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MPRJ 201700448532
Solicitante: Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Idoso e à Pessoa
com Deficiência – CAO Idoso
Objeto: Serviços socioassistenciais previstos no âmbito do SUAS para atendimento a
pessoas idosas.
DIRETRIZ TÉCNICA.
Sistema Único de Assistência Social. Proteção
Social Básica. Proteção Social Especial.
Elaboração de diretriz técnica a pedido de
membros.
1 – Introdução
A presente Diretriz Técnica tem fundamento no art. 2º, VII da Resolução GPGJ
1.695/11 e na Ordem de Serviço/GATE nº 001/2017 e foi elaborada por solicitação do Centro
de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com
Deficiência para atendimento ao contido no Plano Geral de Atuação – PGA do ano de 2017.
Partindo da avaliação de que a realidade do Estado do Rio de Janeiro ainda está muito
aquém do proposto pela Política Nacional do Idoso – PNI, o referido Centro de Apoio
entendeu necessário concentrar esforços no fomento da rede de serviços de atendimento a
pessoa idosa nos municípios e optou pelo recorte da política de assistência social por
considerar estratégico iniciar pelos serviços que se direcionam para os idosos em situação
de risco ou vulnerabilidade social. Como parte deste movimento, requisitou ao Grupo de
Apoio Técnico Especializado do MPRJ - GATE a produção de material técnico que subsidie
esta iniciativa institucional.
Para tanto, este documento apresentará os serviços previstos na Política de
Assistência Social para atendimento a idosos e os parâmetros gerais para a oferta dos
mesmos, organizando um catálogo de referências que auxilie os Promotores de Justiça no
processo de fiscalização dos serviços socioassistenciais.
Este estudo técnico pauta-se pelos marcos normativos do Sistema Único de
Assistência Social e da Atenção ao Idoso, em especial a Lei nº 8.842/94 – Politica Nacional
do Idoso, a Lei nº 10.741/03 – Estatuto do Idoso, a Lei nº 8.742/93 – Lei Orgânica da
Assistência Social, a Resolução CNAS nº 33/2012 – Norma Operacional Básica do SUAS e
a Resolução CNAS nº 109/09 – Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais.
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Aponta-se, como exemplo, a constituição legal da subvenção social às entidades assistenciais, em 1964 e a
garantia de assistência previdenciária às pessoas com mais de 70 por meio da Lei 6.179, em 1974.
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Particular destaque é dado pela literatura de referencia para a organização dos idosos aposentados e
pensionistas no período de 1980-1990, bem como para a ativa atuação das instituições/grupos envolvidos com
a temática do envelhecimento como a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e o SESC, ressaltando
também a contribuição relevante de organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS),
a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Associação Internacional de Gerontologia (AIG) na indução de
políticas públicas para idosos por meio das recomendações publicadas e eventos realizados a partir da década
de 70.
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Lei nº 8.742 de 07 de dezembro de 1993.
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Consulta DATAPREV, mês de referência: julho de 2017.
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Logo em sequência, foi aprovada a Lei nº 8.842/1994 que institui a Política Nacional do
Idoso. Apesar do caráter transversal e de prever ações em diferentes áreas, a PNI atribui ao
órgão gestor da assistência social a competência de coordenar a Política de Atendimento ao
Idoso, reconhecendo se tratar de política particularmente sensível às demandas deste
segmento. O texto da PNI também indicou a necessidade de novas modalidades de
atendimento para a área da assistência social, prevendo intervenções direcionadas também
para a convivência e ações de suporte aos familiares dos idosos.
Desde então, a Política Pública de Assistência Social vivenciou intenso processo de
normatização e de amadurecimento que culminou na estruturação do Sistema Único de
Assistência Social – SUAS como modelo de operacionalização desta política.
O SUAS representa a intenção de efetivar a assistência social como direito do cidadão
e dever do Estado, superando o caráter contingencial, fragmentado e desarticulado que até
então caracterizara as ações assistenciais. Não por acaso, o SUAS prevê continuidade na
oferta dos serviços, delimitação de responsabilidades para cada ator envolvido, além de
critérios de financiamento, monitoramento e gestão, aspectos sem os quais uma política
pública não se efetiva.
Com o SUAS, a assistência social passa a ter por diretriz estruturante a primazia da
responsabilidade do Estado na condução da política, com descentralização político
administrativa e comando único em cada esfera de governo5. Trata-se de reafirmar que é do
poder público, sobretudo dos governos municipais, o dever de ofertar serviços e benefícios
de assistência social para atender as necessidades da população, não podendo o Estado se
esquivar desta obrigação, nem repassá-la integralmente para a iniciativa privada, por meio
da ação filantrópica. Significa também que deve haver um único órgão, público, para
gerenciar a política de assistência social em cada esfera de governo, a quem cabe, entre
outras coisas, apoiar e assessorar a rede privada vinculada ao SUAS6.
