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A BUROCRACIA QUE GERA DESEMPREGO

- A burocracia segundo Ludwig von Mizes é caracterizada como sendo um instrumento de


dominação e ao mesmo tempo de manutenção de um soberano ou elite no poder e que a usa
para lá se mantér. Muito característica de governos Totalitários como a União Soviética e a
Alemanha nazista. Com tudo o economista ucraniano surpreendentemente afirma que a
burocracia apesar de não ser algo benéfico para a sociedade pois tolhe-le a liberdade, alega
isso será algo surge de maneira natural conforme se tem um ente grande ou em expansão
com por exemplo uma empresa ou o próprio Estado, sendo o real problema, a sua
maximização. No entanto, os impactos para o cidadão são muito graves.

O problema central nesse ponto, como dito, é a relação da crescente burocratização


que gera desemprego. isso se explica, Primeiramente na segurança que cargos burocráticos
oferecem, visto de certa maneira como um bônus. Essa questão é trazida não somente por
Mises, mas também por Max Weber. nesse sentido ambos destacam o fato de uma
administração burocrática oferecer uma segurança financeira de vida para qualquer pessoa
que deseja trabalhar para ela, Porém tal ideia de segurança vem junto com a impossibilidade d
inovação e melhorias Para o próprio trabalhador pois trabalha em prol da manutenção no
poder do próprio ente estatal e seus representantes.

Isso significa que, em ficando o trabalhador, dentro da estrutura burocrática,


totalmente preso e devendo obediência estrita ao corpo de de normas que regem tal
instituição, ele não consegue se desenvolver, resultando em sua própria alienação. Deve se
destacar ainda que as próprias pessoas no cenário atual brasileiro buscam tal segurança, ainda
mais no atual contexto da pandemia da Covid-19. Isso se explica muito pelo fato de nosso país
ter uma tradição católica muito forte que remonta os tempos do Brasil colônia, e Max Weber
destaca em seu Opus Magnum a ética protestante e o espírito do capitalismo, a busca do
católico por segurança, no sentido de não se sentir à vontade para correr riscos na vida
diferentemente do protestante, que seria mais inclinado a se arriscar em busca de melhorias
especialmente na vida financeira.

Seguindo o raciocínio, Na medida em que se verifica essa atratividade provocada por


parte de cargos puramente burocráticos nos brasileiros, muitos desejam ocupar tais cargos ,
em grande parte devido às boas remunerações oferecidas.Segundo a veja de São Paulo em
matéria publicada em seu web site, no ano de 2010 foi estimado que 10 milhões de brasileiros
prestaram concursos públicos Nas mais variadas áreas, destacando ainda a matéria, que A
exemplo da mencionada Janaína, que segundo veículo de comunicação tinha um sonho de
tornar-se funcionária pública, milhões de jovens de classe média recém saídos das
universidades de profissionais que não se sentem atraídos pelas oportunidades e riscos do
setor privado.

Apesar de dessas considerações, deve-se destacar que o estado possui um planejamento com
relação aos seus gastos que são as leis orçamentárias,e jamais seria possível o Brasil empregar
Seus atuais mais de 213 milhões de habitantes (estatística do IBGE publicada dia 1° de julho de
2021) em cargos pagos diretamente por ele remunerados, O que acaba gerando muita
competitividade nos já mencionados concursos públicos, obrigando os candidatos a terem
uma maior qualificação, ponto este destacado por Max Weber, Em suas obras a ética
protestante e o espírito do capitalismo e o que é a burocracia, publicada pelo conselho federal
de administração.
Como muitos buscam e assumem cargos burocráticos, o Estado precisa gastar verbas
públicas Ao mesmo tempo que deseja amortizar os valores despendidos. , tais impactos
recaem principalmente na figura dos impostos, que afetam toda a sociedade, especialmente
naqueles que compõem a iniciativa privada, ou seja, a classe empreendedora. isso significa
que, na medida em que a atuação do estado e seu consequente gasto de verbas aumenta,
maiores serão os impostos, e consequentemente a própria classe empreendedora sofrerá em
conseguir obter lucros, tanto para empresários de pequeno e grande porte quanto para seus
empregados, Como exemplo podem se destacar aqui, o IPTU, O IOF, além dos descontos
previdenciários dos empregados pelo INSS, ICMS dentre outros.

Isso faz com que aqueles que não conseguem obter cargos em entidades públicas ou
burocráticas Acabem ou tendo dificuldades para se sustentar atuando na iniciativa privada,
tendo em vista os diversos impostos resultantes da crescente interferência e atuação estatal
na sociedade. Com isso, o mercado não consegue se desenvolver, no sentido de haver
melhorias na prestação doa serviços, e nem se expandir, no sentido da criação de novos cargos
que virariam atender as necessidades das pessoas, ficando no final das contas, tudo nas maos
do Estado, gerando um desemprego em massa daqueles que não foram selecionados para
trabalhar nos órgãos públicos/burocráticos.

