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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

26 de setembro de 2022

PABLO DE MELLO
RAFAEL TAVARES

RELÁTORIO DO ENSAIO DE GRANULOMERIA DO AGREGADO MIUDO


E ENSAIO DE MASSA ESPECÍFICA DO CIMENTO

1. Resumo
Os ensaios são de extrema necessidade para a engenharia civil, por conta da análise dos
componentes de vários processos da execução tanto de obras, como de ensaios laboratoriais
visando uma melhor padronização de resultados. Desta forma a realização do ensaio de
análise granulométrica da areia, como a verificação da massa específica do cimento,
apresentam uma grande importância no controle, possibilitando resultados em homogêneos
num projeto.

2. Objetivos e Fundamentos
Este artigo traz como objetivo a realização do ensaio de granulometria do agregado miúdo,
sendo nesse caso a areia, realizando as etapas necessárias de peneiramento, realizadas num
agitador mecânico, com o intuito de descrever o módulo de finura e DMC. Tendo também a
função de descrever a massa específica do cimento.

3. Materiais e Métodos
3.1. Areia

A relação entre equipamentos e material, estão contidos na lista a seguir:


 Areia – 500 g ou 0,5 kg;
 Bacia;
 Balança digital com precisão de 1g;
 7 recipientes;
 Peneiras de abertura entre 9,5 até 0,15 mm;
 Agitador mecânico;
O material foi coletado e pesado, a fim de se obter uma quantia de 500 gramas, após
temos o empilhamento das peneiras em ordem decrescente até o fundo, acopladas ao
agitador mecânico, posteriormente a areia é despejada na peneira localizada ao topo da
pilha, sendo à peneira com abertura de 9,5 mm, com as peneiras posicionadas a máquina é
acionada durante 1 minuto, onde logo em seguida as peneiras são desacopladas com
cuidado, o material retido em cada uma das peneiras é separado e pesado
individualmente, obtendo assim a massa retida de areia em cada uma das peneiras.
Fig. 1 – Peneiras e areia Fig. 2 – Pesagem da areia Fig. 3 – Pesagem individual
alocadas no agitador mecânico nas peneiras de cada peneira

Os resultados obtidos são inseridos numa tabela, para determinação do módulo de finura e
do DMC, a partir da sua análise e de cálculos matemáticos, sendo a tabela representada
abaixo:
PENEIRAS DERMINAÇÃO
% RETIDA ACUMULADA
nº mm Peso Retido (g) %Retida
3/8" 9,5
1/4" 6,3
4 4,8
8 2,4
16 1,2
30 0,6
50 0,3
10 0,15
Fundo 0,01
TOTAL
Tabela 1 – Modelo de Tabela Granulométrica
Tendo a tabela preenchida da maneira correta, se tem a obtenção da porcentagem retida, e a
porcentagem retida acumulada, segue a formulá de cada um a seguir:

r p= ( )Pr
Mt
∗100 (1)

 r p – Porcentagem retida na peneira;


 Pr – Peso retido na peneira;
 M t – Massa total (g);

r a =∑r p (2)

 r a −¿ Porcentagem retida acumulada;


 r p −¿ Porcentagem retida na peneira;
Para adquirir o valor do DMC, que se traduz ao diâmetro máximo do material, necessitamos da
análise da tabela, pois na coluna da porcentagem retida acumulada, observamos qual abertura de
peneira teve uma porcentagem imediatamente menor que 5%.
Para o valor do módulo de finura, também utilizamos a coluna da porcentagem retida acumulada,
entretanto para fazermos a análise retiramos o fundo e as peneiras de série intermediária do
somatório.
∑ ra
Mf = (3)
100
 M f −¿ Módulo de finura;
 r a – Porcentagem retida acumulada, descartando as peneiras de série intermediária;
O gráfico utilizado para a devida classificação do agregado miúdo, necessita de dados
norteadores, apresentando uma faixa de ação, sendo uma ótima e uma utilizável, os dados para
construção do mesmo são obtidos através da norma.

3.2. Cimento
A relação entre equipamentos e material, estão contidos na lista a seguir:
 Cimento – 60 gramas;
 Frasco Le chatelier;
 Solvente – 250 ml;
Tendo o cimento pesado, a próxima etapa se resume a adicionar o solvente no frasco,
posteriormente o cimento é inserido no frasco, onde utilizamos as medições contidas no
frasco, para observar o volume inicial e o volume final.

Fig. 4 – Pesagem do cimento Fig. 5 – Adição do solvente Fig. 6 – Marcação solvente

Fig. 7 – Pesagem do cimento Fig. 8 – Marcação após inserir


o cimento

Após podemos realizar a determinação da massa específica pela equação abaixo:


m
γ= (4)
(v f −vi )

 γ−¿ Massa específica do cimento (g/cm³);


 m−¿ Massa do cimento (g);
 v f −¿ Volume final (cm³);
 vi −¿ Volume inicial (cm³);

Para determinação do percentual de erro contido no ensaio temos a seguinte equação:

|γ t −γ c|
e %= ∗100 (5)
γt

 e %−¿ Erro percentual;


 γ t −¿ Massa específica tabelada (g/cm³);
 γ c −¿ Massa específica calculada (g/cm³);

4. Cálculos
Iniciando a etapa de cálculo, temos o preenchimento correto da tabela, utilizando as equações (1) e
(2), listadas na parte de métodos.
PENEIRAS DERMINAÇÃO
% RETIDA ACUMULADA
nº mm Peso Retido (g) %Retida
3/8" 9,5 0 0 0
1/4" 6,3 0 0 0
4 4,8 0 0 0
8 2,4 4 0,813 0,813
16 1,2 39 7,927 8,74
30 0,6 259 52,64 61,38
50 0,3 123 25 86,38
100 0,15 51 10,36 96,74
Fundo 0,01 16 3,26 100
TOTAL 492

Tabela 2 – Dados da amostra


Dando continuidade temos o cálculo do módulo de finura, sendo obtido através da equação (3),
entretanto tendo o cuidado com análise correta das informações necessárias da tabela,
desconsiderando assim as peneiras de série intermediária e o fundo
∑r a =254,053

254,053
Mf =
100
M f =2,54
Em relação ao cimento temos o primeiro cálculo da massa específica, utilizando a equação (4).
60
γ=
( 20,4−0,75)
γ=3,05 g/cm ³
Posteriormente temos o cálculo do erro percentual, utilizando a equação (5).

|2,96−3,05|
e %= ∗100
2,96
e %=3,04 %

5. Resultados
Tendo os dados necessários podemos chegar à criação do gráfico, o qual é contido abaixo.

Gráfico 1 – Classificação granulométrica da amostra

Com a observação do gráfico, podemos notar que o material, está dentro dos parâmetros
exigidos pela norma, pois todos os pontos de sua curva granulométrica estão dentro da zona
utilizável, entretanto essa areia não se classifica com ótima.
Em relação ao módulo ele está dentro da zona ótima, pois a zona ótima do módulo de finura
pode variar da seguinte forma, 2,20 ≤ M f ≤2,9 , sendo assim como o módulo de finura obtido
sendo de 2,64, se classifica como um ótimo módulo de finura.
Agora o cimento, apresentou uma massa específica de 3,05 g/cm³, desta forma com o cálculo
do erro percentual do mesmo, observou-se um erro de 3,04% em comparação ao da norma,
sendo explicado pela variação dos cimentos, além de imprecisões que podem ter ocorrido.

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