujos direitos já tenham sido violados ou estejam
diretamente ameaçados e, por isso, os serviços deste nível de proteção social costumam
funcionar em interação mais direta com o Sistema de Garantia de Direitos.
Mais especificamente, os serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade
se destinam aos indivíduos que possuem vínculos relacionais rompidos ou muito fragilizados
e/ou não dispõem de moradia, nem condições de autossustento. Inserem-se neste nível de
proteção as diversas modalidades de acolhimento, como as ILPIs.
Como disposto no artigo 1º da Lei nº 8.742/93, a assistência social é uma política
pública não contributiva. Assim, todos os serviços socioassistenciais devem ser ofertados
gratuitamente, seja pelas unidades públicas ou por entidades privadas. A única exceção está
prevista no artigo 35, § 1o do Estatuto do Idoso que permite a cobrança facultativa de até
70% do valor do benefício previdenciário ou assistencial do idoso como participação no
custeio da unidade no caso de ILPI ou Casa-Lar filantrópica.
Destaca-se que a participação nos serviços socioassistenciais é um direito do idoso,
não um dever. Isto significa que a adesão tem que ser voluntária e que o idoso e sua família
podem optar por não usufruir deste direito, recusando o atendimento.
Dificuldades com a adesão dos usuários ou baixa procura, contudo, não excluem a
obrigação do poder público de garantir a oferta contínua dos serviços socioassistenciais.

3.1- Serviços socioassistenciais previstos para atendimento aos idosos


Dos serviços nacionalmente tipificados no âmbito da assistência social, estão listados
no quadro abaixo aqueles que são específicos para atendimento à pessoa idosa:

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PAIF
(Principal serviço do CRAS)
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
Proteção Social Básica
(Ofertado nos CRAS ou nos Centros de Convivência)
Serviço de Proteção Básica no Domicílio para idosos e
pessoas com deficiência
PAEFI
(Principal serviço do CREAS)
Proteção Social Especial Serviço de Proteção Social Especial para Idosos, Pessoas
de Média Complexidade com deficiência e suas famílias
(Ofertado em Centro-Dia)
Serviço Especializado de Abordagem Social
Serviço de acolhimento em ILPI
Proteção Social Especial Serviço de acolhimento em Casa Lar
de Alta Complexidade Serviço de Acolhimento em República
Serviço de acolhimento em Casa de Passagem

Observa-se que há previsão de serviços para idosos ativos, bem como serviços para
idosos dependentes e, ainda, serviços que funcionam como estratégias de suporte e apoio
técnico para as famílias dos idosos. Trata-se de um aparato de proteção social que, nos
limites do que compete a política de Assistência Social, busca abranger a heterogeneidade
das demandas da população idosa e de suas famílias.
A seguir o detalhamento do conteúdo de cada um destes serviços socioassistenciais.

3.1.a - Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família – PAIF

O PAIF é o principal serviço socioassistencial de Proteção Social Básica, ofertado


obrigatoriamente em todos os CRAS. Pode-se dizer que é um serviço matriz, por meio do
qual o CRAS desenvolve o trabalho social com famílias.
Este não é um serviço de atendimento exclusivo para idosos, mas famílias com idosos
beneficiários do BPC e/ou idosos considerados em situação de vulnerabilidade social13
integram o público prioritário para acesso a este serviço. É por meio do PAIF que os idosos
e suas famílias são acolhidos pelo CRAS, inseridos no processo de acompanhamento social
- onde recebem atendimentos técnicos individualizados e coletivos, orientações e

13
No âmbito do SUAS, o conceito de vulnerabilidade social refere-se às fragilidades sociais decorrentes de
situação de extrema pobreza, de isolamento, do nulo ou frágil acesso à serviços essenciais, da existência de
vínculos relacionais conflituosos e desgastados ou por situações de discriminações de qualquer natureza
(PNAS, 2004).

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encaminhamentos – e direcionados, conforme necessidade e interesse, para serviços


socioassistenciais complementares.
Por meio do serviço PAIF pessoas idosas e suas famílias podem acessar orientações
e apoio técnico para regularização da situação documental, para acesso a benefícios
previdenciários e assistenciais (inclusive benefícios eventuais como alimentos, agasalhos,
auxílio funeral ou aluguel social), inclusão no Cadastro Único de Programas Sociais,
cadastramento para acesso à carteira do idoso, entre outras provisões.
A existência de um CRAS em funcionamento já pressupõe a oferta do PAIF.
A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS – NOB/SUAS-RH
determina que a equipe mínima necessária para oferta do PAIF deve ser assim composta:

CRAS para até 2.500 famílias CRAS para até 3.500 famílias CRAS para até 5.000 famílias
referenciadas14 referenciadas referenciadas
02 profissionais de nível 03 profissionais de nível 04 profissionais de nível
superior, sendo 01 assistente superior, sendo 02 assistentes superior, devendo haver entre
social e 01 psicólogo. sociais e 01 psicólogo. eles, no mínimo, 02 assistentes
sociais e 01 psicólogo.
02 profissionais de nível médio 03 profissionais de nível médio 04 profissionais de nível médio

Previsão Lei nº 8.742/93, artigo 24-A.


Normativa Resolução CNAS 109/09.
Portaria MDS nº 116 de 2013.
Instrução Operacional nº 02/SNAS/MDS de 2014.

Referências Caderno de Orientações Técnicas para os CRAS.


técnicas15 Orientações Técnicas sobre o PAIF: volume I.
Orientações Técnicas sobre o PAIF: volume II.

Onde pode ser Somente nos CRAS e exclusivamente pelo poder público.
ofertado? Todos os municípios precisam ofertar o PAIF.

3.1.b - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV

14
A Política Nacional de Assistência Social define como famílias referenciadas aquelas que residem na área
de abrangência da unidade e são potencialmente elegíveis aos serviços socioassistenciais.

15
Os documentos de orientações técnicas detalham os parâmetros para oferta do serviço. Todos os cadernos
de orientações técnicas estão disponíveis na página do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e
podem ser acessados pelo seguinte link: http://mds.gov.br/Plone/central-de-conteudo/assistencia-
social/publicacoes-assistencia-social/

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O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, como a nomenclatura indica,


utiliza a convivência como estratégia para prevenir a institucionalização e a segregação,
fortalecendo laços e a interação comunitária.
O SCFV consiste na formação de grupos divididos por faixa etária (há no mesmo
serviço grupos de crianças, de adolescentes, adultos e grupos de idosos) que se reúnem
semanalmente para participar tanto de atividades socioeducativas/informativas, quanto de
atividades de caráter lúdico, recreativo, esportivo ou de lazer. A proposta é que pessoas do
mesmo ciclo de vida tenham um momento para interagir e trocar experiências em grupo.
Não são apenas aulas de dança, ginástica ou atividades desta natureza. Trata-se de
um serviço socioassistencial de estímulo à convivência que se vale destas atividades para
estimular a socialização e para facilitar a abordagem de temáticas sociais, com linguagem e
método mais adequado para cada faixa etária. Assim, todos os encontros dos grupos devem
ser planejados com base nos eixos temáticos que norteiam o serviço16 e devem contar com
intervenções técnicas de trabalho social.
Nos encontros periódicos do serviço os idosos interagem, se informam, discutem
coletivamente, manifestam opinião, aumentam sua rede apoio, entre outros aspectos
essenciais para combater o isolamento e fortalecer cidadania.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento dos Vínculos pode ser desenvolvido pela
mesma equipe técnica que oferta o PAIF, mas precisa contar, no mínimo, com:
▪ 01 técnico de nível superior que seja referência para o serviço de convivência;
▪ Orientador social para conduzir os encontros com os grupos, sendo recomendável a
proporção de 01 orientador para até 04 grupos.

Onde o
Pode ser ofertado nos CRAS e/ou em centros de convivência.
serviço Anexo v – Lista dos CRAS que ofertam serviço de convivência com idosos.
pode ser Anexo VI – Lista dos centros de convivência existentes para idosos.
ofertado?

O SCFV é o serviço socioassistencial para idosos mais executado nos municípios.


Em 2016 mais de 09 mil idosos participaram de atividades de convivência nos CRAS. Em
todo o Estado mais de 60 Centros de Convivência, públicos e privados, ofertam este serviço.
Fonte: Censo SUAS 2016.

Como saber se o município deve desenvolver este serviço?


O serviço deve ser ofertado em todos os municípios que possuírem idosos em situação
de vulnerabilidade social, sobretudo em risco de isolamento e fragilidade de vínculos
relacionais. Pelo caráter preventivo do serviço é desejável que seja ofertado em todos os
municípios, principalmente nas unidades instaladas em regiões onde houver grande

16
Os eixos temáticos norteadores do SCFV são: convivência social, direito de ser e participação.

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concentração de idosos (o que pode ser verificado em levantamentos municipais ou


pesquisas populacionais oficiais, como o Censo do IBGE).
Para estimar a demanda pelo serviço pode-se verificar entre as famílias atendidas pelo
CRAS quantas possuem idosos. A existência de abrigos para idosos na área de atuação do
CRAS, a existência de diversos idosos beneficiários do BPC ou de famílias com idosos
beneficiárias do Programa Bolsa Família residindo no território também são indicativos de
demanda para oferta deste serviço.
O município pode extrair do Cadastro Único de Programas Sociais a lista das famílias,
por bairro, que possuem idosos beneficiários tanto do BPC, quanto do Programa Bolsa
Família. Estes idosos são considerados um dos públicos prioritários do SCFV, visto que o
corte de renda destes benefícios já pressupõe a ocorrência de vulnerabilidade social por
situação de pobreza.

Previsão Resolução CNAS nº 109/09.


Normativa Resolução CNAS nº 01/2013.

Referências Perguntas Frequentes: Serviço de Convivência e Fortalecimento de


técnicas Vínculos. MDS, 201617.
(Detalhamento
dos parâmetros Orientações Técnicas para o Serviço de Convivência e Fortalecimento
para oferta do de Vínculos com Idosos (ainda em versão preliminar).
serviço)

3.1.c - Serviço de Proteção Básica no Domicílio para Idosos e Pessoas com Deficiência

A existência do Serviço de Proteção Social no Domicílio parte do reconhecimento que


pessoas idosas podem vivenciar carências ou limitações, associadas a barreiras atitudinais,
espaciais ou geográficas que dificultem ou impeçam seu deslocamento até as unidades de
assistência social, inviabilizando a participação regular nos serviços ofertados no âmbito do
SUAS.
Não se trata de oferecer cuidados no domicilio nos moldes do que é feito por equipes
de saúde, nem de substituir as funções do cuidador familiar. A proposta do serviço é
equiparar condições de acesso, garantindo que a Política de Assistência Social esteja
efetivamente disponível para quem dela necessitar. Portanto, serão realizados no domicílio
apenas as estratégias de intervenção que cabem a um profissional da área da assistência

17
O documento técnico está disponível para consulta no link:
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequent
esSCFV_03022016.pdf

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social para identificar as demandas do usuário e de sua família e adotar providências no


sentido de atendê-las. Os profissionais do serviço não realizarão troca de fraldas, banho ou
auxílio para ministrar medicamentos, por exemplo. Os encontros no domicílio serão utilizados
para realizar orientações, encaminhamentos, atividades de caráter reflexivo ou
socioeducativo com a família do idoso, intervenções direcionadas ao fortalecimento dos
vínculos, entre outras previstas na Resolução CNAS 109/09.
As orientações técnicas relativas ao serviço preveem que o profissional denominado
cuidador social pode até auxiliar pontualmente no cuidado com o idoso (em atividades como
vestir, alimentar ou acompanhar em atividade externa), mas preferencialmente na presença
do cuidador familiar e apenas quando este tipo de suporte mostrar-se relevante para a
aproximação com a família, facilitando as abordagens do trabalho social. O profissional do
serviço pode, por exemplo, acompanhar o idoso levando-o a uma atividade no CRAS, a um
evento comunitário ou uma pequena saída pelo bairro, o que aliviará a sobrecarga do
cuidador familiar ao mesmo tempo em que estimula a participação e os vínculos sociais e a
prevenção do confinamento, que são objetivos do serviço.
Deve ser elaborado um Plano de Desenvolvimento do Usuário – PDU, instrumento de
planejamento e sistematização do trabalho realizado com o idoso, onde deverão estar
previstas quais as atividades serão realizadas, qual a frequência e duração das visitas ao
domicílio.
Este serviço deve ser ofertado na perspectiva de viabilizar acesso à direitos e serviços
fundamentais e de prevenir agravos de situações de vulnerabilidade que possam levar ao
rompimento dos vínculos, ao isolamento, à institucionalização, à violências ou demais
situações de violações de direitos.
Recursos Humanos exigido para oferta do serviço:
▪ 01 coordenador por território delimitado18;
▪ 02 profissionais de nível superior (sendo 01 assistente social e 01 psicólogo ou
terapeuta ocupacional) para cada território;
▪ 01 profissional de nível médio (cuidador social19) para atendimento no domicílio a até
20 usuários.

