Você está na página 1de 8

A CIVILIZAÇÃO ROMANA

O Direito Romano

“(...) um dos mais importantes legados deixados pelos romanos às culturas que os sucederam foi seu sistema
de di -
reito. (...) resultado de uma evolução gradual (...) tendo começado com a proclamação da Lei das Doze Tábuas, por
vol -
ta de 450 ªC.” (p. 163)
“(...) Os pretores romanos eram magistrados que tinham autoridade para definir e interpretar a lei num
processo es -
cífico e emitir instruções ao júri para a decisão da causa. (...) todas as questões de direito eram decididas pelo
pretor.” (p.
163)
“Foi na época do Principado (...) que o direito romano alcançou seu mais alto grau de desenvolvimento.”(p.
163)
“(...) Os mais ilustres dos homens assim nomeados periodicamente foram Gaio, Ulpiano, Papiniano e
Paulo.”(p.163)
“O direito romano (...) compreendia três grandes ramos ou divisões: o direito civil (...). o direito das gentes
(...) e o
direito natural (...). O direito civil era o de Roma e de seus cidadãos. (...) O direito das gentes era a lei considerada
comum
a todas as pessoas, independentemente de sua nacionalidade. (...) o mais importante (...) era o o direito natural. Não
se tra-
tava de um produto de prática jurídica, mas de filosofia. (...) Haviam firmado que todos os homens são por natureza
iguais
e detentores de certos direitos que os governos não têm autoridade de transgredir.(...) Esse direito antecede ao
próprio es-
tado e qualquer governante que o desafiar torna-se automaticamente um tirano.” (p. 164)

FICHA DE CONTROLE 5x8 01

A CIVILIZAÇÃO ROMANA

A crise do Século III (180-284 d.C)

“Com a morte de Marco Aurélio em 180 d.C., chegou ao fim o período de governo imperial benevolente. Um
dos
motivos para o sucesso dos ‘cinco bons imperadores’ foi que os quatro primeiros designaram jovens particularmente
pro -
missores, ao invés de filhos ou parentes próximos, como sucessores. No entanto, Marco Aurélio quebrou esse
hábito,
com resultados que se revelariam fatídicos.” (p. 164)
“(...) Cômodo entregou-se a seu gosto pelas atrocidades, demonstrou aberto desprezo pelo senado e realizou
um go
verno tão brutal que um grupo palaciano finalmente fez com que fosse estrangulado em 192.” (p. 164)
“(...) Diante da ausência de um sucessor óbvio (...) os exércitos das províncias apresentaram seus próprios
candida -
1
tos e seguiu-se a guerra civil. (...) Tão logo o papel da força bruta foi revelado abertamente, qualquer general
ambicioso po
dia tentar a sorte e empolgar o poder. Por isso a guerra civil tornou-se endêmica.” (p. 165)
“(...) Além do caos político, vários outros fatores se combinaram para levar o império à beira da ruína. Um
deles foi
o fato de (...) produzir desastrosos efeitos econômicos. (...) interferia na agricultura e no comércio, como a
rivalidade (...)
fazia com que exaurissem a riqueza dos territórios (...)” (p. 165)
“(...) sobreveio numa época em que Roma menos podia suportá-la, pois uma outra ameaça ao império (...) foi
oa-
vanço dos inimigos externos (...). Com as fileiras romanas reduzidas pela doença e com os exércitos (...) lutando uns
con-
tra os outros, as velhas linhas de defesa puderam ser rompidas (...)” (p. 165)
FICHA DE CONTROLE 5x8 02

A CIVILIZAÇÃO ROMANA

Causas do Declínio de Roma


“(...) Uma das explicações mais simples é aquela segundo a qual Roma caiu tão-somente devido à violência
dos a -
taques germanos. No entanto, os bárbaros haviam estado sempre prontos a atacar Roma, durante toda sua história.
(...)
Ao tempo do Principado, a mais óbvia deficiência política da constituição romana era a falta de uma clara lei de
sucessão.”
(p. 167)
“(...) Os piores problemas econômicos de Roma derivavam-se de seu sistema escravagista e da escassez de
mão-
de-obra.” (p. 167)
“(...) As pestes dos séculos II e III reduziram fortemente a população no pior momento possível.” (p. 168)
“(...) dificilmente se poderia esperar que as províncias lutassem ou se esforçassem por ideais romanos de
qualquer
natureza, sobretudo quando o estado romano não mais representava uma paz benevolente, mas só trazia guerras
contínu-
as e tributação opressiva.” (p. 168)

