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ROMA ANTIGA

• Aspectos geográficos
➢ Península Itálica
➢ Planícies férteis do Lácio
• Economia
➢ Agricultura
➢ Pastoreio
➢ Escravismo (após a
expansão territorial durante
a República)
• Origem
➢Lendária: Rômulo e Remo
➢Histórica: Roma =
fortificação construída
pelos latinos contra os
etruscos
PARA
PENSAR…
Ilíada e Odisseia para Grécia… Eneida para Roma…
A “Eneida”, escrita pelo poeta Virgílio, surge, então, cerca de
mil anos depois da “Ilíada” e da “Odisséia”, ambas do aedo
grego Homero. A trama inicial do épico virgiliano começa no
ponto em que se encerra o famoso poema homérico “Ilíada”; o
herói é o troiano Enéias - herói piedoso -, filho de Anquises e da
deusa Vênus (que representa a beleza e o amor). O poema de
Virgílio começa com os últimos momentos da queda de Tróia.
Nesse sentido, podemos dizer que a “Eneida” - uma epopéia em
doze cantos é o poema que canta a história épica da fundação
de Roma, consolidada no poema por meio da união de Enéias
com Lavínia, filha única do rei Latino.Virgílio voltou-se para o
mundo mítico-homérico, no qual a épica era tradicional.
A “Eneida” foi, num primeiro momento, composta em prosa.
Depois, lentamente, Virgílio a converteu em poemas. Os seis
primeiros livros do poema recordam o enredo da “Odisséia”, e
os seis últimos livros recordam o enredo da “Ilíada”. Virgílio
buscou no modelo alexandrino (Alexandria e Roma tornaram-se
os dois maiores centros de irradiação da civilização helenística
nos três últimos séculos antes do nascimento de Cristo) a
técnica da brevidade, que o faz reduzir ao número de doze, na
“Eneida”, os quarenta e oito cantos da “Ilíada” e da “Odisséia”.
• Povoamento da Península Itálica
➢ Centro: latinos e sabinos
➢ Norte: etruscos
➢ Sul: gregos (Magna Grécia)
• Sociedade
➢ Patrícios: grandes proprietários de terras
e rebanhos (aristocracia)
➢ Plebeus: pequenos proprietários,
artesãos, comerciantes e estrangeiros
➢ Clientes: homens livres oriundos de
famílias pobres a serviço e sob proteção
dos patrícios
➢ Cavaleiros (homens novos):
comerciantes e militares enriquecidos
com as guerras de expansão
• Monarquia
➢Século VIII-VI a.C.
➢7 reis: 2 latinos, 2 sabinos e 3
etruscos
➢Rei = ↓ poder
➢Aristocracia patrícia = ↑ poder
(Senado = Conselho dos Anciãos)
➢Crise da Monarquia o O último rei
de Roma (Tarquínio, o Soberbo)
se alia a plebe contra o Senado o
Patrícios depõem o rei o
Implantação da República
• República Romana
➢ Senado
▪ Principal órgão
▪ 300 senadores = patrícios mais ilustres com
mandato vitalício
▪ Funções: política externa, administração das
províncias, práticas religiosas, supervisão do
tesouro público, escolha dos magistrados e
confirmação ou não das leis votadas pela
Assembleia Centuriata
➢ Magistraturas
▪ Poder executivo
▪ 6 magistrados (cargos eletivos = 1 ano)
➢ Assembleia Centuriata
▪ Votação das leis
▪ Decidia sobre a guerra e a paz
• República Romana
➢ Lutas entre patrícios e plebeus
➢ Patrícios reivindicavam a manutenção do
monopólio do poder político
➢ Reivindicações dos plebeus:
▪ Leis escritas
▪ Casamentos entre indivíduos de classes
diferentes
▪ Fim da escravidão por dívidas
▪ Participação política
➢ Conquistas dos plebeus:
▪ Lei das XII Tábuas = leis escritas
▪ Lei Canuleia = casamentos entre indivíduos
de classes diferentes
▪ Lei Licínia = fim da escravidão por dívidas
▪ Plebiscito = participação política
PARA
PENSAR…
A Lei das Doze Tábuas constitui a origem do direito
romano.