A diretriz do comando único indica também que qualquer que seja a ação, pública ou
privada, no campo da assistência social terá que observar as normas expedidas pelo
Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, a quem compete a ação de normatizar no
âmbito do SUAS, como prevê o artigo 7º da Lei nº 8.742/93.
Exatamente neste intuito, de resguardar a unidade e a regularidade na oferta dos
serviços, o CNAS definiu quais são os serviços socioassistenciais passíveis de serem
ofertados no campo da assistência social, tipificando-os por meio da Resolução CNAS nº
109/09.
Embora o SUAS direcione os serviços de assistência social para atendimento às
famílias, e não mais atendimento focalizado em questões individuais, manteve em seu
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Cadastro Nacional do SUAS. Consulta realizada em julho de 2017.
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Censo SUAS 2016, base de dados sobre acolhimento.
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Relatórios Mensais de Atendimento, 2016. Acesso em julho de 2017.
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Censo SUAS 2016, base de dados Centro-Dia. Apenas o município de Volta Redonda conta com Centro-Dia
para idosos.
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Na perspectiva de consolidar um novo modelo de gestão socioassistencial o Governo Federal direcionou
recursos de cofinanciamento, estímulos e orientações técnicas para a expansão e qualificação dos Centros de
Referência de Assistência Social, mais diretamente associados à matriz de atenção familiar. Isto contribuiu para
que os serviços destinados a segmentos específicos ficassem em segundo plano.
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Assistência Social em 2015 exigiu que novas prioridades fossem pactuadas para os próximos
anos. O novo planejamento nacional do SUAS contemplou maior preocupação com o
envelhecimento e com a situação de dependência, o que pode representar uma oportunidade
de alteração deste quadro.
Em que pese o Plano Decenal ser um indutor de prioridades, sozinho ele não é capaz
de efetivar as mudanças pretendidas. Além disto, a carência de serviços para atendimento à
população idosa não pode esperar o fim de uma década para vislumbrar algum avanço. Por
isso, são necessários estímulos concretos e mais direcionados para que as metas
relacionadas à atenção ao idoso e à pessoa dependente, no conjunto de tantas outras
previsões, ganhem status de urgência e possam ser consideradas de fato prioritárias para
os municípios.
Conhecer os serviços exigíveis e algumas alternativas para fomentá-los é um primeiro
passo importante nesse processo.
3 – Serviços Socioassistenciais
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Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, art.23, §1º.
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Resolução CNAS nº 109/09 que aprovou uma tipificação nacional e definiu quais são os
serviços socioassistenciais brasileiros.
Os serviços socioassistenciais devem ser desenvolvidos nos termos exatos do que
prevê este dispositivo, sendo obrigatório que todos os municípios e estados utilizem a
nomenclatura nacionalmente tipificada.
Além disto, sendo a normatização dos serviços socioassistenciais atribuição privativa
do Conselho Nacional de Assistência Social, os gestores municipais não possuem
autorização para criar novos serviços, alterar o conteúdo dos existentes, nem implantar
ações que se sobreponham aos objetivos dos serviços já tipificados.
Na estrutura do SUAS há um conjunto de serviços de Proteção Social Básica e um
conjunto de serviços de Proteção Social Especial, estes últimos divididos entre serviços de
Proteção Social Especial de Média e de Alta Complexidade.
Em síntese, os serviços de Proteção Social Básica visam prevenir situações de risco e
rompimento de vínculos e, portanto, se destinam às famílias que apesar de mais vulneráveis
aos riscos sociais, não estão vivenciando violação de direitos e ainda possuem vínculos
familiares e sociais preservados.
Já os serviços de Proteção Social Especial possuem uma perspectiva mais restaurativa
e se destinam às famílias/indivíduos cujos direitos já tenham sido violados ou estejam
diretamente ameaçados e, por isso, os serviços deste nível de proteção social costumam
funcionar em interação mais direta com o Sistema de Garantia de Direitos.
Mais especificamente, os serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade
se destinam aos indivíduos que possuem vínculos relacionais rompidos ou muito fragilizados
e/ou não dispõem de moradia, nem condições de autossustento. Inserem-se neste nível de
proteção as diversas modalidades de acolhimento, como as ILPIs.
