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Módulo II

Introdução à Política Nacional de Assistência Social


Tipificação à Política Nacional dos Serviços Socioassistenciais

Em nosso segundo módulo, será introduzida a Política Nacional de Assistência Social e


junto dela, discorrida a tipificação dos Serviços Socioassistenciais. Em nosso segundo
módulo, será introduzida a Política Nacional de Assistência Social e junto dela,
discorrida a tipificação dos Serviços Socioassistenciais.

Dessa forma, dividiremos o nosso módulo em 2 partes, a primeira parte será discorrida
sobre a construção da Política Nacional de Assistência Social, apresentando ainda, a
Proteção Social Básica e sua devida tipificação, enquanto a segunda parte, será
discorrida sobre a Proteção Social Especial – Média e Alta Complexidade.

Em nosso primeiro capítulo, compreendemos a relevância da Constituição Federal de


1988 para a consolidação de uma política social mais solidificada. O Estado assume a
responsabilidade de ofertar esses serviços e há a necessidade de pensar em
mecanismos legislativos que norteiem as políticas sociais.

A inclusão da Política de Assistência ao tripé da Seguridade Social permitiu o


afastamento de qualquer resquício frente à prática beneficente que se fez associada à
sua atuação em seus primórdios.

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de


iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social. (Art. 194, Constituição Federal 1988)

Introdução

Em consonância à consolidação de uma Política de Assistência organizada e


estruturada, em 7 de dezembro de 1993 foi promulgada a Lei Orgânica de Assistência
Social (LOAS), Lei nº 8.742. Coube, assim, a sistematização e institucionalização dos
serviços assistenciais a serem direcionados às famílias em vulnerabilidade social.

A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de


Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais,
realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa
pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades
básicas. (Art. 1º, Lei 8.742/93)

A aplicabilidade da LOAS se faz envolta nas três esferas governamentais. Assim como
previsto na CF1988, dentro de um viés de governança participativa, o controle social se
faz vigente, permitindo uma maior transparência e efetividade da política em questão.

Muitas pessoas, cometem o equívoco de confundir o Benefício de Prestação


Continuada (BPC), com a própria LOAS. A LOAS, não se trata de um benefício social.
Quanto ao BPC, este sim, está previsto na LOAS, como um dos seus objetivos:

Art. 2º A assistência social tem por objetivos:

I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da


incidência de riscos, especialmente:
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária; e
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família.
II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade
protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de
vitimizações e danos;
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das
provisões socioassistenciais.

Parágrafo Único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de


forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de
condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos
direitos sociais.

A implementação da LOAS, tornou-se um marco para o reconhecimento da Assistência


Social como uma política pública. Assim como se tornou divisor de águas para atuação
da Equipe Sociassistencial, a implementação da Política Nacional de Assistência Social,
no ano de 2004, e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), no ano de 2005, têm
sido um grande diferencial para a atuação destes profissionais, reiterando junto ao
Estado o seu compromisso na garantia e promoção dos direitos sociais, por meio da
elaboração e execução de programas e projetos sociais.

Logo, a partir de 2005, por meio da Norma Operacional Básica (NOB/SUAS, 2005), a
Assistência Social tem seus serviços e ações em forma de Sistema Único de Assistência
Social (SUAS), estando a cargo do Estado o seu gerenciamento. Conforme previsto
pelo Ministério do Desenvolvimento Social SUAS, reiterada pela NOB/SUAS, 2012,
aprovada pela Resolução nº 33 do CNAS.

Dessa forma, a rede socioassistencial se faz consolidada por ações desenvolvidas pelo
próprio Estado e pelas entidades e organizações de assistência social, na busca de
viabilizar a inclusão dos usuários, que se encontram em situação de vulnerabilidade e
risco social, ao conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios
socioassistenciais.
I. Política Nacional de Assistência Social

Como previamente apontado, a Política Nacional de Assistência corrobora com a


inserção da Assistência Social no Sistema de Proteção Social Brasileiro no campo da
Seguridade Social.

Implementada no ano de 2004, através da Resolução nº 145, de 15 de outubro de 2004,


ela se faz alinhada à CF1988 e à LOAS, permitindo que seja materializado o proposto
por ambas.