Como saber se o município deve desenvolver este serviço?


O serviço deve ser ofertado nos municípios que identificarem idosos e pessoas com
deficiência que demandam acompanhamento social, mas não possuem condições de

18
As orientações técnicas relativas ao serviço não detalham como deve ocorrer a delimitação dos territórios .
19
O cuidadores sociais são profissionais de, no mínimo, nível médio e devem ser capacitados para atuar no
serviço. As orientações técnicas recomendam capacitação com carga horária mínima de 40 horas, divididas
em módulo básico, específico e instrumental, considerando as atribuições registradas no Caderno de
Orientações Técnicas do serviço e na Resolução CNAS nº 09/2014.

11
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frequentar regularmente a unidade de assistência social, seja pela situação de dependência,


por barreiras que impeçam seu deslocamento ou por impedimentos do cuidador familiar.
A identificação dos casos pode ocorrer por meio de busca ativa da equipe do PAIF ou
o CRAS pode tomar conhecimento dos casos por meio de denúncias e encaminhamentos.
Casos isolados ou esporádicos podem ser atendidos pela equipe do PAIF por meio de
atendimentos descentralizados. Mas a identificação de um número maior e mais recorrente
de idosos nestas situações demandará a estruturação do serviço de proteção domiciliar.
Alguns indicativos da existência de demanda para este serviço podem ser:

▪ Existência de idoso (em especial com idade avançada) residindo só ou na companhia


de outra pessoa dependente como outro idoso, pessoa com deficiência ou crianças20;

▪ Existência de famílias com idosos residindo em região de grande dispersão


populacional, área rural extensa, áreas muito íngremes sem urbanização e/ou localidades
com precário acesso a transportes coletivos;

▪ Existência de idosos com mobilidade reduzida residindo em domicilio com


características que dificultam ou inviabilizam seu deslocamento.

Não significa que todos os idosos identificados nas situações acima irão demandar
atenção no domicílio, mas estes são indicativos que podem orientar a busca ativa por
aqueles idosos que efetivamente possuem perfil para o serviço.

Onde o serviço Apenas em residências familiares.


pode ser Este serviço não pode ser ofertado em instituições como ILPIs
ofertado? ou hospitais.

Previsão Resolução CNAS 109/09.


Normativa

Referências Caderno de Orientações Técnicas: Proteção Social Básica no Domicílio


técnicas para pessoas idosas e com deficiência. MDS, 201721.

20
Estas informações podem ser extraídas pelo município da base de dados do Cadastro Único dos Programas
Sociais – Cadúnico ou nas listagens dos beneficiários do BPC, onde se pode acessar a idade, a composição
familiar, o endereço, as características do domicílio, entre outras informações relativas aos usuários
cadastrados.
21
Disponível para consulta no seguinte link:
http://www.mds.gov.br/webarquivos/assistencia_social/caderno_PSB_idoso_pcd_1.pdf

12
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3.1.d - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos -


PAEFI

O PAEFI é o principal serviço socioassistencial de Proteção Social Especial, ofertado


obrigatoriamente nos CREAS. É um serviço direcionado para o trabalho social com famílias
com um ou mais de seus membros em situação de risco social ou vivenciando alguma
situação de violação de direitos22. Não é um serviço de atendimento exclusivo para idosos,
mas idosos com direitos violados e suas famílias constam como um dos públicos prioritários.
Por meio do PAEFI os profissionais do CREAS oferecem apoio, orientação e
acompanhamento técnico visando restaurar o direito violado e romper com padrões
violadores. Este serviço deve direcionar-se também para a redução da incidência de violação
de direitos nos territórios que atuam.
Ainda que a violação de direito tenha ocorrido com um indivíduo, o serviço PAEFI deve
considerar seu contexto familiar e não atendê-lo de forma isolada. Nessa lógica, cabe a
equipe técnica do PAEFI o acompanhamento social das famílias dos idosos afastados do
convívio familiar por medida de proteção. Também cabe a esta equipe estender atendimento
a toda a família nos casos em que o idoso foi vítima de violência intrafamiliar, por exemplo.
O PAEFI é o serviço de referência. Todos os demais serviços e unidades de Proteção
Social Especial, incluindo os privados, devem estar a ele vinculados. Assim, a equipe técnica
do CREAS tem obrigação de conhecer e de assessorar tecnicamente23 os abrigos, Centros-
Dia e demais unidades da rede de serviços socioassistenciais especializados.
O PAEFI trabalha com as situações de violação de direitos nos limites do que compete
a Política de Assistência Social. Não cabe à equipe técnica do PAEFI atuar diretamente em
outras unidades suprindo carências de profissionais, absorver demandas que extrapolam as
competências de seu cargo, muito menos realizar averiguações ou responsabilizações que
competem aos técnicos do Sistema de Justiça24.
Em outros termos, embora a equipe técnica do PAEFI atenda situações de violência
contra idosos, as atribuições da equipe no desenvolvimento do PAEFI limitam-se aquelas
previstas na Resolução CNAS 109/09, sendo inadequado exigir, por exemplo, que
psicólogos do PAEFI realizem terapia clínica com os idosos em virtude da ausência de

22
No âmbito do SUAS, delimitou-se que o PAEFI atende às situações de violações de direitos por vivências de
violência física, psicológica, negligência, abandono, violência sexual (abuso e exploração), situação de rua,
trabalho infantil, prática de ato infracional, rompimento de vínculos, além do afastamento do convívio familiar
por medida de proteção.
23
Assessorar tecnicamente refere-se a fornecer informações e treinamento que facilitem o alinhamento das
instituições e serviços às normativas e orientações de referência para o SUAS, orientar o processo de
cadastramento nos conselhos de direitos, auxiliar no preenchimento dos formulários e sistemas de
monitoramento relativos à Rede SUAS, como o Censo SUAS e o CadSUAS, fomentar o estabelecimento de
fluxos, regular o uso das vagas de acolhimento nas unidades públicas ou de vagas conveniadas pelo poder
público com entidades privadas.
24
A Nota Técnica SNAS/MDS nº 02/2016 aborda de modo mais especifico a relação das equipes do Sistema
Único de Assistência Social com os órgãos do Sistema de Justiça.

13
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psicólogos na rede saúde ou exigir que os assistentes sociais realizem inquirição de vítimas
ou acusados com fins de produção de provas.

Onde o PAEFI Somente nos CREAS e exclusivamente pelo poder público.


pode ser A existência de um CREAS em funcionamento já pressupõe a
ofertado? oferta do PAEFI, sendo ambos indissociáveis.

Segundo a NOB/SUAS-RH, os recursos humanos do PAEFI deve ser assim composto:

CREAS com capacidade para acompanhar até CREAS com capacidade para acompanhar até
50 famílias/indivíduos25 80 famílias/indivíduos26
01 coordenador 01 coordenador
01 assistente social 02 assistentes sociais
01 psicólogo 02 psicólogos
01 advogado 01 advogado
02 profissionais com, no mínimo, nível 04 profissionais com, no mínimo, nível
médio para abordagem social aos médio para abordagem social aos
usuários. usuários.
01 auxiliar administrativo 02 auxiliares administrativos

Previsão Lei 8.742/93, artigo 24-B.


Normativa Resolução CNAS nº 109/09.
Portaria MDS nº 139 de 2012.

Referências Cadernos de Orientações Técnicas para os CREAS (MDS/2011).


técnicas

3.1.e - Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e
Suas Famílias – ofertado em Centro-Dia

25
Unidade com esta capacidade são mais comumente implantados em municípios de pequeno e médio porte.
26
Unidade com esta capacidade são mais comumente implantados em municípios de Grande porte e
metrópoles.

14
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Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e suas
Famílias é a nomenclatura nacionalmente prevista para o serviço socioassistencial
desenvolvido no Centro-dia.
Este serviço é uma alternativa de cuidado, complementar ao cuidado familiar, para
idosos que possuem algum grau de dependência. O Serviço visa prevenir a exclusão social
tanto do dependente quanto do cuidador, evitar situações de confinamento e reduzir a
sobrecarga sobre o cuidador familiar, visto que o stress pode levar à violências e negligências
que agravam a situação de dependência, comprometem os vínculos e a qualidade de vida
das pessoas envolvidas.
A proposta central é garantir às famílias um suporte para o cuidado diurno de pessoas
dependentes, oferecendo estrutura para cuidados pessoais com atividades diversificadas e
acompanhamento técnico durante determinado período.
Este serviço pode ser ofertado em entidades assistenciais privadas27 ou em unidades
públicas, denominadas Centro-Dia de referência.
Cabe ponderar que, embora o serviço esteja previsto para pessoas com deficiência e
idosas, o Governo Federal optou nos últimos anos por cofinanciar e produzir orientações
técnicas específicas para pessoas com deficiência, o que contribuiu para a ausência de
Centros-Dia para a população idosa. Apesar disto, deve-se ter claro que o serviço está
nacionalmente tipificado também para atendimento a pessoas idosas em situação de
dependência, tendo o município obrigação de provê-lo caso haja demanda identificada para
tanto.
O Centro-Dia de referência de assistência social deve realizar apenas atividades
compatíveis com as atribuições desta política. Trata-se de um espaço de cuidado, convívio
e trabalho social que não deve ser confundido com uma unidade de habilitação/reabilitação 28
ou de cuidados de saúde. Os cuidados clínicos devem ser viabilizados pela articulação com
as unidades de saúde.
Para os idosos devem ser ofertadas atividades de convivência em grupo, atividades de
convívio comunitário, auxilio nas atividades básicas de vida diária e atividades de estímulos
e suporte nas atividades instrumentais. Para as famílias dos idosos devem ser realizadas
orientações e encaminhamentos técnicos, além de atividades/encontros socioeducativos e
informativos que fortaleçam sua capacidade de cuidado.
As orientações técnicas no âmbito do SUAS recomendam que cada Centro-Dia atenda
até 30 usuários por turno, podendo a capacidade ser ampliada se houver estrutura e recursos
humanos para tanto.

27
Entidades como as APAEs e Pestalozzis, por exemplo, são caracterizadas como Centros-Dia. Atualmente
todos os Centros-Dia privados cadastrados no âmbito do SUAS direcionam atendimento exclusivo para
pessoas com deficiência.
28
A Resolução CNAS nº 34 de 2011 define que cabe à assistência social no processo de reabilitação de
pessoas em situação de dependência promover a inclusão das mesmas na vida comunitária, estimulando o
fortalecimento dos vínculos, contribuindo para uma vida mais independente e autônoma e viabilizando acesso
a direitos e benefícios essenciais.