Como disposto no artigo 1º da Lei nº 8.742/93, a assistência social é uma política
pública não contributiva. Assim, todos os serviços socioassistenciais devem ser ofertados
gratuitamente, seja pelas unidades públicas ou por entidades privadas. A única exceção está
prevista no artigo 35, § 1o do Estatuto do Idoso que permite a cobrança facultativa de até
70% do valor do benefício previdenciário ou assistencial do idoso como participação no
custeio da unidade no caso de ILPI ou Casa-Lar filantrópica.
Destaca-se que a participação nos serviços socioassistenciais é um direito do idoso,
não um dever. Isto significa que a adesão tem que ser voluntária e que o idoso e sua família
podem optar por não usufruir deste direito, recusando o atendimento.
Dificuldades com a adesão dos usuários ou baixa procura, contudo, não excluem a
obrigação do poder público de garantir a oferta contínua dos serviços socioassistenciais.
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PAIF
(Principal serviço do CRAS)
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
Proteção Social Básica
(Ofertado nos CRAS ou nos Centros de Convivência)
Serviço de Proteção Básica no Domicílio para idosos e
pessoas com deficiência
PAEFI
(Principal serviço do CREAS)
Proteção Social Especial Serviço de Proteção Social Especial para Idosos, Pessoas
de Média Complexidade com deficiência e suas famílias
(Ofertado em Centro-Dia)
Serviço Especializado de Abordagem Social
Serviço de acolhimento em ILPI
Proteção Social Especial Serviço de acolhimento em Casa Lar
de Alta Complexidade Serviço de Acolhimento em República
Serviço de acolhimento em Casa de Passagem
Observa-se que há previsão de serviços para idosos ativos, bem como serviços para
idosos dependentes e, ainda, serviços que funcionam como estratégias de suporte e apoio
técnico para as famílias dos idosos. Trata-se de um aparato de proteção social que, nos
limites do que compete a política de Assistência Social, busca abranger a heterogeneidade
das demandas da população idosa e de suas famílias.
A seguir o detalhamento do conteúdo de cada um destes serviços socioassistenciais.
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No âmbito do SUAS, o conceito de vulnerabilidade social refere-se às fragilidades sociais decorrentes de
situação de extrema pobreza, de isolamento, do nulo ou frágil acesso à serviços essenciais, da existência de
vínculos relacionais conflituosos e desgastados ou por situações de discriminações de qualquer natureza
(PNAS, 2004).
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CRAS para até 2.500 famílias CRAS para até 3.500 famílias CRAS para até 5.000 famílias
referenciadas14 referenciadas referenciadas
02 profissionais de nível 03 profissionais de nível 04 profissionais de nível
superior, sendo 01 assistente superior, sendo 02 assistentes superior, devendo haver entre
social e 01 psicólogo. sociais e 01 psicólogo. eles, no mínimo, 02 assistentes
sociais e 01 psicólogo.
02 profissionais de nível médio 03 profissionais de nível médio 04 profissionais de nível médio
Onde pode ser Somente nos CRAS e exclusivamente pelo poder público.
ofertado? Todos os municípios precisam ofertar o PAIF.
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A Política Nacional de Assistência Social define como famílias referenciadas aquelas que residem na área
de abrangência da unidade e são potencialmente elegíveis aos serviços socioassistenciais.
15
Os documentos de orientações técnicas detalham os parâmetros para oferta do serviço. Todos os cadernos
de orientações técnicas estão disponíveis na página do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e
podem ser acessados pelo seguinte link: http://mds.gov.br/Plone/central-de-conteudo/assistencia-
social/publicacoes-assistencia-social/
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Onde o
Pode ser ofertado nos CRAS e/ou em centros de convivência.
serviço Anexo v – Lista dos CRAS que ofertam serviço de convivência com idosos.
pode ser Anexo VI – Lista dos centros de convivência existentes para idosos.
ofertado?
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Os eixos temáticos norteadores do SCFV são: convivência social, direito de ser e participação.
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3.1.c - Serviço de Proteção Básica no Domicílio para Idosos e Pessoas com Deficiência
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O documento técnico está disponível para consulta no link:
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequent
esSCFV_03022016.pdf
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As orientações técnicas relativas ao serviço não detalham como deve ocorrer a delimitação dos territórios .
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O cuidadores sociais são profissionais de, no mínimo, nível médio e devem ser capacitados para atuar no
serviço. As orientações técnicas recomendam capacitação com carga horária mínima de 40 horas, divididas
em módulo básico, específico e instrumental, considerando as atribuições registradas no Caderno de
Orientações Técnicas do serviço e na Resolução CNAS nº 09/2014.