As leis eram aplicadas na República Romana pelos pontífices
e representantes da classe dos patrícios que as guardavam
em segredo. Em especial, eram majoritariamente aplicadas
contra os plebeus. Por esse motivo, um plebeu de
nome Terentílio propôs no ano de 462 a.C. que houvesse
uma compilação e publicação de um código legal oficial. A
iniciativa visava permitir que os plebeus também
conhecessem as leis e impedir o abuso que era feito delas
pelos pontífices e patrícios.
A ideia de se criar uma lei oficial publicada foi recusada pelos
patrícios durante muito tempo, já que tentaram manter por
mais tempo possível o privilégio no controle jurídico sobre a
população romana. Essa condição dava aos patrícios
enormes poderes de manipulação e repressão aos plebeus.
A Lei das Doze Tábuas diz muito sobre a sociedade e os
métodos judiciais dos romanos, mas sua implicância vai muito
além disso. Os tabletes representaram o primeiro documento
legal a oficializar o Direito Romano, de onde se estruturam
todos os corpos jurídicos do Ocidente na atualidade. A ideia
que temos hoje sobre ser julgado por um juiz imparcial
perante as partes, vem da Roma Antiga.
▪ República Romana
➢ Guerras Púnicas e Expansão
Territorial
➢ Séculos III e II a.C.
➢ Expansão interna = conquista da
Península Itálica
➢ Guerras Púnicas
▪ Roma x Cartago
▪ Fator = disputa pela hegemonia marítimo-
comercial no Mediterrâneo Ocidental
▪ 1ª Guerra Púnica = Roma conquista a
Sicília, a Córsega e a Sardenha
▪ 2ª Guerra Púnica = Roma conquista o
norte da África e o sul da Espanha
▪ 3ª Guerra Púnica = derrota e destruição
de Cartago
➢ Outras conquistas de Roma: Síria,
Macedônia, Grécia, Hispânia, Gália,
Palestina, Egito e Ásia Menor
República Romana
➢Consequências da Expansão
▪ Domínio do Mediterrâneo (Mare
nostrum)
▪ ↑ Comércio + agricultura +
manufatura nas províncias
▪ ↑ Prisioneiros de guerra = ↑
escravismo
▪ ↑ Marginalização dos plebeus = ↑
desemprego devido o escravismo
▪ Nova classe social = cavaleiros
(homens novos) = militares e
comerciantes enriquecidos com as
conquistas romanas
Expansão máxima do território Romano
República Romana – Crise
➢Irmãos Graco
➢133-121 a. C.
➢Tibério e Caio Graco = tribunos da
plebe
➢Tentativas de reforma agrária para
↓ marginalização dos plebeus
➢Oposição dos patrícios à reforma
agrária
➢Tibério é assassinado e Caio
Graco se suicida
• República Romana – Crise
➢ Ditadadores
➢ 107-79 a. C.
➢ Mário
▪ General popular
▪ Criou o soldo (remuneração para os soldados)
▪ Profissionalização do Exército
▪ ↑ Poder dos cavaleiros
▪ ↓ Poder do Senado = oposição dos patrícios
▪ Mário deposto por um golpe liderado por Sila
com apoio dos patrícios
➢ Sila
▪ Ditador impopular
▪ ↑ Repressão contra cavaleiros e camadas
populares
▪ ↑ Poder do Senado
República Romana – Crise
➢ Triunviratos
➢ Primeiro Triunvirato (60-44 a. C.)
➢ Primeiro Triunvirato = Júlio César +
Pompeu + Crasso
➢ Crasso morre em campanha contra o
Reino Parto (Ásia Menor)
➢ Disputa pelo poder entre Júlio César e
Pompeu = vitória de César
➢ Ditadura de César
▪ Fundou colônias fora da Itália
▪ ↑ Obras públicas = ↓ desemprego entre os
plebeus
▪ ↓ Poderes do Senado = oposição patrícia
▪ Conspiração dos senadores = assassinato de
César
República Romana – Crise
➢ Segundo Triunvirato (43-30 a. C.)
➢ Segundo Triunvirato = Otávio + Marco
Antônio + Lépido
➢ Lépido é afastado por Marco Antônio e
Otávio
➢ Disputa pelo poder entre Marco
Antônio e Otávio
➢ Vitória de Otávio
➢ ↓ República = ↑ Império
Alto Império Romano
➢ Governo Otávio Augusto
➢ 27 a. C. – 14 d. C.