15
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Cada unidade deve funcionar 10 horas por dia e, no mínimo, 05 dias por semana, mas
o período de permanência de cada usuário dependerá da avaliação da equipe técnica,
podendo ser por todo horário de funcionamento ou em turnos de 04 horas, todos os dias ou
apenas alguns dias por semana.
O Centro-Dia deve garantir refeição e oferecer condições para descanso e higiene
pessoal, caso necessário, mas não pode ser utilizado para pernoite, nem moradia temporária
dos seus usuários.
Os recursos humanos de um Centro-Dia para atender até 30 pessoas por turno deve
contemplar, no mínimo:
▪ 01 coordenador de nível superior;
▪ 01 assistente social;
▪ 01 psicólogo;
▪ 01 terapeuta ocupacional;
▪ 10 profissionais de, no mínimo, nível médio para a função de cuidador.

Como saber se o município deve desenvolver este serviço?


Devem dispor de Centro-Dia para idosos os municípios que possuem número relevante
de idosos dependentes cujas famílias precisam de suporte público para o cuidado
complementar.
Esta é uma informação difícil de coletar em bases de dados, sendo mais facilmente
identificada em ações de busca ativa e pelos registros de atendimento das unidades.
Algumas alternativas possíveis são:

▪ Levantar junto às Secretarias de Saúde informações sobre o número de idosos


dependentes já identificados por equipes do SUS;

▪ Extrair do Cadastro Único dos Programas Sociais e/ou da base de dados do BPC a lista
das famílias com idosos que são compostas por um único adulto, principalmente aquelas
em que, além do idoso, também houver crianças pequenas e/ou pessoas com deficiência,
o que sinaliza que existe um único cuidador familiar responsável pelo cuidado de mais de
uma pessoa dependente;

▪ Requisitar às unidades de acolhimento que informem o número de idosos que possuem


vínculos familiares preservados, mas foram institucionalizados porque o cuidador familiar
não dispõe de tempo ou possui dificuldades para manter o cuidado no ambiente doméstico
em tempo integral;

▪ Verificar nos relatórios mensais de atendimentos – RMA dos CREAS quantos idosos
com deficiência que vivenciaram situação de violência ou negligência intrafamiliar foram
atendidos nos últimos 02 anos.

16
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(anexo III – lista de idosos com deficiência vítimas de negligência atendidos no CREAS no ano de 2016, por
município)

Previsão Resolução CNAS nº 109/09.


Normativa Resolução CNAS nº 34/2011.
Decreto nº 7.612/11.

Referências Cadernos de Orientações Técnicas sobre o Serviço de Proteção Social


técnicas Especial para Pessoas com Deficiência e suas famílias ofertado em
Centro-dia (MDS/2013)29.

3.1.f - Serviço de Acolhimento Institucional

O serviço de acolhimento institucional é aquele desenvolvido nos abrigos. Destinam-se


a garantia de proteção integral para pessoas sem moradia, sem retaguarda familiar ou
condições de autossustento, além de pessoas que precisam ser afastadas do convívio
familiar por medida de proteção.
Pode ser desenvolvido em diferentes modalidades, considerando a diversidade de perfil
do público atendido.
Seja qual for a modalidade, o serviço de acolhimento no âmbito da assistência social
deve ser sempre desenvolvido em imóveis com caráter residencial e o atendimento deve ser
personalizado e em pequenos grupos. Os abrigos devem favorecer o convívio familiar e
comunitário e estimular a utilização dos equipamentos e serviços de outras políticas
disponíveis na região.
As famílias dos idosos atendidos nas unidades socioassistenciais de acolhimento são
consideradas público alvo para acompanhamento social pelo CREAS. O acompanhamento
social das famílias que possuem idosos acolhidos deve ocorrer em estreita articulação com
a equipe técnica dos respectivos abrigos.

Para atendimento a idosos, estão nacionalmente tipificadas as seguintes modalidades


de acolhimento:
▪ Acolhimento em ILPI;
▪ Acolhimento em Casa Lar;
▪ Acolhimento em República;

29
Não há recomendações específicas para Centro-Dia para idosos. O documento pode ser acessado no
seguinte link:
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/caderno_centro_dia_orientacoes
_tecnicas2.pdf

17
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▪ Acolhimento em Casa de Passagem.

Serviço de Acolhimento Institucional em ILPI

Esta é a modalidade de acolhimento de idosos mais recorrente. O Centro de Apoio


Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e a Pessoa com deficiência –
CAO Idoso, em parceria com o GATE, publicou em 2015 o documento “Roteiro de Atuação:
o Ministério Público e a fiscalização do serviço de acolhimento institucional de longa
permanência para idosos” onde constam referências para a fiscalização pelo MPRJ do
serviço de acolhimento prestado nas ILPIs. O referido roteiro de atuação está disponível no
sítio www.mprj.mp.br, na área de atuação idoso e pessoa com deficiência30.
Destaco que nem toda ILPI oferta serviço socioassistencial. Muitas instituições de longa
permanência privadas acolhem idosos com finalidades lucrativas, sem nenhuma vinculação
com o SUAS. O serviço socioassistencial de acolhimento é prestado apenas nas ILPIs
públicas e nas ILPIs mantidas por entidades privadas sem fins lucrativos cadastradas nos
Conselhos Municipais de Assistência Social.
Todas as ILPIs – públicas ou privadas - estão sujeitas às normas da Vigilância Sanitária
e à legislação relativa aos direitos dos idosos. As ILPIs vinculadas ao SUAS estão sujeitas
além destas, às normas da assistência social, devendo funcionar em conformidade com o
disposto na Resolução CNAS nº 109/09.
De modo cumulativo a Lei estadual nº 3.875/02, a RDC ANVISA nº 283/05 e a NOB-
RH/SUAS determinam como deve ser composta a equipe mínima de recursos humanos das
ILPIs socioassistenciais.

Previsão Lei 10.741/03 – Estatuto do Idoso.


Normativa Lei Estadual nº 3.875/02.
para ILPI Resolução da ANVISA RDC nº 283/05.
Resolução CNAS nº 109/09.

Referências Roteiro de Atuação: o Ministério Público e a fiscalização do serviço de


técnicas acolhimento institucional de longa permanência para idosos. (MPRJ,
2015).

Serviço de Acolhimento Institucional em Casa Lar

30
O documento pode ser acessado por meio do seguinte link:
https://www.mprj.mp.br/documents/20184/74440/roreito_atuacao_cao_idoso.pdf

18
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A Casa-Lar é uma unidade de acolhimento também prevista para idosos que se


diferencia da ILPI por possuir menor capacidade (para até 10 idosos).
Pretende-se com esta modalidade de acolhimento minimizar ainda mais o caráter
institucional, potencializando a personalização do atendimento com relações mais próximas
às do ambiente familiar.
Esta modalidade de acolhimento é particularmente recomendada para grupos de
idosos com relação de parentesco, como casais ou irmãos; idosos que demandam cuidados
e atenção mais direcionada; além de idosos sem perspectiva de desinstitucionalização, visto
que em um grupo pequeno são maiores as possibilidades de estabelecimento de vínculos
relacionais mais estáveis.
A Casa Lar também é mais viável para municípios que possuem demanda de
acolhimento pequena.
De acordo com a Norma Operacional de Recursos Humanos do SUAS, a Casa-Lar
deve dispor dos seguintes recursos humanos:
▪ 01 coordenador;
▪ 02 cuidadores por turno (podendo ser apenas 01 se houver apenas idosos
independentes);31
▪ 01 assistente social;
▪ 01 psicólogo;
▪ 01 profissional para desenvolver tarefas domésticas como limpeza, cozinha e
lavagem de roupas.

Para resguardar o caráter residencial da Casa-Lar a equipe técnica não deve dispor de
instalações de trabalho dentro da unidade. Apesar disto, a equipe deve prestar atendimento
constante e regular aos idosos acolhidos e seus familiares.
Observa-se que a NOB-RH/SUAS não previu a existência de médico ou profissionais
de enfermagem na Casa-Lar, partindo do entendimento de que o acompanhamento clínico
deve ser viabilizado pela rede de saúde local. No entanto, a depender das necessidades dos
idosos que ali residem, outras categorias profissionais podem ser adicionadas.
Uma Casa Lar também pode contar com um cuidador residente. O cuidador residente
é uma pessoa, ou um casal, que mora e trabalha na unidade (em uma casa que não é a
sua).

Previsão Lei nº 10.741/03 – Estatuto do Idoso.


Normativa Resolução CNAS nº 109/09.

31
A NOB-RH/SUAS determina a seguinte proporção: 01 cuidador para até 10 idosos independentes; 01
cuidador para até 06 idosos quando houver pessoas com grau de dependência II ou III, deficiência ou outras
necessidades específicas de saúde.

19
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Referências Não há orientações técnicas específicas para o acolhimento de idosos


técnicas em Casa-Lar.

Serviço de Acolhimento em República

A República é uma modalidade de acolhimento prevista para idosos ativos e com


cognição preservada. Destina-se à proteção social de idosos que tenham capacidade de
fazer a gestão de uma moradia e condições para desenvolver de forma independente as
atividades da vida diária (ainda que requeiram o uso de algum equipamento de autoajuda),
mas que não dispõem de moradia, nem condições financeiras para o autossustento de forma
autônoma.
Trata-se da oferta de uma casa, subsidiada pelo poder público e partilhada por um
pequeno grupo. É uma modalidade de acolhimento que respeita e preserva a capacidade
dos idosos lúcidos e independentes, permitindo que os próprios residentes assumam as
responsabilidades pela gestão da vida doméstica e pela organização de sua rotina cotidiana.
Além da moradia subsidiada, o serviço prevê disponibilidade de uma equipe técnica de
referência para contribuir com a gestão coletiva da moradia (administração financeira e
funcionamento) e para acompanhamento psicossocial dos idosos residentes32. Não estão
previstos cuidadores porque a unidade destina-se a idosos independentes, mas pode haver
profissional que auxilie nas tarefas domésticas, a depender das necessidades da unidade e
do público atendido.
Cabe à equipe técnica apoiar a construção e o fortalecimento de vínculos comunitários,
a integração e participação social e o desenvolvimento da autonomia das pessoas atendidas,
tendo sempre em vista a conquista de moradia definitiva e independente, conforme
capacidade de cada idoso. Esta equipe deve apoiar e viabilizar o acesso dos idosos aos
serviços de outras políticas públicas, como os de habitação, trabalho, educação e de saúde.
Cada republica deve acomodar até 10 residentes, considerando a capacidade do
imóvel. Deve ser instalada em área residencial e acompanhar o padrão das casas vizinhas,
sem placa indicativa da natureza do serviço.
Embora seja obrigatório o acompanhamento por equipe técnica, não deve haver espaço
para trabalho técnico dentro da república visando resguardar o caráter domiciliar da unidade.

Previsão Lei nº 10.741/03 – Estatuto do Idoso.


Normativa Resolução CNAS nº 109/09.

32
De acordo com a NOB-RH/SUAS a equipe técnicas das repúblicas deve ser composta por: 01 coordenador,
01 assistente social e 01 psicólogo. Esta equipe pode atender ate 20 idosos, distribuídos em até 02 unidades.
Pode-se acrescer outros profissionais, conforme necessidade do serviço.

20
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Referências Não há orientações técnicas específicas para repúblicas de idosos.


técnicas O documento técnico “Texto de orientação para o reordenamento do
serviço de acolhimento para população adulta e famílias em situação de
rua” traz algumas informações gerais de referência sobre o
funcionamento das repúblicas.

Serviço de Acolhimento Institucional em Casa de Passagem

A Casa de passagem é uma unidade para acolhimento imediato e emergencial de


pessoas em situação de rua, abandono, desabrigo ou migração. Esta modalidade de
acolhimento se diferencia das demais pelo caráter transitório do atendimento, visto que os
atendidos permanecerão ali por curto período (no máximo, 03 meses) até que seja realizado
o devido encaminhamento para uma unidade mais apropriada ou outro destino apontado
pelo estudo técnico.
A Resolução CNAS 109/09 prevê casa de passagem apenas para atendimento a
adultos e famílias, mas metrópoles e municípios com grande volume de idosos identificados
em situação de rua podem demandar serviço desta natureza. Também ocorre de idosos
serem acolhidos em casa de passagem junto com outros membros de sua família.
A capacidade máxima prevista para uma casa de passagem é de até 50 usuários e,
caso seja específica para idosos, deve dispor da mesma equipe técnica e parâmetros de
organização previstos para uma ILPI.