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Não significa que todos os idosos identificados nas situações acima irão demandar
atenção no domicílio, mas estes são indicativos que podem orientar a busca ativa por
aqueles idosos que efetivamente possuem perfil para o serviço.
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Estas informações podem ser extraídas pelo município da base de dados do Cadastro Único dos Programas
Sociais – Cadúnico ou nas listagens dos beneficiários do BPC, onde se pode acessar a idade, a composição
familiar, o endereço, as características do domicílio, entre outras informações relativas aos usuários
cadastrados.
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Disponível para consulta no seguinte link:
http://www.mds.gov.br/webarquivos/assistencia_social/caderno_PSB_idoso_pcd_1.pdf
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No âmbito do SUAS, delimitou-se que o PAEFI atende às situações de violações de direitos por vivências de
violência física, psicológica, negligência, abandono, violência sexual (abuso e exploração), situação de rua,
trabalho infantil, prática de ato infracional, rompimento de vínculos, além do afastamento do convívio familiar
por medida de proteção.
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Assessorar tecnicamente refere-se a fornecer informações e treinamento que facilitem o alinhamento das
instituições e serviços às normativas e orientações de referência para o SUAS, orientar o processo de
cadastramento nos conselhos de direitos, auxiliar no preenchimento dos formulários e sistemas de
monitoramento relativos à Rede SUAS, como o Censo SUAS e o CadSUAS, fomentar o estabelecimento de
fluxos, regular o uso das vagas de acolhimento nas unidades públicas ou de vagas conveniadas pelo poder
público com entidades privadas.
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A Nota Técnica SNAS/MDS nº 02/2016 aborda de modo mais especifico a relação das equipes do Sistema
Único de Assistência Social com os órgãos do Sistema de Justiça.
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psicólogos na rede saúde ou exigir que os assistentes sociais realizem inquirição de vítimas
ou acusados com fins de produção de provas.
CREAS com capacidade para acompanhar até CREAS com capacidade para acompanhar até
50 famílias/indivíduos25 80 famílias/indivíduos26
01 coordenador 01 coordenador
01 assistente social 02 assistentes sociais
01 psicólogo 02 psicólogos
01 advogado 01 advogado
02 profissionais com, no mínimo, nível 04 profissionais com, no mínimo, nível
médio para abordagem social aos médio para abordagem social aos
usuários. usuários.
01 auxiliar administrativo 02 auxiliares administrativos
3.1.e - Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e
Suas Famílias – ofertado em Centro-Dia
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Unidade com esta capacidade são mais comumente implantados em municípios de pequeno e médio porte.
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Unidade com esta capacidade são mais comumente implantados em municípios de Grande porte e
metrópoles.
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Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e suas
Famílias é a nomenclatura nacionalmente prevista para o serviço socioassistencial
desenvolvido no Centro-dia.
Este serviço é uma alternativa de cuidado, complementar ao cuidado familiar, para
idosos que possuem algum grau de dependência. O Serviço visa prevenir a exclusão social
tanto do dependente quanto do cuidador, evitar situações de confinamento e reduzir a
sobrecarga sobre o cuidador familiar, visto que o stress pode levar à violências e negligências
que agravam a situação de dependência, comprometem os vínculos e a qualidade de vida
das pessoas envolvidas.
A proposta central é garantir às famílias um suporte para o cuidado diurno de pessoas
dependentes, oferecendo estrutura para cuidados pessoais com atividades diversificadas e
acompanhamento técnico durante determinado período.
Este serviço pode ser ofertado em entidades assistenciais privadas27 ou em unidades
públicas, denominadas Centro-Dia de referência.
Cabe ponderar que, embora o serviço esteja previsto para pessoas com deficiência e
idosas, o Governo Federal optou nos últimos anos por cofinanciar e produzir orientações
técnicas específicas para pessoas com deficiência, o que contribuiu para a ausência de
Centros-Dia para a população idosa. Apesar disto, deve-se ter claro que o serviço está
nacionalmente tipificado também para atendimento a pessoas idosas em situação de
dependência, tendo o município obrigação de provê-lo caso haja demanda identificada para
tanto.
O Centro-Dia de referência de assistência social deve realizar apenas atividades
compatíveis com as atribuições desta política. Trata-se de um espaço de cuidado, convívio
e trabalho social que não deve ser confundido com uma unidade de habilitação/reabilitação 28
ou de cuidados de saúde. Os cuidados clínicos devem ser viabilizados pela articulação com
as unidades de saúde.
Para os idosos devem ser ofertadas atividades de convivência em grupo, atividades de
convívio comunitário, auxilio nas atividades básicas de vida diária e atividades de estímulos
e suporte nas atividades instrumentais. Para as famílias dos idosos devem ser realizadas
orientações e encaminhamentos técnicos, além de atividades/encontros socioeducativos e
informativos que fortaleçam sua capacidade de cuidado.