Em resumo, a burocracia seria um meio de manutenção de poder e controle do ente


estatal, e a iniciativa privada, com a consequente independencia do cidadão desse setor, tende
a ameaçar esse poder, pois freia a atuação estatal na sociedade, principalmente na economia
o que, segundo a constituição federal, seria uma das formas do Estado obter verbas,
destacando novamente o exemplo dos impostos. Moral da história, para se manter a
hegemonia do aparato burocrático, é imprescindível ao Estado onerar a iniciativa privada
(independente do Estado), para dali tirar seu sustento, ao mesmo tempo que, para selecionar
seus servidores, do que Mizes chama de parte administrativa, exige um nível alto de
qualificação (devido a alta concorrencia), cuja recompensa será a segurança, por meio de um
alto salário, bem como de maior estabilidade (questão da propaganda/chamariz, que traz
somente o bônus e não menciona o ônus que também existe), porém, tal qualificação requer
custos e com a crescente atuação estatal, o Estado irá atrás da amortização pelo valores
gastos, o que refletirá especialmente nos impostos, gerando impedimentos e dificuldades aos
cidadãos para ter acesso a tal qualificação e consequentemente, conhecimento. Isso gera
como efeito o controle cada vez maior da sociedade pelo ente estatal, em todos os setores,
pois passa a ser o maior monopolista do mercado, tolhendo a liberdade da população, no
sentido de que todos passam, direta ou indiretamente a depender de tal ente.

A IMPORTÂNCIA DA LIVRE INICIATIVA E DE SE GERAR EMPREGOS

A questão da livre iniciativa tem seu ponto de partida na própria Constituição Federal, como se
pode verificar em seu art. 1°, inciso IV:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)


Em sendo norma constitucional, configura-se como fundamento de nossa República uma
iniciativa livre de mercado, ou seja, as pessoas possuem, constitucionalmente, o direito de
construírem um mercado livre, que esteja sob seu proprio controle.

A importância de se possuir tal liberdade e o valor da livre iniciativa já era destacada no século
XVI por Adam Smith:

“[...] a divisão do trabalho, quando pode ser implementada, acarreta, em cada ofício, um
incremento proporcional na capacidade produtiva. A separação entre as diferentes atividades e
os diferentes empregos parece ter ocorrido em consequência dessa vantagem. essa separação
inclusive é geralmente levada ao extremo nos países que desfrutam de um grau mais alto de
industrialização e progresso.”

O economista escocês afirma que a própria sociedade tem a capacidade de se


sustentar, bem como de prover suas próprias necessidades, mas é necessário que o Estado
não somente não intervenha na esfera econômica, possibilitando que o próprio mercado se
desenvolva, como também realize políticas públicas visando o fomento e a melhoria da livre
iniciativa. Consequentemente, sem a interferencia estatal, que traz toda aquela questão da
burocracia, é posibilitado que as pessoas, menos oneradas pelos gastos que a intervenção e
atuação estatal causa (impostos), busquem se aprimorar e se desenvolver como profissionais
para melhor prestar seus serviços, tendo em vista que a sociedade será seu patrão, como
disciplina Von Mizes:

“Os verdadeiros patrões, no sistema capitalista de economia de mercado, são os


consumidores. São eles que, por comprar ou deixar de comprar, decidem em quais mãos
ficarão o capital e o leme. São eles que determinam o que será produzido, além de quanto e
quão bem produzido”

Isso permite 2 coisas:

Em primeiro lugar, permite que os empreendedores façam o que se denomina de


“Cálculo Economico”, ou seja, que o empreendedor calcule o que será mais vantajoso para ele
investir, ou seja, o que trará mais retorno financeiro.

E em segundo lugar, permite que os consumidores tenham todas as suas necessidades


supridas, o que Adam Smith chama de conveniências, que seria, para o autor, algo suprido por
própria conveniencia ou para a satisfação de uma necessidade:

“Ele supre os outros abundantemente com aquilo que eles possam ocasionalmente precisar e
eles lhe fornecem com a mesma abundância aquilo de que ele eventualmente necessite e uma
grande fartura se dissemina por todas as diferentes classes da sociedade”

Com isso a sociedade, naturalmente, conseguiria ver o surgimento de novas profissões,


bem como mais pessoas estariam empregadas e melhor qualificadas, devido a já mencionada
maior acecibilidade a qualificação devido a diminuição das cobranças advindas da burocracia
estatal, bem como a eficiencia na prestação dos serviços aumentaria gradativamente..

E por fim, deve-se destacar que, outra benesse da geração de empregos pela livre
iniciativa, seria o próprio desenvolvimento da economia nacional e consequente valorização da
moeda, que no caso do Brasil, não é considerada conversível, ou seja, aceita em transações
internacionais. Nesse sentido destaca Joni Tadeu Borges:
“A nação que tem sua moeda considerada conversível é apontada como um país de
economia forte que tem credibilidade do mercado Internacional e apresenta estabilidade
política interna e externa”

Com isso, um fortalecimento na livre iniciativa incrementaria o mercado e a economia


brasileros, caminhando na direção da conversibilidade da moeda, o que facilitaria as relações
de comercio exterior e facilitaria a abertura de mercado para o estrangeiro, bem como atrairia
investimentos de lá.

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