➢ ↑ Concentração de poderes nas mãos de
Otávio Augusto
➢ Criação do culto imperial = Imperador tem
caráter divino
➢ Política do Pão e Circo
➢ Sistema censitário = participação política
baseada na renda
➢ Pax Romana
➢ ↑ Prosperidade econômica
➢ ↑ de Impostos
➢ Construção de estradas, portos,
aquedutos e sistema de esgoto
PARA
PENSAR…
Roma e seu histórico de Imperadores… problemáticos
1. Calígua
O imperador Calígula — Caio Júlio César Augusto Germânico — é,
sem dúvida, um dos mais notórios imperadores que estiveram à frente
de Roma. Contudo, sua fama, assim como teria sido sua vida, é
muitas vezes retratada como uma grande algazarra. Calígula é
acusado de promover grandes orgias depravadas (até para os
padrões romanos), cometer incesto com suas irmãs e patrocinar jogos
sangrentos de modo sádico. Até seus amigos mais íntimos o temiam,
não raramente sofrendo punições por atos inexistentes.
Uma das maiores loucuras atribuídas ao imperador Calígula, senão a
maior, diz respeito à nomeação de seu cavalo, Incitatus, ao
disputadíssimo cargo de cônsul romano. Entre as funções do
valorizado cargo, destaca-se o comando das famosas legiões
romanas. Tal função representava uma excelente chance de ascender
ao prestígio diante de toda Roma.
Calígula era o filho caçula do competente, respeitado e bondoso
comandante militar Júlio Germânico, mas criou uma fama totalmente
oposta a do pai. Comparava-se a deuses e semideuses e sua morte
teria sido similar a do mais proeminente romano, César (Júlio César),
quando vitimado por meio de uma conspiração de nobres em 24 de
janeiro de 41.
2. Claúdio
O imperador Cláudio — Tibério Cláudio César Augusto
Germânico — ascendeu ao poder imperial após a morte de
Calígula. Cláudio, diferentemente de seu sobrinho, Calígula,
angariou imensa fama por todo o império sendo reconhecido nas
mais diferentes áreas do saber, além de ser um dos melhores
imperadores guerreiros a comandar o Império Romano.
Contudo, Cláudio também possuía suas paranoias e numa delas
condenou à morte aproximadamente 300 homens suspeitos de
serem amantes de sua esposa, que também acabou
assassinada. Cláudio achava que ela o traía promovendo
grandes orgias. Ainda, Cláudio teria o hábito de assistir sessões
de torturas em que os torturados eram levados à morte. Por fim,
diz-se também que foi um influente incentivador de ideias no
mínimo toscas, como a liberação de flatulências (peidos) durante
os tradicionais banquetes romanos.
Cláudio teria morrido envenenado em 13 de outubro de 54. Seu
assassinato é repleto de dúvidas quanto às circunstâncias e se
atribui costumeiramente a autoria à Agripina, mãe do mais ilustre
dos imperadores tidos como loucos, Nero.
3. Nero
Certamente o mais famoso imperador maluco da história do Império
Romano, Nero — Nero Cláudio César Augusto Germânico — também
é um dos mais emblemáticos e contraditórios chefes já dispostos, ora
competente e bondoso para alguns ora desvairado e maligno para
outros.
Nero ascendeu ao poder após a morte de Cláudio, sendo
posteriormente responsabilizado por inúmeros assassinatos, como o
da própria mãe e do meio-irmão, Agripina e Britânico,
respectivamente. Teve seu governo marcado por uma incessante
perseguição aos cristãos, quando os lançava a animais esfaimados
que terminavam por trucidar os coitados.
O mais famoso evento atribuído ao imperador Nero é o Grande
Incêndio de Roma, ocorrido em 18 de julho de 64, quando a Cidade
Eterna teria ardido em chamas por dias. Diz-se que, enquanto Roma
pegava fogo, Nero estaria concentrado em suas composições com a
lira (instrumento musical de cordas similar à harpa). Todavia,
atualmente não se credita a autoria do incêndio a Nero.
Os dias de mando e desmando de Nero encontraram termo final em 9
de junho de 68, após o Senado o declarar inimigo público. Nero, que
havia fugido de Roma, acabou por cometer suicídio ao perceber a
aproximação de um destacamento romano — ocasião em que teria
berrado ao mundo: “Que artista estás perdendo!”.