As orientações técnicas no âmbito do SUAS recomendam que cada Centro-Dia atenda
até 30 usuários por turno, podendo a capacidade ser ampliada se houver estrutura e recursos
humanos para tanto.
27
Entidades como as APAEs e Pestalozzis, por exemplo, são caracterizadas como Centros-Dia. Atualmente
todos os Centros-Dia privados cadastrados no âmbito do SUAS direcionam atendimento exclusivo para
pessoas com deficiência.
28
A Resolução CNAS nº 34 de 2011 define que cabe à assistência social no processo de reabilitação de
pessoas em situação de dependência promover a inclusão das mesmas na vida comunitária, estimulando o
fortalecimento dos vínculos, contribuindo para uma vida mais independente e autônoma e viabilizando acesso
a direitos e benefícios essenciais.
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Cada unidade deve funcionar 10 horas por dia e, no mínimo, 05 dias por semana, mas
o período de permanência de cada usuário dependerá da avaliação da equipe técnica,
podendo ser por todo horário de funcionamento ou em turnos de 04 horas, todos os dias ou
apenas alguns dias por semana.
O Centro-Dia deve garantir refeição e oferecer condições para descanso e higiene
pessoal, caso necessário, mas não pode ser utilizado para pernoite, nem moradia temporária
dos seus usuários.
Os recursos humanos de um Centro-Dia para atender até 30 pessoas por turno deve
contemplar, no mínimo:
▪ 01 coordenador de nível superior;
▪ 01 assistente social;
▪ 01 psicólogo;
▪ 01 terapeuta ocupacional;
▪ 10 profissionais de, no mínimo, nível médio para a função de cuidador.
▪ Extrair do Cadastro Único dos Programas Sociais e/ou da base de dados do BPC a lista
das famílias com idosos que são compostas por um único adulto, principalmente aquelas
em que, além do idoso, também houver crianças pequenas e/ou pessoas com deficiência,
o que sinaliza que existe um único cuidador familiar responsável pelo cuidado de mais de
uma pessoa dependente;
▪ Verificar nos relatórios mensais de atendimentos – RMA dos CREAS quantos idosos
com deficiência que vivenciaram situação de violência ou negligência intrafamiliar foram
atendidos nos últimos 02 anos.
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(anexo III – lista de idosos com deficiência vítimas de negligência atendidos no CREAS no ano de 2016, por
município)
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Não há recomendações específicas para Centro-Dia para idosos. O documento pode ser acessado no
seguinte link:
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/caderno_centro_dia_orientacoes
_tecnicas2.pdf
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O documento pode ser acessado por meio do seguinte link:
https://www.mprj.mp.br/documents/20184/74440/roreito_atuacao_cao_idoso.pdf
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Para resguardar o caráter residencial da Casa-Lar a equipe técnica não deve dispor de
instalações de trabalho dentro da unidade. Apesar disto, a equipe deve prestar atendimento
constante e regular aos idosos acolhidos e seus familiares.
Observa-se que a NOB-RH/SUAS não previu a existência de médico ou profissionais
de enfermagem na Casa-Lar, partindo do entendimento de que o acompanhamento clínico
deve ser viabilizado pela rede de saúde local. No entanto, a depender das necessidades dos
idosos que ali residem, outras categorias profissionais podem ser adicionadas.
Uma Casa Lar também pode contar com um cuidador residente. O cuidador residente
é uma pessoa, ou um casal, que mora e trabalha na unidade (em uma casa que não é a
sua).
31
A NOB-RH/SUAS determina a seguinte proporção: 01 cuidador para até 10 idosos independentes; 01
cuidador para até 06 idosos quando houver pessoas com grau de dependência II ou III, deficiência ou outras
necessidades específicas de saúde.
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De acordo com a NOB-RH/SUAS a equipe técnicas das repúblicas deve ser composta por: 01 coordenador,
01 assistente social e 01 psicólogo. Esta equipe pode atender ate 20 idosos, distribuídos em até 02 unidades.
Pode-se acrescer outros profissionais, conforme necessidade do serviço.
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Não significa que todos os idosos que vivenciam tais situações irão necessitar de acolhimento, sendo certo
que diversos outros serviços já sinalizados neste documento podem se direcionar para o rompimento do ciclo
de violação de direitos evitando a institucionalização. Isto não inviabiliza o uso do quantitativo destas situações
como indicativos da existência de demanda, visto que em alguns casos o estudo técnico poderá apontar o
acolhimento como medida de proteção.