(..) a construção da política pública de assistência social precisa levar


em conta três vertentes de proteção social: as pessoas, as suas
circunstâncias e dentre elas seu núcleo de apoio primeiro, isto é, a
família. A proteção social exige a capacidade de maior aproximação
possível do cotidiano da vida das pessoas, pois é nele que riscos,
vulnerabilidades se constituem. (PNAS, 2004)

POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Princípios Diretrizes

I – Supremacia do atendimento às necessidades I - Descentralização político-administrativa, cabendo


sociais sobre as exigências de rentabilidade a coordenação e as normas gerais à esfera federal
econômica; e a coordenação e execução dos respectivos
programas às esferas 33 estadual e municipal, bem
como a entidades beneficentes e de assistência
II – Universalização dos direitos sociais, a fim de social, garantindo o comando único das ações em
tornar o destinatário da ação assistencial alcançável cada esfera de governo, respeitando-se as
pelas demais políticas públicas; diferenças e as características socioterritoriais
locais;
III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua
autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços II – Participação da população, por meio de
de qualidade, bem como à convivência familiar e organizações representativas, na formulação das
comunitária, vedando-se qualquer comprovação políticas e no controle das ações em todos os níveis;
vexatória de necessidade;
IV – Igualdade de direitos no acesso ao
III – Primazia da responsabilidade do Estado na
atendimento, sem discriminação de qualquer
condução da Política de Assistência Social em cada
natureza, garantindo-se equivalência às populações
esfera de governo;
urbanas e rurais;
V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços,
IV – Centralidade na família para concepção e
programas e projetos assistenciais, bem como dos
implementação dos benefícios, serviços, programas
recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
e projetos.
critérios para sua concessão.

Fonte: PNAS, 2004

Frente ao quadro acima, podemos compreender que a PNAS propõe o acesso da


população usuária às demais políticas públicas, afastando da ideia clientelista, de forma
a garantir o protagonismo e autonomia do usuário. Em hipótese alguma, deve atuar de
forma discriminatória.

A sua promoção se dá de forma descentralizada, por meio de uma governança


participativa, cabendo ao Estado, a sua execução e suas ações centradas na família.

E quem seria o público-alvo dessa política?

Assim como previsto na PNAS, o público atendido por essa política se refere aos:

(…) cidadãos e grupos que se encontram em situações de


vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias e indivíduos com perda ou
fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade;
ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e
sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela
pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de
substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advinda do
núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não inserção
no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas
diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e
social.(PNAS, 2004)

A PNAS define em 2 níveis de proteção social: Proteção Social Básica e Proteção


Especial.
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA:

Pautada em prevenir situações de risco, através de ações que busquem promover


as potencialidades dos seus usuários e o fortalecimento dos vínculos familiares e
comunitários.

A proteção básica destina-se à população que se encontra em vulnerabilidade social


decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos
serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais
e de pertencimento social, discriminações de gênero, étnicas, por idade, por
deficiências.

Aquelas em vulnerabilidade social decorrente da pobreza, podem acessar ao


programa de transferência de renda Bolsa Família, assim como o Benefício de
Prestação Continuada (BPC), desde que estiverem dentro critérios estabelecidos por
cada uma, assim como outros programas atrelados à Política de Assistência Social.

Quando às ações de fortalecimento de vínculos afetivos, a execução desses serviços


está à cargo dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), e em outras
unidades básicas e públicas de assistência social. Pode-se ainda, ocorrer de forma
indireta nas entidades e organizações de assistência social da área de abrangência
dos CRAS. Dessa forma, uma organização da sociedade civil da área de assistência
social pode, em suas instalações, ofertar serviço de convivência e fortalecimento de
vínculo.

SERVIÇOS:

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENÇÃO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF)


Realizado necessariamente no CRAS, de caráter continuado. Conforme previsto pela
Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº 109/2009), o
PAIF se refere ao trabalho social com famílias, de caráter continuado tendo como
propósito fortalecer o papel protetivo das famílias, de maneira que sejam protagonistas
sociais e capazes de responder pelas atribuições de sustento, guarda e educação de
suas crianças, adolescentes e jovens, bem como garantir a proteção aos seus membros
em situação de dependência, como idosos e pessoas com deficiência (MDS, 2012).

Finalidade: fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura de seus


vínculos e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência
familiar e comunitária.

Documento de Orientações Técnicas sobre o PAIF – Volume 2: [...]


o atendimento às famílias, ou a alguns de seus membros, refere-se a
uma ação imediata de prestação ou oferta de atenção, com vistas a
uma resposta qualificada de uma demanda da família ou do território.
Significa a inserção da família, um ou mais de seus membros, em
alguma das ações do PAIF: acolhida, ações particularizadas, ações
comunitárias, oficinas com famílias e encaminhamentos. [...] Já o
acompanhamento familiar consiste em um conjunto de intervenções,
desenvolvidas de forma continuada, a partir do estabelecimento de
compromissos entre famílias e profissionais, que pressupõem a
construção de um Plano de Acompanhamento Familiar - com objetivos
a serem alcançados, a realização de mediações periódicas, a inserção
em ações do PAIF, buscando a superação gradativa das
vulnerabilidades vivenciadas.

SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS (SCFV)


Conforme previsto na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais (2009) o
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) encontra-se articulado
com o PAIF, promovendo o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários dos
usuários.
Através de grupos, segundo os ciclos de vida dos participantes:

Ciclo 1: crianças até 6 anos;

Ciclo 2: crianças e adolescentes de 6 a 15 anos;

Ciclo 3: adolescentes de 15 a 17 anos;

Ciclo 4: jovens de 18 a 29 anos;


Ciclo 5: adultos de 30 a 59;

Ciclo 6: pessoas idosas a partir de 60 anos.

O SCFV pode ser ofertado no CRAS, como também em centros de convivência públicos
estatais ou públicos não-estatais, desde que estejam devidamente vinculados às
entidades ou organizações de assistência social, devidamente inscritas no Conselho de
Assistência Social do município ou Distrito Federal. Em ambos os casos, os centros de
convivência são, necessariamente, referenciados ao CRAS.

Se tanto o PAIF como o SCFV, oferecem atividades em grupo, o que os diferem?

Oficinas com famílias (PAIF)


Grupos SCFV

Os grupos do SCFV são formados por até 30


usuários, geralmente, reunidos conforme o seu ciclo
Consistem na realização de encontros de vida, sob a condução do orientador social. A
previamente organizados, com objetivos de organização dos grupos de acordo com o ciclo de vida
curto prazo a serem atingidos com um conjunto dos usuários fundamenta-se na compreensão acerca
O que são? de famílias, por meio da participação de seus das especificidades e desafios relacionados a cada
responsáveis ou outros representantes, estágio da vida dos indivíduos. Todavia, o município
sob a condução de técnicos de nível superior ou Distrito Federal também tem a possibilidade de
do CRAS. organizar grupos intergeracionais, compostos por
usuários de diferentes ciclos etários, quando for
necessário.
Por meio de variadas atividades, os grupos têm o
objetivo de propiciar entre os usuários oportunidades
para a escuta; valorização e reconhecimento do outro;
Promover a discussão e a reflexão sobre produção coletiva; exercício de escolhas; tomada de
situações vivenciadas e interesses comuns, decisões sobre a própria vida e do grupo; diálogo para
Quais são os que dizem respeito à reprodução social da a resolução de conflitos e divergências;
seus família, ao fortalecimento de sua função reconhecimento de limites e possibilidades das
objetivos? protetiva, ao acesso a direitos e às situações vividas; experiências de escolha e decisão
vulnerabilidades do território, que impactam no coletivas; experiências de aprendizado e ensino de
convívio familiar e comunitário. igual para igual; experiências de reconhecimento e
nominação de emoções nas situações vividas;
experiências de reconhecimento e admiração das
diferenças; entre outras.
Os encontros dos grupos podem ser diários,
As oficinas podem ser desenvolvidas em um semanais ou quinzenais. Neste serviço, a convivência
ou vários encontros, em um dado período de entre os usuários representa a metodologia de sua
tempo, a depender dos critérios estabelecidos intervenção e o modo pelo qual se alcança o
pelos técnicos (profissionais de nível superior) fortalecimento dos vínculos relacionais, por isso
Quando são
e coordenador do CRAS e a partir dos orienta-se que o intervalo máximo de tempo para os
realizadas?
objetivos a serem alcançados, a encontros dos grupos seja de quinze dias. É
disponibilidade dos participantes, a importante que o gestor municipal ou do Distrito
necessidade de aprofundamento do tema, Federal considere, para a definição da carga horária
entre outros. de funcionamento dos grupos do SCFV, a incidência
de vulnerabilidades e riscos no território e o público
sobre o qual elas incidem – crianças, adolescentes,
jovens, adultos, idosos.
Nos grupos do SCFV, são desenvolvidas atividades
Podem ser abertas e fechadas. As primeiras
planejadas, que consideram as especificidades
recebem novos integrantes a qualquer instante
relacionadas aos ciclos de vida dos usuários, bem
do processo de operacionalização da oficina,
como as suas potencialidades, as vulnerabilidades e
já o formato fechado restringe a inserção de
os riscos sociais presentes no território. Para o
novos componentes após sua inicialização.
alcance de seus objetivos, o planejamento das
Sugere-se que a oficina com famílias tenha
atividades deve ser coletivo, envolvendo os
Como as duração de 60 a 120 minutos e que sejam
profissionais que atuam no serviço e os usuários. O
oficinas são realizadas com no mínimo, 7 e, no máximo, 15
planejamento das atividades deve observar os três
organizadas? participantes, de acordo com os objetivos a
eixos orientadores do SCFV, a saber: Convivência
serem alcançados. As oficinas com famílias
social; Direito de ser; e Participação social. A partir
devem compor o quadro de ações do PAIF de
desses eixos, nos encontros dos grupos, podem ser
forma regular, assumindo a cada semana,
realizadas atividades de esporte, lazer, arte e cultura,
quinzena ou mês um tema a ser trabalhado,
estudos, reflexões, debates, experimentações, visitas
conforme a demanda do território e o
a equipamentos institucionais públicos ou privados do
planejamento do serviço.
território (ou fora dele) e ações na comunidade.
Recomenda-se que das oficinas com famílias
participem os responsáveis familiares,
podendo contemplar outros membros que não O SCFV destina-se aos usuários das seguintes faixas
desempenham essa função, de modo a torná- etárias: crianças até 06 anos, crianças e adolescentes
Quem pode
las mais heterogêneas e diversificar os pontos de 6 a 15 anos, adolescentes de 15 a 17 anos, jovens
participar?
de vista sobre os temas discutidos, de 18 a 29 anos; adultos de 30 a 59 anos e pessoas
enriquecendo a troca de vivências e idosas.
possibilitando aos participantes o exercício de
convivência, diálogo e reflexão.
As oficinas com famílias do PAIF não são
oficinas de trabalhos manuais, de terapias
alternativas ou de outras práticas que não
condizem com as seguranças afiançadas pela
política de assistência social. As equipes do
CRAS devem buscar diferentes estratégias
para incentivar as famílias a participarem dos Ações pontuais ou
serviços. As oficinas de trabalhos manuais, esporádicas na forma de
além de contribuírem para a melhora da bailes, festas, atividades
autoestima dos participantes, a partir da físicas, oficinas, passeios
potencialização de talentos, podem atrair as e palestras não
famílias para o CRAS. Contudo, devem servir caracterizam, por si só,
como pano de fundo para reflexões sobre os grupos do SCFV. O
O que não é temas pertinentes às vivências das famílias no mesmo vale para a
O que não é grupo do
“oficina com território e guardar relação com os objetivos e promoção de cursos
SCFV?
famílias do ações do PAIF. Já as práticas profissionalizantes e para
PAIF”? psicoterapêuticas só devem ser ofertadas em a oferta de apoio escolar/
serviços que tenham essa atribuição - como os acadêmico, os quais não
da área da saúde, e não podem ser justificadas são de competência da
pela ausência destes serviços no território ou política de assistência
pela necessidade da população. Se existir social e, por conseguinte,
demanda para esse tipo de serviço, os não o são também do
profissionais do CRAS deverão realizar os SCFV.
encaminhamentos necessários. Na ausência
dos serviços demandados à rede intersetorial,
o órgão gestor da política de assistência social
e os órgãos de controle devem ser mobilizados
para a garantia do acesso das famílias a esses
serviços.
Fonte: Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS/ Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome

SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO DOMICÍLIO PARA PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA E IDOSAS

Busca pela promoção da garantia de direitos, promoção de desenvolvimento de


mecanismos para a inclusão, identificando necessidades e potencialidades individuais
e sociais de ambos os grupos.

Finalidade: prevenir os agravos que possam decorrer no rompimento de vínculos


familiares e sociais de pessoas com deficiência e pessoas idosas.
Voltado aos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e membros de
famílias beneficiárias de programas de Transferência de Renda, o serviço busca
descontruir a estigmatização, assim como, orientar famílias e grupos sociais quanto aos
direitos e necessidades de inclusão, permitindo que seja acessado benefícios e
serviços socioassistenciais, identificando ainda, situações de dependência e prevenindo
a institucionalização e o confinamento de idosos e Pessoas com Deficiência (PCD).

Objetivos:
 Prevenir agravos que possam desencadear rompimento de vínculos familiares e
sociais;
 Prevenir confinamento de idosos e/ou pessoas com deficiência;
 Identificar situações de dependência;
 Colaborar com redes inclusivas no território;
 Prevenir o abrigamento institucional de pessoas com deficiência e/ou pessoas idosas
com vistas a promover a sua inclusão social;
 Sensibilizar grupos comunitários sobre direitos e necessidades de inclusão de
pessoas com deficiência e pessoas idosas buscando a desconstrução de mitos e
preconceitos;
 Desenvolver estratégias para estimular e potencializar recursos das pessoas com
deficiência e pessoas idosas, de suas famílias e da comunidade no processo de
habilitação, reabilitação e inclusão social;
 Oferecer possibilidades de desenvolvimento de habilidades e potencialidades, a
defesa de direitos e o estímulo a participação cidadã;
 Incluir usuários e familiares no sistema de proteção social e serviços públicos,
conforme necessidades, inclusive pela indicação de acesso a benefícios e programas
de transferência de renda;
 Contribuir para resgatar e preservar a integridade e a melhoria de qualidade de vida
dos usuários;
 Contribuir para a construção de contextos inclusivos.

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