Como saber se o município precisa de uma unidade de acolhimento para idosos?

Segundo a Resolução CNAS nº 109/09, o Serviço de Acolhimento Institucional destina-


se aos idosos oriundos de situação de rua, abandono, sem retaguarda familiar e condições
de autossustento, bem como idosos que não possuem condições de permanecer com a
família por vivência de situações de violência, negligência ou por estarem com os vínculos
familiares muito fragilizados ou já rompidos. A identificação de idosos nestas situações
justifica a necessidade de abrigo socioassistencial no município.
Os seguintes dados ajudam a materializar a existência de demanda para unidade de
acolhimento no município:
▪ Numero relevante de idosos vítimas de abandono, violência ou negligência atendidos
pelo CREAS33. Este dado é periodicamente registrado pelos CREAS no formulário de

33
Não significa que todos os idosos que vivenciam tais situações irão necessitar de acolhimento, sendo certo
que diversos outros serviços já sinalizados neste documento podem se direcionar para o rompimento do ciclo
de violação de direitos evitando a institucionalização. Isto não inviabiliza o uso do quantitativo destas situações
como indicativos da existência de demanda, visto que em alguns casos o estudo técnico poderá apontar o
acolhimento como medida de proteção.

21
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Registro mensal de Atendimentos – RMA e pode ser solicitado pelas Promotorias de


Justiça. O número de procedimentos relativos a estas situações contabilizados pelo
Sistema de Justiça também é informação relevante para a avaliação da demanda por
abrigo de idosos.
(anexo I – Número de idosos em situação de violência, negligência ou abandono atendidos pelos CREAS
em 2016, por município)

▪ Numero relevante de idosos identificados em situação de rua. As equipes do Serviço


Socioassistencial de abordagem social devem manter registro do número de idosos
identificados em situação de rua. Este dado também consta do Relatório Mensal de
Atendimentos – RMA.
(anexo II – Número de idosos em situação de rua identificados pela assistência social no ano de 2016)

▪ Existência de idosos com alta médica ainda internados em hospitais gerais ou outras
unidades de saúde apenas por ausência de local para moradia. Esta informação pode
ser verificada junto às Secretarias Municipais de Saúde.

Municípios com numero reduzido de idosos nestas situações podem optar por implantar
Casa-Lar para idosos.
A existência de cinco ou mais idosos lúcidos e independentes acolhidos em ILPIs,
sobretudo idosos cujo estudo técnico aponta perspectivas de desinstitucionalização, com
retorno ao convívio familiar ou desligamento para vida autônoma, já pode indicar demanda
para implantação de república para idosos.
Este tipo de levantamento pode ser realizado pela equipe técnica do próprio abrigo, a
partir dos estudos sociais realizados e do conhecimento do perfil dos acolhidos.
Outro indicativo da necessidade do serviço de acolhimento em república pode ser a
identificação pelo CREAS, pelas equipes de abordagem social ou equipes de outros órgãos
do Sistema de Garantia de Direitos de idosos ativos e independentes em situação de rua
apenas por não dispor de condições financeiras para arcar com os custos de moradia.
Municípios que concentram grande volume de idosos em situação de rua, em especial
população flutuante, com característica migratória34, podem considerar a possibilidade de
implantação de casa de passagem específica para atender emergencialmente aos idosos.
3.1.g - Serviço Especializado em Abordagem Social

O serviço destina-se à busca intencional da ocorrência de situações de violações de


direitos no território. Para tanto, a equipe do serviço faz rondas e visitas programadas em
ruas, praças, entroncamentos de estradas, área de concentração de comércio, terminais de
transportes públicos, entre outros espaços de uso coletivo, buscando identificar pessoas em

34
As equipes que realizam as abordagens sociais às pessoas em situação de rua conhecem as características
do público. O número de pessoas migrantes, com transtorno mental ou usuário de álcool e drogas abordadas
pode ser identificado no Relatório Mensal de Atendimentos – RMA da unidade que realiza as ações de
abordagem social.

22
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situação de rua e/ou ocorrência de outras situações, como exploração sexual, trabalho
infantil, uso abusivo de drogas, por exemplo.
Identificando pessoas nestas situações, a equipe do serviço tenta estabelecer
aproximação, busca solucionar as necessidades imediatas e, na medida do possível,
promove a inserção do usuário na rede de serviços essenciais.
Não é um serviço para atendimento exclusivo para pessoas idosas, mas ele identifica
muitos idosos em situação de rua ou mendicância35.
O Serviço de Abordagem Social pode ser desenvolvido nos CREAS e/ou nos Centros
de Referência Especializados para a População em Situação de Rua, conhecidos como
Centro Pop.
Idosos identificados em situação de rua que recusam a institucionalização ou
demonstram resistência em sair das ruas podem ser encaminhados para o Centro Pop,
unidade que funcionará como um ponto de apoio para o idoso e realizará o trabalho social.
O Centro Pop é uma unidade pública de assistência social voltada ao atendimento
exclusivo de pessoas em situação de rua, inclusive pessoas idosas36. Trata-se de um espaço
de convívio grupal/social, onde são ofertados atendimento técnico e acompanhamento
social, além de garantidas condições de dignidade com a oferta de espaço para a guarda de
pertences, higiene pessoal, alimentação e provisão de documentação civil, servindo também
como endereço de referência para recebimento de correspondência e para o registro em
cadastros públicos.
Por meio do trabalho social, os profissionais do Centro pop tentarão sensibilizar a
pessoa idosa a aderir aos serviços socioassistenciais que lhe forem ofertados ou mesmo a
considerar a institucionalização, caso esta seja a alternativa mais protetiva. A equipe do
Centro Pop acompanhará tecnicamente o idoso durante todo o processo de saída das ruas.
Em municípios que não possuem Centro Pop37, o trabalho técnico de sensibilização e
acompanhamento social pode ser feito pela equipe do PAEFI, nos CREAS.

3.2 – Quanto à obrigação de ofertar os serviços socioassistenciais

No âmbito do SUAS, compete aos municípios executar os serviços socioassistenciais


nacionalmente tipificados38.

35
Anexo III – Idosos identificados em situação de rua no ano de 2016.
36
O Centro Pop deve ofertar, obrigatoriamente, o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua,
previsto na Resolução CNAS 109/09.

Anexo VI – listagem dos municípios que possuem Centro de Referência para atendimento á População de
37

Rua.
38
Norma Operacional Básica do SUAS, artigo 17, inciso V.

23
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Pela lógica implícita no princípio de universalidade do SUAS, os municípios tem


obrigação de executar todos os serviços previstos na Resolução CNAS nº 109/09 para os
quais houver demanda na cidade.
Quando a demanda identificada no município para serviços de Proteção Social
Especial for tão residual que não justificar a implantação de uma unidade, cabe ao gestor
municipal buscar articulação com os municípios vizinhos para fomentar associações ou
consórcios para a oferta regionalizada do serviço, com apoio do governo estadual39.Serviços
de Proteção Social Básica só podem ser de oferta municipal40.
Mas como saber se há demanda no município para determinado serviço?

Para reconhecimento da demanda por serviços de assistência social todos os municípios


devem realizar a cada quatro anos um diagnóstico socioterritorial.

A obrigatoriedade de realizar um diagnóstico socioterritorial está descrita no artigo 20


da Norma Operacional Básica do SUAS- NOB/SUAS. Tal diagnóstico deve compor a
estrutura dos Planos Municipais de Assistência Social.
O órgão gestor da assistência social no município também tem obrigação de realizar
a vigilância socioassistencial, como previsto nos artigos 90 e 91 da NOB/SUAS. Para tanto
deve estruturar uma equipe ou um setor dedicado à gestão da informação, que se ocupe de
sistematizar e analisar as informações produzidas pelas equipes dos diversos serviços
socioassistenciais e as bases de dados disponíveis no âmbito do SUAS, utilizando-as para
subsidiar a qualificação dos serviços, o reconhecimento das demandas e a organização da
rede socioassistencial.
Os gestores municipais de assistência social possuem acesso a alguns sistemas de
informação, listagens e bancos de dados de onde podem extrair informações essenciais para
conhecimento de sua demanda. O conjunto de aplicativos e sistemas informatizados
disponíveis é denominado Rede SUAS.
A Rede SUAS está prevista no artigo 97 da NOB/SUAS como fonte oficial de
informações no campo da assistência social. A alimentação dos sistemas pelos municípios
é periódica e obrigatória, sob pena de sansões como o bloqueio dos repasses de
cofinanciamento, o que garante bases de dados robustas e atualizadas. Há diversos
sistemas, com diferentes níveis de acesso, mas a maioria possui informações para acesso
público.
Abaixo algumas das principais fontes de informações disponíveis:

39
O governo estadual deve estimular e apoiar técnica e financeiramente os consórcios e associações
municipais para oferta dos serviços, como prevê o artigo 15, inciso III da NOB/SUAS.
40
A esfera estadual só pode ofertar serviços socioassistenciais regionais de Proteção Social Especial. A oferta
de serviços regionais pelo Estado é necessária caso exista um grupo de municípios com demanda muito
reduzida que não justifique a oferta municipal e não tenha sido possível a formação de consórcios entre estes
municípios.

24
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Fonte de Em que consiste Como acessar


dados
Cadastro Único Cadastro nacional de famílias com renda mensal de De acesso restrito,
para Programas até 03 salários mínimos usuárias de programas disponível apenas para
Sociais do sociais41. Dispõe de um vasto conjunto de gestores e instituições
Governo informações socioeconômicas sobre as famílias cadastradas.
Federal - cadastradas.
CadÚnico Informações específicas
Por meio do sistema de consulta, seleção e extração
podem ser solicitadas ao
de informações do CadÚnico – CECAD os municípios
gestor municipal.
têm acesso à composição de uma família, aos dados
pessoais de cada membro, às características do
domicílio, entre outras informações.
Cadastro Centraliza toda a rede socioassistencial. Nele podem Os dados públicos podem
Nacional do ser localizados todos os órgãos governamentais e ser acessados no seguinte
SUAS - unidades públicas ou privadas vinculadas ao SUAS, link:
CadSuas com endereço, dados de identificação e informações http://aplicacoes.mds.gov.
sobre recursos humanos. A consulta pode ser feita br/cadsuas/
por município.

Censo SUAS Coleta anual de informações sobre todas as unidades A base de dados é de
do SUAS. A base de dados concentra informações de acesso público e pode ser
identificação, espaço físico, recursos materiais, acessada no link:
recursos humanos, público atendido, atividades http://aplicacoes.mds.gov.
executadas, entre outras. As informações são br/snas/vigilancia/index2.p
declaradas pelo próprio município e o preenchimento hp
anual é obrigatório. Há Censo SUAS relativo aos
CRAS, aos CREAS, aos Centros de População de
rua, aos centros de convivência, unidades de
acolhimento, conselhos municipais da área da
assistência social e gestão do SUAS.
Sistema de A base de dados apresenta um consolidado do Os dados do ano anterior
Registro Mensal volume mensal de atendimentos realizados nos ficam disponíveis em uma
de CRAS, nos CREAS e nos Centros de População em base de dados de acesso
Atendimentos - Situação de Rua. É uma estratégia de monitoramento público que pode ser
RMA que permite, entre outras coisas, mapear a acessada pelo link:
ocorrência de riscos e violações de direitos no http://aplicacoes.mds.gov.
município. br/snas/vigilancia/index2.p
Pelo RMA pode-se conhecer, por exemplo, quantos hp
idosos vítimas de violência ou negligência foram
atendidos nos CREAS, ou quantos idosos

41
O CadÚnico é cadastro obrigatório para acesso ao Programa Bolsa Família, ao Benefício de
Prestação Continuada, à Carteira do Idoso, tarifa social de energia elétrica, entre diversos outros.