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▪ Existência de idosos com alta médica ainda internados em hospitais gerais ou outras
unidades de saúde apenas por ausência de local para moradia. Esta informação pode
ser verificada junto às Secretarias Municipais de Saúde.
Municípios com numero reduzido de idosos nestas situações podem optar por implantar
Casa-Lar para idosos.
A existência de cinco ou mais idosos lúcidos e independentes acolhidos em ILPIs,
sobretudo idosos cujo estudo técnico aponta perspectivas de desinstitucionalização, com
retorno ao convívio familiar ou desligamento para vida autônoma, já pode indicar demanda
para implantação de república para idosos.
Este tipo de levantamento pode ser realizado pela equipe técnica do próprio abrigo, a
partir dos estudos sociais realizados e do conhecimento do perfil dos acolhidos.
Outro indicativo da necessidade do serviço de acolhimento em república pode ser a
identificação pelo CREAS, pelas equipes de abordagem social ou equipes de outros órgãos
do Sistema de Garantia de Direitos de idosos ativos e independentes em situação de rua
apenas por não dispor de condições financeiras para arcar com os custos de moradia.
Municípios que concentram grande volume de idosos em situação de rua, em especial
população flutuante, com característica migratória34, podem considerar a possibilidade de
implantação de casa de passagem específica para atender emergencialmente aos idosos.
3.1.g - Serviço Especializado em Abordagem Social
34
As equipes que realizam as abordagens sociais às pessoas em situação de rua conhecem as características
do público. O número de pessoas migrantes, com transtorno mental ou usuário de álcool e drogas abordadas
pode ser identificado no Relatório Mensal de Atendimentos – RMA da unidade que realiza as ações de
abordagem social.
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situação de rua e/ou ocorrência de outras situações, como exploração sexual, trabalho
infantil, uso abusivo de drogas, por exemplo.
Identificando pessoas nestas situações, a equipe do serviço tenta estabelecer
aproximação, busca solucionar as necessidades imediatas e, na medida do possível,
promove a inserção do usuário na rede de serviços essenciais.
Não é um serviço para atendimento exclusivo para pessoas idosas, mas ele identifica
muitos idosos em situação de rua ou mendicância35.
O Serviço de Abordagem Social pode ser desenvolvido nos CREAS e/ou nos Centros
de Referência Especializados para a População em Situação de Rua, conhecidos como
Centro Pop.
Idosos identificados em situação de rua que recusam a institucionalização ou
demonstram resistência em sair das ruas podem ser encaminhados para o Centro Pop,
unidade que funcionará como um ponto de apoio para o idoso e realizará o trabalho social.
O Centro Pop é uma unidade pública de assistência social voltada ao atendimento
exclusivo de pessoas em situação de rua, inclusive pessoas idosas36. Trata-se de um espaço
de convívio grupal/social, onde são ofertados atendimento técnico e acompanhamento
social, além de garantidas condições de dignidade com a oferta de espaço para a guarda de
pertences, higiene pessoal, alimentação e provisão de documentação civil, servindo também
como endereço de referência para recebimento de correspondência e para o registro em
cadastros públicos.
Por meio do trabalho social, os profissionais do Centro pop tentarão sensibilizar a
pessoa idosa a aderir aos serviços socioassistenciais que lhe forem ofertados ou mesmo a
considerar a institucionalização, caso esta seja a alternativa mais protetiva. A equipe do
Centro Pop acompanhará tecnicamente o idoso durante todo o processo de saída das ruas.
Em municípios que não possuem Centro Pop37, o trabalho técnico de sensibilização e
acompanhamento social pode ser feito pela equipe do PAEFI, nos CREAS.
35
Anexo III – Idosos identificados em situação de rua no ano de 2016.
36
O Centro Pop deve ofertar, obrigatoriamente, o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua,
previsto na Resolução CNAS 109/09.
Anexo VI – listagem dos municípios que possuem Centro de Referência para atendimento á População de
37
Rua.
38
Norma Operacional Básica do SUAS, artigo 17, inciso V.
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39
O governo estadual deve estimular e apoiar técnica e financeiramente os consórcios e associações
municipais para oferta dos serviços, como prevê o artigo 15, inciso III da NOB/SUAS.
40
A esfera estadual só pode ofertar serviços socioassistenciais regionais de Proteção Social Especial. A oferta
de serviços regionais pelo Estado é necessária caso exista um grupo de municípios com demanda muito
reduzida que não justifique a oferta municipal e não tenha sido possível a formação de consórcios entre estes
municípios.