4. Caracala
Vestido como se fosse Alexandre, o Grande, Caracala — Marco
Aurélio Antonino — desfilava por onde passava imitando os modos e
repetindo palavras do histórico líder macedônio, que figura como o
segundo maior conquistador de terras da História. Caracala também
exilou a esposa, ordenando mais tarde que ela fosse executada.
Entre as suas “façanhas”, encontra-se o impensável ato de esfaquear
seu próprio pai, o imperador Septímio Severo, diante de suas legiões.
Fato este que gerou uma grande desconfiança por parte dos mais
poderosos de Roma. Outrossim, desde cedo Caracala teria mostrado
um lado desvairado que contribuiu para seu curto reinado.
Ainda, rivalizando o poder com seu irmão, Geta, mandou matá-lo,
assim como os seus seguidores e um punhado de outros hipotéticos
aliados. Também tentou criar uma fama de guerreiro, mas que
apenas lhe trouxe infortúnios, como no conflito contra os alamanos
do qual, inicialmente determinado a conquistá-los, acabou derrotado
e obrigado a pagar pela proteção das fronteiras do império.
Caracala teria sido assassinado com uma facada pelas costas em 8
de abril de 217 enquanto urinava. Suspeita-se de que guardas
pretorianos inconformados com as atitudes do governante teriam
dado cabo de sua vida.
5. Domiciano
O imperador Domiciano — Tito Flávio Domiciano —, assim como
Cláudio, obteve grande respeito por seus atos, tendo conseguido
grandes êxitos militares. Mas também teve seu governo manchado por
surtos de loucura que ainda hoje geram constantes conflitos de
veracidade. Ocorre que muitas fontes referenciais encontram origem em
historiadores que desprestigiam Domiciano, como Seutônio e Plínio, o
Jovem.
Entre os atos atribuídos a Dominiciano, encontram-se os assassinatos
do irmão e do primo. Seu governo teria agido com grande crueldade no
trato com rebeliões de qualquer natureza. Roma vivia um período
turbulento e, talvez por esse motivo, o imperador se visse envolvido em
supostas conspirações pelo poder. Ordenou que inúmeros suspeitos de
conspiração fossem executados, sendo o Senado seu alvo mais
corriqueiro.
Acreditava ser um deus, como tantos outros césares romanos, e teve
suas ações para com os cristãos tidas como contraditórias: inicialmente
teria sido bondoso, mas mudado drasticamente de opinião no fim do seu
reinado.
Em 18 de setembro de 96 Domiciano foi assassinado, não se sabendo
como tudo teria ocorrido. Há várias versões, como a de que seus
próprios servos o teriam executado de modo improvisado. Também
sofreu tentativa de banimento do seu nome da história romana.
Império Romano - Crise
Fatores da crise e queda do Império
Romano
➢ Econômicos
▪ ↓ Guerras de conquista = ↓ prisioneiros de guerra =
crise do escravismo
▪ Déficit orçamentário
▪ Desvalorização da moeda
▪ ↑ Inflação
▪ ↑ Impostos
➢ Sociais
▪ Invasões bárbaras = visigodos + ostrogodos +
anglos e saxões + francos + vândalos + hunos
▪ ↑ Insegurança = êxodo urbano (ruralização)
▪ Colonato + vilas
Império Romano – Crise
Fatores da crise e queda do Império
Romano
➢ Políticos
▪ Disputas pelo poder
▪ ↑ Intervenções do Exército (anarquia
militar) Culturais e religiosos
▪ Expansão do cristianismo
▪ ↑ Costumes bárbaros 476 d. C. = queda do
Império Romano do Ocidente
▪ Roma tomada por Odoacro, rei dos
hérulos.
• Baixo Império Romano - Crise
➢ Diocleciano
▪ Criou a Tetrarquia (2 augustos e 2 césares)
▪ Edito do Máximo (301 d. C.) = controle dos
preços para conter a inflação
➢ Constantino
▪ Liberdade religiosa para os cristãos (Edito de
Milão, 313 d. C.)
➢ Teodósio
▪ Edito de Tessalônica (391) = o cristianismo se
torna a religião oficial do Império Romano
▪ Divisão do Império Romano após a morte de
Teodósio (395)
▪ Império Romano do Ocidente
▪ Império Romano do Oriente

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