25
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beneficiários do BPC foram atendidos nos CRAS, no Os dados do ano corrente


mês ou ano pesquisado. precisam ser solicitados
ao município.

Cadastro Lista todas as instituições privadas certificadas como A consulta de entidades


Nacional de entidades de assistência social. privadas de assistência
Entidades Somente as instituições inscritas neste cadastro e social pode ser feita no
privadas de nos respectivos Conselhos Municipais de Assistência link:
Assistência Social podem receber recursos públicos oriundos dos http://aplicacoes.mds.gov.
Social - CNEAS Fundos de Assistência Social. br/cneas/publico/xhtml/co
nsultapublica/pesquisar.jsf

Relatórios Possibilita a consulta sobre informações financeiras Os relatórios financeiros


financeiros de dos municípios como: números de contas correntes, de acesso público podem
acesso público valor das parcelas pagas relativas aos repasses ser acessados em:
feitos pelo Governo Federal, valor recebido para cada http://blog.mds.gov.br/fna
serviço (por piso financeiro), além de saldo detalhado s/?page_id=338
por conta.
As consultas são feitas por município e as
informações são atualizadas mensalmente.
Relatório de Concentra informações gerais sobre todos os O relatório é de acesso
Informações serviços e benefícios ofertados no município. Neste público e pode ser
Sociais - RI relatório pode-se acessar dados demográficos, nº de impresso em formato PDF.
beneficiários do BPC, nº de beneficiários do Bolsa Está disponível no
Família, nº de unidades de assistência social e seguinte link:
valores que cada uma recebe do governo federal, os https://aplicacoes.mds.go
valores de saldo existentes, entre outras v.br/sagi/RIv3/geral/index.
informações. A consulta online possibilita ainda o php#
georreferenciamento das unidades existentes em
cada município, localizando-as no mapa.
As informações podem ser consultadas por município
e referem-se ao mês de consulta.
Base cadastral Concentra a listagem, os dados de identificação e Acesso restrito, disponível
dos socioeconômicos de todos os beneficiários do apenas para gestores e
beneficiários do Benefício de Prestação Continuada. órgãos oficiais
BPC – SUAS cadastrados.
Web
Informações podem ser
solicitadas aos gestores
municipais.

Além das diversas fontes de dados disponíveis e das informações de atendimento de


cada serviço, os municípios podem se valer de pesquisas e levantamentos oficiais – como o
Censo populacional do IBGE e as bases de dados de consulta pública do SUS – ou
levantamentos de outras políticas setoriais para obter informações sobre sua demanda

26
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Grupo de Apoio Técnico Especializado

municipal. Pode também considerar o volume e as características das denúncias que


chegam a seu conhecimento, inclusive aquelas encaminhadas pelos conselhos de defesa
dos direitos e do sistema de justiça.

4 – Fiscalização dos serviços socioassistenciais para idosos:


Para uma atuação mais direcionada do MPRJ, podem ser formulados, a título de
sugestão, alguns questionamentos para serem direcionados aos municípios para a coleta de
informações sobre os serviços socioassistenciais de atendimento aos idosos.
O processo de fiscalização pode considerar etapas, contemplando os seguintes
passos:
1º - Mapeamento dos serviços socioassistenciais já existentes para atendimento ao idoso no
município;

2º - Reconhecimento da demanda municipal para avaliar a necessidade de implantar novos


serviços e/ou expandir os serviços já existentes;

3º - Fomento dos serviços necessários para materializar as proposições da Política Nacional


do Idoso no município fiscalizado.

Mapeamento dos serviços já existentes:

É recomendável que as Promotorias de Justiça realizem um apanhado geral inicial que


lhe permita identificar como está a retaguarda de atenção socioassistencial ao idoso em cada
município de sua atribuição, o que tende a favorecer uma atuação mais coerente.
Entendo pertinente que esta etapa de mapeamento considere, além das ofertas
públicas, os serviços desenvolvidos por entidades privadas de assistência social (sobretudo
os que recebem recursos e outras formas de suporte público), visto que a rede privada é
parte integrante e complementar do SUAS. Quanto a isto cabe ressaltar que toda Secretaria
Municipal de Assistência Social, na condição de gestor local do SUAS, deve ser capaz de
prestar informações sobre os serviços desenvolvidos em toda a rede socioassistencial
municipal, seja em unidade pública ou em entidade privada.
Para um levantamento geral, pode-se direcionar ao município os seguintes
questionamentos:
▪ Quais serviços socioassistenciais voltados para atendimento a pessoas idosas são
ofertados no município?
Desejável solicitar informação sobre o local onde o serviço é ofertado (nome da unidade, endereço e
contato), a capacidade máxima prevista e o numero de idosos atendidos.
Pode-se requisitar o planejamento ou a programação das atividades que compõe os serviços para
compreender melhor em que consistem. Todos os serviços socioassistenciais devem dispor de algum
planejamento que direcione sua execução.

27
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▪ Há unidade exclusiva para atendimento a pessoas idosas no município (por exemplo,


Centro de Convivência, unidade de acolhimento ou Centro Dia)?
Solicitar informações sobre o funcionamento, localização e capacidade de atendimento.

▪ O município possui convênio ou subsidia de alguma outra forma serviços


socioassistenciais para idosos executados por entidades privadas?
Solicitar informações sobre a instituição, a modalidade de serviço prestado e o tipo de subsídio
repassado pelo governo municipal.

▪ Além dos serviços socioassistenciais previstos na Resolução CNAS 109/09, há outras


ações, programas ou projetos de atendimento ao idoso executados no município?

▪ Quantas famílias com idosos são acompanhadas no âmbito do PAIF ou do PAEFI,


pelas equipes técnicas dos CRAS e CREAS?
Número muito baixo pode ser um indicativo de que as famílias com idosos estão recebendo
apenas atendimentos pontuais, que pouco contribui para o fortalecimento da capacidade
protetiva das famílias e para a prevenção de riscos. Para avaliar se o numero é muito baixo
ele pode ser confrontado com o número total de idosos que recebem o BPC na cidade, visto
que estes idosos são considerados público prioritário para o acompanhamento social.

▪ Pode-se, ainda, requisitar cópia do orçamento aprovado para o Fundo Municipal de


Assistência Social e para o Fundo Municipal do Idoso, caso haja, para verificar quais
os serviços socioassistenciais estão efetivamente previstos para serem executados
no município.

Reconhecimento da demanda municipal

Para que tenha efetividade na melhoria das condições de vida das pessoas uma rede
de serviços precisa ser coerente com as demandas reais do público ao qual se destina. Por
isto, no âmbito do SUAS está previsto como obrigação dos municípios o monitoramento
constante da ocorrência de vulnerabilidades, riscos e violações de direitos para que se possa
estimar a necessidade de expansão da rede e da cobertura dos serviços, com vistas à
universalização do atendimento.
Cabe verificar junto ao município se ele já possui dados relativos à demanda da
assistência social, se reconhece necessidade de implantação de novos serviços e se já
possui algum tipo de planejamento neste sentido.
Para tanto, pode-se direcionar ao ente federativo as seguintes solicitações:

▪ Requisitar cópia do diagnóstico socioterritorial realizado no âmbito do SUAS pela


Secretaria Municipal de Assistência Social.
Consta no artigo 20 da Norma Operacional Básica do SUAS a obrigatoriedade de realizar este
diagnóstico a cada 04 anos.

28
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▪ Questionar se o município instituiu o setor de vigilância socioassistencial no âmbito do


SUAS e, caso o tenha feito, requisitar os dados que a vigilância dispõe sobre a
população idosa.
Segundo artigo 87 da NOB/SUAS a vigilância socioassistencial é uma função da Politica de assistência
Social e os municípios tem obrigação de estruturar-se para desenvolvê-la.

▪ Requisitar que o município informe se houve (e quais são) propostas relativas ao


atendimento à população idosa aprovadas na ultima Conferência Municipal de
Assistência Social e/ou na Conferência Municipal da Pessoa Idosa.
É obrigatório que as propostas aprovadas em conferencias sejam consideradas no planejamento
municipal de execução da política de assistência social.

▪ Solicitar cópia do Plano Municipal de Assistência Social vigente para avaliar se há


previsões e metas a serem atendidas no campo da assistência social relativas ao
atendimento ao idoso.

Caso o município não disponha de diagnóstico, nem de dados sistematizados pela


vigilância socioassistencial ou, ainda, na hipótese dos dados apresentados pelo município
não possuírem informações específicas sobre a população idosa, uma alternativa é
apresentar questionamentos que possuam relação mais imediata com a demanda dos
idosos.
Algumas possibilidades são42:

▪ Quantos idosos vítimas de violência ou negligência foram atendidos nas unidades


de assistência social nos últimos 24 meses?
Este dado pode demonstrar a necessidade por serviços que diminuam a sobrecarga de cuidados
familiar, como o Centro-Dia, necessidade de fortalecimento do trabalho social preventivo
desenvolvido no âmbito do PAIF e do PAEFI, ou ainda demanda para serviço de acolhimento.

▪ Quantos idosos em situação de abandono foram atendidos nas unidades de


assistência social nos últimos 24 meses?
Este dado pode demonstrar a necessidade por serviço de acolhimento e de fortalecimento do
acompanhamento social no âmbito do PAEFI.

▪ Informar o número total de idosos identificados em situação de rua no município.


Este dado pode demonstrar a necessidade por serviço de acolhimento e de fortalecimento do
acompanhamento social no âmbito do PAEFI.

▪ Total de idosos registrados no Cadúnico que vivem só ou na companha de outra


pessoa possivelmente dependente, como idoso, pessoas com deficiência ou
crianças.
Esta informação pode indicar necessidade de proteção social no domicilio.

42
Todos estes questionamentos referem-se a dados que os municípios possuem condições de levantar, por
meio de seus registros de atendimento ou bases de dados consideradas oficiais no âmbito do SUAS.

29
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Grupo de Apoio Técnico Especializado

▪ Total de famílias compostas por idosos registradas no Cadúnico onde identifique-se


a presença de um único adulto responsável pelo cuidado domiciliar.
Esta informação pode indicar necessidade de serviços de suporte familiar, como o Centro-Dia.

▪ Total de idosos, identificados por busca ativa ou registrados no Cadúnico, que


residem em localidades onde não há provimento de transporte coletivo ou que vivam
em domicílios cuja condição do espaço físico dificulta a ida até as unidades de
assistência social.
Esta informação pode indicar necessidade de proteção social no domicilio.

▪ Há fila de espera para as unidades de acolhimento ou ingresso em outro serviço


socioassistencial?
Esta informação pode demonstrar necessidade de ampliar a cobertura da rede de serviços.

▪ Total de idosos com vínculos familiares preservados que estão institucionalizados


por falta de condições da família de garantir cuidados domiciliares em tempo integral.
Esta informação pode ser levantada junto aos abrigos e pode apontar demanda para serviços de
suporte familiar como o Centro-Dia.

▪ Total de idosos ativos e lúcidos institucionalizados por ausência de recursos para


arcar com moradia independente.
Esta informação pode ser levantada junto aos abrigos e pode apontar demanda para serviço de
acolhimento em República.

Pode-se, ainda, consultar a Secretaria Municipal de Saúde:


▪ Se há idosos com alta médica ainda internados em hospitais ou outras unidades de
saúde por ausência de moradia ou condições de autocuidado. Em caso positivo,
quantos são?
▪ Se há informação sistematizada sobre o número de idosos dependentes de cuidados
de terceiros identificados no município.

Fomento dos serviços socioassistenciais

A existência de demanda é o principal sinalizador da necessidade de oferta de


determinado serviço socioassistencial. No entanto, além da demanda, também é relevante
levar em consideração as reais possibilidades do município para implantar uma nova unidade
ou serviço e mantê-lo nos padrões requeridos pelas normas de referência.
Sempre que o município assumir o compromisso de implantar novos serviços
socioassistenciais, deve fazer a respectiva previsão no orçamento municipal, visto que sem
destinação de recursos o compromisso não se materializará.