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Censo SUAS Coleta anual de informações sobre todas as unidades A base de dados é de
do SUAS. A base de dados concentra informações de acesso público e pode ser
identificação, espaço físico, recursos materiais, acessada no link:
recursos humanos, público atendido, atividades http://aplicacoes.mds.gov.
executadas, entre outras. As informações são br/snas/vigilancia/index2.p
declaradas pelo próprio município e o preenchimento hp
anual é obrigatório. Há Censo SUAS relativo aos
CRAS, aos CREAS, aos Centros de População de
rua, aos centros de convivência, unidades de
acolhimento, conselhos municipais da área da
assistência social e gestão do SUAS.
Sistema de A base de dados apresenta um consolidado do Os dados do ano anterior
Registro Mensal volume mensal de atendimentos realizados nos ficam disponíveis em uma
de CRAS, nos CREAS e nos Centros de População em base de dados de acesso
Atendimentos - Situação de Rua. É uma estratégia de monitoramento público que pode ser
RMA que permite, entre outras coisas, mapear a acessada pelo link:
ocorrência de riscos e violações de direitos no http://aplicacoes.mds.gov.
município. br/snas/vigilancia/index2.p
Pelo RMA pode-se conhecer, por exemplo, quantos hp
idosos vítimas de violência ou negligência foram
atendidos nos CREAS, ou quantos idosos
41
O CadÚnico é cadastro obrigatório para acesso ao Programa Bolsa Família, ao Benefício de
Prestação Continuada, à Carteira do Idoso, tarifa social de energia elétrica, entre diversos outros.
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
Para que tenha efetividade na melhoria das condições de vida das pessoas uma rede
de serviços precisa ser coerente com as demandas reais do público ao qual se destina. Por
isto, no âmbito do SUAS está previsto como obrigação dos municípios o monitoramento
constante da ocorrência de vulnerabilidades, riscos e violações de direitos para que se possa
estimar a necessidade de expansão da rede e da cobertura dos serviços, com vistas à
universalização do atendimento.
Cabe verificar junto ao município se ele já possui dados relativos à demanda da
assistência social, se reconhece necessidade de implantação de novos serviços e se já
possui algum tipo de planejamento neste sentido.
Para tanto, pode-se direcionar ao ente federativo as seguintes solicitações:
28
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
42
Todos estes questionamentos referem-se a dados que os municípios possuem condições de levantar, por
meio de seus registros de atendimento ou bases de dados consideradas oficiais no âmbito do SUAS.
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
30
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
5 - Conclusão
43
Norma Operacional Básica do SUAS, artigo 48 e artigo 84.
31
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
___________________________
Referências
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
ANEXO I
IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, ABANDONO OU NEGLIGÊNCIA
44
Trata-se apenas dos casos atendidos pelos CREAS. Cabe considerar a possibilidade de que nem todos os
casos efetivamente ocorridos chegaram ao conhecimento do CREAS. Além disto, estas unidades possuem
capacidade de atendimento anual limitada, de modo que o numero de atendimentos é uma importante
referência, mas não deve ser tomado como demanda geral do município.
34
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
Itaperuna 6 Sapucaia 7
Itatiaia 43 Saquarema 31
Japeri 27 Seropédica 13
Laje do Muriaé 5 Silva Jardim 7
Macaé 123 Sumidouro 18
Magé 66 Teresópolis 30
Mangaratiba 3 Trajano de Moraes 2
Maricá 42 Três Rios 29
Mendes 3 Valença 30
Mesquita 14 Vassouras 13
Miguel Pereira 2 Volta Redonda 193
Miracema 2
TOTAL 3.050
ANEXO II
MUNICÍPIOS QUE IDENTIFICARAM IDOSOS COM DEFICIÊNCIA VÍTIMAS DE NEGLIGÊNCIA
OU ABANDONO FAMILIAR
Município Nº de idosos
Barra Mansa 3
Belford Roxo 11
Itaperuna 1
Macaé 2
Magé 1
Mesquita 2
Nilópolis 1
Nova Friburgo 4
Paracambi 2
Paraty 2
Paty do Alferes 1
Porciúncula 1
Resende 1
Rio Bonito 1
Rio de Janeiro 3
São Gonçalo 4
Teresópolis 4
Trajano de Moraes 1
Três Rios 1
Valença 2
35
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
ANEXO III