O Legado de Roma

“(...) a civilização de Roma exerceu enorme influência sobre as culturas posteriores. A forma, se não o espírito
da
arquitetura romana conservou-se na arquitetura eclesiástica da Idade Média e sobrevive até o presente (...). A
escultura
da época de Augusto vive também nas estátuas equestres, nos arcos e colunas comemorativas e nos retratos em
pedra
FICHA DE CONTROLE 5x8 03

A CIVILIZAÇÃO ROMANA

2
de estadistas e generais que adornam nossas ruas e parques. (...) Os juízes de nossa época citam, amiúde, máximas
cria-
das por Gaio ou Ulpiano. (...) as obras literárias romanas inspiraram em grande parte o reflorescimento do saber que
se
espalhou pela Europa no século XII e atingiu seu apogeu na Renascença.” (p. 169)
“A mais importante de todas as contribuições romanas para o futuro foi a transmissão da civilização graga ao
Oci-
dente europeu.” (p. 170)

FICHA DE CONTROLE 5x8 04

O CRISTIANISMO E A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO ROMANO

“O Império Romano declinou depois de 180 d.C. (...) No século V a metade ocidental no império
sucumbiu real-
mernte aos invasores germânicos (...) e no século VI a metade oriental do império conseguiu reconquistar boa parte
do
litoral do Mediterrâneo ocidental.” (p. 171)
“ (...) A transição da história antiga para a medieval foi decerto gradual (...). Hoje em dia costuma-se, porém,
con
siderar que a história antiga tenha continuado depois de 284 e perdurado até o Império Romano perder o controle
sobre
o Mediterrâneo, no século VII. (p. 171)
“O principal fato cultural da fase final da história antiga foi a disseminação e o triunfo do cristianismo por
todo o
mundo romano. A princípio o cristianismo era apenas uma dentre várias manifestações (...) mas no século IV foi
adotado
como a religião oficial de Roma, e a partir de então tornou-se uma das maiores forças que plasmaram o
desenvolvimento
do ocidente.” (p. 172)
“(...) todo o período assistiu a um contínuo deslocamento do peso da civilização e do governo imperiais, do
Oci -
dente para o Oriente. As manifestações mais claras desse deslocamento foram os sucessos germânicos no século V.
Cer
tamente ajudaram a inaugurar um novo capítulo na história política ocidental (...)” (p. 172)

3
“(...) Consciente de alguns dos problemas mais óbvios que haviam feito a ruína de seus predessores,
Diocleciano
empenhou-se em várias reformas políticas e econômicas fundamentais (...) adotou medidas tendentes a separar as
cadei
as de comando militar e civil. Percebendo que novas pressões novas pressões (...) haviam tornado quase impossível
a
FICHA DE CONTROLE 5x8 05

O CRISTIANISMO E A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO ROMANO

um só homem governar todo o império, ele o dividiu em dois, entregando a (...) Maximiano, que reconhecia
Diocleciano
como chefe principal. (...) nomearam então lugares-tenentes, chamados césares, para governar grandes subáreas
de
seus territórios.” (p. 172)
“(...) Diocleciano estabilizou a moeda (..) adotou um novo sistema de impostos e promulgou leis destinadas a
man
ter os trabalhadores agrícolas e os citadinos em seus empregos, de modo que continuasse a ser realizado o trabalho
bá-
sico necessários para sustentar o império.” (p. 173)
“(...) Diocleciano (...) na medida em que restabeleceu um império (...) ajudou a transformá-lo. (...) Num
sentido
literal, deu início a uma orientalização do império, deslocando seu peso administrativo para o Oriente.”(p. 173)
“(...) Diocleciano abandonou completamente a política de Augusto, que procurava mostrar-se como um
governan
te constitucional, e impôs-se (...) como autocrata.” (p. 173)
“(...) Ao separar os comandos civil e militar e legislar sobre grande variedade de assuntos econômicos e
sociais,
Diocleciano tornou necessários muitos funcionários novos. (...) o crescimento do funcionalismo do funcionalismo
exigia
reservas de mão-de-obra e de riqueza numa época em que o Império Romano não dispunha de grandes
quantidades
nem de uma coisa nem da outra.” (p. 173)
“Em 305 Diocleciano decidiu abdicar (...). Ao mesmo tempo obrigou (...) Maximiano a aposentar-se também,
e
seus dois césares subiram pacificamente os degraus da sucessão. (...) Logo irrompeu a guerra civil entre os
sucessores
(...) prosseguindo até que Constantino, filho de um dos primeiros césares, saiu vitorioso.” (p. 174)
FICHA DE CONTROLE 5x8 06