30
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A decisão de implantar um novo serviço socioassistencial também deve ser submetida


à aprovação do Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS, colegiado responsável
por fiscalizar e controlar o uso dos recursos do Fundo Municipal de Assistência Social43.
Serviços socioassistenciais de referência (PAIF, PAEFI, Serviço Especializado para
pessoas em Situação de Rua ofertado em Centro Pop) só podem ser ofertados diretamente
pelo poder público. Os demais serviços podem ser ofertados tanto pelo poder público, quanto
por entidades privadas de assistência social.
Importa destacar que toda parceria entre o poder público e as organizações da
sociedade civil, mesmo que não envolva transferência direta de recursos financeiros, deve
considerar o disposto na Lei 13.204/15 e demais legislações pertinentes.
Não é demais ressaltar mais uma vez que a primazia da responsabilidade do Estado
na execução dos serviços é uma diretriz estruturante para a área da assistência social e deve
ser sempre priorizada.

5 - Conclusão

O conteúdo apresentado explicita uma enorme distância entre as garantias normativas


e a realidade estadual no campo da assistência social. A evidência deste déficit impõe
urgência na adoção de iniciativas direcionadas para o fomento da rede de serviços
socioassistenciais de atendimento aos idosos no Estado do Rio de Janeiro.
Este documento pretendeu contribuir para que a atuação ministerial ocorra com a
dimensão correta do que está previsto e do que efetivamente pode ser exigido do município,
visando minimizar cobranças equivocadas e/ou genéricas que pouco acrescentariam para o
propósito de fortalecer a rede socioassistencial de atenção a população idosa.
Considerando que a existência de demanda identificada coloca o município na
obrigação de ofertar o serviço socioassistencial demandado ou, no mínimo, de justificar os
motivos da não oferta, é importante que o processo de fomento e fiscalização dos serviços
socioassistenciais para idosos contemple um levantamento inicial que permita mapear as
ofertas já existentes e identificar as necessidades da população idosa em cada município.
Dispor de um panorama sobre a realidade municipal é etapa essencial para que se possa
dimensionar o nível de gravidade e urgência de cada caso e planejar a estratégia de atuação
reconhecendo que pode haver tanto município cuja rede precisa apenas ser potencializada,
quanto município que precisará partir do zero para estruturar sua rede de serviços.
Vale ressaltar que as proposições registradas são apenas sugestões, abertas a
alterações e criticas, pensadas com o objetivo de otimizar o levantamento de informações e
a relação com os entes federativos no processo de fiscalização dos serviços
socioassistenciais na área do idoso.

43
Norma Operacional Básica do SUAS, artigo 48 e artigo 84.

31
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Cabe registrar que os Conselhos Municipais de Assistência Social e de Defesa dos


Direitos da Pessoa Idosa também possuem atribuição de fomentar políticas e de fiscalizar a
rede de serviços socioassistenciais para atendimento ao idoso e, portanto, podem ser
considerados parceiros neste percurso.
É recomendável, por fim, que as solicitações e questionamentos sejam sempre
direcionados ao gestor municipal de assistência social e não aos coordenadores das
unidades ou técnicos dos serviços, respeitando os limites de suas atribuições.

Rafael Luiz Lemos de Sousa


Promotor de Justiça
Coordenador do GATE

Renata de Araujo Rios


Assistente Social
Técnica Pericial do GATE

32
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Grupo de Apoio Técnico Especializado

___________________________
Referências

Benzins,M.A.V; Giacomin, K.C e Camarano, A.A. A Assistência Social na Política Nacional


do Idoso. Cap.3. In Política Nacional do Idoso: velhas e novas questões. Rio de Janeiro,
IPEA, 2016.
BRASIL. Lei no 8.742 de 07 dezembro de 1993. Dispõe sobre a assistência social e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 8 dez. 1993.
BRASIL. Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá
outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 01 out. 2003.
BRASIL. Lei nº 8.842 de 04 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso,
cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
05 jan. 1994.
Brasil. Conselho Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica do Sistema
Único de Assistência Social. Resolução CNAS nº 33 de 12 de dezembro de 2012. Brasília,
2012.
BRASIL. Conselho Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica de Recursos
Humanos do Sistema Único de Assistência Social. Resolução nº 269 de 13 de dezembro de
2006. Brasília, 2006.
BRASIL. Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais. Resolução CNAS nº 109 de 11 de novembro de 2009. Brasília, 2009.
BRASIL. Política Nacional de Assistência Social e Norma Operacional Básica do SUAS
(versão oficial). Brasília, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome –MDS,
2005.
RIZZINI, Irene. O século perdido: raízes históricas das políticas públicas para a infância no
Brasil. São Paulo: Cortez Editora, 2008.
SILVA, M. R. F.; YAZBEK, M. C. Proteção social aos idosos: concepções, diretrizes e
reconhecimento de direitos na América Latina e no Brasil. Revista katálysis, Florianópolis, v.
17, n. 1, 2014.
YAZBEK, M.C. Classes subalternas e assistência social. 4ª ed. São Paulo, Cortez, 2003.

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ANEXO I
IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, ABANDONO OU NEGLIGÊNCIA

IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, ABANDONO OU NEGLIGÊNCIA


ATENDIDOS NOS CREAS NO ANO DE 201644
Nº de idosos Nº de idosos
Município atendidos em Município atendidos
2016 em 2016
Angra dos Reis 10 Nilópolis 41
Aperibé 1 Niterói 134
Araruama 24 Nova Friburgo 47
Areal 4 Nova Iguaçu 98
Armação dos Búzios 11 Paracambi 15
Arraial do Cabo 8 Paraíba do Sul 30
Barra do Piraí 1 Paraty 9
Barra Mansa 188 Paty do Alferes 9
Belford Roxo 176 Petrópolis 209
Bom Jardim 4 Pinheiral 22
Bom Jesus do Itabapoana 9 Piraí 12
Cabo Frio 9 Porciúncula 7
Cachoeiras de Macacu 14 Porto Real 5
Campos dos Goytacazes 33 Quatis 9
Cantagalo 11 Queimados 14
Carapebus 2 Quissamã 7
Cardoso Moreira 15 Resende 30
Carmo 2 Rio Bonito 52
Casemiro de Abreu 5 Rio Claro 15
Comendador Levy Gasparian 11 Rio das Flores 8
Conceição de Macabu 1 Rio das Ostras 23
Cordeiro 0 Rio de Janeiro 428
Duas Barras 0 Santo Antônio de Pádua 3
Duque de Caxias 11 São Fidélis 35
Engenheiro Paulo de Frontin 10 São Gonçalo 228
Guapimirim 6 São João da Barra 6
Iguaba Grande 8 São João de Meriti 35
Itaboraí 124 São José do Vale do Rio Preto 5
Itaguaí 55 São Pedro da Aldeia 8
Itaocara 41 São Sebastião do Alto 3

44
Trata-se apenas dos casos atendidos pelos CREAS. Cabe considerar a possibilidade de que nem todos os
casos efetivamente ocorridos chegaram ao conhecimento do CREAS. Além disto, estas unidades possuem
capacidade de atendimento anual limitada, de modo que o numero de atendimentos é uma importante
referência, mas não deve ser tomado como demanda geral do município.

34
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Grupo de Apoio Técnico Especializado

Itaperuna 6 Sapucaia 7
Itatiaia 43 Saquarema 31
Japeri 27 Seropédica 13
Laje do Muriaé 5 Silva Jardim 7
Macaé 123 Sumidouro 18
Magé 66 Teresópolis 30
Mangaratiba 3 Trajano de Moraes 2
Maricá 42 Três Rios 29
Mendes 3 Valença 30
Mesquita 14 Vassouras 13
Miguel Pereira 2 Volta Redonda 193
Miracema 2
TOTAL 3.050

ANEXO II
MUNICÍPIOS QUE IDENTIFICARAM IDOSOS COM DEFICIÊNCIA VÍTIMAS DE NEGLIGÊNCIA
OU ABANDONO FAMILIAR

Idosos com deficiência vítimas de negligência


ou abandono familiar atendidos pelo CREAS

Município Nº de idosos
Barra Mansa 3
Belford Roxo 11
Itaperuna 1
Macaé 2
Magé 1
Mesquita 2
Nilópolis 1
Nova Friburgo 4
Paracambi 2
Paraty 2
Paty do Alferes 1
Porciúncula 1
Resende 1
Rio Bonito 1
Rio de Janeiro 3
São Gonçalo 4
Teresópolis 4
Trajano de Moraes 1
Três Rios 1
Valença 2

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ANEXO III
IDOSOS IDENTIFICADOS EM SITUAÇÃO DE RUA PELAS EQUIPES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Número de idosos em situação de rua identificados em abordagens sociais realizadas no ano de


2016
Idosos Idosos
Idosos Idosos
identificados identificados
MUNICÍPIO identificados MUNICÍPIO identificados
pelo Centro pelo Centro
pelo CREAS pelo CREAS
POP POP
Angra dos Reis 0 0 Mendes 0 0
Aperibé 01 0 Mesquita 01 0
Araruama 0 08 Miguel Pereira 0 0
Areal 0 0 Miracema 34 0
Armação dos Búzios 02 0 Nilópolis 02 0
Arraial do Cabo 0 0 Niterói 04 71
Barra do Piraí 01 0 Nova Friburgo 29 0
Barra Mansa 01 36 Nova Iguaçu 01 124
Belford Roxo 08 05 Paracambi 08 0
Bom Jardim 0 0 Paraíba do Sul 01 0
Bom Jesus do
01 0 Paraty 03 0
Itabapoana
Cabo Frio 02 0 Paty do Alferes 0 0
Cachoeiras de Macacu 0 0 Petrópolis 01 49
Campos dos
21 29 Pinheiral 01 0
Goytacazes
Cantagalo 0 0 Piraí 01 0
Carapebus 0 0 Porciúncula 0 0
Cardoso Moreira 0 0 Porto Real 01 0
Carmo 0 0 Quatis 0 0
Casemiro de Abreu 0 0 Queimados 0 0
Comendador Levy
0 0 Quissamã 0 0
Gasparian
Conceição de Macabu 0 0 Resende 0 40
Cordeiro 0 0 Rio Bonito 02 0
Duas Barras 0 0 Rio Claro 0 0
Duque de Caxias 0 37 Rio das Flores 0 0
Engenheiro Paulo de
0 0 Rio das Ostras 0 0
Frontin
Guapimirim 0 0 Rio de Janeiro 730 84
Santo Antônio
Iguaba Grande 0 0 51 0
de Pádua
Itaboraí 0 03 São Fidélis 03 0

36
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Grupo de Apoio Técnico Especializado

Itaguaí 0 27 Sapucaia 02 0
Itaocara 02 0 Saquarema 03 0
São Gonçalo 0 106 Seropédica 0 0
São João da Barra 0 0 Silva Jardim 0 0
São João de Meriti 0 14 Sumidouro 0 0
São José do Vale do
0 0 Teresópolis 05 0
Rio Preto
Trajano de
São Pedro da Aldeia 01 0 01 0
Moraes
São Sebastião do Alto 0 0 Três Rios 07 0
Itaperuna 01 0 Valença 35 0
Itatiaia 12 0 Vassouras 05 0
Japeri 06 0 Volta Redonda 0 93
Laje do Muriaé 29 0
Macaé 04 26
Magé 19 05
Mangaratiba 01 0
Maricá 13 0
Total de idosos em situação de rua identificados pelos CREAS: 1.056
Total de idosos em situação de rua identificados pelos Centros POPs: 743

ANEXO IV
MUNICÍPIOS QUE ATENDEM IDOSOS NOS CENTROS DE REFERENCIA PARA POPULAÇÃO
EM SITUAÇÃO DE RUA – CENTROS POPs

MUNICÍPIOS QUE ATENDEM IDOSOS NOS CENTROS POPs


Nº de idosos em
Nº de idosos em
situação de rua
situação de rua
Município Município atendidos no
atendidos no Centro
Centro Pop em
Pop em 2016.
2016.
Araruama 5 Resende 31
Barra Mansa 60 Rio de Janeiro 187
Belford Roxo 31 São Gonçalo 63
Campos dos Goytacazes 57 São João de Meriti 14
Duque de Caxias 34 Volta Redonda 93
Itaboraí 5
Itaguaí 48
Macaé 77
Magé 10