IDOSOS IDENTIFICADOS EM SITUAÇÃO DE RUA PELAS EQUIPES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
36
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
Itaguaí 0 27 Sapucaia 02 0
Itaocara 02 0 Saquarema 03 0
São Gonçalo 0 106 Seropédica 0 0
São João da Barra 0 0 Silva Jardim 0 0
São João de Meriti 0 14 Sumidouro 0 0
São José do Vale do
0 0 Teresópolis 05 0
Rio Preto
Trajano de
São Pedro da Aldeia 01 0 01 0
Moraes
São Sebastião do Alto 0 0 Três Rios 07 0
Itaperuna 01 0 Valença 35 0
Itatiaia 12 0 Vassouras 05 0
Japeri 06 0 Volta Redonda 0 93
Laje do Muriaé 29 0
Macaé 04 26
Magé 19 05
Mangaratiba 01 0
Maricá 13 0
Total de idosos em situação de rua identificados pelos CREAS: 1.056
Total de idosos em situação de rua identificados pelos Centros POPs: 743
ANEXO IV
MUNICÍPIOS QUE ATENDEM IDOSOS NOS CENTROS DE REFERENCIA PARA POPULAÇÃO
EM SITUAÇÃO DE RUA – CENTROS POPs
37
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
Niterói 144
Nova Iguaçu 59
Petrópolis 66
Total de idosos identificados em situação de rua que 984
receberam atendimento técnico pelo Centro Pop em 2016
ANEXO V
LISTA DOS CRAS QUE DESENVOLVEM GRUPOS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS
38
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
39
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado
40
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado
41
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado
42
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado
43
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado
44
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Grupo de Apoio Técnico Especializado
45
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
CRAS CENTRO
CRAS PORTO DO ROSA
CRAS NEVES
CRAS ALCÂNTARA
CRAS AMENDOEIRA
CRAS SALGUEIRO
CRAS MARAMBAIA
CRAS MARIA PAULA
CRAS TRIBOBO
CRAS GALO BRANCO
CRAS Barro Vermelho
CRAS ENGENHO PEQUENO
CRAS GUAXINDIBA
CRAS SANTA IZABEL
CRAS SANTA LUZIA
CRAS ITAOCA
CRAS JARDIM CATARINA
CRAS AÇU
São João da Barra CRAS BARCELOS
CRAS GRUSSAI
CRAS Éden
CRAS Centro
São João de Meriti CRAS Jardim Íris
CRAS Vila São José
CRAS Parque Tiete
CRAS RURAL
São José de Ubá
CRAS URBANO
São José do Vale do Rio
Preto CRAS Centro
CRAS Gelson Pinheiro - RUA DO FOGO
CRAS Antônio Paulino de Souza - MORRO DO MILAGRE
CRAS Catarina Machado da Silva Borges - ALECRIM
São Pedro da Aldeia
CRAS Palmiro Gomes - PORTO DA ALDEIA
CRAS Aníbal Martins Ferreira - SAO JOAO
CRAS Prof. Carlota Pereira dos Santos - BALNEARIO
CRAS VALÃO DO BARRO
São Sebastião do Alto
CRAS I - SEDE
CRAS ANTA - Thereza Rocha Kochem
CRAS APARECIDA
Sapucaia CRAS PIÃO
CRAS JAMAPARÁ
CRAS SAPUCAIA
Saquarema CRAS BACAXÁ
46
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
47
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
ANEXO VI
CENTROS DE CONVIVÊNCIA QUE OFERTAM ATIVIDADES PARA IDOSOS
(UNIDADES PÚBLICAS)
48
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
49
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
50
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
Centro de convivência centro Duque de Caxias (21) 27717008 Exclusivo para idosos
comunitário Aurimar Pontes
Centro de convivência AFAPE Nova Friburgo (22) 25228608 Atende diversos
públicos
Centro de convivência - Rio de janeiro (21) 25511448 Exclusivo para idosos
dispensário dos pobres
Imaculada Conceição
Centro de convivência Campos dos (22) 999550769 Exclusivo para idosos
associação beneficente viver Goytacazes
feliz
Centro de convivência CAEB - Belford roxo (21) 30244366 Diversos públicos
comunidade amiga
empreendedora de Belford
Roxo
Grupo dos idosos Albertina Bom Jesus do (22) 38316403 Exclusivo para idosos
Ferreira Portugal- centro de Itabapoana
convivência da melhor idade
Centro de convivência São Gonçalo (21) 36066152 Diversos públicos
instituto cidadania necessária
Centro de convivência legião Cachoeiras de (21) 995712903 Exclusivo para idosos
de amigos de cachoeiras Macacu
Centro de convivência Niterói (21) 27049994 Exclusivo para idosos
fraternidade Anawin de são
Francisco de Assis
Centro de convivência casa Rio de janeiro (21) 25694769 Exclusivo para idosos
amigos dedicados
51
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Grupo de Apoio Técnico Especializado
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