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CENTRO DE ENSINO CONECTADO

LICENCIATURA EM SERVIÇO SOCIAL

POLITICA NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL

ANA KAROLINA DA SILVA BASTOS


BEATRIZ DA SILVA BASTOS VIANA
ELIZA BIANCA GODOY DE ANDRADE
GABRIELA DOS SANTOS GREGÓRIO
GILMARA FRANCISCA DA SILVA

Alfenas-MG 2020

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ANA KAROLINA DA SILVA BASTOS
BEATRIZ DA SILVA BASTOS VIANA
ELIZA BIANCA GODOY DE ANDRADE
GABRIELA DOS SANTOS GREGÓRIO
GILMARA FRANCISCA DA SILVA

POLITICA NACIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL

Trabalho apresentado em requisito


textual em grupo relativo ao Curso de
Serviço Social à Universidade Norte
do Paraná – UNOPAR VIRTUAL,
portifólio para as disciplinas de:
Pesquisa Social/Pesquisa Social e
Oficina de Formação / Políticas
Setoriais / Políticas Setoriais e
Políticas Setoriais Contemporâneas /
Gestão Social e Análise de Políticas
Social / Instrumentalidade em Serviço
Social.

Professores: Patricia Soares Alves da


Silva, Paulo Sergio Aragão, Maria
Angela Santini, Amanda Boza
Gonçalves.

Alfenas/MG - 2020

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SUMÁRIO

1. Introdução........................................................................................................4
2. Breve Histórico da Assistência Social.............................................................5
3. Regulação da Política de Assistência Social...................................................6
4. Proteção Social Especial de Alta Complexidade.............................................7
5. Principais Legislações afetas aos serviços de proteção aos serviços da
proteção social especial de alta complexidade...............................................9
6. Conclusão......................................................................................................10
7. Referências....................................................................................................11

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho, apresentado como portifólio para a matéria Serviço


Social abrangendo aspectos relacionados ao histórico e regulação da assistência
social, bem como a proteção social especial de alta complexidade.
Para o atingimento de tal mister serão analisadas as obras sugeridas no
manual de elaboração da produção textual, além de vasto material disponibilizado
na internet.

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2. BREVE HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

O surgimento da Assistência Social enquanto política de governo no Brasil,


ocorreu na década de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas. Inicialmente, as
bases ideológicas do Serviço Social estavam relacionadas com os interesses da
classe trabalhadora e suas necessidades. Mas também com os interesses das
classes dominantes, de cunho moral e religioso, onde a doutrina social era
direcionada ao trabalhador e sua família, num contexto que visava uma perspectiva
de ajuste e enquadramento social.
Historicamente, os principais eventos que marcaram o início do chamado
assistencialismo, foram marcados pelos seguinte fatos:
 Constituição Federal de 1934;
 Inexistência de programas institucionais na área social;
 Atendimento às famílias de prole numerosa, os desvalidos, especialmente a
maternidade, a infância, as colônias agrícolas etc.
 Modelo filantrópico, assistencial, que visa promover ajuda.
 Política de caráter fragmentado, diversificado, desorganizado e instável.
 Primeiro damismo e a política partidária.
Algumas medidas marcaram o período de regulamentação do trabalho, como
a criação da carteira de trabalho e as ações voltadas para aposentadorias e
pensões. Além da instituição dos Ministérios de Educação e Saúde e a criação da
Legião Brasileira de Assistência (LBA), marcada pelo assistencialismo e práticas de
tutela e favor na relação entre Estado e sociedade.
A partir de 1942, as ações da Legião Brasileira de Assistência Social (LBA), foram
redirecionadas e assumiram outras funções:
 Atendimento das famílias dos pracinhas envolvidos na Segunda Guerra
Mundial;
 Oferta de uma política de âmbito Federal com vistas a promover certa
centralização na política;
 Promover assistência social à maternidade, à infância, a adolescência e aos
desempregados;
 Criação do Programa Nacional de Alimentação e Nutrição para o grupo
materno-infantil em 1972;
 Criação do Ministério da Previdência e Assistência Social em 1977, baseado
na centralidade e exclusividade da ação federal.