37
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Grupo de Apoio Técnico Especializado

Niterói 144
Nova Iguaçu 59
Petrópolis 66
Total de idosos identificados em situação de rua que 984
receberam atendimento técnico pelo Centro Pop em 2016

ANEXO V
LISTA DOS CRAS QUE DESENVOLVEM GRUPOS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS

CENTROS DE ASSISTENCIA SOCIAL QUE OFERTAM ATIVIDADES DE CONVIVÊNCIA


PARA IDOSOS
MUNICÍPIO CRAS
CRAS Frade
CRAS Belém
CRAS Monsuaba
Angra Dos Reis CRAS Bracuí
CRAS Campo Belo
CRAS Nova Angra
CRAS Parque Mambucaba
CRAS CENTRO
Aperibé CRAS PORTO DAS BARCAS
CRAS PONTE SECA
CRAS DO MUTIRÃO
CRAS Bananeiras
Araruama CRAS FAZENDINHA
CRAS DE SÃO VICENTE
CRAS DO OUTEIRO
Areal CRAS AMAZONAS
CRAS José Gonçalves
Armação de Búzios CRAS BAIA FORMOSA
CRAS - RASA
CRAS JOSÉ HENRIQUE DA SILVA
Arraial do Cabo
CRAS AMADO JULIÃO
CRAS Areal
CRAS Vargem Alegre
Barra do Piraí
CRAS Califórnia
CRAS Centro
CRAS VILA NATAL
Barra Mansa
CRAS GETÚLIO VARGAS

38
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS PENA FORTE


CRAS SÃO PEDRO
CRAS SIDERLÂNDIA
CRAS PARAÍSO DE CIMA
CRAS I - XAVANTE
CRAS IV - LOTE XV
CRAS VI - JARDIM BOM PASTOR
CRAS X - ROSANE CUNHA
CRAS IX - JARDIM DO IPÊ
CRAS II SANTA MARTA
Belford Roxo
CRAS VIII - DORITHY MAE STONG
CRAS III - NOVA AURORA
CRAS XII - WONA
CRAS XIII - BABI
CRAS VII ZILDA ARNS NEUMANN
CRAS V - SHANGRILA
Bom Jardim CRAS JARDIM ORNELLAS
CRAS - SANTA TEREZINHA
Bom Jesus do Itabapoana CRAS - BELA VISTA
CRAS - NOVA BOM JESUS
CRAS TEREZA FRANCISCONE
CRAS JUZETE TRINDADE CORREA
CRAS JOÃO NASCIMENTO
CRAS DOMINGOS ANTÔNIO SIQUEIRA
Cabo Frio
CRAS VIRGÍNIO CORRÊA
CRAS PRAIA DO SIQUEIRA
CRAS CENTRAL GRAZIELLE AZEVEDO MARQUES
CRAS JARDIM ESPERANÇA
CRAS Papucaia
Cachoeira de Macacu CRAS Cachoeiras
CRAS Japuíba
CRAS 1
Cambuci
CRAS 2
CRAS URURAÍ
CRAS Codin
CRAS TRAVESSÃO
CRAS Chatuba
Campos dos Goytacazes CRAS Goitacazes
CRAS JARDIM CARIOCA
CRAS Penha
CRAS CUSTODÓPOLIS
CRAS MORRO DO CÔCO

39
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS Parque Guarús


CRAS MATADOURO
CRAS ESPLANADA
CRAS NOVO HORIZONTE
Cantagalo CRAS SANTO ANTONIO
CRAS Centro
CRAS Sapecado
Carapebus
CRAS UBÁS
CRAS DE OUTEIRO
Cardoso Moreira
CRAS DE CARDOSO MOREIRA
CRAS INFLUÊNCIA
Carmo
CRAS CENTRAL GRAZIELLE AZEVEDO MARQUES
CRAS BARRA DE SÃO JOÃO
Casemiro de Abreu CRAS Casimiro de Abreu
CRAS Professor Souza
Comendador Levy CRAS Afonso Arinos
Gasparian CRAS Fonseca Almeida
CRAS USINA
Conceição de Macabu CRAS MACABUZINHO/CENTRAL
CRAS RHODIA
CRAS CENTRO
Cordeiro CRAS MANANCIAL
CRAS RODOLFO GONÇALVES
CRAS DUAS BARRAS
Duas Barras
CRAS MONNERAT
CRAS Pilar
CRAS VILA MARIA HELENA
IMBARIÊ
CRAS LAGUNA E DOURADOS
CRAS XERÉM
Duque de Caxias CRAS CENTENARIO
CRAS BEIRA MAR
CRAS JARDIM GRAMACHO
CRAS de Parada Morabi
CRAS FIGUEIRA
CRAS JARDIM PRIMAVERA
Engenheiro Paulo de CRAS 1
Frontin CRAS 2
CRAS I
Guapimirim CRAS II
CRAS III
Iguaba Grande CRAS Apolo Belizário de Sousa

40
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS ADILSON LESSA


CRAS AMPLIAÇÃO
CRAS RETA
CRAS ITAMBI
Itaboraí
CRAS VISCONDE
CRAS APOLO
CRAS JARDIM IMPERIAL
CRAS Mazomba
CRAS Engenho
CRAS Brisamar
Itaguaí
CRAS Califórnia
CRAS Centro
CRAS Chaperó
Italva CRAS Italva
CRAS BELA VISTA
Itaocara
CRAS - ITAOCARA
CRAS AEROPORTO
CRAS CASTELO / HORTO FLORESTAL
Itaperuna
CRAS VINHOSA / SÃO MATHEUS / GUARITÁ
CRAS CIDADE NOVA / JARDIM SURUBI
CRAS Maromba
Itatiaia
CRAS Centro
CRAS - Centro
CRAS - Alecrim
CRAS Santa Amélia
Japeri CRAS - Guandu
CRAS - Mucajá
CRAS CANCELA
CRAS Japeri
CRAS CENTRO
Lage do Muraé
CRAS QUERÓ
Macuco CRAS Macuco
CRAS MAGE II
CRAS MAGÉ I
CRAS SURUÍ I
CRAS VILA INHOMIRIM II
Magé
CRAS VILA INHOMIRIM III
CRAS SANTO ALEIXO I
CRAS VILA INHOMIRIM I
CRAS GUIA DE PACOBAÍBA I
CRAS Ismael Orestino da Silva
Mangaratiba
CRAS PRAIA DO SACO

41
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS SERRA DO PILOTO


CRAS Antônio Canella da Costa
CRAS Alziro Gibram Simões
CRAS CONCEICAO DE JACAREI
CRAS SANTA PAULA
CRAS JARDIM ATLÂNTICO
CRAS REGIÃO OCEÂNICA
CRAS CENTRO
Maricá
CRAS CEU
CRAS ITAIPUAÇU
CRAS INOÃ
CRAS SÃO JOSÉ
CRAS 1
Mendes CRAS 2
CRAS 4
CRAS SANTA TEREZINHA
CRAS ROCHA SOBRINHO
Mesquita CRAS CHATUBA
CRAS JUSCELINO
CRAS BANCO DE AREIA
CRAS I
Miguel Pereira
CRAS II
CRAS II Professora Ana Lúcia de Oliveira
Miracema
CRAS I Demétrio Damasceno
CRAS - CANTINHO DO FIORELLO
Natividade
CRAS - QUERENDO
CRAS FRANÇA LEITE
CRAS NOVA CIDADE
CRAS PAIOL
Nilópolis
CRAS NOVO HORIZONTE
CRAS SOFIA
CRAS CABRAL
CRAS Jurujuba
CRAS Badu
CRAS Centro
CRAS Santa Bárbara - Manuel Augusto Vicente
Niterói CRAS Vila Ipiranga
CRAS BARRETO
CRAS Cafubá
CRAS Morro do Céu
CRAS Cubango
Nova Friburgo CRAS CENTRO

42
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS Campo do Coelho


CRAS Olaria
CRAS Conselheiro Paulino
CRAS VILA DE CAVA
CRAS CERÂMICA
CRAS NOVA ERA
CRAS COMENDADOR SOARES
CRAS DOM BOSCO
Nova Iguaçu
CRAS AUSTIN
CRAS VALVERDE
CRAS JARDIM PARAÍSO
CRAS MIGUEL COUTO
CRAS CENTRO
CRAS IV - SABUGO
CRAS I - LAGES - PRAÇA DO MIRO
Paracambi CRAS II - PARACAMBI - CENTRO
CRAS III - GUARAJUBA
CRAS V - JARDIM NOVA ERA
CRAS - CENTRO
Paraíba do Sul
CRAS - VILA SALUTARIS
CRAS RURAL
Parati
CRAS CENTRAL
Pinheiral CRAS II
CRAS Avelar
Paty do Alferes
CRAS CENTRO
CRAS POSSE
CRAS VALE DO CARANGOLA
CRAS RETIRO
CRAS QUITANDINHA
Petrópolis CRAS Madame Machado
CRAS Corrêas
CRAS I
CRAS CENTRO
CRAS ITAIPAVA
CRAS Piraí
Piraí
CRAS Arrozal
CRAS SANTA CLARA
Porciúncula CRAS Purilândia
CRAS Porciúncula
Porto Real CRAS NOVO HORIZONTE
CRAS CENTRO
Quatis
CRAS DONA JULIA ESPERANÇA

43
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS IV - SÃO JORGE


CRAS VI - JARDIM DA FONTE
CRAS II - PARQUE SANTIAGO
CRAS VII - NOVA CIDADE
Queimados
CRAS VIII - GLORIA
CRAS III - INCONFIDENCIA
CRAS Vandir Dutra (CRAS V)
CRAS I - NOVO ELDORADO
CRAS I - SITIO QUISSAMÃ
Quissamã
BARRA DO FURADO
CRAS JARDIM ESPERANÇA
CRAS ITINERANTE
Lavapés
Resende
CRAS PARAÍSO
ITAPUCA
CRAS Toyota
CRAS ESPAÇO FAMÍLIA
Rio Bonito CRAS ESPERANCA
CRAS ESPAÇO CIDADÃO
CRAS PASSA TRÊS
Rio Claro
CRAS RIO CLARO
CRAS Centro
Rio das Flores
CRAS Taboas
CRAS Rocha Leão
CRAS Região Sul
Rio das Ostras
CRAS Região Norte
CRAS Região Central
CRAS FRANCISCO SALES DE MESQUITA
CRAS CAIO FERNANDO ABREU
CRAS DR. SOBRAL PINTO
CRAS ADALBERTO ISMAEL DE SOUZA
CRAS PROFESSORA ISMÊNIA LIMA MARTINS
CRAS DEPUTADO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
CRAS RUBENS CORRÊA
Rio de Janeiro CRAS ACARI
CRAS ZÓZIMO BARROSO DO AMARAL
CRAS MARIA THEREZA FREIRE MOURA
CRAS CECÍLIA MEIRELES
CRAS PROFESSOR DARCY RIBEIRO
CRAS MARIA DA LUZ DOS SANTOS
CRAS ROSANI CUNHA
CRAS ALUNO MARCELO CARDOSO TOMÉ