O CRISTIANISMO E A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO ROMANO

“(...) Constantino conitnuou a governar segundo as linhas traçadas por Diocleciano. A burocracia proliferou
e o
estado tornou-se tão vigilante em manter os citadinos e os trabalhadores agrícolas em suas funções que a sociedade
co -
meçou a cristalizar-se em castas.” (p. 174)
4
“ (...) de maneira geral [Constantino] se conduzia como se fosse um deus. Assim foi que construiu uma nova
capi-
tal em 330, batizando-a como Constantinopla (...).” (p. 174-175)
“Além disso, Constantino tornou a sucessão hereditária (...) trouxe de volta o princípio de monarquia dinástica,
de
que Roma se havia livrado cerca de 800 anos antes. No entanto (...) não legou o governo unificado a somente um
filho.
(...) dividiu o império entre três deles.” (p. 175)

Aparecimento e Triunfo do Cristianismo

“Os primórdios do crsitianismo remontam (...) ao tempo de Jesus, vários séculos antes de Constantino (...)
criada
basicamente por Jesus e São Paulo (...). Todavia, a nova religião só se disseminou (...) durante a desmoralização do
sé -
culo IV (...) ninguém poderia prever que o cristianismo se transformaria, por decreto, na única religião do Império
Roma
no no ano de 380.”(p. 176)
“A crucificação de Jesus assinala um ponto decisivo da história cristã. A princípio sua morte foi considerada
pelos
seus discípulos como o fim (...), Recobrando a coragem, reorganizaram o pequeno grupo e puseram-se a pregar e a
tes
FICHA DE CONTROLE 5x8 07

O CRISTIANISMO E A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO ROMANO

temunhar em nome de seu chefe martirizado. Nasceu assim uma das grandes religiões do mundo, que acabaria por
con
verter nada mais nada menos que o poderoso império de Roma.”(p. 176-177)
“(...) Numa época de extrema turbulêcia política e dificuldades e conômicas , era compreensível que as
pessoas
começassem a considerar a vida na terra como uma ilusão e a depositar suas esperanças no além. (...)ganharam força
co
mo nunca antes, várias religiões que salientavam o predomínio, neste mundo, de forças espirituais e a absoluta
preeminên
cia de salvação na vida futura. (...) A princípio, o cristianismo era apenas uma dessas religiões.” (p. 178)
“ (...) Á medida que a religião crescia, ganhava alguns seguidores ricos, mas continuava a achar sua principal
força
entre a classe baixa e média, que compreendiam os maiores seguimentos da população do Impéio Romano.”(p. 179)
“(...) Ao contrário de muitas religiões rivais (...) já criara no século III uma hierarquia organizada de
sacerdotes
para dirigir a vida da fé (...)” (p. 179)
“A adoção do cristianismo pelo Império Romano foi iniciada por Constantino e completada por Teodósio.
Cons-
tantino não chegou a tornar o cristianismo a religião oficial do império, mas favoreceu-o claramente.”(p. 179)
“(...) O cristianismo teria provavelmente triunfado de qualquer maneira, simplesmente com o apoio oficial,
pois os
funcionários em geral apressavam-se a adotar a religião de seus senhores. Também as massas se convertiam

5
facilmente
assim que a fé passou a ser apoiada pelo estado (...)” (p. 180)