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O assistencialismo realizava-se por meio de ações pontuais, fragmentadas,
descontínuas e em desacordo das demais políticas e do conjunto das necessidades
dos usuários. Isso porque reafirmava a exclusão social do indivíduo, o mínimo social
não garantia a sobrevivência, promovia a reprodução de uma cultura subalterna e
via o clientelismo como um instrumento de troca, barganha, fundada no favor e na
benesse.

3. REGULAÇÃO DA POLITICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL


A regulação da política de assistência social se opera por meio de leis,
regras, normas e demais instruções.
• Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS; (Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de
1993, alterada pela Lei nº 12.435, de 2011)
• Política Nacional de Assistência Social – PNAS; (Resolução CNAS nº 145, de 15
de outubro de 2004)
• Norma Operacional Básica do Sistema Única de Assistência Social – NOBSUAS;
(Resolução CNAS nº 12, de 12 de dezembro de 2012)
• Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS – NOBSUAS;
(Resolução CNAS nº 269, de 13 de dezembro de 2006)
• Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº109, de
11 de novembro de 2009).

E tais instrumentos regulação, como não poderia deixar de ser, devem observar
os princípios gerais da seguridade social estampados nos incisos do art. 194,
parágrafo único, Construção Federal de 1988:

I – universalidade da cobertura e do atendimento; II -uniformidade e


equivalência dos benefícios e serviços as populações urbanas e
rurais; III- seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio; VI -diversidade
da base de financiamento; VII – caráter democrático e
descentralizado da gestão administrativa, com a participação da
comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e
aposentados.

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Podendo ser observado que tais instrumento devem observar, ainda, aos
seguintes objetivos, conforme traçado no site eletrônico do Ministério do
Desenvolvimento Social:
Buscar a eficiência, eficácia e efetividade das ações de
Assistência Social, visando a qualidade e equidade na oferta e acesso
aos usuários; Propor normas e procedimentos para gestão da política
de Assistência Social, uniformizado institucionalmente a pratica
regulatória; Colaborar na regulamentação da relação Inter gestores,
na gestão de serviços e ações nacionais e regionais; Incentivar e
apoiar ações de regulamentação da Assistência Social, inclusive
ações descentralizadas no âmbito dos Estados, Municípios e Distrito
Federal; Propor mecanismos e instrumentos de gestão do SUAS em
âmbito federal, municipal, estadual e regional; Propor ações para a
consolidação e fortalecimento dos instrumentos e instâncias de
negociação e pactuação do SUAS, be3m como acompanhar suas
ações referentes a normatização; Acompanhar e participar da
regulamentação da gestão integrada entre serviços e benefícios;
Assessorar a execução da Agenda Regulatória, com transparência e
participação social, e o cumprimento de boas práticas regulatórias da
Assistência Social.

4. PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE ALTA COMPLEXIDADE

A proteção social tem a seguinte definição, conforme enunciado no site


eletrônico do Ministério do Desenvolvimento Social.

A proteção social especial é a modalidade de atendimento


assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em
situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus
tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substancia
psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de
rua, situação de trabalho infantil, entre outras. São serviços que
requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas
soluções protetivas. Da mesma forma, comportam encaminhamentos
monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na
atenção protetiva e efetividade na reinserção almejada.

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Acentuando-se que a proteção social especial pode ser de média ou alta
complexidade.
No do média complexidade, os serviços oferecidos ás famílias e indivíduos
com direitos violados, mais com enlaces familiares ainda não rompidos; ao passo
em que na alta complexidade há uma garantia de proteção integral para famílias e
indivíduos que se encontrem sem referências familiares, ou em vias de perder tais
referências (por exemplo, quando necessitam ser retirados do núcleo familiar).
De acordo com o site eletrônico do Estado, na proteção social especial de
alta complexidade:
{...} são aqueles que garantem a proteção integral – moradia,
alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e
indivíduos que se encontram em situação de violação de direitos.
Quais sejam: a) Serviço de acolhimento Institucional, nas seguintes
modalidades: Abrigo Institucional; Casa-Lar; Casa de Passagem;
Residência Inclusiva. B) Serviço de Acolhimento em Republica; c)
Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; d) Serviço de
Proteção em Situações de Calamidades Públicas.