44
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS ELIS REGINA


CRAS GONZAGUINHA
CRAS MARIA VIEIRA BAZANI
CRAS BETTY FRIEDAN
CRAS HELONEIDA STUDART
CRAS IACYRA FRAZÃO SOUSA
CRAS MARIA CLARA MACHADO
CRAS JORGE GONÇALVES
CRAS PRESIDENTE ITAMAR FRANCO
CRAS TIJUCA
CRAS MARY RICHMOND
CRAS SEBASTIÃO TEODORO FILHO
CRAS VILA MORETTI
CRAS JOSÉ CARLOS CAMPOS
CRAS CIDADANIA RIO DAS PEDRAS
CRAS RAMOS
CRAS ANILVA DUTRA MENDES
CRAS DEPUTADO JOÃO FASSARELA
CRAS DODO DA PORTELA
CRAS PADRE VELOSO
CRAS OSWALDO ANTONIO FERREIRA
CRAS NELSON MANDELA
CRAS YARA AMARAL
CRAS ZUMBI DOS PALMARES
CRAS GERMINAL DOMINGUES
CRAS XV DE MAIO
CRAS CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
CRAS LUIZA MAHIM
CRAS MACHADO DE ASSIS
CRAS RINALDO DE LAMARE
CRAS OLIMPIA ESTEVES
CRAS PROFESSORA HELENICE NUNES JACINTHO
CRAS - CENTRO
Santa Maria Madalena CRAS -Largo do Machado
CRAS - Triunfo
Santo Antônio de Pádua CRAS Cidade Nova
CRAS Filotéia Bragança
São Fidelis
CRAS Duque de Caxias
CRAS CENTRO
São Francisco de
Itabapoana CRAS - PRAÇA JOÃO PESSOA
CRAS - ILHA DOS MINEIROS
São Gonçalo CRAS VISTA ALEGRE

45
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS CENTRO
CRAS PORTO DO ROSA
CRAS NEVES
CRAS ALCÂNTARA
CRAS AMENDOEIRA
CRAS SALGUEIRO
CRAS MARAMBAIA
CRAS MARIA PAULA
CRAS TRIBOBO
CRAS GALO BRANCO
CRAS Barro Vermelho
CRAS ENGENHO PEQUENO
CRAS GUAXINDIBA
CRAS SANTA IZABEL
CRAS SANTA LUZIA
CRAS ITAOCA
CRAS JARDIM CATARINA
CRAS AÇU
São João da Barra CRAS BARCELOS
CRAS GRUSSAI
CRAS Éden
CRAS Centro
São João de Meriti CRAS Jardim Íris
CRAS Vila São José
CRAS Parque Tiete
CRAS RURAL
São José de Ubá
CRAS URBANO
São José do Vale do Rio
Preto CRAS Centro
CRAS Gelson Pinheiro - RUA DO FOGO
CRAS Antônio Paulino de Souza - MORRO DO MILAGRE
CRAS Catarina Machado da Silva Borges - ALECRIM
São Pedro da Aldeia
CRAS Palmiro Gomes - PORTO DA ALDEIA
CRAS Aníbal Martins Ferreira - SAO JOAO
CRAS Prof. Carlota Pereira dos Santos - BALNEARIO
CRAS VALÃO DO BARRO
São Sebastião do Alto
CRAS I - SEDE
CRAS ANTA - Thereza Rocha Kochem
CRAS APARECIDA
Sapucaia CRAS PIÃO
CRAS JAMAPARÁ
CRAS SAPUCAIA
Saquarema CRAS BACAXÁ

46
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS RIO DA AREIA


CRAS JACONÉ
CRAS SAMPAIO CORREA
CRAS 2 - FAZENDA CAXIAS
CRAS 1 - CAMPO LINDO
Seropédica
CRAS 3 - JARDIM MARACANÃ
CRAS 4 - BOA ESPERANÇA
CRAS Estadual
Silva Jardim
CRAS Renascer
CRAS - CENTRO
Sumidouro
CRAS - Campinas
CRAS Bandeirante
CRAS DUQUES
Tanguá
CRAS VILA CORTES
CRAS Centro
CRAS Meudon
CRAS FISCHER
Teresópolis CRAS ALTO
CRAS BARROSO
CRAS SÃO PEDRO
CRAS CENTRO
Trajano de Moraes
CRAS VISCONDE DE IMBÉ
CRAS BEMPOSTA
CRAS VILA
Três Rios
CRAS CENTRO
CRAS TRIANGULO
CRAS VARGINHA
Valença CRAS BARÃO DE JUPARANÃ
CRAS CAMBOTA
CRAS I
Varre sai
CRAS II
CRAS REPRESA DO GRECCO
Vassouras CRAS TOCA DOS LEÕES
CRAS Centro
CRAS Candelária
CRAS Rústico
CRAS Santa Rita de Cássia
CRAS Jardim Belmonte
Volta Redonda
CRAS Roma I
CRAS Coqueiros
CRAS São Luiz
CRAS Volta Grande

47
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

CRAS Ilha Parque


CRAS Jardim Ponte Alta
CRAS São Carlos
CRAS Açude
CRAS Verde Vale
CRAS Nova Primavera
CRAS Vila Mury
CRAS Vila Americana
CRAS Santo Agostinho
CRAS Monte Castelo
CRAS São Sebastião
CRAS Dom Bosco
CRAS Belo Horizonte
CRAS Vila Brasília
CRAS Padre Josimo
CRAS Retiro
CRAS Caieiras
CRAS Brasilândia
CRAS Vila Três Poços
CRAS Vila Rica
CRAS Mariana Torres
CRAS Siderlândia
CRAS Santa Cruz

ANEXO VI
CENTROS DE CONVIVÊNCIA QUE OFERTAM ATIVIDADES PARA IDOSOS
(UNIDADES PÚBLICAS)

Nome da unidade Município Contato Público


atendido
Centro de convivência de Conceição de (22) 27792593 Atende a diversos
macabuzinho Macabu públicos
Centro de convivência do idoso Conceição de (22) 27792966 Exclusivo para
Edemir Fidélis ribeiro Macabu idosos
Centro de convivência da vila são Conceição de (22) 27793295 Diversos públicos
José Macabu
Centro de convivência da melhor Bom Jesus do (22) 38316444 Exclusivo para
idade Maria Luzia do rosário Itabapoana idosos
Centro de convivência da melhor Bom Jesus do (22) 38320516 Exclusivo para
idade de Pirapetinga Itabapoana idosos
Centro de convivência alegria de Duas barras (22) 25345070 Exclusivo para
viver idosos
Centro de convivência Portela Itaocara (22) 38614794 Diversos públicos

48
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

Centro de convivência - Outeiro Cardoso Moreira (22) 27358154 Diversos públicos


Centro de convivência para idosos Porciúncula (22) 38422289 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência da melhor São Joao da barra (22) 27417878 Exclusivo para
idade Manoel Francisco de Almeida idosos
Centro de convivência da melhor São Joao da barra (22) 27417878 Exclusivo para
idade Amadeu Chácar idosos
Centro de convivência da melhor São Joao da barra (22) 27417878 Exclusivo para
idade Clodomiro Sá idosos
Centro de convivência do idoso - Duas barras (22) 25341741 Exclusivo para
integrando vidas - Álvaro de Freitas idosos
santos
Centro de convivência valão do São Sebastiao do (22) 25561386 Diversos públicos
barro alto
Centro de convivência alto São Sebastiao do (22) 25591212 Diversos públicos
alto
Centro de convivência núcleo Seropédica (21) 37878840 Exclusivo para
melhor idade vivendo com amor do idosos
Jardim Maracanã
Centro de convivência melhor idade Seropédica (21) 37878840 Exclusivo para
felicidade do km 50 idosos
Centro de convivência melhor idade Seropédica (21) 37878840 Exclusivo para
união do km42 idosos
Centro de convivência Niterói (21) 26118683 Diversos públicos
Intergeracional Helena Tibau
Centro de convivência do idoso Vassouras (24) 24712980 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência de Andrade Vassouras (24) 24713574 Diversos públicos
costa
Centro de convivência do idoso Aperibé (22) 38641158 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência do idoso Armação dos Búzios (22) 26236538 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência atenção a Belford roxo (21) 37719218 Exclusivo para
pessoa idosa idosos
Centro de convivência e Conceição de (22) 27793093 Diversos públicos
fortalecimento de vínculos da usina Macabu
Centro de convivência do idoso Duque de Caxias (21) Exclusivo para
993841029 idosos
Centro de convivência - polo idoso Guapimirim (21) 26328698 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência do idoso Iguaba grande (22) 26242040 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência da terceira Itaguaí (21) 26883978 Exclusivo para
idade idosos
Centro de convivência Jardim Surubi Itaperuna (22) 38222228 Diversos públicos
Centro de convivência Aeroporto Itaperuna (22) 38222228 Diversos públicos
Centro de convivência vinhosa Itaperuna (22) 38222228 Diversos públicos
Centro de convivência castelo - Itaperuna (22) 38222228 Diversos públicos
horto florestal

49
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

Centro de convivência de idosos Itatiaia (24) 33523434 Exclusivo para


idosos
Centro de convivência terceira idade Mangaratiba (21) 27801285 Exclusivo para
muriqui idosos
Centro de convivência do idoso vó Mendes (24) 24654371 Exclusivo para
Maria idosos
Centro de convivência do idoso Miracema (22) 38520539 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência espaço de Nova Friburgo (22) 25232851 Exclusivo para
convivência da pessoa idosa idosos
Centro de convivência estação Nova Iguaçu (21) 26947113 Diversos públicos
juventude viva
Centro de convivência ESMUTI Nova Iguaçu (21) 26691604 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência do idoso - Resende (24) 33603707 Exclusivo para
Paraíso idosos
Centro de convivência do idoso - Resende (24) 33606085 Exclusivo para
Tobogã idosos
Centro de convivência do idoso - Resende (24) 33595557 Exclusivo para
Alegria idosos
Centro de convivência integrando Rio claro (24) 33321717 Diversos públicos
vidas Maria Moreira
Centro de convivência centro Rio claro (24) 33321717 Diversos públicos
comunitário Maria Isabel Santana
Centro de convivência centro do Rio das ostras (22) 27712709 Exclusivo para
idoso idosos
Centro de atendimento à terceira São Fidelis (22) 27581596 Exclusivo para
idade idosos
Centro de convivência dos idosos Saquarema (22) 26512764 Exclusivo para
idosos
Centro de convivência núcleo Seropédica (21) 26823434 Exclusivo para
melhor idade vem viver idosos
Centro de convivência e Silva Jardim (22) 26681736 Diversos públicos
fortalecimento de vínculos
Centro de convivência integrando Santo Antônio de (22) 38530102 Exclusivo para
vidas Padua idosos

CENTROS DE CONVIVÊNCIA QUE OFERTAM ATIVIDADES PARA IDOSOS


(UNIDADES PRIVADAS)

Nome da unidade Município Contato Público atendido


Centro de convivência Niterói (21) 27222455 Exclusivo para idosos
sociedade espírita
fraternidade
Centro de convivência - Rio de Janeiro (21) 964486031 Exclusivo para idosos
associação beneficente Dom
Bosco

50
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

Centro de convivência centro Duque de Caxias (21) 27717008 Exclusivo para idosos
comunitário Aurimar Pontes
Centro de convivência AFAPE Nova Friburgo (22) 25228608 Atende diversos
públicos
Centro de convivência - Rio de janeiro (21) 25511448 Exclusivo para idosos
dispensário dos pobres
Imaculada Conceição
Centro de convivência Campos dos (22) 999550769 Exclusivo para idosos
associação beneficente viver Goytacazes
feliz
Centro de convivência CAEB - Belford roxo (21) 30244366 Diversos públicos
comunidade amiga
empreendedora de Belford
Roxo
Grupo dos idosos Albertina Bom Jesus do (22) 38316403 Exclusivo para idosos
Ferreira Portugal- centro de Itabapoana
convivência da melhor idade
Centro de convivência São Gonçalo (21) 36066152 Diversos públicos
instituto cidadania necessária
Centro de convivência legião Cachoeiras de (21) 995712903 Exclusivo para idosos
de amigos de cachoeiras Macacu
Centro de convivência Niterói (21) 27049994 Exclusivo para idosos
fraternidade Anawin de são
Francisco de Assis
Centro de convivência casa Rio de janeiro (21) 25694769 Exclusivo para idosos
amigos dedicados

51
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado

52

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