FICHA DE CONTROLE 5x8 08

O CRISTIANISMO E A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO ROMANO

O Novo Perfil do Cristianismo

“Assim que a nova fé passou a dominar no Império Romano, sofreu algumas importantes mudanças em
formas
de pensamento, organização e conduta. (...) Em consequência disso, em muitos aspectos o cristianismo de fins do
sécu-
lo IV era uma religião muito diferente da que fora perseguida por Diocleciano e Galério.” (p. 180)
“(...) assim que a nova fé triunfou explodiram cisões graves em suas próprias fileiras. (...) Ao mesmo tempo, o
es-
tado romano foi inevitavelmente arrastado a esses conflitos religiosos. O mesmo Constantino que apoiava o
cristianismo
como força unificadora (...) interveio nele convocando o Concílio de Nicéia (325) (...) esse primeiro concílio geral
da I-
greja não só foi convocado por um imperador romano, como suas reuniões tiveram Constantino a presidi-las. (p.
180 -
181)
“(...) no Oriente o imperador assumiu grande autoridade e controle religioso, enquanto no Ocidente as
relações
entre Igreja e Estado eram mais abertas.” (p. 181)
“Contudo, mesmo enquanto os imperadores interferiram em assuntos religiosos, a própria organização interna
da
Igreja estava-se tornando mais complexa e articulada. (...) O auge de toda essa evolução – que se daria ainda, em
gran
de medida, no futuro – foi o primado do bispo de Roma ou, em outras palavras, a ascensão do papado.” (p. 181-182)
“ (...) A existência de uma estrutura administrativa episcopal teve particular influência no Ocidente à medida
que
o Império Romano declinava e finalmente chegava ao fim, no século V.” (p. 182)
FICHA DE CONTROLE 5x8 09

O CRISTIANISMO E A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO ROMANO

As Invasões Germânicas e a Queda do Império Romano do Ocidente

“Enquanto o cristianismo conquistava o Império Romano por dentro, uma outra força, a dos bárbaros germâni
-
cos, ameaçava-o de fora. (...) destroçaram a resistência romana e, ao fim do século V, haviam conseguido
conquistar
6
todo o Ocidente romano. Reinos germânicos tornaram-se então a nova forma de governo em territórios antes
governa-
dos por César e Augusto.” (p. 187)
“ Os germanos iniciaram seu avanço final não para destruir Roma, mas para encontrar melhores terras. (...) os
e-
xércitos romanos estavam exauridos, devido ao declínio d apopulação e à necessidade de mão-de-obra em outras ocu
pações, sobretudo nas novas burocracias. (...) os exércitos germânicos muitas vezes venciam por ausência de
contendo
res (...) pois os romanos já não se empenhavam em defender-se.” (p. 188)
“(...) No campo, os germanos substituíram os proprietários romanos sem interromper os sistemas básicos da a
-
gricultura romana. (...) como os germanos nunca formavam grandes populações, em geral não ocupavam mais que
uma
parte das terras romanas. (...) tentaram também aproveitar-se das máquinas administrativas (...) as quais, tendiam a
di -
minuir gradualmente, devido à queda da riqueza e da alfabetização. Assim, a única inovação germânica de
importância
consistiu em criar reinos tribais separados no Ocidente, em lugar de um império unificado.”(p. 189)

FICHA DE CONTROLE 5x8 10

O CRISTIANISMO E A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO ROMANO

O Império Romano e suas Relações com o Ocidente

“(...) Quando subiu ao trono em 527, Justiniano decidiu imediatamente pela revisão e codificação do direito
exis-
tente, de modo a harmonizá-lo com as novas condições e para transformá-lo em base autorizada de seu governo.”
(p.
196)
“Justiniano pretendia ser plenamente um imperador romano, tanto em termos geográficos como em teoria
legal.
Com esse objetivo, despachou exércitos para reconquistar o Ocidente. A princípio, tiveram rápido sucesso.” (p. 197)
“(...) Por algum tempo o Mediterrâneo tornou-se outra vez um lago ‘romano’. Entretanto, o custo do
empreendi
mento em breve haveria de ameaçar a própria existência do Império Romano do Oriente.” (p. 198)
“(...) Os sucessores de Justiniano foram obrigados a se retirar do Ocidente a fim de enfrentar a ameaça de uma
Pérsia rediviva (...) Em 568 (...) uma outra tribo germânica (...) invadiu o país e apoderou-se de grande parte dele.
En
traram pouca resistência, pois os romanos ocidentais estavam agora prestando mais atenção ao Oriente (...) Assim, a
unidade romana finalmente chegara ao fim.” (p. 198)

FICHA DE CONTROLE 5x8 11

7
8

Você também pode gostar