Os serviços para crianças, adolescentes e jovens de acordo com o


Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, constante no site
eletrônico do Ministério do Desenvolvimento Social, são os seguintes:

Acolhimento provisório e excepcional para crianças e adolescentes de ambos


os sexos, inclusive crianças e adolescentes com deficiência, em situação de
medida de proteção e em situação de risco pessoal, social e de abandono,
cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente
impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção. As unidades
devem oferecer ambiente acolhedor, estar inseridas na comunidade e ter
aspecto semelhante ao de uma residência, sem distanciar-se
excessivamente, do ponto de vista geográfico e socioeconômico, da
comunidade de origem das crianças e adolescentes acolhidos. O
atendimento prestado deve ser personalizado, em pequenos grupos e
favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos
equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. Grupos de
crianças e adolescentes com vínculos de parentesco devem ser atendidos na
mesma unidade. O acolhimento será feito até que seja possível o retorno à
família de origem ou extensa ou colocação em família substituta.

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Merecendo ser destacado que, de acordo com a mesma fonte, são objetivos
específicos de tais serviços” preservar vínculos com a família de origem, salvo
determinação judicial em contrário; {e} desenvolver com os adolescentes condições
para a independência e o auto cuidado”.

5. PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES AFETAS AOS SERVIÇOS DA PROTEÇÃO


SOCIAL ESPECIAL DE ALTA COMPLEXIDADE

A principal legislação a tratar dos serviços da proteção social especial de alta


complexidade é a Lei 8.069/90.

Os Serviços de Alta Complexidade são os que garantem a proteção integral


para os indivíduos ou famílias que estejam em situação de vulnerabilidade e
violação de direitos.

Esses serviços podem ser de acolhimento institucional, em República, em


Famílias Acolhedoras ou de Situação de Calamidade Pública e Emergência.

As legislações que tratam sobre o assunto são:

 Constituição Federal
 Portaria 752 de outubro de 2010
 Portaria 460 de 18 de dezembro de 2007
Os comentários seguintes extraídos do site eletrônico do Ministério Público
Federal, bem explanam o espirito que rege tal legislação quanto ao tema ora
estudado:
A convivência familiar e comunitária é um direito fundamental da criança e
adolescente garantido pela Constituição Federal (Artigo 227) e pelo estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA). Em seu artigo19, o ECA estabelece que
toda criança e adolescente tem direito a ser criado e educado por sua família
e, na falta desta, por família substituta. O direito a convivência familiar e
comunitária é tão importante quanto o direito à vida, a saúde, a alimentação,
a educação, ao lazer, a profissionalização, a cultura, ´a dignidade, mão
respeito e à liberdade. A nossa constituição diz que “a família é a base da
sociedade’ (art. 226) e que compete a ela, ao Estado, a sociedade em geral e
às comunidades “assegurar à criança e ao adolescente o exercício dos seus
direitos fundamentais” (art. 227). [...]O acolhimento Institucional deve ser uma
medida excepcional e provisória e o ECA obriga que se assegure a
“preservação dos vínculos familiares e a integração em família substituta
quando esgotados os recursos de manutenção na família de origem” (artigos
92 e 100).

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6. CONCLUSÃO
Por tudo o que restou exposto, após demonstração das raízes históricas das
políticas de assistência social, ficou demonstrado a sua interligação com o próprio
histórico do serviço social.

No mais, pode ser notado igual consta no manual do portifólio, que segundo a
Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, os serviços de Acolhimento
Institucional; Acolhimento em Republica; Acolhimento em Família Acolhedora, são
tipificados como serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade.

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7. REFERÊNCIAS
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/
protecao_social_especial/index.php?p=28980

http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/gestao-do-suas/regulacao-do-suas
Conforme definição do Ministério da Saúde no Protocolo na Atenção Especializada,
p. 9-10. Disponível em:
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/14/[4] Disponíveis em:
http://blog.mds.gov.br/redesuas/
[5] https://coronavirus.saude.gov.br/

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